O documento descreve um projeto de sistema de microgeração fotovoltaica de 108 kWp para a propriedade de Venina Aparecida Guimaraes em Montes Claros, MG. O sistema consiste em 240 painéis solares de 450W cada um, três inversores de 25kW e proteções contra sobrecorrente e sobretensão. Detalha também os requisitos técnicos, dimensionamento, especificações e segurança da instalação.
Sistema fotovoltaico de 108 kWp para fazenda no MG
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MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE MICRO
GERAÇÃO FOTOVOLTAICO
Usina VENINA APARECIDA GUIMARAES
CONECTADO A REDE ELÉTRICA DE BAIXA TENSÃO.
MONTES CLAROS, JULHO / 2021
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SUMÁRIO
1 – APRESENTAÇÃO....................................................................................................3
2 - DESCRIÇÃO GERAL DO CONSUMIDOR............................................................3
3 - NORMAS TECNICAS DE REFERENCIA E CATALOGOS INDUSTRIAIS.......4
4 - RESPONSABILIDADE TECNICA..........................................................................5
5 – DESCRIÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO (ON GRID)...........................................5
5.1 – Capacidade instalada da microgeração de energia elétrica....................................5
5.1.1 – Especificação técnica..........................................................................................5
5.1.2 – Dimensionamento lado DC.................................................................................6
5.1.3 – Sinalização..........................................................................................................7
5.1.4 – Especificação das proteções contra sobrecorrentes e sobretensões....................8
5.1.5 – Inversor...............................................................................................................9
5.1.6 – Aterramento........................................................................................................9
5.1.7 – Condutores – eletrodutos e outras considerações...............................................10
5.1.8 – Segurança das instalações – orientações gerais..................................................10
6 – LISTA DE MATERIAIS..........................................................................................10
7 – PREVISÃO DE PRODUÇÃO DE ENERGIA.........................................................11
8 – DIAGRAMA UNIFILAR BÁSICO (DUB)..............................................................12
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MEMORIAL DESCRITIVO
PROJETO DE SISTEMA DE GERAÇÃO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA PARA
CONEXÃO DE ACESSANTES AO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DA CEMIG –
CONEXÃO EM BAIXA TENSÃO
1 APRESENTAÇÃO.
O presente documento refere-se as considerações técnicas para a instalação de um
micro gerador fotovoltaico em uma residência de propriedade de VENINA APARECIDA
GUIMARAES localizada na FAZENDA BOM JESUS, PINDAI, 99999, FZ DISTRITO
PONTE DOS CIGANOS, CORAÇÃO DE JESUS / MG, com potência instalada de 108
kWp, sendo DUZENTOS E QUARENTA painéis de 450Ww cada um.
2 DESCRIÇÃO GERAL DO CONSUMIDOR.
A usina fotovoltaica está localizada na FAZENDA BOM JESUS, PINDAI, 99999,
FZ DISTRITO PONTE DOS CIGANOS, CORAÇÃO DE JESUS / MG, com CEP: 39340
- 000.
Fonte: Google MAPS
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O cliente SOLICITOU UMA NOVA LIGAÇÃO, PADRÃO, TRIFÁSICO 220V,
DISJUNTOR 3X200, BT, e seu disjuntor geral do padrão de entrada atual é de 1X40(A).
- Histórico de consumo do cliente (kWh/mês)
MÊS CONSUMO kWh MÊS CONSUMO kWh
FEV/19 277 AGO/19 145
MAR/19 255 SET/19 191
ABR/19 172 OUT/19 232
MAI/19 221 NOV/19 243
JUN/19 217 DEZ/19 221
JUL/19 155 JAN/20
3 NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA E CATÁLOGOS
• NBR- 5410 – Instalações elétricas em baixa tensão.
• ND 5.1 – Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária – Rede de
distribuição aérea – Edificações individuais.
• ND 5.2 – Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária – Rede de
distribuição aérea – Edificações coletivas.
• NRs – Normas de segurança do trabalho.
• ND 5.30 – Requisitos para a conexão de acessantes ao sistema de distribuição
CEMIG – Conexão em baixa tensão.
• Comunicado Técnico n. 09 – Cemig 2013.
• Modelo carta à CEMIG: Informações básicas de geração distribuída – Usina
Fotovoltaica.
As normas e catálogos acima citados fazem parte deste relatório e do projeto elétrico
e deverão ser consultadas sempre por ocasião da execução dos serviços pelos
responsáveis que deverão acionar sempre o projetista do projeto elétrico no caso de
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dúvidas sobre o mesmo. As normas de segurança deverão ser consultadas e observadas
por ocasião da execução dos serviços pelos responsáveis.
4 RESPONSABILIDADE TÉCNICA
O projeto elétrico foi elaborado por GERALDO DIEGO MORAIS, engenheiro
eletricista, CREA: MG 249011D, sendo também o responsável técnico, conforme ART
MG20210505815.
5 DESCRIÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO (ON GRID)
5.1 Capacidade instalada da micro geração de energia elétrica
5.1.1 Especificações técnicas
Por solicitação do cliente, serão instalados painéis fotovoltaicos, duzentos e
quarenta unidades, com séries de dezesseis módulos, com 450W cada um, totalizando
108 kWp no telhado da residência conforme demonstrado em planta. Modelo dos painéis
phono solar TSMDE17M(II)450W.
5.1.2 Dimensionamento do lado DC
No sistema serão instalados TRÊS INVERSORES SUNGROW 25KW
TRIFÁSICO 380V 6MPPT COM 12 ENTRADAS, MONITORAMENTO WLAN,
considerando as peculiaridades do sistema, optou-se por oito conjuntos, cada um com
dezesseis painéis em série , afim de que as grandezas pertinentes ao funcionamento do
inversor, tensão e corrente, se mantivessem, dentro do range de funcionamento do
inversor.
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STRING 1.
MODULO FOTOVOLTAICO – PAINEL SOLAR 450W – 1 CONJUNTO DE 16
MÓDULOS. Potência total (Wopt) = Vop x Iop, onde: Vop = soma da tensão de cada
painel fotovoltaico.
Logo: Iop = corrente de operação do painel fotovoltaico.
Vopt = 16 x 42,11 = 673,76 (V) e Iop = 10,61 (A).
Logo, a potência máxima da string será:
Pmax = 673,76 x 10,61 = 7 148,59 (W).
Resumindo, pelo lado DC têm-se:
Vop = 673,76 (V) e Iop = 10,61(A)
Considerando um conjunto de 19 painéis fotovoltaicos:
Pmax = 673,76 (V) x 10,61 (A)
Pmax = 7 148,58 W ou 7,148 Kw
STRING 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,11 ,12, 13, 14, 15.
Nos demais conjuntos de placas, mantem todas as características iguais a da
string 1, logo:
Ptotal = 7 148 x 15 = 107 228,9 Wp == 108 kWp
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Condutores de cobre 35mm² na rede 220V, garantindo a capacidade máxima da
potencia dos inversores.
5.1.3 Sinalização
Junto ao padrão de entrada de energia, próximo a caixa de medição / proteção,
deverá ser instalada uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “CUIDADO –
RISCO DE CHOQUE ELÈTRICO – GERAÇÂO PROPRIA”. A placa de advertência
deverá ser confeccionada em PVC, com espessura mínima de 1mm e conforme modelo
tendo 25cm de largura e 18cm de altura, conforme ND 5.30 e figura 1 abaixo.
Figura 1.
Placa de sinalização de geração própria.
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5.1.4 Especificação das proteções contra sobrecorrentes e sobretensões
Do lado AC, será instalado um disjuntor de 3x200(A) com DPS 275V / 45KA,
para proteção dos inversores sungrow de 25 kW.
Os requisitos de proteção estão apresentados a seguir na tabela 1.
Requisitos de proteção com potência instalada de até 75 kW
Elemento de desconexão (1) – DSV NÃO
Elemento de interrupção (2) SIM
Proteção de sub e sobretensão (3) SIM
Proteção de sub e sobre-frequência (4) SIM
Proteção de sobrecorrente SIM
Relé de sincronismo SIM
Anti-ilhamento SIM
Tabela 1. Requisitos de proteção com potência instalada até 75 kW
NOTAS:
(1) Chave seccionadora visível e acessível que a acessada usa para garantir a
desconexão da central. A ANEEL não exige mais este tipo de chave, contudo
serão utilizados disjuntores para abertura / fechamento do circuito, afim de
serem compatibilizados – os itens de segurança e operação/manutenção do
sistema.
5.1.4.1 – Elemento de interrupção automático acionado por proteção.
5.1.4.2 – Não é necessário relé de proteção especifico, mas um sistema eletroeletrônico
que detecte tais anomalias e que produza uma saída capaz de operar na lógica de atuação
de elemento de interrupção. No sistema que se conecta na rede através de inversor, como
este projeto em questão, as proteções relacionadas na Tabela 2, serão inseridas no referido
equipamento, sendo a redundância de tais proteções desnecessárias.
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Serão utilizados DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos) tanto no lado CA
do inversor quanto no lado CC, conforme orientação contida na ND 5.30 – CEMIG. Para
prevenir o ilhamento, o sistema de geração distribuída conectado a rede deverá fazer a
desconexão com a rede interrompendo a injeção de energia a mesma, em um tempo limite
especificado. A rede pode não estar energizada por várias razões. Esta proteção será feita
através da conveniente abertura de proteções contidas no inversor, de acordo com o
manual do fabricante contida em anexo. O sistema de geração distribuída deverá cessar o
fornecimento de energia a rede, por meio da abertura do elemento de desconexão da GD,
em até 2 segundos após a perda da rede (ilhamento), sendo que o inversor aplicado deverá
estar em acordo com os critérios estabelecidos na ABNT NBR IEC 62116. Depois de
uma desconexão por alguma variável da rede em desacordo com os parâmetros pré-
estabelecidos no inversor, o sistema de geração fotovoltaico não poderá retomar o
fornecimento de energia elétrica a rede por um período mínimo de 180 segundos após a
normalização da rede, conforme determina a ND 5.30 (CEMIG). Todo o sistema de
geração solar DC/AC deverá estar conectada ao sistema de aterramento da unidade
consumidora, que já se encontra executada no padrão de entrada contendo 3 hastes de
cobre, de 3m, em linha, incluindo todas as partes metálicas contidas no gerador serão
aterradas, conforme determina a NBR – 5410 – Instalações elétricas em baixa tensão e a
NBR – 5419/00.
- Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
5.1.5 Inversor
O inversor a ser utilizado será:
TRÊS INVERSORES SANGROW SG25CX-AS TRIFÁSICO 220V
MONITORAMENTO WLAN, com potência de 25 Kw cada um, com tensão de entrada
no lado DC transitando no máximo 675V, e a tensão AC com a rede 220V.
5.1.6 Aterramento
O aterramento deverá ser feito n caixa DC do cliente e levado até o sistema de
aterramento já existente da instalação, de acordo com o padrão CEMIG contido na ND
5.2 através de fio de cobre nu de 10mm² até as conexões com as hastes, junto a caixa DC.
A conexão dos condutores do aterramento (mesmo a interna) deverá ser feita por
meio de solda exotérmica, sendo depois sikaflex de modo a cobrir toda a conexão. As
conexões do sistema de aterramento que tiverem contato com o solo deverão ser
protegidas por meio material emborrachado tipo sikaflex, visando a sua proteção contra
agentes corrosivos. Todas as tubulações deverão ser embutidas, na terra e devidamente
protegidas quando transitarem pelo forro e/ou telhados.
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5.1.7 Condutores – eletrodutos e outras considerações
Os eletrodutos, curvas e emendas a serem utilizados nas instalações deverão ser
de PVC rígido duro, ou corrugados específicos para uso em eletricidade, com bitolas
conforme projeto, podendo ser da marca tigre ou equivalente. Os condutores do lado DC
deverão ter bitolas mínimas de 4mm², com isolação mínima em regime permanente de
1000V, tendo em vistas as tensões envolvidas. Os cabos de ligação do lado AC deverão
ter bitola mínima de 4mm², de acordo com a NBR 5410/04. As cores da fiação deverão
seguir rigorosamente o disposto no projeto, principalmente para serem observadas as
cores das fases, do neutro e do condutor de proteção. Os condutores a serem adquiridos
deverão ser os devidamente listados no projeto e qualquer alteração deverá ter anuência
do projetista para as devidas substituições ou alterações possam ser antecipadamente
analisadas.
5.1.8 Segurança das instalações – orientações gerais
Além das considerações feitas anteriormente, vários aspectos relativos à
segurança de sistemas fotovoltaicos integrados a rede elétrica devem ser considerados,
incluindo: prevenção contra incêndios, dimensionamento apropriado de fios e cabos,
aterramento e segurança com relação a agentes climáticos locais, especialmente cargas
por ventos. Painéis fotovoltaicos são fontes de correntes e apresentam diferenças em
relação as fontes de energia mais tradicionais como a rede elétrica da concessionaria.
Além do mais, geradores fotovoltaicos não param de gerar enquanto estiverem expostos
a radiação solar. Os técnicos de instalação, operação e manutenção envolvidos com estes
sistemas devem estar cientes do funcionamento do sistema em questão. Como no caso
deste projeto a tensão CC será elevada a 782 V, o risco de choque elétrico é mais perigoso
que se verifica em qualquer instalação convencional operando sob tensão padrão, em
corrente alternada, porém com risco e intensidade maior. Por isto, todos os aspectos de
segurança da instalação, dos equipamentos e pessoas deverão ser observados.
6 LISTA DE MATERIAL
Os executores do projeto (orçamentista e RT) no momento da execução irão
estimar de maneira mais apropriada a quantidade de material a ser gasto, para os
condutores e eletrodutos, tendo em vista que as distancias a serem percorridas pelas
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fiações e eletrodutos serão melhor levantadas em local, evitando-se com isto desperdício
de material ou aquisição de material impróprio para a instalação. Contudo a lista básica
de material segue abaixo:
- 240 PAINEIS FOTOVOLTAICOS TRINA SOLAR 450W
- 3 INVERSOR SUNGROW-25KW TRIFÁSICO 220V 25 kW
- CABOS SOLARES, PRETO E VERMELHO, APLICADO NO LADO DC
De qualquer maneira o RT da obra elétrica deverá acompanhar se foram
executadas as fiações de acordo com o projeto, bem como se foram atendidas as
especificações dos materiais contidas no projeto elétrico.
7 PREVISÃO DE PRODUÇÃO DE ENERGIA
Considerando a potência instalada do sistema de 75 kW e a média anual de
insolação de 4 horas diárias. O sistema tem uma previsão de produção de
aproximadamente 12960 kWh/mês, considerando os cálculos abaixo:
Emensal = (108*10³)*4 horas*30dias
Emensal = 12960 kWh/mês
Emensal = Energia produzida durante o mês, considerando 30 dias
Obs: os valores aqui citados podem variar para mais ou para menos, de acordo com a
complexidade da sua instalação, por exemplo: orientação do telhado, inclinação,
distância, rede local, etc.). o cálculo de produção de energia baseia-se na radiação solar
da região. Diversos fatores como sombras ou outros tipos de interferências podem
influenciar na produção de energia do seu sistema.