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Teatro de Sombras
As bruxas
escrito por Davi Henrique
Adaptado do livro de Roald Dahl
FADE IN:
Uma avó, sentada numa cadeira de balanço. Um menino,
sentado no chão á frente da avó, prestando atenção á ela.
Narrador: Bruxas existem? É isso que está avó está
explicando á seu neto no momento.
Avó: Preste bastante atenção no que vou lhe dizer! Bruxas
de fato são reais, elas odeiam crianças e fazem de tudo
para acabar com todas, já que para elas tem uma forte
alergia á crianças, mas elas não saem por aí voando em
vassouras e tem gatos pretos, nada disso! Elas, na
realidade, vivem entre nós, como se fossem qualquer outra
mulher por aí, por isso são tão perigosas!
Menino: Mas, se vivem como mulheres comuns é impossível
diferenciá-las das outras pessoas, certo, vovó!
Avó: Não, não é impossível, só é bem difícil!
Menino: Então quer dizer que há uma maneira de diferenciá-
las das outras pessoas?
Avó: Sim, mas você deve prestar bastante atenção aos
detalhes.
A avó e o neto saem de cena. A partir daqui, ouvimos a voz
de ambos.
Uma bruxa surge em cena. Ela é careca, sem dedos nos pés e
com garras na mão.
Avó: Me ouça com atenção: bruxas de verdade não tem cabelos
na cabeça, nem dedos nos pés, nem dedos nas mãos, são
garras!
Close-up na careca da bruxa, nos pés sem dedos e nas
garras. Isso, simultaneamente á descrição da avó.
Avó: Por isso sempre andam por aí com luvas, mesmo no
verão.
Menino: Elas são carecas e tem garras?
Avó: Exatamente! Então, se vir uma mulher de luvas por aí,
isso já é um sinal!
A bruxa sai de cena. A avó e o menino voltam.
Menino: Vovó, a senhora já conheceu alguma bruxa?
Vovó: Se eu conheci? Com toda certeza, conheci todo tipo de
bruxa! Eu era uma bruxóloga quando mais jovem.
Menino: Bru- quê?
Vovó: Bruxóloga. Meio que eu ia atrás das bruxas, assim
como todo bruxológo. Eu era excepcional! Todavia, nunca
consegui achar a pior de todas as bruxas: a Grã-Bruxa! A
líder de todas.
Menino: Ela é quem comanda as outras bruxas?
Vovó: Exatamente! Ela é a pior de todas, e a mais pavorosa!
Uma vez no ano ela faz uma reunião as bruxas de um local
específico. Eles chamam esse evento de convenção das
bruxas.
Avó e menino saem de cena.
Narrador: Após certo tempo, as férias começaram para o
neto, e ele e sua avó saíram da Noruega e viajaram até a
Inglaterra.
A imagem de um hotel entra em cena.
Narrador: Ambos hospedaram-se num hotel maravilhoso, aonde
também ocorreria a reunião da SPCC,
Hotel sai de cena. Placa da SPCC entra em cena.
Narrador: a sociedade de prevenção á crueldade contra
crianças. Lá, um grande número de mulheres estariam
reunidas, curiosamente, todas usando belas luvas.
Placa da SPCC sai de cena. O menino entra em cena, andando
por um corredor do hotel.
Narrador: O neto deixou sua avó dormindo e foi se aventurar
á explorar o hotel, andou por mais e mais corredores, até
que chegou ao salão da SPCC, aonde adentrou.
O menino e os corredores saem de cena. O menino entra em
cena, desta vez, no salão, cheio de cadeiras, correndo
entre elas, brincando.
Narrador: O menino brincou e se divertiu por muito tempo,
todavia a hora da reunião da SPCC chegou, e o menino viu-se
obrigado a esconder-se.
Só o menino sai de cena. Várias mulheres , todas de luvas e
com sapatos de ponta fina e de chapéu. Entre elas, destaca-
se uma sem chapéu e com um vestido elegante.
As mulheres e os cenários saem de cena. Um palco grande,
entra em cenas, várias mulheres entram em cena. Todas
sentadas em cadeiras, exceto a que se destaca das demais,
que está em cima do palco.
O menino está escondido atrás de uma estátua do local.
Close-up nele escondido.
Grã-bruxa (mulher em destaque) p/ outras mulheres: As
porrtas estão bem trancadas e aferrolhadas?
Mulher da plateia: estão senhora!
Grã-bruxa: Cerrto, então tirem suas perrucas e luvas.
Close-up no menino assustado. Sai do close-up: As bruxas
estão sem perucas e luvas.
A Grã-Bruxa tira começa a mecher em seu rosto. Close-up no
menino assustado. Sai do close-up: a rainha bruxa segura
seu “rosto” falso. Sua cara é horrível, de aparência
assustadora. Diferente das demais, que são apenas carecas e
com alguns caroços na cabeças.
Grã-Bruxa: Agora que estão livres de seus disfarces, vamos
ao que interressa: á resolução dos nossos dos nossos
espirros e das nossas alergias. A FÓRMULA 86.
Todas as bruxas começam a cochicar entre si.
Grã-Bruxa: SILÊNCIO!
Há silêncio.
Grã-Bruxa: Voltando ao que importa, ou seja, á FÓRMULA 86.
Bem, para vocês, bruxas, que querem saber do que se trata,
a fórmula 86 é nada mais é nada menos do que uma fórmula
que transforma quem quer que a beba em rato, no nosso caso,
crrianças.
Close-up no menino assuntado.
Grã-Bruxa: Bem, basicamente: colocarremos algumas gotas
dessas em deliciosos chocolates, as crrianças, ingênuas,
obviamente aceitarrão os deliciosos doces, afinal, que
crriança não gosta de um chocolate? Elas o comerrão e, em
cerca de 2 horras, não passarrão de malditos rrratinhos.
Isso, se a tomarem em pequenas quantidades, em altas
quantidades em apenas 25 segundos os malditos terão virados
apenas rratinhos.
A Grã-Bruxa passa a rir. As outras bruxas também sorriem.
Close-up no menino assustado.
Bruxa qualquer: Esperem!
As bruxas param de rir.
Grã-Bruxa: Que foi, Olga, aconteceu algo?
Bruxa qualquer: Só eu que tô sentindo uma leve vontade de
espirrar?
Close-up no menino surpreso/assustado..
Grã-Bruxa (surpresa): Espirrar?
Outra bruxa (querendo espirrar): eu também estou com uma
vontade de-
A bruxa espirra. A outra bruxa espirra também. Todas as
bruxas começam a espirrar também.
Close-up no menino assustado.
A Grã-Bruxa vai até a estátua. Ela solta poderes pelos
olhos. A estátua cai (sai de cena). O menino é revelado ás
bruxas, que ficam todas surpresas.
Grã-Bruxa: A-HÁ! Aí está você, peste!
O menino começa a correr para longe das bruxas. A bruxa
qualquer o agarra.
Bruxa qualquer: Peguei ele!
Grã-Bruxa: Traga-o!
Somente as bruxas e o menino saem de cena.
Narrador: Sem escapatória, o menino foi forçado a tomar a
fórmula, sendo transformado num rato.
Um rato (o menino, transformado, que a partir de agora será
chamado de rato) e as bruxas, rindo, entram em cena.
Narrador: Por sorte,
O rato começa a correr, entra as bruxas, escapando delas.
Narrador: o menino, agora rato, conseguiu fugir daquelas
bruxas horríveis.
Grã-Bruxa: Deixem essa crriança maldita! Logo, logo, será
pega por alguma ratoeira, e, não se esqueçam: hoje, ás 8 da
noite é o horário de nosso jantar. Mandei preparar uma
deliciosa sopa de ervilha para nós, estejam presentes!
O rato, as bruxas e o cenário saem de cena.
Narrador: Ele, então, foi correndo até o quarto de sua avó,
que, por sorte, não era distante do lugar da convenção. Ele
só teve que subir umas escadas, que estavam vazias, já que
todos preferiam pegar o elevador.
Cenário do quarto, avó, deitada numa cama (não junta ao
boneco do corpo), e o rato entram em cena. O rato sobe a
cama da avó.
Rato: Vovó! Vovó! Acorde! Sou eu, seu neto!
O boneco dormindo na cama é substituído pelo boneco sentado
na cama.
Avó (assutada): Meu filho, é...
Rato: Foram elas! As bruxas!
Avó: Bruxas? Há bruxas aqui?
Rato: Há sim! Elas estão disfarçadas de participantes da
SPCC. Todas de lá são bruxas.
Avó: Meu Deus! Oh, e elas o transformaram nisso, meu pobre
garotinho ...
Rato: Sim, foram elas! E elas precisam ser derrotadas antes
que façam isso com mais crianças.
Avó: Derrotadas? Como você acha que podemos derrotar todas
aquelas bruxas horríveis?
Rato: Eu tenho uma ideia...
A avó, o neto e o cenário saem de cena. Um novo cenário de
quarto entra em cena, junto ao rato, andando pelo chão.
Narrador: Junto á sua avó, o neto chegou até o quarto da
Grã-Bruxa, aonde com certeza estariam guardadas as
fórmulas. Sua avó, então, subiu novamente á seu quarto, o
deixando encarregado de pegar a fórmula para fazer seu
plano funcionar. Obviamente, tais poções não estariam
escondidas em lugares óbvios, por isso, ele resolveu
adentrar por debaixo da cama e procurar pelos colchões.
Rato vai até a cama. Somente o rato sai de cena.
Narrador: Ele, então, acabou por encontrar a fórmula
debaixo dos colchões. Não havia lá somente uma fórmula, mas
várias. No entanto, seu peso não suportava carregar mais de
uma.
Rato entra em cena após um tempo, saindo debaixo da cama
com a FÓRMULA 86 sendo segurada pelo seu rabo.
Somente cenário sai de cena. Cenário novo da cozinha, avó e
cozinheiros entram em cena.
Narrador: Seu plano? Bem, pretendia pôr aquela fórmula na
comida das bruxas e transformar todas em rato.
O rato vai pra trás da avó.
Avó: Oh, meu Deus! Não acredito que entrei no lugar errado.
Cozinheiro vai até avó.
Cozinheiro: Senhora, o que houve?
O rato sai de trás da avó, subindo discretamente na
bancada.
Avó: Eu procurava o restaurante, mas vim parar aqui!
Cozinheiro: Vamos, deixe-me levá-la para lá.
Avó: Muito obrigado, filho, muito obrigado!
Avó e cozinheiro saem de cena.
O rato joga a fórmula na sopa de ervilha. O cozinheiro da
sopa está de costas para a panela.
Cozinheiro da sopa: Meu Deus! Um rato.
Todos começam a gritar na cozinha. O rato consegue fugir da
cozinha correndo rapidamente.
O cenário, o cozinheiro e o rato sai de cena.
Cenário novo, restaurante, com várias pessoas comendo
(destaque p. bruxas).
Avó sentada numa mesa . O rato anda até ela.
Rato: Deu certo, vovó!
Avó: Maravilhoso! Estou muito orgulhosa de você.
Uma bruxa sai de cena, um rato entra em cena.
Avó: nossa, que depressa!
Várias bruxas saem de cena, vários ratos entram em cena.
Rato: Elas beberam muito da dose, por isso, estão virando
ratos mais rápido.
Grã-Bruxa (transformada em rato): Mas o que é isso? Isso
não pode estarr acontecendo.
Avó: Acho que está na hora de irmos embora, vamos.
Rato: Me pega aqui, vovó!
Gritaria ao fundo.
A avó pega o rato. O boneco da avó é trocado por um em pé
segurando o rato em seus braços.
Narrador: E até hoje, não em se sabe o motivo do surto de
ratos naquele jantar. Sobre o neto: ao contrário daquelas
bruxas, vivem muito bem, mesmo como rato, pois tem sua avó
para cuida-lo. E como se pode ter certeza que nenhuma outra
criança tomou aquela maldita fórmula? A avó deu seu jeito
de ter todos aqueles fracos para si.
.
FADE OUT

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  • 1. Teatro de Sombras As bruxas escrito por Davi Henrique Adaptado do livro de Roald Dahl
  • 2. FADE IN: Uma avó, sentada numa cadeira de balanço. Um menino, sentado no chão á frente da avó, prestando atenção á ela. Narrador: Bruxas existem? É isso que está avó está explicando á seu neto no momento. Avó: Preste bastante atenção no que vou lhe dizer! Bruxas de fato são reais, elas odeiam crianças e fazem de tudo para acabar com todas, já que para elas tem uma forte alergia á crianças, mas elas não saem por aí voando em vassouras e tem gatos pretos, nada disso! Elas, na realidade, vivem entre nós, como se fossem qualquer outra mulher por aí, por isso são tão perigosas! Menino: Mas, se vivem como mulheres comuns é impossível diferenciá-las das outras pessoas, certo, vovó! Avó: Não, não é impossível, só é bem difícil! Menino: Então quer dizer que há uma maneira de diferenciá- las das outras pessoas? Avó: Sim, mas você deve prestar bastante atenção aos detalhes. A avó e o neto saem de cena. A partir daqui, ouvimos a voz de ambos. Uma bruxa surge em cena. Ela é careca, sem dedos nos pés e com garras na mão. Avó: Me ouça com atenção: bruxas de verdade não tem cabelos na cabeça, nem dedos nos pés, nem dedos nas mãos, são garras! Close-up na careca da bruxa, nos pés sem dedos e nas garras. Isso, simultaneamente á descrição da avó. Avó: Por isso sempre andam por aí com luvas, mesmo no verão. Menino: Elas são carecas e tem garras? Avó: Exatamente! Então, se vir uma mulher de luvas por aí, isso já é um sinal! A bruxa sai de cena. A avó e o menino voltam. Menino: Vovó, a senhora já conheceu alguma bruxa?
  • 3. Vovó: Se eu conheci? Com toda certeza, conheci todo tipo de bruxa! Eu era uma bruxóloga quando mais jovem. Menino: Bru- quê? Vovó: Bruxóloga. Meio que eu ia atrás das bruxas, assim como todo bruxológo. Eu era excepcional! Todavia, nunca consegui achar a pior de todas as bruxas: a Grã-Bruxa! A líder de todas. Menino: Ela é quem comanda as outras bruxas? Vovó: Exatamente! Ela é a pior de todas, e a mais pavorosa! Uma vez no ano ela faz uma reunião as bruxas de um local específico. Eles chamam esse evento de convenção das bruxas. Avó e menino saem de cena. Narrador: Após certo tempo, as férias começaram para o neto, e ele e sua avó saíram da Noruega e viajaram até a Inglaterra. A imagem de um hotel entra em cena. Narrador: Ambos hospedaram-se num hotel maravilhoso, aonde também ocorreria a reunião da SPCC, Hotel sai de cena. Placa da SPCC entra em cena. Narrador: a sociedade de prevenção á crueldade contra crianças. Lá, um grande número de mulheres estariam reunidas, curiosamente, todas usando belas luvas. Placa da SPCC sai de cena. O menino entra em cena, andando por um corredor do hotel. Narrador: O neto deixou sua avó dormindo e foi se aventurar á explorar o hotel, andou por mais e mais corredores, até que chegou ao salão da SPCC, aonde adentrou. O menino e os corredores saem de cena. O menino entra em cena, desta vez, no salão, cheio de cadeiras, correndo entre elas, brincando. Narrador: O menino brincou e se divertiu por muito tempo, todavia a hora da reunião da SPCC chegou, e o menino viu-se obrigado a esconder-se. Só o menino sai de cena. Várias mulheres , todas de luvas e com sapatos de ponta fina e de chapéu. Entre elas, destaca- se uma sem chapéu e com um vestido elegante. As mulheres e os cenários saem de cena. Um palco grande, entra em cenas, várias mulheres entram em cena. Todas
  • 4. sentadas em cadeiras, exceto a que se destaca das demais, que está em cima do palco. O menino está escondido atrás de uma estátua do local. Close-up nele escondido. Grã-bruxa (mulher em destaque) p/ outras mulheres: As porrtas estão bem trancadas e aferrolhadas? Mulher da plateia: estão senhora! Grã-bruxa: Cerrto, então tirem suas perrucas e luvas. Close-up no menino assustado. Sai do close-up: As bruxas estão sem perucas e luvas. A Grã-Bruxa tira começa a mecher em seu rosto. Close-up no menino assustado. Sai do close-up: a rainha bruxa segura seu “rosto” falso. Sua cara é horrível, de aparência assustadora. Diferente das demais, que são apenas carecas e com alguns caroços na cabeças. Grã-Bruxa: Agora que estão livres de seus disfarces, vamos ao que interressa: á resolução dos nossos dos nossos espirros e das nossas alergias. A FÓRMULA 86. Todas as bruxas começam a cochicar entre si. Grã-Bruxa: SILÊNCIO! Há silêncio. Grã-Bruxa: Voltando ao que importa, ou seja, á FÓRMULA 86. Bem, para vocês, bruxas, que querem saber do que se trata, a fórmula 86 é nada mais é nada menos do que uma fórmula que transforma quem quer que a beba em rato, no nosso caso, crrianças. Close-up no menino assuntado. Grã-Bruxa: Bem, basicamente: colocarremos algumas gotas dessas em deliciosos chocolates, as crrianças, ingênuas, obviamente aceitarrão os deliciosos doces, afinal, que crriança não gosta de um chocolate? Elas o comerrão e, em cerca de 2 horras, não passarrão de malditos rrratinhos. Isso, se a tomarem em pequenas quantidades, em altas quantidades em apenas 25 segundos os malditos terão virados apenas rratinhos. A Grã-Bruxa passa a rir. As outras bruxas também sorriem. Close-up no menino assustado. Bruxa qualquer: Esperem! As bruxas param de rir.
  • 5. Grã-Bruxa: Que foi, Olga, aconteceu algo? Bruxa qualquer: Só eu que tô sentindo uma leve vontade de espirrar? Close-up no menino surpreso/assustado.. Grã-Bruxa (surpresa): Espirrar? Outra bruxa (querendo espirrar): eu também estou com uma vontade de- A bruxa espirra. A outra bruxa espirra também. Todas as bruxas começam a espirrar também. Close-up no menino assustado. A Grã-Bruxa vai até a estátua. Ela solta poderes pelos olhos. A estátua cai (sai de cena). O menino é revelado ás bruxas, que ficam todas surpresas. Grã-Bruxa: A-HÁ! Aí está você, peste! O menino começa a correr para longe das bruxas. A bruxa qualquer o agarra. Bruxa qualquer: Peguei ele! Grã-Bruxa: Traga-o! Somente as bruxas e o menino saem de cena. Narrador: Sem escapatória, o menino foi forçado a tomar a fórmula, sendo transformado num rato. Um rato (o menino, transformado, que a partir de agora será chamado de rato) e as bruxas, rindo, entram em cena. Narrador: Por sorte, O rato começa a correr, entra as bruxas, escapando delas. Narrador: o menino, agora rato, conseguiu fugir daquelas bruxas horríveis. Grã-Bruxa: Deixem essa crriança maldita! Logo, logo, será pega por alguma ratoeira, e, não se esqueçam: hoje, ás 8 da noite é o horário de nosso jantar. Mandei preparar uma deliciosa sopa de ervilha para nós, estejam presentes! O rato, as bruxas e o cenário saem de cena. Narrador: Ele, então, foi correndo até o quarto de sua avó, que, por sorte, não era distante do lugar da convenção. Ele só teve que subir umas escadas, que estavam vazias, já que todos preferiam pegar o elevador.
  • 6. Cenário do quarto, avó, deitada numa cama (não junta ao boneco do corpo), e o rato entram em cena. O rato sobe a cama da avó. Rato: Vovó! Vovó! Acorde! Sou eu, seu neto! O boneco dormindo na cama é substituído pelo boneco sentado na cama. Avó (assutada): Meu filho, é... Rato: Foram elas! As bruxas! Avó: Bruxas? Há bruxas aqui? Rato: Há sim! Elas estão disfarçadas de participantes da SPCC. Todas de lá são bruxas. Avó: Meu Deus! Oh, e elas o transformaram nisso, meu pobre garotinho ... Rato: Sim, foram elas! E elas precisam ser derrotadas antes que façam isso com mais crianças. Avó: Derrotadas? Como você acha que podemos derrotar todas aquelas bruxas horríveis? Rato: Eu tenho uma ideia... A avó, o neto e o cenário saem de cena. Um novo cenário de quarto entra em cena, junto ao rato, andando pelo chão. Narrador: Junto á sua avó, o neto chegou até o quarto da Grã-Bruxa, aonde com certeza estariam guardadas as fórmulas. Sua avó, então, subiu novamente á seu quarto, o deixando encarregado de pegar a fórmula para fazer seu plano funcionar. Obviamente, tais poções não estariam escondidas em lugares óbvios, por isso, ele resolveu adentrar por debaixo da cama e procurar pelos colchões. Rato vai até a cama. Somente o rato sai de cena. Narrador: Ele, então, acabou por encontrar a fórmula debaixo dos colchões. Não havia lá somente uma fórmula, mas várias. No entanto, seu peso não suportava carregar mais de uma. Rato entra em cena após um tempo, saindo debaixo da cama com a FÓRMULA 86 sendo segurada pelo seu rabo. Somente cenário sai de cena. Cenário novo da cozinha, avó e cozinheiros entram em cena. Narrador: Seu plano? Bem, pretendia pôr aquela fórmula na comida das bruxas e transformar todas em rato.
  • 7. O rato vai pra trás da avó. Avó: Oh, meu Deus! Não acredito que entrei no lugar errado. Cozinheiro vai até avó. Cozinheiro: Senhora, o que houve? O rato sai de trás da avó, subindo discretamente na bancada. Avó: Eu procurava o restaurante, mas vim parar aqui! Cozinheiro: Vamos, deixe-me levá-la para lá. Avó: Muito obrigado, filho, muito obrigado! Avó e cozinheiro saem de cena. O rato joga a fórmula na sopa de ervilha. O cozinheiro da sopa está de costas para a panela. Cozinheiro da sopa: Meu Deus! Um rato. Todos começam a gritar na cozinha. O rato consegue fugir da cozinha correndo rapidamente. O cenário, o cozinheiro e o rato sai de cena. Cenário novo, restaurante, com várias pessoas comendo (destaque p. bruxas). Avó sentada numa mesa . O rato anda até ela. Rato: Deu certo, vovó! Avó: Maravilhoso! Estou muito orgulhosa de você. Uma bruxa sai de cena, um rato entra em cena. Avó: nossa, que depressa! Várias bruxas saem de cena, vários ratos entram em cena. Rato: Elas beberam muito da dose, por isso, estão virando ratos mais rápido. Grã-Bruxa (transformada em rato): Mas o que é isso? Isso não pode estarr acontecendo. Avó: Acho que está na hora de irmos embora, vamos. Rato: Me pega aqui, vovó! Gritaria ao fundo. A avó pega o rato. O boneco da avó é trocado por um em pé segurando o rato em seus braços.
  • 8. Narrador: E até hoje, não em se sabe o motivo do surto de ratos naquele jantar. Sobre o neto: ao contrário daquelas bruxas, vivem muito bem, mesmo como rato, pois tem sua avó para cuida-lo. E como se pode ter certeza que nenhuma outra criança tomou aquela maldita fórmula? A avó deu seu jeito de ter todos aqueles fracos para si. . FADE OUT