1. O neoliberalismo critica o realismo por considerar que os Estados são os únicos atores nas relações internacionais e que a força é o principal recurso de poder.
2. A interdependência complexa defende que os Estados estão conectados por múltiplos canais e envolvidos em diversos temas não hierarquizados, onde a cooperação é mais relevante do que a força.
3. O livro Power and Interdependence argumenta que, dada a natureza dos anos 1970, há mais oportunidades para cooperação entre Estados visando objetivos comuns
3. Introdução
O liberalismo crê na oportunidade de
liberdade entre os Estados para que possam
obter uma paz longa e prolongada;
4. A liberdade pressupõe a paz. O
liberalismo condena a guerra não só pela
existência de sofrimento e morte que
acarreta, mas também por diminuir a
possibilidade de cooperação social e de
divisão do trabalho. A cooperação social
que só pode florescer num ambiente de
paz é um traço característico do gênero
humano. (STEWART,1995, p. 72)
5. Neoliberalismo
Ambos os autores trouxeram um avanço
muito importante para a política
internacional voltando-se para a
organização dos estados nos diversos
campos, o que possibilitou o aumento da
colaboração entre os países, reduziu suas
incertezas e alavancou a transparência
nas relações interestatais (Pecequillo,
2012).
6. O desenvolvimento do Liberalismo de
Interdependência, mais conhecido como
Interdependência Complexa, tem sua
ênfase no livro Power and Independence
(1997).
Esta teoria aponta 3 características
fundamentais, que se opõem à
perspectiva realista, das relações
internacionais:
7. a) Primeiro, no realismo os Estados são tidos
como os atores principais das relações
internacionais, deixando sua área de atuação
limitada.
Na interdependência existem múltiplos canais de
comunicação que podem ser descritos como os
vários mecanismos que o Estado utiliza para a
promoção de sua política e que tem como
principal objetivo fazer a conexão entre os
Estados e a sociedade.
8. Multiple channels connect societies,
including: informal ties between
government elites as well as formal
foreign office arrangements, informal
ties among non govermental elites and
transnational organization
(KEOHANE).
9. b) Segundo, a força no realismo é tida
como principal instrumento, mesmo que
outros meios possam ser utilizados, como o
uso da diplomacia, política e acordos.
Na política de interdependência há um
enfoque maior no diálogo e nos acordos
deixando de lado o uso da força militar,
pois determinados assuntos, como os
relacionados a decisões económicas, não
teriam a necessidade de seu uso.
10. Military force could, for instance, be
irrelevant to resolving disagreements on
economic issues among members of an
alliance, yet at the same time be very
important for that alliances political and
military with a rival bloc. For the former
relationship this condition of complex
interdependence would be met; for latter,
it would not (KEOHANE).
11. C) Terceiro, no realismo o principal
objetivo da política internacional são as
questões de segurança.
Na interdependência existe uma
grande quantidade de assuntos
separados hierarquicamente como
uma agenda múltipla a serem tratadas
pelo Estado.
12. Como relata Messari (2005), são divididos
em "alta política" - que são baseados em
ordem de segurança, negociações,
assuntos militares; e a "baixa política“,
que normalmente não necessita de um
aprofundamento estratégico para serem
resolvidas, como a economia.
13. The agenda of interstate relationships consists of
multiple issues that are not arranged in a clear
and consistent hierarchy. This absence of
hierarchy among issues means, among other
things, that military security does not consistently
dominated the agenda. Many issues arise from
what used to be considered domestic policy, and
the distinction between domestic and foreign
issues becomes blurred (KEOHANE).
14. Síntese: crítica ao realismo
1. Os Estados são os atores centrais da
política mundial;
2. Que a força é o principal recurso de
poder dos atores estatais;
3. Que existiria uma hierarquia de temas
na política mundial (high and low
politics);
15. Síntese da interdependência
complexa
1. Os Estados estão conectados entre si
por canais múltiplos formados por
relações interestatais,
transgovernamentais e
transnacionais;
16. 2. Os Estados estão envolvidos numa
pluralidade de temas que não estão
hierarquizados;
3. A força militar perdeu sua relevância
naquelas questões nas quais
predomina a interdependência
complexa;
17. Conclusão
Os principais argumentos de Power and
interdependence:
a) Considerando-se a natureza peculiar da
política mundial dos anos 1970, crescem as
possibilidades de cooperação entre os
Estados para realizar objetivos comuns;
18. b. Por essa razão, os regimes e as
organizações internacionais adquirem uma
relevância crescente e tornam-se
fundamentais para gerenciar a natureza
complexa dos problemas da política mundial;