A globalização é o processo de integração entre pessoas, empresas e governos de diferentes nações através do comércio e investimento internacionais, com impactos no ambiente, cultura, política e desenvolvimento econômico. A globalização tem sido impulsionada por políticas de abertura econômica e avanços tecnológicos que facilitam o comércio e investimento transfronteiriços. Embora traga benefícios como desenvolvimento econômico para países pobres, também gera resistência por favorecer empresas multinacionais em detrimento das locais.
1. O que é a Globalização?
A globalização é um processo de interacção e integração entre as pessoas, empresas e governos de
diferentes nações. Processo esse impulsionado pelo comércio e investimento internacionais, com o
auxílio da tecnologia de informação. Este processo tem efeitos sobre o ambiente, cultura, sistemas
políticos, desenvolvimento económico e prosperidade.
A política e a evolução tecnológica das últimas décadas têm impulsionado aumentos no comércio
transfronteiriço. O investimento e a migração têm aumentado de tal ordem que muitos observadores
acreditam que o mundo já entrou numa nova fase qualitativa quanto ao seu desenvolvimento
económico. Desde 1950, por exemplo, o volume do comércio mundial aumentou 20 vezes, e de 1997
a 1999 os fluxos de investimento estrangeiro quase duplicaram (de 468 biliões para 827 biliões de
dólares). Thomas Friedman afirma que a globalização é “mais longe, mais rápido, mais barato e
mais profundo”.Esta onda actual de globalização tem sido impulsionada pelas políticas que abriram
as economias nacional e internacionalmente. Desde a Segunda Guerra Mundial e especialmente
durante as últimas décadas, muitos governos têm adoptado sistemas económicos de mercado livre,
aumentando substancialmente o seu potencial produtivo e criando inúmeras novas oportunidades para
o comércio internacional e investimento. Os governos também negociaram reduções drásticas nas
barreiras ao comércio de bens, serviços e investimento. Aproveitando as novas oportunidades em
mercados estrangeiros, as empresas têm construído fábricas estabelecidas no estrangeiro e celebrado
acordos de produção e comercialização com parceiros estrangeiros. A tecnologia tem sido o
principal condutor da globalização. Os avanços na tecnologia de informação têm fornecido
poderosas ferramentas aos agentes económicos para identificar e captar oportunidades económicas,
inclusive de forma mais rápida, possibilitando análises de tendências económicas e facilitando a
transferência de activos.
O fenómeno não é, no entanto, pacífico. Os defensores da globalização afirmam que ela permite que
os países pobres se desenvolvam economicamente, aumentando os seus padrões de vida. Por outro
lado os seus opositores argumentam que a criação dum mercado livre sem restrições tem beneficiado
empresas multinacionais do mundo ocidental, em detrimento das empresas locais. A resistência à
globalização tem, por conseguinte, tomado forma tanto ao nível popular como governamental.