O documento discute os processos de erosão e como eles transformam o relevo ao longo do tempo. São citados diversos agentes erosivos como água, vento, geleiras e seres vivos. A água é o principal agente através de rios, chuvas e mares, enquanto o vento causa erosão em desertos. A vegetação pode tanto causar quanto prevenir a erosão.
2. DINÂMICA DO
RELEVO
O relevo é dinâmico, ou seja, sofre
transformações com o tempo. Às vezes o
processo de transformação é rápido e
severo, como num terremoto, ou pode
levar dezenas ou até milhares de anos,
como nos processos erosivos.
3. DINÂMICA DO
RELEVO
Podemos citar dois tipos de agentes
que criam e modificam o relevo: os
agentes internos e os externos.
Os agentes internos estão
relacionados aos movimentos das
placas tectônicas. Eles dão origem às
montanhas, aos abalos sísmicos, aos
vulcões, entre outros.
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7. AGENTES
EXTERNOS
Já os agentes externos
correspondem a uma
combinação da
dinâmica climática,
com chuvas, ventos,
variações de
temperatura, maior ou
menor insolação; ação
das águas dos rios,
mares e lagos.
8. OS SERES VIVOS
E O RELEVO
Além disso, também
são agentes externos
os animais, incluindo
os seres humanos, os
vegetais, fungos e
seres microscópicos.
9. AGENTES
INTERNOS E
EXTERNOS
Em geral, os agentes internos desnivelam o
terreno, e os externos, pelo contrário,
diminuem lentamente as diferenças entre as
altitudes do relevo, desgastando as áreas
elevadas e acumulando detritos nas partes
mais baixas. Os agentes externos costumam
ocasionar o intemperismo e a erosão,
seguidos pela sedimentação da superfície
terrestre
11. INTEMPERISMO
BIOLÓGICO
O intemperismo biológico
decompõe as rochas por
meio da atividade de seres
vivos. O crescimento de
fungos, a penetração de
raízes de árvores nas
fendas das rochas, a ação
das minhocas e dos cupins,
o pisoteio de animais e a
atividade bacteriana são
alguns exemplos de
intemperismo biológico.
14. INTEMPERISMO
FÍSICO
O intemperismo físico é provocado principalmente pela
variação da temperatura, que ocorre em um mesmo dia ou ao
longo do ano. Durante o dia a temperatura do ar costuma ser
mais alta do que à noite, e no verão a temperatura do ar é
mais elevada do que no inverno. As altas temperaturas
provocam a dilatação, ou seja, a expansão dos minerais que
formam as rochas, e as baixas provocam a contração deles.
Com o passar do tempo, as expansões e contrações ocasionam
rachaduras nas rochas.
15. INTEMPERISMO
FÍSICO
Esse fenômeno é mais
intenso em áreas de
climas árido e semiárido,
nos quais chove pouco e
há grande variação da
temperatura no
transcorrer do dia.
16. INTEMPERISMO
FÍSICO
Isso quer dizer que nesses
locais os dias são bem
quentes e, as noites, bem
frias. Muitas vezes, essa
mudança brusca de
temperatura provoca
estalos nas rochas,
principalmente naquelas
expostas ao tempo
atmosférico.
20. INTEMPERISMO QUÍMICO
O intemperismo químico decompõe as rochas, principalmente, por
meio da ação da água. Ao percorrer a superfície das rochas, a água
dissolve os minerais solúveis que a compõem e carrega essa solução
para os locais mais baixos do terreno. Essa decomposição é mais
frequente nas regiões de clima tropical úmido, em que a temperatura é
elevada e as chuvas são abundantes.
22. EROSÃO
Erosão é um processo natural
que se inicia com o desgaste
do terreno. Os sedimentos
provenientes desse desgaste
são transportados por algum
agente de erosão, como o
vento, a água ou a geleira para
os locais mais baixos do
terreno.
23. SEDIMENTAÇÃO
Nessa área ocorre a
sedimentação, ou seja, a
deposição ou o acúmulo dos
detritos ou sedimentos. Trata-
se da remoção de materiais de
uma área elevada para outra,
mais baixa.
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25. ÁGUA
A água é um agente erosivo que modifica o relevo. Ela se manifesta de diversas maneiras no terreno:
rios, lagos, mares, geleiras e precipitações de chuva ou neve.
26. CHUVAS
As chuvas e as enxurradas são as principais causas de erosão nas áreas de clima úmido no Brasil.
Grande parte da água resultante das precipitações desliza pela superfície terrestre em direção a rios,
lagos e mares, em um processo chamado escoamento.
27. VOÇOROCAS
Nas áreas de onde a vegetação foi retirada e o solo está desprotegido, as chuvas e enxurradas
podem abrir canais profundos, chamados voçorocas.
32. COMPACTAÇÃO DO
SOLO
Sem a proteção da vegetação e
o com o mau uso do solo,
como o pisoteio do gado e uso
excessivo de máquinas
agrícolas pesadas, o solo se
torna compactado. Com isso,
em vez de a água se infiltrar,
ela escoa pela superfície do
solo, provocando a remoção de
detritos e a destruição de
plantações e até de
edificações.
36. RIOS
As águas correntes criam sulcos nas
rochas e nos solos, que tendem a se
aprofundar e se alargar com o passar
do tempo. É por isso que se diz que
cada rio constrói o seu próprio vale.
37. CURSO SUPERIOR
Os rios nascem nas áreas mais
elevadas de um terreno e correm
para as mais baixas. Logo após a
nascente, o primeiro trecho do rio
recebe o nome de curso superior.
Nesse trecho, a erosão costuma ser
intensa.
38. CURSO MÉDIO
O trecho seguinte é chamado curso médio. Ali, a
erosão diminui, mas o transporte de sedimentos,
denominados aluviões, continua.
39. CURSO INFERIOR
Próximo a foz há o curso
inferior, onde se acumulam os
materiais transportados pelas
águas. Nesse trecho, o nível
das águas do rio é próximo ao
nível do mar ou de outro rio,
onde ele desemboca. Em seu
curso inferior, os rios
constroem planícies fluviais,
também conhecidas como
planícies aluviais.
40. FERTILIDADE DOS SOLOS
Além dos aluviões, os rios
também transportam material
orgânico, como restos de
vegetais, que explica a elevada
fertilidade natural dos solos
aluviais, situados nas planícies
construídas pelos rios.
41. RIOS MEANDRANTES
Nas planícies fluviais, à medida
que a força erosiva das águas
diminui, o rio pode apresentar
curvas. Conhecidas como
meandros, essas curvas se
formam em virtude da erosão
e acumulação de sedimentos
em partes do curso do rio.
42. MARES
As águas oceânicas
também agem sobre o
relevo, especialmente na
costa litorânea, ou seja, na
faixa de contato entre os
continentes e os mares. A
erosão marinha,
conhecida como abrasão,
dá origem a diversas
formas de relevo.
43. FALÉSIAS
As falésias são elevados paredões que se formam à medida que as águas oceânicas erodem as
rochas e os solos.
46. PRAIAS
As praias resultam do acúmulo
de areia transportada pelo mar
ou pelos rios. É uma ação de
sedimentação das águas, ou
seja, é formada pela deposição
de sedimentos.
47. VENTO
Outro agente da erosão é o vento, isto é, o ar em movimento. O vento produz erosão ao transportar
materiais que desgastam ou agridem as rochas, atuando principalmente nas regiões mais secas,
como as semiáridas e as desérticas. A ação dos ventos sobre o relevo é conhecida como erosão
eólica.
48. EROSÃO PELO VENTO
A erosão eólica modela o
relevo quando partículas de
areia carregadas pelo vento
desgastam, ao longo do tempo,
as áreas que atingem. Essas
partículas podem esculpir
arcos naturais ou formar
desertos pedregosos, os
chamados regs, como os do
Saara, na África.
49. EROSÃO NOS DESERTOS
Esse tipo de erosão também
contribui para a ação das águas
das chuvas, mesmo onde elas
são muito escassas. Nesses
casos, a água dissolve os
minerais e consegue atingir o
lençol de água subterrâneo
sobre uma camada de rochas
impermeáveis, dando origem a
uma vegetação que impede a
continuidade do processo de
erosão.
50. FORMAÇÃO DE DUNAS
As dunas são resultantes de
um processo de sedimentação
provocado pela ação do vento.
As dunas são formadas em
regiões desérticas ou ao longo
de grandes lagos e litorais de
climas temperado e tropical.
São resultado do acúmulo de
areia depositada pelo vento.
As dunas tendem a se deslocar
na direção do movimento do
vento. É comum encontrar
dunas no litoral brasileiro,
desde o Nordeste até o Sul.
51. LOESSE
O loesse é um depósito de
sedimentos muito finos, de
cor amarelada, constituído
por partículas de areia
oriundas de geleiras e
transportadas pelo vento. É
possível encontrar loesse na
China ocidental, na França, na
Hungria e em algumas áreas
dos Estados Unidos. Os solos
formados a partir do loesse
são muito férteis, o que
motivou diversos grupos
humanos a ocupar
densamente suas regiões de
ocorrência.
52. PEDRA DA IGREJINHA, NO PARQUE NACIONAL DO CATIMBAU, EM BUÍQUE (PE), EM
2018. ESSA FORMA DE RELEVO FOI MODELADA PELA AÇÃO EROSIVA DOS VENTOS.
54. SERES VIVOS
As formigas, as minhocas, os
seres microscópicos e outros
são exemplos de agentes
erosivos. Os seres vivos,
porém, podem ser também
agentes que conservam ou
mesmo formam o relevo. Por
exemplo, a vegetação exerce
um papel fundamental na
contenção da erosão.
55. VEGETAÇÃO
A vegetação protege o solo da
erosão nas margens de rios ou
barrancos, ajuda a conter o
acúmulo de sedimentos nos
rios e a evitar os deslizamentos
de terra nas encostas de
planaltos, serras e montanhas.
Por isso, em áreas de risco de
desabamento, é comum que o
ser humano plante certos
arbustos ou plantas com raízes
longas, que se agarram mais
firmemente ao solo.
56. SER HUMANO
O ser humano ainda modifica o
relevo de diversas outras
maneiras: aplainando terrenos
ondulados, aterrando áreas
pantanosas, cavando túneis
em montanhas, entre outras.
Ele é um agente externo
modificador do relevo.