O documento resume as pesquisas bibliográficas feitas por alunos sobre o Apartheid na África do Sul. Comentários discutem como características do regime de segregação racial ainda persistem no Brasil através de leis que protegem demais os negros ou salários mais baixos. Outro comentário descreve a rotina dos presos políticos e como o futebol deu esperança durante o regime.
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Pesquisa bibliografica
1. Algumas das pesquisas bibliográficas feitas pelos alunos do Projeto Autonomia
do ensino médio, no C.E.Prof. José de Souza Marques.
Às 16:32 em 9 junho 2010, william gomes dias disse...
Apesar de o Apartheid ter sido um movimento ou melhor um regime que
ocorreu durante o período da Guerra fria na África do sul, e sua principal
características ter sido a segregação racial contra os negros, o Brasil possui
características do regime.
Não só o Brasil como todo o mundo, que particularmente se torna racista com
suas leis. O Apartheid previa que nenhum negro poderia ser melhor que um
branco e que nenhum negro poderia conviver com um branco.
Hoje no Brasil a realidade não chega a esse extremo, porém o que mais se vê
são leis que protegem os negros demais, causando um constrangimento que
pode ser passado como racismo, além dos salários que quase sempre são mais
baixos que os dos brancos.
Julio Cesar Martins Antunes em 2 julho 2010 às 0:11
A dura rotina dos presos políticos na África do Sul durante o regime do
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Apartheid se transformou em 1965, quando o futebol passou a ser permitido
aos sábados em Robben Island, onde o líder negro Nelson Mandela passou
mais de 18 anos preso. Num gesto simbólico em homenagem às mudanças
realizadas no país com a contribuição do futebol, o Comitê Executivo da Fifa se
reúne nesta quinta-feira na ilha, na véspera do sorteio para a Copa do Mundo
de 2010.
( Fotogaleria: o futebol dos presos no filme More Than Just a Game )
2. Considerado o mentor da luta pela igualdade, Mandela, eleito em 1994 o
primeiro presidente negro da história do país, acabou proibido de jogar e até
de assistir às partidas organizadas pelos colegas de cela, que formaram a
Associação de Futebol Makana (nome de um guerreiro do século XIX),
reconhecida pela Fifa como associada em 2007.
Os ex-jogadores, hoje, lideram a nação. São os casos do atual presidente
Jacob Zuma, Kgalema Motlanthe (presidente da África do Sul em 2008), Patrick
Lekota (líder do congresso), Steve Tshwete (ex-ministro dos esportes),
Dikgang Moseneke (integrante do ministério da justiça) e Tokyo Sexwale
(ministro dos Assentamentos Humanos), além de vários prefeitos, entre outros.
Reprodução do filme More Than Just a Game, África do Sul - Divulgação
Na temida prisão de Robben Island, o futebol surgiu como esperança de dias
melhores e uma oportunidade de exercício de democracia daqueles que
ajudariam a formar a África sem o Apartheid, regime que durou até 1990 e
separava brancos e negros praticamente de tudo, desde praias até escolas.
Preso em 1963 na Robben Island por "conspirar para derrubar o governo",
Jacob Zuma jogava como zagueiro e contribuiu para a evolução das
competições. A primeira partida organizada ocorreu em 1967.
A associação Makana levou a iniciativa a sério, criando estatuto, comissão
disciplinar, grupo de árbitros e até normas para transferências de jogadores.
Tudo era baseado no regulamento da Fifa. Na encomenda de livros por parte
dos presos, O Capital, de Karl Marx, era o mais requisitado. O segundo era um
manual de futebol editado pela Fifa.
Reprodução do filme More Than Just a Game, África do Sul - Divulgação
Os jogos só foram permitidos depois de três anos de reivindicações. Semana
3. após semana, quem fizesse a solicitação recebia a pena de ficar dois dias sem
comer. Mas nem isso foi capaz de reprimir o desejo dos detentos, que, mesmo
formando diferentes facções, se uniram em torno do futebol.
As partidas em Robben Island são consideradas por historiadores um objeto de
luta contra o Apartheid, principalmente um meio dos presos se manterem
organizados. A liga era dividida em três divisões. As diferentes facções na luta
contra o regime foram separadas em times com diferentes tendências políticas.
O Manong, maior campeão, era o único que aceitava atletas de qualquer
ideologia.
Reprodução do filme More Than Just a Game, África do Sul - Divulgação
A burocracia de ouvir os presos era cumprida semanalmente pelas autoridades
numa tentativa de esconder da Cruz Vermelha a rigidez do regime. Com o
futebol, os negros conseguiram enfim minimizar o duro dia a dia de trabalhos
forçados na pedreira, a falta de conforto, a péssima alimentação, os castigos e
a lotação.
Tal como acontece atualmente em todo o mundo, as reclamações contra a
arbitragem eram muito numerosas. Os dirigentes trocavam cartas sobre o
assunto e as ligas chegavam até a ser interrompidas. A história está
detalhadamente contada no livro 'More Than Just a Game' (Mais do que apenas
um jogo), de Chuck Korr e Marvin Close. A publicação virou filme. (Confira o
trailer abaixo)
As ligas organizadas pela Associação Makana só acabaram após os presos
conquistarem a liberdade. Se hoje a África do Sul busca a igualdade entre
negros e brancos, parte deve-se ao futebol.
Luis Felipe
Fifa fará reunião em ilha que abrigou prisão do apartheid
26 de novembro de 2009 • 10h50 • atualizado às 15h55 Comentários
0Notícia
ReduzirNormalAumentarImprimirA cúpula do futebol mundial irá se reunir na
semana que vem numa ilha sul-africana que ficou famosa por abrigar uma
prisão brutal na época do apartheid, mas onde o esporte servia de alívio e
esperança para centenas de ativistas presos.
A reunião do comitê executivo da Fifa, na quinta-feira, ocorrerá em Robben
Island, ilha próxima à Cidade do Cabo, onde o líder negro Nelson Mandela
4. passou mais de 18 anos detido.
Será um gesto simbólico na véspera do sorteio dos grupos da Copa de 2010, e
servirá para mostrar como o futebol era jogado pelos presos políticos naquele
lugar.
A existência de ligas de futebol entre os presos só foi documentada a partir da
publicação do livro "More Than Just a Game" ("Mais do que apenas um jogo",
2007), de Chuck Korr e Marvin Close.
A obra, já transformada em filme, detalha as façanhas da Associação de
Futebol Makana, criada por detentos. Entre seus membros estava o zagueiro
Jacob Zuma, depois árbitro, e hoje presidente do país. Atualmente, a
Associação Makana pertence aos quadros da Fifa, como membro-associado.
Inicialmente, o futebol era proibido na Robben Island, e havia punições a quem
insistisse em pedir para jogar. Só após três anos de solicitações, além de uma
intervenção da Cruz Vermelha e da parlamentar antiapartheid Helen Suzman,
os presos foram autorizados a praticar o esporte.
Originalmente, eram partidas de 30 minutos aos sábados. A primeira delas
ocorreu numa manhã de muito vento, em dezembro de 1967, entre as equipes
Rangers e Bucks.
A associação Makana então ganhou um estatuto, comissões, regras sobre
sanções disciplinares e até transferências de jogadores, normalmente em
pedacinhos de papel.
Muitos dos presos políticos já haviam praticado o futebol, alguns em nível
semiprofissional, como Kgalema Motlanthe, que viria a ser presidente da África
do Sul, e Patrick Lekota, que se tornaria ministro da Defesa.
"Os prisioneiros usaram qualquer material em que pudessem pôr as mãos para
fazer uma bola (...), e as redes (dos gols) eram feitas com redes de pesca reais
que vinham dar na ilha," contou o ex-detento Tokyo Sexwale, hoje ministro de
Assentamentos Humanos.
Os registros da entidade, minuciosamente mantidos, foram descobertos em
1993 por Korr, que baseou seu livro em 70 caixas de material que detalhavam
a atividade futebolística na ilha.
5. Mandela, que esteve preso em Robben Island entre 1964 e 1982, e acabou
sendo o primeiro presidente negro eleito no país, em 1994, era proibido de
participar.
A prisão hoje é um museu e uma importante atração turística. Makana era o
nome de um líder da etnia xhosa que foi preso pelos britânicos na ilha no
começo do século 19.
Andressa Silva sz em 17 junho 2010 às 21:36
DADOS PRINCIPAIS:
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Área: 1.221.037 km²
Capital: Cidade do Cabo (legislativa), Bloemfontein (judiciária) e Pretória
(administrativa)
População: 47,43 milhões (estimativa 2005)
Moeda: Rand
Nome Oficial: República da África do Sul
Nacionalidade: sul africana
Data Nacional: 27 de abril (Dia da Liberdade) - primeiro dia de governo de
Nelson Mandela
Governo: República Presidencialista
GEOGRAFIA:
Mapa da África do Sul
Localização: sul do Continente Africano
Cidades Principais: Cidade do Cabo, Durban, Johanesburgo, Pretória, Port
Elizabeth, Bloemfontein , Polokwane , Nelspruit , Rustenburgo
Províncias: Cabo Ocidental, Cabo Oriental, Cabo Setentrional, Estado Livre,
Gauteng, Kwazulu-Natal, Limpopo, Mpumalanga, Noroeste.
Densidade Demográfica: 39 hab./km2
Fuso Horário: + 5h
Clima: tropical (maior parte), mediterrâneo (sul), árido tropical (norte), de
montanha (oeste).
DADOS CULTURAIS E SOCIAIS:
Composição da População: grupos étnicos autóctones 70% (zulus 20,5%,
chosas 18%, pedis 9%, sotos 7%, tsuanas 6%, tsongas 3,5%, suazis 2%,
nedebeles 2%, vendas 2%), europeus 12% (holandeses, alemães, franceses,
ingleses), eurafricanos 13%, indianos 3%, outros 2%.
Idioma: africâner, inglês, sepédi, sessoto, setsuana entre outros.
6. Religião: cristianismo 66,4% (reformistas católicos, metodistas, anglicanos,
luteranos), hinduísmo 1,3%, islamismo 1,1%, judaísmo 0,2%, sem filiação
1,2%, outras 29,8%.
IDH: 0,658 (2006)
Coeficiente de Gini: 57.8 (alto) dados do ano 2000
Esperança de Vida: 49,3
Alfabetização: 82,5%
Índice de Mortalidade Infantil: 45 por mil nascimentos
ECONOMIA:
Produtos Agrícolas: milho, cana-de-açúcar, uva, laranja e outras frutas.
Pecuária: bovinos, aves, caprinos e ovinos.
Mineração: carvão, minério de ferro, petróleo, ouro e diamante.
Indústria: química, petroquímica, carvão, alimentícia, equipamentos de
transporte, siderúrgica, máquinas, equipamentos agrícolas e metalúrgica.
Renda per capita: US$ 3.400 (estimativa ano 2000).