Big Data já é uma realidade inevitável que gera grandes volumes de dados diariamente. Sua implementação requer um processo multidepartamental e não pode ser vista apenas como uma ferramenta tecnológica. Embora complexa, a análise de Big Data pode fornecer insights valiosos se as empresas encontrarem a melhor forma de explorar os padrões escondidos nos dados.
1. DESMISTIFICANDO BIG DATA
Conceitualmente ainda há uma grande confusão de conceitos e ferramentas quando se trata do termo Big
Data. O que é? Para que serve? Como implementar?
Como ouvi recentemente, Big Data não é apenas uma nova “hype” no mundo digital, não se trata de
modismo, muito menos de uma tendência opcional.
Atualmente, geramos em menos de um dia, mais informações que em um ano todo comparando com a
década de 80. Isso graças ao crescimento exponencial do mercado de tecnologia, com celulares, SMS,
comunicadores instantâneos, redes sociais, internet cada vez mais rápida, globalização. Pensando desta
forma, os paradigmas são despedaçados em pouco tempo. As mudanças são grandes ondas que vem com
uma avalanche de informações. O Business Intelligence, termo citado a 148 anos atrás pela primeira vez na
literatura, é o suporte metodológico para tratar esses dados. Mas os que antes tratávamos na casa dos
milhares, hoje passaram para trilhões. Portanto, o termo Big Data foi “produzido” por nós, com surgimento
da necessidade de entender esse turbilhão de dados e transformá-los em informações que permitam
entendimentos, insights, vantagens competitivas, e por aí vai.
Essa próxima fase assemelha-se a uma mina de diamantes, ou de outro. Você escava, peneira, quebra, filtra
toneladas de material inútil até achar uma pepita, uma pedra ou um veio valioso. E esse trabalho árduo
todo, apesar de mensamente compensador, assemelha-se a metáfora da mina: trabalho pesado, duro,
exaustivo. Não fisicamente, mas mentalmente. Afinal você tem que descobrir padrões dentro de um
emaranhado não estruturado. Cruzar informações já não é fácil, imagine fazer isso com as mais diversas
fontes, em uma velocidade alta, em um volume alarmante, que tenha valor e confiabilidade.
Mas afinal, o que significa realmente Big Data? Hoje existem muitas definições, chega a ser quase pessoal o
conceito, então vou tentar sintetizar alguns dos mais comuns e aceitos com meu ponto de vista. Conceituar
Big Data é tão complexo por um simples motivo, as pessoas pensam nele como uma ferramenta, como uma
solução pronta. Eu penso que Big Data é uma nova forma de trabalho, uma nova tendência (inevitável), e
não somente um software. É quase uma nova cultura para as organizações. O erro principal que dificulta o
entendimento é simplesmente pensar como TI. O “ownership” dessa implementação não pode ser
exclusivamente a TI, porque não é um processo tecnológico, mas um processo de negócio. Quem determina
a fatia do bolo de informações que pode ajudar seu departamento é o gestor do mesmo. Então Big Data é
pluridepartamental. Você pode tratar o Big Data como um ambiente, onde existem soluções, e você precisa
procura-las, e quem é melhor pra isso, que o interessado na informação?
Mas por essa falta de “receita de bolo”, muitas empresas vão demorar a aderir ao Big Data, mesmo já
estando imersas nele. Vai ser como aprender a nadar quando a água chegar ao pescoço, tendo se preparado
para um banho de banheira. Inevitavelmente a capacidade de previsão das empresas se deve a essa
habilidade, que necessita da correta aplicação dos meios e conceitos em busca do indicador confiável.
Enfim, não adianta ignorar o assunto, Big Data já é uma realidade inevitável. Faz-se necessário agora uma
adaptação e definição de como e quando começar a trabalhar com ele. Esse é o desafio meus amigos. Mãos
a obra!