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Conteúdos
Este plano de aula de educação física aborda os elementos conceituais do basquete,
como sua origem e regras gerais, além de descrever os aspectos gerais úteis para
aprender a jogar e sugestões para apreciação do esporte, com etapas adaptadas para o
ensino remoto e práticas que poderão ser realizadas apenas no ensino presencial.
• Elementos conceituais: origem do basquetebol e regras gerais;
• Elementos procedimentais: aspectos gerais úteis para aprender a jogar basquetebol; e
• Elementos sociais: apreciação do basquetebol na condição de fenômeno desportivo na
sociedade atual.
Objetivos
Espera-se que os e as estudantes sejam capazes de descrever e relacionar conhecimentos
acerca do basquete, tendo por base conceitos e procedimentos específicos sobre o
esporte.
Veja também:
Educação física: veja 26 planos de aula para o ensino fundamental e médio
Plano de aula: Classificação dos esportes
Palavras-Chave:
Basquetebol. Jogos desportivos. Coletivos de invasão. Esporte escolar.
Sugestão de aplicação para o ensino remoto:
As sugestões estão organizadas em tópicos com uma breve explicação de cada recurso.
● Jitsi Meet: é um sistema de código aberto e gratuito, com o objetivo de permitir a
criação e implementação de soluções seguras para videoconferências via Internet, com
áudio, discagem, gravação e transmissão simultânea. Possui capacidade para até 200
pessoas, não há necessidade de criar uma conta, você poderá acessar através do seu
navegador ou fazer o download do aplicativo, disponível para Android e iOS.
Trabalhando com essa ferramenta, é possível:
– Compartilhar sua área de trabalho, apresentações e arquivos;
– Convidar usuários para uma videoconferência por meio de um URL simples e
personalizado;
– Editar documentos simultaneamente usando Etherpad (editor de texto on-line de
código aberto);
– Trocar mensagens através do bate-papo integrado;
– Visualizar automaticamente o orador ativo ou escolher manualmente o participante
que deseja ver na tela;
– Reproduzir um vídeo do YouTube para todos os participantes.
● Gravação de videoaula usando o Power Point: o PPT, já tão utilizado por nós
professores para preparamos nossas aulas, também permite a gravação de uma narração
para os slides, que tanto nos auxiliam na explanação dos conteúdos. É possível habilitar
a função de vídeo enquanto grava, assim, os alunos verão o professor em uma janelinha
no canto direito da apresentação. Essa ferramenta é bem simples e eficaz. Veja um guia.
● Envio de Podcast aos alunos: podcast nada mais é do que um áudio gravado (como os
enviados pelo Whatsapp). Podem ser utilizados para narrar uma história, para correção
de atividades, revisar ou aprofundar os conteúdos. Para tanto, sugiro o app Anchor, que
pode ser baixado no seu celular. Ele é muito fácil e simples de utilizar.
● Plataforma Google Classroom: permite a criação de uma sala de aula virtual. Essa
ação irá gerar um código que será compartilhado com os alunos, para que acessem a
sala. Nesse ambiente virtual, o/a professor/a poderá criar postagens de avisos, textos,
slides do PPT, conteúdos, links de vídeos, roteiros de estudos, atividades, etc. É uma
forma bem simples e eficaz de manter a comunicação com os alunos e postar as aulas
gravadas, usando os recursos anteriormente mencionados. Confira outros recursos
oferecidos pela Google, como a construção de formulários (Google Forms) para serem
realizados pelos alunos.
Sugerimos aulas com até 30 minutos de duração. Além disso, nem toda aula precisa
gerar uma atividade avaliativa, para não sobrecarregar os alunos. As aulas virtuais
também podem ser úteis para correção de exercícios e plantões de dúvidas.
Previsão para aplicação:
 Três aulas reflexivas e conceituais (etapas 1, 2 e 3).
 Duas aulas reflexivas e procedimentais (etapa 4).
Materiais Utilizados:
Aplicação presencial: quadra com cesta de basquete, bolas de basquete, bolas de outras
modalidades, coletes para divisão de equipes, cones ou outro objeto que sirva de alvo.
Proposta de Trabalho:
Serão propostas intervenções que podem ser feitas no formato remoto, utilizando
principalmente a internet como forma de buscar conhecimentos. Além disso, ao final do
plano há duas propostas de intervenções procedimentais que podem ser trabalhadas com
os e as estudantes em uma quadra.
1ª Etapa: Origem, história e regras
Para essa primeira etapa, você, professor(a), pode gravar um podcast com as
informações abaixo e disponibilizá-lo aos seus alunos.
Dentre os esportes mais praticados no mundo, encontramos o basquetebol que tem
atualmente mais de 300 milhões de praticantes. O nome basketball significa “bola na
cesta” em inglês e essa modalidade, na classificação contemporânea dos esportes, é
considerada um esporte coletivo de invasão tal como o futebol e o handebol. Foi
inventado nos Estados Unidos, no ano de 1891, pelo professor canadense de Educação
Física James Naismith. A modalidade do basquetebol jogada pelas mulheres foi
desenvolvida um ano depois, em 1892, pela professora de Educação Física Sandra
Bereson, que adaptou as regras do jogo original.
O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a ter contato com o basquetebol.
Trazido pelo professor estadunidense Augusto Shaw, que teve contato com a
modalidade na universidade e veio para o Brasil lecionar artes no ano de 1894, tendo
conseguido implementar a modalidade primeiro entre as mulheres. A partir de 1896, fez
também a implementação entre os homens. O basquete foi incorporado às modalidades
integrantes dos Jogos Olímpicos, no ano de 1936, quando as competições ocorreram em
Berlim, na Alemanha.
Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a modalidade do basquetebol para pessoas com
deficiência relacionada à locomoção. Chamada de “basquetebol em cadeira de rodas”, a
modalidade teve início quando soldados feridos na guerra começaram a jogar basquete
em uma quadra de hospital durante o processo de recuperação. O basquete em cadeira
de rodas ingressou nos Jogos Paraolímpicos de Roma, no ano de 1960.
Desde a sua criação, muita coisa mudou no basquete, incluindo suas regras oficiais, que
são tidas como parâmetro para a disputa dos campeonatos no mundo todo.
A Federação Internacional de Basquete (FIBA), criada em 1932 na Suíça, é a entidade
que cuida de todo o investimento feito no esporte, bem como da organização
internacional da prática. Essa entidade também define as regras internacionais,
regulamenta equipamentos, fiscaliza a transferência de atletas entre países e controla a
arbitragem em nível mundial. A FIBA conta, desde 1989, com cinco repartições
continentais, as quais organizam as 215 associações nacionais federadas: FIBA Europa,
FIBA Américas, FIBA Ásia, FIBA África e FIBA Oceania. A Confederação Brasileira
de Basquete (CBB) é a entidade que organiza e regula a prática do basquete no Brasil. A
CBB é filiada à FIBA e participa dos campeonatos internacionais que promovidos pela
entidade.
As regras do basquete, assim como dos demais esportes, são frequentemente
atualizadas, sendo que a versão mais atual das regras oficiais elaboradas pela FIBA data
do mês de outubro de 2020.
Para saber mais sobre a classificação e as características gerais dos esportes coletivos de
invasão, consulte os planos de aula produzidos anteriormente sobre o assunto:
• Esportes Coletivos de Invasão ;
• Classificação dos esportes .
Para assistir, refletir e responder
Esta atividade pode ser elaborada por meio de um Google forms, em que é possível,
inclusive, inserir vídeos nas questões, disponibilizando o link aos alunos em uma sala
virtual (Google Classroom).
1. Busque na internet alguma informação sobre o basquete, diferente das que já tratamos
em aula (pode ser sobre algum time profissional ou amador, algum jogador ou jogadora,
sobre uma partida, Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, alguma curiosidade), ou seja,
algum conhecimento novo sobre o basquetebol para compartilhar com os e as colegas
de turma, e explique o motivo de sua escolha. O que chamou a sua atenção sobre esse
conhecimento que fez com que você quisesse compartilhá-lo com outra pessoa?
Obs.: professor ou professora, aqui chamamos a atenção para a habilidade que os
estudantes têm de buscar informações relevantes e saber dialogar sobre elas. Este ponto
deverá ser avaliado por meio da argumentação que eles fazem sobre o novo
conhecimento descoberto.
2. Assista a este vídeo sobre as principais regras do basquete e responda:
1) Qual o tamanho e quais são os nomes das zonas ou áreas de jogo de uma quadra de
basquete?
2) Dê um exemplo de infração ou falta no basquete.
3) O que é uma falta antidesportiva? Quais são suas consequências?
4) Quando ocorre empate no basquete?
Obs.: todas as respostas podem ser encontradas ao longo do vídeo.
2ª Etapa: O que é preciso saber para jogar?
Para essa etapa, você, professor(a), pode agendar uma aula on-line síncrona, por meio
da plataforma Jitsi Meet, e propor um debate acerca das questões discutidas abaixo.
Incentive a participação dos alunos pelo áudio ou por meio do chat da plataforma, pois
dessa maneira a aula fica mais rica e dinâmica, assim como o jogo de basquete!
Para jogarmos o basquetebol na escola, não é preciso saber cada linha do manual de
regras. Não queremos que o esporte da escola seja uma extensão do esporte de
rendimento no qual muito se valoriza a competição e a vitória, correndo o risco de
promover a exclusão entre as e os estudantes que não possuem experiência na
modalidade. O basquetebol que podemos desenvolver na escola depende do sentido e do
conhecimento que atribuímos a ele, assim como das formas de organização e
preocupação com a aprendizagem de todas e todos, diretamente vinculadas a valores
que qualifiquem positivamente a convivência.
Com isso, afirmamos que todas e todos são capazes de aprender a jogar basquete, bem
como a apreciar uma boa partida. É preciso vontade, esforço, altas expectativas para o
aprendizado, conhecimentos e objetivos. Uma situação de jogo do basquete apresenta
muitos elementos que exigem a cognição dos indivíduos para a resolução de problemas
situacionais. Além disso, esses problemas não serão resolvidos sozinhos, pois se trata de
um esporte coletivo, o que exige uma boa coesão, comunicação e cooperação entre as
pessoas das equipes, numa atitude de solidariedade com as e os adversários, de forma
que um jogo agradável e com altos níveis de aprendizagem possam ser desenvolvidos.
Nesse sentido, os problemas que aparecem durante uma partida de basquete (por
exemplo: superar um(a) adversário(a) para conseguir arremessar a bola) envolve uma
série de informações que deverão ser percebidas e decifradas pelo(a) jogador(a) que,
com base nesse conjunto de informações – por exemplo: descolamento de
companheiros(as) e adversários(as); tempo da posse de bola restante; distância até o
alvo de ataque ou defesa -, deverá tomar uma decisão favorável a sua equipe para
alcançar o objetivo final do jogo, que é conquistar o maior número de pontos). Numa
situação como essa, existem muitas questões que podem interferir na conquista dos
pontos e, como estamos falando de um esporte coletivo, com a presença de
companheiros e adversários, a principal delas é a atitude da equipe adversária.
Diante de tudo isso, vamos enumerar alguns elementos com que precisamos nos
preocupar para aprender e aprimorar a prática individual e coletiva do basquetebol.
Esses elementos dizem respeito às relações estabelecidas em uma partida.
Relação Direcionamento da atenção
EU – BOLA Familiarização com a bola e seu controle
EU – BOLA – ALVO Foco na finalização; objetivo do jogo
EU – BOLA – ALVO – ADVERSÁRIO
Situação 1×1; conquista e conservação da posse
da bola; buscar o arremesso;
EU – BOLA – ALVO – COLEGA(S) –
ADVERSÁRIO(S)
Situação 2×2, 3×3 ao jogo formal; todos
anteriores mais a comunicação com colega e
contracomunicação com adversário.
Tabela 1: relações estabelecidas em jogos desportivos coletivos (GARGANTA, 1998, P.
19).
As relações estabelecidas entre EU-BOLA e EU-BOLA-ALVO têm relação direta com
as técnicas corporais específicas do basquete. As técnicas são as formas de executar
determinado movimento como, por exemplo:
Passes (formas de fazer a bola chegar até o(a) companheiro(a) de equipe):
• De peito;
• Quicado;
• Gancho;
• De ombro;
• Com uma mão; e
• Por cima da cabeça.
Arremessos (formas de lançar a bola no alvo, a cesta, para obter pontos):
• Bandeja;
• Jump;
• Gancho; e
• Com uma das mãos.
Dribles (formas de manter a posse de bola enquanto ela quica no chão)
• De proteção; e
• De progressão.
Por outro lado, as relações estabelecidas entre EU – BOLA – ALVO – ADVERSÁRIO
e EU – BOLA – ALVO – COLEGA(S) – ADVERSÁRIO(S) recebem maiores
influências de outros dois elementos:
• Tática individual e coletiva: formas de combinar ações e estratégias de jogo para que
os(as) jogadores(as) consigam pontuar e defender seu alvo de forma mais eficiente; e
• Sistema de jogo: forma de distribuir os(as) jogadores(as) na quadra, levando em
consideração questões técnicas e táticas de cada jogador(a) (características de
pensar/conduzir o jogo e habilidades).
Considerando que o basquetebol é um jogo de invasão, o time atacante, ou seja, aquele
que tem a posse de bola, deve procurar realizar três principais funções:
1) Manter a posse de bola;
2) Conduzir a bola até o alvo; e
3) Atacar a meta ou arremessar a bola no alvo para obter pontos.
Por outro lado, o time que está defendendo, ou seja, aquele que não tem a posse de bola
no momento, deve procurar realizar outras três funções principais:
1) Recuperar a posse de bola;
2) Evitar que a equipe atacante progrida com até seu alvo de defesa; e
3) Defender a cesta ou anular uma tentativa de arremesso que possa gerar pontos para a
equipe adversária.
Lembrando que a posse da bola define quem é o time que ataca (possui a bola) e o que
defende (não possui a bola). Como a posse da bola troca muitas vezes entre os times, os
e as jogadoras devem ficar atentos sobre quais das funções acima devem fazer, até
mesmo porque não é somente quem está com a posse da bola que participada das
jogadas. Os jogadores e as jogadoras sem a bola, tanto da defesa quanto do ataque, são
muito importantes em cada jogada. Afinal, em um jogo em que há 10 pessoas em
quadra, seria muito difícil depender apenas de uma pessoa para o jogo ser ganho.
Por isso é importante reconhecermos algumas situações de jogo relevantes tanto para a
defesa quanto para o ataque:
• Linha de passe: situação na qual as/os jogadoras/res do time atacante (que tem a posse
da bola) vão procurar se movimentar pela quadra para buscar um caminho livre para
passar a bola. Imagine que a situação ideal é aquela na qual existe uma linha reta entre a
pessoa que tem a bola e pessoa para qual ela quer passar, sem ninguém no meio para
atrapalhar. Como contraponto da equipe de defesa, os e as jogadoras vão procurar
anular as linhas de passe, entrando no meio ou marcando, ficando por perto para que
o(a) atacante tenha mais dificuldades para passar ou receber a bola.
• Marcação por zona: esse tipo de marcação é muito comum no basquete. Nela as(os)
defensoras(es) se distribuem pela quadra, tendo uma zona específica como referência
(frequentemente a área da cesta ou garrafão) para marcar as(os) adversárias(os) sem
correr atrás de cada um(a) deles(as). Quando os/as atacantes se aproximam da zona de
marcação, a defesa se movimenta como um bloco, buscando dificultar a infiltração do
ataque em busca da cesta.
• Marcação individual: diferentemente da marcação por zona, nesse tipo de marcação
cada defensor(a) vai marcar um(a) atacante específico, normalmente combinado
previamente. Esse tipo de marcação é bastante utilizado quando se quer pressionar a
equipe adversária, entretanto há maior risco de sofrer fintas que enganem a defesa.
• Situação de contra-ataque: uma situação de contra-ataque se dá quando um time
atacante A invade a defesa adversária B para atacar, mas não foi efetivo em sua jogada
e, portanto, deu a oportunidade para a defesa B roubar a bola (que se torna o time
atacante). O time B, com a posse da bola, rapidamente invade a quadra de defesa do
time A e arremessa a bola antes mesmo da defesa A conseguir se organizar, como faria
em uma situação de ataque normal.
• Abrir espaço e se movimentar: essas são ações interessantes para o ataque. Quanto
mais pessoas em volta da bola, mais o jogo fica limitado e mais fácil fica para a defesa
bloquear as ações do time atacante. Por outro lado, um time que tem mais espaço para
jogar ou que se movimenta mais em quadra, tem mais chances de superar a defesa e
fazer pontos. Quanto ao time defensor, é importante estar de olho na bola, mas mais
ainda nos(as) atacantes, afinal sem eles e elas a bola não faz nada sozinha. Por isso, a
atuação mais importante de um(a) defensor(a) é acompanhar um(a) atacante de forma
individual ou por zona, conforme for combinado previamente com todo o time. É
impossível estar em todos os momentos onde a bola pode estar, porque ela viaja mais
rápido do que qualquer pessoa quando é lançada de um lugar para o outro. Então, fique
de olho nos(as) atacantes e preferencialmente ocupando o lugar entre ele/ela e a cesta,
pois quando ele/ela receber a bola e se virar para arremessar, você será um obstáculo a
mais em seu caminho.
• Superioridade numérica: uma partida acontece com números iguais de jogadores em
cada equipe (exceto por situações muito específicas, como a expulsão, por exemplo). A
superioridade numérica diz respeito a momentos no jogo onde existem mais
jogadores(as) de uma equipe do que da outra para realizar uma defesa ou um ataque.
Isso pode acontecer num contra-ataque, em que os(as) atacantes invadem rapidamente o
campo adversário encontrando poucos(as) defensores(as) no caminho, ou até mesmo em
uma situação de defesa, quando juntam mais de um(a) jogador(a) para marcar
diretamente um(a) atacante.
• Pé-pivô: no basquete, enquanto se está com a bola nas mãos e os dois pés no chão
nenhum dos pés é pivô. No momento em que um se levanta, o outro pé torna-se o pé-
pivô. A partir disso o(a) jogador(a) pode movimentar o outro pé do chão, mas sem tirar
o pé-pivô, de forma que é possível movimentar-se ao redor do eixo formado por esse
ponto do pé-pivô fixo no chão. O ato de tirar o pé-pivô do chão antes de arremessar ou
passar a bola, é considerado infração. Essa técnica ajuda muito as(os) jogadoras(es) a
explorar as jogadas, quando recebem a bola em situações mais difíceis. Inclusive, pivô é
o nome que se dá para uma das posições no basquetebol, que é uma função em que o(a)
jogador(a) pivô recebe, frequentemente, a bola de costas para a cesta, tendo que usar
dessa técnica para se virar de frente para a cesta.
Ao final dessa etapa, que tal colocar os conhecimentos dos alunos em prática, por meio
de uma atividade de gamificação, com uma partida de vídeo game de um jogo de
basquete? É possível elaborar um roteiro de aula prática, em que os alunos terão que
realizar as etapas/passes/dribles que foram estudados. Essa atividade pode ser feita em
grupo, mesmo que de forma remota, e os alunos podem gravar um vídeo do jogo para
enviar a você professor(a), utilizando o Google classroom.
Para refletir e responder (Google forms):
1) Quais das atitudes abaixo correspondem a uma tentativa de defender seu alvo, que
está sendo ameaçado pelo ataque da equipe adversária?
a) Posicionar-se entre o atacante e a meta defendida.
b) Seguir a bola onde ela for na quadra.
c) Correr para o ataque, caso seu time recupere a bola e você esteja livre para fazer um
ponto.
d) Segurar o jogador adversário, evitando seu deslocamento na quadra.
2) Quais das atitudes abaixo um jogador atacante com a posse de bola deve evitar
durante um jogo de basquetebol?
a) Passar a bola e se movimentar.
b) Esperar pela marcação.
c) Utilizar fintas para sair da marcação.
d) Arremessar a bola ao final dos 24 segundos.
3) Se em uma situação de jogo você estiver com a bola em mãos no meio da quadra e
uma marcação individual pressionar tentando roubar a bola, como você pode evitar que
o seu time perca a posse de bola?
3ª Etapa: Apreciação
Esta etapa também pode ser compartilhada com os alunos por meio do Google
Classroom. Existem muitas formas de se envolver com alguma prática esportiva. Saber
apreciar um jogo é uma delas, assim como acompanhar o esporte profissional de alto
rendimento. Quando acompanhamos um time ou assistimos um jogo, é muito
importante termos a noção de tudo o que pode envolver esse momento. Por exemplo,
você sabia que o incentivo (condições de trabalho) para que as mulheres sigam carreiras
de atleta no basquete é muito menor do que para os homens? Ou, ainda, que existem
muitas situações de discriminação e até mesmo a prática de crimes no esporte, como o
racismo? Você sabia, também, que existem muitos(as) cientistas do esporte que estudam
e pesquisam para abrir caminhos para mudanças no esporte profissional como um todo,
desde o jogo até os bastidores?
Como exemplo, trazemos o caso da jogadora da seleção brasileira Damiris Dantas, que
é uma das pessoas que se posicionam publicamente reivindicando a transformação da
situação atual no esporte profissional, com redução das desigualdades, no Brasil e no
mundo. Que tal conferir o Instagram dela e de outras pessoas como ela? Sabemos que
apoiar as pessoas nas redes sociais ajuda a promover muitas causas importantes.
Diante disso, pesquise alguma situação do basquete profissional que deixa evidente a
desigualdade e apresente também as sugestões de transformação que estão sendo feitas
pelos(as) profissionais e pesquisadores(as) da área.
Aprender um pouco mais sobre como jogar basquetebol nos possibilita aproveitar muito
mais uma partida, quando a assistimos. Reconhecer a dificuldade das jogadas e a
habilidade de cada jogador(a) deixa a partida muito mais interessante.
Tendo por base tudo que aprendemos até aqui, assista aos melhores momentos da
partida disputada entre Argentina e Brasil pela Copa América Feminina de Basquete,
que aconteceu no ano de 2019:
Com base no vídeo, identifique as seguintes situações:
• Uma situação de contra-ataque: 3:50
• Uma situação sem interferência direta da equipe adversária: 1:46 (lance livre)
• Uma situação de superioridade numérica da defesa que a equipe não soube
aproveitar: 1:25
• Uma finta (movimento com a intenção de enganar o(a) adversário(a): 4:38
• Uma sequência de quatro ou mais passes, trocados entre as jogadoras de uma mesma
equipe, que terminou em cesta: 1:16
• Uma função de pivô exercida com sucesso (conseguiu arremessar ou passar a
bola): 3:00
Obs.: professor ou professora, em itálico estão algumas sugestões de resposta, mas
existem outras que também são possíveis ao longo do vídeo. Você também pode
conferir, assistindo e fazendo esse exercício junto com seus alunos.
4ª Etapa: Para quando pudermos jogar juntas e
juntos novamente
Esta etapa deverá ser realizada apenas quando retornarmos ao ensino presencial com
segurança.
Considerando os conhecimentos trazidos até aqui, serão propostas algumas atividades.
Foram elaboradas duas aulas procedimentais. Professor ou professora, fique à vontade
para fazer ajustes que eventualmente venham a ser necessários, em termos de espaço,
tempo e materiais – utilize bolas de outras modalidades caso não tenha acesso às bolas
de basquete, por exemplo. Observe se sua turma tem mais ou menos facilidade, se está
muito dependente do desenvolvimento da relação EU-BOLA, ou se já podem ser
exploradas situações mais complexas, envolvendo EU-BOLA-COLEGA(S)-
ADVERSÁRIO(S). A partir dessa observação, estimule as e os estudantes a
compreender o jogo, para além das técnicas individuais de dribles, arremessos e passes.
AULA PROCEDIMENTAL 1
TEMA: relação EU-BOLA e EU-BOLA-ALVO
Objetivos:
1) manter o controle e a posse de bola; e
2) usar o pé-pivô como apoio.
Parte inicial: reúna os e as estudantes, como de costume. Sugerimos em roda, para que
todas as pessoas possam se ver e ter as mesmas condições de participar. Apresente o
tema da aula e seus objetivos. Abra espaço para dúvidas e sugestões.
Atividade 1
Os e as estudantes são divididos em duplas, sendo que cada dupla deve ter uma bola.
Uma das pessoas da dupla deve se deslocar livremente pela quadra (andando, correndo
e/ou fazendo zigue-zagues) e a outra pessoa, como num jogo de siga o mestre, deve ir
atrás, em uma distância de dois metros, repetindo os movimentos. Entretanto, a pessoa
de trás terá que quicar a bola o tempo todo, sem deixar que ela se perca e evitando
trombar na pessoa da frente. Toda vez que isso acontecer, deverá ser trocada a função
de cada pessoa na dupla.
Atividade 2
Os e as estudantes são divididos em grupo de quatro jogadores(as) com uma bola. A
cada vez, uma dessas pessoas deverá fugir das outras, que somente poderão pegar a
primeira encostando a bola nela. Entretanto, nenhuma das(os) pegadoras(es) podem
arremessar a bola para pegar (só devem encostar). Também não é permitido andar com
a bola nas mãos, nem quicar, mas podem utilizar um pé para fazer o pivô na
movimentação, enquanto estiver com a bola em mãos. Quando uma pessoa for pega,
outra troca com ela para se tornar a fugitiva.
Obs.: Fica a critério do(a) professor(a) se os quartetos ficarão livres para correr pela
quadra ao mesmo tempo, ou se serão divididos por espaços. Essa decisão deverá ser
tomada de acordo com a dificuldade que os(as) estudantes apresentarem.
Atividade 3
A turma é dividida em duas equipes. Deve haver várias bolas espalhadas pela quadra, de
qualquer tamanho ou modalidade. Uma equipe poderá vencer a outra transportando as
bolas até o espaço do garrafão do campo adversário, porém não é permitido andar ou
correr com a bola, apenas passar a bola. Se alguém correr com a bola, essa pessoa tem a
jogada anulada e deverá devolver a bola onde a pegou. Quem tiver o menor número de
bolas dentro do próprio garrafão ao final do jogo, vencerá. O jogo acaba quando todas
as bolas estiverem dentro dos garrafões. Não é permitido roubar a bola das mãos de
nenhuma pessoa, mas se o passe for interceptado ou a bola cair no chão e a outra equipe
pegar, ela terá a chance de realizar passes até alcançar o garrafão adversário. Não é
permitido tirar uma bola do próprio garrafão para levar ao garrafão adversário.
Discussão final
Estimule os debates sobre as questões a seguir, bem como acerca de outras que
eventualmente venham a surgir durante a prática:
• Vocês obtiveram sucesso na atividade (conseguiram jogar, sentiram-se bem jogando,
aprenderam coisas novas)?
• Quais foram as maiores dificuldades? Como você resolveu seus problemas?
• Você recebeu ou ofereceu ajuda para alguém? Como você pode ajudar um(a) colega a
obter sucesso na atividade?
AULA PROCEDIMENTAL 2
TEMA: EU – BOLA – ALVO – ADVERSÁRIO / EU – BOLA – ALVO –
COLEGA(S) – ADVERSÁRIO(S)
Objetivo:
Aplicar os seguintes conceitos em situações de jogos reduzidos:
• linha de passe;
• superioridade numérica;
• movimentação e abertura de jogo; e
• pé-pivô.
Parte inicial: reúna os e as estudantes, como de costume. Sugerimos em roda, para que
todas as pessoas possam se ver e ter as mesmas condições de participar. Apresente o
tema da aula e seus objetivos. Abra espaço para dúvidas e sugestões.
Atividade 1
Os e as estudantes são divididos em pequenas equipes de três pessoas. Ocorrerão, ao
mesmo tempo, dois jogos 3×3 + 1 árbitro (escolhido de alguma equipe que espera sua
vez para jogar) em cada lado da quadra.
Regras: não pode quicar a bola; cada defensor(a) marca um(a) atacante o tempo todo
(marcação individual); não é permitido tirar a bola direto da mão do(a) atacante, ou seja,
a posse de bola só é retomada quando um time fizer a cesta ou quando um passe for
interceptado (Ataque: se movimentar para criar linhas de passe. Defesa: se movimentar
próximo ao(à) atacante e de olho na bola para anular as linhas de passe). Cada jogo dura
3 minutos. Se possível, todas as equipes jogam duas vezes trocando os adversários.
Atividade 2
Os e as estudantes são divididos em pequenas equipes de três ou quatro pessoas.
Ocorrerão, ao mesmo tempo, jogos 3×3 ou 4×4. Cada jogo acontecerá envolvendo uma
área de jogo delimitada por um círculo (demarcado no chão), com um alvo no centro
(por exemplo, um cone ou cadeira). A equipe atacante deverá ficar fora do círculo,
sendo proibida de entrar ou pisar na linha, e seu objetivo é acertar o alvo para ganhar
um ponto. É permitido se deslocar ao redor do cone, driblando a bola, ou realizar passes
para os(as) demais jogadores(as). A equipe defensora deverá ficar dentro do círculo,
para evitar com que o alvo seja atingido, com mostra a figura abaixo.
Para aumentar a dificuldade, é possível colocar mais alvos dentro do círculo e/ou
diminuir o número de defensores(as). A cada três ou cinco minutos, troque a função das
equipes. Se possível, troque as equipes, para jogarem com pessoas diferentes numa
segunda rodada.
Atividade 3
Os e as estudantes serão divididos de modo que ocorram minijogos rápidos de 3×2, com
a superioridade numérica favorecendo a equipe atacante. Os dois lados da quadra são
utilizados, sendo que em cada lado ocorre um minijogo por vez, o qual se inicia da
seguinte forma: saem do meio da quadra os(as) atacantes, e do fundo de quadra os(as)
defensores. Os(as) atacantes deverão fazer uma cesta, aproveitando-se da superioridade
numérica – realizando passes e procurando ficar livres da marcação ao arremessar.
Duas variações: permitindo driblar a bola. Sem driblar ou andar com a bola (apenas
trocando passes e utilizando do pé-pivô para movimentação). Quando a equipe de
defesa roubar a bola ou quando a equipe atacante realizar uma cesta, o lance acaba e
outras pessoas entram em quadra.
Como são equipes irregulares, os e as estudantes ficarão trocando de time e função
frequentemente. Sugestão de rodízio: quem saiu da primeira condição de atacante vai
para a segunda que, por sua vez, vai para a terceira. O(a) terceiro(a) atacante vai para a
primeira condição de defensor(a) que, por sua vez, vai para a segunda. O(a) segundo
defensor(a) vai para a primeira condição de atacante, e assim o rodízio segue com todas
as pessoas passando por todas as posições.
Estimule os debates sobre as questões a seguir, bem como acerca de outras que
eventualmente venham a surgir durante a prática:
• Vocês obtiveram sucesso na atividade (conseguiram jogar, sentiram-se bem jogando,
aprenderam coisas novas)?
• Os jogos de hoje foram mais difíceis do que os da aula anterior? Por quê?
• Quais foram as maiores dificuldades? Como você resolveu seus problemas?
• Você recebeu ou ofereceu ajuda para alguém? Como você pode ajudar um(a) colega a
obter sucesso na atividade?
Plano de aula elaborado pelo Professora Milena de Bem Zavanella Freitas
Adaptação para o ensino remoto elaborada pela Prof.ª Dr.ª Nathalie Lousan
Materiais Relacionados
GONZÁLEZ, F. J.; BRACHT, V. Metodologia do ensino dos esportes coletivos.
Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2012.
GARGANTA, J. O ensino dos jogos desportivos. Porto, 1998.
DARIDO, S. C.; SOUZA JÚNIOR, O. M. Para ensinar Educação Física: possibilidades
de intervenção na escola. 7ª ed. Campinas: Papirus, 2014.
BRASIL. MINISTÉRIO DO ESPORTE. GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.;
OLIVEIRA A. A. B (org.). Esportes I. UFRGS: Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.

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  • 1. Instituto claro Conteúdos Este plano de aula de educação física aborda os elementos conceituais do basquete, como sua origem e regras gerais, além de descrever os aspectos gerais úteis para aprender a jogar e sugestões para apreciação do esporte, com etapas adaptadas para o ensino remoto e práticas que poderão ser realizadas apenas no ensino presencial. • Elementos conceituais: origem do basquetebol e regras gerais; • Elementos procedimentais: aspectos gerais úteis para aprender a jogar basquetebol; e • Elementos sociais: apreciação do basquetebol na condição de fenômeno desportivo na sociedade atual. Objetivos Espera-se que os e as estudantes sejam capazes de descrever e relacionar conhecimentos acerca do basquete, tendo por base conceitos e procedimentos específicos sobre o esporte. Veja também: Educação física: veja 26 planos de aula para o ensino fundamental e médio Plano de aula: Classificação dos esportes Palavras-Chave: Basquetebol. Jogos desportivos. Coletivos de invasão. Esporte escolar.
  • 2. Sugestão de aplicação para o ensino remoto: As sugestões estão organizadas em tópicos com uma breve explicação de cada recurso. ● Jitsi Meet: é um sistema de código aberto e gratuito, com o objetivo de permitir a criação e implementação de soluções seguras para videoconferências via Internet, com áudio, discagem, gravação e transmissão simultânea. Possui capacidade para até 200 pessoas, não há necessidade de criar uma conta, você poderá acessar através do seu navegador ou fazer o download do aplicativo, disponível para Android e iOS. Trabalhando com essa ferramenta, é possível: – Compartilhar sua área de trabalho, apresentações e arquivos; – Convidar usuários para uma videoconferência por meio de um URL simples e personalizado; – Editar documentos simultaneamente usando Etherpad (editor de texto on-line de código aberto); – Trocar mensagens através do bate-papo integrado; – Visualizar automaticamente o orador ativo ou escolher manualmente o participante que deseja ver na tela; – Reproduzir um vídeo do YouTube para todos os participantes. ● Gravação de videoaula usando o Power Point: o PPT, já tão utilizado por nós professores para preparamos nossas aulas, também permite a gravação de uma narração para os slides, que tanto nos auxiliam na explanação dos conteúdos. É possível habilitar a função de vídeo enquanto grava, assim, os alunos verão o professor em uma janelinha no canto direito da apresentação. Essa ferramenta é bem simples e eficaz. Veja um guia.
  • 3. ● Envio de Podcast aos alunos: podcast nada mais é do que um áudio gravado (como os enviados pelo Whatsapp). Podem ser utilizados para narrar uma história, para correção de atividades, revisar ou aprofundar os conteúdos. Para tanto, sugiro o app Anchor, que pode ser baixado no seu celular. Ele é muito fácil e simples de utilizar. ● Plataforma Google Classroom: permite a criação de uma sala de aula virtual. Essa ação irá gerar um código que será compartilhado com os alunos, para que acessem a sala. Nesse ambiente virtual, o/a professor/a poderá criar postagens de avisos, textos, slides do PPT, conteúdos, links de vídeos, roteiros de estudos, atividades, etc. É uma forma bem simples e eficaz de manter a comunicação com os alunos e postar as aulas gravadas, usando os recursos anteriormente mencionados. Confira outros recursos oferecidos pela Google, como a construção de formulários (Google Forms) para serem realizados pelos alunos. Sugerimos aulas com até 30 minutos de duração. Além disso, nem toda aula precisa gerar uma atividade avaliativa, para não sobrecarregar os alunos. As aulas virtuais também podem ser úteis para correção de exercícios e plantões de dúvidas. Previsão para aplicação:  Três aulas reflexivas e conceituais (etapas 1, 2 e 3).  Duas aulas reflexivas e procedimentais (etapa 4). Materiais Utilizados: Aplicação presencial: quadra com cesta de basquete, bolas de basquete, bolas de outras modalidades, coletes para divisão de equipes, cones ou outro objeto que sirva de alvo.
  • 4. Proposta de Trabalho: Serão propostas intervenções que podem ser feitas no formato remoto, utilizando principalmente a internet como forma de buscar conhecimentos. Além disso, ao final do plano há duas propostas de intervenções procedimentais que podem ser trabalhadas com os e as estudantes em uma quadra. 1ª Etapa: Origem, história e regras Para essa primeira etapa, você, professor(a), pode gravar um podcast com as informações abaixo e disponibilizá-lo aos seus alunos. Dentre os esportes mais praticados no mundo, encontramos o basquetebol que tem atualmente mais de 300 milhões de praticantes. O nome basketball significa “bola na cesta” em inglês e essa modalidade, na classificação contemporânea dos esportes, é considerada um esporte coletivo de invasão tal como o futebol e o handebol. Foi inventado nos Estados Unidos, no ano de 1891, pelo professor canadense de Educação Física James Naismith. A modalidade do basquetebol jogada pelas mulheres foi desenvolvida um ano depois, em 1892, pela professora de Educação Física Sandra Bereson, que adaptou as regras do jogo original. O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a ter contato com o basquetebol. Trazido pelo professor estadunidense Augusto Shaw, que teve contato com a modalidade na universidade e veio para o Brasil lecionar artes no ano de 1894, tendo conseguido implementar a modalidade primeiro entre as mulheres. A partir de 1896, fez também a implementação entre os homens. O basquete foi incorporado às modalidades integrantes dos Jogos Olímpicos, no ano de 1936, quando as competições ocorreram em Berlim, na Alemanha.
  • 5. Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a modalidade do basquetebol para pessoas com deficiência relacionada à locomoção. Chamada de “basquetebol em cadeira de rodas”, a modalidade teve início quando soldados feridos na guerra começaram a jogar basquete em uma quadra de hospital durante o processo de recuperação. O basquete em cadeira de rodas ingressou nos Jogos Paraolímpicos de Roma, no ano de 1960. Desde a sua criação, muita coisa mudou no basquete, incluindo suas regras oficiais, que são tidas como parâmetro para a disputa dos campeonatos no mundo todo. A Federação Internacional de Basquete (FIBA), criada em 1932 na Suíça, é a entidade que cuida de todo o investimento feito no esporte, bem como da organização internacional da prática. Essa entidade também define as regras internacionais, regulamenta equipamentos, fiscaliza a transferência de atletas entre países e controla a arbitragem em nível mundial. A FIBA conta, desde 1989, com cinco repartições continentais, as quais organizam as 215 associações nacionais federadas: FIBA Europa, FIBA Américas, FIBA Ásia, FIBA África e FIBA Oceania. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) é a entidade que organiza e regula a prática do basquete no Brasil. A CBB é filiada à FIBA e participa dos campeonatos internacionais que promovidos pela entidade. As regras do basquete, assim como dos demais esportes, são frequentemente atualizadas, sendo que a versão mais atual das regras oficiais elaboradas pela FIBA data do mês de outubro de 2020. Para saber mais sobre a classificação e as características gerais dos esportes coletivos de invasão, consulte os planos de aula produzidos anteriormente sobre o assunto:
  • 6. • Esportes Coletivos de Invasão ; • Classificação dos esportes . Para assistir, refletir e responder Esta atividade pode ser elaborada por meio de um Google forms, em que é possível, inclusive, inserir vídeos nas questões, disponibilizando o link aos alunos em uma sala virtual (Google Classroom). 1. Busque na internet alguma informação sobre o basquete, diferente das que já tratamos em aula (pode ser sobre algum time profissional ou amador, algum jogador ou jogadora, sobre uma partida, Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, alguma curiosidade), ou seja, algum conhecimento novo sobre o basquetebol para compartilhar com os e as colegas de turma, e explique o motivo de sua escolha. O que chamou a sua atenção sobre esse conhecimento que fez com que você quisesse compartilhá-lo com outra pessoa? Obs.: professor ou professora, aqui chamamos a atenção para a habilidade que os estudantes têm de buscar informações relevantes e saber dialogar sobre elas. Este ponto deverá ser avaliado por meio da argumentação que eles fazem sobre o novo conhecimento descoberto. 2. Assista a este vídeo sobre as principais regras do basquete e responda: 1) Qual o tamanho e quais são os nomes das zonas ou áreas de jogo de uma quadra de basquete? 2) Dê um exemplo de infração ou falta no basquete.
  • 7. 3) O que é uma falta antidesportiva? Quais são suas consequências? 4) Quando ocorre empate no basquete? Obs.: todas as respostas podem ser encontradas ao longo do vídeo. 2ª Etapa: O que é preciso saber para jogar? Para essa etapa, você, professor(a), pode agendar uma aula on-line síncrona, por meio da plataforma Jitsi Meet, e propor um debate acerca das questões discutidas abaixo. Incentive a participação dos alunos pelo áudio ou por meio do chat da plataforma, pois dessa maneira a aula fica mais rica e dinâmica, assim como o jogo de basquete! Para jogarmos o basquetebol na escola, não é preciso saber cada linha do manual de regras. Não queremos que o esporte da escola seja uma extensão do esporte de rendimento no qual muito se valoriza a competição e a vitória, correndo o risco de promover a exclusão entre as e os estudantes que não possuem experiência na modalidade. O basquetebol que podemos desenvolver na escola depende do sentido e do conhecimento que atribuímos a ele, assim como das formas de organização e preocupação com a aprendizagem de todas e todos, diretamente vinculadas a valores que qualifiquem positivamente a convivência. Com isso, afirmamos que todas e todos são capazes de aprender a jogar basquete, bem como a apreciar uma boa partida. É preciso vontade, esforço, altas expectativas para o aprendizado, conhecimentos e objetivos. Uma situação de jogo do basquete apresenta muitos elementos que exigem a cognição dos indivíduos para a resolução de problemas situacionais. Além disso, esses problemas não serão resolvidos sozinhos, pois se trata de um esporte coletivo, o que exige uma boa coesão, comunicação e cooperação entre as
  • 8. pessoas das equipes, numa atitude de solidariedade com as e os adversários, de forma que um jogo agradável e com altos níveis de aprendizagem possam ser desenvolvidos. Nesse sentido, os problemas que aparecem durante uma partida de basquete (por exemplo: superar um(a) adversário(a) para conseguir arremessar a bola) envolve uma série de informações que deverão ser percebidas e decifradas pelo(a) jogador(a) que, com base nesse conjunto de informações – por exemplo: descolamento de companheiros(as) e adversários(as); tempo da posse de bola restante; distância até o alvo de ataque ou defesa -, deverá tomar uma decisão favorável a sua equipe para alcançar o objetivo final do jogo, que é conquistar o maior número de pontos). Numa situação como essa, existem muitas questões que podem interferir na conquista dos pontos e, como estamos falando de um esporte coletivo, com a presença de companheiros e adversários, a principal delas é a atitude da equipe adversária. Diante de tudo isso, vamos enumerar alguns elementos com que precisamos nos preocupar para aprender e aprimorar a prática individual e coletiva do basquetebol. Esses elementos dizem respeito às relações estabelecidas em uma partida. Relação Direcionamento da atenção EU – BOLA Familiarização com a bola e seu controle EU – BOLA – ALVO Foco na finalização; objetivo do jogo EU – BOLA – ALVO – ADVERSÁRIO Situação 1×1; conquista e conservação da posse da bola; buscar o arremesso; EU – BOLA – ALVO – COLEGA(S) – ADVERSÁRIO(S) Situação 2×2, 3×3 ao jogo formal; todos anteriores mais a comunicação com colega e contracomunicação com adversário.
  • 9. Tabela 1: relações estabelecidas em jogos desportivos coletivos (GARGANTA, 1998, P. 19). As relações estabelecidas entre EU-BOLA e EU-BOLA-ALVO têm relação direta com as técnicas corporais específicas do basquete. As técnicas são as formas de executar determinado movimento como, por exemplo: Passes (formas de fazer a bola chegar até o(a) companheiro(a) de equipe): • De peito; • Quicado; • Gancho; • De ombro; • Com uma mão; e • Por cima da cabeça. Arremessos (formas de lançar a bola no alvo, a cesta, para obter pontos): • Bandeja; • Jump; • Gancho; e • Com uma das mãos. Dribles (formas de manter a posse de bola enquanto ela quica no chão) • De proteção; e • De progressão.
  • 10. Por outro lado, as relações estabelecidas entre EU – BOLA – ALVO – ADVERSÁRIO e EU – BOLA – ALVO – COLEGA(S) – ADVERSÁRIO(S) recebem maiores influências de outros dois elementos: • Tática individual e coletiva: formas de combinar ações e estratégias de jogo para que os(as) jogadores(as) consigam pontuar e defender seu alvo de forma mais eficiente; e • Sistema de jogo: forma de distribuir os(as) jogadores(as) na quadra, levando em consideração questões técnicas e táticas de cada jogador(a) (características de pensar/conduzir o jogo e habilidades). Considerando que o basquetebol é um jogo de invasão, o time atacante, ou seja, aquele que tem a posse de bola, deve procurar realizar três principais funções: 1) Manter a posse de bola; 2) Conduzir a bola até o alvo; e 3) Atacar a meta ou arremessar a bola no alvo para obter pontos. Por outro lado, o time que está defendendo, ou seja, aquele que não tem a posse de bola no momento, deve procurar realizar outras três funções principais: 1) Recuperar a posse de bola; 2) Evitar que a equipe atacante progrida com até seu alvo de defesa; e 3) Defender a cesta ou anular uma tentativa de arremesso que possa gerar pontos para a equipe adversária. Lembrando que a posse da bola define quem é o time que ataca (possui a bola) e o que defende (não possui a bola). Como a posse da bola troca muitas vezes entre os times, os e as jogadoras devem ficar atentos sobre quais das funções acima devem fazer, até mesmo porque não é somente quem está com a posse da bola que participada das
  • 11. jogadas. Os jogadores e as jogadoras sem a bola, tanto da defesa quanto do ataque, são muito importantes em cada jogada. Afinal, em um jogo em que há 10 pessoas em quadra, seria muito difícil depender apenas de uma pessoa para o jogo ser ganho. Por isso é importante reconhecermos algumas situações de jogo relevantes tanto para a defesa quanto para o ataque: • Linha de passe: situação na qual as/os jogadoras/res do time atacante (que tem a posse da bola) vão procurar se movimentar pela quadra para buscar um caminho livre para passar a bola. Imagine que a situação ideal é aquela na qual existe uma linha reta entre a pessoa que tem a bola e pessoa para qual ela quer passar, sem ninguém no meio para atrapalhar. Como contraponto da equipe de defesa, os e as jogadoras vão procurar anular as linhas de passe, entrando no meio ou marcando, ficando por perto para que o(a) atacante tenha mais dificuldades para passar ou receber a bola. • Marcação por zona: esse tipo de marcação é muito comum no basquete. Nela as(os) defensoras(es) se distribuem pela quadra, tendo uma zona específica como referência (frequentemente a área da cesta ou garrafão) para marcar as(os) adversárias(os) sem correr atrás de cada um(a) deles(as). Quando os/as atacantes se aproximam da zona de marcação, a defesa se movimenta como um bloco, buscando dificultar a infiltração do ataque em busca da cesta. • Marcação individual: diferentemente da marcação por zona, nesse tipo de marcação cada defensor(a) vai marcar um(a) atacante específico, normalmente combinado previamente. Esse tipo de marcação é bastante utilizado quando se quer pressionar a equipe adversária, entretanto há maior risco de sofrer fintas que enganem a defesa.
  • 12. • Situação de contra-ataque: uma situação de contra-ataque se dá quando um time atacante A invade a defesa adversária B para atacar, mas não foi efetivo em sua jogada e, portanto, deu a oportunidade para a defesa B roubar a bola (que se torna o time atacante). O time B, com a posse da bola, rapidamente invade a quadra de defesa do time A e arremessa a bola antes mesmo da defesa A conseguir se organizar, como faria em uma situação de ataque normal. • Abrir espaço e se movimentar: essas são ações interessantes para o ataque. Quanto mais pessoas em volta da bola, mais o jogo fica limitado e mais fácil fica para a defesa bloquear as ações do time atacante. Por outro lado, um time que tem mais espaço para jogar ou que se movimenta mais em quadra, tem mais chances de superar a defesa e fazer pontos. Quanto ao time defensor, é importante estar de olho na bola, mas mais ainda nos(as) atacantes, afinal sem eles e elas a bola não faz nada sozinha. Por isso, a atuação mais importante de um(a) defensor(a) é acompanhar um(a) atacante de forma individual ou por zona, conforme for combinado previamente com todo o time. É impossível estar em todos os momentos onde a bola pode estar, porque ela viaja mais rápido do que qualquer pessoa quando é lançada de um lugar para o outro. Então, fique de olho nos(as) atacantes e preferencialmente ocupando o lugar entre ele/ela e a cesta, pois quando ele/ela receber a bola e se virar para arremessar, você será um obstáculo a mais em seu caminho. • Superioridade numérica: uma partida acontece com números iguais de jogadores em cada equipe (exceto por situações muito específicas, como a expulsão, por exemplo). A superioridade numérica diz respeito a momentos no jogo onde existem mais jogadores(as) de uma equipe do que da outra para realizar uma defesa ou um ataque. Isso pode acontecer num contra-ataque, em que os(as) atacantes invadem rapidamente o
  • 13. campo adversário encontrando poucos(as) defensores(as) no caminho, ou até mesmo em uma situação de defesa, quando juntam mais de um(a) jogador(a) para marcar diretamente um(a) atacante. • Pé-pivô: no basquete, enquanto se está com a bola nas mãos e os dois pés no chão nenhum dos pés é pivô. No momento em que um se levanta, o outro pé torna-se o pé- pivô. A partir disso o(a) jogador(a) pode movimentar o outro pé do chão, mas sem tirar o pé-pivô, de forma que é possível movimentar-se ao redor do eixo formado por esse ponto do pé-pivô fixo no chão. O ato de tirar o pé-pivô do chão antes de arremessar ou passar a bola, é considerado infração. Essa técnica ajuda muito as(os) jogadoras(es) a explorar as jogadas, quando recebem a bola em situações mais difíceis. Inclusive, pivô é o nome que se dá para uma das posições no basquetebol, que é uma função em que o(a) jogador(a) pivô recebe, frequentemente, a bola de costas para a cesta, tendo que usar dessa técnica para se virar de frente para a cesta. Ao final dessa etapa, que tal colocar os conhecimentos dos alunos em prática, por meio de uma atividade de gamificação, com uma partida de vídeo game de um jogo de basquete? É possível elaborar um roteiro de aula prática, em que os alunos terão que realizar as etapas/passes/dribles que foram estudados. Essa atividade pode ser feita em grupo, mesmo que de forma remota, e os alunos podem gravar um vídeo do jogo para enviar a você professor(a), utilizando o Google classroom. Para refletir e responder (Google forms): 1) Quais das atitudes abaixo correspondem a uma tentativa de defender seu alvo, que está sendo ameaçado pelo ataque da equipe adversária?
  • 14. a) Posicionar-se entre o atacante e a meta defendida. b) Seguir a bola onde ela for na quadra. c) Correr para o ataque, caso seu time recupere a bola e você esteja livre para fazer um ponto. d) Segurar o jogador adversário, evitando seu deslocamento na quadra. 2) Quais das atitudes abaixo um jogador atacante com a posse de bola deve evitar durante um jogo de basquetebol? a) Passar a bola e se movimentar. b) Esperar pela marcação. c) Utilizar fintas para sair da marcação. d) Arremessar a bola ao final dos 24 segundos. 3) Se em uma situação de jogo você estiver com a bola em mãos no meio da quadra e uma marcação individual pressionar tentando roubar a bola, como você pode evitar que o seu time perca a posse de bola? 3ª Etapa: Apreciação Esta etapa também pode ser compartilhada com os alunos por meio do Google Classroom. Existem muitas formas de se envolver com alguma prática esportiva. Saber apreciar um jogo é uma delas, assim como acompanhar o esporte profissional de alto rendimento. Quando acompanhamos um time ou assistimos um jogo, é muito importante termos a noção de tudo o que pode envolver esse momento. Por exemplo, você sabia que o incentivo (condições de trabalho) para que as mulheres sigam carreiras de atleta no basquete é muito menor do que para os homens? Ou, ainda, que existem muitas situações de discriminação e até mesmo a prática de crimes no esporte, como o
  • 15. racismo? Você sabia, também, que existem muitos(as) cientistas do esporte que estudam e pesquisam para abrir caminhos para mudanças no esporte profissional como um todo, desde o jogo até os bastidores? Como exemplo, trazemos o caso da jogadora da seleção brasileira Damiris Dantas, que é uma das pessoas que se posicionam publicamente reivindicando a transformação da situação atual no esporte profissional, com redução das desigualdades, no Brasil e no mundo. Que tal conferir o Instagram dela e de outras pessoas como ela? Sabemos que apoiar as pessoas nas redes sociais ajuda a promover muitas causas importantes. Diante disso, pesquise alguma situação do basquete profissional que deixa evidente a desigualdade e apresente também as sugestões de transformação que estão sendo feitas pelos(as) profissionais e pesquisadores(as) da área. Aprender um pouco mais sobre como jogar basquetebol nos possibilita aproveitar muito mais uma partida, quando a assistimos. Reconhecer a dificuldade das jogadas e a habilidade de cada jogador(a) deixa a partida muito mais interessante. Tendo por base tudo que aprendemos até aqui, assista aos melhores momentos da partida disputada entre Argentina e Brasil pela Copa América Feminina de Basquete, que aconteceu no ano de 2019: Com base no vídeo, identifique as seguintes situações: • Uma situação de contra-ataque: 3:50 • Uma situação sem interferência direta da equipe adversária: 1:46 (lance livre) • Uma situação de superioridade numérica da defesa que a equipe não soube
  • 16. aproveitar: 1:25 • Uma finta (movimento com a intenção de enganar o(a) adversário(a): 4:38 • Uma sequência de quatro ou mais passes, trocados entre as jogadoras de uma mesma equipe, que terminou em cesta: 1:16 • Uma função de pivô exercida com sucesso (conseguiu arremessar ou passar a bola): 3:00 Obs.: professor ou professora, em itálico estão algumas sugestões de resposta, mas existem outras que também são possíveis ao longo do vídeo. Você também pode conferir, assistindo e fazendo esse exercício junto com seus alunos. 4ª Etapa: Para quando pudermos jogar juntas e juntos novamente Esta etapa deverá ser realizada apenas quando retornarmos ao ensino presencial com segurança. Considerando os conhecimentos trazidos até aqui, serão propostas algumas atividades. Foram elaboradas duas aulas procedimentais. Professor ou professora, fique à vontade para fazer ajustes que eventualmente venham a ser necessários, em termos de espaço, tempo e materiais – utilize bolas de outras modalidades caso não tenha acesso às bolas de basquete, por exemplo. Observe se sua turma tem mais ou menos facilidade, se está muito dependente do desenvolvimento da relação EU-BOLA, ou se já podem ser exploradas situações mais complexas, envolvendo EU-BOLA-COLEGA(S)- ADVERSÁRIO(S). A partir dessa observação, estimule as e os estudantes a compreender o jogo, para além das técnicas individuais de dribles, arremessos e passes.
  • 17. AULA PROCEDIMENTAL 1 TEMA: relação EU-BOLA e EU-BOLA-ALVO Objetivos: 1) manter o controle e a posse de bola; e 2) usar o pé-pivô como apoio. Parte inicial: reúna os e as estudantes, como de costume. Sugerimos em roda, para que todas as pessoas possam se ver e ter as mesmas condições de participar. Apresente o tema da aula e seus objetivos. Abra espaço para dúvidas e sugestões. Atividade 1 Os e as estudantes são divididos em duplas, sendo que cada dupla deve ter uma bola. Uma das pessoas da dupla deve se deslocar livremente pela quadra (andando, correndo e/ou fazendo zigue-zagues) e a outra pessoa, como num jogo de siga o mestre, deve ir atrás, em uma distância de dois metros, repetindo os movimentos. Entretanto, a pessoa de trás terá que quicar a bola o tempo todo, sem deixar que ela se perca e evitando trombar na pessoa da frente. Toda vez que isso acontecer, deverá ser trocada a função de cada pessoa na dupla. Atividade 2 Os e as estudantes são divididos em grupo de quatro jogadores(as) com uma bola. A cada vez, uma dessas pessoas deverá fugir das outras, que somente poderão pegar a primeira encostando a bola nela. Entretanto, nenhuma das(os) pegadoras(es) podem arremessar a bola para pegar (só devem encostar). Também não é permitido andar com a bola nas mãos, nem quicar, mas podem utilizar um pé para fazer o pivô na
  • 18. movimentação, enquanto estiver com a bola em mãos. Quando uma pessoa for pega, outra troca com ela para se tornar a fugitiva. Obs.: Fica a critério do(a) professor(a) se os quartetos ficarão livres para correr pela quadra ao mesmo tempo, ou se serão divididos por espaços. Essa decisão deverá ser tomada de acordo com a dificuldade que os(as) estudantes apresentarem. Atividade 3 A turma é dividida em duas equipes. Deve haver várias bolas espalhadas pela quadra, de qualquer tamanho ou modalidade. Uma equipe poderá vencer a outra transportando as bolas até o espaço do garrafão do campo adversário, porém não é permitido andar ou correr com a bola, apenas passar a bola. Se alguém correr com a bola, essa pessoa tem a jogada anulada e deverá devolver a bola onde a pegou. Quem tiver o menor número de bolas dentro do próprio garrafão ao final do jogo, vencerá. O jogo acaba quando todas as bolas estiverem dentro dos garrafões. Não é permitido roubar a bola das mãos de nenhuma pessoa, mas se o passe for interceptado ou a bola cair no chão e a outra equipe pegar, ela terá a chance de realizar passes até alcançar o garrafão adversário. Não é permitido tirar uma bola do próprio garrafão para levar ao garrafão adversário. Discussão final Estimule os debates sobre as questões a seguir, bem como acerca de outras que eventualmente venham a surgir durante a prática: • Vocês obtiveram sucesso na atividade (conseguiram jogar, sentiram-se bem jogando, aprenderam coisas novas)? • Quais foram as maiores dificuldades? Como você resolveu seus problemas?
  • 19. • Você recebeu ou ofereceu ajuda para alguém? Como você pode ajudar um(a) colega a obter sucesso na atividade? AULA PROCEDIMENTAL 2 TEMA: EU – BOLA – ALVO – ADVERSÁRIO / EU – BOLA – ALVO – COLEGA(S) – ADVERSÁRIO(S) Objetivo: Aplicar os seguintes conceitos em situações de jogos reduzidos: • linha de passe; • superioridade numérica; • movimentação e abertura de jogo; e • pé-pivô. Parte inicial: reúna os e as estudantes, como de costume. Sugerimos em roda, para que todas as pessoas possam se ver e ter as mesmas condições de participar. Apresente o tema da aula e seus objetivos. Abra espaço para dúvidas e sugestões. Atividade 1 Os e as estudantes são divididos em pequenas equipes de três pessoas. Ocorrerão, ao mesmo tempo, dois jogos 3×3 + 1 árbitro (escolhido de alguma equipe que espera sua vez para jogar) em cada lado da quadra. Regras: não pode quicar a bola; cada defensor(a) marca um(a) atacante o tempo todo (marcação individual); não é permitido tirar a bola direto da mão do(a) atacante, ou seja, a posse de bola só é retomada quando um time fizer a cesta ou quando um passe for
  • 20. interceptado (Ataque: se movimentar para criar linhas de passe. Defesa: se movimentar próximo ao(à) atacante e de olho na bola para anular as linhas de passe). Cada jogo dura 3 minutos. Se possível, todas as equipes jogam duas vezes trocando os adversários. Atividade 2 Os e as estudantes são divididos em pequenas equipes de três ou quatro pessoas. Ocorrerão, ao mesmo tempo, jogos 3×3 ou 4×4. Cada jogo acontecerá envolvendo uma área de jogo delimitada por um círculo (demarcado no chão), com um alvo no centro (por exemplo, um cone ou cadeira). A equipe atacante deverá ficar fora do círculo, sendo proibida de entrar ou pisar na linha, e seu objetivo é acertar o alvo para ganhar um ponto. É permitido se deslocar ao redor do cone, driblando a bola, ou realizar passes para os(as) demais jogadores(as). A equipe defensora deverá ficar dentro do círculo, para evitar com que o alvo seja atingido, com mostra a figura abaixo. Para aumentar a dificuldade, é possível colocar mais alvos dentro do círculo e/ou diminuir o número de defensores(as). A cada três ou cinco minutos, troque a função das equipes. Se possível, troque as equipes, para jogarem com pessoas diferentes numa segunda rodada.
  • 21. Atividade 3 Os e as estudantes serão divididos de modo que ocorram minijogos rápidos de 3×2, com a superioridade numérica favorecendo a equipe atacante. Os dois lados da quadra são utilizados, sendo que em cada lado ocorre um minijogo por vez, o qual se inicia da seguinte forma: saem do meio da quadra os(as) atacantes, e do fundo de quadra os(as) defensores. Os(as) atacantes deverão fazer uma cesta, aproveitando-se da superioridade numérica – realizando passes e procurando ficar livres da marcação ao arremessar. Duas variações: permitindo driblar a bola. Sem driblar ou andar com a bola (apenas trocando passes e utilizando do pé-pivô para movimentação). Quando a equipe de defesa roubar a bola ou quando a equipe atacante realizar uma cesta, o lance acaba e outras pessoas entram em quadra. Como são equipes irregulares, os e as estudantes ficarão trocando de time e função frequentemente. Sugestão de rodízio: quem saiu da primeira condição de atacante vai para a segunda que, por sua vez, vai para a terceira. O(a) terceiro(a) atacante vai para a primeira condição de defensor(a) que, por sua vez, vai para a segunda. O(a) segundo defensor(a) vai para a primeira condição de atacante, e assim o rodízio segue com todas as pessoas passando por todas as posições. Estimule os debates sobre as questões a seguir, bem como acerca de outras que eventualmente venham a surgir durante a prática: • Vocês obtiveram sucesso na atividade (conseguiram jogar, sentiram-se bem jogando, aprenderam coisas novas)? • Os jogos de hoje foram mais difíceis do que os da aula anterior? Por quê?
  • 22. • Quais foram as maiores dificuldades? Como você resolveu seus problemas? • Você recebeu ou ofereceu ajuda para alguém? Como você pode ajudar um(a) colega a obter sucesso na atividade? Plano de aula elaborado pelo Professora Milena de Bem Zavanella Freitas Adaptação para o ensino remoto elaborada pela Prof.ª Dr.ª Nathalie Lousan Materiais Relacionados GONZÁLEZ, F. J.; BRACHT, V. Metodologia do ensino dos esportes coletivos. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2012. GARGANTA, J. O ensino dos jogos desportivos. Porto, 1998. DARIDO, S. C.; SOUZA JÚNIOR, O. M. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. 7ª ed. Campinas: Papirus, 2014. BRASIL. MINISTÉRIO DO ESPORTE. GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA A. A. B (org.). Esportes I. UFRGS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul.