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Capítulo 1
Carga axial
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1.1 - Revisão
1
P P
E
E A E EA

  
   
Da Lei de Hooke:
Definição de deformação e de tensão:
L

 
Temos para o deslocamento:
EA
PL


Com variações de carga, seção transversal
ou propriedades dos materiais,


i i
i
i
i
A
E
L
P

Barra homogênea BC, de comprimento
L e seção uniforme de área A,
submetida a uma força axial centrada P
P
A
 
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Força e deslocamento são positivos se provocarem tração e alongamento;
e negativos causarão compressão e contração.
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1.2-Problemas hipestáticos
Barra sob carga axial fixada em uma única extremidade:
Este problema é isostático, porque apenas as equações de equilíbrio
disponíveis são suficientes para determinar as reações de apoio.
2 1
0: 0
x A
F R P P


     
 2
1 P
P
RA 

Isostático
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Barra sob carga axial fixada nas
duas extremidades:
Neste caso o problema é
hiperestático, porque apenas as
equações de equilíbrio não
suficientes para determinar as
reações de apoio.
0: 0
y A B
F F F P
     
 )
1
(
P
F
F B
A 

Hiperestático
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É preciso criar uma equação adicional que
leva em conta a maneira como a estrutura se
deforma.
Este tipo de equação é chamado de equação
de compatibilidade (ou condição cinemática).
0

A

0

B

0

AB

Neste problema como as extremidades A e
B são fixas, tem-se que o deslocamento
relativo entre A e B deve ser nulo.
1.3-Equação de compatibilidade
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Equação de compatibilidade:
  0
.
.
.
.



A
E
L
F
A
E
L
F CB
B
AC
A
0


 CB
AC
AB 


0
.
.
.
.



A
E
L
N
A
E
L
N CB
CB
AC
AC
AB

)
2
(
A
CB
AC
B F
L
L
F 
Substituindo (2) em (1): P
L
L
F
e
P
L
L
F AC
B
CB
A 

)
1
(
P
F
F B
A 

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Procedimento de análise:
1. Desenhar um diagrama de corpo livre da
estrutura, indicando todas as reações de
apoio e forças externas.
2. Aplicar as equações de equilíbrio
disponíveis.
3. Criar uma ou mais equações de
compatibilidade adicionais.
4. Resolver o sistema de equações: equilíbrio +
compatibilidade.
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Exercício de fixação
1)A barra de aço é presa a dois apoios fixos A e B. Determine as reações
desses apoios quando se aplica o carregamento indicado. Eaço = 200 GPa
Respostas: RA=323kN↑ e RB=577kN ↑
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Exemplo 1-
A haste de aço tem diâmetro de 5 mm e está presa à parede fixa em A. Antes
de ser carregada, há uma folga de 1 mm entre a parede B’ e a haste.
Determine as reações em A e B’ se a haste for submetida a uma força axial
P = 20 kN. Despreze o tamanho do colar em C. (Eaço = 200 GPa)
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   
   
2 2 3 2
6
1
1 400 800
1( ) 2,5 ( ) 200 10 ( / ) 400 800
400 800 3,93 10 N.mm (2)
A AC B CB
AB
A B
A B
A B
F L F L
mm
EA EA
EA F mm F mm
mm mm N mm F mm F mm
F F


  
  
     
  
A condição de compatibilidade para a haste é .
mm
1

AB

As equações (1) e (2) nos dá FA = 16,6 kN e FB = 3,39 kN
O equilíbrio da haste exige:
3
0; 20 10 0 (1)
x A B
F F F N
       

3
20 10 (1)
A B
F F
   
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Exercício de fixação
2)Calcular as reações em A e B, na barra do exercício anterior, supondo que
existe uma distância de 4,5mm entre a barra e o apoio B, quando o
carregamento é aplicado. Adotar
Respostas RA=784,6kN ↑ RB=115,4kN↑
Eaço = 200 GPa
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3) As três barras de aço A-36 mostradas abaixo estão conectadas por
pinos a um elemento rígido. Se a carga aplicada ao elemento for 15kN,
determine a força desenvolvida em cada barra. Cada uma das barras AB
e EF tem área de seção transversal de 25mm2, e a barra CD tem área de
seção transversal de 15mm2.
Respostas: FA=9,52kN, FC=3,46kN e FE=2,02kN
Exercícios de fixação:
Eaço = 200 GPa
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Outro tipo de problema estaticamente indeterminado: qual a
deformação da barra e do tubo quando uma força P é aplicada por
meio de uma placa rígida?
1.4- Estruturas heterogêneas
quanto aos materiais
1 2 (1)
P P P
 
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No entanto, a geometria do problema nos mostra que as deformações
da barra e do tubo devem ser iguais.
Resolvendo o sistema temos o valor de P1
e P2. Em seguida calculamos a deformação
da barra e do tubo pelas equações de
deslocamento citadas acima.
1 2
e
 
1 2
1 2
1 1 2 2
P P
=
L L
E A E A
  
1 2
1 1 2 2
P P
(2)
E A E A

1 1 2 2
1 2
1 1 2 2
P P
= e =
L E A L E A
 
 
 
𝛿1 = 𝛿2
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O poste de alumínio mostrado abaixo é reforçado com um núcleo de latão.
Se este conjunto suportar uma carga de compressão axial resultante
P=45kN, aplicada na tampa rígida, determine a tensão normal média no
alumínio e no latão. Considere
Exemplo 3-
70 105
al lat
E GPa e E GPa
 
0; 45 0 (1)
y al lat
F kN F F
      

estaticamente indeterminado
=
al lat
  al lat
F F
al al lat lat
L L
E A E A

𝐹𝑎𝑙
70𝐺𝑃𝑎× 502−252 𝑚𝑚2=
𝐹𝑙𝑎𝑡
105𝐺𝑃𝑎× 252 𝑚𝑚2
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Resolvendo o sistema:
A tensão normal média no alumínio e no latão é:
al lat
F 2F (2)

al
F 30kN
 lat
F 15kN

𝑎𝑙 =
𝐹𝑎𝑙
𝐴𝑎𝑙
=
−30.000𝑁
 502 − 252 𝑚𝑚2
= −5,09𝑀𝑃𝑎
𝑙𝑎𝑡 =
𝐹𝑙𝑎𝑡
𝐴𝑙𝑎𝑡
=
−15.000𝑁
 252 𝑚𝑚2
= −7,64𝑀𝑃𝑎
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4) A coluna é construída de concreto de alta resistência e seis hastes
de reforço de aço A-36. Se ela for submetida a uma força axial de
30kip, determine a tensão normal média no concreto e em cada haste.
Cada uma tem diâmetro de 0,75in.
Resposta:
Exercícios de fixação:
3 3
4,2(10 ) 29(10 )
conc aço
E ksi e E ksi
 
aço conc
3,14 0,46
ksi e ksi
 
   
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5) Uma barra trimetálica está comprimida uniformemente por uma
força axial P=2000lb aplicada através de uma placa rígida na
extremidade. A barra consiste de um núcleo circular de aço circundado
por tubos de latão e de cobre. O núcleo de aço tem diâmetro 0,4in, o
tubo de latão tem diâmetro externo de 0,6in e o tubo de cobre tem
diâmetro externo de 0,8in. Os módulos de elasticidade correspondentes
são Eaço=30x106psi, Elatão=15x106psi e Ecobre=18x106psi. Calcule as
tensões normais de compressão no aço, latão e cobre devido à força P.
Respostas:
Exercícios de fixação:
aço
cob
lat
5,95
3,57
2,98
ksi
ksi
ksi



 
 
 
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A variação de temperatura provoca mudanças nas dimensões de uma
peça estrutural.
Quando a temperatura aumenta a estrutura sofre uma dilatação.
Quando a temperatura diminui a estrutura sofre uma contração.
1.5- Tensões térmicas
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Estudos experimentais demonstraram que a
variação de comprimento provocada pela
temperatura em uma barra de material
homogêneo é dada por:
L
T
T .
.


 = propriedade do material denominada coeficiente de dilatação
térmica dado em 1/oC
T = variação de temperatura em oC
L = comprimento inicial da barra
T = variação no comprimento da barra
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Se a estrutura for isostática, e a variação de comprimento provocada pela
temperatura for livre, não surgirão tensões causadas pela variação de
temperatura.
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Se a estrutura for hiperestática, a variação de
comprimento da barra provocada pela temperatura
será impedida e surgirão tensões térmicas.
Estas tensões térmicas podem atingir valores
elevados, causando danos à estrutura ou mesmo
provocando sua ruptura.
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Por este motivo, em estruturas de grande porte, como pontes, são feitas
juntas de dilatação, para permitir a livre movimentação térmica da
estrutura.
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Cálculo do efeito da variação térmica em uma estrutura hiperestática
(variação de comprimento impedida).
Equação de equilíbrio:
0: 0
y A B
F R R
  

)
1
(
B
A R
R 
Para a resolução deste tipo de problema, é possível considerar a
reação do apoio como reação redundante e aplicar o princípio da
superposição
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Equação de compatibilidade:
)
2
(
0

AB

L
T
T .
.


Variação de comprimento provocada pela
temperatura:
Variação de comprimento provocada
reação RA:
A
E
L
RA
R
.
.


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Equação de compatibilidade:
0
.
.
.
. 



A
E
L
R
L
T A
AB 

0 (2)
AB T R
  
  
B
A R
T
A
E
R 

 .
.
. 
T
A
E
N 
 .
.
. 
T
E
A
N
T 

 .
.
 Tensão térmica
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A barra de aço mostrada na figura está restringida para
caber exatamente entre os dois suportes fixos quando
T1=30°C. Se a temperatura aumentar até T2=60°C,
determinar a tensão térmica normal média desenvolvida
na barra. Usar E=200GPa e .
Exemplo 4-
6
12 10 1/ C
 
  
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0: R
y A B
F R R
    

0
AB T R
  
  
T =60-30=30°C

2
10mm×10mm=100mm
A 
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2
N 7200
= 72
A 100
N
MPa
mm


  
=-72MPa

 
6
12 10 1/ 30 1000 0,36
T C C mm mm
 
      
𝛿 𝑅 =
𝑅 × 1000𝑚𝑚
200 × 103𝑁/𝑚𝑚2 × 100𝑚𝑚2
= 0,00005𝑅
𝛿 𝐴𝐵 = 0,36 + 0,00005𝑅 = 0
𝑅 = −7200𝑁 = −7,2𝑘𝑁
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6) A barra AB é perfeitamente ajustada aos anteparos fixos quando a
temperatura é de +25°C. Determinar as tensões atuantes nas partes AC e
CB da barra para a temperatura de -50°C.
Usar :E=200GPa e
Respostas:
𝜎1 = 240𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜎2 = 120𝑀𝑃𝑎
Exercício de fixação:
6
12 10 1/ C
 
  
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7) Os diâmetros e materiais de fabricação do conjunto são indicados na
figura. Se o conjunto estiver bem ajustado entre seus apoios fixos
quando a temperatura é T1=70°F, determine a tensão normal média
em cada material quando a temperatura atingir T2=110°F .
Respostas:
6 6 6
12,8 10 1/ 9,6 10 1/ 9,6 10 1/
alum bronze açoinox
F F F
  
  
        
3 3 3
10,6(10 ) E 15(10 ) E 28(10 )
alum bronze açoinox
E ksi ksi ksi
  
2,5 5,5 22,1
alum bronze açoinox
ksi ksi ksi
  
     
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8) Os dois segmentos de haste circular, um de alumínio e outro de
cobre, estão presos às paredes rígidas de modo tal que há uma folga de
0,2mm entre eles quando T1 = 15°C. Cada haste tem diâmetro de
30mm, determine a tensão normal média em cada haste se T2 = 150°C.
𝐸𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒= 126𝐺𝑃𝑎 𝑒 𝐸𝑎𝑙𝑢𝑚 = 70𝐺𝑃𝑎
𝛼𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 17𝑥10−61/°𝐶 𝑒 𝛼𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 24𝑥10−61/°𝐶
Resposta:
185,6MPa
  
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9) Uma haste maciça (1) de alumínio [E=70GPa; α= 22,5x10-6/ °C ] está
conectada a uma haste de bronze [E=100GPa; α= 16,9x10-6/ °C] em um
flange B conforme mostra a figura. A haste de alumínio (1) tem diâmetro de
40mm e a haste de bronze (2) tem diâmetro de 120mm. As barras estão
livres de tensões quando a estrutura é montada a 30°C. Depois de a carga de
300kN ser aplicada ao flange B, a temperatura é elevada a 45°C. Determine
as tensões normais nas hastes e o deslocamento do flange B.
Resposta: σ1=22,6MPa(C), σ2=29MPa(C) e δB=0,037mm→
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10) Um estrutura conectada por pinos consiste em uma barra rígida ABC,
uma haste maciça (1) de bronze [E=100GPa; α= 16,9x10-6/ °C] uma
haste maciça de alumínio [E=70GPa; α= 22,5x10-6/ °C ]. A haste de
bronze (1) tem diâmetro de 24mm e a haste de alumínio (2) tem
diâmetro de 16mm. As barras estão livres de tensão quando a estrutura é
montada a 25°C. Depois da montagem, a temperatura da barra (2) é
reduzida em 40°, enquanto a temperatura da haste (1) permanece
constante a 25°. Determine as tensões normais em ambas as hastes para
essa condição. Resposta: σ1=33,2MPa(C), σ2=42,7MPa(T)
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Quando um corpo deformável é alongado em
uma direção, ele sofre uma contração na
direção transversal.
1.6 - Coeficiente de Poisson
al
longitudin
l
transversa


 

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Até agora, nosso estudo se limitou à análise de barras delgadas
submetidas a cargas axiais, isto é, dirigidas ao longo de um eixo
somente.
1.7- Estados Múltiplos de Carregamento –
Generalização da Lei de Hooke
Tensão normal em cubo elementar Tensão normal em um elemento plano
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Passamos agora a considerar elementos estruturais sujeitos à ação de
carregamentos que atuam nas direções dos três eixos coordenados,
produzindo tensões normais .
Temos então um ESTADO MÚLTIPLO DE CARREGAMENTO
OU CARREGAMENTO MULTIAXIAL.
Cubo elementar original de arestas de Cubo elementar deformado
comprimento unitário
,
x y z
e
  
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Para escrevermos as expressões das componentes de deformação em função
das tensões, vamos considerar separadamente o efeito provocado por cada
componente de tensão e superpor os resultados (princípio da superposição).
Considerando em primeiro lugar a tensão :
causa uma deformação específica de valor na direção do eixo x e de
na direção y e z.
y
y
y
z
z
x
z
x
x
y
z
x
E
E
E
E E
E E
E
E


























/
x E


Generalização da Lei de Hooke para
carregamento multiaxial
Lembrando:
Válido para o regime elástico e
deformações pequenas!
Deformação positiva – expansão
Deformação negativa - contração
/
x E

x

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11) Um círculo de diâmetro d=230mm é desenhado em uma placa de
alumínio livre de tensões de espessura t=20mm. Forças atuando no
plano da placa posteriormente provocam tensões normais
e . Para E=70GPa e 𝜈=0,33, determine a variação (a) do
comprimento do diâmetro AB, (b) do comprimento do diâmetro CD, (c)
da espessura da placa e (d) a dilatação volumétrica específica.
Respostas:
(a)δAB=122,6μm (b)δCD=368 μm (c) δt=-21,2 μm (d) 0,00107
Exercício de fixação:
84
x MPa
 
140
z MPa
 
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Volume :
Aplicando a Lei de Hooke Generalizada:
  
z
y
x
E
e 







2
1
   
E
E
e
z
y
x
z
y
x 





 





2
1.8-Dilatação volumétrica
(1 )(1 )(1 )
x y z
   
   
Mudança de volume:
1 (1 )(1 )(1 ) 1
x y z
e    
      
x y z
e   
  
As deformações específicas são muito menores
que a unidade e os produtos entre elas podem
ser desprezados.
Dilatação volumétrica específica
V
e
V


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p
z
y
x 


 


Pressão hidrostática uniforme:
p
E
e
)
2
1
(
3 



Módulo de elasticidade de volume:
)
2
1
(
3 


E
k
k
p
e 

p
x 


p
z 


p
y 


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12) Um bloco cilíndrico de latão, com 160mm de altura e 120mm de
diâmetro é deixado afundar num oceano até a profundidade onde a pressão
é de 75MPa (cerca de 7500m abaixo da superfície). Sabendo-se que
E=105GPa e ν=0,35, determinar: (a) variação do altura do bloco (b) sua
variação do diâmetro (c) sua dilatação volumétrica específica (d) variação
do volume
Respostas: (a) δh=-34,2μm (b)δd=-25,7 μm (c) e=-6,42(10-4) (d)ΔV= -
1161mm3
Exercício de fixação:
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13) A figura mostra um bloco de aço submetido à ação de pressão uniforme
em todas as faces. Mediu-se a variação do comprimento AB, que foi de -
24μm. Determinar: (a) variação do comprimento das outras duas arestas (b)
a pressão p aplicada às faces do bloco. Adotar E=200GPa e ν=0,29.
Respostas: (a)δy=-12μm (b)δz=-18 μm (c) p=-142,9MPa
Exercício de fixação:
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14) Um bloco feito de liga de magnésio (E=45GPa e ν=0,35). Sabendo que
σx=-180MPa, determinar: (a) σy para qual a variação do altura do bloco é
zero (b) a correspondente variação da área da face ABCD (c) a
correspondente variação do volume.
Respostas: (a) σy =-63MPa (b) -4,05mm2 (c)-162mm3
Exercício de fixação:
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Até agora, se admitiu que a tensão média, de acordo com o valor
determinado pela expressão, =P/A é a tensão crítica ou significativa.
1.8- Concentração de tensões
𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾𝜎 𝑛𝑜𝑚
Trajetórias de tensões e distribuições de
tensões normais para barras planas com:
(a) entalhes
(b) furos centralizados
(c) filetes laterais
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Entalhes
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Furos centralizados
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Filetes laterais
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Exemplo 5-
O componente de máquina mostrado abaixo tem 20mm de espessura e é
feito de bronze C86100. Determine a carga máxima que pode ser aplicada
com segurança se for especificado um fator de segurança de 2,5 em relação
à falha por escoamento. Dados: (lim )bronze=331MPa.
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A tensão limite do bronze é 331MPa. A tensão admissível, com base no
fator de segurança de 2,5 é 331/2,5=132,4MPa. A tensão máxima no
componente de máquina ocorrerá no filete entre as duas seções ou no
contorno do orifício circular.
No filete:
𝐷
𝑑
=
90𝑚𝑚
60𝑚𝑚
= 1,5
𝑟
𝑑
=
15𝑚𝑚
60𝑚𝑚
= 0,25 𝐾 ≅ 1,73
𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾𝜎 𝑛𝑜𝑚
𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾
𝑃
𝑡𝑑
𝑃 =
𝜎 𝑚á𝑥𝑡 𝑑
𝐾
𝑃 =
132,4𝑀𝑃𝑎 × 20𝑚𝑚 × 60𝑚𝑚
1,73
𝑃 = 91.838𝑁 = 91,8𝑘𝑁
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No orifício:
𝑑
𝐷
=
27𝑚𝑚
90𝑚𝑚
= 0,3 𝐾 ≅ 2,36
𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾𝜎 𝑛𝑜𝑚
𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾
𝑃
𝑡(𝐷 − 𝑑)
𝑃 =
𝜎 𝑚á𝑥𝑡(𝐷 − 𝑑)
𝐾
𝑃 =
132,4𝑀𝑃𝑎 × 20𝑚𝑚( 90𝑚𝑚 − 27𝑚𝑚)
2,36
𝑃 = 70.688𝑁 = 70,7𝑘𝑁
𝜎𝑚á𝑥 = 70,7𝑘𝑁
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15) O componente de máquina mostrado na figura tem 12mm de
espessura e é feito de aço. Os orifícios estão centrados na barra. Determine
a máxima carga P que pode ser aplicado com segurança se for especificado
um coeficiente de segurança de 3,0 em relação à falha por escoamento.
Dados: (lim )aço=910MPa
Resposta: 103,3kN
Exercício de fixação:
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16) O componente de máquina mostrado na figura tem 8 mm de espessura
e é feito de aço. Determine a máxima carga P que pode ser aplicado com
segurança se for especificado um coeficiente de segurança de 3,0 em
relação à falha por escoamento. Dados: (lim )aço=427MPa
Resposta: 30kN
Exercício de fixação:

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  • 1. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Capítulo 1 Carga axial
  • 2. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 1.1 - Revisão 1 P P E E A E EA         Da Lei de Hooke: Definição de deformação e de tensão: L    Temos para o deslocamento: EA PL   Com variações de carga, seção transversal ou propriedades dos materiais,   i i i i i A E L P  Barra homogênea BC, de comprimento L e seção uniforme de área A, submetida a uma força axial centrada P P A  
  • 3. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Força e deslocamento são positivos se provocarem tração e alongamento; e negativos causarão compressão e contração.
  • 4. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 1.2-Problemas hipestáticos Barra sob carga axial fixada em uma única extremidade: Este problema é isostático, porque apenas as equações de equilíbrio disponíveis são suficientes para determinar as reações de apoio. 2 1 0: 0 x A F R P P          2 1 P P RA   Isostático
  • 5. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Barra sob carga axial fixada nas duas extremidades: Neste caso o problema é hiperestático, porque apenas as equações de equilíbrio não suficientes para determinar as reações de apoio. 0: 0 y A B F F F P        ) 1 ( P F F B A   Hiperestático
  • 6. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias É preciso criar uma equação adicional que leva em conta a maneira como a estrutura se deforma. Este tipo de equação é chamado de equação de compatibilidade (ou condição cinemática). 0  A  0  B  0  AB  Neste problema como as extremidades A e B são fixas, tem-se que o deslocamento relativo entre A e B deve ser nulo. 1.3-Equação de compatibilidade
  • 7. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Equação de compatibilidade:   0 . . . .    A E L F A E L F CB B AC A 0    CB AC AB    0 . . . .    A E L N A E L N CB CB AC AC AB  ) 2 ( A CB AC B F L L F  Substituindo (2) em (1): P L L F e P L L F AC B CB A   ) 1 ( P F F B A  
  • 8. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Procedimento de análise: 1. Desenhar um diagrama de corpo livre da estrutura, indicando todas as reações de apoio e forças externas. 2. Aplicar as equações de equilíbrio disponíveis. 3. Criar uma ou mais equações de compatibilidade adicionais. 4. Resolver o sistema de equações: equilíbrio + compatibilidade.
  • 9. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Exercício de fixação 1)A barra de aço é presa a dois apoios fixos A e B. Determine as reações desses apoios quando se aplica o carregamento indicado. Eaço = 200 GPa Respostas: RA=323kN↑ e RB=577kN ↑
  • 10. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Exemplo 1- A haste de aço tem diâmetro de 5 mm e está presa à parede fixa em A. Antes de ser carregada, há uma folga de 1 mm entre a parede B’ e a haste. Determine as reações em A e B’ se a haste for submetida a uma força axial P = 20 kN. Despreze o tamanho do colar em C. (Eaço = 200 GPa)
  • 11. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias
  • 12. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias         2 2 3 2 6 1 1 400 800 1( ) 2,5 ( ) 200 10 ( / ) 400 800 400 800 3,93 10 N.mm (2) A AC B CB AB A B A B A B F L F L mm EA EA EA F mm F mm mm mm N mm F mm F mm F F                  A condição de compatibilidade para a haste é . mm 1  AB  As equações (1) e (2) nos dá FA = 16,6 kN e FB = 3,39 kN O equilíbrio da haste exige: 3 0; 20 10 0 (1) x A B F F F N          3 20 10 (1) A B F F    
  • 13. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Exercício de fixação 2)Calcular as reações em A e B, na barra do exercício anterior, supondo que existe uma distância de 4,5mm entre a barra e o apoio B, quando o carregamento é aplicado. Adotar Respostas RA=784,6kN ↑ RB=115,4kN↑ Eaço = 200 GPa
  • 14. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 3) As três barras de aço A-36 mostradas abaixo estão conectadas por pinos a um elemento rígido. Se a carga aplicada ao elemento for 15kN, determine a força desenvolvida em cada barra. Cada uma das barras AB e EF tem área de seção transversal de 25mm2, e a barra CD tem área de seção transversal de 15mm2. Respostas: FA=9,52kN, FC=3,46kN e FE=2,02kN Exercícios de fixação: Eaço = 200 GPa
  • 15. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Outro tipo de problema estaticamente indeterminado: qual a deformação da barra e do tubo quando uma força P é aplicada por meio de uma placa rígida? 1.4- Estruturas heterogêneas quanto aos materiais 1 2 (1) P P P  
  • 16. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias No entanto, a geometria do problema nos mostra que as deformações da barra e do tubo devem ser iguais. Resolvendo o sistema temos o valor de P1 e P2. Em seguida calculamos a deformação da barra e do tubo pelas equações de deslocamento citadas acima. 1 2 e   1 2 1 2 1 1 2 2 P P = L L E A E A    1 2 1 1 2 2 P P (2) E A E A  1 1 2 2 1 2 1 1 2 2 P P = e = L E A L E A       𝛿1 = 𝛿2
  • 17. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias O poste de alumínio mostrado abaixo é reforçado com um núcleo de latão. Se este conjunto suportar uma carga de compressão axial resultante P=45kN, aplicada na tampa rígida, determine a tensão normal média no alumínio e no latão. Considere Exemplo 3- 70 105 al lat E GPa e E GPa   0; 45 0 (1) y al lat F kN F F         estaticamente indeterminado = al lat   al lat F F al al lat lat L L E A E A  𝐹𝑎𝑙 70𝐺𝑃𝑎× 502−252 𝑚𝑚2= 𝐹𝑙𝑎𝑡 105𝐺𝑃𝑎× 252 𝑚𝑚2
  • 18. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Resolvendo o sistema: A tensão normal média no alumínio e no latão é: al lat F 2F (2)  al F 30kN  lat F 15kN  𝑎𝑙 = 𝐹𝑎𝑙 𝐴𝑎𝑙 = −30.000𝑁  502 − 252 𝑚𝑚2 = −5,09𝑀𝑃𝑎 𝑙𝑎𝑡 = 𝐹𝑙𝑎𝑡 𝐴𝑙𝑎𝑡 = −15.000𝑁  252 𝑚𝑚2 = −7,64𝑀𝑃𝑎
  • 19. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 4) A coluna é construída de concreto de alta resistência e seis hastes de reforço de aço A-36. Se ela for submetida a uma força axial de 30kip, determine a tensão normal média no concreto e em cada haste. Cada uma tem diâmetro de 0,75in. Resposta: Exercícios de fixação: 3 3 4,2(10 ) 29(10 ) conc aço E ksi e E ksi   aço conc 3,14 0,46 ksi e ksi      
  • 20. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 5) Uma barra trimetálica está comprimida uniformemente por uma força axial P=2000lb aplicada através de uma placa rígida na extremidade. A barra consiste de um núcleo circular de aço circundado por tubos de latão e de cobre. O núcleo de aço tem diâmetro 0,4in, o tubo de latão tem diâmetro externo de 0,6in e o tubo de cobre tem diâmetro externo de 0,8in. Os módulos de elasticidade correspondentes são Eaço=30x106psi, Elatão=15x106psi e Ecobre=18x106psi. Calcule as tensões normais de compressão no aço, latão e cobre devido à força P. Respostas: Exercícios de fixação: aço cob lat 5,95 3,57 2,98 ksi ksi ksi         
  • 21. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias A variação de temperatura provoca mudanças nas dimensões de uma peça estrutural. Quando a temperatura aumenta a estrutura sofre uma dilatação. Quando a temperatura diminui a estrutura sofre uma contração. 1.5- Tensões térmicas
  • 22. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Estudos experimentais demonstraram que a variação de comprimento provocada pela temperatura em uma barra de material homogêneo é dada por: L T T . .    = propriedade do material denominada coeficiente de dilatação térmica dado em 1/oC T = variação de temperatura em oC L = comprimento inicial da barra T = variação no comprimento da barra
  • 23. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Se a estrutura for isostática, e a variação de comprimento provocada pela temperatura for livre, não surgirão tensões causadas pela variação de temperatura.
  • 24. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Se a estrutura for hiperestática, a variação de comprimento da barra provocada pela temperatura será impedida e surgirão tensões térmicas. Estas tensões térmicas podem atingir valores elevados, causando danos à estrutura ou mesmo provocando sua ruptura.
  • 25. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Por este motivo, em estruturas de grande porte, como pontes, são feitas juntas de dilatação, para permitir a livre movimentação térmica da estrutura.
  • 26. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Cálculo do efeito da variação térmica em uma estrutura hiperestática (variação de comprimento impedida). Equação de equilíbrio: 0: 0 y A B F R R     ) 1 ( B A R R  Para a resolução deste tipo de problema, é possível considerar a reação do apoio como reação redundante e aplicar o princípio da superposição
  • 27. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Equação de compatibilidade: ) 2 ( 0  AB  L T T . .   Variação de comprimento provocada pela temperatura: Variação de comprimento provocada reação RA: A E L RA R . .  
  • 28. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Equação de compatibilidade: 0 . . . .     A E L R L T A AB   0 (2) AB T R       B A R T A E R    . . .  T A E N   . . .  T E A N T    . .  Tensão térmica
  • 29. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias A barra de aço mostrada na figura está restringida para caber exatamente entre os dois suportes fixos quando T1=30°C. Se a temperatura aumentar até T2=60°C, determinar a tensão térmica normal média desenvolvida na barra. Usar E=200GPa e . Exemplo 4- 6 12 10 1/ C     
  • 30. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 0: R y A B F R R       0 AB T R       T =60-30=30°C  2 10mm×10mm=100mm A 
  • 31. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 2 N 7200 = 72 A 100 N MPa mm      =-72MPa    6 12 10 1/ 30 1000 0,36 T C C mm mm          𝛿 𝑅 = 𝑅 × 1000𝑚𝑚 200 × 103𝑁/𝑚𝑚2 × 100𝑚𝑚2 = 0,00005𝑅 𝛿 𝐴𝐵 = 0,36 + 0,00005𝑅 = 0 𝑅 = −7200𝑁 = −7,2𝑘𝑁
  • 32. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 6) A barra AB é perfeitamente ajustada aos anteparos fixos quando a temperatura é de +25°C. Determinar as tensões atuantes nas partes AC e CB da barra para a temperatura de -50°C. Usar :E=200GPa e Respostas: 𝜎1 = 240𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜎2 = 120𝑀𝑃𝑎 Exercício de fixação: 6 12 10 1/ C     
  • 33. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 7) Os diâmetros e materiais de fabricação do conjunto são indicados na figura. Se o conjunto estiver bem ajustado entre seus apoios fixos quando a temperatura é T1=70°F, determine a tensão normal média em cada material quando a temperatura atingir T2=110°F . Respostas: 6 6 6 12,8 10 1/ 9,6 10 1/ 9,6 10 1/ alum bronze açoinox F F F                3 3 3 10,6(10 ) E 15(10 ) E 28(10 ) alum bronze açoinox E ksi ksi ksi    2,5 5,5 22,1 alum bronze açoinox ksi ksi ksi         
  • 34. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 8) Os dois segmentos de haste circular, um de alumínio e outro de cobre, estão presos às paredes rígidas de modo tal que há uma folga de 0,2mm entre eles quando T1 = 15°C. Cada haste tem diâmetro de 30mm, determine a tensão normal média em cada haste se T2 = 150°C. 𝐸𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒= 126𝐺𝑃𝑎 𝑒 𝐸𝑎𝑙𝑢𝑚 = 70𝐺𝑃𝑎 𝛼𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 17𝑥10−61/°𝐶 𝑒 𝛼𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 24𝑥10−61/°𝐶 Resposta: 185,6MPa   
  • 35. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 9) Uma haste maciça (1) de alumínio [E=70GPa; α= 22,5x10-6/ °C ] está conectada a uma haste de bronze [E=100GPa; α= 16,9x10-6/ °C] em um flange B conforme mostra a figura. A haste de alumínio (1) tem diâmetro de 40mm e a haste de bronze (2) tem diâmetro de 120mm. As barras estão livres de tensões quando a estrutura é montada a 30°C. Depois de a carga de 300kN ser aplicada ao flange B, a temperatura é elevada a 45°C. Determine as tensões normais nas hastes e o deslocamento do flange B. Resposta: σ1=22,6MPa(C), σ2=29MPa(C) e δB=0,037mm→
  • 36. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 10) Um estrutura conectada por pinos consiste em uma barra rígida ABC, uma haste maciça (1) de bronze [E=100GPa; α= 16,9x10-6/ °C] uma haste maciça de alumínio [E=70GPa; α= 22,5x10-6/ °C ]. A haste de bronze (1) tem diâmetro de 24mm e a haste de alumínio (2) tem diâmetro de 16mm. As barras estão livres de tensão quando a estrutura é montada a 25°C. Depois da montagem, a temperatura da barra (2) é reduzida em 40°, enquanto a temperatura da haste (1) permanece constante a 25°. Determine as tensões normais em ambas as hastes para essa condição. Resposta: σ1=33,2MPa(C), σ2=42,7MPa(T)
  • 37. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Quando um corpo deformável é alongado em uma direção, ele sofre uma contração na direção transversal. 1.6 - Coeficiente de Poisson al longitudin l transversa     
  • 38. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Até agora, nosso estudo se limitou à análise de barras delgadas submetidas a cargas axiais, isto é, dirigidas ao longo de um eixo somente. 1.7- Estados Múltiplos de Carregamento – Generalização da Lei de Hooke Tensão normal em cubo elementar Tensão normal em um elemento plano
  • 39. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Passamos agora a considerar elementos estruturais sujeitos à ação de carregamentos que atuam nas direções dos três eixos coordenados, produzindo tensões normais . Temos então um ESTADO MÚLTIPLO DE CARREGAMENTO OU CARREGAMENTO MULTIAXIAL. Cubo elementar original de arestas de Cubo elementar deformado comprimento unitário , x y z e   
  • 40. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Para escrevermos as expressões das componentes de deformação em função das tensões, vamos considerar separadamente o efeito provocado por cada componente de tensão e superpor os resultados (princípio da superposição). Considerando em primeiro lugar a tensão : causa uma deformação específica de valor na direção do eixo x e de na direção y e z. y y y z z x z x x y z x E E E E E E E E E                           / x E   Generalização da Lei de Hooke para carregamento multiaxial Lembrando: Válido para o regime elástico e deformações pequenas! Deformação positiva – expansão Deformação negativa - contração / x E  x 
  • 41. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 11) Um círculo de diâmetro d=230mm é desenhado em uma placa de alumínio livre de tensões de espessura t=20mm. Forças atuando no plano da placa posteriormente provocam tensões normais e . Para E=70GPa e 𝜈=0,33, determine a variação (a) do comprimento do diâmetro AB, (b) do comprimento do diâmetro CD, (c) da espessura da placa e (d) a dilatação volumétrica específica. Respostas: (a)δAB=122,6μm (b)δCD=368 μm (c) δt=-21,2 μm (d) 0,00107 Exercício de fixação: 84 x MPa   140 z MPa  
  • 42. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Volume : Aplicando a Lei de Hooke Generalizada:    z y x E e         2 1     E E e z y x z y x              2 1.8-Dilatação volumétrica (1 )(1 )(1 ) x y z         Mudança de volume: 1 (1 )(1 )(1 ) 1 x y z e            x y z e       As deformações específicas são muito menores que a unidade e os produtos entre elas podem ser desprezados. Dilatação volumétrica específica V e V  
  • 43. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias p z y x        Pressão hidrostática uniforme: p E e ) 2 1 ( 3     Módulo de elasticidade de volume: ) 2 1 ( 3    E k k p e   p x    p z    p y   
  • 44. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 12) Um bloco cilíndrico de latão, com 160mm de altura e 120mm de diâmetro é deixado afundar num oceano até a profundidade onde a pressão é de 75MPa (cerca de 7500m abaixo da superfície). Sabendo-se que E=105GPa e ν=0,35, determinar: (a) variação do altura do bloco (b) sua variação do diâmetro (c) sua dilatação volumétrica específica (d) variação do volume Respostas: (a) δh=-34,2μm (b)δd=-25,7 μm (c) e=-6,42(10-4) (d)ΔV= - 1161mm3 Exercício de fixação:
  • 45. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 13) A figura mostra um bloco de aço submetido à ação de pressão uniforme em todas as faces. Mediu-se a variação do comprimento AB, que foi de - 24μm. Determinar: (a) variação do comprimento das outras duas arestas (b) a pressão p aplicada às faces do bloco. Adotar E=200GPa e ν=0,29. Respostas: (a)δy=-12μm (b)δz=-18 μm (c) p=-142,9MPa Exercício de fixação:
  • 46. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 14) Um bloco feito de liga de magnésio (E=45GPa e ν=0,35). Sabendo que σx=-180MPa, determinar: (a) σy para qual a variação do altura do bloco é zero (b) a correspondente variação da área da face ABCD (c) a correspondente variação do volume. Respostas: (a) σy =-63MPa (b) -4,05mm2 (c)-162mm3 Exercício de fixação:
  • 47. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Até agora, se admitiu que a tensão média, de acordo com o valor determinado pela expressão, =P/A é a tensão crítica ou significativa. 1.8- Concentração de tensões 𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾𝜎 𝑛𝑜𝑚 Trajetórias de tensões e distribuições de tensões normais para barras planas com: (a) entalhes (b) furos centralizados (c) filetes laterais
  • 48. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Entalhes
  • 49. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Furos centralizados
  • 50. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Filetes laterais
  • 51. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Exemplo 5- O componente de máquina mostrado abaixo tem 20mm de espessura e é feito de bronze C86100. Determine a carga máxima que pode ser aplicada com segurança se for especificado um fator de segurança de 2,5 em relação à falha por escoamento. Dados: (lim )bronze=331MPa.
  • 52. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias A tensão limite do bronze é 331MPa. A tensão admissível, com base no fator de segurança de 2,5 é 331/2,5=132,4MPa. A tensão máxima no componente de máquina ocorrerá no filete entre as duas seções ou no contorno do orifício circular. No filete: 𝐷 𝑑 = 90𝑚𝑚 60𝑚𝑚 = 1,5 𝑟 𝑑 = 15𝑚𝑚 60𝑚𝑚 = 0,25 𝐾 ≅ 1,73 𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾𝜎 𝑛𝑜𝑚 𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾 𝑃 𝑡𝑑 𝑃 = 𝜎 𝑚á𝑥𝑡 𝑑 𝐾 𝑃 = 132,4𝑀𝑃𝑎 × 20𝑚𝑚 × 60𝑚𝑚 1,73 𝑃 = 91.838𝑁 = 91,8𝑘𝑁
  • 53. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias No orifício: 𝑑 𝐷 = 27𝑚𝑚 90𝑚𝑚 = 0,3 𝐾 ≅ 2,36 𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾𝜎 𝑛𝑜𝑚 𝜎 𝑚á𝑥 = 𝐾 𝑃 𝑡(𝐷 − 𝑑) 𝑃 = 𝜎 𝑚á𝑥𝑡(𝐷 − 𝑑) 𝐾 𝑃 = 132,4𝑀𝑃𝑎 × 20𝑚𝑚( 90𝑚𝑚 − 27𝑚𝑚) 2,36 𝑃 = 70.688𝑁 = 70,7𝑘𝑁 𝜎𝑚á𝑥 = 70,7𝑘𝑁
  • 54. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 15) O componente de máquina mostrado na figura tem 12mm de espessura e é feito de aço. Os orifícios estão centrados na barra. Determine a máxima carga P que pode ser aplicado com segurança se for especificado um coeficiente de segurança de 3,0 em relação à falha por escoamento. Dados: (lim )aço=910MPa Resposta: 103,3kN Exercício de fixação:
  • 55. Resistência dos Materiais II Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 16) O componente de máquina mostrado na figura tem 8 mm de espessura e é feito de aço. Determine a máxima carga P que pode ser aplicado com segurança se for especificado um coeficiente de segurança de 3,0 em relação à falha por escoamento. Dados: (lim )aço=427MPa Resposta: 30kN Exercício de fixação: