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EFEITO COVID-19
Alagoas l 19 a 25 de julho I ano 08 I nº 386 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
Marcelo treinando tiros com amigos
EDITORIAL:MINISTÉRIODASAÚDEESTÁHÁMAISDEDOISMESESSEMMINISTRO;GENERALNUNCAAPLICOUUMAINJEÇÃO
CUIDADO!
Cobras
peçonhentas
em Alagoas:
cascavel,
jararaca, coral
e a surucucu
pico-de-jaca”
A BOLA VAI ROLAR
Em Palmeira dos Índios, técnico de empresa de sanitização, desinfecta o banco de reservas do Estádio Juca Sampaio, sede do CSE; a limpeza foi geral
FAF faz sanitização nos estádios
A semana que passou
foi de higienização total e
de corrida aos laboratórios
para os exames dos jogado-
res. Ninguém pode entrar
em campo com os sintomas
da Covid-19, muito menos se
testar positivo para a doença.
Os estádios de Alagoas estão
passando por uma limpeza
geral para evitar o contágio.A
bola vai rolar no Estado.
Divulgação
PROCURADORA entrega ao Ministério Público denúncia com 95 páginas sobre compra de material de construção e locação de máquinas
MP INVESTIGA CONTRATOS
MILIONÁRIOS EM RIO LARGOO cerco contra o prefeito
Gilberto Gonçalves está se
fechando. Na sexta-feira (17),
o Ministério Público Estadual
abriu uma investigação nas
esferas cível e criminal para
apurardenúnciadautilização
de R$ 20 milhões, na compra
de material de construção e
aluguel de máquinas pesa-
das. As despesas não teriam
a anuência da Procuradoria
do Município, o que motivou
a procuradora efetiva, Karla
Brandão Muniz Formiga
de Carvalho, a formalizar a
denúncia junto ao MPE. A
procuradora entregou um
documento com 95 páginas
denunciando o caso e se
eximindo de responsabili-
dades, uma vez que não foi
ouvida sobre os contratos.
O caso será investigado
pelo Tribunal de Contas
do Estado (TCE); Promo-
toria da Fazenda Pública,
sobre Improbidade Admi-
nistrativa e a parte Política,
na Câmara de Vereadores.
Neste caso, o prefeito terá
que responder criminal-
mente sobre o caso e, na
Câmara, deve ser aberto
um processo de cassação.
Através de nota, a Prefeitura
respondeu que a procura-
dora “foi induzida ao erro”
e que não há irregularida-
des nos contratos. A nota diz
ainda que “é praxe a Prefei-
turadeRioLargolicitartodos
os contratos, seja por pregão
eletrônico ou pelo sistema de
registro de preços”.
4
2
AMARELOU!
EMPRESÁRIO
Maceió dá
início ao novo
“normal”
amanhã
Acusado de
estuprar as
enteadas vai
para presídio
8 7
Eleição cai nas “redes”Ainda não está definido
mas, como até a biometria está
descartada nas eleições deste
ano, os comícios e as caminha-
das dos candidatos devem ir
na mesma esteira. Por isso, as
redes sociais se transforma-
ram no campo de batalha por
votos. Aliás, há políticos que
não fazem outra coisa a não
se exibir nas redes sociais. A
reportgem de O Dia Alagoas
conversoucompré-candidatos
à Prefeitura de Maceió sobre
este modelo de campanha.
3
10
2 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
EXPRESSÃO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas
Ronald Mendonça
E
vandro e Vanessa
conheceram-se ainda
crianças. Chegaram a
estudar juntos no Grupo Monsenhor
Valente.Noginásioenocolegialesti-
veramdistantes.OpaideVanessafoi
para o Piauí assumir uma gerência
bancária. Quando se reencontraram
estavam na fila de matrícula para o
curso de odontologia. A flecha de
Cupido foi certeira. Toda aquela
saudadereprimida,todoaqueleafeto
não realizado, toda aquela paixão de
anos de espera explodiram como o
Vesúvionosseusmelhoresdias.Não
se desgrudaram mais. Era uma sede
biológica de carinho e amor. Subiam
a Ladeira da Catedral beijando-se
escandalosamente. Olhavam-se,
tocavam-se, esfregavam-se sofrega-
mente como se não houvesse o dia
seguinte.
Dois anos depois de formados
casaram-se. Fizeram questão de
pagar as despesas. Ainda lembro a
festa. Nunca vi coisa igual. Durante
acerimôniareligiosa,ovelhopároco,
confessor dos pecadilhos da infân-
cia, teve que interromper várias
vezes a bela homilia. Beijos e olhares
desconcentravam o orador. Falou da
Sagrada Família, da resignação de
José ao aceitar uma noiva grávida
sem que ele tivesse sequer triscado
na bela Maria. Mas também falou de
Vinicius, de Paulo (o apóstolo), de
Agostinho... Nesse dia, D. Leonardo
superou-se,certamentecontaminado
pelo fogo da paixão que emanava do
casal.Nessanoiteoeminentecônego
precisou ser carregado. Fazia tempo
queelenãobebiatanto.
Dez, quinze anos depois, os
filhosnãochegavam.Enquantoretar-
davam, o casal participava de ações
voluntárias na Igreja para tentar
tirar viciados da lama. Alguns se
apegavam ao casal, um deles costu-
mava almoçar e lhes fazia compa-
nhia nos finais de semana. Era um
carente, abandonado pela família.
Deixara as drogas mas as tatuagens
esquisitas ficaram como a marcar
de forma indelével a vida devoluta.
Financeiramente estáveis, os olhares
foram perdendo o brilho, os sorrisos
descaiam, as frontes enrugavam-se.
Impacientavam-se um com o outro.
Telefonemas estranhos calavam
quando ele atendia. Não suportou a
angústia. Contratou o melhor dete-
tive particular. Importou do Rio de
Janeiro.
Usando tecnologia de ponta,
garantiu que em duas semanas colo-
caria tudo em pratos limpos. Na sua
experiência, quando um dos cônju-
gesdesconfia hásetentaporcentode
chancedeeleestarcerto.
Bastou uma semana para apre-
sentar o relatório. O detetive avaliou
o estado emocional do marido. Não
era raro um traído virar-se contra
ele.Leu em voz alta no gabinete do
contratante: “No dia tal, o alvo saiu
de casa em torno de nove horas da
manhã. Parou numa loja de bebi-
das, onde adquiriu duas garrafas de
vinho tinto. Comprou queijo e torra-
das. O alvo estava com uma blusa
esverdeada presa na cintura. Estava
semsutiã.Usavacalçajeansapertada
e sapatos de saltos altos. Permita-me
dizer, o alvo é uma mulher muito
bonita.”
O dentista engoliu em seco. O
detetive prosseguiu: “ O alvo deixou
alojadebebidas,entrounocarroefoi
em direção norte, seguindo a beira
da praia.” “E aí, que aconteceu”,
perguntouoansiosomarido.
O Sherlock Holmes do pecado
não se deixou impressionar. Cobrara
caro e queria demonstrar a sua
competência. “O alvo estacionou
num Shopping. Alguns minutos
depois um cidadão cabeludo e tatu-
adoadentrou-se noautomóvel.Daío
alvomanobroueafastou-sedacidade
tomando a direção norte. Cerca de
cinco minutos depois, entrou numa
mansão...”
”E aí, meu amigo, você está me
deixando tenso”, gemeu o pobre
homem. “Bem, era uma residência
particularenãopudeentrar...”“Olha
companheiro, estou lhe pagando os
olhos da cara, e o senhor me traz um
relato que não faz jus à sua fama e ao
seupreço,detetive”,rosnouocontra-
tante.
“Ainda não terminei. Fiquei
montandoguardanasimediaçõesda
casa.Minhaintuiçãomediziaqueeu
iria observar algo definitivo. Valeu a
penapersistirnomeupostodeobser-
vação”.
”Cerca de cinco minutos após
ingressar nessa pretensiosa mansão,
o alvo apareceria abraçada com o
cabeludo numa varanda do primeiro
andar. Desculpe o comentário, mas
como uma mulher de tanta classe
abraça e beija um tipo desses... Mas
o fato é que tirei várias fotos do alvo,
sem blusa e sem mais nada (meu
Deus,queseioslindos),trocandocarí-
cias com o tatuado. O senhor poderá
veralgumasfotosdessalibidinagem.”
O dentista estava indócil. Não
podia acreditar que a sua doce
Vanessa pudesse estar agarrada com
quem quer que fosse, a não ser com
ele. A incredulidade tomou conta
do seu pensar. “Meu Deus, onde eu
estavacomacabeçaquandocontratei
alguémparaseguiraminhamulher?
Eu estava louco. Faça-me o favor
de chamar minha esposa de Dra.
Vanessa.Alvo,umcacete!
Odetetiveestavadesconsertado.
Ainda assim, dissertou: “Depois
da mamação e das felações, o cabe-
ludo pegou o alvo nos braços, reve-
lando a linda nudez. Adentrou-se
no aposento e fechou a janela.” E
depois?,indagouoinfeliz.
“Bem, confesso que não vi
mais nada de comprometedor”. E
concluiu: “A doutora deixou a casa
cerca de duas horas depois. O cabe-
ludo abriu os portões e deu um seli-
nhodedespedida”.
“Essa é a minha dúvida, dete-
tive”,Osenhorfala,falaenãomostra
eles trepando. Continuo com os
mesmos questionamentos. É mais
ou menos o que se diz do Lula e
da Dilma. As pessoas só acusam.
Ninguémprovanada.”
A dúvida
D
urante a pande-
mia causada
p e l o n o v o
coronavírus, o Brasil teve dois
ministros da saúde que foram
demitidos ou se demitiram
durante este grave problema
sanitário. Estamos há 62 dias sem
um ministro titular na pasta que
atualmente é comandada por um
general do Exército que não tem
experiência nenhuma na área da
saúde e que já colocou outros 24
militares nos cargos de primeiro
e segundo escalões do Ministério
da Saúde.
Vale lembrar que os dois
primeiros ministros, Mandetta e
Teich, saíram do MS por diver-
gências com o Presidente da
República no que tange as medi-
das de combate à Covid-19. O
primeiro, Mandetta, se mostrou
técnico o suficiente ao ouvir a
ciênciaeindicaramanutençãode
medidas de isolamento social na
contramão do que dizia e queria
Bolsonaro o que culminou com
sua demissão.
Osegundo,Teich,entroucom
o discurso de total alinhamento
com o pensamento do presi-
dente, mas dentro da pasta viu
que a única solução era ouvir a
ciência,principalmentequandoo
presidente, sem o conhecimento
do ministro, liberou através de
protocolo o uso da cloroquina e
hidroxicloroquina para o trata-
mento inicial da Covid-19.
A pasta da saúde fica sem
ministro titular, assumindo no
lugar de Teich de forma interina
o general do Exército Pazuello.
A primeira missão de Pazuello
dada por Bolsonaro foi efetivar a
liberação dos protocolos de trata-
mento com o uso de cloroquina,
mesmo com diversos estudos
mostrando que o medicamento
não possui eficácia comprovada.
Quando Pazuello assumiu
a pasta em 16 de maio o Brasil
contava com 218 mil casos confir-
mados e 15 mil óbitos, os núme-
ros até a data de ontem indicam
dois milhões de casos e mais de
76 mil óbitos, ou seja, durante
os dois meses em que Pazuello
está no cargo o aumento de casos
aumentaram 10 vezes e os óbitos
403%.
Como citamos, Pazuello não
temexperiêncianaáreadasaúde,
quando anunciado como minis-
tro interino Bolsonaro ressaltou
a experiência em logística do
general o que poderia ajudar na
entrega de insumos para os esta-
dos e capitais, como medicamen-
tos e respiradores.
Essa experiência logística do
general não foi suficiente para
fazer os números de contamina-
dos e óbitos no país reduzirem
e, diferente dos demais países
com maiores números de casos
e mortes, o Brasil não seguiu um
tendência de declive da curva,
estando em um platô, quando
analisamos os dados, e uma
média de óbitos diária crescente.
Outro fato que é importante
dizer sobre a atuação de Pazuello
no MS foi apontada pelo Conse-
lho Nacional de Saúde que
demonstrou que o governo
federal tinha utilizado apenas
24% dos recursos destinados ao
combate à pandemia, ou seja, o
governo federal está deixando de
aplicar quase 26 milhões de reais.
Vale dizer que esse valor total é
bem menor do que, por exemplo,
foidadodeauxílioparaosbancos
pelo ministério da economia que
chegou a R$ 1 trilhão.
Aindaestasemanaoministro
do STF, Gilmar Mendes, comen-
tou a drástica atuação dos mili-
tares no comando da pasta da
saúde ao dizer que os militares
estão se associando ao “genocí-
dio” causado pelo governo fede-
ral.
Todos esses pontos trazidos,
principalmente em relação à
manutenção do número de casos
eóbitosconfirmadosdiariamente
no Brasil realmente demonstram
a falta de habilidade de pessoas
sem conhecimento técnico na
pasta da saúde no meio de uma
das maiores crises sanitárias que
esses país já enfrentou.
É desastrosa, assim como
tem sido muitas das atuações
do Governo Bolsonaro, as políti-
cas públicas (ou a falta delas) no
Ministério da Saúde. Torcemos
para que, em breve, possa ser
nomeado um ministro que possa
contornar o desastre que a Covid
causou ao país com a anuência e
ineficiência de Bolsonaro.
Desastroso ministério sem ministro
Ariel Cipola
Repórter
A
pós o adia-
mento das
e l e i ç õ e s
municipais deste ano de outu-
bro para novembro, o presi-
dente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Luís Roberto
Barroso, decidiu excluir a
necessidade de identificação
biométrica dos eleitores. A
decisão foi tomada para evitar
aglomerações, atendendo
a recomendações médicas
e sanitárias em função da
pandemia do novo coronaví-
rus. A decisão ainda precisa
ser analisada pelos demais
ministros do tribunal. Cami-
nhadas e comícios podem
ficar de fora do pleito, com
isso, as campanhas eleitorais
podem ser ainda mais virtuais
do que em 2018.
Em Alagoas, o Tribunal
Regional Eleitoral (TRE-AL)
informou que estava aguar-
dando o Protocolo Ssanitário
do TSE para poder adequar as
açõessanitáriasnoestado,mas
destacou que já estão adqui-
rindo máscaras, face “shield”
e álcool em gel para os servi-
dores, magistrados e colabo-
radores que irão trabalhar no
períodoeleitoral.Comrelação
às tradicionais caminhadas e
comícios, também informou
que aguardará a definição do
TSE sobre o assunto.
“Serão duas ações, uma
do TRE e outra do TSE, todas
essas questões de distancia-
mento nos locais de votação,
caminhadas e comícios, ainda
estão sendo discutidas, mas
não podemos falar nada mais
concreto, pois estamos aguar-
dando a publicação do proto-
colo do TSE, só a partir daí
iremos alinhar com o governo
do estado e prefeituras essas
medidas sanitárias”, disse a
assessora de comunicação
do TRE-AL, Flávia Gomes de
Barros.
As secretarias de Saúde do
EstadodeAlagoasedeMaceió
–Sesau e SMS - informaram
que ainda não foi discutido
como se darão as medidas de
prevenções sanitárias durante
as eleições deste ano. Também
aguardam a manifestação do
Tribunal Superior Eleitoral
para iniciar os debates e as
ações.
Enquanto isso, os pré-
-candidatos à Prefeitura de
Maceió estão “apostando suas
fichas” nas redes sociais como
formadecontatoetransmissão
de planos de governo. Com a
possibilidade de ficarem proi-
bidos os comícios e caminha-
das, os candidatos terão que
se reinventar para poder fazer
chegar suas propostas até o
eleitor. Caso não haja comícios
e caminhadas, as eleições de
2020 ficarão ainda mais virtu-
ais, restando apenas às redes
sociaiseapropagandaeleitoral
no rádio e na TV.
O QUE DIZ RONALDO LESSA
O pré-candidato pelo
Partido Democrático Traba-
lhista (PDT), Ronaldo Lessa,
atualmente conta com pouco
mais de 21 mil seguidores
em suas redes sociais. Lessa
disse que respeitará as deter-
minações sanitárias que
forem necessárias e disse que
está ampliando as formas de
contatocomapopulaçãopelas
redes sociais.
“Eu tenho que apostar na
rede social porque provavel-
mente meu tempo de rádio
e TV será bem menor do que
dos outros candidatos. Mas
estamos aumentando. Por
exemplo, eu fazia minhas
livesapenaspeloInstagram.A
partir dessa semana já come-
çamos a fazer também pelo
Facebook e Youtube”, disse
Lessa.
3O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
PODER redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Eleição sem comícios e sem
caminhadas... será assim?
EM MACEIÓ,QUATRO PRÉ-CANDIDATOS já definidos falam das dificuldades que terão para pedir o voto ao eleitor este ano
Lenilda Luna,Alfredo Gaspar, JHC e as redes
Lenilda Luna representa o
partidorecémcriadoUnidade
Popular (UP). Lua – como é
mais conhecida - conta com
cerca de 15 mil seguidores
nas redes sociais e disse que
tem realizado plenárias virtu-
ais para a elaboração de um
programa de governo voltado
para os trabalhadores e traba-
lhadoras de Maceió e discus-
sões abertas sobre a “cidade
que queremos”. Lua afirma
que rede social é uma ferra-
menta limitada, mas que deve
“usar bastante as redes sociais
e o WhatsApp, devido à situa-
ção de pandemia”.
“Nossacampanhachegará
aos bairros populares, sem
aglomeração, com carro de
som e mantendo o distancia-
mento, para dialogar direta-
mente com a população que
não tem acesso a direitos bási-
cos, como saneamento, trata-
mentodeesgoto,alimentação,
moradia digna e muito menos
internet. Moro em um condo-
mínio popular do Benedito
Bentes e conheço as dificulda-
des enfrentadas pelos mora-
dores da periferia. Não temos
tempo justo de TV e Rádio e
nem fundo eleitoral, que se
concentra em pouquíssimos
partidos. Mas ainda assim
faremos uma campanha para
conquistar corações e mentes
e fazer o povo maceioense
acreditar na sua voz e no seu
direito de decidir os rumos da
nossa cidade coletivamente.
Não queremos essa cidade
excludente. Vamos defender
nas redes sociais e nas ruas
uma Maceió para aqueles que
mais precisam”, afirma Lua.
O pré-candidato pelo
Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), Alfredo
Gaspar de Mendonça Neto,
possui cerca de 23 mil segui-
dores. Gaspar destacou que a
pandemia apresenta um pata-
mar muito alto no Brasil, em
relação ao número de casos e
de óbitos e afirma que o seu
foco continua sendo a saúde
da população e a retomada
segura das atividades produ-
tivas.
“Eu tenho ouvido muito
aspessoas,tendocontatocom
seus problemas e também
mantidoumasériedeconver-
sas com especialistas de todas
as áreas. O Plano de Governo
estará em sintonia com os
anseios do maceioense e será
transmitido da forma mais
objetiva possível ao elei-
tor. Comícios e caminhadas
ainda aguardam resolução
da Justiça Eleitoral, cada
coisa em seu tempo. As redes
sociais fazem parte da vida
das pessoas e eu encaro como
mais uma potente ferramenta
de comunicação. Apostamos
nas nossas propostas, na
nossa mensagem e conteúdo.
Acompanhamos a tecnolo-
gia e estamos sempre aten-
tos para as demandas dos
públicos inseridos nas redes
sociais, com certeza, disse
Alfredo Gaspar.
OdeputadoJoãoHenrique
Caldas, JHC, pré-candidato
pelo Partido Socialista Brasi-
leiro (PSB), possui atualmente
102 mil seguidores nas redes
sociais. Na opinião dele, a
rede social é hoje a principal
via pela qual a população se
informa, e sua importância
será grande, porém os meios
tradicionais de comunicação,
como Rádio e TV, têm carac-
terísticas que os tornam igual-
mente fundamentais.
“A ideia é fazer ecoar a
Maceió que imaginamos e
para qual temos construído
as propostas de forma técnica,
com muito cuidado e coração,
mas também captar o senti-
mento das pessoas. Afinal,
a ideia é ser um governo do
povo,paraopovo”,disseJHC.
Iracema Ferro
Repórter
U
m estudante
brasiliense
quefoipicado
por uma serpente da espécie
Naja que ele mesmo criava,
ocorrido em recentemente,
reacendeu as discussões sobre
os acidentes com cobras e
os números são mesmo de
impressionar.Atéasexta-feira
passada, 149 pessoas haviam
sido picadas por serpentes
em Alagoas, mas diferente do
rapaz de Brasília, em nenhum
dos casos o animal era criado
pela vítima.
A reportagem de O Dia
Alagoas conversou com o
hepertólogo Marcos Araújo
sobre as serpentes em
Alagoas. Ele afirma que não
há como mensurar a quanti-
dade de cobras existentes no
Estado, no entanto, a maioria
das espécies não são peço-
nhentas, ou seja, não possuem
veneno. Mas não é por isso
que os alagoanos precisam
ficarmenoscuidadososdiante
destes animais.
“Das mais de 390 espécies
de cobras existentes no Brasil,
apenas quinze são peçonhen-
tas e quatro dessas espécies
estão presentes em Alagoas:
cascavel, jararaca, coral e
a surucucu-pico- de-jaca”,
destaca, frisando que há mais
de 20 espécies de jararaca,
mais de 30 espécies de corais,
o Brasil tem mais de 28 mil
acidentes com serpentes por
ano, mas a taxa de letalidade
é de 0,4% graças ao acesso ao
soro antiofídico. Em Alagoas,
já foram encontradas seis
espécies de jararacas e apenas
uma espécie de coral.
Ele afirma que a espécie
mais perigosa que existe em
Alagoas é a cobra coral. “O
efeito do veneno da coral é
neurotóxico, atinge o sistema
nervoso central e paralisa os
rins”, alerta.
Araújo lembra que é lícito
comprar cobras no Brasil,
mesmo porque os criadou-
ros comerciais só vendem
espécies que não são peço-
nhentas, como as jiboias e
as cornsnakes (cobras exóti-
cas norte-americanas).“As
serpentes se defendem
mordendo, mas nem todas
têm veneno. Muita gente é
picada por serpentes, mas
em 90% dos casos não são
venenosas”, completa,
Periodicamente, ele
promove incursões na região
da caatinga é comum encon-
trar cobras da espécie cipó,
cobra verde e jiboia, entre as
não venenosas. Já a incidên-
cia entre cobras peçonhentas
na caatinga, a maior parte é
formada pela temida coral. O
hepertólogo destaca que nas
espécies não-peçonhentas
tem ocorrido hibridações,
que são fruto de cruzamento
entre elas, gerando novas
espécies.
De acordo com os levan-
tamentos do Hospital Escola
Hélvio Auto (HEHA), que é a
referência para tratamento de
vítima de animais peçonhen-
tos, somente neste ano foram
105atendimentosdepacientes
picados por cobras. O municí-
pio que teve mais acidentes
ofídicosfoiMarechalDeodoro
com 13 vítimas. Dos 13, 11
foram por jararaca, e dois por
serpente não peçonhenta. Em
segundo lugar é São Miguel
dos Campos, com sete casos,
sendo seis por jararaca e um
por serpente não peçonhenta.
Já em terceiro lugar empatam
Coqueiro Seco e Maceió, cada
uma com seis vítimas. Em
coqueiro seco, dos seis casos,
três foram com jararacas,um
porcoralverdadeiraedoispor
serpentes não-peçonhentas.
Araújo com uma cobra coral,a mais perigosa das espécies presentes emAL
Maioria das ocorrências é com jararacas
Nos 105 casos atendi-
dos no HEHA, 44 foram
com jararacas. A unidade
dispõe de soro antiofídico
para as cobras mais comuns
no Brasil: jararaca, cascavel,
coral e surucucu.
Já as outras 44 ocorrên-
cias de acidentes ofídicos
foram tratadas na Unidade
de Emergência do Agreste,
emArapiraca, mas não foram
fornecidas informações mais
precisas sobre as espécies
predominantes nem os muni-
cípios dos quais vieram as
vítimas.
A médica infectologista
Luciana Pacheco, diretora do
HEHA,orientaqueaspessoas
queforempicadasporserpen-
tesdevemprocuraraunidade
de pronto atendimento mais
próxima o mais rapidamente
possível. Isto porque, no caso
da picada por cobra coral, há
oriscodecomplicaçõesrenais
que podem levar à morte ou
ser necessário ser submetido
à diálise.
“Quem for picado por
cobra não deve adotar
nenhuma prática rudimentar
e sem comprovação médica,
a exemplo de chupar e tentar
sugar o veneno ou colocar
folha de fumo em cima da
parte picada. Existe o soro
antiofídico e ele serve exata-
mente para estes casos”,
destacou.
Já quando o paciente tem
paciente com cobras não-
-peçonhentas, como é o caso
da jiboia, não é necessário
tomarosoro,somenteoacom-
panhamento e em alguns
casos o uso de analgésico.
4 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
ESTADO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Alagoas tem quatro espécies
de serpentes peçonhentas
ACIDENTES COM COBRAS somam mais de 140 casos somente este ano no Estado,mas não há nenhuma ocorrência de morte
HepertólogoMarcosAraújomostraumadasespéciesvenenosasdafaunadeAL
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5O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
TERAPIA E REFLEXÃO
Desde a criação ou surgimento do
homem, que viver em sociedade se
tornou uma das questões mais obsti-
nadas da humanidade. Para a busca
desta realização várias ciências,
práticas e formas foram alternativas
essenciais. Paralelamente a essa
conduta terreal, o homem também
foi evoluindo e transfigurando suas
caraterísticasbiológicas,psicológicas
e culturais para o viver mais e viver
bem, satisfatoriamente. Conjuntura
que está inerente ao nosso processo
de envelhecimento. Hoje, esses
eventos ganharam novos formatos
e novas tecnologias direcionado,
principalmente, ao público de idade
mais avançada.Atento a essas novas
demandas, pelo menos dois acon-
tecimentos foram assinalados em
nossa capital,Maceió,nesta semana,
que vale a pena serem registrados:
o primeiro aconteceu no dia 9 de
julho, através do Clube Sócio Virtual
60+, com o título: Os Benefícios da
Terapia Comunitária Integrativa, e
logo depois, no dia 11 de julho, o OIA
(Observatório do Idoso em Alagoas)
realizou o encontro Reflexos e Refle-
xões frente ao envelhecimento e a
Velhice emTempo Pandêmico.
OUTROSDESTAQUES
Instituído por uma história bizarra como
o Dia do Homem no Brasil,o dia 15 de
julho,foiumainiciativadaOrdemNacio-
nal dos Escritores (1992).A princípio,o
DiaInternacionaldoHomemécelebrado
em19denovembroeajustificativapara
a data é de conscientização em rela-
ção à saúde masculina, já que, esta-
tisticamente,o homem é mais relapso
com este assunto do que a mulher.
Aproveitando-se do ensejo, do enredo
e da conjuntura acadêmica, o Clube
Sócio-Virtual60+promoveuumencon-
troweb, na quinta-feira passada (16),
memorando o dia marcante com uma
conversação sobre as características e
demandasgerontólogicasdoenvelheci-
mento masculino.Como julho também
tem outra data marcante, o Dia dos
Avós,a Ideias & Ideais Curso e Eventos
Gerontológicos,promoverá,no próximo
dia25,umainusitadaeinéditacomemo-
raçãoantecipadadoDiadosAvós,cele-
brado no dia 26 de julho.A realização
vespertina remota está titulada como
Tarde da Majestosidade.Na programa-
ção constam um mega bingo,Bingo de
MimoseumconcursoXícarasdosAvós,
queseráefetuadoporduascategorias:a
dexícarasclássicasedexícarasartesa-
nais.Paramaisinformações,contactaro
whatssap996931541.
“Para que possamos
continuar avançando
com a reabertura
econômica, é
imprescindível que
os estabelecimentos
estejam alinhados com
as regras específicas do
seu setor, trabalhando
de forma conjunta
com o Governo e
as Prefeituras no
cumprimento do
Protocolo Sanitário”
Rafael Brito, secretário de
Desenvolvimento Econômico e
Turismo de Alagoas.
6 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
Ditado popular diz que,
se conselho fosse bom
era vendido. Alinhando-
-se a esse adágio é
possível mensurarmos
qual a importância do
autoconhecimento para
a nossa vitalidade e para
somarmos mais anos na
vida. Com o exercício do
autoconhecer,nós pode-
mos começar a fazer
uma reflexão sobre nós
mesmo, sobre nossos
hábitos e costumes e também sobre como o nosso autode-
senvolver,podenosnosblindardeumapossívelcontamina-
ção. Para isso é preciso
tambémestaremconso-
nância com o nosso jeito
de ponderar as deman-
das que venham a criar
inquietudes emocionais,
espirituais e biológicas.
Ponderar como quer
dizer e agir com ponde-
ração,ouseja,comrefle-
xão,comprudência,com
bom senso, com juízo,
com relevância. Ponde-
rar é equacionar sobre
uma determinada situação, é fazer uma avaliação, é tentar
encontrar uma solução.
Ser maduro e ter conquistado um nível de consciência
gerontológica cabal são duas conquistas elementares e
importantíssimas para um envelhecimento apoderado.
Caracterizadas por um conteúdo cientifico especializado,
pouco ou raramente estão pautadas, debatidas e discer-
nidas. Maturidade segundo o dicionário é: O espaço de
tempo de uma vida, compreendido entre a juventude e
a velhice. Vem do latim “maturitas, atis”, que significa
madureza, maturação. Amadurecer é marchar em dire-
ção a uma meta. Mas, sendo a velhice uma meta crono-
lógica no processo, para alguns cientistas, a maturidade
nos permite olhar com menos ilusões,aceitar com menos
sofrimento,entender com mais tranquilidade,querer com
mais doçura as interferências vitais. Já a consciência
gerontológica uma vez auferida pelo indivíduo idoso, ele
tem a capacidade ou habilidade para guiar seus próprios
caminhos nas quatro dimensões inter-relacionadas
conhecidas como: gerontologia biológica, psicológica,
clinico-funcional e social. Ela ativa para o despertar das
questões e atitudes voltadas para o envelhecimento e
velhice que são e que possivelmente estarão declinando o
processo biopsicossocial.
AUTOCONHECIMENTO E PONDERAÇÃO
MATURIDADE E CONSCIÊNCIA GERONTOLÓGICA
CAFÉ&NEGÓCIOS redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
THÁCIA SIMONE - thaciasimone@gmail.com
Sebrae lança cursos via WhatsApp
O Sebrae lançou novas opções de
cursos online gratuitos que podem ser
feitos através do WhatsApp. Os cursos
estão disponíveis na site: www.sebrae.
com.br .
Inicialmente, foram lançadas três
opções de cursos por meio da plata-
forma,todos eles com conteúdos volta-
dos para os Microempreendedores
Individuais (MEI):“Organize seu negó-
cio”,“Pronto para Crescer”e“Primeiros
Passos – MEI”. Todos os cursos têm
duração de trinta dias e carga horária
de 12h.O presidente do Sebrae,Carlos
Melles,explica que a iniciativa foi criada
para facilitar a vida dos empreendedores que estão enfrentando a pandemia do
Coronavírus.
“NóssabemosqueamaioriadosMEItrabalhasemfuncionárioeestáenfrentando
uma série de desafios. Sair para fazer um curso, mesmo que seja online, exige
que ele se desconecte do negócio por algum tempo.A possibilidade de poder
absorver conhecimentoalimesmo,noambientedoWhatsappémaisumaforma
de poder facilitar a administração do tempo”,afirma Melles.
Alagoano na final do Mestre do Sabor
Da série orgulho alagoano. O chef
fundador do restaurante Sur,Sérgio
Jucá, está na final do programa
Mestre do Sabor. Ele conquistou
a vaga essa semana com o prato
‘picadinho de costela com purê
de banana’.A final será disputada
com o chef Júnior Marinho que fez
um picadinho de filé mignon com
cuscuz e queijo coalho.
“Sempre acreditei que podia chegar e quando você chega e vê tanta gente boa,
que tem uma história linda como a sua,te faz refletir se é verdade ou não”,disse
o chef alagoano.
Nassau oferta cursos gratuitos
O Centro Universitário Maurício de
Nassau Maceió está com inscri-
ções abertas para 30 cursos de
capacitação com vagas ilimitadas.
O Projeto Capacita é totalmente
gratuito e tem início no dia 21 de
julho, nos turnos da manhã e noite.
Os cursos serão on-line.
A programação conta com 30
cursoscomo:EconomiaDoméstica,Paisagismoepequenashortasparaespaços
residenciais, Introdução Alimentar, Direto do Consumidor, confecção de luminá-
rias com técnicas de origami,entre outros.Todos com emissão de certificados.
Paraconferiralistacompletadoscursoseobterinformaçõessobreasinscrições,
os interessados devem acessar a conta da @uninassau.maceio no Instagram.É
possível se inscrever em mais de um curso.
Dica de Leitura
‘Eu Odeio o RH’ é de autoria da alago-
ana Sandra Carvalho. Ela relata que
depois de uma vivência de 17 anos em
RH, sentiu a necessidade de contar um
poucodessahistória,relatandofatosem
que o RH não foi tão legal assim.A obra
propõe uma desconstrução ao modelo
atual de RH, provocando inquietações,
indagações e fazendo repensar sobre
o propósito do profissional de RH, sua
missão,crenças e valores.
Sandraexplicaqueéumlivroparatodos
os profissionais que atuam ou pensam
em atuar nesse segmento.“É justamente essa a sua razão de existir: despertar
no leitor a vontade de fazer a diferença na sua atuação.Ao longo dos capítulos
compartilho experiências provocando insights que podem ajudar o leitor a ques-
tionar sua atuação como um formador de opiniões e arquiteto das transforma-
ções que as pessoas e empresas necessitam para gerar resultados”.
O livro pode ser adquirido pelo 98144-0451 ou pelo https://www.lestoeditora.
com/product-page/eu-odeio-o-rh
PODERGrisalho Francisco Silvestre
silvestreanjos@bol.com.br
COROAVÍVUS
Para a pessoa idosa que aos longos dos tempos sempre foi vista
comosábiaeexperiente,terqueencararessacorrenteemfaceda
covid-19/isolamentosocial,vaisercrucial.Omaisvividovãoprecisar
mais uma vez construir estratégias biopsicossociais para esse novo
período de travessia.Desvendando o tempo citado e vigente através
deuma leituravivencial,podemosestabelecerestratégiacriandoum
planoparaamenizarosefeitosdoquefiguramoscomoumclimatene-
brosodeefeitosanfona,queatribuímosaoquemuitosEstadosestão
passando com a flexibilização e a inflexibilidade socioeconômica;já
o tempo caracterizado como sufocante ilustraimaginativamente,
pancadas de pavor que são proliferadas a todo instante com núme-
ros de óbitos e desinformações sobre a crise.Assim sendo,para os
coroavívus que se tornarem disponível a planejar um estilo de vida
ostentando ponderação,autoconhecimento,maturidade e consciên-
ciagerontológica,comcertezasedarãobemnessenovodesafio.
“
Deraldo Francisco
Repórter
U
m i n q u é -
rito policial
meticuloso
e muito bem elaborado pela
delegada Sheila Carvalho
resultou no oferecimento de
denúncia pelo Ministério
Público Estadual, o que foi
prontamente acatado pela 14ª
Vara Criminal e levou à prisão
o empresário Marcelo Neves
Pereira, de 33 anos. Nomeada
especialmente para este caso,
a delegada Sheila Carvalho
concluiu as investigações em
60 dias.
Quatro mulheres se desta-
caram neste caso: a médica,
pela coragem de enfrentar o
medo e denunciar o agressor;
a delegada que apurou com
cuidadoeindiciouoacusado;a
promotora Dalva Tenório, que
ofereceu a denúncia e pediu a
prisão preventiva do empre-
sário e a juíza Juliana Batistela,
responsávelpeladecretaçãoda
prisão.
Marcelo Neves está no
sistema prisional por força de
decreto de prisão preventiva
assinado pela juíza Juliana
Batistela, da 14ª Vara. Marcelo
Neves é acusado de estuprar
duas enteadas, uma de sete e
outra de 11 anos.
Esse caso começou a ser
desvendado em abril passado
devido às circunstâncias
impostas para evitar a infec-
ção pela Covid-19. Médica, a
mãe das crianças e seu então
marido, Marcelo Neves (dono
de uma empresa que trabalha
comalocaçãodeambulâncias)
precisaram tirar as crianças de
casa.Ascriançasforamlevadas
para a casa de um tio materno,
no interior.
Numa conversa com a
esposa do tio, a menina mais
velha contou os abusos que
vinha sofrendo e que eram
cometidos pelo padrasto
Marcelo Neves. A reportagem
de O DIA apurou junto aos
autos que, numa das ocasiões,
Marcelo Neves colocou uma
balaclava e, armado com uma
pistola, forçou as crianças a
dormirem.
Isso teria acontecido num
dos plantões de 24 horas, dado
pela médica, mãe das crianças.
Nestes casos, Marcelo Neves
era quem colocava as crianças
para dormir.
Pelo telefone, o irmão da
médica contou o que tinha
ouvidodesuasobrinhaepediu
que ela fosse até o local. Sem
dizer nada a Marcelo Neves,
a mãe das meninas desligou o
telefone e viajou para o inte-
rior, para se encontrar com
os filhos. Ela ouviu a história,
entrou em choque e tomou as
providências.
Percebendo que a esposa já
sabia de algo sobre suas ações
criminosas, Marcelo Neves
sacou de uma conta conjunta
do casal a importância de R$
170 mil, pertencente a uma
empresa deles. Em seguida,
teria passado a denegrir a
imagem pessoal e profissio-
nal da médica e a maltratá-la.
Diante disso, a mulher denun-
ciou Marcelo Neves à Polícia
Civil.
Foram adotadas medi-
das protetivas e o empresário
passou a usar tornozeleira
eletrônica. Ele não podia se
aproximar da ex-esposa mas,
mesmo assim, ainda se aproxi-
mou, o que foi detectado pelo
sistema da Patrulha Maria da
Penha que sempre avisava
à medica ou comparecia ao
local. Numa dessas aproxima-
ções, sem a médica perceber,
Marcelo Neves permaneceu
durante 20 minutos acompa-
nhando a ex-esposa.
Neste caso, Marcelo Neves
já estava envolvido em duas
situações com a Polícia Civil
e, consequentemente, com
a Justiça. As ameaças e o
descumprimento às Medidas
Protetivas quanto à ex-esposa
e a denúncia de estupro de
vulneráveis, tendo suas duas
enteadas como vítimas.
Marcelo Neves foi surpreendido pela Polícia Civil, logo cedo na quinta-feira; depois, foi transferido para o presídio
Delegada agiu com cautela e profissionalismo
A delegada Sheila Carva-
lho, que apurava o caso de
estupro, foi demorada em
seu trabalho investigativo. As
brechas na lei procuradas e
encontradas por advogados
perspicazes faz com que a
polícia se cerque de todos os
laudos necessários para um
caso emblemático como este.
O laudo psicológico
das crianças era uma peça
bastante importante para a
conclusão das investigações.
Havia a necessidade desse
laudoparaaPolíciaCivilindi-
ciar o acusado.
Por isso, somente quase
três meses depois é que ela
concluiuoinquéritoeoenviou
à Justiça, com o indiciamento
de Marcelo Neves, por estu-
prodevulneráveis.Asvítimas:
duas meninas, de sete e 11
anos, em casa com o criminoso
e sem o mínimo de defesa.
APRISÃO
Marcelo Neves foi preso
na quinta-feira (16) pela
manhã, em seu apartamento,
no Edifício Ib Gatto, no Farol.
De lá, foi levado para a Central
de Flagrantes, no Pinheiro,
e transferido dia seguinte
para o sistema prisional. Na
sexta-feira (17), os advoga-
dos contratados por Marcelo
Neves ingressaram no Tribu-
nal de Justiça (TJ) com um
pedido de habeas corpus para
tirá-lo da prisão.
No entanto, há o entendi-
mento entre os juristas de que,
ofatodeterligaçãocomarmas,
praticar tiros, já ter descum-
prindo por algumas vezes as
medidas protetivas para não
seaproximardaex-esposaeter
amigos na Polícia Civil depõe
contra o empresário.A médica
e os filhos se sentem ameaça-
dos pela possibilidade de, no
momento, Marcelo Neves ser
colocado em liberdade.
FRUSTRAÇÃODOEMPRESÁRIO
Marcelo Neves tem mania
por armas de fogo. Tanto que,
em, algumas fotos, ele apare-
ceu praticando tiros com um
casal de delegados, no estande
de tiros da Polícia Civil. Há
suspeitas, ainda não compro-
vadas, de que esses o casal
daria proteção ao empresário.
Ele, inclusive, teria partici-
pado de operações policiais.
Marcelo Neves se confessava
frustrado por não ser policial.
A delegada amiga do empre-
sário foi denunciada à Corre-
gedoria Geral de Polícia Civil
e responde a procedimento.
Essaproximidadedoempresá-
riocompoliciaisearmasacaba
assustando sua ex-esposa e
seus três filhos.
Empresário é
amigo de casal
de delegados
e já teria
participado até
de operações
da Polícia Civil
7O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
ESPECIAL redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Acusado de estuprar enteadas,
empresário vai para o presídio
MARCELO NEVES nega envolvimento com o crime, mas investigações da Polícia Civil apontam para abuso contra as crianças
Em estande da Polícia Civil,Marcelo Neves treina tiros com amigos delegados
A
partir desta-
s e g u n d a -
-feira, Maceió
vai avançar com a reabertura
gradativa de serviços não
essenciais durante a pandemia
de Covid-19. Estabelecimentos
comerciais acima de 400m²,
shoppings, bares e restauran-
tes serão reabertos seguindo
as normas do decreto Nº 8.918,
assinado pelo prefeito Rui
Palmeiraepublicadoemedição
suplementar do Diário Oficial
do Município. Com dados
positivos no enfrentamento ao
coronavírus, a capital entrará
para a fase amarela, definida
pelo Plano Estadual de Distan-
ciamentoSocialControlado.
As lojas ou estabelecimen-
tos de rua acima de 400m²,
bares e restaurante só poderão
funcionar com 50% da capa-
cidade de funcionamento até
meia-noite, e shoppings, gale-
rias e centros comerciais entre
12h e 20h. Os salões de beleza
e barbearias poderão atender
os clientes até o total da capaci-
dadeeasigrejasreceberosfiéis
com 50% da capacidade total
dos templos. Já o transporte
intermunicipal e turístico foi
liberado, também atendendo
50% da capacidade dos veícu-
los.Alémdisso,ossetoresauto-
rizados nas fases vermelha e
laranjaseguemliberados.
Bares, restaurantes, barra-
cas, quiosques, mixes, food
trucks, feiras e mercados de
artesanato poderão funcionar
na fase amarela, assim como o
comércio ambulante e presta-
dores de serviço e permissio-
nários. Os passeios turísticos
em veículos ou embarcações
tambémserãopermitidos.
Os maceioenses podem
fazeratividadesdelazernaorla
e em praças, mas com várias
restrições. Para as práticas de
caminhada, corrida e ciclismo,
preferencialmente de forma
individualizada, permanece
a exigência do uso de másca-
ras, distanciamento social, e
fica proibido o contato social
antes, durante ou depois das
atividades, assim como qual-
quer aglomeração. Os espor-
tes náuticos estão autorizados,
desde que sejam praticados de
forma individualizada e sem
finalidade comercial. O banho
de mar continua autorizado
e agora a faixa da areia pode
ser usada de forma individu-
alizada. O estacionamento de
veículos nos espaços públicos
da orla está liberado desde que
emvagasintercaladas.
A utilização de parques
infantis, brinquedos, campos
e quadras, aparelhos de ginás-
tica, academias ao ar livre e
demais equipamentos e mobi-
liários de uso coletivo segue
proibida.
8 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
COTIDIANO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Como será:
Atividadesturísticasedelazer
Uma portaria conjunta de diversas
secretarias municipais definirá o Proto-
coloExperimenteMaceióparaofuncio-
namentodasatividadescomerciaisede
lazernaorladeMaceió.
O decreto também inclui a autorização
para que profissionais de educação
física atuem de forma individualizada
ou até com pessoas da mesma família,
utilizando espaços privados,como resi-
dências,estúdios,clubes,academias e
hotéis.
Educação
A Rede Municipal de Ensino Infantil e
Fundamental continuará com as ativi-
dades nas escolas paralisadas até 31
de julho (podendo o prazo ser prorro-
gado).As aulas nas escolas privadas e
deoutrasinstituiçõesdeensinotambém
continuamsuspensas,limitando-seaos
trabalhosadministrativos.
Teletrabalho
A Prefeitura de Maceió mantém o
regime de teletrabalho para os servido-
resmunicipaisaté31dejulho,podendo
ser prorrogado. Os atendimentos dos
serviços não essenciais continuam
sendo realizado pelos canais de comu-
nicaçãooficiaisdecadaórgão.
Centro
O funcionamento do Centro está
mantido de segunda à sexta, das 10h
às17heaossábados,das9hàs13h.
Transportepúblico
Permanece proibido o uso do Cartão
Bem Legal Escolar e do Cartão Bem
Legal Sênior nos transportes públicos
municipais, exceto para pessoas com
deficiência ou patologia crônica, que
necessitam de gratuidade nesses cole-
tivos. Está mantida a capacidade de
passageiros nos transportes públicos
urbanos,sentados ou em pé,no limite
dacapacidadedoveículo,comasjane-
las abertas,sem utilização de ar condi-
cionado,sem redução de frota e com o
uso obrigatório de máscaras.Também
seguesuspensooDomingoéMeia.
Atendimento
As instituições bancárias e os estabe-
lecimentos comerciais devem seguir
com as medidas preventivas de distan-
ciamento e higienização. O Município
permanece exigindo que estabele-
cimentos de saúde da rede privada
tornem públicos o número de leitos de
internaçãohospitalar,deapartamentoe
de enfermarias ocupados e disponíveis
paraoatendimentodepacientescomo
novocoronavíruseonúmerodeóbitose
dealtasmédicasdosinfectados.
Eventos
Fica autorizada até 31 de julho,a reali-
zação de eventos em formato drive-in,
desde que cumpridas,rigorosamente,
as medidas de segurança e higieni-
zação do decreto e demais normas
sanitárias e de saúde pública, sendo
consideradoseventosdrive-inexibições
de shows, cultos religiosos, palestras,
filmeseapresentaçõesculturaiseartís-
ticas em que o espectador permaneça
nointeriordoveículo.
Parques
Os parques permanecem fechados e
comasatividadessuspensas.
Funerais
Asrestriçõesparaarealizaçãodosfune-
raiscontinuamasmesmas.Em mortes
porCovid-19,atéemcasossuspeitos,a
duração máxima será de uma hora por
velório e enterro,com o caixão fechado
e limite de dez pessoas. Já nos óbitos
não decorrentes da pandemia,a dura-
ção máxima será de três horas com a
presença de 20 pessoas. Não devem
compareceraocemitérioosidososcom
maisde60anos,pessoascomdoenças
crônicas e suspeitas de ter contraído
coronavírus.
Denúncias
Emcasodedescumprimentodasreco-
mendações do decreto, as denúncias
podemserfeitasnoDisqueDenúnciada
VigilânciaSanitáriaMunicipal,pelotele-
fone 3312-5496,de segunda a sexta-
-feira,das7h30às17h,edaSecretaria
Municipal de Segurança Comunitária
e Convívio Social (Semscs), no 3312-
5277,desegundaasexta-feira,das8h
às 14h.As denúncias sobre aglomera-
çõesdevemserfeitasao181ou190.
Permanece a obrigatoriedade do uso de máscara e disponibilização de álcool 70 em estabelecimentos comerciais
MarcoAntônio/SecomMaceió
Covid-19: Maceió avança para
fase amarela na segunda-feira
NOVA ETAPA DE FLEXIBILIZAÇÃO permite a reabertura de mais setores comerciais, como os shoppings e as galerias
Empresas de segurança
não podem dar aumento
CRISE
OSindicatodosVigilantes
de Alagoas (Sindvigilantes/
AL) está convocando a cate-
goria para uma greve geral.
Eles reivindicam aumento
salarial, mas as empresas
do setor dizem que, com a
crise econômica e nos últi-
mos meses a pandemia de
Covid-19,nãoépossívelfazer
reajuste e que o momento é
delutarpelamanutençãodas
vagasdetrabalho.
“Somos serviço essen-
cial, oito vigilantes mortos
em serviço por Covid-19,
mais de 60 vigilantes infec-
tados em Alagoas, mesmo
assim os patrões não querem
dar aumento. Por isso, que o
Sindicato está convocando os
trabalhadores para fazermos
greve geral”, defende o presi-
dente do Sindvigilantes/AL,
JoséCíceroFerreira.
O Sindicato das Empre-
sas de Segurança Privada do
Estado de Alagoas (Sindesp/
AL) divulgou nota expli-
candoomomentoatual.Nela,
ele lembra que contratos
foram suspensos e houveram
perdas tanto para as empre-
sasqueterceirizamosvigilan-
tesquantoparaosclientesque
contratamosserviços.
Confiraanotanaíntegra:
O atual momento de
pandemia do novo corona-
vírus (Covid-19) trouxe uma
realidade inesperada e os
empresários estão preocupa-
dos com a sobrevivência não
somente das suas empresas,
mas com a manutenção dos
postos de trabalho, tendo em
vistaquesabemosquenossos
vigilantes são pais e mães de
família, possuem responsa-
bilidades e precisam viver
com dignidade.As empresas
se viram impedidas de dar
reajustesalarialàsmaisdiver-
sas categorias. O isolamento
social durante a pandemia
reduziu drasticamente a
necessidade de trabalhado-
res, uma vez que as empresas
que mais empregam tive-
ram que fechar suas portas.
Muitas delas interromperam
seus contratos por tempo
indeterminado ou reduziram
drasticamente o quadro de
vigilantes, mesmo não tendo
lucro,masparaassegurarseu
patrimônio.
Com o relaxamento
gradual do isolamento social,
as empresas estão voltando
a funcionar, mas os especia-
listas garantem que a econo-
mia só deve se recuperar
desta temporada de quaren-
tena em no mínimo um ano.
Não temos como repassar
o reajuste que a categoria
dos vigilantes quer para os
clientes, que já estão com os
orçamentos reduzidos e as
empresas que fazem parte do
Sindesp/AL não pode absor-
ver esses custos, diante das
perdasnestapandemia.
O Sindesp/AL, busca
garantirosempregosnocená-
rioatualdecrise,tentounego-
ciarcomoSindvigilantes/AL,
eosrepresentantesdacatego-
ria perderam a oportunidade
de fechar acordo antes da
pandemia com correção sala-
rial. Em nenhum momento o
Sindesp/ALencerrouasnego-
ciaçõesemantémadisposição
para retomar as mesmas, elas
foram encerradas pelo Sindi-
vigilantes/AL,queagoraquer
mobilizar os trabalhadores
para uma greve para a qual
não há meios de atender suas
reivindicações,alémdeexpor
osprópriosvigilantesàconta-
minaçãopeloCovid-19.
Na semana passada falamos de
seguro de vida e seus benefícios
como planejamento financeiro. Mas
uma boa educação financeira requer
um conhecimento básico sobre segu-
ridade social e privada. Portanto,
conhecer o Seguro DPVAT, que pode
acobertardanosemsituaçõesnotrân-
sito,é logicamente importante.
MasoqueéoSeguroDPVAT?ODPVAT
é o Seguro Obrigatório de Danos
PessoaisCausadosporVeículosAuto-
motores deViasTerrestres,ou por sua
carga,apessoastransportadasounão
(Seguro DPVAT). Sendo criado pela
Lei n° 6.194/74, que diz respeito ao
direito individual de um auxílio público
em relação a pessoas envolvidas em
acidentes entre veículos. Não impor-
tando quem é o culpado, o DPVAT
pode arcar com custos de pessoas
envolvidas em acidentes de trânsito.
E quais circunstâncias a seguradora
deverá fazer o pagamento da indeni-
zação?Vamos entender melhor!
O seguro DPVAT deverá ser pago em
determinadas situações,como:
a) Morte: caso em que a vítima fale-
ceu por conta do acidente de trânsito.
Nesse caso, o beneficiário vai ter
direito a uma indenização.
b) Invalidez permanente: caso
em que a vítima entre em estado de
invalidez permanente em virtude de
um acidente.A indenização pode ser
verificada na tabela da SUSEP.
c) DAMS: As Despesas de Assistên-
cia Médica e Suplementares (DAMS)
são os casos em que as vítimas deve-
rão arcar com despesas médicas e
suplementares por consequência do
acidente de trânsito ocorrido.
Em contrapartida, existem situações,
sobretudo materiais,em que o DPVAT
não determina o pagamento da inde-
nização.Entre elas,estão como danos
materiaiscomoroubo,furtos,incêndio
do veículo ou colisões e acidentes que
não acontecem no território nacional.
Mas quem tem direito ao Seguro
DPVAT?
Para ter acesso ao seguro DPVAT
basta ser uma vítima de um acidente
de trânsito, inclusive os passageiros.
Dessa forma, o pagamento da inde-
nização acontece de forma individual,
independentemente do número de
envolvidos no acidente.
Ainda que os envolvidos não estejam
em dia com o DPVAT ou não possam
ser identificados, os beneficiários
ou a própria vítima têm direito ao
pagamento.É importante reiterar que
todos envolvidos são assegurados
pelo DPVAT, mesmo os eventuais
culpados do acidente.
O seguro DPVAT é administrado via
consórcio de seguradoras. O consór-
cio pode ser enquadrado dentro das
modalidades de seguro privado, por
isso depende diretamente das autori-
zações da SUSEP.
Uma das regras é que o consórcio
deverá ter com seu líder uma segura-
doraespecializadaemseguroDPVAT.A
função de um líder em um consór-
cio DPVAT é administrar os recursos
arrecadados, realizar transferências,
pagar as indenizações e representar
oficialmente o consórcio.O financia-
mento do consórcio e do seguro são
realizados pelas secretarias estaduais
da fazenda, que repassam os valores
à seguradora líder.
Por ser um seguro obrigatório, O
DPVATéfinanciadopelosimpostosdo
cidadão.Uma vez ao ano,junto com o
vencimento do IPVA, acompanhando
os calendários de cada secretaria
estadual. Caso o dono do veículo não
pague o DPVAT, este fica impossibili-
tado do licenciamento e transferência
de propriedade do veículo.
A arrecadação com o imposto do
DPVAT é distribuída da seguinte
forma:
a) 50% será entregue à União;
b) 45% destinado ao SUS para o
custeio das atividades médicas e
hospitalar com os envolvidos em
acidentes;
c) 5% é destinado ao Denatran
(Departamento Nacional deTrânsito).
Conclusão
Em suma, o DPVAT geralmente é o
únicoamparoeconômicoparagrande
parte da população de baixa renda
depois de um acidente de trânsito.
Vale considerar que mais de 20%
das famílias brasileiras vivem com um
orçamentomensaldeatédoissalários
mínimos.
O Brasil está entre os 10 países que
apresentam os mais elevados núme-
rosdeóbitosporacidentesdetrânsito,
responsáveis também por sequelas
físicas e psicológicas, principalmente
entre a população jovem e em idade
produtiva.
Acada15minutos,umapessoamorre
em um acidente de trânsito no Brasil.
Esse cenário devastador só não é pior
porque a sociedade pode contar com
aindenizaçãodoSeguroDPVAT,cons-
tituindo um instrumento de proteção
social sem igual no mundo, tamanha
a sua abrangência e importância no
contexto brasileiro.
Para se ter uma ideia da dimensão
social deste Seguro,a base estatística
da Seguradora Líder já soma mais
de 4 milhões de indenizados em 10
anos por morte,invalidez permanente
e reembolso de despesas médicas.
Números que contemplam principal-
mente jovens na faixa dos 18 a 34
anos, afetando tragicamente a socie-
dade e a economia do nosso país.
Então é isso pessoal! Espero que
tenha gostado do tema dessa
semana e sempre que vocês dese-
jarem enviem suas dúvidas para
meu e-mail.Não deixem de acompa-
nhar as novidades em minhas redes
sociais.AtéapróximaseDeusquiser!
Bom final de semana para todos!
Grande abraço!
9O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
DjaildoAlmeida
Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com
DPVAT: O Seguro da Proteção Social
10 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
ESPORTES redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
FAF higieniza estádios para
a retomada do Campeonato
FUTEBOL ALAGOANO ainda não tem data para ser retomado, mas estádios sendo desinfectados e jogadores, fazendo exames
JOGODuro Jorge Moraes
jorgepontomoraes@gmail.com
Thiago Luiz
Estagiário
D
e o l h o n a
r e t o m a d a
do campe-
onato estadual, a Federação
Alagoana de Futebol (FAF)
está tomando as providências
foradecampo,paraqueabola
possa voltar a rolar dentro das
quatro linhas. Durante toda a
semana, os clubes do interior
passaram por um processo
que começou em Maceió, com
CRB e CSA: testagem dos
funcionários e sanitização dos
estádios e Centros de Treina-
mento. Até o fechamento
desta edição, a entidade ainda
não tinha divulgado a data de
retorno da competição, mas
a previsão é que seja entre os
dias 22 e 25 ainda de julho.
Na terça (14), foram higie-
nizados os estádios Edson
Matias, em Olho D’Água das
Flores e o Elísio Maia, em Pão
de Açúcar. Na quarta (15),
Juca Sampaio, em Palmeira
dos Índios e o Coaracy da
Mata Fonseca, em Arapiraca.
Já na sexta (16) foi a vez do
Gerson Amaral, em Coruripe
e José Gomes da Costa, em
Murici.
Essas ações de desinfcção
foi a primeira etapa do Plano
de Retomada elaborado pela
Federação, após o período de
isolamento social em virtude
da pandemia do novo corona-
vírus. A empresa responsável
pelo serviço é a Prolseg. De
acordo com o proprietário,
Bruno Peixoto, essa vertente
profissional não era o foco.
Antes, a principal linha de
trabalhodafirmaeranaadmi-
nistração de condomínios e
segurança eletrônica.
Mas a carência de profis-
sionais e a necessidade
exigidapelomomentocaótico
de saúde, foi o que despertou
o interesse do empresário em
oferecer esse tipo de serviço,
que teve um aumento consi-
derável na demanda devido
ao atual cenário.
“Nosso ritmo aumentou
bastante (na pandemia). Não
fazíamos esse serviço antes.
Estamos ajudando a erradicar
o coronavírus. O mais impor-
tante é que menos pessoas se
contaminem, porque estare-
mos com o ambiente contro-
lado”, afirmou Bruno.
Ainda de acordo com
o empresário, o líquido
“jogado”pelasmáquinasutili-
zadas é uma mistura de dois
materiais químicos: quaterná-
rio de amônio com peróxido
de hidrogênio. Trata-se de
um produto com pH neutro,
que não mancha nem oxida as
superfícies. Após 10 minutos
da aplicação, os ambientes já
estão liberados para a circu-
lação de pessoas. O material
aplicado quebra moléculas
por meio de gotículas, mas
com um grande alcance,
segundo os profissionais.
Geralmente, a ação de desin-
fecção é feita por três funcio-
nários.
Depoisdecuidardosespa-
ços físicos, a FAF deu início à
testagem dos jogadores dos
clubes do interior. A apli-
cação dos testes sorológicos
para o novo coronavírus está
sendo realizada em parceria
com o Laboratório Dilab. Os
trabalhos iniciaram na quinta-
-feira (16), com os atletas do
CEO, em Olho D’Água das
Flores. Também foi testado o
elenco do Jaciobá, em Pão de
Açúcar e do CSE, em Palmeira
dos Índios.
Na sexta-feira (17) foi a vez
dos atletas doASA, emArapi-
raca e do Coruripe. Encer-
rando o mutirão, os jogadores
do Murici foram testados no
sábado (18) pela manhã. O
elenco de CSA e CRB já foram
testados pela FAF por terem
retomado os treinamentos
ainda no final do mês de
junho.
Antes da retomada do
Alagoano, CRB e CSA ainda
vão disputar a oitava e última
rodada da Copa do Nordeste,
para só depois retornar a
Maceió.
A volta do futebol para a imprensa
Com a flexibilização no Decreto do Governo de Alagoas,
saindo da faixa Laranja para a faixa Amarela, anun-
ciado pelo governador Renan Filho, juntamente com a
área de saúde, o retorno do Campeonato Alagoano está
mais perto do que se imagina. Com essa possibilidade,
a FAF vem tomando todas as providências para que esse
retorno se dê com muito cuidado, segurança e seguindo
um protocolo já estabelecido. Nesse sentido, a diretoria
da federação esteve reunida com os representantes dos
cronistas esportivos - (ACEA, ACDA, ARFOC e SINDICATO
DOS JORNALISTAS )- para discutir e anunciar as medidas
que serão obedecidas quando da volta do futebol. Hoje,
todos os times profissionais estão autorizados a inicia-
rem a fase de treinamentos.
Entrediversasmedidas,asmaisimportantesforam:1-Só
terãoacessoaogramadoosfotógrafosecâmerascreden-
ciados; 2 - Repórter de rádio, narradores, comentaristas
e operador técnico ficarão instalados no setor de cabines
e de tribuna de imprensa; 3 - Serão instaladas bancadas
nas cadeiras especiais e será liberada parte da arqui-
bancada baixa (geral) também para uso dos cronistas;
4 - Cada empresa poderá escalar até quatro profissionais
por jogo; 5 - Não haverá entrevista de campo,em nenhum
momento,eovestiárionofinaldaspartidasseráfeitopela
assessoria de imprensa dos clubes, disponibilizando em
seguida o áudio e a imagem para todos os veículos de
comunicação, rádio, TV, portal de notícias e blogs; 6 - As
equipes de esportes ou empresas solicitam o creden-
ciamento dos profissionais com 48h de antecedência,
diretamente a Federação Alagoana de Futebol; 7 - A FAF
vai fornecer máscara, álcool gel e as pulseiras de acesso
para cabines e tribunas,além dos coletes para fotógrafos
e câmeras que terão acesso ao gramado; 8 - Na chegada
dos profissionais ao estádio será medida a temperatura e
não haverá obrigatoriedade de testes para a COVID 19 ou
cobrançapararealizaçãodosmesmos;9-AFAFconfirma
transmissão pela FAFTV,Band TV e disponibilizará outros
sitesparafacilitarotrabalhodamídia,comoocorriaantes
da paralisação da competição por conta da pandemia;
10 - Os profissionais que não estão escalados e creden-
ciados, não terão acesso aos estádios, nem aos espaços
reservados para a imprensa.
l Aindarepercute
no CSA a saída do
dirigente Raimundo
Tavares do futebol
do clube. Falando
sobre o assunto
durante a semana,
o p r e s i d e n t e
Rafael Tenório
disse que o RT estava cansado e, por isso precisava sair
um pouco.Disse até que,se pudesse,faria o mesmo,tirava
umas férias para esfriar a cabeça e descansar também;
l Contraavontadedealgunsconselheiros,quegostariam
da permanência do CSA no CT do Corinthians Alagoano,
comprando a área, melhorando e transformando na casa
do CSA, o clube já acertou o negócio em outro local. Será
entreoBeneditoBenteseRioLargo,napartedeMaceió,na
nova rodovia construída na região pelo Governo do Estado.
Tem gente achando longe e numa região sem habitação.
ALFINETADAS...Apelo aos profissionais
Nesse momento de pandemia, está sendo solicitado pela direto-
ria da FAF e pelas associações dos cronistas esportivos, parcei-
ras do protocolo e do projeto da volta do futebol, mesmo que
sem torcida, que os associados das entidades que estão sem
trabalho no momento ou de folga, que #FIQUEEMCASA. Sobre
novas medidas, a FAF se encarregou de anunciar e esclarecer
posteriormente, especialmente para os estádios do interior, que
não fogem da regra geral, com o apoio das entidades já citadas.
Abertura para a volta
É possível até que seja liberada a volta do futebol, sem torcida,
seguindo um rigoroso protocolo elaborado pela FAF, mas até o
momento o Governo do Estado de Alagoas ainda não sinalizou
com essa data. A diretoria da FAF gostaria dessa volta já no
próximo dia 25,mas o governador Renan Filho afirmou que até o
final do mês é que divulgará essa liberação, o que pode ocorrer
daqui a uma semana.Se demorar de sete a dez dias para a volta
ser confirmada,provavelmente não dará mais tempo para a volta
do estadual, já que o Brasileirão começa no dia 08 de agosto.
Problemas em Santa Catarina
A volta do futebol em Santa Catarina não foi das melhores e a
competição parou outra vez. Todos os times tiveram jogadores
contaminadas após a primeira rodada do retorno. Em um dos
times de ponta da competição foram 14 profissionais testados
positivamente para a COVID 19. Agora, ninguém sabe quando
vai voltar. Se essa volta do futebol é boa ou não, só o tempo
dirá,mesmo que eu entenda a necessidade dessa atividade,não
posso desconsiderar que ainda estamos em uma crise, apesar
dareduçãodosnúmerosanunciadospelaáreadesaúde.Deuma
coisa também acho: a população precisa ajudar. Caso contrário,
vamos viver sempre no fio da navalha e correndo risco a todo
instante.
Saiu o campeão estadual
Compandemiaetudo,oBrasilconheceuoseuprimeirocampeão
estadual.Trata-sedoFlamengo,omelhor timebrasileirodaatua-
lidade. É o mais rico, com o melhor grupo de jogadores e uma
estrutura de fazer inveja. O papa-títulos de 2019 já começou
recebendo medalhas e troféu de campeão nessa temporada. Só
precisava de um empate no jogo contra o Fluminense, mas, no
finalzinho da prorrogação, fez 1 a 0, com o atacante Vitinho, que
entrou no segundo tempo. Com muita justiça,o Flamengo é o
campeão e vai, agora, cuidar da permanência do técnico Jorge
Jesus no rubro-negro carioca para mais uma temporada.
Técnico faz a sanitização da arquibancada do Coaracy da Mata,emArapiraca
Divulgação
11O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
Estudarláfora redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Alyshia Gomes
alyshiagomes.ri@gmail.com
Iniciativa da Ohio State University lança evento online gratuito
Tenho dedicado uma especial atenção neste mês de julho para
a Ohio State University (OSU). Para quem não conhece ainda
a instituição, sugiro que visite a coluna “Estudar Lá Fora” no site
“O Dia Mais” e leia os comentários sobre sua apresentação, bem
comosobreseusprogramasdebolsa.Porhoje,apresentoSummer
Institute,umprogramadaOSUligadoaoGlobalOneHealthinitiative
(GOHi).
A iniciativa (GOHi) conecta, especialmente, as faculdades de ciên-
cias da saúde e faculdades de agricultura, artes e ciências, negó-
cios, educação e ecologia humana, engenharia e trabalho social à
Etiópia, Quênia,Tanzânia, México, Brasil,Tailândia, China, Índia e
outros destinos.Ela segue uma abordagem coordenada e multidis-
ciplinar para melhorar a saúde,aumentar a capacidade e oferecer
oportunidades de aprendizado para estudantes de todo o mundo.
JáoSummerInstitute,segundoaprópriainstituição,trata-sedeum
“programafundamentalparaacapacitaçãodainiciativaGlobalOne
Health entre estudantes de graduação,pós-graduação,estudantes
profissionais do estado de Ohio e professores e bolsistas de pós-
-doutorado.”Oprogramapermiteodesenvolvimentodeseusparti-
cipantesatravésdetreinamentosmodulares,workshopsinterativos,
treinamentos didáticos e oportunidades de aprendizado aplicadas
Este ano, a nona edição do Global One Health Summer Institute
será virtual, devido à pandemia de COVID-19.A programação foi
construída em parceria com universidades e institutos de pesquisa
do Brasil, Etiópia, Índia, México e outros países, e conta com uma
série de seminários gratuitos e online, realizada de 15 de junho a
15 de agosto.
O programa oferece treinamentos sobre estratégias de comunica-
ção,comércio internacional e análise de risco,epidemiologia mole-
cular de doenças infecciosas e desenho de estudo e estimativa de
tamanho de amostra através de 17 cursos online gratuitos e 15
live webinars gratuitos.
Acompanheaprogramaçãoatravésdolink https://globalonehealth.
osu.edu/projects/global-one-health-summer-institute.Em caso de
dúvida ou na busca de mais informações, você pode entrar em
contato com o Brazil Gateway, escritório da universidade em São
Paulo.
Até a próxima!
Alyshia Gomes escreve sobre Educação Internacional,Educação
Globaletemascorrelacionadosnojornal“ODIAALAGOAS”enosite
“O Dia Mais”.Dúvidas,comentários e sugestões,entre em contato
através do email alyshiagomes.ri@gmail.com .
Seleção para Cátedras em todas as disciplinas da UC Davis
Fonte: Comissão Fulbright Brasil
Esta cátedra busca professores e pesquisa-
dores de todas as áreas do conhecimento
para bolsa na Universidade da California,
Davis com duração de quatro meses, para
ministrar curso e realizar pesquisa. Os
candidatos devem elaborar uma proposta
de curso detalhado sobre como contribuirá
para o ensino no campus da UC Davis e um projeto de pesquisa que deve incluir
um plano de pesquisa detalhado,incluindo cronograma,necessidades de recur-
sos esperados,local de pesquisa ou laboratório proposto e afiliação proposta.
Requisitos:
* Ter nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana;
* Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de 2012;
* Ter dez anos de experiência profissional na área;
* Ter fluência em inglês;
* Não receber bolsa ou benefício financeiro de agência com o mesmo objetivo; e
* Permanecer no Brasil durante a seleção,afiliação e partida aos EUA
Benefícios recebidos pelo bolsista:
* US$ 32.400 para cobrir as despesas de passagem aérea, moradia e manu-
tenção nos EUA;
* Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE Accident and Sickness
Program for Exchanges);
* Taxa do visto J-1; e
* Acesso às instalações e serviços na UC Davis tais como: escritório, internet,
bibliotecas e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de
ensino e/ou pesquisa.
Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/catedra-na-uc-davis/ .
Bolsa de Doutorado Sanduíche - EUA
Cursos Gratuitos Online
Fonte: Comissão
Fulbright Brasil
Estudantes brasileiros de douto-
rado em todas as áreas do conhe-
cimento podem se candidatar a até
30 vagas de Doutorado Sanduíche
nosEUAdenovemesesdeduração
com início em agosto/setembro de
2021 e término em abril/maio ou
junho de 2022.
Requisitos:
* Possuir nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade
norte-americana;
* Estar matriculado em curso de doutorado no Brasil;
* Ter proficiência em inglês (ver abaixo);
* Residir no Brasil no momento da candidatura e durante
todo o processo de seleção; e
* Não acumular esta bolsa com outras para doutorado no
exterior com o intuito de estender o
período de estágio.
Os bolsistas terão os seguintes
benefícios:
* Bolsa mensal de acordo com a
localidadedainstituiçãoamericana;
* Passagem aérea internacional;
* Auxílio instalação de US$ 1.000;
* Auxílio para participação de eventos acadêmicos/científi-
cos nos EUA,após aprovação,de até US$ 1.000;
* Auxílio para aquisição de livros de US$ 300,00;
* Orientação Pré-Partida em São Paulo;
* Treinamento intensivo de inglês (se aplicável)*;
* Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE – Acci-
dent and Sickness Program for Exchanges);
* Visto J-1.
Mais informações em https://fulbright.org.br/edital/douto-
rado-nos-eua/ .
Fonte: Ohio State University
Aquiestáumalistadealgumasatividadesdesenvol-
vidas pelo :
* Série de seminários on-line sobre resistência antimicro-
biana (AMR):Mecanismos Moleculares (17/07) eAspectos
Clínicos (13/08)
* Genomics and Bioinformatics for Epidemiology (17 - 24
de julho)
* Estratégias e considerações de dados de saúde / Moni-
toramento de dados de ensaios clínicos( (22 - 24 de julho)
* Avaliação de riscos e classificação de riscos (22 - 24 de
julho)
* Desenvolvimento deVacinas eVirologia (6 - 7 de agosto)
Paraacompanharaprogramaçãocopletaeobtermaisinfor-
mações, visite https://globalonehealth.osu.edu/projects/
global-one-health-summer-institute
12 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA
Jeep apresenta
novo carro
conceito
WranglerRubicon
392 6.4l V8
última vez que o veículo
mais reconhecível do
planeta esteve disponível
com um motor V8 foi no
Jeep CJ de 1981, com seu
motor de 5.0 litros V8 de
125 cavalos de potência
e 30,4 kgfm de torque.
Os apaixonados pela Jeep
têm pedido um Wrangler
de produção com motor
V8 nos últimos anos, e o
novo carro conceito Jeep
WranglerRubicon 392 é
uma indicação de que, em
breve, os desejos deles
podem ser atendidos na
América do Norte.A marca
Jeep lança seu novo
conceito WranglerRubicon
392, equipado com um
motor V8 de 6.4 litros que
fornece 450 cavalos de
potência e 62,2 kgfm de
torque e um tempo de 0 a
100 km/h em menos de 5
segundos.
Com mais de 6
mil unidades em
10 dias, Nova Fiat
Strada mostra
robustez também
nas vendas
A enorme expectativa
pela chegada da Nova
Fiat Strada ao mercado
nacional repercutiu de
forma significativa na
procura pelo modelo
em toda a rede de
concessionárias Fiat.
Com uma ampla gama,
acompanhada de
uma generosa lista de
equipamentos de série a
preços muito competitivos,
mais de 6 mil unidades
da nova picape foram
vendidas em apenas dez
dias.“A meta é aumentar
em 20% a comercialização
mensal do veículo, mas a
procura superou nossas
expectativas”, afirma
Herlander Zola, diretor do
Brand Fiat e Operações
Comerciais Brasil.“Esse
resultado mostra um ritmo
quatro vezes maior que a
venda média da picape”,
completa.
ACONTECE
esta semana
NOVO LAND ROVER
DEFENDER É
LANÇADA NO BRASIL
A Land Rover revelou os
preços da nova geração
do Defender.A quinta
“reencarnação” do
modelo mais icônico da
marca britânica chega às
concessionárias brasileiras
na segunda quinzena de
junho.O SUV custa a partir
de R$ 400.750, na versão S.
A configuração SE começa
em R$ 426.750, enquanto
a topo de linha HSE parte
de R$ 461.150. Do clássico
Defender quadradão
restou apenas o nome e a
inspiração em elementos
visuais. O utilitário passa a ser
construído com uma estrutura
feita com aços de alta
resistência e alumínio. O novo
Defender 110 mede 4,76
metros de comprimento, 2 m
de largura, 1,97 m de altura.
O porta-malas acomoda 743
litros de bagagem.
Honda lança
CB E CBR 650R
A nova linha de 4 cilindros e
média cilindrada da Honda,
confirmada para o Brasil
desde o final de 2019, agora
está de fato disponível nas
concessionárias da marca.
Além da mudança sutil no
sobrenome de “F” para
“R”, há diversas diferenças
em relação aos modelos
anteriores. Os novos
modelos CB e CBR 650R
têm outro design, a naked
seguindo a inspiração retrô
já adotada na CB 1000R e
a carenada refletindo linhas
da CBR 1000RR Fireblade.
A CB 650R 2020 custa R$
39.416, nas cores prata
metálico, azul e vermelho
perolizados. Já a CBR 650R
custa R$ 41.080, nas cores
cinza metálico e vermelho,
que reproduz o layout da
1000.
RODASDUAS
A Ford apresentou nos
Estados Unidos a nova família
Bronco 2021 de veículos off-
road, formada pelas versões
de duas portas, quatro portas
e Sport. Junto com ela surge
também a marca Bronco,
com tecnologias inovadoras
para levar os fãs de aventura
aos lugares mais remotos do
planeta.“Criamos a família
Bronco para elevar todos os
aspectos da aventura off-
road, com o melhor chassi da
categoria e tecnologias exclu-
sivas que elevam o padrão no
segmento 4x4”, diz Jim Farley,
executivo chefe de operações
da Ford. “Eles combinam a
robustez de uma picape Série
F e o espírito de performance
do Mustang – embalados em
um dos designs mais impres-
sionantes e funcionais do
off-road, fiel ao DNA original
do Bronco.”Com uma linha
totalmente 4x4, o novo Bronco
começa a ser produzido no
início de 2021 e já tem reservas
abertas nos EUA para entrega
no segundo trimestre.O novo
Bronco 2021 se espelha no
modelo de primeira geração,
que foi apelidado de G.O.A.T.
(Goes Over AnyTerrain, ou
“Supera qualquer terreno”)
para oferecer o máximo de
desempenho 4x4 – veja aqui
a linha do tempo. Além de
vão livre do solo de 294 mm e
capacidade de imersão de até
850 mm, ele incorpora tecno-
logias inovadoras de mapea-
mento e direção.
Ford lança a nova família Bronco
nos EUA, com versões de duas
e quatro portas e Sport
Em um importante passo
à medida que avançam para a
conclusão de sua fusão 50:50,
conforme definido no Acordo
de Combinação anunciado
em 18 de dezembro de 2019,
Peugeot SA (“Groupe PSA”)
e Fiat Chrysler Automobiles
NV (“FCA”) (NYSE: FCAU
/ MTA: FCA) anunciam que
o nome corporativo do novo
grupo será STELLANTIS.
STELLANTIS tem sua raiz
no verbo latino “stello”, que
significa “iluminar com estre-
las”. O nome se inspira nesse
novoeambiciosoalinhamento
de marcas automotivas reno-
madasefortesculturasempre-
sariaisque,aoseunirem,estão
criando um dos novos líderes
napróximaeradamobilidade,
ao mesmo tempo em que
preservam todo o valor excep-
cional e os valores de suas
partes constituintes. STEL-
LANTIScombinaráaescalade
um negócio verdadeiramente
global com uma excepcional
amplitude e profundidade
de talento, conhecimento e
recursos capazes de fornecer
as soluções de mobilidade
sustentável para as próximas
décadas. As origens latinas
do nome homenageiam a
rica história de suas empre-
sas fundadoras, enquanto
a evocação da astronomia
captura o verdadeiro espírito
de otimismo, energia e reno-
vação que impulsionam essa
fusão que está mudando o
setor. O processo de identifi-
cação do novo nome começou
logoapósoanúnciodoAcordo
deCombinaçãoeaaltaadmin-
istração de ambas as empresas
esteve intimamente envolvida
ao longo do processo, com o
apoio do PublicisGroup.
STELLANTIS: o nome do novo
grupo que resulta da fusão
entre FCA e Groupe PSA
ALINHAMENTO
OFF-ROAD
PedroCabr
al
CORONAPANDEMIAISOLAMENTOCORONAPANDEMIAISOLAMENTOCORONAPANDEMIAISOLAMENTO
Alagoas l 19 a 25 de julho I ano 08 I nº 386 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com
Dois
dedos
de
prosa
Afunção de Campus é a de montar um grande painel sobre a vida alagoana e isto numa
grande jornada, cujas origens estão em Espaço, publicado no extinto O Jornal, e de
Contexto, que era editado junto ao Tribuna Independente. Atualmente vem se dedicando
a coletar depoimentos sobre o cotidiano e o Coronavírus, buscando narrativas de experi-
ências vivenciadas por diversos atores de nosso dia a dia. Esta é mais uma contribuição:
médico, professor e artistas. Desejamos registrar que a capa traz uma obra de Dydha Lyra.
Vamos ler!
Um abraço,
Sávio de Almeida
CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS
VIVENTES DAS ALAGOAS
E A PANDEMIA (XIV)
M
inha avó
n a s c e u
quatro anos
depois de a Gripe Espanhola
acabar com milhões de vida
pelo mundo afora. Minha
avó e todos da sua geração já
faleceram na minha família.
Sabemos da Gripe Espanhola
por livros e jornais antigos,
mas ela não está enraizada na
memória de nosso povo. De
repente, em pleno século XXI,
nosdeparamoscomumanova
pandemia. Outras pandemias
ocorreram em nosso tempo de
vida, mas não do mesmo jeito.
Não chegaram a ter a mesmo
alcance. No caso da AIDS,
que foi e continua sendo um
flagelo para s humanidade,
não implicaram isolamento
social, fechamentos de inúme-
ros serviços em todo o mundo
emudançatãobruscanarotina
das pessoas em todos os conti-
nentes (em apenas um semes-
tre). A AIDS colaborou pra
atrapalhar a revolução sexual,
mas não provocou mudanças
drásticas de rotina de maneira
tão rápida e em tantos cantos.
Sendo algo novo para a
nossageração,eradeseesperar
quenãoestivéssemosprepara-
dospralidarcomaCOVID-19.
O problema é que em muitas
localidades não só estávamos
poucoarmadosparacombater
ovírus,comoresolveramjogar
as poucas armas que tínhamos
fora.
Apesar de existirem exem-
plos ruins em várias locali-
dades do mundo, no Brasil,
onde a desigualdade social é
gritante, a situação está entre
as piores. Um exemplo disso
(existem inúmeros outros
fatores) são os constantes
ataques ao Sistema Único de
Saúde cometido por diversos
governos,aserviçodegrandes
empresários.
O ataque mais recente
foi feito em 2016, quando a
Emenda Constitucional 95 foi
aprovada em meio a turbulen-
tos dias no pós-golpe jurídico-
-parlamentar, decretando 20
anos de congelamento das
verbas para as áreas sociais,
entre elas a saúde. Sem que
soubéssemos, estavam pavi-
mentando umas das estradas
paraaCOVID-19sealastrarda
maneira como estamos vendo.
Nesses últimos quatro anos,
o SUS perdeu R$ 20 bilhões,
uma grande parte dos recur-
sos que se tenta (sem efetivi-
dade ainda) mobilizar para o
combate da pandemia.
Trabalhonaatençãoprimá-
ria em Matriz de Camaragibe
(Litoral Norte de Alagoas)
comomédicodeumaUnidade
de Saúde da Família. Posso
dizer, sem dúvidas, que a
quantidadedecasosqueatendi
e a quantidade de perdas que
eu vi não estão computadas
nos números oficiais e nem
poderiam, em sua totalidade,
ser traduzida por eles.
Você não lida só com o
vírus,mascomostraumasque
ele deixa. Colegas de trabalho
que estão tentando parar de
ver notícias para continuar
seguindo a vida; pessoas que,
mesmo curadas da doença,
nãoparamdeprocuraratendi-
mento por crises ansiosas pela
dor por parentes que se foram.
É muito difícil também
lidar com um mundo em que
vários colegas médicos prefe-
rem fazer sua conduta em
efeito manada, guiados mais
por correntes de redes sociais
do que pela ciência.
QuediriaGalileuaoverem
voga a ideia da Terra Plana?
O conceito de terraplanismo
poderá deixar de ser uma
ironia para virar algo funda-
mentado academicamente.
Quem sabe?Acredito que esse
conceito não abarcaria apenas
os que discordam da esferici-
dade de nosso planeta, mas,
por exemplo, aqueles médicos
que passam medicamentos
cujo uso é rejeitado por diver-
sas organizações científicas.
Como exigir que a popu-
lação aja de maneira coletiva e
solidária se ela foi bombarde-
ada por décadas com valores
que enaltecem o individua-
lismo?Umapessoaadeptadas
ideias da meritocracia, do
empreendedorismo, da teolo-
gia da prosperidade, nascida
e criada no neoliberalismo
vai colocar uma máscara por
causa do outro?
E nós, como lidamos com
tudoisso?Hámuitoaseapren-
dereoutrasliçõesquejáforam
ensinadas. Pouco antes da
pandemia, o mundo via gran-
des movimentos populares na
França, Equador, Chile, entre
outros países, conseguirem
arrancar de seus governos o
que eles não davam. Impedir
que medidas contra os mais
oprimidos fossem implemen-
tadas, apesar dos comentaris-
tas econômicos tentarem fazer
a gente acreditar que devemos
pagar por uma crise que não
criamos.
A pandemia não será para
sempre. E quando for possí-
vel, são movimentos coletivos
e solidários como esses que
poderão nos trazer respostas
e não os que, com suas ideias
individualistas, ajudaram a
cavar covas.
Do meu isolamento privi-
legiado (quando não estou
trabalhando) penso em quais
memórias as crianças guar-
darão desse período. E anseio
para que o que fique na nossa
memória coletiva seja para
mudar o mundo para melhor.
Afinal, a humanidade é essen-
cialmente social.
Da mesma forma que os
valores do individualismo
nos isolam da coletividade
e destroem vidas, os valores
coletivos, a solidariedade, o
apoio mútuo e o desejo de
mudança social profunda
precisam ser fortalecidos para
que possamos nos reconhecer
no outro. Para que possamos
nos permitir ser humanos.
CAMPUS
2 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Este suplemento conta com a colaboração de Bruno Fontan, Médico da Família e Comu-
nidade, membro do Fórum Alagoano em Defesa do SUS, faz parte da direção regional
do SINPREV em Matriz do Camaragibe e integra a Coordenação Anarquista Brasileira.
Traz o Professor Dr. Fernando de Jesus Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em
Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió – AL, Brasil; Visitin-
gFellow na London SchoolofEconomics (LSE)/Latin American andCaribbean Centre
(LACC), Londres, Reino Unido. E dois grandes nomes das artes em Alagoas, um no
campo da música e outro no das artes plásticas: Irina Costa e Dydha Lyra. Irina posta um
sensível relato de seus dias de isolamento e o Dydha nos deu a possibilidade de reprodu-
zir, em nossa capa, uma de suas obras.
Quem
é
quem?
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas
Bruno de Lima Fontan Médico da Família e Comunidade, membro do Fórum Alagoano em Defesa do SUS, faz parte da direção regional do SINPREV em Matriz do Camaragibe
Pandemia e memória
CAMPUS
3O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus.
INTRODUÇÃO
É
i m p o r t a n t e
destacar que
a pandemia
encontrou processos já em
andamento no mercado de
drogas alagoano e brasileiro
desde 2019. Consumidores e
dependentes químicos sem
tratamento já vinham sinali-
zandoalteraçõesnessesentido.
A exemplo disto, usuários
sentiram a falta da maco-
nha no final do ano passado
e no carnaval deste ano em
Maceió eAlagoas. Tomemos o
mercadolocalapartirdaoferta
noperíododoprimeirotrimes-
tre desse ano em comparação
com relatos de 2019. Janeiro
e fevereiro de 2020 já foram
meses difíceis de encontrar
maconha e não estávamos sob
interdição da pandemia. Em
março,ossuprimentostiveram
uma pequena melhora. Em
linhas gerais, o preço já vinha
subindo desde o ano passado.
Portanto, no caso da maconha,
é difícil dizer que a pandemia
dificultou a distribuição. Em
comparação com anos ante-
riores, houve uma perceptível
redução da oferta no mercado
local. Entretanto, se compa-
rarmos os meses de março e
abril com janeiro e fevereiro,
houve um aumento da oferta.
Portanto a associação direta
entre pandemia e redução da
oferta requer prudência.
De outro lado, a pandemia
parece ter afetado substancial-
mente tanto o preço quanto a
qualidade do produto. Consu-
midores relatam que durante
o período de interdições,
duranteapandemia,quaseque
encontraramapenasosargaço,
a maconha de pior qualidade.
Ademais, o preço disparou. 25
gramas de maconha saltou de
R$ 80 para R$ 130, aumento de
quase 40%. Em alguns casos,
pessoas chegaram a pagar R$
200 por 25g pelo sargaço.
Mas é importante termos
emcontaqueapandemiaafeta
de diferentes maneiras distin-
tos grupos que comercializam
e demandam drogas.
CLASSESMÉDIAEALTA
Nas classes média e alta
acontece um fenômeno
curioso, que requer atenção e
afeta os circuitos de consumo
dos ricos e dos pobres.Apenas
o preço da maconha subiu
enquanto outras drogas como
cocaína, anfetaminas e outros
opioides permaneceram o
mesmo. De acordo com inter-
locutores,nocasoespecíficode
uma rede de quatro negocian-
tes, apenas um ficou no ramo
vendendomaconhadamesma
qualidade que circulava antes
da pandemia, dois saíram
de vez do negócio e um ficou
passou a vender maconha de
pior qualidade, o sargaço.
Quando consideramos a
cocaína,quesempretevequali-
dade ruim no mercado alago-
ano, a oferta e a qualidade
permaneceramosmesmosnos
períodos anteriores e posterio-
res às interdições decorrentes
da pandemia. Há a percepção
de que houve um aumento
dos negociantes de cocaína,
diferente do que ocorreu com
a maconha. Esse fenômeno
desperta muitas questões.
Uma delas se relaciona
com informações trazidas
pelo relatório da UNODOC
sobre em quais países aumen-
taram a repressão e onde não
apenas foi reduzida, mas nos
quais houve a legalização do
uso da maconha para fins não-
-medicinais. Me faz perguntar
se a repressão à distribuição e
ao consumo final – ampliada
desde 2018 – é o único fator de
diminuição da oferta de maco-
nha no mercado local, que não
parece ter relação direta com
a pandemia. Será que a dimi-
nuição também está relacio-
nada com uma reorientação,
em escala massiva, das redes
de produção e distribuição
da maconha, da qual Alagoas
faz parte, para mercados que
legalizaramoproduto?Alega-
lização traz mais segurança
às redes de trocas e negócios,
além de atingirem públicos
crescentesebemaquinhoados.
Os produtores podem ter se
orientado para mercados mais
protegidos pela regulamenta-
çãodavendaedouso,evitando
as dinâmicas de violência rela-
cionadas à criminalização dos
circuitos periféricos do comér-
cio de drogas, associadas à
criminalização dos pobres,
atingindo em cheio os grupos
negrosemestiços.Háemcurso
uma nova segmentação do
mercado da maconha. A erva
natural, sem misturas, conhe-
cida como “camarão”, “solta”,
desaparece do mercado,
afetandodemandasdasclasses
médiasealtas.Estessetoressão
redirecionados para a compra
dohashekunk,variaçõesmais
potentes que, em comparação
com o sargaço, é experimen-
tada como de melhor quali-
dade.
Quando consideramos
as maneiras como compram
drogas, os meios continuam
os mesmos, mas com algumas
mudanças. As casas de shows
e discotecas estão fechadas
e assim, deixaram de ter o
papel de pontos de consumo.
Em compensação, o delivery
acessado por comunicações
digitais se torna ainda mais
importante, e uma rede de
transportadores pela cidade se
encarrega de fazer a entrega.
O relatório da UNODOC
[1] aponta, ainda, que o Brasil
estáentreospaísesondedesde
2018 há um maior controle
e repressão à produção e ao
comércio tanto da cannabis
– de onde vem a maconha
– quanto da cocaína. Neste
último caso, o Brasil de 2018
foi o segundo em apreensões
em toda a América do Sul. No
entanto, o Brasil continua a
crescer sua importância como
lugar de partida dessa droga
para a Europa e já é o principal
exportador para a África, colo-
cando os portos nordestinos
em potenciais rotas.
De outro lado, não há
evidências de que tenha
aumentado o gasto, particu-
larmente o de treinamento de
pessoas,paralidarcomdepen-
dentes químicos. Portanto,
é uma política meramente
repressiva, não abrange os
fenômenos sociais e psíqui-
cos associados à dependên-
cia química. A pandemia,
assim, favoreceu o aumento
do controle das fronteiras e do
fluxo de mercadorias ilegais
pelas corporações policiais,
mas as questões de redução de
sofrimentossociais,psíquicose
o uso de drogas simplesmente
está fora dos mapas de percep-
ção das autoridades.
ENTREOSPOBRES
EENCARCERADOS
Em outras posições, há
os vendedores e consumido-
res nas periferias e sistemas
carcerários. Nessa região do
mercadodedrogas,arealidade
é mais dura, trágica e precária.
Muitos atores que fazem o
“corre”, vendendo o “braite”,
a “nóia” ou a “erva”, se veem
mais pressionados a sair ou
mudar de ramo. Isso significa
muitas vezes alimentar um
pêndulo criminal bastante
conhecido. O jovem sai do
tráfico e vai pro roubo, deixa
de ter um patrão para tentar a
sorte em iniciativas arriscadas
emaissolitáriasde“meteruma
fita”, roubando algo de valor.
Os crimes contra patrimônio
aumentaram.Osmaispobrese
isolados,tentamasorteemum
assalto a coletivos de ônibus, o
degrau mais baixo no roubo
entre os ladrões. Com a falta
de circulação das pessoas e
bens, a situação dos ladrões
mais vulneráveis é a de passar
mais necessidades junto com
asexperiênciasdehumilhação
que isso traz. Tenho ouvido
relatosdepessoasquesimples-
mente não tem mais como
pagar um aluguel e vão para
as ruas. Isso chega a afetar a
dinâmica das redes faccionais,
que estão vinculadas à trans-
formação do perfil da produ-
ção e consumo de maconha,
cocaína e roubos em Alagoas.
Osproblemasafetivossealiam
aos psíquicos. Da perspectiva
de muitos consumidores nas
periferias,vive-seoabandono,
o distanciamento de qualquer
rededeproteção,aumentando
aschancesdequeexperiências
de sofrimento se transmutem
em problemas de dependên-
cia química, mas de substân-
cias de baixa qualidade. Rufi,
cola, restos do crack. Isso nos
leva a outra questão. Estão
dadas as condições para um
círculo de abandono. Moradia
de rua, consumo de substân-
cias de baixa qualidade, redes
de conflito e assistência entre
vulneráveis como as cracolân-
dias.
O mercado de drogas
ilícitas é tanto produtor de
violência quanto de sobrevi-
vência entre os mais pobres.
Se o tamanho do mercado
diminui, como é o que parece
estar acontecendo, geral-
mente cresce o conflito para
ocupar menos espaço com
mais gente, vinda também do
desemprego.
O consumo também é
afetado pois não há controles
muito rígidos sobre a quali-
dade do que se consome.
Nessa região do mercado,
alguns relatos falam de maco-
nha prensada com asas de
baratas,ratos,aranhasegazes.
No caso dos mercados ilegais
como o varejo de drogas em
periferias, estamos lidando
comconflitosquepodemmais
provavelmente ser resolvidos
por pessoas armadas, associa-
dos a outros tipos de “tretas”.
Nas prisões, aumenta-se
o consumo de ansiolíticos e
psicotrópicos, os encarcera-
dos permanecem mais tempo
“enjaulados”, intensificando
uma outra rede de trocas
ilegais existente, o de medi-
camentos em penitenciárias
e unidades de atendimento
socioeducativas. Como as
visitas foram restringidas, o
fluxo que alimenta demandas
e ofertas de drogas e conforto
afetivo nas “cadeias” através
de familiares fica restrito, pres-
sionando maiores negociações
com funcionários.
O desemprego repercute
no aumento do abandono
de crianças e adolescentes
e isso acaba por contribuir
para a formação de redes de
consumo de drogas entre os
mais vulneráveis, conheci-
das como as cracolândias. No
contexto de pandemia, entre-
tanto, elas parecem estar mais
desarticuladas, o que leva a
pergunta sem que se possa
oferecer uma resposta de
para onde essas pessoas estão
indo, especialmente àque-
las pessoas vulneráveis que
perderamoconvívioemcasae
perambulam pelas ruas, sujei-
tas a grupos de extermínio, às
desconfianças mútuas ou com
alguma sorte, formando redes
de ajuda mútua ou beneficia-
dos por ações assistenciais de
entidades não-governamen-
tais.
Fernando de Jesus Rodrigues
“Está um roubo!”:pandemia e mercado de drogas emAlagoas
S
e x t a , 1 3 d e
março de 2020.
C h e g a u m a
notícia apressada de que
devíamos levar os compu-
tadores para casa: tudo
ia fechar. Sim, ele havia
chegado. Aquele vírus, que
eu acreditava estar tão longe,
do outro lado do mundo,
estava entre nós e veio com
vontade de ficar.
Quase como quem recebe
uma ordem de que é preciso
sobre”viver”, fui ao super-
mercado comprar comida,
mantimentos, álcool, másca-
ras e luvas (que a essa hora
já estavam sendo vendidos a
preço de ouro), numa corrida
desenfreada pelas últimas
garrafas de álcool disponí-
veis no mercado.
FIQUE EM CASA!! Essa
foi a palavra de ordem.
VAI PASSAR!! O mantra
que eu carrego até hoje.
Numa confusão de senti-
mentos e uma enxurrada
de informações, tudo era
muito incerto. Ver e ouvir o
noticiário era sinônimo de
tristeza e preocupação. Mas
com a certeza: não poderia
haver medo. Não é/era um
sentimento que eu permiti-
ria chegar até mim. Cuidado,
sim. Medo, não. Justamente
pela possibilidade de abalar
a fé, de paralisar os bons
pensamentos que, funda-
mentalmente, me mantém
bem e forte para cuidar de
mim e dos meus.
Passada a fase do susto
inicial, a ordem foi reapren-
der. Estabelecer contatos
virtuais, cuidar do outro à
distância, não ver tanto noti-
ciário. Cuidar do espaço que
nunca fez tanto sentido para
mim: CASA!
Das tantas coisas já vivi-
das nesse tempo de vida ao
avesso (ou vida em pausa
parcial), perdi o meu avô
paterno, o Dudu, e, antes
mesmo que ele se fosse, a
vida me fez reaproximar dos
meus tios e prima, como num
aviso antecipado de que um
capítulo da nossa vida viraria
história com a partida dele.
Fomos dando um jeito de
viver. De estar perto, mesmo
longe. Partidas, chegadas.
Aniversários celebrados à
distância, virtualmente. O
dia das mães sem abraço,
mas com a imagem guardada
pra sempre: ver a minha mãe,
a minha Gabi, da porta de
casa, tão linda. Vestido novo.
Maquiada. Pra me ver. Sem
poder entrar para abraçá-la,
aquela, certamente, é uma
das imagens que marcam a
minha “quarentena”.
Dos dias inesperados:
graveieganheimúsicas,reto-
mei contatos com pessoas
queridas, Thiago salvou um
cachorrinho (Pirata) que,
milagrosamente, está vivo
e foi adotado. Ajudamos
amigos. Deu-se um reencon-
tro há muitos anos esperado.
Dos dias difíceis: as parti-
das antecipadas. Perdas que
foram chegando mais perto
de nós. Dos dias alegres:
estar com saúde, ver o sol, o
mar, ter alguém para amar
e cuidar... e rir. Só por estar
aqui.
E fomos/vamos vivendo
uma rotina, sem rotina. Casa
pra arrumar, amores para
cuidar (Sofia, Thiago e os três
doguitos da família), teletra-
balho. Um mundo adaptado.
Com muito riso e lágrimas.
Está demorando a passar. E
os dias tão ocupados e cheios
de afazeres, se misturam à
dor das perdas de tantos, à
angústia e às incertezas de
um País que parece naufra-
gar no mar da pandemia.
Mas… e se não passar?
Nada será como antes.
Mantenho a fé no mundo.
Disseram que 2020 seria um
ano de profundas mudanças,
ondeoreencontrocomaespi-
ritualidade se fazia neces-
sário. Não mentiram. Os
tempos vividos são divisores
de água, de transformação. É
muito além do vírus. É sobre
conscientização política,
ambiental e humanitária, a
nível mundial, sobre causas
quenuncaadormecem, sobre
não se saber do “amanhã”. É
sobre ver as águas de Veneza
ficarem cristalinas e ouvir
o silêncio... dos carros... do
homem... que fez acordar os
pássaros e as borboletas da
cidade.
O ser humano é um
animal que vai mudando o
mundo, e depois tem de ir
se reciclando, para se adap-
tar ao mundo que fabricou.
Passamos pela era da indi-
vidualidade e agora senti-
mos falta de estarmos juntos.
Passávamos tanto tempo
“agarrados” ao celular e
desconectados do mundo ...
quando veio a necessidade
de nos aquietarmos, de ficar-
mos isolados, e usarmos o
mundo virtual como ferra-
menta para diminuir distân-
cias, ficamos em pânico com
essa possibilidade.
Há coisas e fatos ruins?
Há. Sempre haverá. Preciso,
e prefiro, ficar com as boas
coisas que vejo refletirem no
ser humano. É quase uma
urgência falar sobre o amor.
Precisamos ter de volta os
“dias comuns”. Há muitos
anos, recebi um e-mail que
falava sobre a chatice dos
dias comuns. E o quanto era
importante agradecer pela
existência desses dias. Nos
dias comuns, não adoecia
tanta gente, não havia tanto
desemprego, não se perdia
tanta gente que se ama, não
havia catástrofes. Era tudo
igual. Para tanta gente, os
“dias comuns”, afinal, eram
dias de paz.
E ter dias comuns vai
além da vacina contra o
vírus. Temos a chance de
olhar para dentro, para
poder olhar para fora. A
oportunidade, ainda que
sofrida, de perceber (e sentir)
o outro. Mesmo sabendo que
todos os dias pessoas vão ter
fome, vão perder empregos,
vão partir… Mas que nós não
vamos ser tão indiferentes.
121 dias passados. E
assim chegamos a julho de
2020. 45 anos e meio. Cabelos
brancos descortinados pelo
isolamento. E a fé de que será
tudo novo. De novo. Olhos
postos no presente, já que
2020 veio nos mostrar que o
futuro mudou, desfez-se. E
já começo a ouvir menos os
pássaros...
CAMPUS
4 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
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CAMPUS
COORDENADORIAS SETORIAIS
L. Sávio deAlmeida
Coordenador de Campus
Cícero Rodrigues
Ilustração
Jobson Pedrosa
Diagramação
Iracema Ferro
Edição e Revisão
CíceroAlbuquerque
Semiárido
Eduardo Bastos
Artes Plásticas
Amaro Hélio da Silva
Índios
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Ciências Sociais
Renildo Ribeiro
Letras e Literatura
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  • 1. EFEITO COVID-19 Alagoas l 19 a 25 de julho I ano 08 I nº 386 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br Marcelo treinando tiros com amigos EDITORIAL:MINISTÉRIODASAÚDEESTÁHÁMAISDEDOISMESESSEMMINISTRO;GENERALNUNCAAPLICOUUMAINJEÇÃO CUIDADO! Cobras peçonhentas em Alagoas: cascavel, jararaca, coral e a surucucu pico-de-jaca” A BOLA VAI ROLAR Em Palmeira dos Índios, técnico de empresa de sanitização, desinfecta o banco de reservas do Estádio Juca Sampaio, sede do CSE; a limpeza foi geral FAF faz sanitização nos estádios A semana que passou foi de higienização total e de corrida aos laboratórios para os exames dos jogado- res. Ninguém pode entrar em campo com os sintomas da Covid-19, muito menos se testar positivo para a doença. Os estádios de Alagoas estão passando por uma limpeza geral para evitar o contágio.A bola vai rolar no Estado. Divulgação PROCURADORA entrega ao Ministério Público denúncia com 95 páginas sobre compra de material de construção e locação de máquinas MP INVESTIGA CONTRATOS MILIONÁRIOS EM RIO LARGOO cerco contra o prefeito Gilberto Gonçalves está se fechando. Na sexta-feira (17), o Ministério Público Estadual abriu uma investigação nas esferas cível e criminal para apurardenúnciadautilização de R$ 20 milhões, na compra de material de construção e aluguel de máquinas pesa- das. As despesas não teriam a anuência da Procuradoria do Município, o que motivou a procuradora efetiva, Karla Brandão Muniz Formiga de Carvalho, a formalizar a denúncia junto ao MPE. A procuradora entregou um documento com 95 páginas denunciando o caso e se eximindo de responsabili- dades, uma vez que não foi ouvida sobre os contratos. O caso será investigado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE); Promo- toria da Fazenda Pública, sobre Improbidade Admi- nistrativa e a parte Política, na Câmara de Vereadores. Neste caso, o prefeito terá que responder criminal- mente sobre o caso e, na Câmara, deve ser aberto um processo de cassação. Através de nota, a Prefeitura respondeu que a procura- dora “foi induzida ao erro” e que não há irregularida- des nos contratos. A nota diz ainda que “é praxe a Prefei- turadeRioLargolicitartodos os contratos, seja por pregão eletrônico ou pelo sistema de registro de preços”. 4 2 AMARELOU! EMPRESÁRIO Maceió dá início ao novo “normal” amanhã Acusado de estuprar as enteadas vai para presídio 8 7 Eleição cai nas “redes”Ainda não está definido mas, como até a biometria está descartada nas eleições deste ano, os comícios e as caminha- das dos candidatos devem ir na mesma esteira. Por isso, as redes sociais se transforma- ram no campo de batalha por votos. Aliás, há políticos que não fazem outra coisa a não se exibir nas redes sociais. A reportgem de O Dia Alagoas conversoucompré-candidatos à Prefeitura de Maceió sobre este modelo de campanha. 3 10
  • 2. 2 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 EXPRESSÃO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas Ronald Mendonça E vandro e Vanessa conheceram-se ainda crianças. Chegaram a estudar juntos no Grupo Monsenhor Valente.Noginásioenocolegialesti- veramdistantes.OpaideVanessafoi para o Piauí assumir uma gerência bancária. Quando se reencontraram estavam na fila de matrícula para o curso de odontologia. A flecha de Cupido foi certeira. Toda aquela saudadereprimida,todoaqueleafeto não realizado, toda aquela paixão de anos de espera explodiram como o Vesúvionosseusmelhoresdias.Não se desgrudaram mais. Era uma sede biológica de carinho e amor. Subiam a Ladeira da Catedral beijando-se escandalosamente. Olhavam-se, tocavam-se, esfregavam-se sofrega- mente como se não houvesse o dia seguinte. Dois anos depois de formados casaram-se. Fizeram questão de pagar as despesas. Ainda lembro a festa. Nunca vi coisa igual. Durante acerimôniareligiosa,ovelhopároco, confessor dos pecadilhos da infân- cia, teve que interromper várias vezes a bela homilia. Beijos e olhares desconcentravam o orador. Falou da Sagrada Família, da resignação de José ao aceitar uma noiva grávida sem que ele tivesse sequer triscado na bela Maria. Mas também falou de Vinicius, de Paulo (o apóstolo), de Agostinho... Nesse dia, D. Leonardo superou-se,certamentecontaminado pelo fogo da paixão que emanava do casal.Nessanoiteoeminentecônego precisou ser carregado. Fazia tempo queelenãobebiatanto. Dez, quinze anos depois, os filhosnãochegavam.Enquantoretar- davam, o casal participava de ações voluntárias na Igreja para tentar tirar viciados da lama. Alguns se apegavam ao casal, um deles costu- mava almoçar e lhes fazia compa- nhia nos finais de semana. Era um carente, abandonado pela família. Deixara as drogas mas as tatuagens esquisitas ficaram como a marcar de forma indelével a vida devoluta. Financeiramente estáveis, os olhares foram perdendo o brilho, os sorrisos descaiam, as frontes enrugavam-se. Impacientavam-se um com o outro. Telefonemas estranhos calavam quando ele atendia. Não suportou a angústia. Contratou o melhor dete- tive particular. Importou do Rio de Janeiro. Usando tecnologia de ponta, garantiu que em duas semanas colo- caria tudo em pratos limpos. Na sua experiência, quando um dos cônju- gesdesconfia hásetentaporcentode chancedeeleestarcerto. Bastou uma semana para apre- sentar o relatório. O detetive avaliou o estado emocional do marido. Não era raro um traído virar-se contra ele.Leu em voz alta no gabinete do contratante: “No dia tal, o alvo saiu de casa em torno de nove horas da manhã. Parou numa loja de bebi- das, onde adquiriu duas garrafas de vinho tinto. Comprou queijo e torra- das. O alvo estava com uma blusa esverdeada presa na cintura. Estava semsutiã.Usavacalçajeansapertada e sapatos de saltos altos. Permita-me dizer, o alvo é uma mulher muito bonita.” O dentista engoliu em seco. O detetive prosseguiu: “ O alvo deixou alojadebebidas,entrounocarroefoi em direção norte, seguindo a beira da praia.” “E aí, que aconteceu”, perguntouoansiosomarido. O Sherlock Holmes do pecado não se deixou impressionar. Cobrara caro e queria demonstrar a sua competência. “O alvo estacionou num Shopping. Alguns minutos depois um cidadão cabeludo e tatu- adoadentrou-se noautomóvel.Daío alvomanobroueafastou-sedacidade tomando a direção norte. Cerca de cinco minutos depois, entrou numa mansão...” ”E aí, meu amigo, você está me deixando tenso”, gemeu o pobre homem. “Bem, era uma residência particularenãopudeentrar...”“Olha companheiro, estou lhe pagando os olhos da cara, e o senhor me traz um relato que não faz jus à sua fama e ao seupreço,detetive”,rosnouocontra- tante. “Ainda não terminei. Fiquei montandoguardanasimediaçõesda casa.Minhaintuiçãomediziaqueeu iria observar algo definitivo. Valeu a penapersistirnomeupostodeobser- vação”. ”Cerca de cinco minutos após ingressar nessa pretensiosa mansão, o alvo apareceria abraçada com o cabeludo numa varanda do primeiro andar. Desculpe o comentário, mas como uma mulher de tanta classe abraça e beija um tipo desses... Mas o fato é que tirei várias fotos do alvo, sem blusa e sem mais nada (meu Deus,queseioslindos),trocandocarí- cias com o tatuado. O senhor poderá veralgumasfotosdessalibidinagem.” O dentista estava indócil. Não podia acreditar que a sua doce Vanessa pudesse estar agarrada com quem quer que fosse, a não ser com ele. A incredulidade tomou conta do seu pensar. “Meu Deus, onde eu estavacomacabeçaquandocontratei alguémparaseguiraminhamulher? Eu estava louco. Faça-me o favor de chamar minha esposa de Dra. Vanessa.Alvo,umcacete! Odetetiveestavadesconsertado. Ainda assim, dissertou: “Depois da mamação e das felações, o cabe- ludo pegou o alvo nos braços, reve- lando a linda nudez. Adentrou-se no aposento e fechou a janela.” E depois?,indagouoinfeliz. “Bem, confesso que não vi mais nada de comprometedor”. E concluiu: “A doutora deixou a casa cerca de duas horas depois. O cabe- ludo abriu os portões e deu um seli- nhodedespedida”. “Essa é a minha dúvida, dete- tive”,Osenhorfala,falaenãomostra eles trepando. Continuo com os mesmos questionamentos. É mais ou menos o que se diz do Lula e da Dilma. As pessoas só acusam. Ninguémprovanada.” A dúvida D urante a pande- mia causada p e l o n o v o coronavírus, o Brasil teve dois ministros da saúde que foram demitidos ou se demitiram durante este grave problema sanitário. Estamos há 62 dias sem um ministro titular na pasta que atualmente é comandada por um general do Exército que não tem experiência nenhuma na área da saúde e que já colocou outros 24 militares nos cargos de primeiro e segundo escalões do Ministério da Saúde. Vale lembrar que os dois primeiros ministros, Mandetta e Teich, saíram do MS por diver- gências com o Presidente da República no que tange as medi- das de combate à Covid-19. O primeiro, Mandetta, se mostrou técnico o suficiente ao ouvir a ciênciaeindicaramanutençãode medidas de isolamento social na contramão do que dizia e queria Bolsonaro o que culminou com sua demissão. Osegundo,Teich,entroucom o discurso de total alinhamento com o pensamento do presi- dente, mas dentro da pasta viu que a única solução era ouvir a ciência,principalmentequandoo presidente, sem o conhecimento do ministro, liberou através de protocolo o uso da cloroquina e hidroxicloroquina para o trata- mento inicial da Covid-19. A pasta da saúde fica sem ministro titular, assumindo no lugar de Teich de forma interina o general do Exército Pazuello. A primeira missão de Pazuello dada por Bolsonaro foi efetivar a liberação dos protocolos de trata- mento com o uso de cloroquina, mesmo com diversos estudos mostrando que o medicamento não possui eficácia comprovada. Quando Pazuello assumiu a pasta em 16 de maio o Brasil contava com 218 mil casos confir- mados e 15 mil óbitos, os núme- ros até a data de ontem indicam dois milhões de casos e mais de 76 mil óbitos, ou seja, durante os dois meses em que Pazuello está no cargo o aumento de casos aumentaram 10 vezes e os óbitos 403%. Como citamos, Pazuello não temexperiêncianaáreadasaúde, quando anunciado como minis- tro interino Bolsonaro ressaltou a experiência em logística do general o que poderia ajudar na entrega de insumos para os esta- dos e capitais, como medicamen- tos e respiradores. Essa experiência logística do general não foi suficiente para fazer os números de contamina- dos e óbitos no país reduzirem e, diferente dos demais países com maiores números de casos e mortes, o Brasil não seguiu um tendência de declive da curva, estando em um platô, quando analisamos os dados, e uma média de óbitos diária crescente. Outro fato que é importante dizer sobre a atuação de Pazuello no MS foi apontada pelo Conse- lho Nacional de Saúde que demonstrou que o governo federal tinha utilizado apenas 24% dos recursos destinados ao combate à pandemia, ou seja, o governo federal está deixando de aplicar quase 26 milhões de reais. Vale dizer que esse valor total é bem menor do que, por exemplo, foidadodeauxílioparaosbancos pelo ministério da economia que chegou a R$ 1 trilhão. Aindaestasemanaoministro do STF, Gilmar Mendes, comen- tou a drástica atuação dos mili- tares no comando da pasta da saúde ao dizer que os militares estão se associando ao “genocí- dio” causado pelo governo fede- ral. Todos esses pontos trazidos, principalmente em relação à manutenção do número de casos eóbitosconfirmadosdiariamente no Brasil realmente demonstram a falta de habilidade de pessoas sem conhecimento técnico na pasta da saúde no meio de uma das maiores crises sanitárias que esses país já enfrentou. É desastrosa, assim como tem sido muitas das atuações do Governo Bolsonaro, as políti- cas públicas (ou a falta delas) no Ministério da Saúde. Torcemos para que, em breve, possa ser nomeado um ministro que possa contornar o desastre que a Covid causou ao país com a anuência e ineficiência de Bolsonaro. Desastroso ministério sem ministro
  • 3. Ariel Cipola Repórter A pós o adia- mento das e l e i ç õ e s municipais deste ano de outu- bro para novembro, o presi- dente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, decidiu excluir a necessidade de identificação biométrica dos eleitores. A decisão foi tomada para evitar aglomerações, atendendo a recomendações médicas e sanitárias em função da pandemia do novo coronaví- rus. A decisão ainda precisa ser analisada pelos demais ministros do tribunal. Cami- nhadas e comícios podem ficar de fora do pleito, com isso, as campanhas eleitorais podem ser ainda mais virtuais do que em 2018. Em Alagoas, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL) informou que estava aguar- dando o Protocolo Ssanitário do TSE para poder adequar as açõessanitáriasnoestado,mas destacou que já estão adqui- rindo máscaras, face “shield” e álcool em gel para os servi- dores, magistrados e colabo- radores que irão trabalhar no períodoeleitoral.Comrelação às tradicionais caminhadas e comícios, também informou que aguardará a definição do TSE sobre o assunto. “Serão duas ações, uma do TRE e outra do TSE, todas essas questões de distancia- mento nos locais de votação, caminhadas e comícios, ainda estão sendo discutidas, mas não podemos falar nada mais concreto, pois estamos aguar- dando a publicação do proto- colo do TSE, só a partir daí iremos alinhar com o governo do estado e prefeituras essas medidas sanitárias”, disse a assessora de comunicação do TRE-AL, Flávia Gomes de Barros. As secretarias de Saúde do EstadodeAlagoasedeMaceió –Sesau e SMS - informaram que ainda não foi discutido como se darão as medidas de prevenções sanitárias durante as eleições deste ano. Também aguardam a manifestação do Tribunal Superior Eleitoral para iniciar os debates e as ações. Enquanto isso, os pré- -candidatos à Prefeitura de Maceió estão “apostando suas fichas” nas redes sociais como formadecontatoetransmissão de planos de governo. Com a possibilidade de ficarem proi- bidos os comícios e caminha- das, os candidatos terão que se reinventar para poder fazer chegar suas propostas até o eleitor. Caso não haja comícios e caminhadas, as eleições de 2020 ficarão ainda mais virtu- ais, restando apenas às redes sociaiseapropagandaeleitoral no rádio e na TV. O QUE DIZ RONALDO LESSA O pré-candidato pelo Partido Democrático Traba- lhista (PDT), Ronaldo Lessa, atualmente conta com pouco mais de 21 mil seguidores em suas redes sociais. Lessa disse que respeitará as deter- minações sanitárias que forem necessárias e disse que está ampliando as formas de contatocomapopulaçãopelas redes sociais. “Eu tenho que apostar na rede social porque provavel- mente meu tempo de rádio e TV será bem menor do que dos outros candidatos. Mas estamos aumentando. Por exemplo, eu fazia minhas livesapenaspeloInstagram.A partir dessa semana já come- çamos a fazer também pelo Facebook e Youtube”, disse Lessa. 3O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 PODER redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Eleição sem comícios e sem caminhadas... será assim? EM MACEIÓ,QUATRO PRÉ-CANDIDATOS já definidos falam das dificuldades que terão para pedir o voto ao eleitor este ano Lenilda Luna,Alfredo Gaspar, JHC e as redes Lenilda Luna representa o partidorecémcriadoUnidade Popular (UP). Lua – como é mais conhecida - conta com cerca de 15 mil seguidores nas redes sociais e disse que tem realizado plenárias virtu- ais para a elaboração de um programa de governo voltado para os trabalhadores e traba- lhadoras de Maceió e discus- sões abertas sobre a “cidade que queremos”. Lua afirma que rede social é uma ferra- menta limitada, mas que deve “usar bastante as redes sociais e o WhatsApp, devido à situa- ção de pandemia”. “Nossacampanhachegará aos bairros populares, sem aglomeração, com carro de som e mantendo o distancia- mento, para dialogar direta- mente com a população que não tem acesso a direitos bási- cos, como saneamento, trata- mentodeesgoto,alimentação, moradia digna e muito menos internet. Moro em um condo- mínio popular do Benedito Bentes e conheço as dificulda- des enfrentadas pelos mora- dores da periferia. Não temos tempo justo de TV e Rádio e nem fundo eleitoral, que se concentra em pouquíssimos partidos. Mas ainda assim faremos uma campanha para conquistar corações e mentes e fazer o povo maceioense acreditar na sua voz e no seu direito de decidir os rumos da nossa cidade coletivamente. Não queremos essa cidade excludente. Vamos defender nas redes sociais e nas ruas uma Maceió para aqueles que mais precisam”, afirma Lua. O pré-candidato pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, possui cerca de 23 mil segui- dores. Gaspar destacou que a pandemia apresenta um pata- mar muito alto no Brasil, em relação ao número de casos e de óbitos e afirma que o seu foco continua sendo a saúde da população e a retomada segura das atividades produ- tivas. “Eu tenho ouvido muito aspessoas,tendocontatocom seus problemas e também mantidoumasériedeconver- sas com especialistas de todas as áreas. O Plano de Governo estará em sintonia com os anseios do maceioense e será transmitido da forma mais objetiva possível ao elei- tor. Comícios e caminhadas ainda aguardam resolução da Justiça Eleitoral, cada coisa em seu tempo. As redes sociais fazem parte da vida das pessoas e eu encaro como mais uma potente ferramenta de comunicação. Apostamos nas nossas propostas, na nossa mensagem e conteúdo. Acompanhamos a tecnolo- gia e estamos sempre aten- tos para as demandas dos públicos inseridos nas redes sociais, com certeza, disse Alfredo Gaspar. OdeputadoJoãoHenrique Caldas, JHC, pré-candidato pelo Partido Socialista Brasi- leiro (PSB), possui atualmente 102 mil seguidores nas redes sociais. Na opinião dele, a rede social é hoje a principal via pela qual a população se informa, e sua importância será grande, porém os meios tradicionais de comunicação, como Rádio e TV, têm carac- terísticas que os tornam igual- mente fundamentais. “A ideia é fazer ecoar a Maceió que imaginamos e para qual temos construído as propostas de forma técnica, com muito cuidado e coração, mas também captar o senti- mento das pessoas. Afinal, a ideia é ser um governo do povo,paraopovo”,disseJHC.
  • 4. Iracema Ferro Repórter U m estudante brasiliense quefoipicado por uma serpente da espécie Naja que ele mesmo criava, ocorrido em recentemente, reacendeu as discussões sobre os acidentes com cobras e os números são mesmo de impressionar.Atéasexta-feira passada, 149 pessoas haviam sido picadas por serpentes em Alagoas, mas diferente do rapaz de Brasília, em nenhum dos casos o animal era criado pela vítima. A reportagem de O Dia Alagoas conversou com o hepertólogo Marcos Araújo sobre as serpentes em Alagoas. Ele afirma que não há como mensurar a quanti- dade de cobras existentes no Estado, no entanto, a maioria das espécies não são peço- nhentas, ou seja, não possuem veneno. Mas não é por isso que os alagoanos precisam ficarmenoscuidadososdiante destes animais. “Das mais de 390 espécies de cobras existentes no Brasil, apenas quinze são peçonhen- tas e quatro dessas espécies estão presentes em Alagoas: cascavel, jararaca, coral e a surucucu-pico- de-jaca”, destaca, frisando que há mais de 20 espécies de jararaca, mais de 30 espécies de corais, o Brasil tem mais de 28 mil acidentes com serpentes por ano, mas a taxa de letalidade é de 0,4% graças ao acesso ao soro antiofídico. Em Alagoas, já foram encontradas seis espécies de jararacas e apenas uma espécie de coral. Ele afirma que a espécie mais perigosa que existe em Alagoas é a cobra coral. “O efeito do veneno da coral é neurotóxico, atinge o sistema nervoso central e paralisa os rins”, alerta. Araújo lembra que é lícito comprar cobras no Brasil, mesmo porque os criadou- ros comerciais só vendem espécies que não são peço- nhentas, como as jiboias e as cornsnakes (cobras exóti- cas norte-americanas).“As serpentes se defendem mordendo, mas nem todas têm veneno. Muita gente é picada por serpentes, mas em 90% dos casos não são venenosas”, completa, Periodicamente, ele promove incursões na região da caatinga é comum encon- trar cobras da espécie cipó, cobra verde e jiboia, entre as não venenosas. Já a incidên- cia entre cobras peçonhentas na caatinga, a maior parte é formada pela temida coral. O hepertólogo destaca que nas espécies não-peçonhentas tem ocorrido hibridações, que são fruto de cruzamento entre elas, gerando novas espécies. De acordo com os levan- tamentos do Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), que é a referência para tratamento de vítima de animais peçonhen- tos, somente neste ano foram 105atendimentosdepacientes picados por cobras. O municí- pio que teve mais acidentes ofídicosfoiMarechalDeodoro com 13 vítimas. Dos 13, 11 foram por jararaca, e dois por serpente não peçonhenta. Em segundo lugar é São Miguel dos Campos, com sete casos, sendo seis por jararaca e um por serpente não peçonhenta. Já em terceiro lugar empatam Coqueiro Seco e Maceió, cada uma com seis vítimas. Em coqueiro seco, dos seis casos, três foram com jararacas,um porcoralverdadeiraedoispor serpentes não-peçonhentas. Araújo com uma cobra coral,a mais perigosa das espécies presentes emAL Maioria das ocorrências é com jararacas Nos 105 casos atendi- dos no HEHA, 44 foram com jararacas. A unidade dispõe de soro antiofídico para as cobras mais comuns no Brasil: jararaca, cascavel, coral e surucucu. Já as outras 44 ocorrên- cias de acidentes ofídicos foram tratadas na Unidade de Emergência do Agreste, emArapiraca, mas não foram fornecidas informações mais precisas sobre as espécies predominantes nem os muni- cípios dos quais vieram as vítimas. A médica infectologista Luciana Pacheco, diretora do HEHA,orientaqueaspessoas queforempicadasporserpen- tesdevemprocuraraunidade de pronto atendimento mais próxima o mais rapidamente possível. Isto porque, no caso da picada por cobra coral, há oriscodecomplicaçõesrenais que podem levar à morte ou ser necessário ser submetido à diálise. “Quem for picado por cobra não deve adotar nenhuma prática rudimentar e sem comprovação médica, a exemplo de chupar e tentar sugar o veneno ou colocar folha de fumo em cima da parte picada. Existe o soro antiofídico e ele serve exata- mente para estes casos”, destacou. Já quando o paciente tem paciente com cobras não- -peçonhentas, como é o caso da jiboia, não é necessário tomarosoro,somenteoacom- panhamento e em alguns casos o uso de analgésico. 4 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 ESTADO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Alagoas tem quatro espécies de serpentes peçonhentas ACIDENTES COM COBRAS somam mais de 140 casos somente este ano no Estado,mas não há nenhuma ocorrência de morte HepertólogoMarcosAraújomostraumadasespéciesvenenosasdafaunadeAL
  • 5. PUBLICIDADE 5O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br
  • 6. TERAPIA E REFLEXÃO Desde a criação ou surgimento do homem, que viver em sociedade se tornou uma das questões mais obsti- nadas da humanidade. Para a busca desta realização várias ciências, práticas e formas foram alternativas essenciais. Paralelamente a essa conduta terreal, o homem também foi evoluindo e transfigurando suas caraterísticasbiológicas,psicológicas e culturais para o viver mais e viver bem, satisfatoriamente. Conjuntura que está inerente ao nosso processo de envelhecimento. Hoje, esses eventos ganharam novos formatos e novas tecnologias direcionado, principalmente, ao público de idade mais avançada.Atento a essas novas demandas, pelo menos dois acon- tecimentos foram assinalados em nossa capital,Maceió,nesta semana, que vale a pena serem registrados: o primeiro aconteceu no dia 9 de julho, através do Clube Sócio Virtual 60+, com o título: Os Benefícios da Terapia Comunitária Integrativa, e logo depois, no dia 11 de julho, o OIA (Observatório do Idoso em Alagoas) realizou o encontro Reflexos e Refle- xões frente ao envelhecimento e a Velhice emTempo Pandêmico. OUTROSDESTAQUES Instituído por uma história bizarra como o Dia do Homem no Brasil,o dia 15 de julho,foiumainiciativadaOrdemNacio- nal dos Escritores (1992).A princípio,o DiaInternacionaldoHomemécelebrado em19denovembroeajustificativapara a data é de conscientização em rela- ção à saúde masculina, já que, esta- tisticamente,o homem é mais relapso com este assunto do que a mulher. Aproveitando-se do ensejo, do enredo e da conjuntura acadêmica, o Clube Sócio-Virtual60+promoveuumencon- troweb, na quinta-feira passada (16), memorando o dia marcante com uma conversação sobre as características e demandasgerontólogicasdoenvelheci- mento masculino.Como julho também tem outra data marcante, o Dia dos Avós,a Ideias & Ideais Curso e Eventos Gerontológicos,promoverá,no próximo dia25,umainusitadaeinéditacomemo- raçãoantecipadadoDiadosAvós,cele- brado no dia 26 de julho.A realização vespertina remota está titulada como Tarde da Majestosidade.Na programa- ção constam um mega bingo,Bingo de MimoseumconcursoXícarasdosAvós, queseráefetuadoporduascategorias:a dexícarasclássicasedexícarasartesa- nais.Paramaisinformações,contactaro whatssap996931541. “Para que possamos continuar avançando com a reabertura econômica, é imprescindível que os estabelecimentos estejam alinhados com as regras específicas do seu setor, trabalhando de forma conjunta com o Governo e as Prefeituras no cumprimento do Protocolo Sanitário” Rafael Brito, secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas. 6 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 Ditado popular diz que, se conselho fosse bom era vendido. Alinhando- -se a esse adágio é possível mensurarmos qual a importância do autoconhecimento para a nossa vitalidade e para somarmos mais anos na vida. Com o exercício do autoconhecer,nós pode- mos começar a fazer uma reflexão sobre nós mesmo, sobre nossos hábitos e costumes e também sobre como o nosso autode- senvolver,podenosnosblindardeumapossívelcontamina- ção. Para isso é preciso tambémestaremconso- nância com o nosso jeito de ponderar as deman- das que venham a criar inquietudes emocionais, espirituais e biológicas. Ponderar como quer dizer e agir com ponde- ração,ouseja,comrefle- xão,comprudência,com bom senso, com juízo, com relevância. Ponde- rar é equacionar sobre uma determinada situação, é fazer uma avaliação, é tentar encontrar uma solução. Ser maduro e ter conquistado um nível de consciência gerontológica cabal são duas conquistas elementares e importantíssimas para um envelhecimento apoderado. Caracterizadas por um conteúdo cientifico especializado, pouco ou raramente estão pautadas, debatidas e discer- nidas. Maturidade segundo o dicionário é: O espaço de tempo de uma vida, compreendido entre a juventude e a velhice. Vem do latim “maturitas, atis”, que significa madureza, maturação. Amadurecer é marchar em dire- ção a uma meta. Mas, sendo a velhice uma meta crono- lógica no processo, para alguns cientistas, a maturidade nos permite olhar com menos ilusões,aceitar com menos sofrimento,entender com mais tranquilidade,querer com mais doçura as interferências vitais. Já a consciência gerontológica uma vez auferida pelo indivíduo idoso, ele tem a capacidade ou habilidade para guiar seus próprios caminhos nas quatro dimensões inter-relacionadas conhecidas como: gerontologia biológica, psicológica, clinico-funcional e social. Ela ativa para o despertar das questões e atitudes voltadas para o envelhecimento e velhice que são e que possivelmente estarão declinando o processo biopsicossocial. AUTOCONHECIMENTO E PONDERAÇÃO MATURIDADE E CONSCIÊNCIA GERONTOLÓGICA CAFÉ&NEGÓCIOS redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br THÁCIA SIMONE - thaciasimone@gmail.com Sebrae lança cursos via WhatsApp O Sebrae lançou novas opções de cursos online gratuitos que podem ser feitos através do WhatsApp. Os cursos estão disponíveis na site: www.sebrae. com.br . Inicialmente, foram lançadas três opções de cursos por meio da plata- forma,todos eles com conteúdos volta- dos para os Microempreendedores Individuais (MEI):“Organize seu negó- cio”,“Pronto para Crescer”e“Primeiros Passos – MEI”. Todos os cursos têm duração de trinta dias e carga horária de 12h.O presidente do Sebrae,Carlos Melles,explica que a iniciativa foi criada para facilitar a vida dos empreendedores que estão enfrentando a pandemia do Coronavírus. “NóssabemosqueamaioriadosMEItrabalhasemfuncionárioeestáenfrentando uma série de desafios. Sair para fazer um curso, mesmo que seja online, exige que ele se desconecte do negócio por algum tempo.A possibilidade de poder absorver conhecimentoalimesmo,noambientedoWhatsappémaisumaforma de poder facilitar a administração do tempo”,afirma Melles. Alagoano na final do Mestre do Sabor Da série orgulho alagoano. O chef fundador do restaurante Sur,Sérgio Jucá, está na final do programa Mestre do Sabor. Ele conquistou a vaga essa semana com o prato ‘picadinho de costela com purê de banana’.A final será disputada com o chef Júnior Marinho que fez um picadinho de filé mignon com cuscuz e queijo coalho. “Sempre acreditei que podia chegar e quando você chega e vê tanta gente boa, que tem uma história linda como a sua,te faz refletir se é verdade ou não”,disse o chef alagoano. Nassau oferta cursos gratuitos O Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió está com inscri- ções abertas para 30 cursos de capacitação com vagas ilimitadas. O Projeto Capacita é totalmente gratuito e tem início no dia 21 de julho, nos turnos da manhã e noite. Os cursos serão on-line. A programação conta com 30 cursoscomo:EconomiaDoméstica,Paisagismoepequenashortasparaespaços residenciais, Introdução Alimentar, Direto do Consumidor, confecção de luminá- rias com técnicas de origami,entre outros.Todos com emissão de certificados. Paraconferiralistacompletadoscursoseobterinformaçõessobreasinscrições, os interessados devem acessar a conta da @uninassau.maceio no Instagram.É possível se inscrever em mais de um curso. Dica de Leitura ‘Eu Odeio o RH’ é de autoria da alago- ana Sandra Carvalho. Ela relata que depois de uma vivência de 17 anos em RH, sentiu a necessidade de contar um poucodessahistória,relatandofatosem que o RH não foi tão legal assim.A obra propõe uma desconstrução ao modelo atual de RH, provocando inquietações, indagações e fazendo repensar sobre o propósito do profissional de RH, sua missão,crenças e valores. Sandraexplicaqueéumlivroparatodos os profissionais que atuam ou pensam em atuar nesse segmento.“É justamente essa a sua razão de existir: despertar no leitor a vontade de fazer a diferença na sua atuação.Ao longo dos capítulos compartilho experiências provocando insights que podem ajudar o leitor a ques- tionar sua atuação como um formador de opiniões e arquiteto das transforma- ções que as pessoas e empresas necessitam para gerar resultados”. O livro pode ser adquirido pelo 98144-0451 ou pelo https://www.lestoeditora. com/product-page/eu-odeio-o-rh PODERGrisalho Francisco Silvestre silvestreanjos@bol.com.br COROAVÍVUS Para a pessoa idosa que aos longos dos tempos sempre foi vista comosábiaeexperiente,terqueencararessacorrenteemfaceda covid-19/isolamentosocial,vaisercrucial.Omaisvividovãoprecisar mais uma vez construir estratégias biopsicossociais para esse novo período de travessia.Desvendando o tempo citado e vigente através deuma leituravivencial,podemosestabelecerestratégiacriandoum planoparaamenizarosefeitosdoquefiguramoscomoumclimatene- brosodeefeitosanfona,queatribuímosaoquemuitosEstadosestão passando com a flexibilização e a inflexibilidade socioeconômica;já o tempo caracterizado como sufocante ilustraimaginativamente, pancadas de pavor que são proliferadas a todo instante com núme- ros de óbitos e desinformações sobre a crise.Assim sendo,para os coroavívus que se tornarem disponível a planejar um estilo de vida ostentando ponderação,autoconhecimento,maturidade e consciên- ciagerontológica,comcertezasedarãobemnessenovodesafio.
  • 7. “ Deraldo Francisco Repórter U m i n q u é - rito policial meticuloso e muito bem elaborado pela delegada Sheila Carvalho resultou no oferecimento de denúncia pelo Ministério Público Estadual, o que foi prontamente acatado pela 14ª Vara Criminal e levou à prisão o empresário Marcelo Neves Pereira, de 33 anos. Nomeada especialmente para este caso, a delegada Sheila Carvalho concluiu as investigações em 60 dias. Quatro mulheres se desta- caram neste caso: a médica, pela coragem de enfrentar o medo e denunciar o agressor; a delegada que apurou com cuidadoeindiciouoacusado;a promotora Dalva Tenório, que ofereceu a denúncia e pediu a prisão preventiva do empre- sário e a juíza Juliana Batistela, responsávelpeladecretaçãoda prisão. Marcelo Neves está no sistema prisional por força de decreto de prisão preventiva assinado pela juíza Juliana Batistela, da 14ª Vara. Marcelo Neves é acusado de estuprar duas enteadas, uma de sete e outra de 11 anos. Esse caso começou a ser desvendado em abril passado devido às circunstâncias impostas para evitar a infec- ção pela Covid-19. Médica, a mãe das crianças e seu então marido, Marcelo Neves (dono de uma empresa que trabalha comalocaçãodeambulâncias) precisaram tirar as crianças de casa.Ascriançasforamlevadas para a casa de um tio materno, no interior. Numa conversa com a esposa do tio, a menina mais velha contou os abusos que vinha sofrendo e que eram cometidos pelo padrasto Marcelo Neves. A reportagem de O DIA apurou junto aos autos que, numa das ocasiões, Marcelo Neves colocou uma balaclava e, armado com uma pistola, forçou as crianças a dormirem. Isso teria acontecido num dos plantões de 24 horas, dado pela médica, mãe das crianças. Nestes casos, Marcelo Neves era quem colocava as crianças para dormir. Pelo telefone, o irmão da médica contou o que tinha ouvidodesuasobrinhaepediu que ela fosse até o local. Sem dizer nada a Marcelo Neves, a mãe das meninas desligou o telefone e viajou para o inte- rior, para se encontrar com os filhos. Ela ouviu a história, entrou em choque e tomou as providências. Percebendo que a esposa já sabia de algo sobre suas ações criminosas, Marcelo Neves sacou de uma conta conjunta do casal a importância de R$ 170 mil, pertencente a uma empresa deles. Em seguida, teria passado a denegrir a imagem pessoal e profissio- nal da médica e a maltratá-la. Diante disso, a mulher denun- ciou Marcelo Neves à Polícia Civil. Foram adotadas medi- das protetivas e o empresário passou a usar tornozeleira eletrônica. Ele não podia se aproximar da ex-esposa mas, mesmo assim, ainda se aproxi- mou, o que foi detectado pelo sistema da Patrulha Maria da Penha que sempre avisava à medica ou comparecia ao local. Numa dessas aproxima- ções, sem a médica perceber, Marcelo Neves permaneceu durante 20 minutos acompa- nhando a ex-esposa. Neste caso, Marcelo Neves já estava envolvido em duas situações com a Polícia Civil e, consequentemente, com a Justiça. As ameaças e o descumprimento às Medidas Protetivas quanto à ex-esposa e a denúncia de estupro de vulneráveis, tendo suas duas enteadas como vítimas. Marcelo Neves foi surpreendido pela Polícia Civil, logo cedo na quinta-feira; depois, foi transferido para o presídio Delegada agiu com cautela e profissionalismo A delegada Sheila Carva- lho, que apurava o caso de estupro, foi demorada em seu trabalho investigativo. As brechas na lei procuradas e encontradas por advogados perspicazes faz com que a polícia se cerque de todos os laudos necessários para um caso emblemático como este. O laudo psicológico das crianças era uma peça bastante importante para a conclusão das investigações. Havia a necessidade desse laudoparaaPolíciaCivilindi- ciar o acusado. Por isso, somente quase três meses depois é que ela concluiuoinquéritoeoenviou à Justiça, com o indiciamento de Marcelo Neves, por estu- prodevulneráveis.Asvítimas: duas meninas, de sete e 11 anos, em casa com o criminoso e sem o mínimo de defesa. APRISÃO Marcelo Neves foi preso na quinta-feira (16) pela manhã, em seu apartamento, no Edifício Ib Gatto, no Farol. De lá, foi levado para a Central de Flagrantes, no Pinheiro, e transferido dia seguinte para o sistema prisional. Na sexta-feira (17), os advoga- dos contratados por Marcelo Neves ingressaram no Tribu- nal de Justiça (TJ) com um pedido de habeas corpus para tirá-lo da prisão. No entanto, há o entendi- mento entre os juristas de que, ofatodeterligaçãocomarmas, praticar tiros, já ter descum- prindo por algumas vezes as medidas protetivas para não seaproximardaex-esposaeter amigos na Polícia Civil depõe contra o empresário.A médica e os filhos se sentem ameaça- dos pela possibilidade de, no momento, Marcelo Neves ser colocado em liberdade. FRUSTRAÇÃODOEMPRESÁRIO Marcelo Neves tem mania por armas de fogo. Tanto que, em, algumas fotos, ele apare- ceu praticando tiros com um casal de delegados, no estande de tiros da Polícia Civil. Há suspeitas, ainda não compro- vadas, de que esses o casal daria proteção ao empresário. Ele, inclusive, teria partici- pado de operações policiais. Marcelo Neves se confessava frustrado por não ser policial. A delegada amiga do empre- sário foi denunciada à Corre- gedoria Geral de Polícia Civil e responde a procedimento. Essaproximidadedoempresá- riocompoliciaisearmasacaba assustando sua ex-esposa e seus três filhos. Empresário é amigo de casal de delegados e já teria participado até de operações da Polícia Civil 7O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 ESPECIAL redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Acusado de estuprar enteadas, empresário vai para o presídio MARCELO NEVES nega envolvimento com o crime, mas investigações da Polícia Civil apontam para abuso contra as crianças Em estande da Polícia Civil,Marcelo Neves treina tiros com amigos delegados
  • 8. A partir desta- s e g u n d a - -feira, Maceió vai avançar com a reabertura gradativa de serviços não essenciais durante a pandemia de Covid-19. Estabelecimentos comerciais acima de 400m², shoppings, bares e restauran- tes serão reabertos seguindo as normas do decreto Nº 8.918, assinado pelo prefeito Rui Palmeiraepublicadoemedição suplementar do Diário Oficial do Município. Com dados positivos no enfrentamento ao coronavírus, a capital entrará para a fase amarela, definida pelo Plano Estadual de Distan- ciamentoSocialControlado. As lojas ou estabelecimen- tos de rua acima de 400m², bares e restaurante só poderão funcionar com 50% da capa- cidade de funcionamento até meia-noite, e shoppings, gale- rias e centros comerciais entre 12h e 20h. Os salões de beleza e barbearias poderão atender os clientes até o total da capaci- dadeeasigrejasreceberosfiéis com 50% da capacidade total dos templos. Já o transporte intermunicipal e turístico foi liberado, também atendendo 50% da capacidade dos veícu- los.Alémdisso,ossetoresauto- rizados nas fases vermelha e laranjaseguemliberados. Bares, restaurantes, barra- cas, quiosques, mixes, food trucks, feiras e mercados de artesanato poderão funcionar na fase amarela, assim como o comércio ambulante e presta- dores de serviço e permissio- nários. Os passeios turísticos em veículos ou embarcações tambémserãopermitidos. Os maceioenses podem fazeratividadesdelazernaorla e em praças, mas com várias restrições. Para as práticas de caminhada, corrida e ciclismo, preferencialmente de forma individualizada, permanece a exigência do uso de másca- ras, distanciamento social, e fica proibido o contato social antes, durante ou depois das atividades, assim como qual- quer aglomeração. Os espor- tes náuticos estão autorizados, desde que sejam praticados de forma individualizada e sem finalidade comercial. O banho de mar continua autorizado e agora a faixa da areia pode ser usada de forma individu- alizada. O estacionamento de veículos nos espaços públicos da orla está liberado desde que emvagasintercaladas. A utilização de parques infantis, brinquedos, campos e quadras, aparelhos de ginás- tica, academias ao ar livre e demais equipamentos e mobi- liários de uso coletivo segue proibida. 8 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 COTIDIANO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Como será: Atividadesturísticasedelazer Uma portaria conjunta de diversas secretarias municipais definirá o Proto- coloExperimenteMaceióparaofuncio- namentodasatividadescomerciaisede lazernaorladeMaceió. O decreto também inclui a autorização para que profissionais de educação física atuem de forma individualizada ou até com pessoas da mesma família, utilizando espaços privados,como resi- dências,estúdios,clubes,academias e hotéis. Educação A Rede Municipal de Ensino Infantil e Fundamental continuará com as ativi- dades nas escolas paralisadas até 31 de julho (podendo o prazo ser prorro- gado).As aulas nas escolas privadas e deoutrasinstituiçõesdeensinotambém continuamsuspensas,limitando-seaos trabalhosadministrativos. Teletrabalho A Prefeitura de Maceió mantém o regime de teletrabalho para os servido- resmunicipaisaté31dejulho,podendo ser prorrogado. Os atendimentos dos serviços não essenciais continuam sendo realizado pelos canais de comu- nicaçãooficiaisdecadaórgão. Centro O funcionamento do Centro está mantido de segunda à sexta, das 10h às17heaossábados,das9hàs13h. Transportepúblico Permanece proibido o uso do Cartão Bem Legal Escolar e do Cartão Bem Legal Sênior nos transportes públicos municipais, exceto para pessoas com deficiência ou patologia crônica, que necessitam de gratuidade nesses cole- tivos. Está mantida a capacidade de passageiros nos transportes públicos urbanos,sentados ou em pé,no limite dacapacidadedoveículo,comasjane- las abertas,sem utilização de ar condi- cionado,sem redução de frota e com o uso obrigatório de máscaras.Também seguesuspensooDomingoéMeia. Atendimento As instituições bancárias e os estabe- lecimentos comerciais devem seguir com as medidas preventivas de distan- ciamento e higienização. O Município permanece exigindo que estabele- cimentos de saúde da rede privada tornem públicos o número de leitos de internaçãohospitalar,deapartamentoe de enfermarias ocupados e disponíveis paraoatendimentodepacientescomo novocoronavíruseonúmerodeóbitose dealtasmédicasdosinfectados. Eventos Fica autorizada até 31 de julho,a reali- zação de eventos em formato drive-in, desde que cumpridas,rigorosamente, as medidas de segurança e higieni- zação do decreto e demais normas sanitárias e de saúde pública, sendo consideradoseventosdrive-inexibições de shows, cultos religiosos, palestras, filmeseapresentaçõesculturaiseartís- ticas em que o espectador permaneça nointeriordoveículo. Parques Os parques permanecem fechados e comasatividadessuspensas. Funerais Asrestriçõesparaarealizaçãodosfune- raiscontinuamasmesmas.Em mortes porCovid-19,atéemcasossuspeitos,a duração máxima será de uma hora por velório e enterro,com o caixão fechado e limite de dez pessoas. Já nos óbitos não decorrentes da pandemia,a dura- ção máxima será de três horas com a presença de 20 pessoas. Não devem compareceraocemitérioosidososcom maisde60anos,pessoascomdoenças crônicas e suspeitas de ter contraído coronavírus. Denúncias Emcasodedescumprimentodasreco- mendações do decreto, as denúncias podemserfeitasnoDisqueDenúnciada VigilânciaSanitáriaMunicipal,pelotele- fone 3312-5496,de segunda a sexta- -feira,das7h30às17h,edaSecretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs), no 3312- 5277,desegundaasexta-feira,das8h às 14h.As denúncias sobre aglomera- çõesdevemserfeitasao181ou190. Permanece a obrigatoriedade do uso de máscara e disponibilização de álcool 70 em estabelecimentos comerciais MarcoAntônio/SecomMaceió Covid-19: Maceió avança para fase amarela na segunda-feira NOVA ETAPA DE FLEXIBILIZAÇÃO permite a reabertura de mais setores comerciais, como os shoppings e as galerias Empresas de segurança não podem dar aumento CRISE OSindicatodosVigilantes de Alagoas (Sindvigilantes/ AL) está convocando a cate- goria para uma greve geral. Eles reivindicam aumento salarial, mas as empresas do setor dizem que, com a crise econômica e nos últi- mos meses a pandemia de Covid-19,nãoépossívelfazer reajuste e que o momento é delutarpelamanutençãodas vagasdetrabalho. “Somos serviço essen- cial, oito vigilantes mortos em serviço por Covid-19, mais de 60 vigilantes infec- tados em Alagoas, mesmo assim os patrões não querem dar aumento. Por isso, que o Sindicato está convocando os trabalhadores para fazermos greve geral”, defende o presi- dente do Sindvigilantes/AL, JoséCíceroFerreira. O Sindicato das Empre- sas de Segurança Privada do Estado de Alagoas (Sindesp/ AL) divulgou nota expli- candoomomentoatual.Nela, ele lembra que contratos foram suspensos e houveram perdas tanto para as empre- sasqueterceirizamosvigilan- tesquantoparaosclientesque contratamosserviços. Confiraanotanaíntegra: O atual momento de pandemia do novo corona- vírus (Covid-19) trouxe uma realidade inesperada e os empresários estão preocupa- dos com a sobrevivência não somente das suas empresas, mas com a manutenção dos postos de trabalho, tendo em vistaquesabemosquenossos vigilantes são pais e mães de família, possuem responsa- bilidades e precisam viver com dignidade.As empresas se viram impedidas de dar reajustesalarialàsmaisdiver- sas categorias. O isolamento social durante a pandemia reduziu drasticamente a necessidade de trabalhado- res, uma vez que as empresas que mais empregam tive- ram que fechar suas portas. Muitas delas interromperam seus contratos por tempo indeterminado ou reduziram drasticamente o quadro de vigilantes, mesmo não tendo lucro,masparaassegurarseu patrimônio. Com o relaxamento gradual do isolamento social, as empresas estão voltando a funcionar, mas os especia- listas garantem que a econo- mia só deve se recuperar desta temporada de quaren- tena em no mínimo um ano. Não temos como repassar o reajuste que a categoria dos vigilantes quer para os clientes, que já estão com os orçamentos reduzidos e as empresas que fazem parte do Sindesp/AL não pode absor- ver esses custos, diante das perdasnestapandemia. O Sindesp/AL, busca garantirosempregosnocená- rioatualdecrise,tentounego- ciarcomoSindvigilantes/AL, eosrepresentantesdacatego- ria perderam a oportunidade de fechar acordo antes da pandemia com correção sala- rial. Em nenhum momento o Sindesp/ALencerrouasnego- ciaçõesemantémadisposição para retomar as mesmas, elas foram encerradas pelo Sindi- vigilantes/AL,queagoraquer mobilizar os trabalhadores para uma greve para a qual não há meios de atender suas reivindicações,alémdeexpor osprópriosvigilantesàconta- minaçãopeloCovid-19.
  • 9. Na semana passada falamos de seguro de vida e seus benefícios como planejamento financeiro. Mas uma boa educação financeira requer um conhecimento básico sobre segu- ridade social e privada. Portanto, conhecer o Seguro DPVAT, que pode acobertardanosemsituaçõesnotrân- sito,é logicamente importante. MasoqueéoSeguroDPVAT?ODPVAT é o Seguro Obrigatório de Danos PessoaisCausadosporVeículosAuto- motores deViasTerrestres,ou por sua carga,apessoastransportadasounão (Seguro DPVAT). Sendo criado pela Lei n° 6.194/74, que diz respeito ao direito individual de um auxílio público em relação a pessoas envolvidas em acidentes entre veículos. Não impor- tando quem é o culpado, o DPVAT pode arcar com custos de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito. E quais circunstâncias a seguradora deverá fazer o pagamento da indeni- zação?Vamos entender melhor! O seguro DPVAT deverá ser pago em determinadas situações,como: a) Morte: caso em que a vítima fale- ceu por conta do acidente de trânsito. Nesse caso, o beneficiário vai ter direito a uma indenização. b) Invalidez permanente: caso em que a vítima entre em estado de invalidez permanente em virtude de um acidente.A indenização pode ser verificada na tabela da SUSEP. c) DAMS: As Despesas de Assistên- cia Médica e Suplementares (DAMS) são os casos em que as vítimas deve- rão arcar com despesas médicas e suplementares por consequência do acidente de trânsito ocorrido. Em contrapartida, existem situações, sobretudo materiais,em que o DPVAT não determina o pagamento da inde- nização.Entre elas,estão como danos materiaiscomoroubo,furtos,incêndio do veículo ou colisões e acidentes que não acontecem no território nacional. Mas quem tem direito ao Seguro DPVAT? Para ter acesso ao seguro DPVAT basta ser uma vítima de um acidente de trânsito, inclusive os passageiros. Dessa forma, o pagamento da inde- nização acontece de forma individual, independentemente do número de envolvidos no acidente. Ainda que os envolvidos não estejam em dia com o DPVAT ou não possam ser identificados, os beneficiários ou a própria vítima têm direito ao pagamento.É importante reiterar que todos envolvidos são assegurados pelo DPVAT, mesmo os eventuais culpados do acidente. O seguro DPVAT é administrado via consórcio de seguradoras. O consór- cio pode ser enquadrado dentro das modalidades de seguro privado, por isso depende diretamente das autori- zações da SUSEP. Uma das regras é que o consórcio deverá ter com seu líder uma segura- doraespecializadaemseguroDPVAT.A função de um líder em um consór- cio DPVAT é administrar os recursos arrecadados, realizar transferências, pagar as indenizações e representar oficialmente o consórcio.O financia- mento do consórcio e do seguro são realizados pelas secretarias estaduais da fazenda, que repassam os valores à seguradora líder. Por ser um seguro obrigatório, O DPVATéfinanciadopelosimpostosdo cidadão.Uma vez ao ano,junto com o vencimento do IPVA, acompanhando os calendários de cada secretaria estadual. Caso o dono do veículo não pague o DPVAT, este fica impossibili- tado do licenciamento e transferência de propriedade do veículo. A arrecadação com o imposto do DPVAT é distribuída da seguinte forma: a) 50% será entregue à União; b) 45% destinado ao SUS para o custeio das atividades médicas e hospitalar com os envolvidos em acidentes; c) 5% é destinado ao Denatran (Departamento Nacional deTrânsito). Conclusão Em suma, o DPVAT geralmente é o únicoamparoeconômicoparagrande parte da população de baixa renda depois de um acidente de trânsito. Vale considerar que mais de 20% das famílias brasileiras vivem com um orçamentomensaldeatédoissalários mínimos. O Brasil está entre os 10 países que apresentam os mais elevados núme- rosdeóbitosporacidentesdetrânsito, responsáveis também por sequelas físicas e psicológicas, principalmente entre a população jovem e em idade produtiva. Acada15minutos,umapessoamorre em um acidente de trânsito no Brasil. Esse cenário devastador só não é pior porque a sociedade pode contar com aindenizaçãodoSeguroDPVAT,cons- tituindo um instrumento de proteção social sem igual no mundo, tamanha a sua abrangência e importância no contexto brasileiro. Para se ter uma ideia da dimensão social deste Seguro,a base estatística da Seguradora Líder já soma mais de 4 milhões de indenizados em 10 anos por morte,invalidez permanente e reembolso de despesas médicas. Números que contemplam principal- mente jovens na faixa dos 18 a 34 anos, afetando tragicamente a socie- dade e a economia do nosso país. Então é isso pessoal! Espero que tenha gostado do tema dessa semana e sempre que vocês dese- jarem enviem suas dúvidas para meu e-mail.Não deixem de acompa- nhar as novidades em minhas redes sociais.AtéapróximaseDeusquiser! Bom final de semana para todos! Grande abraço! 9O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br DjaildoAlmeida Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com DPVAT: O Seguro da Proteção Social
  • 10. 10 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 ESPORTES redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br FAF higieniza estádios para a retomada do Campeonato FUTEBOL ALAGOANO ainda não tem data para ser retomado, mas estádios sendo desinfectados e jogadores, fazendo exames JOGODuro Jorge Moraes jorgepontomoraes@gmail.com Thiago Luiz Estagiário D e o l h o n a r e t o m a d a do campe- onato estadual, a Federação Alagoana de Futebol (FAF) está tomando as providências foradecampo,paraqueabola possa voltar a rolar dentro das quatro linhas. Durante toda a semana, os clubes do interior passaram por um processo que começou em Maceió, com CRB e CSA: testagem dos funcionários e sanitização dos estádios e Centros de Treina- mento. Até o fechamento desta edição, a entidade ainda não tinha divulgado a data de retorno da competição, mas a previsão é que seja entre os dias 22 e 25 ainda de julho. Na terça (14), foram higie- nizados os estádios Edson Matias, em Olho D’Água das Flores e o Elísio Maia, em Pão de Açúcar. Na quarta (15), Juca Sampaio, em Palmeira dos Índios e o Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca. Já na sexta (16) foi a vez do Gerson Amaral, em Coruripe e José Gomes da Costa, em Murici. Essas ações de desinfcção foi a primeira etapa do Plano de Retomada elaborado pela Federação, após o período de isolamento social em virtude da pandemia do novo corona- vírus. A empresa responsável pelo serviço é a Prolseg. De acordo com o proprietário, Bruno Peixoto, essa vertente profissional não era o foco. Antes, a principal linha de trabalhodafirmaeranaadmi- nistração de condomínios e segurança eletrônica. Mas a carência de profis- sionais e a necessidade exigidapelomomentocaótico de saúde, foi o que despertou o interesse do empresário em oferecer esse tipo de serviço, que teve um aumento consi- derável na demanda devido ao atual cenário. “Nosso ritmo aumentou bastante (na pandemia). Não fazíamos esse serviço antes. Estamos ajudando a erradicar o coronavírus. O mais impor- tante é que menos pessoas se contaminem, porque estare- mos com o ambiente contro- lado”, afirmou Bruno. Ainda de acordo com o empresário, o líquido “jogado”pelasmáquinasutili- zadas é uma mistura de dois materiais químicos: quaterná- rio de amônio com peróxido de hidrogênio. Trata-se de um produto com pH neutro, que não mancha nem oxida as superfícies. Após 10 minutos da aplicação, os ambientes já estão liberados para a circu- lação de pessoas. O material aplicado quebra moléculas por meio de gotículas, mas com um grande alcance, segundo os profissionais. Geralmente, a ação de desin- fecção é feita por três funcio- nários. Depoisdecuidardosespa- ços físicos, a FAF deu início à testagem dos jogadores dos clubes do interior. A apli- cação dos testes sorológicos para o novo coronavírus está sendo realizada em parceria com o Laboratório Dilab. Os trabalhos iniciaram na quinta- -feira (16), com os atletas do CEO, em Olho D’Água das Flores. Também foi testado o elenco do Jaciobá, em Pão de Açúcar e do CSE, em Palmeira dos Índios. Na sexta-feira (17) foi a vez dos atletas doASA, emArapi- raca e do Coruripe. Encer- rando o mutirão, os jogadores do Murici foram testados no sábado (18) pela manhã. O elenco de CSA e CRB já foram testados pela FAF por terem retomado os treinamentos ainda no final do mês de junho. Antes da retomada do Alagoano, CRB e CSA ainda vão disputar a oitava e última rodada da Copa do Nordeste, para só depois retornar a Maceió. A volta do futebol para a imprensa Com a flexibilização no Decreto do Governo de Alagoas, saindo da faixa Laranja para a faixa Amarela, anun- ciado pelo governador Renan Filho, juntamente com a área de saúde, o retorno do Campeonato Alagoano está mais perto do que se imagina. Com essa possibilidade, a FAF vem tomando todas as providências para que esse retorno se dê com muito cuidado, segurança e seguindo um protocolo já estabelecido. Nesse sentido, a diretoria da federação esteve reunida com os representantes dos cronistas esportivos - (ACEA, ACDA, ARFOC e SINDICATO DOS JORNALISTAS )- para discutir e anunciar as medidas que serão obedecidas quando da volta do futebol. Hoje, todos os times profissionais estão autorizados a inicia- rem a fase de treinamentos. Entrediversasmedidas,asmaisimportantesforam:1-Só terãoacessoaogramadoosfotógrafosecâmerascreden- ciados; 2 - Repórter de rádio, narradores, comentaristas e operador técnico ficarão instalados no setor de cabines e de tribuna de imprensa; 3 - Serão instaladas bancadas nas cadeiras especiais e será liberada parte da arqui- bancada baixa (geral) também para uso dos cronistas; 4 - Cada empresa poderá escalar até quatro profissionais por jogo; 5 - Não haverá entrevista de campo,em nenhum momento,eovestiárionofinaldaspartidasseráfeitopela assessoria de imprensa dos clubes, disponibilizando em seguida o áudio e a imagem para todos os veículos de comunicação, rádio, TV, portal de notícias e blogs; 6 - As equipes de esportes ou empresas solicitam o creden- ciamento dos profissionais com 48h de antecedência, diretamente a Federação Alagoana de Futebol; 7 - A FAF vai fornecer máscara, álcool gel e as pulseiras de acesso para cabines e tribunas,além dos coletes para fotógrafos e câmeras que terão acesso ao gramado; 8 - Na chegada dos profissionais ao estádio será medida a temperatura e não haverá obrigatoriedade de testes para a COVID 19 ou cobrançapararealizaçãodosmesmos;9-AFAFconfirma transmissão pela FAFTV,Band TV e disponibilizará outros sitesparafacilitarotrabalhodamídia,comoocorriaantes da paralisação da competição por conta da pandemia; 10 - Os profissionais que não estão escalados e creden- ciados, não terão acesso aos estádios, nem aos espaços reservados para a imprensa. l Aindarepercute no CSA a saída do dirigente Raimundo Tavares do futebol do clube. Falando sobre o assunto durante a semana, o p r e s i d e n t e Rafael Tenório disse que o RT estava cansado e, por isso precisava sair um pouco.Disse até que,se pudesse,faria o mesmo,tirava umas férias para esfriar a cabeça e descansar também; l Contraavontadedealgunsconselheiros,quegostariam da permanência do CSA no CT do Corinthians Alagoano, comprando a área, melhorando e transformando na casa do CSA, o clube já acertou o negócio em outro local. Será entreoBeneditoBenteseRioLargo,napartedeMaceió,na nova rodovia construída na região pelo Governo do Estado. Tem gente achando longe e numa região sem habitação. ALFINETADAS...Apelo aos profissionais Nesse momento de pandemia, está sendo solicitado pela direto- ria da FAF e pelas associações dos cronistas esportivos, parcei- ras do protocolo e do projeto da volta do futebol, mesmo que sem torcida, que os associados das entidades que estão sem trabalho no momento ou de folga, que #FIQUEEMCASA. Sobre novas medidas, a FAF se encarregou de anunciar e esclarecer posteriormente, especialmente para os estádios do interior, que não fogem da regra geral, com o apoio das entidades já citadas. Abertura para a volta É possível até que seja liberada a volta do futebol, sem torcida, seguindo um rigoroso protocolo elaborado pela FAF, mas até o momento o Governo do Estado de Alagoas ainda não sinalizou com essa data. A diretoria da FAF gostaria dessa volta já no próximo dia 25,mas o governador Renan Filho afirmou que até o final do mês é que divulgará essa liberação, o que pode ocorrer daqui a uma semana.Se demorar de sete a dez dias para a volta ser confirmada,provavelmente não dará mais tempo para a volta do estadual, já que o Brasileirão começa no dia 08 de agosto. Problemas em Santa Catarina A volta do futebol em Santa Catarina não foi das melhores e a competição parou outra vez. Todos os times tiveram jogadores contaminadas após a primeira rodada do retorno. Em um dos times de ponta da competição foram 14 profissionais testados positivamente para a COVID 19. Agora, ninguém sabe quando vai voltar. Se essa volta do futebol é boa ou não, só o tempo dirá,mesmo que eu entenda a necessidade dessa atividade,não posso desconsiderar que ainda estamos em uma crise, apesar dareduçãodosnúmerosanunciadospelaáreadesaúde.Deuma coisa também acho: a população precisa ajudar. Caso contrário, vamos viver sempre no fio da navalha e correndo risco a todo instante. Saiu o campeão estadual Compandemiaetudo,oBrasilconheceuoseuprimeirocampeão estadual.Trata-sedoFlamengo,omelhor timebrasileirodaatua- lidade. É o mais rico, com o melhor grupo de jogadores e uma estrutura de fazer inveja. O papa-títulos de 2019 já começou recebendo medalhas e troféu de campeão nessa temporada. Só precisava de um empate no jogo contra o Fluminense, mas, no finalzinho da prorrogação, fez 1 a 0, com o atacante Vitinho, que entrou no segundo tempo. Com muita justiça,o Flamengo é o campeão e vai, agora, cuidar da permanência do técnico Jorge Jesus no rubro-negro carioca para mais uma temporada. Técnico faz a sanitização da arquibancada do Coaracy da Mata,emArapiraca Divulgação
  • 11. 11O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 Estudarláfora redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Alyshia Gomes alyshiagomes.ri@gmail.com Iniciativa da Ohio State University lança evento online gratuito Tenho dedicado uma especial atenção neste mês de julho para a Ohio State University (OSU). Para quem não conhece ainda a instituição, sugiro que visite a coluna “Estudar Lá Fora” no site “O Dia Mais” e leia os comentários sobre sua apresentação, bem comosobreseusprogramasdebolsa.Porhoje,apresentoSummer Institute,umprogramadaOSUligadoaoGlobalOneHealthinitiative (GOHi). A iniciativa (GOHi) conecta, especialmente, as faculdades de ciên- cias da saúde e faculdades de agricultura, artes e ciências, negó- cios, educação e ecologia humana, engenharia e trabalho social à Etiópia, Quênia,Tanzânia, México, Brasil,Tailândia, China, Índia e outros destinos.Ela segue uma abordagem coordenada e multidis- ciplinar para melhorar a saúde,aumentar a capacidade e oferecer oportunidades de aprendizado para estudantes de todo o mundo. JáoSummerInstitute,segundoaprópriainstituição,trata-sedeum “programafundamentalparaacapacitaçãodainiciativaGlobalOne Health entre estudantes de graduação,pós-graduação,estudantes profissionais do estado de Ohio e professores e bolsistas de pós- -doutorado.”Oprogramapermiteodesenvolvimentodeseusparti- cipantesatravésdetreinamentosmodulares,workshopsinterativos, treinamentos didáticos e oportunidades de aprendizado aplicadas Este ano, a nona edição do Global One Health Summer Institute será virtual, devido à pandemia de COVID-19.A programação foi construída em parceria com universidades e institutos de pesquisa do Brasil, Etiópia, Índia, México e outros países, e conta com uma série de seminários gratuitos e online, realizada de 15 de junho a 15 de agosto. O programa oferece treinamentos sobre estratégias de comunica- ção,comércio internacional e análise de risco,epidemiologia mole- cular de doenças infecciosas e desenho de estudo e estimativa de tamanho de amostra através de 17 cursos online gratuitos e 15 live webinars gratuitos. Acompanheaprogramaçãoatravésdolink https://globalonehealth. osu.edu/projects/global-one-health-summer-institute.Em caso de dúvida ou na busca de mais informações, você pode entrar em contato com o Brazil Gateway, escritório da universidade em São Paulo. Até a próxima! Alyshia Gomes escreve sobre Educação Internacional,Educação Globaletemascorrelacionadosnojornal“ODIAALAGOAS”enosite “O Dia Mais”.Dúvidas,comentários e sugestões,entre em contato através do email alyshiagomes.ri@gmail.com . Seleção para Cátedras em todas as disciplinas da UC Davis Fonte: Comissão Fulbright Brasil Esta cátedra busca professores e pesquisa- dores de todas as áreas do conhecimento para bolsa na Universidade da California, Davis com duração de quatro meses, para ministrar curso e realizar pesquisa. Os candidatos devem elaborar uma proposta de curso detalhado sobre como contribuirá para o ensino no campus da UC Davis e um projeto de pesquisa que deve incluir um plano de pesquisa detalhado,incluindo cronograma,necessidades de recur- sos esperados,local de pesquisa ou laboratório proposto e afiliação proposta. Requisitos: * Ter nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana; * Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de 2012; * Ter dez anos de experiência profissional na área; * Ter fluência em inglês; * Não receber bolsa ou benefício financeiro de agência com o mesmo objetivo; e * Permanecer no Brasil durante a seleção,afiliação e partida aos EUA Benefícios recebidos pelo bolsista: * US$ 32.400 para cobrir as despesas de passagem aérea, moradia e manu- tenção nos EUA; * Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE Accident and Sickness Program for Exchanges); * Taxa do visto J-1; e * Acesso às instalações e serviços na UC Davis tais como: escritório, internet, bibliotecas e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de ensino e/ou pesquisa. Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/catedra-na-uc-davis/ . Bolsa de Doutorado Sanduíche - EUA Cursos Gratuitos Online Fonte: Comissão Fulbright Brasil Estudantes brasileiros de douto- rado em todas as áreas do conhe- cimento podem se candidatar a até 30 vagas de Doutorado Sanduíche nosEUAdenovemesesdeduração com início em agosto/setembro de 2021 e término em abril/maio ou junho de 2022. Requisitos: * Possuir nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana; * Estar matriculado em curso de doutorado no Brasil; * Ter proficiência em inglês (ver abaixo); * Residir no Brasil no momento da candidatura e durante todo o processo de seleção; e * Não acumular esta bolsa com outras para doutorado no exterior com o intuito de estender o período de estágio. Os bolsistas terão os seguintes benefícios: * Bolsa mensal de acordo com a localidadedainstituiçãoamericana; * Passagem aérea internacional; * Auxílio instalação de US$ 1.000; * Auxílio para participação de eventos acadêmicos/científi- cos nos EUA,após aprovação,de até US$ 1.000; * Auxílio para aquisição de livros de US$ 300,00; * Orientação Pré-Partida em São Paulo; * Treinamento intensivo de inglês (se aplicável)*; * Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE – Acci- dent and Sickness Program for Exchanges); * Visto J-1. Mais informações em https://fulbright.org.br/edital/douto- rado-nos-eua/ . Fonte: Ohio State University Aquiestáumalistadealgumasatividadesdesenvol- vidas pelo : * Série de seminários on-line sobre resistência antimicro- biana (AMR):Mecanismos Moleculares (17/07) eAspectos Clínicos (13/08) * Genomics and Bioinformatics for Epidemiology (17 - 24 de julho) * Estratégias e considerações de dados de saúde / Moni- toramento de dados de ensaios clínicos( (22 - 24 de julho) * Avaliação de riscos e classificação de riscos (22 - 24 de julho) * Desenvolvimento deVacinas eVirologia (6 - 7 de agosto) Paraacompanharaprogramaçãocopletaeobtermaisinfor- mações, visite https://globalonehealth.osu.edu/projects/ global-one-health-summer-institute
  • 12. 12 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA Jeep apresenta novo carro conceito WranglerRubicon 392 6.4l V8 última vez que o veículo mais reconhecível do planeta esteve disponível com um motor V8 foi no Jeep CJ de 1981, com seu motor de 5.0 litros V8 de 125 cavalos de potência e 30,4 kgfm de torque. Os apaixonados pela Jeep têm pedido um Wrangler de produção com motor V8 nos últimos anos, e o novo carro conceito Jeep WranglerRubicon 392 é uma indicação de que, em breve, os desejos deles podem ser atendidos na América do Norte.A marca Jeep lança seu novo conceito WranglerRubicon 392, equipado com um motor V8 de 6.4 litros que fornece 450 cavalos de potência e 62,2 kgfm de torque e um tempo de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos. Com mais de 6 mil unidades em 10 dias, Nova Fiat Strada mostra robustez também nas vendas A enorme expectativa pela chegada da Nova Fiat Strada ao mercado nacional repercutiu de forma significativa na procura pelo modelo em toda a rede de concessionárias Fiat. Com uma ampla gama, acompanhada de uma generosa lista de equipamentos de série a preços muito competitivos, mais de 6 mil unidades da nova picape foram vendidas em apenas dez dias.“A meta é aumentar em 20% a comercialização mensal do veículo, mas a procura superou nossas expectativas”, afirma Herlander Zola, diretor do Brand Fiat e Operações Comerciais Brasil.“Esse resultado mostra um ritmo quatro vezes maior que a venda média da picape”, completa. ACONTECE esta semana NOVO LAND ROVER DEFENDER É LANÇADA NO BRASIL A Land Rover revelou os preços da nova geração do Defender.A quinta “reencarnação” do modelo mais icônico da marca britânica chega às concessionárias brasileiras na segunda quinzena de junho.O SUV custa a partir de R$ 400.750, na versão S. A configuração SE começa em R$ 426.750, enquanto a topo de linha HSE parte de R$ 461.150. Do clássico Defender quadradão restou apenas o nome e a inspiração em elementos visuais. O utilitário passa a ser construído com uma estrutura feita com aços de alta resistência e alumínio. O novo Defender 110 mede 4,76 metros de comprimento, 2 m de largura, 1,97 m de altura. O porta-malas acomoda 743 litros de bagagem. Honda lança CB E CBR 650R A nova linha de 4 cilindros e média cilindrada da Honda, confirmada para o Brasil desde o final de 2019, agora está de fato disponível nas concessionárias da marca. Além da mudança sutil no sobrenome de “F” para “R”, há diversas diferenças em relação aos modelos anteriores. Os novos modelos CB e CBR 650R têm outro design, a naked seguindo a inspiração retrô já adotada na CB 1000R e a carenada refletindo linhas da CBR 1000RR Fireblade. A CB 650R 2020 custa R$ 39.416, nas cores prata metálico, azul e vermelho perolizados. Já a CBR 650R custa R$ 41.080, nas cores cinza metálico e vermelho, que reproduz o layout da 1000. RODASDUAS A Ford apresentou nos Estados Unidos a nova família Bronco 2021 de veículos off- road, formada pelas versões de duas portas, quatro portas e Sport. Junto com ela surge também a marca Bronco, com tecnologias inovadoras para levar os fãs de aventura aos lugares mais remotos do planeta.“Criamos a família Bronco para elevar todos os aspectos da aventura off- road, com o melhor chassi da categoria e tecnologias exclu- sivas que elevam o padrão no segmento 4x4”, diz Jim Farley, executivo chefe de operações da Ford. “Eles combinam a robustez de uma picape Série F e o espírito de performance do Mustang – embalados em um dos designs mais impres- sionantes e funcionais do off-road, fiel ao DNA original do Bronco.”Com uma linha totalmente 4x4, o novo Bronco começa a ser produzido no início de 2021 e já tem reservas abertas nos EUA para entrega no segundo trimestre.O novo Bronco 2021 se espelha no modelo de primeira geração, que foi apelidado de G.O.A.T. (Goes Over AnyTerrain, ou “Supera qualquer terreno”) para oferecer o máximo de desempenho 4x4 – veja aqui a linha do tempo. Além de vão livre do solo de 294 mm e capacidade de imersão de até 850 mm, ele incorpora tecno- logias inovadoras de mapea- mento e direção. Ford lança a nova família Bronco nos EUA, com versões de duas e quatro portas e Sport Em um importante passo à medida que avançam para a conclusão de sua fusão 50:50, conforme definido no Acordo de Combinação anunciado em 18 de dezembro de 2019, Peugeot SA (“Groupe PSA”) e Fiat Chrysler Automobiles NV (“FCA”) (NYSE: FCAU / MTA: FCA) anunciam que o nome corporativo do novo grupo será STELLANTIS. STELLANTIS tem sua raiz no verbo latino “stello”, que significa “iluminar com estre- las”. O nome se inspira nesse novoeambiciosoalinhamento de marcas automotivas reno- madasefortesculturasempre- sariaisque,aoseunirem,estão criando um dos novos líderes napróximaeradamobilidade, ao mesmo tempo em que preservam todo o valor excep- cional e os valores de suas partes constituintes. STEL- LANTIScombinaráaescalade um negócio verdadeiramente global com uma excepcional amplitude e profundidade de talento, conhecimento e recursos capazes de fornecer as soluções de mobilidade sustentável para as próximas décadas. As origens latinas do nome homenageiam a rica história de suas empre- sas fundadoras, enquanto a evocação da astronomia captura o verdadeiro espírito de otimismo, energia e reno- vação que impulsionam essa fusão que está mudando o setor. O processo de identifi- cação do novo nome começou logoapósoanúnciodoAcordo deCombinaçãoeaaltaadmin- istração de ambas as empresas esteve intimamente envolvida ao longo do processo, com o apoio do PublicisGroup. STELLANTIS: o nome do novo grupo que resulta da fusão entre FCA e Groupe PSA ALINHAMENTO OFF-ROAD
  • 13. PedroCabr al CORONAPANDEMIAISOLAMENTOCORONAPANDEMIAISOLAMENTOCORONAPANDEMIAISOLAMENTO Alagoas l 19 a 25 de julho I ano 08 I nº 386 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com Dois dedos de prosa Afunção de Campus é a de montar um grande painel sobre a vida alagoana e isto numa grande jornada, cujas origens estão em Espaço, publicado no extinto O Jornal, e de Contexto, que era editado junto ao Tribuna Independente. Atualmente vem se dedicando a coletar depoimentos sobre o cotidiano e o Coronavírus, buscando narrativas de experi- ências vivenciadas por diversos atores de nosso dia a dia. Esta é mais uma contribuição: médico, professor e artistas. Desejamos registrar que a capa traz uma obra de Dydha Lyra. Vamos ler! Um abraço, Sávio de Almeida CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS VIVENTES DAS ALAGOAS E A PANDEMIA (XIV)
  • 14. M inha avó n a s c e u quatro anos depois de a Gripe Espanhola acabar com milhões de vida pelo mundo afora. Minha avó e todos da sua geração já faleceram na minha família. Sabemos da Gripe Espanhola por livros e jornais antigos, mas ela não está enraizada na memória de nosso povo. De repente, em pleno século XXI, nosdeparamoscomumanova pandemia. Outras pandemias ocorreram em nosso tempo de vida, mas não do mesmo jeito. Não chegaram a ter a mesmo alcance. No caso da AIDS, que foi e continua sendo um flagelo para s humanidade, não implicaram isolamento social, fechamentos de inúme- ros serviços em todo o mundo emudançatãobruscanarotina das pessoas em todos os conti- nentes (em apenas um semes- tre). A AIDS colaborou pra atrapalhar a revolução sexual, mas não provocou mudanças drásticas de rotina de maneira tão rápida e em tantos cantos. Sendo algo novo para a nossageração,eradeseesperar quenãoestivéssemosprepara- dospralidarcomaCOVID-19. O problema é que em muitas localidades não só estávamos poucoarmadosparacombater ovírus,comoresolveramjogar as poucas armas que tínhamos fora. Apesar de existirem exem- plos ruins em várias locali- dades do mundo, no Brasil, onde a desigualdade social é gritante, a situação está entre as piores. Um exemplo disso (existem inúmeros outros fatores) são os constantes ataques ao Sistema Único de Saúde cometido por diversos governos,aserviçodegrandes empresários. O ataque mais recente foi feito em 2016, quando a Emenda Constitucional 95 foi aprovada em meio a turbulen- tos dias no pós-golpe jurídico- -parlamentar, decretando 20 anos de congelamento das verbas para as áreas sociais, entre elas a saúde. Sem que soubéssemos, estavam pavi- mentando umas das estradas paraaCOVID-19sealastrarda maneira como estamos vendo. Nesses últimos quatro anos, o SUS perdeu R$ 20 bilhões, uma grande parte dos recur- sos que se tenta (sem efetivi- dade ainda) mobilizar para o combate da pandemia. Trabalhonaatençãoprimá- ria em Matriz de Camaragibe (Litoral Norte de Alagoas) comomédicodeumaUnidade de Saúde da Família. Posso dizer, sem dúvidas, que a quantidadedecasosqueatendi e a quantidade de perdas que eu vi não estão computadas nos números oficiais e nem poderiam, em sua totalidade, ser traduzida por eles. Você não lida só com o vírus,mascomostraumasque ele deixa. Colegas de trabalho que estão tentando parar de ver notícias para continuar seguindo a vida; pessoas que, mesmo curadas da doença, nãoparamdeprocuraratendi- mento por crises ansiosas pela dor por parentes que se foram. É muito difícil também lidar com um mundo em que vários colegas médicos prefe- rem fazer sua conduta em efeito manada, guiados mais por correntes de redes sociais do que pela ciência. QuediriaGalileuaoverem voga a ideia da Terra Plana? O conceito de terraplanismo poderá deixar de ser uma ironia para virar algo funda- mentado academicamente. Quem sabe?Acredito que esse conceito não abarcaria apenas os que discordam da esferici- dade de nosso planeta, mas, por exemplo, aqueles médicos que passam medicamentos cujo uso é rejeitado por diver- sas organizações científicas. Como exigir que a popu- lação aja de maneira coletiva e solidária se ela foi bombarde- ada por décadas com valores que enaltecem o individua- lismo?Umapessoaadeptadas ideias da meritocracia, do empreendedorismo, da teolo- gia da prosperidade, nascida e criada no neoliberalismo vai colocar uma máscara por causa do outro? E nós, como lidamos com tudoisso?Hámuitoaseapren- dereoutrasliçõesquejáforam ensinadas. Pouco antes da pandemia, o mundo via gran- des movimentos populares na França, Equador, Chile, entre outros países, conseguirem arrancar de seus governos o que eles não davam. Impedir que medidas contra os mais oprimidos fossem implemen- tadas, apesar dos comentaris- tas econômicos tentarem fazer a gente acreditar que devemos pagar por uma crise que não criamos. A pandemia não será para sempre. E quando for possí- vel, são movimentos coletivos e solidários como esses que poderão nos trazer respostas e não os que, com suas ideias individualistas, ajudaram a cavar covas. Do meu isolamento privi- legiado (quando não estou trabalhando) penso em quais memórias as crianças guar- darão desse período. E anseio para que o que fique na nossa memória coletiva seja para mudar o mundo para melhor. Afinal, a humanidade é essen- cialmente social. Da mesma forma que os valores do individualismo nos isolam da coletividade e destroem vidas, os valores coletivos, a solidariedade, o apoio mútuo e o desejo de mudança social profunda precisam ser fortalecidos para que possamos nos reconhecer no outro. Para que possamos nos permitir ser humanos. CAMPUS 2 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Este suplemento conta com a colaboração de Bruno Fontan, Médico da Família e Comu- nidade, membro do Fórum Alagoano em Defesa do SUS, faz parte da direção regional do SINPREV em Matriz do Camaragibe e integra a Coordenação Anarquista Brasileira. Traz o Professor Dr. Fernando de Jesus Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió – AL, Brasil; Visitin- gFellow na London SchoolofEconomics (LSE)/Latin American andCaribbean Centre (LACC), Londres, Reino Unido. E dois grandes nomes das artes em Alagoas, um no campo da música e outro no das artes plásticas: Irina Costa e Dydha Lyra. Irina posta um sensível relato de seus dias de isolamento e o Dydha nos deu a possibilidade de reprodu- zir, em nossa capa, uma de suas obras. Quem é quem? CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas Bruno de Lima Fontan Médico da Família e Comunidade, membro do Fórum Alagoano em Defesa do SUS, faz parte da direção regional do SINPREV em Matriz do Camaragibe Pandemia e memória
  • 15. CAMPUS 3O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus. INTRODUÇÃO É i m p o r t a n t e destacar que a pandemia encontrou processos já em andamento no mercado de drogas alagoano e brasileiro desde 2019. Consumidores e dependentes químicos sem tratamento já vinham sinali- zandoalteraçõesnessesentido. A exemplo disto, usuários sentiram a falta da maco- nha no final do ano passado e no carnaval deste ano em Maceió eAlagoas. Tomemos o mercadolocalapartirdaoferta noperíododoprimeirotrimes- tre desse ano em comparação com relatos de 2019. Janeiro e fevereiro de 2020 já foram meses difíceis de encontrar maconha e não estávamos sob interdição da pandemia. Em março,ossuprimentostiveram uma pequena melhora. Em linhas gerais, o preço já vinha subindo desde o ano passado. Portanto, no caso da maconha, é difícil dizer que a pandemia dificultou a distribuição. Em comparação com anos ante- riores, houve uma perceptível redução da oferta no mercado local. Entretanto, se compa- rarmos os meses de março e abril com janeiro e fevereiro, houve um aumento da oferta. Portanto a associação direta entre pandemia e redução da oferta requer prudência. De outro lado, a pandemia parece ter afetado substancial- mente tanto o preço quanto a qualidade do produto. Consu- midores relatam que durante o período de interdições, duranteapandemia,quaseque encontraramapenasosargaço, a maconha de pior qualidade. Ademais, o preço disparou. 25 gramas de maconha saltou de R$ 80 para R$ 130, aumento de quase 40%. Em alguns casos, pessoas chegaram a pagar R$ 200 por 25g pelo sargaço. Mas é importante termos emcontaqueapandemiaafeta de diferentes maneiras distin- tos grupos que comercializam e demandam drogas. CLASSESMÉDIAEALTA Nas classes média e alta acontece um fenômeno curioso, que requer atenção e afeta os circuitos de consumo dos ricos e dos pobres.Apenas o preço da maconha subiu enquanto outras drogas como cocaína, anfetaminas e outros opioides permaneceram o mesmo. De acordo com inter- locutores,nocasoespecíficode uma rede de quatro negocian- tes, apenas um ficou no ramo vendendomaconhadamesma qualidade que circulava antes da pandemia, dois saíram de vez do negócio e um ficou passou a vender maconha de pior qualidade, o sargaço. Quando consideramos a cocaína,quesempretevequali- dade ruim no mercado alago- ano, a oferta e a qualidade permaneceramosmesmosnos períodos anteriores e posterio- res às interdições decorrentes da pandemia. Há a percepção de que houve um aumento dos negociantes de cocaína, diferente do que ocorreu com a maconha. Esse fenômeno desperta muitas questões. Uma delas se relaciona com informações trazidas pelo relatório da UNODOC sobre em quais países aumen- taram a repressão e onde não apenas foi reduzida, mas nos quais houve a legalização do uso da maconha para fins não- -medicinais. Me faz perguntar se a repressão à distribuição e ao consumo final – ampliada desde 2018 – é o único fator de diminuição da oferta de maco- nha no mercado local, que não parece ter relação direta com a pandemia. Será que a dimi- nuição também está relacio- nada com uma reorientação, em escala massiva, das redes de produção e distribuição da maconha, da qual Alagoas faz parte, para mercados que legalizaramoproduto?Alega- lização traz mais segurança às redes de trocas e negócios, além de atingirem públicos crescentesebemaquinhoados. Os produtores podem ter se orientado para mercados mais protegidos pela regulamenta- çãodavendaedouso,evitando as dinâmicas de violência rela- cionadas à criminalização dos circuitos periféricos do comér- cio de drogas, associadas à criminalização dos pobres, atingindo em cheio os grupos negrosemestiços.Háemcurso uma nova segmentação do mercado da maconha. A erva natural, sem misturas, conhe- cida como “camarão”, “solta”, desaparece do mercado, afetandodemandasdasclasses médiasealtas.Estessetoressão redirecionados para a compra dohashekunk,variaçõesmais potentes que, em comparação com o sargaço, é experimen- tada como de melhor quali- dade. Quando consideramos as maneiras como compram drogas, os meios continuam os mesmos, mas com algumas mudanças. As casas de shows e discotecas estão fechadas e assim, deixaram de ter o papel de pontos de consumo. Em compensação, o delivery acessado por comunicações digitais se torna ainda mais importante, e uma rede de transportadores pela cidade se encarrega de fazer a entrega. O relatório da UNODOC [1] aponta, ainda, que o Brasil estáentreospaísesondedesde 2018 há um maior controle e repressão à produção e ao comércio tanto da cannabis – de onde vem a maconha – quanto da cocaína. Neste último caso, o Brasil de 2018 foi o segundo em apreensões em toda a América do Sul. No entanto, o Brasil continua a crescer sua importância como lugar de partida dessa droga para a Europa e já é o principal exportador para a África, colo- cando os portos nordestinos em potenciais rotas. De outro lado, não há evidências de que tenha aumentado o gasto, particu- larmente o de treinamento de pessoas,paralidarcomdepen- dentes químicos. Portanto, é uma política meramente repressiva, não abrange os fenômenos sociais e psíqui- cos associados à dependên- cia química. A pandemia, assim, favoreceu o aumento do controle das fronteiras e do fluxo de mercadorias ilegais pelas corporações policiais, mas as questões de redução de sofrimentossociais,psíquicose o uso de drogas simplesmente está fora dos mapas de percep- ção das autoridades. ENTREOSPOBRES EENCARCERADOS Em outras posições, há os vendedores e consumido- res nas periferias e sistemas carcerários. Nessa região do mercadodedrogas,arealidade é mais dura, trágica e precária. Muitos atores que fazem o “corre”, vendendo o “braite”, a “nóia” ou a “erva”, se veem mais pressionados a sair ou mudar de ramo. Isso significa muitas vezes alimentar um pêndulo criminal bastante conhecido. O jovem sai do tráfico e vai pro roubo, deixa de ter um patrão para tentar a sorte em iniciativas arriscadas emaissolitáriasde“meteruma fita”, roubando algo de valor. Os crimes contra patrimônio aumentaram.Osmaispobrese isolados,tentamasorteemum assalto a coletivos de ônibus, o degrau mais baixo no roubo entre os ladrões. Com a falta de circulação das pessoas e bens, a situação dos ladrões mais vulneráveis é a de passar mais necessidades junto com asexperiênciasdehumilhação que isso traz. Tenho ouvido relatosdepessoasquesimples- mente não tem mais como pagar um aluguel e vão para as ruas. Isso chega a afetar a dinâmica das redes faccionais, que estão vinculadas à trans- formação do perfil da produ- ção e consumo de maconha, cocaína e roubos em Alagoas. Osproblemasafetivossealiam aos psíquicos. Da perspectiva de muitos consumidores nas periferias,vive-seoabandono, o distanciamento de qualquer rededeproteção,aumentando aschancesdequeexperiências de sofrimento se transmutem em problemas de dependên- cia química, mas de substân- cias de baixa qualidade. Rufi, cola, restos do crack. Isso nos leva a outra questão. Estão dadas as condições para um círculo de abandono. Moradia de rua, consumo de substân- cias de baixa qualidade, redes de conflito e assistência entre vulneráveis como as cracolân- dias. O mercado de drogas ilícitas é tanto produtor de violência quanto de sobrevi- vência entre os mais pobres. Se o tamanho do mercado diminui, como é o que parece estar acontecendo, geral- mente cresce o conflito para ocupar menos espaço com mais gente, vinda também do desemprego. O consumo também é afetado pois não há controles muito rígidos sobre a quali- dade do que se consome. Nessa região do mercado, alguns relatos falam de maco- nha prensada com asas de baratas,ratos,aranhasegazes. No caso dos mercados ilegais como o varejo de drogas em periferias, estamos lidando comconflitosquepodemmais provavelmente ser resolvidos por pessoas armadas, associa- dos a outros tipos de “tretas”. Nas prisões, aumenta-se o consumo de ansiolíticos e psicotrópicos, os encarcera- dos permanecem mais tempo “enjaulados”, intensificando uma outra rede de trocas ilegais existente, o de medi- camentos em penitenciárias e unidades de atendimento socioeducativas. Como as visitas foram restringidas, o fluxo que alimenta demandas e ofertas de drogas e conforto afetivo nas “cadeias” através de familiares fica restrito, pres- sionando maiores negociações com funcionários. O desemprego repercute no aumento do abandono de crianças e adolescentes e isso acaba por contribuir para a formação de redes de consumo de drogas entre os mais vulneráveis, conheci- das como as cracolândias. No contexto de pandemia, entre- tanto, elas parecem estar mais desarticuladas, o que leva a pergunta sem que se possa oferecer uma resposta de para onde essas pessoas estão indo, especialmente àque- las pessoas vulneráveis que perderamoconvívioemcasae perambulam pelas ruas, sujei- tas a grupos de extermínio, às desconfianças mútuas ou com alguma sorte, formando redes de ajuda mútua ou beneficia- dos por ações assistenciais de entidades não-governamen- tais. Fernando de Jesus Rodrigues “Está um roubo!”:pandemia e mercado de drogas emAlagoas
  • 16. S e x t a , 1 3 d e março de 2020. C h e g a u m a notícia apressada de que devíamos levar os compu- tadores para casa: tudo ia fechar. Sim, ele havia chegado. Aquele vírus, que eu acreditava estar tão longe, do outro lado do mundo, estava entre nós e veio com vontade de ficar. Quase como quem recebe uma ordem de que é preciso sobre”viver”, fui ao super- mercado comprar comida, mantimentos, álcool, másca- ras e luvas (que a essa hora já estavam sendo vendidos a preço de ouro), numa corrida desenfreada pelas últimas garrafas de álcool disponí- veis no mercado. FIQUE EM CASA!! Essa foi a palavra de ordem. VAI PASSAR!! O mantra que eu carrego até hoje. Numa confusão de senti- mentos e uma enxurrada de informações, tudo era muito incerto. Ver e ouvir o noticiário era sinônimo de tristeza e preocupação. Mas com a certeza: não poderia haver medo. Não é/era um sentimento que eu permiti- ria chegar até mim. Cuidado, sim. Medo, não. Justamente pela possibilidade de abalar a fé, de paralisar os bons pensamentos que, funda- mentalmente, me mantém bem e forte para cuidar de mim e dos meus. Passada a fase do susto inicial, a ordem foi reapren- der. Estabelecer contatos virtuais, cuidar do outro à distância, não ver tanto noti- ciário. Cuidar do espaço que nunca fez tanto sentido para mim: CASA! Das tantas coisas já vivi- das nesse tempo de vida ao avesso (ou vida em pausa parcial), perdi o meu avô paterno, o Dudu, e, antes mesmo que ele se fosse, a vida me fez reaproximar dos meus tios e prima, como num aviso antecipado de que um capítulo da nossa vida viraria história com a partida dele. Fomos dando um jeito de viver. De estar perto, mesmo longe. Partidas, chegadas. Aniversários celebrados à distância, virtualmente. O dia das mães sem abraço, mas com a imagem guardada pra sempre: ver a minha mãe, a minha Gabi, da porta de casa, tão linda. Vestido novo. Maquiada. Pra me ver. Sem poder entrar para abraçá-la, aquela, certamente, é uma das imagens que marcam a minha “quarentena”. Dos dias inesperados: graveieganheimúsicas,reto- mei contatos com pessoas queridas, Thiago salvou um cachorrinho (Pirata) que, milagrosamente, está vivo e foi adotado. Ajudamos amigos. Deu-se um reencon- tro há muitos anos esperado. Dos dias difíceis: as parti- das antecipadas. Perdas que foram chegando mais perto de nós. Dos dias alegres: estar com saúde, ver o sol, o mar, ter alguém para amar e cuidar... e rir. Só por estar aqui. E fomos/vamos vivendo uma rotina, sem rotina. Casa pra arrumar, amores para cuidar (Sofia, Thiago e os três doguitos da família), teletra- balho. Um mundo adaptado. Com muito riso e lágrimas. Está demorando a passar. E os dias tão ocupados e cheios de afazeres, se misturam à dor das perdas de tantos, à angústia e às incertezas de um País que parece naufra- gar no mar da pandemia. Mas… e se não passar? Nada será como antes. Mantenho a fé no mundo. Disseram que 2020 seria um ano de profundas mudanças, ondeoreencontrocomaespi- ritualidade se fazia neces- sário. Não mentiram. Os tempos vividos são divisores de água, de transformação. É muito além do vírus. É sobre conscientização política, ambiental e humanitária, a nível mundial, sobre causas quenuncaadormecem, sobre não se saber do “amanhã”. É sobre ver as águas de Veneza ficarem cristalinas e ouvir o silêncio... dos carros... do homem... que fez acordar os pássaros e as borboletas da cidade. O ser humano é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adap- tar ao mundo que fabricou. Passamos pela era da indi- vidualidade e agora senti- mos falta de estarmos juntos. Passávamos tanto tempo “agarrados” ao celular e desconectados do mundo ... quando veio a necessidade de nos aquietarmos, de ficar- mos isolados, e usarmos o mundo virtual como ferra- menta para diminuir distân- cias, ficamos em pânico com essa possibilidade. Há coisas e fatos ruins? Há. Sempre haverá. Preciso, e prefiro, ficar com as boas coisas que vejo refletirem no ser humano. É quase uma urgência falar sobre o amor. Precisamos ter de volta os “dias comuns”. Há muitos anos, recebi um e-mail que falava sobre a chatice dos dias comuns. E o quanto era importante agradecer pela existência desses dias. Nos dias comuns, não adoecia tanta gente, não havia tanto desemprego, não se perdia tanta gente que se ama, não havia catástrofes. Era tudo igual. Para tanta gente, os “dias comuns”, afinal, eram dias de paz. E ter dias comuns vai além da vacina contra o vírus. Temos a chance de olhar para dentro, para poder olhar para fora. A oportunidade, ainda que sofrida, de perceber (e sentir) o outro. Mesmo sabendo que todos os dias pessoas vão ter fome, vão perder empregos, vão partir… Mas que nós não vamos ser tão indiferentes. 121 dias passados. E assim chegamos a julho de 2020. 45 anos e meio. Cabelos brancos descortinados pelo isolamento. E a fé de que será tudo novo. De novo. Olhos postos no presente, já que 2020 veio nos mostrar que o futuro mudou, desfez-se. E já começo a ouvir menos os pássaros... CAMPUS 4 O DIA ALAGOAS l 19 a 25 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br FICHA TÉCNICA CAMPUS COORDENADORIAS SETORIAIS L. Sávio deAlmeida Coordenador de Campus Cícero Rodrigues Ilustração Jobson Pedrosa Diagramação Iracema Ferro Edição e Revisão CíceroAlbuquerque Semiárido Eduardo Bastos Artes Plásticas Amaro Hélio da Silva Índios Lúcio Verçoza Ciências Sociais Renildo Ribeiro Letras e Literatura Visite o Blog do SávioAlmeida Irina Costa 121 dias passados