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Baixar para ler offline
CRB repete
perdas ocorridas
em outras
temporadas
e não segura
Léo Gamalho
Alagoas l 4 a 10 de outubro I ano 08 I nº 397 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
AGRICULTURA FAMILIAR
ESPECIALDASEMANA:ASGARANTIASQUEOSEGUROAGRÍCOLAPOSSIBILITAPARAOSCASOSDEPERDADASAFRA
DE NOVO?
Agricultores familiares levaram produtos de suas lavouras para a solenidade com a cúpula da Seagri e Emater
Agricultores familiares
e representantes das unida-
des recebedouras de diversas
regiões de Alagoas participa-
ram, na sexta-feira, do lança-
mento do PAA Emater 2020
que terá investimentos de R$
9,8 milhões, em sua primeira
etapa. O anúncio foi feito pelo
secretário de Estado da Agri-
cultura, João Lessa, e pelo
Diretor-PresidentedaEmater/
AL, Adalberon Sá Júnior,
durante evento na sede da
Fetag, em Maceió. Com essa
iniciativa, fruto da parceria
entre o ministério da Cida-
dania e governo de Alagoas,
por meio da Emater, serão
beneficiadas 100 mil famílias,
1.800 agricultores familiares,
232 unidades recebedoras, em
83 municípios alagoanos de
todas regiões do estado.
PAA Emater 2020
beneficiará 100 mil
6
10
CRIME AMBIENTAL: IMA autua várias vezes Usina de Entullhos que foge de sua função e atua com atividades ilegais
5
Empresa fica nos arredores de uma Área de Proteção Ambiental (APA); não pode receber lixo orgânico, nem manter lagoa de chorume em suas instalações: IMA tem feito constantes autuações
LAGOA DE CHORUME AMEAÇA
NASCENTES NA APA DO CATOLÉA Aliança Usina de Entu-
lhos Ltda foi mais uma vez
lacrada pelo Instituto de
Meio Ambiente (IMA). Após
ser multada e interditada,
na semana passada, o lacre
da interdição foi retirado 24
horas depois, o que foi cons-
tatado em nova inspeção do
IMA. Outra autuação e outro
lacre. A empresa também
possuiumalagoadechorume
(veja a seta) num trecho bem
próximo à Área de Proteção
Ambiental (APA) do Catolé,
o que ameaça a contaminação
do lençol freático e das fontes
que abastecem o manancial.
A empresa só pode trabalhar
com resíduos não-perigosos.
2 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
EXPRESSÃO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas
Elly Mendes (ellymendes71@gmail.com)
N
os últimos
meses, vive-
mos uma situ-
ação de completo desconforto
social. Afastamento familiar,
isolamento social, fechamento
parcial e em alguns casos,
total de quase todos estabele-
cimentos comerciais. Apesar
de estarmos avançando para a
faseazuleonúmerodeinfecta-
dos e mortos está sendo consi-
derado estável, mas o perigo
do coronavírus ainda não foi
erradicado.
Ainda estamos tentando
nos adaptar à realidade que se
concretiza cotidianamente. E
o que o povo brasileiro fez nos
últimos sete meses? O que de
produtivo e essencial realiza-
mos? O que nos tornamos? O
que aprendemos? O que cons-
truímos? Nos fortalecemos ou
enfraquecemos? Crescemos
ou diminuímos socialmente?
Enquanto estamos em casa
ou durante o tempo que
estivemos em casa, utiliza-
mos produtivamente nosso
tempo? Transformamos em
oportunidades os fatos novos
erelevantesdenossodiaadia?
O que percebemos foi que
o confinamento nos deixou
meio estressados, depressi-
vos, apesar do tempo disponí-
velparaestaremcasaecomos
familiares. Mas se em muitos
momentos pedimos tempo
paradedicarmosànossafamí-
lia, amigos e entes queridos,
por que a tristeza? Por que
a solidão? Muita gente não
soube administrar a dispo-
nibilidade de tempo. Mesmo
em casa, rodeada de seus
pais, filhos, esposos e esposas,
sentiu-se solitário, vazia e sem
rumo. A rotina diária, antes
da pandemia, de sair cedo de
casa para trabalhar e voltar
no início da noite ou de sair
no fim da tarde e voltar no dia
seguintecomeçouafazerfalta.
Muitos se sentiram perdidos.
O tempo foi passando, os
dias e meses se alongando...
Chegamos a um momento
que não sabíamos mais o que
fazer com a disponibilidade
de tempo. Um verdadeiro
paradoxo!
A ociosidade, conhecida
como inatividade, preguiça,
ausência de disposição...,
tomou conta de muitas vidas
nesse período de pandemia. O
desânimo tornou-se evidente.
O uso exacerbado de compu-
tadores e celulares reinaram
em muitos lares. Houve casos
em que familiares se enclau-
suravam em seus quartos e
a comunicação passou a ser
através de mensagens de apli-
cativosemídiassociais.Dentro
da própria casa as pessoas
passaram a não suportar ou a
não saber administrar a convi-
vência com seus semelhantes.
Muitos passam o dia inteiro
diante das telas, e geralmente
adentravamanoiteerompiam
a madrugada. Logo que acor-
dam, a primeira ação é consul-
tar mensagens no WhatsApp,
postagens no Facebook e
Instagram. Acompanham a
vida de pessoas que nunca
viram pessoalmente ou que
jamais tiveram qualquer tipo
de contato, mas se eximem de
ofertar um sorriso ou um olhar
fraterno para quem está sob o
mesmo teto.
Essas pessoas vivem
curtindo a vida de famo-
sos distantes, ignorando a
presença de seus familiares.
Asmídiassociais,senãoforem
bem utilizadas, aproximam
quem está longe e afastam
quem está perto. Percebe-se
que muitas pessoas, apesar
de viverem plugadas diaria-
mente na internet, não usam
essa ferramenta para produzir
absolutamentenadadeprovei-
toso.Nãofazempesquisas,não
acessam páginas de sites que
oferecem ampliação e cons-
trução cultural. Sem perceber
tornam-se escravas da inter-
net. São acometidas por um
vício destrutivo de estar cons-
tantemente consultando o
celular, computador, tablet. E
o simples e corriqueiro fato de
seu aparelho celular descarre-
gar e se o carregador não esti-
veraoseualcance,pareceofim
do mundo!
Usemos qualquer tempo
a nosso favor. Ao invés de
ficarmos ociosos deslizando
frequentemente o dedo nas
telas do celular, usemos a
ociosidade produtivamente.
Na “ausência do que fazer”,
façamos o melhor para nós
mesmos. Contemplemos um
jardim ociosamente; deitemo-
-nossobumaárvoreeaprecie-
mos sua beleza ociosamente;
caminhemos pela areia da
praia e sintamos sua maciez
ociosamente. O que nos favo-
rece, nos engradece humana-
mente!
Ociosidade Produtiva
M
uito tem
se falado
s o b r e
protestos. Os indivíduos
de fora das manifestações
querem falar a todo custo.
Ninguém quer ouvi-los, mas
eles querem falar e com auto-
ridade no assunto, dando
lição de moral, apontando
soluções [a seu ver, efica-
zes]. Verdadeiros peritos
em assuntos diversos. Nesse
meio é impressionante as
asneiras que são faladas.
Cada um, dependendo
do seu grau de prejuízo, que
dê a sua opinião a respeito
de uma manifestação que
bloqueia uma rua, uma
avenida, por exemplo. De
cara, chama-se logo os mani-
festantesdevagabundos.Por
que não vão bloquear à porta
da empresa ou do órgão
responsável por aquele
protesto? “O que eu tenho
a ver com isso?” É comum
fazermos essa pergunta. É
comum dizermos que não
somos responsáveis.
Em tempos de tecnologia
avançada, que coloca você
no local mesmo sem você ter
saído de casa, a produção de
filósofos, sociólogos, opera-
dores do Direito e médicos
especialistas tem crescido
a cada postagem. Todo
mundo entende de tudo e de
todos. Mesmo sem ninguém
pedir, cada um se acha no
direito de dar a sua opinião.
O assunto vem à tona
porque ocorreram recente-
mente alguns protestos em
Maceió. Aparentemente,
todos pacíficos. Quando não
há ameaça às pessoas, nem
queima de pneus devido
à fumaça tóxica e os riscos
de acidentes com o fogo, o
protesto pode ser conside-
rado pacífico.
Mas bloqueou a Avenida
Fernandes Lima no horário
de pico. São contingências.
A maioria das categorias
trabalhadoras lança mão
dessa estratégia – que não
se apresenta como a mais
racional, mas é a mais utili-
zada porque tem reflexos
imediatos.
Para trabalhar com essa
situação, existe o Gerencia-
mento de Crises da Polícia
Militar, que é um grupa-
mento formado por pessoas
com técnicas de negociação
para dispersar tumulto ou
bloqueio de vias com habi-
lidade, na base do conven-
cimento e do contato com
as autoridades ou empresas
que ensejaram o protesto.
Uma coisa é certa: a revolta
dos prejudicados viria,
seja em forma de greve, de
protesto, de paralisação.
Quando se trabalha um mês
inteiro e não se recebe, há
como essa pessoa pensar
que você vai se atrasar para
o trabalho por causa de um
protesto?
Portanto, por trás de uma
manifestação desta natu-
reza há sempre um pai ou
uma mãe de família preju-
dicada, insatisfeita ou revol-
tada com a situação porque
passa. O remédio é a paciên-
cia e entender que a dor dos
outros também importa.
Sobre os protestos
Ariel Cipola
Repórter
A
p ó s A ç ã o
P o p u l a r ,
a J u s t i ç a
condenou o ex-prefeito de
União dos Palmares, Carlos
Alberto Borba de Barros Baía
(Beto Baía), e o ex-secretário
de Educação do município,
Ricardo Leão Praxedes. Os
réus foram condenados pela
contratação, sem licitação, de
empresas para prestação de
serviço de transporte escolar,
e de reparos de cadeiras esco-
lares em caráter emergencial
em 2013. Os danos aos cofres
público ultrapassam R$1,1
milhão.
A sentença foi proferida
pelo Juiz Yulli Roter Maia,
da 2ª Vara Cívil de União dos
Palmares, no dia 17 de setem-
bro deste ano (2020).
Segundo o autor da Ação
o então secretário municipal
de educação, Ricardo Leão
Praxedes, solicitou a contrata-
ção de serviços contínuos de
transporte escolar em caráter
emergencial com dispensa
de licitação, e também extra-
polou o prazo da contratação
emergencial, sem qualquer
celebração de termo aditivo
ouprocessodepagamentopor
indenização.
A defesa sustenta que os
réus autorizaram a contra-
tação emergencial em razão
da proximidade do início do
ano letivo, alegação que o juiz
classificou como “emergência
fabricada”.
“Agestãoiniciouoprocesso
de contratação no início de
fevereirode2013.Aqui,está-se
diantedoqueseconvencionou
chamar de “emergência fabri-
cada”, quando os próprios
administradores deixam de
tomar providências tempesti-
vamente para licitação previsí-
vel.Nãohácomoseimputartal
urgênciaafatoresexternosque
não a falta de planejamento,
desídia administrativa ou má
gestão dos recursos disponí-
veis, especialmente porque os
gestorestinhamodeverdeagir
para prevenir tal situação.”,
afirmou Roter Maia.
A ordem de serviço foi
expedida em 20 de fevereiro
de 2013, com duração de 90
dias, no valor inicial de R$
480.678,00, e com término para
20demaiode2013.Noentanto,
os pagamentos se deram da
seguinte forma: R$ 29.132,00
em abril de 2013, R$ 138.377,00
em abril de 2013; R$ 101.962,00
em junho, R$ 85.697,27 e R$
40.000,00 em julho de 2013;
R$ 190.184,30 em julho; R$
220.213,40, em setembro; R$
31.000,00 em novembro; R$
137.693,40emoutubrode2013;
R$ 82.520,00 em outubro.
Ou seja, os serviços que
eram pra ser prestados de
fevereiro a maio de 2013,
estenderam-se, ao menos, até
novembro de 2013, em mais
um desrespeito ao prazo de 90
(noventa) dias da contratação
emergencial. Apesar do valor
contratual, originariamente
em R$ 480.678,00 (quatrocen-
tos e oitenta mil seiscentos e
setenta e oito reais), a contra-
tação acarretou um dispêndio
de R$ 1.056.779,37 do cofre
público.
Não satisfeita, a Gestão
tentou, em 2014, um termo
aditivo de prazo contratual –
ainda em caráter emergencial
- com a seguinte justificativa:
“Justificamos o presente adita-
mento pela necessidade de
aditivar o prazo contratual por
mais 09 (nove) meses, tendo
em vista que ainda não foi
concluídooprocessolicitatório
para este objeto”.
3O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
PODER redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Conserto de cadeiras escolares sob suspeita
Emrelaçãoacontrataçãoda
empresa CM de Oliveira para
o conserto e reforma de 1.500
cadeiras escolares o autor da
Ação sustenta que não houve
licitaçãonemcontratoquelegi-
timasse pagamento de serviço
prestado. Ele acrescenta ainda
que, quando do pagamento da
nota fiscal de serviço sequer os
demandados se preocuparam
em atestar se os serviços foram
ou não prestados, e que não
houve a emissão de nota de
empenho,tampoucodeordem
de pagamento ou a exigência
que a empresa comprovasse
a sua regularidade fiscal e de
encargos trabalhistas e que o
pagamento foi realizado com
recursos do FUNDEB.
Segundo o réu Beto Baía,
a dispensa de licitação foi
motivada pela urgência de se
prover as salas de aula com
mobiliário adequado, ante o
estado de calamidade deixado
na gestão anterior que não
providenciouasubstituiçãode
carteiras escolares.
Noentendimentodojuiztal
argumento também foi refor-
çado pelo Município, todavia,
ambos deixaram de compro-
var o processo de dispensa de
licitação e a situação de emer-
gência.
“Argumentos abstratos
que nada comprovam. Diante
da não demonstração da situa-
ção autorizada da contratação
direta, considera-se também
ilegal a dispensa realizada
para contratação da CM de
Oliveira ME para promover
reparos das carteiras escola-
res. Condeno os réus o ressar-
cimento ao erário do prejuízo
causado, assim como, ao paga-
mento das custas processuais
e honorários advocatícios no
valor de 10% [dez por cento]
do dano sofrido pelo erário.”,
decidiu Roter Maia.
Em Maceió, PCB tem
canditatura coletiva
RUMO À CÂMARA
Ascom
O Partido Comunista
Brasileiro é o Partido mais
antigo em atividade no
Brasil. Beirando seu cente-
nário, o PCB carrega em sua
história o protagonismo em
diversas lutas dos traba-
lhadores brasileiros. Olga
Benário, Luiz Carlos Pres-
tes, Graciliano Ramos, Nise
da Silveira, Jorge Amado
e Candido Portinari, são
alguns – de muitos - militan-
tes históricos do partido.
A história do PCB se
confunde com a história do
movimento dos trabalhado-
res internacional, nacional e
comomovimentocomunista
nomundotodo.Desdeacrise
do comunismo internacional
(com a queda do muro de
BerlimeofimdaUniãoSovi-
ética) o PCB também entrou
em crise, e uma parcela
dos militantes achou que o
partido devia acabar.
Porém, um grupo signi-
ficativo de militantes deci-
diu ficar e reconstruir, de
forma Revolucionária e
sem concessão alguma,
em termos de princípios, o
PCB. Atualmente, o partido
não tem nenhum deputado
federal eleito, mas nos últi-
mos 10 anos o PCB mostra
seu crescimento a partir de
uma militância orgânica,
atuando em diversas frentes
de luta, desde o movimento
de juventude, movimento
sindical, movimento negro,
movimento LGBT e a luta
das mulheres feministas.
Em Maceió, o Partido
lança uma candidatura cole-
tiva para Câmara Municipal.
Intitulada de “Bancada do
Poder Popular”, a candida-
tura conta com a participa-
ção de quatro militantes do
Partido e é encabeçada pelo
professor da Ufal, Osvaldo
Maciel, candidato ao Senado
federal em 2018. Na ocasião,
o professor recebeu 14.785
mil votos. Além de Osvaldo,
a candidatura coletiva é
composta por Julia Morgado
(estudante de Medicina da
UFAL), por Paulo Araújo
(estudante de História da
UFAL) e Rikartiany Cardoso
(Bacharel em Direito pela
UFAL).
Em União, justiça condena
Beto Baía e Ricardo Praxedes
PROCESSOSEREFERE ACONTRATOEMERGENCIALparareformaemescolaseconsertodecadeiras:maisdeR$1milhão
4 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
PODERGrisalho redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Francisco Silvestre
silvestreanjos@bol.com.br
Dia do idoso!!!
Afinal,o que comemorar?
Olhando bem, deixando as angústias
acometidas pela fase pandêmica que
assolou a população idosa em todo
país, comemorar estar vivo, gozando
de um envelhecimento com impactos
da senilidade (condições patológicas
que afetam o envelhecer) e senes-
cência (velhice natural) é um ato de
expressar gratidão ao Pai Celestial e
aos colaboradores humanos.A grati-
dão é um agradecimento festivo de
quem soube aproveitar o tempo para
manter a mente de forma positiva
maximizando sua saúde mental atra-
vés de terapias, ginásticas cerebrais
e outras alternativas fisiológicas e
biológicas vai chegar ao outro lado da
travessia,melhor.Emumsentidomais
amplo, pode ser explicada também
como recognição abrangente pelas
situações e dádivas que a vida lhe
proporcionou e ainda proporciona.
Também é exercício de reconheci-
mentodeumapessoaporalguémque
lhe prestou um benefício, um auxílio,
um favor,etc.
Câmara Sênior
Urgida de uma ideia que já está em
processo de encubação,desde 2019,
aCâmaraSêniordeMaceiórecebeua
versão virtual e superou as expectati-
vas. O intento que é uma idealização
do Observatório do Idoso em Alagoas
– OIA, e da Ideias e& Ideais Curso e
Eventos Gerontológicos está sendo
planejado para ser uma proposta de
lei para sua composição e estrutura
física e criação, quando esse perí-
odo pandêmico passar. No momento
o projeto para a Câmara Sênior, na
versão física, se encontra no gabi-
nete da vereadora Fátima Santiago,
aguardando para sua tramitação no
legislativo municipal.Os idealizadores
pretendem dar prosseguimento na
forma virtual por um tempo ocasio-
nal, como forma de oportunizar aos
idososumcanaldecomunicaçãocom
o poder público, possibilitar o exercí-
ciodaconsciênciaacercadetemasde
cidadania e um espaço de atividades,
discussão e reflexão sobre as princi-
pais demandas de Maceió.
Caracterizar o idoso em Alagoas é uma reprise da história
sociocultural deste povo que perdura os mesmos 203 ou
maisanosdaemancipaçãopolíticadoEstado.ComaCovid-
19 que teve a função de ser uma lente de aumento,muitas
pessoascomeçaramafazerreflexões,atravésdeLivesobre
vários assuntos pertinentes às pessoas idosas, ou porque
sãoidosos,ouporquesãoprofissionaisdediversasáreasda
saúde ou humanas que estão tendo que se capacitar para
poderlidarcomestapopulaçãoquecresceaceleradamente
em nosso país. Como a mudança dos tempos, lançando
várias e diversas maneiras de informação,o que estava em
profundo cochilo em berço esplêndido virou um dilúvio de
narrativas adjetivas,flexionadas em gênero,número e grau
de toda as maneiras.Arrematando, podemos dizer que o
idoso de Alagoas continua cotidianamente um guerreiro
vencendo a cada dia uma batalha.A batalha da invisibili-
dade, do desleixo comunitário, governamental e familiar.
Claro que não é uma citação de caráter unânime, pois
alguns, devido ao expressivo desnível social, usufruem de
outros conceitos.
Já não é novidade esta coluna mencionar, de vez em
quando, termos novos ou expressões aglutinadas para
revelar uma questão, um problema ou algum conheci-
mento gerontológico. A justificativa se singulariza por a
ciência gerontologia ser muito nova no mundo acadê-
mico.A formação da Gerontologia Brasileira contou com
o desenvolvimento e o progresso da SBGG – Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Fundada em 1961,
a SBGG e suas atividades científicas impulsionaram o
interesse de pesquisadores e profissionais em estudar
a velhice e o envelhecimento no Brasil. A Gerontologia
se insere formalmente na sociedade no ano de 1968,
reunindoespecialistasprovenientesdediferentescenários
de atuação (Wikipédia). E desde esta data, com o cons-
tante aumento populacional das pessoas idosas e com as
mudanças biopsicossocial, ambiental, cultural, que vêm
a cada dia, paradigmas são quebrados e reinventados,
remodelandoosprocessosquelhesãoatribuídos.Aimpul-
sividade gerontológica é mais uma distinção conceitual
que, pela sua composição textual, está sendo criada para
dar significância a um comportamento que era imputado
às crianças ou a ansiedade adulta como alguma doença
psicológica ou psiquiátrica.A impulsividade gerontológica
decorre de uma série de transtornos diferentes, onde a
pessoa idosa sente a necessidade urgente de fazer algo
que,em geral,não é de fato adequado de antemão.
Quem é o idoso alagoano?
Impulsividade gerontológica
Se nos anos que passaram o dia do idoso, 1º de outubro, hoje
com uma denominação textual mais atual como dia da pessoa
idosa não recebia os holofotes merecidos,a conjuntura pandêmica
que estamos experimentando,imaginamos e acreditamos que não
mudará nada.Também não vou ser radical e insensível e dizer que
nãotemosnadaacomemorar.Alias“onadaacomemorar”nuncafoi
umamençãousadapornós.Atéporque,omínimoquetenhaaconte-
cido,principalmente,paraestesegmentoéumganhodeproporções
imagináveis. Que podemos citar que pode ser um ganho, a curto,
para médio e para longo prazo.Acredito que“o até não fazer nada”
ou“acontecido nada”,mesmo que venha a prejudicar,pode ser um
ganho. É só saber usar a lei do jogo da Poliana, ou tecnicamente
dizendo: na crise, crie. É nas maiores dificuldades que poderemos
enxergas várias saídas ou respostas.Assim sendo,o próximo dia da
pessoa idosa é mais um dia histórico,festivo e marcante.Também,
pelareferênciadaaprovaçãodoEstatutodoIdoso(Brasil),em2003,
pela adoção da Organização das Nações Unidas - ONU,em 1999.E
édeverdoEstado,dasociedade,dasfamíliascomemoraremgrande
estilo.Porquenão,desfileemcarrodebombeiros,trioselétricoseetc.
Afinal, mesmo com a população das pessoas de avançadas cres-
cendofenomenalmente,seridosoéparapoucos...
Ronaldo Lima
Ascom
A
gricultores
familiares e
representan-
tesdasunidadesrecebedouras
dediversasregiõesdeAlagoas
participaram, na sexta-feira,
dia 2, do lançamento do PAA
Emater 2020 que terá investi-
mentos de R$ 9,8 milhões, em
sua primeira etapa. O anún-
cio foi feito pelo secretário de
Estado da Agricultura, João
Lessa, e pelo Diretor-Presi-
dente da Emater/AL, Adalbe-
ron Sá Júnior, durante evento
na sede da Fetag, em Maceió.
Com essa iniciativa, fruto
da parceria entre o ministério
da Cidadania e governo de
Alagoas, por meio da Emater,
serão beneficiadas 100 mil
famílias, 1.800 agricultores
familiares, 232 unidades rece-
bedoras, em 83 municípios
alagoanos de todas regiões do
estado.
Como ressalta o Diretor
-Presidente da Emater, Adal-
beron Sa Júnior, o PAA é uma
importante política de valori-
zação da agricultura familiar,
de Segurança alimentar, gera-
çãoderendaedinamizaçãoda
economia.“OPAAtemgrande
significado, já que compra a
produção, valoriza o trabalho
do produtor e elimina a figura
do atravessador”.
Para o secretário de
Estado da Agricultura, João
Lessa, o PAA 2020 tem uma
grande importância para
Alagoas,porque beneficia
a cadeia produtiva e uma
parcela significativa da popu-
lação de extrema necessidade
alimentar.
RaimundodaSilva,produ-
tor da comunidade Jua, em
Delmiro Gouveia, afirma que
o momento do lançamento
do PAA era aguardado com
muita expectativa por milha-
res de agricultores fami-
liares. “Agora nos temos a
certeza que a produção vai ser
vendida por um preço certo e
vamos receber corretamente
pelo governo”.
Entre as cadeias produti-
vas, estão a da fruticultura,
horticultura, grãos, raízes,
tubérculos e avicultura, e
visa estimular a participação
dos agricultores familiares e
de suas organizações para o
PAA, por meio de compras
públicas.
O PAA 2020 vai contem-
plar essas famílias em todas
regiões de Alagoas. Alto e
Médio Sertão, Agreste, Baixo
São Francisco e Grande Mata
Atlântica. Os produtos vão ser
destinados para creches, esco-
las, associações, abrigos, casa
de sopa, restaurante popular,
entre outros.
“
Solenidade de lançamento do PAA 2020,com R$ 9,8 milhões na primeira fase
Centenas de agricultores familiares foram ao evento da Seagri/Emater e levaram parte dos alimentos que produzem
Adalberon
Jr.destaca
importância do
PAA para compra
da produção e
eliminação
da figura do
atravessador
Fotos:RonaldoLima
5O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
ESTADO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
PAA Emater 2020 vai beneficiar
100 mil famílias em Alagoas
COM INVESTIMENTOS de R$ 9,8 milhões,Programa contempla 1.800 agricultores e 232 unidades recebedouras
6 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
ESPECIAL redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
ValdeteCalheiros
Repórter
O
seguro está
paraoprodu-
t o r r u r a l
assim como o bom solo está
para a melhor colheita. E essa
ligação entre o bom negócio e
aboasafra,estátransformando
oagronegócio,setorprodutivo
demaiordinamismonoBrasil,
em um solo fértil e que vem
garantindo frutos em uma das
modalidades de Seguro Rural:
oSeguroAgrícola.
As indenizações pagas
pelas seguradoras para os
produtores rurais que parti-
ciparam do Programa de
Subvenção ao Prêmio do
Seguro Rural chegaram a R$
341 milhões em 2019. Das 95
mil apólices contratadas com
o apoio do governo, cerca de 9
mil foram acionadas, segundo
informou o Ministério da
Agricultura.
As lavouras mais afetadas
foram as da 2ª safra de milho,
soja,trigo,uvaemaçã.Nocaso
do milho safrinha, 2.639 apóli-
ces foram sinistradas, prin-
cipalmente pela seca, o que
resultou em R$ 102 milhões
(30%) em indenizações pagas
aosprodutores.
Omercadodesegurorural
no país se consolida com uma
das principais políticas agrí-
colas no momento, principal-
mente neste ano atípico.Além
da pandemia, a região Sul foi
surpreendida com a passa-
gem de um ciclone bomba,
que causou muita destruição
e prejuízos, ou seja, danos de
grande proporção. Isso sem
falar da ameaça da nuvem
de gafanhoto, com mais 40
milhões de insetos, que devo-
ram o equivalente ao que 20
mil vacas comem em um dia.
A praga deixou em alerta o
Brasil, aArgentina, o Paraguai
eoUruguai.
A provocou um total de
R$ 168,2 milhões em inde-
nizações, além dela, os prin-
cipais eventos que geraram
pagamentos para os produ-
tores foram a geada (R$ 73,6
milhões), granizo (R$ 59,7
milhões) e a chuva excessiva
(R$23,4milhões).
Seguro Agrícola é garantia de
boa safra para o agronegócio
PARA O HOMEM DO CAMPO, modalidade de Seguro Rural representa proteção para as eventualidades na produção
Produçãodaagriculturaconstituiumaindústriaacéuaberto
Segundo a especialista em
Seguro Rural, Laura Emília
Dias Neves, quando falamos
de Seguro Agrícola, falamos
desegurarobemqueéprodu-
zido no campo. “Desde o final
da década de 90, quando as
seguradoras privadas come-
çaram a oferecer soluções
de seguro diferenciadas aos
Produtores Rurais no Sul do
Brasil, houve um belo cresci-
mento. Eram poucos players
no mercado e os produto-
res estavam acostumados
ao programa de governo
chamado Proagro. Com os
pagamentos das primeiras
indenizações, os produto-
res começaram a perceber a
importância do seguro, bem
como entender que o seguro
de produção de uma lavoura
é bem mais caro do que uma
garantiaaocrédito/custeioque
tomavamacadasafra”.
Pormeiodoseguroagrícola
é possível proteger a atividade
agrícola contra diversos riscos,
principalmente os climáti-
cos, ao mesmo tempo em que
resguardamos o governo de
eventuais riscos fiscais, na
medida em que reduzimos a
necessidadederefinanciamen-
tosnocréditorural.
“Produção Agrícola é
uma indústria a céu aberto
e um único evento climático
poderá por tudo ‘por terra’,
literalmente. Com o anúncio
do Plano Safra 2020-2021 pelo
Governo Federal, mais espe-
cificamente sobre a quantia
de subsídio alocada ao Seguro
Agrícola, os Produtores cele-
bramesteincentivoparaconti-
nuar plantando e investindo.
Falamos de quase R$ 1 bilhão
em 2020 e R$ 1,3 bilhão no
próximoano”,calculou.
O seguro agrícola garante
que os produtores consegui-
rão pagar empréstimos toma-
dos para o plantio e colheita,
mesmoquehajarevésemcaso
dequebraporcausadeevento
climático adverso (seca ou
excesso de chuvas, por exem-
plo),oudevariaçãodepreços.
Os seguros voltados para
os produtores rurais englo-
bam 18 modalidades, que
figuraram entre as que mais
cresceram no mercado brasi-
leiro,noanopassado.
O objetivo do seguro é
trazer estabilidade a quem
trabalha na produção rural,
para evitar que problemas no
fluxo de caixa apareçam ao
longodotempo.
Devido às variáveis de
riscos existentes, até que seja
feita a entrega da produção, o
seguroagrícolatornou-seuma
ferramenta essencial, propor-
cionando a proteção da renda,
permanência do produtor no
meio rural e a manutenção da
cadeiaprodutiva.
Mas, durante muito
tempo, o valor do seguro
era considerado alto demais
pelos proprietários de terra,
gerando, como consequência,
uma baixa contratação em
relação à área cultivada no
Brasil. No entanto, o incen-
tivo do governo, por meio de
subsídios,temsidoumgrande
aliado.
Assimcomooagronegócio
estácadavezmaistecnológico,
as seguradoras, que amparam
o setor, estão buscando na
tecnologia maneiras de explo-
rar novos negócios e garan-
tir produtos que atendam às
necessidadesnocampo.
O agronegócio, um dos
pilares da economia brasi-
leira,nãoéapenasumnegócio
passado de pai para filho em
grandes ou pequenas proprie-
dades rurais. Em muitos
momentos, pode ser compa-
rada à profissão de corretor
de seguros uma vez que a
indústria brasileira de seguros
é dinâmica por natureza. E o
corretor de imóveis está agre-
gando ainda mais valor a esse
segmento que movimenta tão
fortementeoPIBbrasileiro.
LauraNevesexplicouqueo
SeguroAgrícola é uma impor-
tante ferramenta de gestão
ao produtor rural e os riscos
climáticos fazem parte de seu
viver dia e noite, pois esta-
mos falando de uma indús-
tria a céu aberto. Amparado
por uma apólice que segure
sua produção adequada ao
seu negócio, mesmo quando
pouca coisa lhe restar despois
um evento climático catastró-
fico, o produtor continuará no
campo e continuará a investir
pormuitassafras.
“O corretor está sempre
buscando a melhor solução
e apoiando os produtores
rurais”, frisou Laura Neves,
que é especialista em seguro
agrícoladesde1997.
Em Alagoas, o produtor
rural pode procurar a sede
do Sindicato dos Correto-
res, Empresas e Agentes de
Seguros, Capitalização, Previ-
dência Privada e de Saúde de
Alagoas – Sincor-AL, antes
de fechar um contrato. Esse
cuidado irá garantir que o
negócio seja realmente feito
com um profissional devida-
mente habilitado. O telefone
doSincoré3326-1029.
AgênciaAlagoas
D
uas fotogra-
fias regis-
tradas por
jovens moradoras das grotas
de Maceió foram inseridas no
Covid-19 Response Report
Activities (em tradução livre:
“Relatório de Atividades em
Resposta à Covid-19”), publi-
cação produzida e disponibi-
lizada na última quarta-feira
(30) pelo Programa das
Nações Unidas para osAssen-
tamentos Humanos (ONU-
-Habitat) – agência da ONU
dedicada à promoção de um
futuro urbano melhor, por
meio de cidades mais inclu-
sivas, seguras, resilientes e
sustentáveis.
O documento de 61 pági-
nas, elaborado originalmente
em inglês e disponível para
acesso no endereço https://
unhabitat.org/covid-19-res-
ponse-report-of-activities,
descreve as atividades reali-
zadas pela agência durante a
pandemia em vários lugares
domundo,incluindoAlagoas,
onde o ONU-Habitat atua em
parceria com o Governo do
Estado desde 2017.
Eéjustamentenainiciativa
mais recente – o Projeto Emer-
gencial de Monitoramento da
Covid-19nasgrotasdeMaceió
– que Maysa Reis, 28, e Mary
Alves, 25, estão inseridas. As
autorasdasduasimagens,que
estampamrespectivamenteas
páginas 43 e 44 do relatório,
participamdaaçãonocompo-
nentedeengajamentoecomu-
nicação comunitária. Nove
jovens moradores das comu-
nidades foram selecionados
para criação de conteúdos de
comunicação com o objetivo
de promover a conscientiza-
ção e difusão de informações
sobre a pandemia nas grotas.
“O projeto em si é incrível!
E além de tudo une tudo o que
acredito que é o audiovisual e
apotencialidadedaperiferia”,
comemora Maysa Reis, mora-
dora da grota das Piabas, no
bairro do Jacintinho. “Fiquei
muito honrada quando fui
selecionada e acredito que é
um projeto promissor para
os jovens das comunidades
de Maceió porque podemos
falar e fazer arte sobre muitos
temas. Temos muito para
abordar”, considera.
A imagem capturada por
Maysa e publicada no relató-
rio global do ONU-Habitat
mostra a pequena Ágata,
moradora das Piabas, segu-
randoumaclaquete.Amãeda
criançafoiumadasentrevista-
das pela integrante do projeto
em sua missão de captar
depoimentos, sons e imagens
para o documentário.
“Pra mim, que já trabalho
com audiovisual, tem sido
uma experiência rica em me
aproximar ainda mais de
onde eu moro e das questões
que nos permeiam, e abordar
esse ano ‘cabuloso’ e todas as
consequências dele em nossas
vivências”, pondera Maysa,
jornalista de formação, com
mestrado em Cinema e currí-
culo recheado de realizações
no audiovisual local.
Já a foto capturada por
Mary Alves mostra Dona
Cícera, uma vendedora de
amendoim equilibrando uma
bacia na cabeça enquanto
caminhava para mais um dia
de trabalho. “Foi a primeira
mulher que entrevistei para
a primeira fase do projeto”,
revela a cantora e composi-
tora moradora do Morro do
Ari, também localizado no
Jacintinho.
Sobre a conversa com a
moradora, a jovem artista
classificou o relato como
“emocionante e necessário”.
“Ela nos conta que sempre
acreditou no vírus da Covid-
19 tomando todos os cuida-
dos, mesmo com a descrença
detantaspessoasaseuredor”,
relata Mary. “Esse registro
é sobre essa força motriz, é
sobre conscientização, é sobre
segurança. A publicação no
relatório global de ações do
ONU-Habitat me deixou
muito feliz, pois é fruto de
nossa dedicação no projeto”,
comenta.
7O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
COTIDIANO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Moradoras de grotas produzem
publicadas em relatório global
PROJETOdoONU-HabitatcomoGovernodoEstadoéparaproduçãodeconteúdoaudiovisualsobreoimpactoeapercepçãodaCovid-19
Fotos de Maysa Reis e MaryAlves no relatório global ONU-Habitat
8 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
SOCIAL redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
EM SOCIEDADE Jailthon Sillva
jailthonsilva@yahoo.com.br
TODA ELA |Toda beleza da modelo
Luiza de Marilaque,sempre bela!
Dados do SEBRAE indicam que existem 6,4
milhões de empresas no País, das quais
99% são micro e pequenas. Estima-se que o
usodoseguroempresarialnãoatinja10%desse
montante.
Uma das maiores preocupações de quem tem
um negócio é a segurança do estabelecimento:
raios podem queimar equipamentos, há risco
de roubo ou furto, incêndio ou danos elétricos
podem destruir o patrimônio.
Independente do segmento de atuação, prote-
ger o patrimônio tem se tornado uma preocu-
pação constante tanto das pequenas quanto de
grandes empresas. Durante os momentos de
instabilidade de mercado e margens de lucros
mais enxutas, em que é mais difícil manter
reserva financeira para imprevistos, contar com
a proteção do seguro pode ser imprescindível
para manter as operações.
Mas você sabe a importância desse seguro para
oseunegócio?Quaiscoberturaspodemgarantir
o patrimônio da sua empresa em caso de sinis-
tro? É exatamente sobre isso que vamos falar
em nossa coluna dessa semana!
O que é o seguro empresarial?
O seguro empresarial é uma modalidade de
seguro que visa a proteção da empresa contra
diversos tipos de riscos. Estes riscos podem ter
diversas origens, mas sempre o mesmo fim: o
prejuízo para o empresário.Tal prejuízo pode ser
causadoporroubo,incêndio,fenômenodanatu-
reza etc. Em uma única apólice, o empresário
pode proteger sua empresa de diversos tipos de
riscos.É o que chamamos de Seguro Multirrisco
Empresarial.
Eleserveparaprotegeropatrimôniodaempresa,
que envolve geralmente os móveis,equipamen-
tos, utensílios, máquinas, veículos etc. Sejam
eles de uma empresa comercial, prestadora
de serviços ou industrial. O que pode variar é o
porte da empresa, mas mesmo assim ela pode
ser atendida pelo seguro empresarial.
O empresário pode escolher vários tipos de
coberturasemontarumaapólicepersonalizada,
que atenda às suas necessidades e proteja
sua empresa de riscos imprevisíveis. Assim, o
empresário fica tranquilo para pensar estraté-
gias de negócio,mercado etc.
Proteção contra incêndios e inundações
No seguro multirrisco empresarial, a base é o
seguro incêndio tradicional, isto é, coberturas
contra risco de incêndio de qualquer natureza;
queda de raio ocorrida dentro da área do terreno
ou edifício onde estiverem localizados os bens
segurados; e explosão de gás, desde que ocor-
rida dentro da área do terreno ou edifício onde
estiverem localizados os bens segurados.
Para compor o produto com outras opções de
garantias, as seguradoras oferecem cobertu-
ras adicionais ou acessórias, facultativas. As
garantiasadicionaissãoutilizadasparacobriros
eventos de risco que não estão abrangidos pela
cobertura básica ou que representam riscos
excluídos pelas condições gerais da apólice.
As mais comuns são as coberturas adicionais
derivadas do seguro incêndio e dos seguros
patrimoniais e de responsabilidades, como, por
exemplo, alagamento e inundação, danos elétri-
cos, proteção contra roubo de equipamentos e
valores,lucroscessantes,pagamentodealuguel,
recomposição de documentos, fidelidade de
funcionários,responsabilidade civil e outras.
Resguardo para
colaboradores e clientes
Até aqui,falamos sobre como o seguro é impor-
tante para garantir aque empresa não precise
lidar sozinha com perdas materiais seja com
imóveis, produtos ou equipamentos. Mas esse
tipodeproteçãotambémseestendeàspessoas
quefazemonegócioacontecer.Estamosfalando
especialmente dos colaboradores e clientes.
No caso dos profissionais,é possível contar com
coberturasparaindenizaçãoemcasodeaciden-
tes de trabalho, que vão desde o pagamento de
indenizações até assistência médica ou psico-
lógica. Já clientes que sofrem qualquer dano,
problemaouacidentedentrodaempresapodem
requisitar indenização, podendo esse processo
ser resolvido pela seguradora.Tudo isso, claro,
deacordocomascondiçõesdocontratofirmado
para a aquisição do seguro empresarial.
Existe também a possibilidade de a empresa ser
ressarcida quando é lesada pelo próprio cola-
borador, seja por conta de roubos e furtos ou
mesmo por fraudes.É simples:o seguro empre-
sarialprotegetantooprofissionalcontraerrosou
omissõesdaempresaquantoaprópriaempresa
contra alguma má conduta.
Cobertura contra roubos e furtos
A verdade é que, hoje em dia, a segurança
pública não costuma inspirar muita confiança
aos empresários. Infelizmente, ainda é comum
que lojistas tenham perdas consideráveis por
conta de assaltos ou mesmo indústrias sofram
para lidar com furtos ou roubos de equipamen-
tos.
Então saiba: esse tipo de problema também
pode ser coberto por um seguro empresarial,
prevendo o ressarcimento do valor extraviado
da empresa! Em alguns casos, a seguradora
também pode oferecer a instalação de equipa-
mentos de prevenção por preços mais acessí-
veis como câmeras.
Aliás, vale lembrar que o valor do seguro varia
de acordo com as condições apresentadas pela
empresa.Assim, caso a seguradora ateste que
onegóciocontacomequipamentosdevigilância
e também adota procedimentos de segurança
confiáveis, certamente cobrará um preço mais
amigável para garantir a cobertura.
Conclusão
Em suma,o seguro empresarial é essencial para
manter o seu negócio a salvo. Não seria nada
interessante para uma empresa perder seus
computadores em um assalto ou seu maquiná-
rio de produção em um incêndio, por exemplo.
Por isso,ter um seguro se torna tão importante.
Ter um seguro empresarial é garantir a segu-
rança da empresa como um todo. Não espere
acontecer o pior para contratar um seguro
empresarial. Preserve seu patrimônio, o seu
sonho, o bom funcionamento de sua empresa e
a continuidade da vida profissional de parceiros
ecolaboradores,contratandoumseguroempre-
sarialparaoseunegócio!Lembre-sedesempre
procurar um corretor de seguros habilitado.
E aí, gostou do tema dessa semana? Espero
que tenha gostado! Acompanhe também nosso
quadro “Momento Seguro” todas as quintas
feiras na rádio 98,3 FM, a partir das 7h30 e, na
TVMAR (Canal 525 NET),a partir das 9h.Partici-
pemcomsuasperguntas!AtéapróximaseDeus
quiser!
Um grande abraço!
Você sabe a importância do Seguro para seu negócio?
Contatos:
3522-2662 / 99944-8050
MOMENTO SEGURO
DjaildoAlmeida - djaildo@jaraguaseguros.com - @djaildoalmeida
CorretordeSeguros,graduadoemAdministraçãodeEmpresascomespecializaçãoemMarketingeGestão
Empresarial é professor da Escola Nacional de Seguros e Diretor do Sincor/AL
NEWS,NEWS,NEWS | O reno-
mado profissional cirurgião-
-dentista Bruno Deniz voltou a
atender em todo o estado de
Alagoas com hora marcada
e mantendo todo o protocolo
de segurança que o momento
requer.Bruno,está arrasando
na tecnologia avançada em
termos de estética com as
FACETAS RESINA.+INFO?
99659-2564 e no instagram:
@dr.brunodiniz
PODEROSA |A evolução com
cuidados estéticos estão
sempre em evidência atual-
mente no Brasil,e quem está
em alta nos preenchimentos
faciais,botox e lipo enzimá-
tico de papada é a bela Dra.
Dayanna Garrote.Ligue e
agende o seu horário 99936-
3037
TIMTIM | O amigo e empresário
de sucesso Rogério Siqueira,
leiam Rápido Infoshop,é o
aniversariante mais festado
desse mês de outubro,o pode-
roso celebrou com luxo mais
uma primavera em sua vida
ontém,dia 3.Parabéns,amigo!
OUTUBROROSA
Estacampanhaéamaisconhecidadetodas,dedicadaàconscientizaçãodocâncer
de mama. Foi criada nos Estados Unidos, nos anos 1990, com apenas alguns
estados fazendo ações isoladas sobre o tema.Agora, a campanha é mundial. O
laço cor-de-rosa foi criado pela Fundação Susan G.Komen for the Cure,durante a
primeira Corrida pela Cura que ocorreu em 1990,em NovaYork,por simbolizar a
feminilidade.
PAREDÕESOUPANCADÕES?
Se a pessoa gastasse seu dinheiro em megas aparelhagens de som pra promover
festas e ganhar dinheiro com isso, até seria compreensível. Mas o que ninguém
entendeéoquelevaalguémainvestirmilharesdereaisnoschamados“paredões”
ou“pancadões”,que ampliam a potência dos sons,com o único intuito de obrigar
as outras pessoas a ouvirem as músicas que são de seu agrado e na maioria dos
casos nos horários mais impróprios,como nas madrugadas.Egoísmo e despropó-
sitoaparte,essapráticaécontraaLeideContravençõesPenais,expressanoartigo
42,III referida Lei nº3.388/41,por constituir perturbação ao sossego público.Disk
Denúncia181.
COVID-19–IMUNIDADEDEREBANHO!
Para quem acredita – mesmo diante dos fatos - (são mais de 143 mil mortos no
Brasil); que a Covid-19 é só uma gripezinha e que estamos prestes a alcançar a
chamada“imunidade de rebanho”ou que em breve teremos vacinas ao alcance
de todos,a recente declaração do epidemiologistaAdam Kucharski,autor do best-
-seller internacional “As regras do Contágio”, caiu como um balde de água fria.
Professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine, ele é referência em
saúde pública e um dos cientistas mais influentes e respeitados do mundo na
respostaaCovid-19enasemanapassadaeledisseque“aindasofreremosporum
oudoisanoscomapandemiadocoronavírus”.
SEGUNDAONDADACOVID-19
Um dos epidemiologistas mais respeitados do mundo, o Professor da London
School of Hygiene &Tropical Medicine,Adam Kucharski,autor do best-seller inter-
nacional“As regras do Contágio”, declarou recentemente que só nos livraremos
definitivamentedocoronavírusemcercadedoisanos.Masnemassim,aspessoas
paramdesecomportarcomoseapandemiativesseacabado.Omundointeiroestá
voltando a enfrentar a chamada“segunda onda”da Covid-19 e há lugares como
MadrideLondres,emquefoinecessárioretroagireimpornovasrestrições,mesmo
assimopovoseguedesrespeitandoasregrasdaflexibilização.
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9O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
10 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
ESPORTES redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
CRB repete outras temporadas
e perde o seu principal jogador
LÉO GAMALHO FOI A BOLA DA VEZ QUE, após bom início de temporada,sendo o artilheiro do Brasil,foi jogar num time do Catar
JOGODuro Jorge Moraes
jorgepontomoraes@gmail.com
Thiago Luiz
Estagiário
E
m mais uma
temporada de
destaques indi-
viduais do CRB, o clube não
consegue segurar os princi-
pais nomes do elenco. No ano
passado, o Galo até tentou,
mas após a Ferroviária entrar
com uma liminar, foi obrigado
a liberar Felipe Ferreira para
o Vasco da Gama. Em 2020,
Rafael Longuine começou a
despontar, mas sofreu lesão
que o afastou dos gramados.
Quem assumiu o “protago-
nismo” no Ninho do Galo foi
o centroavante Léo Gamalho.
Tornou-seoartilheirodoclube
edoBrasil,comumamédiaalta
de gols por partida, chamando
aatençãodetimestradicionais.
Mas foi justamente de
fora do Brasil a proposta que
levará Gamalho embora do
CRB. O jogador tinha vínculo
com o Regatas até novembro
deste ano, em contrato que foi
firmado antes da pandemia.
Com a chegada da Covid-19
e a consequente extensão do
Campeonato Brasileiro até
fevereiro, os clubes precisa-
riam renovar os contratos com
os atletas. O CRB anunciou a
primeira“remessa”derenova-
ção, com nomes importantes
como o goleiro Victor Souza,
mas sem o artilheiro.
Com isso, o presidente
Marcos Barbosa deu um “ulti-
mato” ao empresário do atleta,
para que tivesse a resposta de
definição de seu futuro até
10 de outubro. A atitude do
mandatário não agradou o
agente, nem ao próprio Gama-
lho e chateou ainda outros
jogadoresregatianos.Segundo
informações apuradas pela
reportagem de O DiaAlagoas,
esse foi um dos motivos para o
“desabafo” do zagueiro Gum,
em entrevista após a elimina-
ção na Copa do Brasil.
Anteriormente, a informa-
ção que chegou era que times
como Internacional e Grêmio
teriam consultado o empresá-
rio do camisa nove para tentar
a contratação. Principalmente
o tricolor gaúcho estaria inte-
ressado, por só contar com
Diego Souza no elenco.
O problema de não conse-
guir manter nomes importan-
tes não é exclusiva em 2020. O
trio de ataque da temporada
passada foi um dos melhores
que passou pelo Ninho do
Galo. Felipe Ferreira, Alisson
Farias e Léo Ceará conquista-
ram a torcida. Hoje, Ferreira
reforça o Cuiabá. Já Alisson e
Léo atuam juntos outra vez,
mas pelo Vitória. E é justa-
mente a dificuldade de encon-
trar no mercado peças de
reposição à altura desses joga-
doresqueacabamdiminuindo
o “poder de fogo” do time.
Comoexemplo,bastaanali-
sar a situação do atacante Erik.
Ojogadorrompeuoligamento
anterior cruzado do joelho e
nãoatuamaisesteano.Mesmo
com uma queda no rendi-
mento, no retorno do futebol
apósaparalisaçãoporcontada
pandemia, ele era peça impor-
tante no esquema tático do
técnico Marcelo Cabo. E desde
que foi entregue ao Departa-
mento Médico, os pontas que
assumiram não conseguiram
ofertar perigo para as defesas.
Desde o início da Série B,
contando ainda com três jogos
pela Copa do Brasil, o CRB
marcou 14 gols, dos quais 10
foram de Léo Gamalho. Um
número extremamente impor-
tante, mas também preocu-
pante, porque mostra que os
atacantes de beirada do Galo
não marcam com frequência.
E para agravar a situação,
a diretoria alvirrubra está no
mercado. Com o que tem no
elenco,édifícilmanteropensa-
mento de acesso à Série A. Se
Cabo optar por jogar com um
falso camisa nove, pode apos-
tar na velocidade pelas laterais
docampo.Jásequisermantera
filosofiadejogo,sótemAlisson
Safira para substituir Gama-
lho, que desde chegou ainda
nãomostrouserviçoetemsido
muito questionado pelo torce-
dor.
Resultados do CSA surpreendem
Depois das muitas críticas feitas a diretoria do CSA,
primeiro por trazer de volta o técnico Argel Fucks, que
aprontou no ano passado abandonando o clube; segundo
por dispensar o mesmo profissional com apenas 18 dias de
trabalho;eterceirotrazerumtreinadorsemnenhumaexpe-
riência,num momento onde o clube atravessava uma séria
crise e na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro
daSérieB,meparecequeoCSAestádandoavoltaporcima
e os resultados estão aparecendo,vencendo os três últimos
jogosedeixandoazonaingratadacompetição.Nãosósaiu,
comosedistancioubemdosdemaisládebaixo.
O interessante de tudo isso é que sem contratar ninguém,é
o mesmo grupo tão desacreditado por quase todo mundo,
inclusive por mim,que o tempo todo venho pedindo dispen-
sas e contratações,até num número bastante elevado.Será
que a chegada de um diretor linha dura - Rodrigo Pastana
-eumtreinadorsemnenhumexperiênciaforamsuficientes
para tudo isso? O CSA vem de três vitórias,contra os times
do Cruzeiro, Juventude e Vitória, este último, em Salvador.
Nessas partidas o time mostrou jogadas mais organizadas,
sempre definindo o placar no primeiro tempo, mesmo que
tenhapassadosufoconaetapafinal.
ParamuitagenteoCSAéumtesteparacoração.Torcedores
comconsultasmarcadascomcardiologistasumdiaapósos
jogosdeseutime,estãocancelandodepoisdeassistiremos
jogos do CSA.Se antes a agonia era pelos resultados ruins,
com sucessivas derrotas, agora é pela emoção inicial e a
pressãoquevemsofrendonamaiorpartedosegundotempo.
O que resta ao clube fazer agora é continuar vencendo e os
mais otimistas e sem um pingo de raciocínio mais lógico
nessemomentojáfalaemSérieAnoanoquevem,oqueacho
muitodifícilissoocorrer.Comonofutebolnadaéimpossível,
quemsabecomumaajudinha ládecimavenhaocorrer.
A diferença está no clássico
Analisando os pontos
de CRB e CSA neste
momentonoCampe-
onato Brasileiro,
apenas quatro estão
separando um do
outro, a diferença foi
construída no resul-
tado do clássico,
onde o CRB venceu
por 1 a 0. Hoje o CRB tem 17 pontos e se tivesse perdido estaria
com14.JáoCSAtem13pontosesetivessevencidoojogoestaria
com 16 pontos, ou seja, as posições estariam invertidas quanto à
tabela da competição.Mesmo com a campanha ruim inicialmente
e um bom tempo dentro da zona de rebaixamento,as três últimas
vitórias do CSA dariam esse novo quadro.Será que a crise estaria
do outro lado?
Próximos jogos
O tira-teima dessa matemática poderá ser tirado na rodada deste
final de semana. Sem chance de saber o que aconteceu com o
CRB,que jogou nessa última sexta-feira,ou seja,depois do fecha-
mento dessa coluna, diante do Avaí, só nos resta torcer para que
tenha feito as pazes com a vitória e melhorado a sua classifica-
ção na competição. Quanto ao CSA o adversário será o Sampaio
Correia, neste sábado, (3), em São Luiz do Maranhão.Vitórias dos
dois times já podemos pensar em colar no G-4 da Série B.
Reforços
Quem anda com um problemão é a diretoria do CRB. O artilheiro
LéoGamalhodeixouoclubeefoijogarnoCatar.Mesmorecebendo
um bom dinheiro por essa liberação,o presidente Marcos Barbosa
passa o dia todo pendurado no telefone.São contatos diretos com
empresárioseclubespeloBrasil,masatéofechamentodacoluna,
nenhum acerto, apesar das tentativas para trazer Ricardo Bueno,
ex-CSA, em 2019, e que está de volta ao futebol brasileiro. o CRB
quer ele e mais dois ou três reforços pontuais para fechar sua lista
de reforços.
No CSA também
No CSA não é diferente.Além das dispensas de jogadores, entre
eles o Alecsandro, já afastado dos treinamentos, o clube acertou
comumzagueirode23anosebuscamaiscincoouseisjogadores.
Nessecaso,comojáestáatingindoolimitepermitidodejogadores
com registro na CBF, o CSA terá que dispensar mais alguns de
seus profissionais, o que, provavelmente, não farão muita falta,
pelacampanhamuitoabaixodamédiaedorendimentoqueotime
precisa daqui para frente. Os nomes serão anunciados pelo diri-
gente Rodrigo Pastana,hoje,o homem forte do futebol do CSA.
l Um bocado de come e dorme no CSA está sendo
mandado embora. Jogadores que não disseram o que
eles estavam fazendo no clube, ocupando um espaço
que poderia ser de outros.No caso do Alecsandro a idade
estava pesando no seu rendimento. O jogador chegou
com fama de artilheiro e marcou poucos gols pelo CSA;
l Claro que como profissional o “Alec Gol” merece o
meurespeito,pelahistóriaconstruídaaolongodotempo,
mas o seu legado foi lá atrás e com grande sucesso.
Acho até que pela formação que tem, um profissional
que sempre agregou conhecimento por onde passou,
ele mesmo deveria ter entendido a hora de parar com
o futebol;
l O estrago da saída de Léo Gamalho do CRB está
sendo muito grande. Como tinha o artilheiro, a diretoria
do clube está encontrando dificuldade para encontrar
um substituto, pelo menos, com um futebol perto do que
representava o Léo.Contratou,agora,um atacante de 24
anos,que nunca fez um gol na sua carreira.Esse ano não
deu um chute em uma bola. Valha-me Deus!
ALFINETADAS...
Após desempenho brilhante no CRB, Léo Gamalho se muda para o Catar
GustavoHenrique
11O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
Estudarláfora redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Alyshia Gomes
alyshiagomes.ri@gmail.com
Study in Europe Digital (Road) Show
Fonte:DAAD
Desde2014organizadopeloDAAD,emparceriacomasagên-
ciasNuffic-Neso,CampusFranceeEstudiarenEspaña,oStudy
in Europe Road Show ganha em 2020 sua versão online para
seguirconectandobrasileiroseinstituiçõesdeensinodeexce-
lêncianaEuropamesmoemtemposdedistanciamentosocial.
Nos dias 6,7 e 8 de outubro,representantes das agências de
fomento oficiais e de universidades daAlemanha,Espanha,
França e Holanda promoverão uma série de encontros ao vivo
emseuscanaisnoYouTube.
Bolsas para diversas modalidades de programa de Doutorado na Alemanha
OPrograma Conjunto de Bolsas de Doutorado na Alemanha
CAPES/DAAD, fruto da parceria com a Coordenação de Aper-
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), oferece três
modalidades para os interessados em realizar essa etapa da
carreira acadêmica na Alemanha: Doutorado Pleno, Doutorado
SanduícheeDoutoradoSanduíchecomCotutela.ODAADoferece,
ainda,uma quarta modalidade:Doutorado Sanduíche Curto.
O novo edital (17/2020) está disponível no site do DAAD. Os inte-
ressados podem se candidatar até as 17h do dia 16/10/2020
(horário oficial de Brasília).Todos os detalhes da chamada estão
disponíveis na página do programa no site da CAPES, em que se
encontramtambémocalendárioeosanexosdoedital.Oprojetode
pesquisa deverá ser apresentado seguindo este o modelo especí-
ficodoprograma.Estedocumentoemportuguêsresumeosrequi-
sitos,benefíciosparaosbolsistasDAADeadocumentaçãoexigida
dos candidatos.
Nodia23/09,oDAADrealizouumasessãoinformativaonlinepara
tirar as dúvidas dos candidatos ao programa de bolsas de douto-
rado na Alemanha. O webinário foi gravado* e pode ser assistido
na página do DAAD.
Mais informações sobre cada modalidade oferecida pelo
DAAD podem ser verificadas nos seguintes links:
* Doutorado Pleno (Doctoral Programmes in Germany) | https://
bit.ly/36iRB4y
* Doutorado Sanduíche ou Doutorado Sanduíche com Cotutela -
(Bi-nationally Supervised Doctoral Degrees / Cotutelle) | https://
bit.ly/33aVdUm
*DoutoradoSanduícheCurto(One-YearGrantsforDoctoralCandi-
dates) | https://bit.ly/3jfmdHQ
Interessados podem obter maiores informações em https://bit.
ly/3mYBjnk .
Texto publicado pelo DAAD
BolsadeMestradoeDoutoradoemDesenvolvimentoSusten-
tável-Alemanha
Fonte:DAAD
Está disponível a nova chamada do programa EPOS,que oferece bolsas de estu-
dos do DAAD para diversos cursos de pós-graduação na Alemanha em campos
de estudos relacionados ao desenvolvimento sustentável.O programa tem como
público-alvojovensprofissionaiseacadêmicosdepaísesemdesenvolvimento,que
podem escolher entre 40 cursos de Master ou doutorado,ministrados em alemão
ouinglês,emumadasseguintesáreas:
*CiênciasEconômicasePolíticaEconômica
*CooperaçãoparaoDesenvolvimento
*Engenhariaedisciplinasafins
*Matemática
*PlanejamentoUrbanoeRegional
*AgronomiaeSilvicultura
*CiênciasNaturaiseCiênciasdoMeioAmbiente
*MedicinaeSaúdePública
*CiênciasSociais,EducaçãoeDireito
*EstudosdeMídia
Além de excelente rendimento acadêmico,o pré-requisito básico para uma candi-
datura é ter o mínimo de dois anos de experiência profissional na área do curso
pretendido após a conclusão da graduação.Essa conclusão não pode ter ocorrido
hámaisdeseisanosnomomentodeiníciodocursoescolhidopelocandidato.
A duração dos estudos varia entre um e três anos, dependendo do curso. Os
contemplados recebem bolsa mensal,seguro-saúde,ajuda de custo para passa-
gemaéreaecursopreparatóriodealemão.
A lista com os cursos que integram o Programa EPOS e os respectivos prazos
de inscrição podem ser consultados nesta no site do programa em https://bit.
ly/30izRm4 .Cada universidade tem um prazo de inscrição próprio.As datas limite
paraenviodecandidaturasaoEPOScombolsadoDAADvariamentre31/08/2020
e31/03/2021.
Chamada para vaga em Projeto de Doutorado - Reino Unido
Fonte: DAAD
A Euraxess Brasil promove palestras virtuais sobre o
desenvolvimento de carreiras para pesquisadores. O
próximo acontecerá no dia 20 de outubro.
Neste webinar bônus, o quinto da série, foi convidada
uma pesquisadora com boa experiência em atuar fora da
academia e uma especialista em marketing digital para
auxiliar pesquisadores a criarem oportunidades em seto-
res não-acadêmicos de modo geral. Elas apresentarão
novas carreiras possíveis para pesquisadores e sobre
como usar o marketing pessoal para acessar essas opor-
tunidades.
Conheça as palestrantes:
* Ana de Almeida Kumlien, é microbiologista especiali-
zada em inovação no setor de água e comunicação entre
pesquisa e sua aplicação na indústria.Ana já trabalhou na
Alemanha, Irlanda e Espanha atuando nas áreas de P&D,
inteligência de negócios, start-ups e empreendedorismo.
Ana atualmente é MSCA IF Fellow no Instituto Catalão de
PesquisadeÁgua(Espanha),ondetrabalhacomotemade
resistênciamicrobiananomeioambiente.Anarealizouum
pós-doutorado na área de Operações de Negócios (Trinity
Business School,Trinity College Dublin), e doutorado em
tratamento de água (School of Biotechnology, Dublin City
University) na Irlanda.
* Suellen Machado é jornalista especializada em marke-
ting digital e mídias sociais, com pós-graduação em
jornalismo digital, comunicação estratégica e, mais
recentemente, análise de dados. Suellen possui mais de
15 anos de experiência em marketing, com passagens
por diferentes indústrias, dentre elas empresas de tecno-
logia no Brasil,Angola e Irlanda e multinacionais como a
Coca-Cola Brasil. Paralelamente ao trabalho corporativo,
possui experiência na área docente, ministrando treina-
mentos em marketing digital em Angola e também atuou
como professora convidada da disciplina de marketing
digital do MBA em Marketing e Vendas da Universidade
São Judas Tadeu, em Porto Alegre.
Inscrições em https://bit.ly/3n5VOia .
A Chevrolet prepara a
chegada de mais um lote do
Camaro. A novidade está na
atualização do visual e do
pacote de conectividade tanto
docupêquantodoconversível,
oferecidos em versão única de
acabamentoSS,queéequipada
com motor V8, transmissão
automática sequencial de dez
marchas e controle de largada.
Osuperesportivoganhadiant-
eira inspiradas no conceito
CamaroShock, com a gravata
Black BowTie agora reposicio-
nada para a grade superior e a
barra central do para-choque
pintada na cor do veículo,
proporcionando um visual
maissintonizadocomodesign
original que projetou o icônico
“MuscleCar” da Chevrolet. O
Camaro também dá um salto
emtecnologiaaoadotaronível
4deconectividadeemseuestá-
gio mais avançado. Traz Wi-Fi
nativo, OnStar, myChevrole-
tapp e MyLink com projeção
sem fio para Android Auto e
Apple CarPlay. O veículo já
era equipado com sistema de
carregamento de smartphone
por indução magnética.
Com as versões de alto
desempenho do Peugeot 508
sedan e SW, a Peugeot revela
o primeiro modelo de sua
divisão Peugeot Sport Engi-
neered. Uma aliança perfeita
entre esportividade e tecnolo-
gia, onde a Peugeot inventa os
códigos de um desempenho
renovadoeresponsável:a Neo-
Performance.
A assinatura dessa nova
linha, dotada de três garras na
cor Kryptonite, remete à nova
identidade da Peugeot Sport,
às assinaturas luminosas dos
modelos de série, inspirando-
senolegadodamarca,comoas
lanternas traseiras inspiradas
noPeugeot504Coupé.
Ve r d a d e i r a v i t r i n e
tecnológica, o 508 Peugeot
Sport Engineered representa o
ápicedaexperiênciadosengen-
heiros da Peugeot Sport, cuja
competênciajáfoiamplamente
comprovada: em competições
internacionais como o WRC
(World RallyChampionship),
o Rali Dakar, a subida de Pike-
sPeakouoWEC(WordEndur-
ance Championship), com o
desenvolvimento do conceito
208 FE em 2013 (46 g/km de
CO2, 0 a 100 km/h em 8,2s) e
do 308 R HYbrid em 2015 (500
cv – 720 Nm - 0 a 100 km/h em
4,0s).
12 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA
MustangMach-E
GT
A Ford anunciou que
o MustangMach-E GT,
versão mais potente do
novo SUV elétrico, será
lançado na Europa no final
de 2021. Equipado com
dois motores elétricos que
somam uma potência de
465 cv e torque de 84,6
kgfm, ele deverá ser o
modelo mais rápido da
categoria, com aceleração
de 0 a 100 km/h em 3,7
segundos. Para facilitar
a recarga, a Ford vai
oferecer aos clientes cinco
anos de acesso gratuito à
rede FordPass, que conta
com mais de 155.000
estações de carregamento
na Europa, além de um
ano de acesso gratuito
à rede de carregamento
rápido IONITY, que terá
400 estações até o final
do ano.
50 anos de paixão
A Nissan presta
homenagem aos últimos
50 anos do icônico
esportivo Z com uma
exposição de modelos
de sua coleção Nissan
Heritage, em Yokohama.
Os carros exibidos no
Pavilhão Nissan durante a
apresentação do Z Proto
apresentam a evolução do
lendário carro esportivo
cronologicamente,
começando com o
primeiro Z que surgiu em
1969.Tudo começou com
ele. O “Fairlady Z” S30,
também conhecido como
Datsun 240Z, oferecia ao
público um carro esportivo
estilo europeu confiável e
a um preço acessível.
ACONTECE
esta semana
FORD E BOSCH:
MANOBRISTA
AUTOMATIZADO
Já imaginou deixar o carro
na porta da garagem e ele
estacionar sozinho, e na
hora de sair ele também
vir automaticamente ao
seu encontro, por um
comando no celular? Esse
é o projeto que a Ford e a
Bosch estão demonstrando
em Detroit, nos EUA, em
parceria com o condomínio
Bedrock’s Assembly Garage.
É a primeira solução de
estacionamento com
manobrista automatizado
baseada em infraestrutura
nos Estados Unidos.
Camaro atualiza visual
508 Peugeot Sport Engineered
NOVIDADE
REVELAÇÃO
Honda Biz 125
2021 chega
por R$ 10.590
Referência no segmento
CUB, a Honda Biz 125
chega à linha 2021 com
a mesma praticidade de
sempre e com design
devidamente em dia
com sua proposta, mas
a única novidade é uma
tonalidade diferenciada.
Preço? R$ 10.590.A nova
cor marrom perolizado
contrasta com os detalhes
em bege no assento e nas
partes plásticas, dando
um aspecto visual melhor
à pequena urbana da
Honda, que ainda pode
ser adquirida nas cores
Vermelho Perolizado,
Prata Metálico e Branca
Perolizado.A Honda Biz tem
báu sob o assento, fonte
12V e painel de LCD.
RODASDUAS
COTIDIANO PANDEMIA ÍNDIO COTIDIANO PANDEMIA ÍNDIO COTIDIANO PANDEMIA ÍNDIO COTIDIANO
Alagoas l 4 a 10 de outubro I ano 08 I nº 397 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS
PedroCabr
al
Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com
Dois
dedos
de
prosa
EstenúmerocontacomdoisartigosdeíndiosdeAlagoasquefalamsobreapandemiaepensam
sobreavidadasaldeiasnestestemposaindainseguros.Quemorganizatodoestetrabalhoque
estamos publicando é o NEABI/IFAL do campus de Maceió e o grupo de estudos sobre etnohis-
tória indígena do Estado.A coordenação cabe ao Professor Dr.Amaro Hélio Leite dos Santos. É
importantesentiropróprioíndioescrevendosobresuavida.Campuscontinuacomseupapelde
divulgar documentos sobre a vida alagoana e agradece aoAmaro por sua gentileza.
Vamos ler!
Abraços,
Sávio deAlmeida
VIVENTE DAS ALAGOAS E
PANDEMIA (XXIII): ÍNDIOS
E O CORONAVÍRUS
P
ara entendermos um
pouco sobre o caos que
estamos vivendo nesse
momentoepidêmico,épreciso
voltar um pouco no tempo; é
precisoconsiderarpoucomais
de 500 anos de luta, história,
massacre, genocídio e resis-
tência indígena. Refletir sobre
o passado nos faz compreen-
der melhor como se deu as
contaminações de diversas
doenças, desde a invasão do
território brasileiro até hoje.
Dessa forma, fica mais fácil
falarsobreaCovid-19.Resistir
ao colonizador não foi tarefa
fácil, mas éramos muitos,
nossos arcos e flechas chega-
ram a vencer os invasores em
muitas batalhas.
Nesse contexto, nossos
ancestrais lutavam brava-
mente em defesa de nossas
terras, de nosso povo e pela
própria sobrevivência. Resis-
tir foi preciso, vencer o colo-
nizador se tornou impossível,
pois nossos parentes tinham
que lutar contra o opressor
e contra as doenças trazidas
por eles, essas abriram espaço
para os invasores, destruindo
povos inteiros. Poucos conse-
guiamescapar,ossobreviven-
tes ou eram capturados, ou
buscavam abrigos junto aos
grupos aliados.
As histórias de lutas dos
povos indígenas do Brasil
contra as doenças que asso-
lavam as etnias, remontam
aos primeiros contatos com
os europeus. Com eles, entra-
nhados em seus corpos sujos,
veio uma arma mortífera invi-
sível, o vírus. Este, através dos
contatos com os colonizado-
res, transmitiu a nós, povos
indígenas, diversas doenças
infecciosas: sarampo, gripe,
catapora, varíola, pneumo-
nia... dizimando vários povos
originários que aqui habita-
vam. A colonização do Brasil,
se fez possível ou pelo menos
de forma mais acelerada,
devido ao contágio de doen-
ças, que reduziu drastica-
mente a população indígena.
As doenças trazidas pelos
europeus, que assolavam
nossos ancestrais séculos
atrás, atravessavam continen-
tes, e continuam atravessando
ainda hoje. Os indígenas
foram os que mais sofreram
com as diversas pandemias
(e ainda sofrem); isso porque
a forma de vivência dos povos
indígenas é bem diferente da
vida cotidiana dos não indí-
genas. Essa forma de vida fica
bemclaraquandoumadoença
contagiosa chega às aldeias,
como é o caso da Covid-19.
Esta doença, transmitida atra-
vés do contato, logo ganha
proporção diante de um povo
cujo costume é estar sempre
junto,poissomosumafamília,
ondecompartilhamostudo:as
rodas de conversas frequentes
com os mais velhos embaixo
de uma árvore, ou em volta
de uma fogueira, ou no Ouri-
curi, nosso lugar sagrado dos
momentos de orações e dos
nossos cantos, o Toré.
O coronavírus, que apare-
ceu lá na China, hoje se encon-
tra em meio aos indígenas
de todas as aldeias do Brasil.
Há muitos indígenas infec-
tados, isentos de recursos
médicos, sem acompanha-
mento adequado das equi-
pes de saúde, precisando
urgentemente de medidas
que os ajudem a passar por
esse momento de caos pandê-
mico.Asaldeiasmaisafetadas
se encontram na Amazônia.
Lá os recursos médicos são
mais escassos, isso porque
não podemos contar com o
atual governo, que pouco se
importa com a saúde indí-
gena. A Secretaria Especial
de Saúde Indígena (Sesai),
deveria ser mais atuante, no
entanto, estamos à mercê do
coronavírus até que algo seja
feito.
A aldeia indígena Ilha de
São Pedro, etnia Xokó, está
localizada em Porto da Folha,
Sergipe. Tem uma popula-
ção aproximadamente de 400
habitantes. Os Xokós estão
com as portas da aldeia fecha-
das para os não índios, uma
decisão da comunidade para
evitar que a Covid-19 entre na
aldeia. Não é inesperado que
os Xokós estejam com medo
dessa doença, pois as notí-
cias que a mídia traz a cada
dia é alarmante. Então, a fim
de conscientizar a popula-
ção indígena, o Polo Base de
Saúde da Aldeia organizou
uma equipe e montou uma
barreira sanitária; essa equipe
de saúde foi formada somente
por integrantes da aldeia, com
uma enfermeira, dois agentes
indígenasdesaúde(AIS),dois
agentes indígenas de sanea-
mento (AISAN), dois técnicos
de enfermagem, um técnico
em saúde bucal, e pessoas que
não fazem parte da equipe de
saúde, mas estavam prontas
para ajudar.
Essa equipe foi formada
com o propósito de monitora-
mento, orientações de preven-
ção, busca ativa de sinais e
sintomas para a Covid-19. A
enfermeira de saúde local,
da própria aldeia, com sua
equipe, passava em todas
as casas dando instruções e
orientações de como evitar o
contágiodocoronavírus.Essas
medidas preventivas ajuda-
vamnoentendimentoeaenca-
rar a realidade de forma mais
segura; no entanto, mesmo
com uma equipe bem prepa-
rada na conscientização dessa
nova doença, era impossível
olhar nos olhos das pessoas
e não sentir o medo em seus
olhares. Elas estão assombra-
das, como se não houvesse
palavras que as confortassem.
O medo ficava estampado na
cara dos indígenas, e piorava
quando chegavam notícias
queparentesdeoutrasaldeias,
haviam perdido sua vida para
a Covid-19.
Aciênciamostravaoíndice
de mortalidade, tanto para
índios como para brancos,
indicando que os mais velhos
eram os mais vulneráveis ao
vírus.Então,olharparanossos
anciãosesaberqueaqualquer
momento poderíamos perdê-
-los,eraangustiante.ACovid-
19 nos reprimiu de muitas
coisas:comoofutebol–porser
umesportebastantepraticado
por quase toda juventude da
aldeia –, as rodas de conversas
embaixo das árvores durante
o dia ou a noite sob o brilho
da lua. Por se tratar de uma
doença transmissível através
do contato, ela nos afastou
também do nosso ponto de
encontro mais importante da
aldeia, nosso Ouricuri, lugar
sagrado onde cantamos e
dançamos o Toré.
CAMPUS
2 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Amaro Hélio Leite da Silva é professor Doutor em História e Coordenador do NEABI.
Quem
é
quem?
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas
Yatan Lima dos Santos Indígena Xokó, Graduando em Geografia Licenciatura, UFAL-Sertão
Aqui o Toré parou, os pássaros continuam a cantar:
os Xokós na luta contra a pandemia do Covid-19
CAMPUS
3O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus.
Numa determinada sexta-
-feira, um índio Xokó se
assusta e deixa a comunidade
inquieta ao receber a notícia
de que um colega de trabalho
não indígena foi diagnosti-
cado com o coronavírus; para
atranquilidadedopovoXokó,
eletestounegativoparaCovid
-19.
Outro dia, não muito
distante desse acontecido,
uma índia que reside numa
cidade próxima à aldeia, e que
no momento se encontrava na
comunidade, teve notícia que
seu cunhado testou positivo
para o coronavírus. Ela havia
tidocontatocomelehápoucos
dias, isso deixou a comuni-
dade tensa, mas a tranquili-
dade veio logo, após ela testar
negativo. Os casos não para-
ram por aí. Um homem não
índio, casado com uma índia,
morador da comunidade,
havia tido contato com um
colega de trabalho que testou
positivo para o coronavírus,
ele estava doente e todos os
sintomas nos levavam a crer
ser a Covd-19. Ele foi isolado
em sua própria casa, com os
cuidados da equipe de saúde
local, foi examinado e testado
negativo.
Essesfatoserelatosmarca-
ram nossa aldeia. Foi como
se nos preparassem para o
que estava por vir. Os Xokós
estavam muito apreensíveis,
tensos com a nova situação. O
medo dos anciãos, das crian-
ças e de todos da comuni-
dade era percebido através do
olhar. E, como foi previsto por
quase todos da aldeia, o coro-
navíruschegouàcomunidade
no dia 12/06/2020, com um
parente que testou positivo
para o coronavírus. A preo-
cupação do povo e o medo
aumentaram ainda mais, mas
a equipe de saúde fez todo o
monitoramento da pessoa
infectada, dando orientações
aos familiares, esposa e filhos,
a fim de evitar o contágio. O
paciente ficou isolado em sua
própria casa com sua família
e não apresentou sintomas
graves que viesse a interná-lo.
Após o primeiro caso
confirmado, em menos de
quinze dias já havia sete casos
confirmados; a equipe de
saúde tentou conter o contá-
gio, mas parece ser inevitável,
pois até esse momento a Sesai
não havia mandado uma
equipedesaúdeespecializada
para combater a Covid-19.
Só depois dos sete casos,
a Sesai enviou, no dia 22/06,
uma equipe composta por três
profissionais, uma enfermeira
e duas técnicas de enferma-
gem para dar suporte à nossa
comunidade. A partir daí, os
cuidados foram redobrados.
Nodia02/07de2020,aUniver-
sidade Federal de Sergipe
(UFS) veio à comunidade
realizar testes sorológicos,
que identificam os anticor-
pos do coronavírus. Dos 194
testes realizados em indíge-
nas Xokós, 47 apresentaram
resultadospositivosparaanti-
corpos do coronavírus. Antes
desses testes realizados pela
UFS, havia sete casos apenas
confirmados pela secretaria
municipal de Porto da Folha/
SE. O teste sorológico não
detecta o coronavírus, apenas
os anticorpos produzidos
pelas pessoas ao ter contato
com o vírus, diz a UFS.
Dos resultados obtidos
pela UFS, foram 141 negativo,
34 apresentaram IgG + e estão
possivelmente curados, dez
estavam com IgM + e poderia
estar na fase inicial da infec-
ção, sete foram indetermina-
dos, e três apresentaram IgM
+, que pode estar em fase de
recuperação. Com esses resul-
tados, o povo Xokó entrou em
desespero e todos passaram a
temer o coronavírus.
Alguns tentam esconder
o medo que sentem, outros
preferem não acreditar.
Estamos lidando com uma
ameaça invisível: enfrentar
o vírus que assombra toda a
população não é nada fácil, e
há quem diga que essa doença
não existe, que é uma farsa;
porém, essas mesmas pessoas
que dizem não acreditar no
coronavírus, são as que mais
fazem uso de máscaras e
álcool em gel.
Podemos sentir o medo
nos mais velhos e nas crian-
ças. Esse medo ficou mais
evidente quando a equipe de
saúde passava nas casas dos
indígenas dando o resultado
dos testes. E mesmo aque-
las que não apresentavam
sintoma algum, ainda assim
sentiam medo.
Uma criança com aproxi-
madamente 11 anos de idade,
ao receber o resultado que
estava com anticorpos do
coronavírus, supostamente
curado, correu para o seu
quarto chorando com medo
da Covid-19.
Só depois dos resultados
divulgados pela UFS, a Sesai
envia outra equipe de saúde,
dessa vez junto com enfer-
meiras e técnicas de enferma-
gem e um médico. Até este
momento, foram 28 casos
confirmados e todos curados.
Segundo a enfermeira Jéssica
(Xokó), o monitoramento foi
realizado pela equipe da Sesai
durante 14 dias.
Anossacomunidadeconti-
nua lutando até que esse vírus
esteja totalmente controlado
em todo o território nacional.
A
pandemia causada
pelo coronavírus
representa um grande
desafio para o mundo e em
especial para os povos origi-
nários brasileiros, devido
aos fatores presentes no
processo de formação sócio
histórico desses povos; entre
eles, destacamos as questões
territoriais, sociais, econômi-
cas e religiosas. Diante desse
cenário multicultural, os
povos indígenas do Nordeste
apresentam peculiaridades
que devem ser observadas,
tendo em vista as complexas
implicações para o combate à
Covid-19.
Os povos originários
do Nordeste sofreram e
sofrem um forte processo de
destruição de sua cultura e
costumes, através, principal-
mente, da expropriação de
seus territórios tradicionais
durante o desenvolvimento
das atividades econômicas
na Colônia. O reflexo dessa
política de destruição cultu-
ral e integração forçada aos
costumes do não indígena,
implementado pelo Estado
brasileiro ao longo de 500
anos, provocou inúmeras
modificações na forma de
organização dos povos,
principalmente nas estraté-
gias pensadas por eles para
preservar seus costumes e
práticas religiosas.
Atualmente, diante desse
cenário de pandemia, mais
uma vez as populações origi-
nárias se veem diante da
necessidade de se reorganiza-
rem para, como antes, preser-
varemsuacultura,emespecial
aquela presente na memória
dos anciões das aldeias, que
nesse momento são conside-
rados mais vulneráveis aos
efeitos do vírus.
Perante a necessidade
de preservação, mediante o
avanço do vírus nas comuni-
dades, na maioria das vezes
as estratégias pensadas em
conjunto pelas lideranças e
comunidade esbarram nas
dificuldadesobjetivasdecará-
ter estrutural que emanam
principalmentedanãodemar-
cação dos territórios tradicio-
nais - que nesse momento
representam o resguardo
social seguro de cada povo e a
possibilidade de um controle
efetivo da circulação de não
indígenas nas comunidades.
Compreendemos que a não
demarcação dos territórios
geram inúmeros problemas
aos povos e torna impossí-
vel a prática do bem viver,
ampliando a vulnerabilidade
das comunidades.
Desta forma, a demarca-
ção dos territórios tradicio-
nais implica diretamente no
mododevidadospovosetem
impacto decisivo na quali-
dade de vida e, como estamos
falando de pandemia e os
efeitos do vírus para o modo
de vida dos indígenas, esses
impactos negativos repercu-
tem diretamente no quadro
epidemiológico das aldeias,
tendo em vista que em sua
grande maioria os indígenas
são acometidos por doenças
crônicas (hipertensão arte-
rial, diabetes, desnutrição,
obesidade) decorrentes das
precárias condições sociais,
econômicas e de saúde,
tornando-se alvos ainda
mais fracos nesse contexto de
pandemia.
Diante dessa conjuntura e
da realidade de insegurança
e medo dentro das comu-
nidades, cobramos que as
políticas públicas sejam mais
efetivas e articuladas. Porém,
observamos uma fragilidade
na execução dessas políticas,
pois quando são executadas
se dão de forma isolada e não
respeitam o contexto cultural
dos povos.
Maria Isabel Correia da Silva Indígena da etnia Katokinn, Pariconha-AL,Assistente Social no Distrito Sanitário Especial de Alagoas e Sergipe – DSEI-AL/SE
Notas acerca da realidade indígena e a Covid-19
Atualmente, a política de
saúde que nesse momento é
a mais requisitada, é execu-
tada através da Secretária
Especial de Saúde Indígena
(Sesai), mediante os 34 Distri-
tos Sanitários Especiais Indí-
genas (DSEI’s) espalhados
pelo Brasil. Aqui em Alagoas,
temos observado várias ações
das equipes de saúde dentro
dascomunidades,porémessas
açõesemalgunsterritóriosnão
tem logrado êxito, tendo em
vista a visão etnocêntrica da
medicina ocidental e a falta
de preparo da equipe para
entender os aspectos culturais
e religiosos que permeiam o
processo de saúde, doença e
cura dos povos. Deste modo,
a cosmologia que permeia a
organização de alguns povos
ainda não foi entendida pelo
órgão responsável em execu-
tarapolíticadesaúde,gerando
dentro de algumas comunida-
des a negação do processo de
doença gerado pela Covid -19
e assim contribuindo para o
aumento dos casos.
O Distrito Sanitário Espe-
cial Indígena de Alagoas e
Sergipe emite diariamente
boletim epidemiológico com
os casos confirmados, pode-
mos observar que no último
boletim publicado nas redes
sociais pelo DSEI no dia 02/07,
contabilizamos oito comuni-
dades entre elas: Kariri-Xokó,
Xokó, KarapotóPlaky-ô, Kara-
potó Terra-Nova, Karuazu,
Jeripankó, Xucuru-Kariri e
Wassu-Cocal com casos posi-
tivados para a Covid -19 e a
constatação de três óbitos.
Além dos casos confirma-
dos, não podemos descartar
as possíveis subnotificações
que se dão pela ineficiência da
politicadesaúdeedadesinfor-
mação da população que gera
medo e vários mitos acerca
da doença, fazendo com que
em algumas comunidades
uma parcela significativa da
população tenha se recusado
a procurar os polos base para
atendimento e a realização do
teste rápido. No que tange á
subnotificação em nível nacio-
nal, podemos observar que os
dados publicados pela Sesai
divergem dos publicados pela
Articulação dos Povos Indí-
genas do Brasil (APIB), sendo
estes superiores aos apresen-
tados pelo órgão oficial do
Ministério da Saúde, demons-
trando uma disparidade que
não reflete a realidade.
Constatamos através da
estatística divulgada no site
oficial da Secretaria Estadual
de Saúde (Sesau), que o vírus
tem crescido de forma expo-
nencial no interior e que em
todas as cidades de Alagoas
com populações indígenas
temos casos confirmados,
demonstrando que se algo
decisivo e contínuo não for
feito será apenas questão de
tempo para que tenhamos
casos positivados em todas as
12etniasdoEstadodeAlagoas.
Compartilho, enquanto
indígena e profissional da
saúde indígena, que precisa-
mos unir forças para poten-
cializar as ações de saúde
nos territórios e que a maior
ferramenta nesse momento é
a conscientização de que deve-
mos nos resguardar. Desta
forma, creio que a Sesai, secre-
tarias municipais de saúde,
Funai, Controle Social, Misté-
rio Público e as organizações
indígenas presente a nível
localedeabrangênciaregional
devem articular as ações no
combate ao avanço do vírus.
Que as medidas pensadas
devem estar em consonância
com a organização interna e
cosmologiadecadaaldeiae,só
assim, a mensagem da gravi-
dade da Covid-19 e a presença
dovírusnasaldeiasserãoreco-
nhecidas e entendidas.
Aqui não descartamos as
ações e os esforços das equi-
pes de saúde que a todo o
momento buscam estratégias
para atingir um número cada
vez maior de pessoas com as
mensagens de prevenção,
também sabemos da impor-
tância de um SASI-SUS forta-
lecido e organizado para
responder as demandas mais
gravesqueexigemumsuporte
especializado na saúde de
média e alta complexidade.
É com o intuito de preservar
vidas que as comunidades
têm buscado dialogar com as
instituições responsáveis pela
execução da política de saúde
nas bases e cobrar medidas
mais incisivas e eficazes no
combate à Covid-19.
Enquanto indígena,
mulher, assistente social e ser
humano sensível e conectada
com o gênero humano busco
refletir esse momento tão difí-
cil e de muitas perdas para o
mundo e para nosso povo,
com a certeza de que deve-
mos nos expressar e denun-
ciar qualquer tipo de injustiça
cometida contra as popula-
ções indígenas, entre elas a
omissão, nesse momento de
pandemia e afirmar que vidas
indígenas importam também.
Ficaacertezadequemuito
foi aprendido nesses 500 anos
e a bandeira da resistência,
principalmente dos povos
indígenas do nordeste, encon-
tra-se hasteada e mesmo com
perdas nesse momento tão
difícil, nosso povo buscará
meios de se manter vivo, pois
de resistência nós entende-
mos!
CAMPUS
4 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020
redação 82 3023.2092
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  • 1. CRB repete perdas ocorridas em outras temporadas e não segura Léo Gamalho Alagoas l 4 a 10 de outubro I ano 08 I nº 397 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br AGRICULTURA FAMILIAR ESPECIALDASEMANA:ASGARANTIASQUEOSEGUROAGRÍCOLAPOSSIBILITAPARAOSCASOSDEPERDADASAFRA DE NOVO? Agricultores familiares levaram produtos de suas lavouras para a solenidade com a cúpula da Seagri e Emater Agricultores familiares e representantes das unida- des recebedouras de diversas regiões de Alagoas participa- ram, na sexta-feira, do lança- mento do PAA Emater 2020 que terá investimentos de R$ 9,8 milhões, em sua primeira etapa. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Agri- cultura, João Lessa, e pelo Diretor-PresidentedaEmater/ AL, Adalberon Sá Júnior, durante evento na sede da Fetag, em Maceió. Com essa iniciativa, fruto da parceria entre o ministério da Cida- dania e governo de Alagoas, por meio da Emater, serão beneficiadas 100 mil famílias, 1.800 agricultores familiares, 232 unidades recebedoras, em 83 municípios alagoanos de todas regiões do estado. PAA Emater 2020 beneficiará 100 mil 6 10 CRIME AMBIENTAL: IMA autua várias vezes Usina de Entullhos que foge de sua função e atua com atividades ilegais 5 Empresa fica nos arredores de uma Área de Proteção Ambiental (APA); não pode receber lixo orgânico, nem manter lagoa de chorume em suas instalações: IMA tem feito constantes autuações LAGOA DE CHORUME AMEAÇA NASCENTES NA APA DO CATOLÉA Aliança Usina de Entu- lhos Ltda foi mais uma vez lacrada pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA). Após ser multada e interditada, na semana passada, o lacre da interdição foi retirado 24 horas depois, o que foi cons- tatado em nova inspeção do IMA. Outra autuação e outro lacre. A empresa também possuiumalagoadechorume (veja a seta) num trecho bem próximo à Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé, o que ameaça a contaminação do lençol freático e das fontes que abastecem o manancial. A empresa só pode trabalhar com resíduos não-perigosos.
  • 2. 2 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 EXPRESSÃO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas Elly Mendes (ellymendes71@gmail.com) N os últimos meses, vive- mos uma situ- ação de completo desconforto social. Afastamento familiar, isolamento social, fechamento parcial e em alguns casos, total de quase todos estabele- cimentos comerciais. Apesar de estarmos avançando para a faseazuleonúmerodeinfecta- dos e mortos está sendo consi- derado estável, mas o perigo do coronavírus ainda não foi erradicado. Ainda estamos tentando nos adaptar à realidade que se concretiza cotidianamente. E o que o povo brasileiro fez nos últimos sete meses? O que de produtivo e essencial realiza- mos? O que nos tornamos? O que aprendemos? O que cons- truímos? Nos fortalecemos ou enfraquecemos? Crescemos ou diminuímos socialmente? Enquanto estamos em casa ou durante o tempo que estivemos em casa, utiliza- mos produtivamente nosso tempo? Transformamos em oportunidades os fatos novos erelevantesdenossodiaadia? O que percebemos foi que o confinamento nos deixou meio estressados, depressi- vos, apesar do tempo disponí- velparaestaremcasaecomos familiares. Mas se em muitos momentos pedimos tempo paradedicarmosànossafamí- lia, amigos e entes queridos, por que a tristeza? Por que a solidão? Muita gente não soube administrar a dispo- nibilidade de tempo. Mesmo em casa, rodeada de seus pais, filhos, esposos e esposas, sentiu-se solitário, vazia e sem rumo. A rotina diária, antes da pandemia, de sair cedo de casa para trabalhar e voltar no início da noite ou de sair no fim da tarde e voltar no dia seguintecomeçouafazerfalta. Muitos se sentiram perdidos. O tempo foi passando, os dias e meses se alongando... Chegamos a um momento que não sabíamos mais o que fazer com a disponibilidade de tempo. Um verdadeiro paradoxo! A ociosidade, conhecida como inatividade, preguiça, ausência de disposição..., tomou conta de muitas vidas nesse período de pandemia. O desânimo tornou-se evidente. O uso exacerbado de compu- tadores e celulares reinaram em muitos lares. Houve casos em que familiares se enclau- suravam em seus quartos e a comunicação passou a ser através de mensagens de apli- cativosemídiassociais.Dentro da própria casa as pessoas passaram a não suportar ou a não saber administrar a convi- vência com seus semelhantes. Muitos passam o dia inteiro diante das telas, e geralmente adentravamanoiteerompiam a madrugada. Logo que acor- dam, a primeira ação é consul- tar mensagens no WhatsApp, postagens no Facebook e Instagram. Acompanham a vida de pessoas que nunca viram pessoalmente ou que jamais tiveram qualquer tipo de contato, mas se eximem de ofertar um sorriso ou um olhar fraterno para quem está sob o mesmo teto. Essas pessoas vivem curtindo a vida de famo- sos distantes, ignorando a presença de seus familiares. Asmídiassociais,senãoforem bem utilizadas, aproximam quem está longe e afastam quem está perto. Percebe-se que muitas pessoas, apesar de viverem plugadas diaria- mente na internet, não usam essa ferramenta para produzir absolutamentenadadeprovei- toso.Nãofazempesquisas,não acessam páginas de sites que oferecem ampliação e cons- trução cultural. Sem perceber tornam-se escravas da inter- net. São acometidas por um vício destrutivo de estar cons- tantemente consultando o celular, computador, tablet. E o simples e corriqueiro fato de seu aparelho celular descarre- gar e se o carregador não esti- veraoseualcance,pareceofim do mundo! Usemos qualquer tempo a nosso favor. Ao invés de ficarmos ociosos deslizando frequentemente o dedo nas telas do celular, usemos a ociosidade produtivamente. Na “ausência do que fazer”, façamos o melhor para nós mesmos. Contemplemos um jardim ociosamente; deitemo- -nossobumaárvoreeaprecie- mos sua beleza ociosamente; caminhemos pela areia da praia e sintamos sua maciez ociosamente. O que nos favo- rece, nos engradece humana- mente! Ociosidade Produtiva M uito tem se falado s o b r e protestos. Os indivíduos de fora das manifestações querem falar a todo custo. Ninguém quer ouvi-los, mas eles querem falar e com auto- ridade no assunto, dando lição de moral, apontando soluções [a seu ver, efica- zes]. Verdadeiros peritos em assuntos diversos. Nesse meio é impressionante as asneiras que são faladas. Cada um, dependendo do seu grau de prejuízo, que dê a sua opinião a respeito de uma manifestação que bloqueia uma rua, uma avenida, por exemplo. De cara, chama-se logo os mani- festantesdevagabundos.Por que não vão bloquear à porta da empresa ou do órgão responsável por aquele protesto? “O que eu tenho a ver com isso?” É comum fazermos essa pergunta. É comum dizermos que não somos responsáveis. Em tempos de tecnologia avançada, que coloca você no local mesmo sem você ter saído de casa, a produção de filósofos, sociólogos, opera- dores do Direito e médicos especialistas tem crescido a cada postagem. Todo mundo entende de tudo e de todos. Mesmo sem ninguém pedir, cada um se acha no direito de dar a sua opinião. O assunto vem à tona porque ocorreram recente- mente alguns protestos em Maceió. Aparentemente, todos pacíficos. Quando não há ameaça às pessoas, nem queima de pneus devido à fumaça tóxica e os riscos de acidentes com o fogo, o protesto pode ser conside- rado pacífico. Mas bloqueou a Avenida Fernandes Lima no horário de pico. São contingências. A maioria das categorias trabalhadoras lança mão dessa estratégia – que não se apresenta como a mais racional, mas é a mais utili- zada porque tem reflexos imediatos. Para trabalhar com essa situação, existe o Gerencia- mento de Crises da Polícia Militar, que é um grupa- mento formado por pessoas com técnicas de negociação para dispersar tumulto ou bloqueio de vias com habi- lidade, na base do conven- cimento e do contato com as autoridades ou empresas que ensejaram o protesto. Uma coisa é certa: a revolta dos prejudicados viria, seja em forma de greve, de protesto, de paralisação. Quando se trabalha um mês inteiro e não se recebe, há como essa pessoa pensar que você vai se atrasar para o trabalho por causa de um protesto? Portanto, por trás de uma manifestação desta natu- reza há sempre um pai ou uma mãe de família preju- dicada, insatisfeita ou revol- tada com a situação porque passa. O remédio é a paciên- cia e entender que a dor dos outros também importa. Sobre os protestos
  • 3. Ariel Cipola Repórter A p ó s A ç ã o P o p u l a r , a J u s t i ç a condenou o ex-prefeito de União dos Palmares, Carlos Alberto Borba de Barros Baía (Beto Baía), e o ex-secretário de Educação do município, Ricardo Leão Praxedes. Os réus foram condenados pela contratação, sem licitação, de empresas para prestação de serviço de transporte escolar, e de reparos de cadeiras esco- lares em caráter emergencial em 2013. Os danos aos cofres público ultrapassam R$1,1 milhão. A sentença foi proferida pelo Juiz Yulli Roter Maia, da 2ª Vara Cívil de União dos Palmares, no dia 17 de setem- bro deste ano (2020). Segundo o autor da Ação o então secretário municipal de educação, Ricardo Leão Praxedes, solicitou a contrata- ção de serviços contínuos de transporte escolar em caráter emergencial com dispensa de licitação, e também extra- polou o prazo da contratação emergencial, sem qualquer celebração de termo aditivo ouprocessodepagamentopor indenização. A defesa sustenta que os réus autorizaram a contra- tação emergencial em razão da proximidade do início do ano letivo, alegação que o juiz classificou como “emergência fabricada”. “Agestãoiniciouoprocesso de contratação no início de fevereirode2013.Aqui,está-se diantedoqueseconvencionou chamar de “emergência fabri- cada”, quando os próprios administradores deixam de tomar providências tempesti- vamente para licitação previsí- vel.Nãohácomoseimputartal urgênciaafatoresexternosque não a falta de planejamento, desídia administrativa ou má gestão dos recursos disponí- veis, especialmente porque os gestorestinhamodeverdeagir para prevenir tal situação.”, afirmou Roter Maia. A ordem de serviço foi expedida em 20 de fevereiro de 2013, com duração de 90 dias, no valor inicial de R$ 480.678,00, e com término para 20demaiode2013.Noentanto, os pagamentos se deram da seguinte forma: R$ 29.132,00 em abril de 2013, R$ 138.377,00 em abril de 2013; R$ 101.962,00 em junho, R$ 85.697,27 e R$ 40.000,00 em julho de 2013; R$ 190.184,30 em julho; R$ 220.213,40, em setembro; R$ 31.000,00 em novembro; R$ 137.693,40emoutubrode2013; R$ 82.520,00 em outubro. Ou seja, os serviços que eram pra ser prestados de fevereiro a maio de 2013, estenderam-se, ao menos, até novembro de 2013, em mais um desrespeito ao prazo de 90 (noventa) dias da contratação emergencial. Apesar do valor contratual, originariamente em R$ 480.678,00 (quatrocen- tos e oitenta mil seiscentos e setenta e oito reais), a contra- tação acarretou um dispêndio de R$ 1.056.779,37 do cofre público. Não satisfeita, a Gestão tentou, em 2014, um termo aditivo de prazo contratual – ainda em caráter emergencial - com a seguinte justificativa: “Justificamos o presente adita- mento pela necessidade de aditivar o prazo contratual por mais 09 (nove) meses, tendo em vista que ainda não foi concluídooprocessolicitatório para este objeto”. 3O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 PODER redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Conserto de cadeiras escolares sob suspeita Emrelaçãoacontrataçãoda empresa CM de Oliveira para o conserto e reforma de 1.500 cadeiras escolares o autor da Ação sustenta que não houve licitaçãonemcontratoquelegi- timasse pagamento de serviço prestado. Ele acrescenta ainda que, quando do pagamento da nota fiscal de serviço sequer os demandados se preocuparam em atestar se os serviços foram ou não prestados, e que não houve a emissão de nota de empenho,tampoucodeordem de pagamento ou a exigência que a empresa comprovasse a sua regularidade fiscal e de encargos trabalhistas e que o pagamento foi realizado com recursos do FUNDEB. Segundo o réu Beto Baía, a dispensa de licitação foi motivada pela urgência de se prover as salas de aula com mobiliário adequado, ante o estado de calamidade deixado na gestão anterior que não providenciouasubstituiçãode carteiras escolares. Noentendimentodojuiztal argumento também foi refor- çado pelo Município, todavia, ambos deixaram de compro- var o processo de dispensa de licitação e a situação de emer- gência. “Argumentos abstratos que nada comprovam. Diante da não demonstração da situa- ção autorizada da contratação direta, considera-se também ilegal a dispensa realizada para contratação da CM de Oliveira ME para promover reparos das carteiras escola- res. Condeno os réus o ressar- cimento ao erário do prejuízo causado, assim como, ao paga- mento das custas processuais e honorários advocatícios no valor de 10% [dez por cento] do dano sofrido pelo erário.”, decidiu Roter Maia. Em Maceió, PCB tem canditatura coletiva RUMO À CÂMARA Ascom O Partido Comunista Brasileiro é o Partido mais antigo em atividade no Brasil. Beirando seu cente- nário, o PCB carrega em sua história o protagonismo em diversas lutas dos traba- lhadores brasileiros. Olga Benário, Luiz Carlos Pres- tes, Graciliano Ramos, Nise da Silveira, Jorge Amado e Candido Portinari, são alguns – de muitos - militan- tes históricos do partido. A história do PCB se confunde com a história do movimento dos trabalhado- res internacional, nacional e comomovimentocomunista nomundotodo.Desdeacrise do comunismo internacional (com a queda do muro de BerlimeofimdaUniãoSovi- ética) o PCB também entrou em crise, e uma parcela dos militantes achou que o partido devia acabar. Porém, um grupo signi- ficativo de militantes deci- diu ficar e reconstruir, de forma Revolucionária e sem concessão alguma, em termos de princípios, o PCB. Atualmente, o partido não tem nenhum deputado federal eleito, mas nos últi- mos 10 anos o PCB mostra seu crescimento a partir de uma militância orgânica, atuando em diversas frentes de luta, desde o movimento de juventude, movimento sindical, movimento negro, movimento LGBT e a luta das mulheres feministas. Em Maceió, o Partido lança uma candidatura cole- tiva para Câmara Municipal. Intitulada de “Bancada do Poder Popular”, a candida- tura conta com a participa- ção de quatro militantes do Partido e é encabeçada pelo professor da Ufal, Osvaldo Maciel, candidato ao Senado federal em 2018. Na ocasião, o professor recebeu 14.785 mil votos. Além de Osvaldo, a candidatura coletiva é composta por Julia Morgado (estudante de Medicina da UFAL), por Paulo Araújo (estudante de História da UFAL) e Rikartiany Cardoso (Bacharel em Direito pela UFAL). Em União, justiça condena Beto Baía e Ricardo Praxedes PROCESSOSEREFERE ACONTRATOEMERGENCIALparareformaemescolaseconsertodecadeiras:maisdeR$1milhão
  • 4. 4 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 PODERGrisalho redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Francisco Silvestre silvestreanjos@bol.com.br Dia do idoso!!! Afinal,o que comemorar? Olhando bem, deixando as angústias acometidas pela fase pandêmica que assolou a população idosa em todo país, comemorar estar vivo, gozando de um envelhecimento com impactos da senilidade (condições patológicas que afetam o envelhecer) e senes- cência (velhice natural) é um ato de expressar gratidão ao Pai Celestial e aos colaboradores humanos.A grati- dão é um agradecimento festivo de quem soube aproveitar o tempo para manter a mente de forma positiva maximizando sua saúde mental atra- vés de terapias, ginásticas cerebrais e outras alternativas fisiológicas e biológicas vai chegar ao outro lado da travessia,melhor.Emumsentidomais amplo, pode ser explicada também como recognição abrangente pelas situações e dádivas que a vida lhe proporcionou e ainda proporciona. Também é exercício de reconheci- mentodeumapessoaporalguémque lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor,etc. Câmara Sênior Urgida de uma ideia que já está em processo de encubação,desde 2019, aCâmaraSêniordeMaceiórecebeua versão virtual e superou as expectati- vas. O intento que é uma idealização do Observatório do Idoso em Alagoas – OIA, e da Ideias e& Ideais Curso e Eventos Gerontológicos está sendo planejado para ser uma proposta de lei para sua composição e estrutura física e criação, quando esse perí- odo pandêmico passar. No momento o projeto para a Câmara Sênior, na versão física, se encontra no gabi- nete da vereadora Fátima Santiago, aguardando para sua tramitação no legislativo municipal.Os idealizadores pretendem dar prosseguimento na forma virtual por um tempo ocasio- nal, como forma de oportunizar aos idososumcanaldecomunicaçãocom o poder público, possibilitar o exercí- ciodaconsciênciaacercadetemasde cidadania e um espaço de atividades, discussão e reflexão sobre as princi- pais demandas de Maceió. Caracterizar o idoso em Alagoas é uma reprise da história sociocultural deste povo que perdura os mesmos 203 ou maisanosdaemancipaçãopolíticadoEstado.ComaCovid- 19 que teve a função de ser uma lente de aumento,muitas pessoascomeçaramafazerreflexões,atravésdeLivesobre vários assuntos pertinentes às pessoas idosas, ou porque sãoidosos,ouporquesãoprofissionaisdediversasáreasda saúde ou humanas que estão tendo que se capacitar para poderlidarcomestapopulaçãoquecresceaceleradamente em nosso país. Como a mudança dos tempos, lançando várias e diversas maneiras de informação,o que estava em profundo cochilo em berço esplêndido virou um dilúvio de narrativas adjetivas,flexionadas em gênero,número e grau de toda as maneiras.Arrematando, podemos dizer que o idoso de Alagoas continua cotidianamente um guerreiro vencendo a cada dia uma batalha.A batalha da invisibili- dade, do desleixo comunitário, governamental e familiar. Claro que não é uma citação de caráter unânime, pois alguns, devido ao expressivo desnível social, usufruem de outros conceitos. Já não é novidade esta coluna mencionar, de vez em quando, termos novos ou expressões aglutinadas para revelar uma questão, um problema ou algum conheci- mento gerontológico. A justificativa se singulariza por a ciência gerontologia ser muito nova no mundo acadê- mico.A formação da Gerontologia Brasileira contou com o desenvolvimento e o progresso da SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Fundada em 1961, a SBGG e suas atividades científicas impulsionaram o interesse de pesquisadores e profissionais em estudar a velhice e o envelhecimento no Brasil. A Gerontologia se insere formalmente na sociedade no ano de 1968, reunindoespecialistasprovenientesdediferentescenários de atuação (Wikipédia). E desde esta data, com o cons- tante aumento populacional das pessoas idosas e com as mudanças biopsicossocial, ambiental, cultural, que vêm a cada dia, paradigmas são quebrados e reinventados, remodelandoosprocessosquelhesãoatribuídos.Aimpul- sividade gerontológica é mais uma distinção conceitual que, pela sua composição textual, está sendo criada para dar significância a um comportamento que era imputado às crianças ou a ansiedade adulta como alguma doença psicológica ou psiquiátrica.A impulsividade gerontológica decorre de uma série de transtornos diferentes, onde a pessoa idosa sente a necessidade urgente de fazer algo que,em geral,não é de fato adequado de antemão. Quem é o idoso alagoano? Impulsividade gerontológica Se nos anos que passaram o dia do idoso, 1º de outubro, hoje com uma denominação textual mais atual como dia da pessoa idosa não recebia os holofotes merecidos,a conjuntura pandêmica que estamos experimentando,imaginamos e acreditamos que não mudará nada.Também não vou ser radical e insensível e dizer que nãotemosnadaacomemorar.Alias“onadaacomemorar”nuncafoi umamençãousadapornós.Atéporque,omínimoquetenhaaconte- cido,principalmente,paraestesegmentoéumganhodeproporções imagináveis. Que podemos citar que pode ser um ganho, a curto, para médio e para longo prazo.Acredito que“o até não fazer nada” ou“acontecido nada”,mesmo que venha a prejudicar,pode ser um ganho. É só saber usar a lei do jogo da Poliana, ou tecnicamente dizendo: na crise, crie. É nas maiores dificuldades que poderemos enxergas várias saídas ou respostas.Assim sendo,o próximo dia da pessoa idosa é mais um dia histórico,festivo e marcante.Também, pelareferênciadaaprovaçãodoEstatutodoIdoso(Brasil),em2003, pela adoção da Organização das Nações Unidas - ONU,em 1999.E édeverdoEstado,dasociedade,dasfamíliascomemoraremgrande estilo.Porquenão,desfileemcarrodebombeiros,trioselétricoseetc. Afinal, mesmo com a população das pessoas de avançadas cres- cendofenomenalmente,seridosoéparapoucos...
  • 5. Ronaldo Lima Ascom A gricultores familiares e representan- tesdasunidadesrecebedouras dediversasregiõesdeAlagoas participaram, na sexta-feira, dia 2, do lançamento do PAA Emater 2020 que terá investi- mentos de R$ 9,8 milhões, em sua primeira etapa. O anún- cio foi feito pelo secretário de Estado da Agricultura, João Lessa, e pelo Diretor-Presi- dente da Emater/AL, Adalbe- ron Sá Júnior, durante evento na sede da Fetag, em Maceió. Com essa iniciativa, fruto da parceria entre o ministério da Cidadania e governo de Alagoas, por meio da Emater, serão beneficiadas 100 mil famílias, 1.800 agricultores familiares, 232 unidades rece- bedoras, em 83 municípios alagoanos de todas regiões do estado. Como ressalta o Diretor -Presidente da Emater, Adal- beron Sa Júnior, o PAA é uma importante política de valori- zação da agricultura familiar, de Segurança alimentar, gera- çãoderendaedinamizaçãoda economia.“OPAAtemgrande significado, já que compra a produção, valoriza o trabalho do produtor e elimina a figura do atravessador”. Para o secretário de Estado da Agricultura, João Lessa, o PAA 2020 tem uma grande importância para Alagoas,porque beneficia a cadeia produtiva e uma parcela significativa da popu- lação de extrema necessidade alimentar. RaimundodaSilva,produ- tor da comunidade Jua, em Delmiro Gouveia, afirma que o momento do lançamento do PAA era aguardado com muita expectativa por milha- res de agricultores fami- liares. “Agora nos temos a certeza que a produção vai ser vendida por um preço certo e vamos receber corretamente pelo governo”. Entre as cadeias produti- vas, estão a da fruticultura, horticultura, grãos, raízes, tubérculos e avicultura, e visa estimular a participação dos agricultores familiares e de suas organizações para o PAA, por meio de compras públicas. O PAA 2020 vai contem- plar essas famílias em todas regiões de Alagoas. Alto e Médio Sertão, Agreste, Baixo São Francisco e Grande Mata Atlântica. Os produtos vão ser destinados para creches, esco- las, associações, abrigos, casa de sopa, restaurante popular, entre outros. “ Solenidade de lançamento do PAA 2020,com R$ 9,8 milhões na primeira fase Centenas de agricultores familiares foram ao evento da Seagri/Emater e levaram parte dos alimentos que produzem Adalberon Jr.destaca importância do PAA para compra da produção e eliminação da figura do atravessador Fotos:RonaldoLima 5O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 ESTADO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br PAA Emater 2020 vai beneficiar 100 mil famílias em Alagoas COM INVESTIMENTOS de R$ 9,8 milhões,Programa contempla 1.800 agricultores e 232 unidades recebedouras
  • 6. 6 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 ESPECIAL redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br ValdeteCalheiros Repórter O seguro está paraoprodu- t o r r u r a l assim como o bom solo está para a melhor colheita. E essa ligação entre o bom negócio e aboasafra,estátransformando oagronegócio,setorprodutivo demaiordinamismonoBrasil, em um solo fértil e que vem garantindo frutos em uma das modalidades de Seguro Rural: oSeguroAgrícola. As indenizações pagas pelas seguradoras para os produtores rurais que parti- ciparam do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural chegaram a R$ 341 milhões em 2019. Das 95 mil apólices contratadas com o apoio do governo, cerca de 9 mil foram acionadas, segundo informou o Ministério da Agricultura. As lavouras mais afetadas foram as da 2ª safra de milho, soja,trigo,uvaemaçã.Nocaso do milho safrinha, 2.639 apóli- ces foram sinistradas, prin- cipalmente pela seca, o que resultou em R$ 102 milhões (30%) em indenizações pagas aosprodutores. Omercadodesegurorural no país se consolida com uma das principais políticas agrí- colas no momento, principal- mente neste ano atípico.Além da pandemia, a região Sul foi surpreendida com a passa- gem de um ciclone bomba, que causou muita destruição e prejuízos, ou seja, danos de grande proporção. Isso sem falar da ameaça da nuvem de gafanhoto, com mais 40 milhões de insetos, que devo- ram o equivalente ao que 20 mil vacas comem em um dia. A praga deixou em alerta o Brasil, aArgentina, o Paraguai eoUruguai. A provocou um total de R$ 168,2 milhões em inde- nizações, além dela, os prin- cipais eventos que geraram pagamentos para os produ- tores foram a geada (R$ 73,6 milhões), granizo (R$ 59,7 milhões) e a chuva excessiva (R$23,4milhões). Seguro Agrícola é garantia de boa safra para o agronegócio PARA O HOMEM DO CAMPO, modalidade de Seguro Rural representa proteção para as eventualidades na produção Produçãodaagriculturaconstituiumaindústriaacéuaberto Segundo a especialista em Seguro Rural, Laura Emília Dias Neves, quando falamos de Seguro Agrícola, falamos desegurarobemqueéprodu- zido no campo. “Desde o final da década de 90, quando as seguradoras privadas come- çaram a oferecer soluções de seguro diferenciadas aos Produtores Rurais no Sul do Brasil, houve um belo cresci- mento. Eram poucos players no mercado e os produto- res estavam acostumados ao programa de governo chamado Proagro. Com os pagamentos das primeiras indenizações, os produto- res começaram a perceber a importância do seguro, bem como entender que o seguro de produção de uma lavoura é bem mais caro do que uma garantiaaocrédito/custeioque tomavamacadasafra”. Pormeiodoseguroagrícola é possível proteger a atividade agrícola contra diversos riscos, principalmente os climáti- cos, ao mesmo tempo em que resguardamos o governo de eventuais riscos fiscais, na medida em que reduzimos a necessidadederefinanciamen- tosnocréditorural. “Produção Agrícola é uma indústria a céu aberto e um único evento climático poderá por tudo ‘por terra’, literalmente. Com o anúncio do Plano Safra 2020-2021 pelo Governo Federal, mais espe- cificamente sobre a quantia de subsídio alocada ao Seguro Agrícola, os Produtores cele- bramesteincentivoparaconti- nuar plantando e investindo. Falamos de quase R$ 1 bilhão em 2020 e R$ 1,3 bilhão no próximoano”,calculou. O seguro agrícola garante que os produtores consegui- rão pagar empréstimos toma- dos para o plantio e colheita, mesmoquehajarevésemcaso dequebraporcausadeevento climático adverso (seca ou excesso de chuvas, por exem- plo),oudevariaçãodepreços. Os seguros voltados para os produtores rurais englo- bam 18 modalidades, que figuraram entre as que mais cresceram no mercado brasi- leiro,noanopassado. O objetivo do seguro é trazer estabilidade a quem trabalha na produção rural, para evitar que problemas no fluxo de caixa apareçam ao longodotempo. Devido às variáveis de riscos existentes, até que seja feita a entrega da produção, o seguroagrícolatornou-seuma ferramenta essencial, propor- cionando a proteção da renda, permanência do produtor no meio rural e a manutenção da cadeiaprodutiva. Mas, durante muito tempo, o valor do seguro era considerado alto demais pelos proprietários de terra, gerando, como consequência, uma baixa contratação em relação à área cultivada no Brasil. No entanto, o incen- tivo do governo, por meio de subsídios,temsidoumgrande aliado. Assimcomooagronegócio estácadavezmaistecnológico, as seguradoras, que amparam o setor, estão buscando na tecnologia maneiras de explo- rar novos negócios e garan- tir produtos que atendam às necessidadesnocampo. O agronegócio, um dos pilares da economia brasi- leira,nãoéapenasumnegócio passado de pai para filho em grandes ou pequenas proprie- dades rurais. Em muitos momentos, pode ser compa- rada à profissão de corretor de seguros uma vez que a indústria brasileira de seguros é dinâmica por natureza. E o corretor de imóveis está agre- gando ainda mais valor a esse segmento que movimenta tão fortementeoPIBbrasileiro. LauraNevesexplicouqueo SeguroAgrícola é uma impor- tante ferramenta de gestão ao produtor rural e os riscos climáticos fazem parte de seu viver dia e noite, pois esta- mos falando de uma indús- tria a céu aberto. Amparado por uma apólice que segure sua produção adequada ao seu negócio, mesmo quando pouca coisa lhe restar despois um evento climático catastró- fico, o produtor continuará no campo e continuará a investir pormuitassafras. “O corretor está sempre buscando a melhor solução e apoiando os produtores rurais”, frisou Laura Neves, que é especialista em seguro agrícoladesde1997. Em Alagoas, o produtor rural pode procurar a sede do Sindicato dos Correto- res, Empresas e Agentes de Seguros, Capitalização, Previ- dência Privada e de Saúde de Alagoas – Sincor-AL, antes de fechar um contrato. Esse cuidado irá garantir que o negócio seja realmente feito com um profissional devida- mente habilitado. O telefone doSincoré3326-1029.
  • 7. AgênciaAlagoas D uas fotogra- fias regis- tradas por jovens moradoras das grotas de Maceió foram inseridas no Covid-19 Response Report Activities (em tradução livre: “Relatório de Atividades em Resposta à Covid-19”), publi- cação produzida e disponibi- lizada na última quarta-feira (30) pelo Programa das Nações Unidas para osAssen- tamentos Humanos (ONU- -Habitat) – agência da ONU dedicada à promoção de um futuro urbano melhor, por meio de cidades mais inclu- sivas, seguras, resilientes e sustentáveis. O documento de 61 pági- nas, elaborado originalmente em inglês e disponível para acesso no endereço https:// unhabitat.org/covid-19-res- ponse-report-of-activities, descreve as atividades reali- zadas pela agência durante a pandemia em vários lugares domundo,incluindoAlagoas, onde o ONU-Habitat atua em parceria com o Governo do Estado desde 2017. Eéjustamentenainiciativa mais recente – o Projeto Emer- gencial de Monitoramento da Covid-19nasgrotasdeMaceió – que Maysa Reis, 28, e Mary Alves, 25, estão inseridas. As autorasdasduasimagens,que estampamrespectivamenteas páginas 43 e 44 do relatório, participamdaaçãonocompo- nentedeengajamentoecomu- nicação comunitária. Nove jovens moradores das comu- nidades foram selecionados para criação de conteúdos de comunicação com o objetivo de promover a conscientiza- ção e difusão de informações sobre a pandemia nas grotas. “O projeto em si é incrível! E além de tudo une tudo o que acredito que é o audiovisual e apotencialidadedaperiferia”, comemora Maysa Reis, mora- dora da grota das Piabas, no bairro do Jacintinho. “Fiquei muito honrada quando fui selecionada e acredito que é um projeto promissor para os jovens das comunidades de Maceió porque podemos falar e fazer arte sobre muitos temas. Temos muito para abordar”, considera. A imagem capturada por Maysa e publicada no relató- rio global do ONU-Habitat mostra a pequena Ágata, moradora das Piabas, segu- randoumaclaquete.Amãeda criançafoiumadasentrevista- das pela integrante do projeto em sua missão de captar depoimentos, sons e imagens para o documentário. “Pra mim, que já trabalho com audiovisual, tem sido uma experiência rica em me aproximar ainda mais de onde eu moro e das questões que nos permeiam, e abordar esse ano ‘cabuloso’ e todas as consequências dele em nossas vivências”, pondera Maysa, jornalista de formação, com mestrado em Cinema e currí- culo recheado de realizações no audiovisual local. Já a foto capturada por Mary Alves mostra Dona Cícera, uma vendedora de amendoim equilibrando uma bacia na cabeça enquanto caminhava para mais um dia de trabalho. “Foi a primeira mulher que entrevistei para a primeira fase do projeto”, revela a cantora e composi- tora moradora do Morro do Ari, também localizado no Jacintinho. Sobre a conversa com a moradora, a jovem artista classificou o relato como “emocionante e necessário”. “Ela nos conta que sempre acreditou no vírus da Covid- 19 tomando todos os cuida- dos, mesmo com a descrença detantaspessoasaseuredor”, relata Mary. “Esse registro é sobre essa força motriz, é sobre conscientização, é sobre segurança. A publicação no relatório global de ações do ONU-Habitat me deixou muito feliz, pois é fruto de nossa dedicação no projeto”, comenta. 7O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 COTIDIANO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Moradoras de grotas produzem publicadas em relatório global PROJETOdoONU-HabitatcomoGovernodoEstadoéparaproduçãodeconteúdoaudiovisualsobreoimpactoeapercepçãodaCovid-19 Fotos de Maysa Reis e MaryAlves no relatório global ONU-Habitat
  • 8. 8 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 SOCIAL redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br EM SOCIEDADE Jailthon Sillva jailthonsilva@yahoo.com.br TODA ELA |Toda beleza da modelo Luiza de Marilaque,sempre bela! Dados do SEBRAE indicam que existem 6,4 milhões de empresas no País, das quais 99% são micro e pequenas. Estima-se que o usodoseguroempresarialnãoatinja10%desse montante. Uma das maiores preocupações de quem tem um negócio é a segurança do estabelecimento: raios podem queimar equipamentos, há risco de roubo ou furto, incêndio ou danos elétricos podem destruir o patrimônio. Independente do segmento de atuação, prote- ger o patrimônio tem se tornado uma preocu- pação constante tanto das pequenas quanto de grandes empresas. Durante os momentos de instabilidade de mercado e margens de lucros mais enxutas, em que é mais difícil manter reserva financeira para imprevistos, contar com a proteção do seguro pode ser imprescindível para manter as operações. Mas você sabe a importância desse seguro para oseunegócio?Quaiscoberturaspodemgarantir o patrimônio da sua empresa em caso de sinis- tro? É exatamente sobre isso que vamos falar em nossa coluna dessa semana! O que é o seguro empresarial? O seguro empresarial é uma modalidade de seguro que visa a proteção da empresa contra diversos tipos de riscos. Estes riscos podem ter diversas origens, mas sempre o mesmo fim: o prejuízo para o empresário.Tal prejuízo pode ser causadoporroubo,incêndio,fenômenodanatu- reza etc. Em uma única apólice, o empresário pode proteger sua empresa de diversos tipos de riscos.É o que chamamos de Seguro Multirrisco Empresarial. Eleserveparaprotegeropatrimôniodaempresa, que envolve geralmente os móveis,equipamen- tos, utensílios, máquinas, veículos etc. Sejam eles de uma empresa comercial, prestadora de serviços ou industrial. O que pode variar é o porte da empresa, mas mesmo assim ela pode ser atendida pelo seguro empresarial. O empresário pode escolher vários tipos de coberturasemontarumaapólicepersonalizada, que atenda às suas necessidades e proteja sua empresa de riscos imprevisíveis. Assim, o empresário fica tranquilo para pensar estraté- gias de negócio,mercado etc. Proteção contra incêndios e inundações No seguro multirrisco empresarial, a base é o seguro incêndio tradicional, isto é, coberturas contra risco de incêndio de qualquer natureza; queda de raio ocorrida dentro da área do terreno ou edifício onde estiverem localizados os bens segurados; e explosão de gás, desde que ocor- rida dentro da área do terreno ou edifício onde estiverem localizados os bens segurados. Para compor o produto com outras opções de garantias, as seguradoras oferecem cobertu- ras adicionais ou acessórias, facultativas. As garantiasadicionaissãoutilizadasparacobriros eventos de risco que não estão abrangidos pela cobertura básica ou que representam riscos excluídos pelas condições gerais da apólice. As mais comuns são as coberturas adicionais derivadas do seguro incêndio e dos seguros patrimoniais e de responsabilidades, como, por exemplo, alagamento e inundação, danos elétri- cos, proteção contra roubo de equipamentos e valores,lucroscessantes,pagamentodealuguel, recomposição de documentos, fidelidade de funcionários,responsabilidade civil e outras. Resguardo para colaboradores e clientes Até aqui,falamos sobre como o seguro é impor- tante para garantir aque empresa não precise lidar sozinha com perdas materiais seja com imóveis, produtos ou equipamentos. Mas esse tipodeproteçãotambémseestendeàspessoas quefazemonegócioacontecer.Estamosfalando especialmente dos colaboradores e clientes. No caso dos profissionais,é possível contar com coberturasparaindenizaçãoemcasodeaciden- tes de trabalho, que vão desde o pagamento de indenizações até assistência médica ou psico- lógica. Já clientes que sofrem qualquer dano, problemaouacidentedentrodaempresapodem requisitar indenização, podendo esse processo ser resolvido pela seguradora.Tudo isso, claro, deacordocomascondiçõesdocontratofirmado para a aquisição do seguro empresarial. Existe também a possibilidade de a empresa ser ressarcida quando é lesada pelo próprio cola- borador, seja por conta de roubos e furtos ou mesmo por fraudes.É simples:o seguro empre- sarialprotegetantooprofissionalcontraerrosou omissõesdaempresaquantoaprópriaempresa contra alguma má conduta. Cobertura contra roubos e furtos A verdade é que, hoje em dia, a segurança pública não costuma inspirar muita confiança aos empresários. Infelizmente, ainda é comum que lojistas tenham perdas consideráveis por conta de assaltos ou mesmo indústrias sofram para lidar com furtos ou roubos de equipamen- tos. Então saiba: esse tipo de problema também pode ser coberto por um seguro empresarial, prevendo o ressarcimento do valor extraviado da empresa! Em alguns casos, a seguradora também pode oferecer a instalação de equipa- mentos de prevenção por preços mais acessí- veis como câmeras. Aliás, vale lembrar que o valor do seguro varia de acordo com as condições apresentadas pela empresa.Assim, caso a seguradora ateste que onegóciocontacomequipamentosdevigilância e também adota procedimentos de segurança confiáveis, certamente cobrará um preço mais amigável para garantir a cobertura. Conclusão Em suma,o seguro empresarial é essencial para manter o seu negócio a salvo. Não seria nada interessante para uma empresa perder seus computadores em um assalto ou seu maquiná- rio de produção em um incêndio, por exemplo. Por isso,ter um seguro se torna tão importante. Ter um seguro empresarial é garantir a segu- rança da empresa como um todo. Não espere acontecer o pior para contratar um seguro empresarial. Preserve seu patrimônio, o seu sonho, o bom funcionamento de sua empresa e a continuidade da vida profissional de parceiros ecolaboradores,contratandoumseguroempre- sarialparaoseunegócio!Lembre-sedesempre procurar um corretor de seguros habilitado. E aí, gostou do tema dessa semana? Espero que tenha gostado! Acompanhe também nosso quadro “Momento Seguro” todas as quintas feiras na rádio 98,3 FM, a partir das 7h30 e, na TVMAR (Canal 525 NET),a partir das 9h.Partici- pemcomsuasperguntas!AtéapróximaseDeus quiser! Um grande abraço! Você sabe a importância do Seguro para seu negócio? Contatos: 3522-2662 / 99944-8050 MOMENTO SEGURO DjaildoAlmeida - djaildo@jaraguaseguros.com - @djaildoalmeida CorretordeSeguros,graduadoemAdministraçãodeEmpresascomespecializaçãoemMarketingeGestão Empresarial é professor da Escola Nacional de Seguros e Diretor do Sincor/AL NEWS,NEWS,NEWS | O reno- mado profissional cirurgião- -dentista Bruno Deniz voltou a atender em todo o estado de Alagoas com hora marcada e mantendo todo o protocolo de segurança que o momento requer.Bruno,está arrasando na tecnologia avançada em termos de estética com as FACETAS RESINA.+INFO? 99659-2564 e no instagram: @dr.brunodiniz PODEROSA |A evolução com cuidados estéticos estão sempre em evidência atual- mente no Brasil,e quem está em alta nos preenchimentos faciais,botox e lipo enzimá- tico de papada é a bela Dra. Dayanna Garrote.Ligue e agende o seu horário 99936- 3037 TIMTIM | O amigo e empresário de sucesso Rogério Siqueira, leiam Rápido Infoshop,é o aniversariante mais festado desse mês de outubro,o pode- roso celebrou com luxo mais uma primavera em sua vida ontém,dia 3.Parabéns,amigo! OUTUBROROSA Estacampanhaéamaisconhecidadetodas,dedicadaàconscientizaçãodocâncer de mama. Foi criada nos Estados Unidos, nos anos 1990, com apenas alguns estados fazendo ações isoladas sobre o tema.Agora, a campanha é mundial. O laço cor-de-rosa foi criado pela Fundação Susan G.Komen for the Cure,durante a primeira Corrida pela Cura que ocorreu em 1990,em NovaYork,por simbolizar a feminilidade. PAREDÕESOUPANCADÕES? Se a pessoa gastasse seu dinheiro em megas aparelhagens de som pra promover festas e ganhar dinheiro com isso, até seria compreensível. Mas o que ninguém entendeéoquelevaalguémainvestirmilharesdereaisnoschamados“paredões” ou“pancadões”,que ampliam a potência dos sons,com o único intuito de obrigar as outras pessoas a ouvirem as músicas que são de seu agrado e na maioria dos casos nos horários mais impróprios,como nas madrugadas.Egoísmo e despropó- sitoaparte,essapráticaécontraaLeideContravençõesPenais,expressanoartigo 42,III referida Lei nº3.388/41,por constituir perturbação ao sossego público.Disk Denúncia181. COVID-19–IMUNIDADEDEREBANHO! Para quem acredita – mesmo diante dos fatos - (são mais de 143 mil mortos no Brasil); que a Covid-19 é só uma gripezinha e que estamos prestes a alcançar a chamada“imunidade de rebanho”ou que em breve teremos vacinas ao alcance de todos,a recente declaração do epidemiologistaAdam Kucharski,autor do best- -seller internacional “As regras do Contágio”, caiu como um balde de água fria. Professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine, ele é referência em saúde pública e um dos cientistas mais influentes e respeitados do mundo na respostaaCovid-19enasemanapassadaeledisseque“aindasofreremosporum oudoisanoscomapandemiadocoronavírus”. SEGUNDAONDADACOVID-19 Um dos epidemiologistas mais respeitados do mundo, o Professor da London School of Hygiene &Tropical Medicine,Adam Kucharski,autor do best-seller inter- nacional“As regras do Contágio”, declarou recentemente que só nos livraremos definitivamentedocoronavírusemcercadedoisanos.Masnemassim,aspessoas paramdesecomportarcomoseapandemiativesseacabado.Omundointeiroestá voltando a enfrentar a chamada“segunda onda”da Covid-19 e há lugares como MadrideLondres,emquefoinecessárioretroagireimpornovasrestrições,mesmo assimopovoseguedesrespeitandoasregrasdaflexibilização.
  • 9. PUBLICIDADE 9O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br
  • 10. 10 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 ESPORTES redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br CRB repete outras temporadas e perde o seu principal jogador LÉO GAMALHO FOI A BOLA DA VEZ QUE, após bom início de temporada,sendo o artilheiro do Brasil,foi jogar num time do Catar JOGODuro Jorge Moraes jorgepontomoraes@gmail.com Thiago Luiz Estagiário E m mais uma temporada de destaques indi- viduais do CRB, o clube não consegue segurar os princi- pais nomes do elenco. No ano passado, o Galo até tentou, mas após a Ferroviária entrar com uma liminar, foi obrigado a liberar Felipe Ferreira para o Vasco da Gama. Em 2020, Rafael Longuine começou a despontar, mas sofreu lesão que o afastou dos gramados. Quem assumiu o “protago- nismo” no Ninho do Galo foi o centroavante Léo Gamalho. Tornou-seoartilheirodoclube edoBrasil,comumamédiaalta de gols por partida, chamando aatençãodetimestradicionais. Mas foi justamente de fora do Brasil a proposta que levará Gamalho embora do CRB. O jogador tinha vínculo com o Regatas até novembro deste ano, em contrato que foi firmado antes da pandemia. Com a chegada da Covid-19 e a consequente extensão do Campeonato Brasileiro até fevereiro, os clubes precisa- riam renovar os contratos com os atletas. O CRB anunciou a primeira“remessa”derenova- ção, com nomes importantes como o goleiro Victor Souza, mas sem o artilheiro. Com isso, o presidente Marcos Barbosa deu um “ulti- mato” ao empresário do atleta, para que tivesse a resposta de definição de seu futuro até 10 de outubro. A atitude do mandatário não agradou o agente, nem ao próprio Gama- lho e chateou ainda outros jogadoresregatianos.Segundo informações apuradas pela reportagem de O DiaAlagoas, esse foi um dos motivos para o “desabafo” do zagueiro Gum, em entrevista após a elimina- ção na Copa do Brasil. Anteriormente, a informa- ção que chegou era que times como Internacional e Grêmio teriam consultado o empresá- rio do camisa nove para tentar a contratação. Principalmente o tricolor gaúcho estaria inte- ressado, por só contar com Diego Souza no elenco. O problema de não conse- guir manter nomes importan- tes não é exclusiva em 2020. O trio de ataque da temporada passada foi um dos melhores que passou pelo Ninho do Galo. Felipe Ferreira, Alisson Farias e Léo Ceará conquista- ram a torcida. Hoje, Ferreira reforça o Cuiabá. Já Alisson e Léo atuam juntos outra vez, mas pelo Vitória. E é justa- mente a dificuldade de encon- trar no mercado peças de reposição à altura desses joga- doresqueacabamdiminuindo o “poder de fogo” do time. Comoexemplo,bastaanali- sar a situação do atacante Erik. Ojogadorrompeuoligamento anterior cruzado do joelho e nãoatuamaisesteano.Mesmo com uma queda no rendi- mento, no retorno do futebol apósaparalisaçãoporcontada pandemia, ele era peça impor- tante no esquema tático do técnico Marcelo Cabo. E desde que foi entregue ao Departa- mento Médico, os pontas que assumiram não conseguiram ofertar perigo para as defesas. Desde o início da Série B, contando ainda com três jogos pela Copa do Brasil, o CRB marcou 14 gols, dos quais 10 foram de Léo Gamalho. Um número extremamente impor- tante, mas também preocu- pante, porque mostra que os atacantes de beirada do Galo não marcam com frequência. E para agravar a situação, a diretoria alvirrubra está no mercado. Com o que tem no elenco,édifícilmanteropensa- mento de acesso à Série A. Se Cabo optar por jogar com um falso camisa nove, pode apos- tar na velocidade pelas laterais docampo.Jásequisermantera filosofiadejogo,sótemAlisson Safira para substituir Gama- lho, que desde chegou ainda nãomostrouserviçoetemsido muito questionado pelo torce- dor. Resultados do CSA surpreendem Depois das muitas críticas feitas a diretoria do CSA, primeiro por trazer de volta o técnico Argel Fucks, que aprontou no ano passado abandonando o clube; segundo por dispensar o mesmo profissional com apenas 18 dias de trabalho;eterceirotrazerumtreinadorsemnenhumaexpe- riência,num momento onde o clube atravessava uma séria crise e na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro daSérieB,meparecequeoCSAestádandoavoltaporcima e os resultados estão aparecendo,vencendo os três últimos jogosedeixandoazonaingratadacompetição.Nãosósaiu, comosedistancioubemdosdemaisládebaixo. O interessante de tudo isso é que sem contratar ninguém,é o mesmo grupo tão desacreditado por quase todo mundo, inclusive por mim,que o tempo todo venho pedindo dispen- sas e contratações,até num número bastante elevado.Será que a chegada de um diretor linha dura - Rodrigo Pastana -eumtreinadorsemnenhumexperiênciaforamsuficientes para tudo isso? O CSA vem de três vitórias,contra os times do Cruzeiro, Juventude e Vitória, este último, em Salvador. Nessas partidas o time mostrou jogadas mais organizadas, sempre definindo o placar no primeiro tempo, mesmo que tenhapassadosufoconaetapafinal. ParamuitagenteoCSAéumtesteparacoração.Torcedores comconsultasmarcadascomcardiologistasumdiaapósos jogosdeseutime,estãocancelandodepoisdeassistiremos jogos do CSA.Se antes a agonia era pelos resultados ruins, com sucessivas derrotas, agora é pela emoção inicial e a pressãoquevemsofrendonamaiorpartedosegundotempo. O que resta ao clube fazer agora é continuar vencendo e os mais otimistas e sem um pingo de raciocínio mais lógico nessemomentojáfalaemSérieAnoanoquevem,oqueacho muitodifícilissoocorrer.Comonofutebolnadaéimpossível, quemsabecomumaajudinha ládecimavenhaocorrer. A diferença está no clássico Analisando os pontos de CRB e CSA neste momentonoCampe- onato Brasileiro, apenas quatro estão separando um do outro, a diferença foi construída no resul- tado do clássico, onde o CRB venceu por 1 a 0. Hoje o CRB tem 17 pontos e se tivesse perdido estaria com14.JáoCSAtem13pontosesetivessevencidoojogoestaria com 16 pontos, ou seja, as posições estariam invertidas quanto à tabela da competição.Mesmo com a campanha ruim inicialmente e um bom tempo dentro da zona de rebaixamento,as três últimas vitórias do CSA dariam esse novo quadro.Será que a crise estaria do outro lado? Próximos jogos O tira-teima dessa matemática poderá ser tirado na rodada deste final de semana. Sem chance de saber o que aconteceu com o CRB,que jogou nessa última sexta-feira,ou seja,depois do fecha- mento dessa coluna, diante do Avaí, só nos resta torcer para que tenha feito as pazes com a vitória e melhorado a sua classifica- ção na competição. Quanto ao CSA o adversário será o Sampaio Correia, neste sábado, (3), em São Luiz do Maranhão.Vitórias dos dois times já podemos pensar em colar no G-4 da Série B. Reforços Quem anda com um problemão é a diretoria do CRB. O artilheiro LéoGamalhodeixouoclubeefoijogarnoCatar.Mesmorecebendo um bom dinheiro por essa liberação,o presidente Marcos Barbosa passa o dia todo pendurado no telefone.São contatos diretos com empresárioseclubespeloBrasil,masatéofechamentodacoluna, nenhum acerto, apesar das tentativas para trazer Ricardo Bueno, ex-CSA, em 2019, e que está de volta ao futebol brasileiro. o CRB quer ele e mais dois ou três reforços pontuais para fechar sua lista de reforços. No CSA também No CSA não é diferente.Além das dispensas de jogadores, entre eles o Alecsandro, já afastado dos treinamentos, o clube acertou comumzagueirode23anosebuscamaiscincoouseisjogadores. Nessecaso,comojáestáatingindoolimitepermitidodejogadores com registro na CBF, o CSA terá que dispensar mais alguns de seus profissionais, o que, provavelmente, não farão muita falta, pelacampanhamuitoabaixodamédiaedorendimentoqueotime precisa daqui para frente. Os nomes serão anunciados pelo diri- gente Rodrigo Pastana,hoje,o homem forte do futebol do CSA. l Um bocado de come e dorme no CSA está sendo mandado embora. Jogadores que não disseram o que eles estavam fazendo no clube, ocupando um espaço que poderia ser de outros.No caso do Alecsandro a idade estava pesando no seu rendimento. O jogador chegou com fama de artilheiro e marcou poucos gols pelo CSA; l Claro que como profissional o “Alec Gol” merece o meurespeito,pelahistóriaconstruídaaolongodotempo, mas o seu legado foi lá atrás e com grande sucesso. Acho até que pela formação que tem, um profissional que sempre agregou conhecimento por onde passou, ele mesmo deveria ter entendido a hora de parar com o futebol; l O estrago da saída de Léo Gamalho do CRB está sendo muito grande. Como tinha o artilheiro, a diretoria do clube está encontrando dificuldade para encontrar um substituto, pelo menos, com um futebol perto do que representava o Léo.Contratou,agora,um atacante de 24 anos,que nunca fez um gol na sua carreira.Esse ano não deu um chute em uma bola. Valha-me Deus! ALFINETADAS... Após desempenho brilhante no CRB, Léo Gamalho se muda para o Catar GustavoHenrique
  • 11. 11O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 Estudarláfora redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Alyshia Gomes alyshiagomes.ri@gmail.com Study in Europe Digital (Road) Show Fonte:DAAD Desde2014organizadopeloDAAD,emparceriacomasagên- ciasNuffic-Neso,CampusFranceeEstudiarenEspaña,oStudy in Europe Road Show ganha em 2020 sua versão online para seguirconectandobrasileiroseinstituiçõesdeensinodeexce- lêncianaEuropamesmoemtemposdedistanciamentosocial. Nos dias 6,7 e 8 de outubro,representantes das agências de fomento oficiais e de universidades daAlemanha,Espanha, França e Holanda promoverão uma série de encontros ao vivo emseuscanaisnoYouTube. Bolsas para diversas modalidades de programa de Doutorado na Alemanha OPrograma Conjunto de Bolsas de Doutorado na Alemanha CAPES/DAAD, fruto da parceria com a Coordenação de Aper- feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), oferece três modalidades para os interessados em realizar essa etapa da carreira acadêmica na Alemanha: Doutorado Pleno, Doutorado SanduícheeDoutoradoSanduíchecomCotutela.ODAADoferece, ainda,uma quarta modalidade:Doutorado Sanduíche Curto. O novo edital (17/2020) está disponível no site do DAAD. Os inte- ressados podem se candidatar até as 17h do dia 16/10/2020 (horário oficial de Brasília).Todos os detalhes da chamada estão disponíveis na página do programa no site da CAPES, em que se encontramtambémocalendárioeosanexosdoedital.Oprojetode pesquisa deverá ser apresentado seguindo este o modelo especí- ficodoprograma.Estedocumentoemportuguêsresumeosrequi- sitos,benefíciosparaosbolsistasDAADeadocumentaçãoexigida dos candidatos. Nodia23/09,oDAADrealizouumasessãoinformativaonlinepara tirar as dúvidas dos candidatos ao programa de bolsas de douto- rado na Alemanha. O webinário foi gravado* e pode ser assistido na página do DAAD. Mais informações sobre cada modalidade oferecida pelo DAAD podem ser verificadas nos seguintes links: * Doutorado Pleno (Doctoral Programmes in Germany) | https:// bit.ly/36iRB4y * Doutorado Sanduíche ou Doutorado Sanduíche com Cotutela - (Bi-nationally Supervised Doctoral Degrees / Cotutelle) | https:// bit.ly/33aVdUm *DoutoradoSanduícheCurto(One-YearGrantsforDoctoralCandi- dates) | https://bit.ly/3jfmdHQ Interessados podem obter maiores informações em https://bit. ly/3mYBjnk . Texto publicado pelo DAAD BolsadeMestradoeDoutoradoemDesenvolvimentoSusten- tável-Alemanha Fonte:DAAD Está disponível a nova chamada do programa EPOS,que oferece bolsas de estu- dos do DAAD para diversos cursos de pós-graduação na Alemanha em campos de estudos relacionados ao desenvolvimento sustentável.O programa tem como público-alvojovensprofissionaiseacadêmicosdepaísesemdesenvolvimento,que podem escolher entre 40 cursos de Master ou doutorado,ministrados em alemão ouinglês,emumadasseguintesáreas: *CiênciasEconômicasePolíticaEconômica *CooperaçãoparaoDesenvolvimento *Engenhariaedisciplinasafins *Matemática *PlanejamentoUrbanoeRegional *AgronomiaeSilvicultura *CiênciasNaturaiseCiênciasdoMeioAmbiente *MedicinaeSaúdePública *CiênciasSociais,EducaçãoeDireito *EstudosdeMídia Além de excelente rendimento acadêmico,o pré-requisito básico para uma candi- datura é ter o mínimo de dois anos de experiência profissional na área do curso pretendido após a conclusão da graduação.Essa conclusão não pode ter ocorrido hámaisdeseisanosnomomentodeiníciodocursoescolhidopelocandidato. A duração dos estudos varia entre um e três anos, dependendo do curso. Os contemplados recebem bolsa mensal,seguro-saúde,ajuda de custo para passa- gemaéreaecursopreparatóriodealemão. A lista com os cursos que integram o Programa EPOS e os respectivos prazos de inscrição podem ser consultados nesta no site do programa em https://bit. ly/30izRm4 .Cada universidade tem um prazo de inscrição próprio.As datas limite paraenviodecandidaturasaoEPOScombolsadoDAADvariamentre31/08/2020 e31/03/2021. Chamada para vaga em Projeto de Doutorado - Reino Unido Fonte: DAAD A Euraxess Brasil promove palestras virtuais sobre o desenvolvimento de carreiras para pesquisadores. O próximo acontecerá no dia 20 de outubro. Neste webinar bônus, o quinto da série, foi convidada uma pesquisadora com boa experiência em atuar fora da academia e uma especialista em marketing digital para auxiliar pesquisadores a criarem oportunidades em seto- res não-acadêmicos de modo geral. Elas apresentarão novas carreiras possíveis para pesquisadores e sobre como usar o marketing pessoal para acessar essas opor- tunidades. Conheça as palestrantes: * Ana de Almeida Kumlien, é microbiologista especiali- zada em inovação no setor de água e comunicação entre pesquisa e sua aplicação na indústria.Ana já trabalhou na Alemanha, Irlanda e Espanha atuando nas áreas de P&D, inteligência de negócios, start-ups e empreendedorismo. Ana atualmente é MSCA IF Fellow no Instituto Catalão de PesquisadeÁgua(Espanha),ondetrabalhacomotemade resistênciamicrobiananomeioambiente.Anarealizouum pós-doutorado na área de Operações de Negócios (Trinity Business School,Trinity College Dublin), e doutorado em tratamento de água (School of Biotechnology, Dublin City University) na Irlanda. * Suellen Machado é jornalista especializada em marke- ting digital e mídias sociais, com pós-graduação em jornalismo digital, comunicação estratégica e, mais recentemente, análise de dados. Suellen possui mais de 15 anos de experiência em marketing, com passagens por diferentes indústrias, dentre elas empresas de tecno- logia no Brasil,Angola e Irlanda e multinacionais como a Coca-Cola Brasil. Paralelamente ao trabalho corporativo, possui experiência na área docente, ministrando treina- mentos em marketing digital em Angola e também atuou como professora convidada da disciplina de marketing digital do MBA em Marketing e Vendas da Universidade São Judas Tadeu, em Porto Alegre. Inscrições em https://bit.ly/3n5VOia .
  • 12. A Chevrolet prepara a chegada de mais um lote do Camaro. A novidade está na atualização do visual e do pacote de conectividade tanto docupêquantodoconversível, oferecidos em versão única de acabamentoSS,queéequipada com motor V8, transmissão automática sequencial de dez marchas e controle de largada. Osuperesportivoganhadiant- eira inspiradas no conceito CamaroShock, com a gravata Black BowTie agora reposicio- nada para a grade superior e a barra central do para-choque pintada na cor do veículo, proporcionando um visual maissintonizadocomodesign original que projetou o icônico “MuscleCar” da Chevrolet. O Camaro também dá um salto emtecnologiaaoadotaronível 4deconectividadeemseuestá- gio mais avançado. Traz Wi-Fi nativo, OnStar, myChevrole- tapp e MyLink com projeção sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. O veículo já era equipado com sistema de carregamento de smartphone por indução magnética. Com as versões de alto desempenho do Peugeot 508 sedan e SW, a Peugeot revela o primeiro modelo de sua divisão Peugeot Sport Engi- neered. Uma aliança perfeita entre esportividade e tecnolo- gia, onde a Peugeot inventa os códigos de um desempenho renovadoeresponsável:a Neo- Performance. A assinatura dessa nova linha, dotada de três garras na cor Kryptonite, remete à nova identidade da Peugeot Sport, às assinaturas luminosas dos modelos de série, inspirando- senolegadodamarca,comoas lanternas traseiras inspiradas noPeugeot504Coupé. Ve r d a d e i r a v i t r i n e tecnológica, o 508 Peugeot Sport Engineered representa o ápicedaexperiênciadosengen- heiros da Peugeot Sport, cuja competênciajáfoiamplamente comprovada: em competições internacionais como o WRC (World RallyChampionship), o Rali Dakar, a subida de Pike- sPeakouoWEC(WordEndur- ance Championship), com o desenvolvimento do conceito 208 FE em 2013 (46 g/km de CO2, 0 a 100 km/h em 8,2s) e do 308 R HYbrid em 2015 (500 cv – 720 Nm - 0 a 100 km/h em 4,0s). 12 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA MustangMach-E GT A Ford anunciou que o MustangMach-E GT, versão mais potente do novo SUV elétrico, será lançado na Europa no final de 2021. Equipado com dois motores elétricos que somam uma potência de 465 cv e torque de 84,6 kgfm, ele deverá ser o modelo mais rápido da categoria, com aceleração de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos. Para facilitar a recarga, a Ford vai oferecer aos clientes cinco anos de acesso gratuito à rede FordPass, que conta com mais de 155.000 estações de carregamento na Europa, além de um ano de acesso gratuito à rede de carregamento rápido IONITY, que terá 400 estações até o final do ano. 50 anos de paixão A Nissan presta homenagem aos últimos 50 anos do icônico esportivo Z com uma exposição de modelos de sua coleção Nissan Heritage, em Yokohama. Os carros exibidos no Pavilhão Nissan durante a apresentação do Z Proto apresentam a evolução do lendário carro esportivo cronologicamente, começando com o primeiro Z que surgiu em 1969.Tudo começou com ele. O “Fairlady Z” S30, também conhecido como Datsun 240Z, oferecia ao público um carro esportivo estilo europeu confiável e a um preço acessível. ACONTECE esta semana FORD E BOSCH: MANOBRISTA AUTOMATIZADO Já imaginou deixar o carro na porta da garagem e ele estacionar sozinho, e na hora de sair ele também vir automaticamente ao seu encontro, por um comando no celular? Esse é o projeto que a Ford e a Bosch estão demonstrando em Detroit, nos EUA, em parceria com o condomínio Bedrock’s Assembly Garage. É a primeira solução de estacionamento com manobrista automatizado baseada em infraestrutura nos Estados Unidos. Camaro atualiza visual 508 Peugeot Sport Engineered NOVIDADE REVELAÇÃO Honda Biz 125 2021 chega por R$ 10.590 Referência no segmento CUB, a Honda Biz 125 chega à linha 2021 com a mesma praticidade de sempre e com design devidamente em dia com sua proposta, mas a única novidade é uma tonalidade diferenciada. Preço? R$ 10.590.A nova cor marrom perolizado contrasta com os detalhes em bege no assento e nas partes plásticas, dando um aspecto visual melhor à pequena urbana da Honda, que ainda pode ser adquirida nas cores Vermelho Perolizado, Prata Metálico e Branca Perolizado.A Honda Biz tem báu sob o assento, fonte 12V e painel de LCD. RODASDUAS
  • 13. COTIDIANO PANDEMIA ÍNDIO COTIDIANO PANDEMIA ÍNDIO COTIDIANO PANDEMIA ÍNDIO COTIDIANO Alagoas l 4 a 10 de outubro I ano 08 I nº 397 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS PedroCabr al Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com Dois dedos de prosa EstenúmerocontacomdoisartigosdeíndiosdeAlagoasquefalamsobreapandemiaepensam sobreavidadasaldeiasnestestemposaindainseguros.Quemorganizatodoestetrabalhoque estamos publicando é o NEABI/IFAL do campus de Maceió e o grupo de estudos sobre etnohis- tória indígena do Estado.A coordenação cabe ao Professor Dr.Amaro Hélio Leite dos Santos. É importantesentiropróprioíndioescrevendosobresuavida.Campuscontinuacomseupapelde divulgar documentos sobre a vida alagoana e agradece aoAmaro por sua gentileza. Vamos ler! Abraços, Sávio deAlmeida VIVENTE DAS ALAGOAS E PANDEMIA (XXIII): ÍNDIOS E O CORONAVÍRUS
  • 14. P ara entendermos um pouco sobre o caos que estamos vivendo nesse momentoepidêmico,épreciso voltar um pouco no tempo; é precisoconsiderarpoucomais de 500 anos de luta, história, massacre, genocídio e resis- tência indígena. Refletir sobre o passado nos faz compreen- der melhor como se deu as contaminações de diversas doenças, desde a invasão do território brasileiro até hoje. Dessa forma, fica mais fácil falarsobreaCovid-19.Resistir ao colonizador não foi tarefa fácil, mas éramos muitos, nossos arcos e flechas chega- ram a vencer os invasores em muitas batalhas. Nesse contexto, nossos ancestrais lutavam brava- mente em defesa de nossas terras, de nosso povo e pela própria sobrevivência. Resis- tir foi preciso, vencer o colo- nizador se tornou impossível, pois nossos parentes tinham que lutar contra o opressor e contra as doenças trazidas por eles, essas abriram espaço para os invasores, destruindo povos inteiros. Poucos conse- guiamescapar,ossobreviven- tes ou eram capturados, ou buscavam abrigos junto aos grupos aliados. As histórias de lutas dos povos indígenas do Brasil contra as doenças que asso- lavam as etnias, remontam aos primeiros contatos com os europeus. Com eles, entra- nhados em seus corpos sujos, veio uma arma mortífera invi- sível, o vírus. Este, através dos contatos com os colonizado- res, transmitiu a nós, povos indígenas, diversas doenças infecciosas: sarampo, gripe, catapora, varíola, pneumo- nia... dizimando vários povos originários que aqui habita- vam. A colonização do Brasil, se fez possível ou pelo menos de forma mais acelerada, devido ao contágio de doen- ças, que reduziu drastica- mente a população indígena. As doenças trazidas pelos europeus, que assolavam nossos ancestrais séculos atrás, atravessavam continen- tes, e continuam atravessando ainda hoje. Os indígenas foram os que mais sofreram com as diversas pandemias (e ainda sofrem); isso porque a forma de vivência dos povos indígenas é bem diferente da vida cotidiana dos não indí- genas. Essa forma de vida fica bemclaraquandoumadoença contagiosa chega às aldeias, como é o caso da Covid-19. Esta doença, transmitida atra- vés do contato, logo ganha proporção diante de um povo cujo costume é estar sempre junto,poissomosumafamília, ondecompartilhamostudo:as rodas de conversas frequentes com os mais velhos embaixo de uma árvore, ou em volta de uma fogueira, ou no Ouri- curi, nosso lugar sagrado dos momentos de orações e dos nossos cantos, o Toré. O coronavírus, que apare- ceu lá na China, hoje se encon- tra em meio aos indígenas de todas as aldeias do Brasil. Há muitos indígenas infec- tados, isentos de recursos médicos, sem acompanha- mento adequado das equi- pes de saúde, precisando urgentemente de medidas que os ajudem a passar por esse momento de caos pandê- mico.Asaldeiasmaisafetadas se encontram na Amazônia. Lá os recursos médicos são mais escassos, isso porque não podemos contar com o atual governo, que pouco se importa com a saúde indí- gena. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), deveria ser mais atuante, no entanto, estamos à mercê do coronavírus até que algo seja feito. A aldeia indígena Ilha de São Pedro, etnia Xokó, está localizada em Porto da Folha, Sergipe. Tem uma popula- ção aproximadamente de 400 habitantes. Os Xokós estão com as portas da aldeia fecha- das para os não índios, uma decisão da comunidade para evitar que a Covid-19 entre na aldeia. Não é inesperado que os Xokós estejam com medo dessa doença, pois as notí- cias que a mídia traz a cada dia é alarmante. Então, a fim de conscientizar a popula- ção indígena, o Polo Base de Saúde da Aldeia organizou uma equipe e montou uma barreira sanitária; essa equipe de saúde foi formada somente por integrantes da aldeia, com uma enfermeira, dois agentes indígenasdesaúde(AIS),dois agentes indígenas de sanea- mento (AISAN), dois técnicos de enfermagem, um técnico em saúde bucal, e pessoas que não fazem parte da equipe de saúde, mas estavam prontas para ajudar. Essa equipe foi formada com o propósito de monitora- mento, orientações de preven- ção, busca ativa de sinais e sintomas para a Covid-19. A enfermeira de saúde local, da própria aldeia, com sua equipe, passava em todas as casas dando instruções e orientações de como evitar o contágiodocoronavírus.Essas medidas preventivas ajuda- vamnoentendimentoeaenca- rar a realidade de forma mais segura; no entanto, mesmo com uma equipe bem prepa- rada na conscientização dessa nova doença, era impossível olhar nos olhos das pessoas e não sentir o medo em seus olhares. Elas estão assombra- das, como se não houvesse palavras que as confortassem. O medo ficava estampado na cara dos indígenas, e piorava quando chegavam notícias queparentesdeoutrasaldeias, haviam perdido sua vida para a Covid-19. Aciênciamostravaoíndice de mortalidade, tanto para índios como para brancos, indicando que os mais velhos eram os mais vulneráveis ao vírus.Então,olharparanossos anciãosesaberqueaqualquer momento poderíamos perdê- -los,eraangustiante.ACovid- 19 nos reprimiu de muitas coisas:comoofutebol–porser umesportebastantepraticado por quase toda juventude da aldeia –, as rodas de conversas embaixo das árvores durante o dia ou a noite sob o brilho da lua. Por se tratar de uma doença transmissível através do contato, ela nos afastou também do nosso ponto de encontro mais importante da aldeia, nosso Ouricuri, lugar sagrado onde cantamos e dançamos o Toré. CAMPUS 2 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Amaro Hélio Leite da Silva é professor Doutor em História e Coordenador do NEABI. Quem é quem? CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas Yatan Lima dos Santos Indígena Xokó, Graduando em Geografia Licenciatura, UFAL-Sertão Aqui o Toré parou, os pássaros continuam a cantar: os Xokós na luta contra a pandemia do Covid-19
  • 15. CAMPUS 3O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus. Numa determinada sexta- -feira, um índio Xokó se assusta e deixa a comunidade inquieta ao receber a notícia de que um colega de trabalho não indígena foi diagnosti- cado com o coronavírus; para atranquilidadedopovoXokó, eletestounegativoparaCovid -19. Outro dia, não muito distante desse acontecido, uma índia que reside numa cidade próxima à aldeia, e que no momento se encontrava na comunidade, teve notícia que seu cunhado testou positivo para o coronavírus. Ela havia tidocontatocomelehápoucos dias, isso deixou a comuni- dade tensa, mas a tranquili- dade veio logo, após ela testar negativo. Os casos não para- ram por aí. Um homem não índio, casado com uma índia, morador da comunidade, havia tido contato com um colega de trabalho que testou positivo para o coronavírus, ele estava doente e todos os sintomas nos levavam a crer ser a Covd-19. Ele foi isolado em sua própria casa, com os cuidados da equipe de saúde local, foi examinado e testado negativo. Essesfatoserelatosmarca- ram nossa aldeia. Foi como se nos preparassem para o que estava por vir. Os Xokós estavam muito apreensíveis, tensos com a nova situação. O medo dos anciãos, das crian- ças e de todos da comuni- dade era percebido através do olhar. E, como foi previsto por quase todos da aldeia, o coro- navíruschegouàcomunidade no dia 12/06/2020, com um parente que testou positivo para o coronavírus. A preo- cupação do povo e o medo aumentaram ainda mais, mas a equipe de saúde fez todo o monitoramento da pessoa infectada, dando orientações aos familiares, esposa e filhos, a fim de evitar o contágio. O paciente ficou isolado em sua própria casa com sua família e não apresentou sintomas graves que viesse a interná-lo. Após o primeiro caso confirmado, em menos de quinze dias já havia sete casos confirmados; a equipe de saúde tentou conter o contá- gio, mas parece ser inevitável, pois até esse momento a Sesai não havia mandado uma equipedesaúdeespecializada para combater a Covid-19. Só depois dos sete casos, a Sesai enviou, no dia 22/06, uma equipe composta por três profissionais, uma enfermeira e duas técnicas de enferma- gem para dar suporte à nossa comunidade. A partir daí, os cuidados foram redobrados. Nodia02/07de2020,aUniver- sidade Federal de Sergipe (UFS) veio à comunidade realizar testes sorológicos, que identificam os anticor- pos do coronavírus. Dos 194 testes realizados em indíge- nas Xokós, 47 apresentaram resultadospositivosparaanti- corpos do coronavírus. Antes desses testes realizados pela UFS, havia sete casos apenas confirmados pela secretaria municipal de Porto da Folha/ SE. O teste sorológico não detecta o coronavírus, apenas os anticorpos produzidos pelas pessoas ao ter contato com o vírus, diz a UFS. Dos resultados obtidos pela UFS, foram 141 negativo, 34 apresentaram IgG + e estão possivelmente curados, dez estavam com IgM + e poderia estar na fase inicial da infec- ção, sete foram indetermina- dos, e três apresentaram IgM +, que pode estar em fase de recuperação. Com esses resul- tados, o povo Xokó entrou em desespero e todos passaram a temer o coronavírus. Alguns tentam esconder o medo que sentem, outros preferem não acreditar. Estamos lidando com uma ameaça invisível: enfrentar o vírus que assombra toda a população não é nada fácil, e há quem diga que essa doença não existe, que é uma farsa; porém, essas mesmas pessoas que dizem não acreditar no coronavírus, são as que mais fazem uso de máscaras e álcool em gel. Podemos sentir o medo nos mais velhos e nas crian- ças. Esse medo ficou mais evidente quando a equipe de saúde passava nas casas dos indígenas dando o resultado dos testes. E mesmo aque- las que não apresentavam sintoma algum, ainda assim sentiam medo. Uma criança com aproxi- madamente 11 anos de idade, ao receber o resultado que estava com anticorpos do coronavírus, supostamente curado, correu para o seu quarto chorando com medo da Covid-19. Só depois dos resultados divulgados pela UFS, a Sesai envia outra equipe de saúde, dessa vez junto com enfer- meiras e técnicas de enferma- gem e um médico. Até este momento, foram 28 casos confirmados e todos curados. Segundo a enfermeira Jéssica (Xokó), o monitoramento foi realizado pela equipe da Sesai durante 14 dias. Anossacomunidadeconti- nua lutando até que esse vírus esteja totalmente controlado em todo o território nacional. A pandemia causada pelo coronavírus representa um grande desafio para o mundo e em especial para os povos origi- nários brasileiros, devido aos fatores presentes no processo de formação sócio histórico desses povos; entre eles, destacamos as questões territoriais, sociais, econômi- cas e religiosas. Diante desse cenário multicultural, os povos indígenas do Nordeste apresentam peculiaridades que devem ser observadas, tendo em vista as complexas implicações para o combate à Covid-19. Os povos originários do Nordeste sofreram e sofrem um forte processo de destruição de sua cultura e costumes, através, principal- mente, da expropriação de seus territórios tradicionais durante o desenvolvimento das atividades econômicas na Colônia. O reflexo dessa política de destruição cultu- ral e integração forçada aos costumes do não indígena, implementado pelo Estado brasileiro ao longo de 500 anos, provocou inúmeras modificações na forma de organização dos povos, principalmente nas estraté- gias pensadas por eles para preservar seus costumes e práticas religiosas. Atualmente, diante desse cenário de pandemia, mais uma vez as populações origi- nárias se veem diante da necessidade de se reorganiza- rem para, como antes, preser- varemsuacultura,emespecial aquela presente na memória dos anciões das aldeias, que nesse momento são conside- rados mais vulneráveis aos efeitos do vírus. Perante a necessidade de preservação, mediante o avanço do vírus nas comuni- dades, na maioria das vezes as estratégias pensadas em conjunto pelas lideranças e comunidade esbarram nas dificuldadesobjetivasdecará- ter estrutural que emanam principalmentedanãodemar- cação dos territórios tradicio- nais - que nesse momento representam o resguardo social seguro de cada povo e a possibilidade de um controle efetivo da circulação de não indígenas nas comunidades. Compreendemos que a não demarcação dos territórios geram inúmeros problemas aos povos e torna impossí- vel a prática do bem viver, ampliando a vulnerabilidade das comunidades. Desta forma, a demarca- ção dos territórios tradicio- nais implica diretamente no mododevidadospovosetem impacto decisivo na quali- dade de vida e, como estamos falando de pandemia e os efeitos do vírus para o modo de vida dos indígenas, esses impactos negativos repercu- tem diretamente no quadro epidemiológico das aldeias, tendo em vista que em sua grande maioria os indígenas são acometidos por doenças crônicas (hipertensão arte- rial, diabetes, desnutrição, obesidade) decorrentes das precárias condições sociais, econômicas e de saúde, tornando-se alvos ainda mais fracos nesse contexto de pandemia. Diante dessa conjuntura e da realidade de insegurança e medo dentro das comu- nidades, cobramos que as políticas públicas sejam mais efetivas e articuladas. Porém, observamos uma fragilidade na execução dessas políticas, pois quando são executadas se dão de forma isolada e não respeitam o contexto cultural dos povos. Maria Isabel Correia da Silva Indígena da etnia Katokinn, Pariconha-AL,Assistente Social no Distrito Sanitário Especial de Alagoas e Sergipe – DSEI-AL/SE Notas acerca da realidade indígena e a Covid-19
  • 16. Atualmente, a política de saúde que nesse momento é a mais requisitada, é execu- tada através da Secretária Especial de Saúde Indígena (Sesai), mediante os 34 Distri- tos Sanitários Especiais Indí- genas (DSEI’s) espalhados pelo Brasil. Aqui em Alagoas, temos observado várias ações das equipes de saúde dentro dascomunidades,porémessas açõesemalgunsterritóriosnão tem logrado êxito, tendo em vista a visão etnocêntrica da medicina ocidental e a falta de preparo da equipe para entender os aspectos culturais e religiosos que permeiam o processo de saúde, doença e cura dos povos. Deste modo, a cosmologia que permeia a organização de alguns povos ainda não foi entendida pelo órgão responsável em execu- tarapolíticadesaúde,gerando dentro de algumas comunida- des a negação do processo de doença gerado pela Covid -19 e assim contribuindo para o aumento dos casos. O Distrito Sanitário Espe- cial Indígena de Alagoas e Sergipe emite diariamente boletim epidemiológico com os casos confirmados, pode- mos observar que no último boletim publicado nas redes sociais pelo DSEI no dia 02/07, contabilizamos oito comuni- dades entre elas: Kariri-Xokó, Xokó, KarapotóPlaky-ô, Kara- potó Terra-Nova, Karuazu, Jeripankó, Xucuru-Kariri e Wassu-Cocal com casos posi- tivados para a Covid -19 e a constatação de três óbitos. Além dos casos confirma- dos, não podemos descartar as possíveis subnotificações que se dão pela ineficiência da politicadesaúdeedadesinfor- mação da população que gera medo e vários mitos acerca da doença, fazendo com que em algumas comunidades uma parcela significativa da população tenha se recusado a procurar os polos base para atendimento e a realização do teste rápido. No que tange á subnotificação em nível nacio- nal, podemos observar que os dados publicados pela Sesai divergem dos publicados pela Articulação dos Povos Indí- genas do Brasil (APIB), sendo estes superiores aos apresen- tados pelo órgão oficial do Ministério da Saúde, demons- trando uma disparidade que não reflete a realidade. Constatamos através da estatística divulgada no site oficial da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), que o vírus tem crescido de forma expo- nencial no interior e que em todas as cidades de Alagoas com populações indígenas temos casos confirmados, demonstrando que se algo decisivo e contínuo não for feito será apenas questão de tempo para que tenhamos casos positivados em todas as 12etniasdoEstadodeAlagoas. Compartilho, enquanto indígena e profissional da saúde indígena, que precisa- mos unir forças para poten- cializar as ações de saúde nos territórios e que a maior ferramenta nesse momento é a conscientização de que deve- mos nos resguardar. Desta forma, creio que a Sesai, secre- tarias municipais de saúde, Funai, Controle Social, Misté- rio Público e as organizações indígenas presente a nível localedeabrangênciaregional devem articular as ações no combate ao avanço do vírus. Que as medidas pensadas devem estar em consonância com a organização interna e cosmologiadecadaaldeiae,só assim, a mensagem da gravi- dade da Covid-19 e a presença dovírusnasaldeiasserãoreco- nhecidas e entendidas. Aqui não descartamos as ações e os esforços das equi- pes de saúde que a todo o momento buscam estratégias para atingir um número cada vez maior de pessoas com as mensagens de prevenção, também sabemos da impor- tância de um SASI-SUS forta- lecido e organizado para responder as demandas mais gravesqueexigemumsuporte especializado na saúde de média e alta complexidade. É com o intuito de preservar vidas que as comunidades têm buscado dialogar com as instituições responsáveis pela execução da política de saúde nas bases e cobrar medidas mais incisivas e eficazes no combate à Covid-19. Enquanto indígena, mulher, assistente social e ser humano sensível e conectada com o gênero humano busco refletir esse momento tão difí- cil e de muitas perdas para o mundo e para nosso povo, com a certeza de que deve- mos nos expressar e denun- ciar qualquer tipo de injustiça cometida contra as popula- ções indígenas, entre elas a omissão, nesse momento de pandemia e afirmar que vidas indígenas importam também. Ficaacertezadequemuito foi aprendido nesses 500 anos e a bandeira da resistência, principalmente dos povos indígenas do nordeste, encon- tra-se hasteada e mesmo com perdas nesse momento tão difícil, nosso povo buscará meios de se manter vivo, pois de resistência nós entende- mos! CAMPUS 4 O DIA ALAGOAS l 4 a 10 de outubro I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br FICHA TÉCNICA CAMPUS COORDENADORIAS SETORIAIS L. Sávio deAlmeida Coordenador de Campus Cícero Rodrigues Ilustração Jobson Pedrosa Diagramação Iracema Ferro Edição e Revisão CíceroAlbuquerque Semiárido Eduardo Bastos Artes Plásticas Amaro Hélio da Silva Índios Lúcio Verçoza Ciências Sociais Renildo Ribeiro Letras e Literatura Visite o Blog do SávioAlmeida Pessoas que fazem Campus Enio Lins,Ilustrador