1) A UTC Fire & Security organizou workshops sobre vídeo IP, câmaras megapixel e outras tecnologias de segurança para desmistificar termos e conceitos.
2) Os workshops abordaram tópicos como compressão de vídeo, qualidade de imagem, armazenamento e redes, explicando conceitos técnicos de forma acessível.
3) A integração entre sistemas de diferentes fabricantes, promovida por iniciativas como a PSIA e a ONVIF, é essencial para o futuro do setor da segurança.
Workshop da UTC Fire & Security aborda integração de sistemas de videovigilância IP
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Utc FiRe & secURitY
Workshop desmistifica vídeo IP e outras buzzwords
a Utc Fire & security
organizou recentemente dois
workshops (Lisboa – 15/02;
Porto - 23/02) dedicados ao
vídeo sobre iP, câmaras
megapixel e outras buzzwords.
temas muito em voga na área
da segurança, mas que nem
todos sabem interpretar.
Por isso mesmo, a antiga ge
security não se admira que
o número de participantes
destas formações aumente
de ano para ano. Nuno Figueiredo, Sales Manager da UTC Fire & Security, e Carlos Nobre, Account Manager Systems Global Security Products,
conduziram um workshop para cerca de 50 participantes. A mensagem dos dois responsáveis passa pela necessidade
Por Ana Rita Dinis | Fotografia: Carlos Mateus de Lima de maior conhecimento técnico e de integração no sector
reportagem RegResso ao básico
A sessão de formação começou com uma breve intro-
dução sobre o desempenho e actividades da UTC Fire
abordando a problemática da integração e a sua impor-
tância para o futuro do sector da segurança.
Segundo Carlos Nobre, sobre esta matéria há muita
& Security em Portugal. Um conteúdo deveras interes- informação disponível mas poucos factos. A verdade é
sante, se considerarmos que faz agora um ano que a que existem já duas iniciativas que apostam e apoiam
Na senda da estratégia da formação que encetou há empresa comprou a GE Security. Responsável por esta a integração entre fabricantes. A PSIA, da qual a
alguns anos, a UTC Fire & Security organizou mais um apresentação de cariz mais institucional, Nuno Figuei- UTC- Fire & Security faz parte, e a ONVIF. Com propósi-
workshop, o primeiro de 2011, desta feita dedicado redo, Sales Manager da UTC Fire & Security, acredita tos convergentes, estas duas plataformas baseiam-se
à videovigilância IP. Em Lisboa, a empresa reuniu que as iniciativas de formação constituem também o em conceitos diferentes. A PSIA - Physical Security
cerca de 50 participantes, entre parceiros, empresas momento certo para o reforço da marca: “Este não é Interoperability Alliance resulta de um consórcio glo-
instaladoras de segurança, prescritores (projectistas, um evento desinteressado. Tentamos olhar para este bal composto por mais de 65 fabricantes da área da
consultores, etc.), clientes finais (representantes TAP, segmento de forma pedagógica e queremos que o segurança e integradores de sistemas (entre as quais
BCP, EDP), e outros interessados. mercado venha ter connosco para se aconselhar e para Arecont Vision, Assa Abloy, Cisco Systems, Genetec,
A resposta a estas formações tem sido cada vez mais poder discutir os aspectos tecnológicos com interlocu- Honeywell, IBM, IQinVision, Pelco, Tyco International,
elevada o que obrigou a empresa a prescindir das tores que sejam de confiança”. etc.) focado na promoção da interoperacionalidade dos
suas instalações, optando por espaços maiores. “Isto Quanto à apresentação técnica propriamente dita, sistemas (físicos) de segurança baseados em redes IP
significa que as pessoas têm reconhecido não só que Carlos Nobre tocou em vários tópicos associados à de todos os segmentos da indústria. Por sua vez, a ON-
somos bons interlocutores do conceito mas que pra- videovigilância: das câmaras à compressão e qualidade VIF constitui um fórum aberto para o desenvolvimento
ticamos esse mesmo conceito”, indica Carlos Nobre, de imagem, largura de banda, lentes, armazenamento, de um standard global para o interface dos produtos
Account Manager Systems Global Security Products, monitores e até redes (unicast e multicast, PoE…). (físicos) de segurança baseados em IP. Esta estrutura
responsável por este workshop. “Fizemos uma análise histórica do CCTV e videovigi- está apostada na adopção das redes IP no mercado da
“A segurança tem evoluído cada vez mais e muito lância. Regressámos aos conceitos básicos, transição segurança para uma interoperabilidade ilimitada entre
rapidamente. E, por isso, nestes workshops tocamos do analógico para o digital, e fomos vendo, passo-a- produtos de diferentes fabricantes.
sempre em temas quentes da actualidade. O ano pas- passo, o que era necessário fazer para chegar a algu- Independentemente da operação destas louváveis
sado abordámos o novo regulamento de incêndios, mas conclusões. Digitalização, qualidade de imagem, iniciativas, a verdade é que o sucesso e evolução do
este ano tocámos no CCTV, uma área em revolução compressão – o que é?, etc. Falámos sobre as redes sector da segurança dependem efectivamente da inte-
constante (que representa 18% do negócio GE, onde e sobre o que se precisa de saber sobre este tema gração das soluções. Nuno Figueiredo acompanha esta
reina o segmento da detecção de intrusão). Sentimos e sobre a necessidade de interligação com a área da perspectiva: “O cliente final pretende investimentos
Segurança
que cada vez mais se cometem erros e existem ideias informática. No fundo tocámos de uma forma leve mas que possa reaproveitar mais tarde e quer tirar o melhor
mal concebidas transversalmente, em toda a cadeia. incisiva nos vários aspectos da tecnologia”. de um determinado produto e ir buscar o melhor de
Quisemos contribuir para desmistificar algumas pala- outro a um diferente fabricante. Para ‘casar’ todo este
vras e alertar toda a cadeia que as coisas podem não oNViF e Psia: iNtegRação à Vista tipo de sistemas e subsistemas é preciso que haja
ser aquilo que pensam e que é necessário ter conhe- Não se focando em produtos ou soluções mas sim em comunicação entre eles, portanto, este é um requisito
cimento para progredir”, afirma o responsável. conceitos, Carlos Nobre finalizou a sua intervenção do próprio mercado”.
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actUaLize-se!
Além desta importante mensagem, Carlos Nobre deixa
uma recomendação aos profissionais e empresas de
segurança: “é necessário estar melhor preparado,
estudar, e ter muita atenção aos mitos estabelecidos.
Não se pode ficar estagnado… é necessário aprender
e saber partilhar conhecimento com outras áreas,
como a informática”. Isto porque, reconhece este
responsável, uma das principais dificuldades técnicas
reveladas pelos profissionais prende-se com as redes.
“Há muito que deixámos o CCTV para passar à videovi-
gilância, enfim passámos da estrutura para o conceito,
e por isso as coisas mudam. O principal problema é as
pessoas julgarem que sabem aquilo que não sabem.
Às vezes coisas tão simples como o cálculo da largura
de banda ou o cálculo da capacidade de disco, ou até
o conceito de compressão. Por exemplo, há muita
gente que não sabe o que é uma compressão MPEG 4
de bit rate variável, o que significa que pode gravar O número de participantes nos Workshops da UTC Fire & Security tem aumentado de ano para ano, para a empresa isso
muito num dia e pouco no outro, porque tudo depende significa que o sector reconhece a sua credibilidade e está mais alerta para a necessidade de informação
da imagem que está a gravar. Não é necessário ter o
detalhe matemático, mas é importante ter a ideia para Com resultados interessantes no último ano, que bilidade de crescimento no futuro parece agora muito
perceber quando há algum problema”. superaram os do ano anterior, a UTC Fire & Security mais interessante. Estamos a ser incorporados numa
Todas estas informações são fulcrais para dar resposta perspectiva 2011 como um ano mais difícil, também estrutura e está a haver uma série de transferência
acertada aos desafios dos projectos. “O cliente tem em virtude das alterações introduzidas ao nível da de conhecimento. O que se adivinha no futuro é que
determinados requisitos e quem faz uma oferta tem detecção de incêndio cujo IVA passou de 6 para 23%. a nossa gama de soluções se adeqúe cada vez mais
que ir ao encontro dessas exactas necessidades. Por Além disso, o Estado, que tem um grande um peso na ao mercado. Estamos a posicionar-nos para ser, se
exemplo, hoje fala-se muito em câmaras megapixel, indústria de segurança, através das suas obras públi- não somos já, uma das grandes empresas de soluções
mas na maior parte dos casos quando vêm especifica- cas, também estagnou o investimento. globais de segurança com um portfolio muito mais rico,
das, estas câmaras não são necessárias”, exemplifica Por outro lado, a integração na UTC Fire & Security de A a Z”, afirma Carlos Nobre. n
Nuno Figueiredo. abre novos horizontes à antiga GE Security: “A possi- www.utcfireandsecurity.com
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