O documento discute como os jovens estão se mobilizando politicamente e socialmente através da internet, permitindo debates globais e incluindo cidadãos geograficamente distantes. Também menciona que as novas formas de manifestação não precisam mais de apoio de instituições tradicionais como sindicatos e partidos políticos, mas que essas instituições precisam se adaptar ao mundo digital. Finalmente, relata como uma jovem criticou um manequim magro em uma loja e gerou debate online sobre padrões irreais de beleza impostos
1. Texto 1
Do mundo concreto ao mundo virtual: o que muda?
“Apesar das acusações de apatia, a juventude atual, tanto no Brasil quanto em outras partes
do mundo, está desenvolvendo novas formas de se posicionar frente aos debates políticos e
sociais. É por meio da internet que jovens têm se mobilizado, permitindo globalizar debates e
incluir cidadãos espacialmente distantes que, de outra forma, possivelmente ficariam isolados das
manifestações.
Mas, além do ambiente onde estão sendo criadas e processadas, e para além dos assuntos
que estão sendo debatidos, o que as formas de manifestação social estão trazendo de novo? Como
vimos, grande parte dos movimentos que marcaram a década de 1980 e os primeiros anos da
década seguinte foram encabeçados por algum tipo de instituição social. No entanto, partidos
políticos, sindicatos e associações são instituições ligadas principalmente aos períodos de
Revolução Industrial e, ainda que continuem sendo importantes para a sociedade, já não
respondem aos anseios da juventude. Durante anos, eles foram as únicas ferramentas para
mobilizar pessoas, divulgar ideologias e realizar ações políticas.
Nesse sentido, na Era da Informação é comum que as novas manifestações populares surjam
no mundo da internet sem necessitar de um apoio imediato dessas antigas instituições. Isso quer
dizer que sindicatos e partidos políticos deixarão de existir? Não, mas deverão se adaptar ao novo
mundo globalizado e amplamente calcado nas novas tecnologias da informação. (...)”
Fonte: http://www.klickeducacao.com.br/je/materias/o_novo_rosto_da_mobilizacao_popular/
RedaCEM
9.1
Ano/Série: 9ª ano Entrega: 20/02/2017
Tema: Mobilização de jovens no Brasil – Carta Argumentativa
2. Texto 2
Fonte: http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-do-inesc/2012/junho/doe-uma-charge-para-a-iniciativa-popular-da-reforma-politica
Texto 3
Jovem critica magreza de manequim em loja e gera mobilização na internet
Recentemente, publicamos aqui uma campanha no Twitter contra os manequins muito magros
usados em uma loja de Londres. No entanto, essa é uma realidade de muitos estabelecimentos
pelo mundo, que disseminam um ideal de beleza tão irreal. Agora, um novo manequim com
magreza extrema, da rede de lojas Whistles, chamou a atenção da inglesa Amina Hays. As
informações são do Buzzfeed.
Ao ver o objeto, a jovem postou uma foto em seu Instagram com uma crítica: "Porque ter um
manequim com ossos do peito salientes definitivamente vai resolver as questões que as mulheres
têm com seus corpos".
3. A imagem repercutiu na internet e a loja respondeu aos consumidores com um pedido de
desculpas, afirmando que a empresa que fornece os manequins trabalha com os líderes de varejo
há mais de 30 anos. A rede ainda completou que irá retirar o objeto da vitrine.
Mesmo assim, a mobilização tomou conta das redes sociais. Entre os principais comentários, está
o de que, mesmo que o manequim seja retirado da loja, as redes de moda continuam a disseminar
um padrão de corpo feminino totalmente fora da realidade.
Proposta de Redação
Nos últimos anos, é vertiginosa a participação dos jovens no cenário político e social
brasileiro. Da mobilização virtual às passeatas nas ruas, a cada dia a juventude tem mostrado que
pensa, reflete e é o agente fundamental nas mudanças estruturais da nação. Com base nos textos
de apoio, redija uma carta argumentativa às lojas femininas brasileiras discutindo os impactos
negativos gerados pelos padrões de beleza impostos por elas. Não se esqueça das características
do gênero solicitado e das normas gramaticais da língua portuguesa.