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O marketing tradicional está em xeque no Turismo: é hora de valorizar as relações e alianças
1. A efetividade no Turismo: o marketing tradicional
está em xeque
Todos estamos olhando o turismo com mais objetividade com relação a
investimentos e tendo menores resultados, isto tem levado a uma reflexão sobre
ações e parcerias. A missão de aproximar as pessoas para uma nova experiência
turística é cada vez mais desafiadora, a crise serviu para o Turismo se reavaliar e
nada mais será como antes: esqueça o mecanismo de tirar pedidos para lotar as
praias, de negociar até o último real em prol do lucro. O lucro não é pecado e
todos nós precisamos de dinheiro. Mas não seria o momento de revermos
nossas práticas e de repensar as relações entre nós?
Faz tempo que a ideia de produzir um monte de papel para ser distribuído nas
Feiras perdeu toda a graça e não dá mais o efeito esperado, o marketing mais
efetivo que temos hoje é o da criação de relacionamento, a prova disso são os
clientes fidelizados que existem sim, seja lá pra qual destino se trabalhe. Percebe-
se que somente a qualidade do material publicitário e a oferta do destino não
resultam em vendas. Ações pontuais de relacionamento e a estratégia simples
de ouvir para entender as necessidades do cliente, se importando
verdadeiramente com elas, contribui para bons resultados. Existe um fator
intangível que chama “confiança” que ainda é muito valorizada, e para tanto é
necessário fazer investimentos nas relações de longo prazo.
Outro ponto que é sempre bom destacar é o poder das alianças para sobreviver
em cenários adversos, o resultado é avassalador quando os objetivos são os
mesmos entre os players. A ideia do discurso unificado, quando todos trabalham
pelo objetivo comum é surpreendente. Experimente trabalhar em rede com os
parceiros e maximizar a inteligência de mercado, ao invés de gastar recursos que
não se tem mais para o marketing tradicional. A experiência das ações pontuais
do destino Pernambuco em Buenos Aires resultaram no aumento no número de
voos e a redescoberta do público argentino naquele destino. Qual a receita? Ação
coordenada entre público e o privado, com a ajuda estratégica de uma assessoria
de imprensa competente. A continuidade e acompanhamento no processo de
divulgação também fez a diferença. Outro exemplo de ação estratégica eficaz é o
esforço entre Conventions e ABIH’s para atingir o público interno: compartilhar
despesas, trabalhar juntos pela arrecadação de taxas de turismo, revertem, sem
dúvida, numa maior taxa de ocupação. Claro, se todos fizerem a sua parte.
Não é o caso de abandonar o marketing como ferramenta, mas que o
próprio seja repensado. A ação (custo quase zero) de uma bailarina pular de
dentro de uma mala numa esteira de bagagens em Pernambuco no Carnaval,
quando ninguém esperava, viralizou no momento em que gerou uma experiência,
houveram centenas e milhares de compartilhamentos nas redes sociais. Se o
próprio Kotler está repensando as ações do marketing frente ao capitalistmo,
porque nós não podemos rever as práticas em prol de melhores resultados? Não
tem nada mais valioso do que um aperto de mão firme e o cumprimento das
promessas feitas ao cliente, vamos fazer o básico bem feito. Xeque mate.