3. 3
ÍNDICE RESULTADOS PROVISÓRIOS
NOTA INTRODUTÓRIA.................................................................................................... 4
RESUMO / ABSTRACT.................................................................................................... 5
CAPÍTULO I - APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS..................................................... 6
1 População............................................................................................................... 7
1.1 População e território.................................................................................... 7
1.2 Estrutura etária e sexo.................................................................................. 9
1.3 Estado civil.................................................................................................. 18
1.4 Nível de Instrução . ..................................................................................... 22
2 Famílias . .............................................................................................................. 26
2.1 Famílias clássicas e institucionais............................................................... 26
2.2 Famílias clássicas segundo a dimensão..................................................... 27
3 Habitação............................................................................................................. 29
.
3.1 Distribuição territorial do parque habitacional............................................ 29
3.2 Características dos edifícios....................................................................... 31
3.3 Características dos alojamentos................................................................. 37
CAPÍTULO II - INQUÉRITO DE QUALIDADE................................................................. 45
1 Nota introdutória.................................................................................................. 46
2 Síntese metodológica.......................................................................................... 46
3 Principais resultados............................................................................................ 49
CAPÍTULO III - QUADROS DE RESULTADOS.............................................................. 51
CAPÍTULO IV - METODOLOGIA E CONCEITOS........................................................ 139
1 Enquadramento................................................................................................. 140
.
2 Principais aspectos metodológicos da operação............................................. 140
2.1 Recolha da informação............................................................................. 140
.
2.2 Período de recolha e momento censitário................................................ 140
2.3 Organização do trabalho de campo.......................................................... 140
2.4 Tratamento dos questionários e da informação recolhida....................... 140
2.5 Avaliação da qualidade estatística............................................................ 141
3 Leitura dos resultados provisórios . ................................................................. 142
4 Conceitos. .......................................................................................................... 143
.
XV recenseamento geral da população
Instituto Nacional de Estatística
Statistics Portugal CENSOS 20 1
1
V recenseamento geral da habitação
4. 4
NOTA INTRODUTÓRIA RESULTADOS PROVISÓRIOS
O XV Recenseamento Geral da População e o V Recenseamento Geral da Habitação, abreviadamente
designados por Censos 2011, foram realizados pelo Instituto Nacional de Estatística com a colaboração
das Autarquias Locais, referindo-se os seus resultados ao dia 21 de Março de 2011 (momento censitário).
A organização e execução da operação foi regulada pelo Decreto-Lei nº 226/2009 de 14 de Setembro.
Com a publicação dos resultados provisórios dos Censos 2011 cerca de oito meses após o momento
censitário, o INE coloca à disposição dos utilizadores um conjunto de informação censitária, de grande
interesse para o conhecimento da População e do Parque Habitacional.
São ainda disponibilizados alguns indicadores resultantes dos apuramentos provisórios do Inquérito de
Qualidade, realizado após os Censos 2011.
Os resultados provisórios, disponibilizados através da presente publicação, foram apurados numa fase
intermédia do processo de tratamento e processamento da informação recolhida através dos questionários
em papel e das respostas enviadas através da internet. Deste modo, é desde já proporcionado aos
utilizadores o acesso a um conjunto de informação relevante nas áreas da População e da Habitação,
ainda que de caráter provisório, sem ser necessário aguardar pela conclusão de todo o processo de
apuramentos.
Esta publicação está organizada em quatro capítulos:
O capítulo 1 desenvolve-se por três áreas temáticas: população, família e habitação. Cada uma delas
é objecto de uma análise à luz dos resultados dos Censos 2011, apoiada por gráficos, cartogramas e
quadros.
O capítulo 2 apresenta o Inquérito de Qualidade aos Censos 2011, bem como alguns indicadores
resultantes dos apuramentos provisórios, os quais permitem uma primeira avaliação global da cobertura
da informação censitária recolhida.
O capítulo 3 reúne o conjunto de 8 quadros, até nível geográfico de município, que constituem o conjunto
de variáveis disponibilizadas nesta fase. Esta informação, até nível de freguesia, encontra-se disponível
no portal do INE, em www.ine.pt. As variáveis que foram divulgadas com os resultados preliminares são
agora disponibilizadas também a nível da secção e subsecção estatísticas.
O capítulo 4 apresenta a metodologia e os conceitos associados à operação e à divulgação dos resultados,
de modo a permitir aos utilizadores uma melhor compreensão da informação divulgada.
O INE expressa mais uma vez o seu reconhecimento pela forma empenhada e responsável como as
Autarquias se envolveram na realização dos Censos 2011. Destaca igualmente o profissionalismo e
dedicação que todos os profissionais envolvidos nos trabalhos de campo, em particular os recenseadores,
colocaram no desempenho das suas funções. E, ainda, todos os trabalhadores do INE, em particular do
Gabinete dos Censos, que tornaram possível a realização da operação nas condições desejadas, bem
como a antecipação da divulgação pública dos seus resultados.
Finalmente, o INE reitera o agradecimento a toda a população recenseada, cujo contributo e colaboração
foi essencial para o sucesso dos Censos 2011.
O INE continuará a desenvolver os esforços necessários para cumprir a sua Missão de colocar informação
estatística de qualidade ao serviço da Sociedade.
Dezembro de 2011
XV recenseamento geral da população
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1
V recenseamento geral da habitação
5. 5
RESUMO / ABSTRACT RESULTADOS PROVISÓRIOS
Os resultados provisórios dos Censos 2011, referenciados ao dia 21 de Março de 2011, indicam que a
população residente em Portugal era de 10 561 614 habitantes, o que significa um aumento de cerca de
2% face à última década.
As características demográficas da população revelam que se agravou o envelhecimento da população
na última década. Em 2011, Portugal tem cerca de 19% da população com 65 ou mais anos de idade.
Portugal voltou a assinalar, na última década, um crescimento do nível de instrução da população. Hoje
há 1 262 449 indivíduos com ensino superior completo, cerca do dobro do que foi apurado em 2001.
O número de famílias aumentou cerca de 10,8% mas a sua dimensão média volta a recuar e fixa-se em
2,6 indivíduos.
O parque habitacional volta a experimentar um forte crescimento. Há hoje mais 12,1% de edifícios e
16,3% de alojamentos do que em 2001.Cresceu também o número de alojamentos vagos (+35,1%) e de
residências secundárias (+22,6%).As infra-estruturas básicas como água canalizada, sistema de esgotos
e casa de banho com banho e duche estão hoje praticamente presentes em todos os alojamentos. A
maioria dos alojamentos de residência habitual, 54,4%, dispõe de lugar de estacionamento.
Provisional results for the 2011 Census, with reference to 21 March 2011, show that the population
residing in Portugal amounted to 10,561,614 persons, which corresponds to an increase of around 2%
from the past decade.
The demographic characteristics of the population reveal that ageing increased in this past decade. In
2011 around 19% of the Portuguese population is aged 65 and over.
In the period under review, the educational level of population in Portugal rose again. Nowadays 1,262,449
persons have completed higher education, i.e. around double the figure computed for 2001.
The number of households has increased by about 10.8%, but their average size has receded further, to
stand at 2.6 persons.
The housing stock experienced further strong growth. There are today 12.1% more buildings and 16.3%
more dwellings than in 2001. There was also an increase in the number of vacant dwellings (+35.1%) and
secondary dwellings (+22.6%). Basic infrastructures such as piped water, a sewage disposal system,
and bathing facilities with fixed bath and shower are nowadays part of almost every dwelling. Also, most
private dwellings of usual residence – 54.4% – have a car parking.
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V recenseamento geral da habitação
6. Capítulo
I
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V recenseamento geral da habitação
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
RESULTADOS PROVISÓRIOS
Instituto Nacional de Estatística
Statistics Portugal
7. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
7
1 População
1.1 População e território
Os resultados provisórios dos Censos 2011, referenciados ao dia 21 de Março de 2011, indicam que
a população residente em Portugal era de 10 561 614 habitantes, o que significa que na última década a
população aumentou cerca de 2%. O crescimento demográfico registado nesta década foi todavia inferior ao
da passada, o qual foi de cerca de 5%.
Gráfico 1.1.1 Evolução da população residente em Portugal, 1981-2011
10 600 000
10 500 000
10 400 000
10 300 000
10 200 000
10 100 000
10 000 000
9 900 000
9 800 000
1981 1991 2001 2011
População residente (nº)
População residente e taxa de variação por NUTS II, 1991, 2001 e 2011
QUADRO 1.1.1
Variação Variação Variação Variação Variação Variação
População residente
1981-1991 1991-2001 2001-2011 1981-1991 1991-2001 2001-2011
ZONA GEOGRÁFICA
1981 1991 2001 2011 Nº %
Portugal 9 833 014 9 867 147 10 356 117 10 561 614 34 133 488 970 205 497 0,35 4,96 1,98
Continente 9 336 760 9 375 926 9 869 343 10 047 083 39 166 493 417 177 740 0,42 5,26 1,80
Norte 3 410 099 3 472 715 3 687 293 3 689 609 62 616 214 578 2 316 1,84 6,18 0,06
Centro 2 301 514 2 258 768 2 348 397 2 327 580 - 42 746 89 629 - 20 817 -1,86 3,97 -0,89
Lisboa 2 482 276 2 520 708 2 661 850 2 821 699 38 432 141 142 159 849 1,55 5,60 6,01
Alentejo 819 337 782 331 776 585 757 190 - 37 006 - 5 746 - 19 395 -4,52 -0,73 -2,50
Algarve 323 534 341 404 395 218 451 005 17 870 53 814 55 787 5,52 15,76 14,12
Região Autónoma dos Açores 243 410 237 795 241 763 246 746 - 5 615 3 968 4 983 -2,31 1,67 2,06
Região Autónoma da Madeira 252 844 253 426 245 011 267 785 582 - 8 415 22 774 0,23 -3,32 9,30
Em termos regionais, a evolução demográfica da última década indica que a região do Alentejo volta a perder
população, registando uma diminuição de cerca de 2,5% face a 2001. A região Centro regista igualmente
uma ligeira redução no número de habitantes, menos de 1%, face à década anterior. A região Norte mantém
sensivelmente a mesma população ao longo da última década e as restantes regiões têm acréscimos,
particularmente significativos no Algarve (14,1%) e na Região Autónoma da Madeira (9,3%).
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8. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
8
Gráfico 1.1.2 Variação da população residente por NUTS II, 2001 - 2011
Alentejo
Centro
Norte
Portugal
R. A. Açores
Lisboa
R. A. Madeira
Algarve
-4 -2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 (%)
A evolução da população por município na última década reforça o padrão já evidenciado na anterior. Continuou
a assistir-se à perda de população nos municípios do interior e ao efeito de concentração nos municípios do
litoral, embora os maiores crescimentos da população tenham sido registados nos municípios à volta de
Lisboa, em praticamente toda a região do Algarve e também na Região Autónoma da Madeira.
O município de Lisboa, embora perdendo população na última decada, está rodeado por um conjunto de
municípios que viram crescer significativamente a sua população, como é o caso de Cascais, Mafra, Alcochete,
Montijo e Sesimbra. A melhoria das acessibilidades através da construção de novas vias de comunicação na
ligação a Lisboa, podem explicar o crescimento verificado.
Os municípios do litoral em geral mantêm ou reforçam a capacidade para fixar e atrair população. A grande
maioria dos municípios do interior perdeu população na última decada. Em 2001, 171 municípios perderam
população. Em 2011 este valor sobe para 198.
Cartograma 1.1.1 Cartograma 1.1.2
Taxa de variação da população por município Taxa de variação da população por município
1991-2001 2001-2011
Frequências Frequências
Municípios Municípios
46 127 57 62 16 64 133 70 28 12
% %
[-19.5 ; -10.6] [-19.5 ; -10.6]
]-10.6 ; 0.0] ]-10.6 ; 0.0]
]0.0 ; 7.1] ]0.0 ; 7.1]
]7.1 ; 19.9] ]7.1 ; 19.9]
]19.9 ; 50.6] ]19.9 ; 50.6]
0 100 Km 0 100 Km
NUTS II NUTS II
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V recenseamento geral da habitação
9. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
9
A desertificação alastra-se a uma parte significativa do território, contrastando com o aumento da densidade
populacional verificado em algumas regiões. Agravou-se o desequilíbrio na distribuição da população pelo
território. Os municípios do litoral registam indicadores de densidade populacional mais elevados que os
do interior. Este padrão de litoralização do país reforçou-se na última década tendo-se também acentuado
a tendência para a concentração da população junto das grandes áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Mafra, Alcochete e Sesimbra são os que apresentam= os maiores aumentos da densidade populacional,
respetivamente +41%, +35% e + 32%.
Cartograma 1.1.3 Densidade populacional por município
2001 2011
Frequências Frequências
Municípios Municípios
122 77 53 35 21 126 68 53 40 21
2
hab/km hab/km
2
[5 ; 50] [5 ; 50]
]50 ; 115] ]50 ; 115]
]115 ; 250] ]115 ; 250]
]250 ; 1000] ]250 ; 1000]
]1000 ; 7390] ]1000 ; 7390]
0 100 Km 0 100 Km
NUTS II NUTS II
1.2 Estrutura etária e sexo
Os resultados provisórios dos Censos 2011 permitem uma leitura das principais alterações ocorridas na
composição da população por idade e sexo, variáveis básicas e determinantes para compreender e projetar
as alterações demográficas.
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V recenseamento geral da habitação
10. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
10
População residente (%) segundo a estrutura etária e sexo por NUTS II em 1981, 1991, 2001, 2011
QUADRO 1.2.1
População residente (%)
ZONA GEOGRÁFICA 0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
2011
Portugal 14,9 15,9 13,9 10,8 11,5 10,2 55,1 55,7 54,5 19,1 16,8 21,3
Continente 14,8 15,8 13,8 10,7 11,4 10,1 55,1 55,7 54,5 19,4 17,1 21,5
Norte 15,1 16,1 14,2 11,5 12,2 10,9 56,2 56,6 55,7 17,2 15,0 19,2
Centro 13,7 14,7 12,8 10,3 10,9 9,7 53,5 54,4 52,6 22,5 20,0 24,9
Lisboa 15,5 16,8 14,4 10,4 11,1 9,8 55,7 56,0 55,4 18,4 16,2 20,3
Alentejo 13,6 14,4 12,8 9,7 10,3 9,2 52,4 53,8 51,1 24,3 21,4 26,9
Algarve 14,9 15,6 14,2 10,1 10,5 9,7 55,5 55,9 55,1 19,6 18,1 21,1
Região Autónoma dos Açores 17,9 18,6 17,2 14,1 14,6 13,5 54,8 55,9 53,7 13,3 10,9 15,5
Região Autónoma da Madeira 16,4 17,9 15,2 12,3 13,3 11,5 56,2 57,4 55,1 15,0 11,4 18,2
2001
Portugal 16,0 17,0 15,1 14,3 15,0 13,6 53,4 53,9 52,9 16,4 14,2 18,4
Continente 15,8 16,7 14,9 14,2 14,9 13,5 53,5 54,0 53,1 16,5 14,3 18,5
Norte 17,5 18,5 16,5 15,1 15,9 14,5 53,4 53,7 53,2 14,0 11,9 15,9
Centro 15,0 15,9 14,2 13,7 14,5 13,0 51,8 52,4 51,3 19,4 17,2 21,6
Lisboa 14,9 15,9 14,0 13,8 14,6 13,1 55,9 56,6 55,4 15,4 13,0 17,6
Alentejo 13,7 14,4 13,1 12,9 13,6 12,3 51,0 51,8 50,2 22,3 20,2 24,4
Algarve 14,6 15,0 14,2 13,1 13,5 12,8 53,6 54,6 52,7 18,6 16,8 20,4
Região Autónoma dos Açores 21,4 22,2 20,6 17,0 17,7 16,4 48,6 49,3 48,0 13,0 10,8 15,0
Região Autónoma da Madeira 19,1 20,8 17,7 15,9 17,2 14,7 51,3 51,1 51,5 13,7 10,9 16,2
1991
Portugal 20,0 21,2 18,9 16,3 17,1 15,6 50,1 49,9 50,2 13,6 11,7 15,4
Continente 19,7 20,9 18,6 16,3 17,1 15,5 50,3 50,2 50,4 13,7 11,8 15,5
Norte 22,1 23,4 20,9 18,0 18,9 17,3 48,4 48,1 48,7 11,4 9,6 13,1
Centro 18,9 20,2 17,8 15,2 16,2 14,4 49,3 49,2 49,5 16,5 14,5 18,3
Lisboa 18,0 19,3 16,9 15,8 16,6 15,1 53,9 54,0 53,8 12,3 10,2 14,2
Alentejo 17,5 18,3 16,7 13,7 14,4 13,0 50,2 50,3 50,0 18,6 16,9 20,3
Algarve 17,9 18,4 17,3 14,2 14,7 13,7 50,7 51,2 50,1 17,3 15,7 18,8
Região Autónoma dos Açores 26,4 27,4 25,5 16,8 17,3 16,3 44,3 44,6 44,0 12,5 10,7 14,2
Região Autónoma da Madeira 24,5 26,8 22,4 18,5 19,6 17,5 45,5 43,9 46,8 11,6 9,7 13,2
1981
Portugal 25,5 27,0 24,1 16,6 17,3 15,9 46,5 46,1 46,9 11,4 9,6 13,1
Continente 25,3 26,7 23,9 16,5 17,2 15,7 46,8 46,4 47,2 11,5 9,7 13,2
Norte 28,9 30,6 27,3 18,8 19,8 17,9 42,5 41,6 43,3 9,8 8,0 11,4
Centro 23,9 25,3 22,5 16,1 17,0 15,3 46,1 45,6 46,7 13,9 12,1 15,5
Lisboa 23,5 25,0 22,1 14,6 15,1 14,2 52,2 52,3 52,1 9,7 7,6 11,7
Alentejo 21,1 21,9 20,3 14,2 14,7 13,6 49,4 49,2 49,6 15,4 14,1 16,5
Algarve 21,1 21,7 20,4 13,7 14,2 13,3 49,4 49,8 48,9 15,8 14,2 17,4
Região Autónoma dos Açores 29,7 30,6 28,8 17,7 18,4 17,0 41,3 41,5 41,2 11,3 9,4 13,1
Região Autónoma da Madeira 30,8 34,1 28,0 19,2 19,3 19,2 39,5 37,5 41,2 10,5 9,0 11,7
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V recenseamento geral da habitação
11. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
11
Estrutura etária
O fenómeno do duplo envelhecimento da população, caracterizado pelo aumento da população idosa e pela
redução da população jovem, continua bem vincado nos resultados dos Censos 2011. Há 30 anos, em 1981,
cerca de ¼ da população pertencia ao grupo etário mais jovem (0-14 anos), e apenas 11,4% estava incluída no
grupo etário dos mais idosos (com 65 ou mais anos). Em 2011, Portugal apresenta cerca de 15% da população
no grupo etário mais jovem (0-14 anos) e cerca de 19% da população tem 65 ou mais anos de idade.
Gráfico 1.2.1 Estrutura da população residente em Portugal por grupos etários em 1981, 1991, 2001, 2011
2011
2001
1991
1981
0% 20% 40% 60% 80% 100%
0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais anos
Entre 2001 e 2011 verificou-se uma redução da população jovem (0-14 anos de idade) e da população jovem
em idade ativa (15-24 anos) de, respectivamente 5,1% e 22,5%. Em contrapartida, aumentou a população
idosa (com 65 anos ou mais), cerca de 19,4% , bem como o grupo da população situada entre os 25-64 anos,
que cresceu 5,3%.
As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são as que apresentam uma maior percentagem da população
no grupo etário mais jovem; respetivamente 17,9% e 16,4% da população encontram-se no grupo etário
dos 0-14 anos, seguidas pelas regiões de Lisboa, Norte e Algarve com, respectivamente, 15,5%, 15,1% e
14,9%. No lado oposto, as regiões do Alentejo e Centro são as mais envelhecidas, com uma percentagem da
população com 65 anos ou mais a rondar os 24,3% e 22,5%, respetivamente.
Gráfico 1.2.2 Estrutura da população residente por grupos etários por NUTS II em 2011
Portugal
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
R. A. Açores
R. A. Madeira
0% 20% 40% 60% 80% 100%
0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais anos
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1
V recenseamento geral da habitação
12. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
12
A distribuição da população por sexo, relativamente ao grupo etário, mantém um padrão semelhante ao da
década passada. Nos grupos etários mais jovens (até 24 anos) predominam os homens, relativamente às
mulheres, 13,1 % contra 12,6% do total da população. Nos grupos etários com idades mais avançadas esta
tendência inverte-se e passam a predominar as mulheres, relativamente aos homens. No grupo dos 25-64
anos de idade, a percentagem de mulheres é de 28,5% e a de homens é de 26,6%. Também no grupo etário
dos 65 ou mais anos se verifica a preponderância das mulheres, 11%, face aos homens, 8%.
Relação de masculinidade
Relação de masculinidade
População residente do sexo masculino/População residente do sexo feminino X 100
A relação de masculinidade apurada através dos Censos 2011 acentuou o predomínio do número de mulheres
face ao de homens. Em 2011 a relação de masculinidade é de 91,5 homens para 100 mulheres enquanto que
este indicador era em 2001 de 93,4 homens por 100 mulheres.
A preponderância da população feminina é reforçada à medida que a idade avança. Em 2011 a relação de
masculinidade da população com 65 ou mais anos de idade desce para 72,4.
A sobremortalidade da população masculina e a menor esperança de vida à nascença dos homens relativamente
às mulheres ajudam a explicar estes resultados.
Cartograma 1.2.1 Cartograma 1.2.2
Relação de masculinidade da população residente Relação de masculinidade da população residente
por município, 2011 com 65 ou mais anos por município, 2011
Frequências Frequências
Municípios Municípios
16 109 175 7 1 12 84 121 75 16
nº nº
[77.3 ; 86.9] [47.6 ; 61.3]
]86.9 ; 91.8] ]61.3 ; 71.0]
]91.8 ; 100.0] ]71.0 ; 76.1]
]100.0 ; 107.7] ]76.1 ; 82.7]
]107.7 ; 126.3] ]82.7 ; 94.6]
0 100 Km 0 100 Km
NUTS II NUTS II
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V recenseamento geral da habitação
13. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
13
Na generalidade dos municípios, o número de mulheres é superior ao número de homens. Todavia em oito
municípios do país, esta relação inverte-se prevalecendo o número de homens sobre o número de mulheres:
Porto Santo, Ribeira Grande, Monchique, Odemira, Azambuja, Grândola, Lajes das Flores e Corvo encontram-
se nesta situação. O Corvo é o município do país com a relação de masculinidade mais elevada, 126 homens
por cada 100 mulheres; no extremo oposto, aparece o município de Porto Moniz como o mais feminino de
Portugal, o qual regista o valor 77 neste indicador.
Índice de dependência total
Índice de dependência total
Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa. Definido habitualmente
como a relação entre a população com 0-14 anos conjuntamente com a população com 65 ou
mais anos e a população com 15-64 anos.
Índice de Dependência de Idosos
Relação entre o número de idosos e a população em idade ativa. Definido habitualmente como
a relação entre a população com 65 ou mais anos e a população com 15 – 64 anos.
Índice de Dependência de jovens
Relação entre o número de jovens e a população em idade ativa. Definido habitualmente como
a relação entre a população com 0-14 anos e a população com 15 – 64 anos.
O índice de dependência total é um indicador que permite uma percepção sobre o esforço que a sociedade
exerce sobre a população ativa. Os resultados dos Censos 2011 permitem quantificar que o esforço da
sociedade sobre a população ativa se agravou na última década em 4% e que, a menos que se verifique uma
inversão da diminuição da natalidade, este indicador tenderá a agravar-se.
Os Censos 2011 revelam que, na última década, o índice de dependência total aumentou de 48 em 2001 para
52 em 2011. O agravamento do índice de dependência total é resultado do aumento do índice de dependência
de idosos que aumentou cerca de 21% na última década. O índice de dependência de jovens teve, no mesmo
período, um comportamento contrário, assinalando uma diminuição de cerca de 6%.
Gráfico 1.2.3 Índice de dependência total por NUTS II em 2011
70
61
60 57
52 51 53
48 45 46
50
40 35 39
29 28 30 19
25 22
30
20
23 22 22 23 22 23 26 24
10
0
Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve RA dos RA da
Açores Madeira
Jovens Idosos
Nota: Por razões de arredondamento o total pode não corresponder à soma das parcelas.
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14. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
14
Estes resultados refletem o perfil demográfico do país caracterizado por um aumento da população mais
idosa e pela diminuição da população mais jovem, motivado sobretudo pela diminuição da natalidade.
Geograficamente, as regiões com uma estrutura etária da população mais equilibrada são aquelas que também
apresentam índices de dependência mais favoráveis. As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com
45 e 46 respectivamente, detêm os valores mais baixos. Já o Alentejo aparece no topo com o valor mais
elevado de 61 pessoas em idade não ativa, por cada 100 em idade ativa, seguido do Centro com 57.
Índice de envelhecimento
Índice de Envelhecimento
Relação existente entre o número de idosos (população com 65 ou mais anos) e o número de
jovens (população com 0-14 anos). Exprime-se habitualmente pelo número de idosos por cada
100 pessoas com 0-14 anos.
O envelhecimento da população representa um dos fenómenos demográficos mais preocupantes das
sociedades modernas do século XXI. Este fenómeno tem marcadamente reflexos de âmbito sócio –económico
com impacto no desenho das políticas sociais e de sustentabilidade, bem como alterações de índole individual
através da adopção de novos estilos de vida.
Em Portugal, a proporção da população com 65 ou mais anos é, em 2011, de 19%. Este valor contrasta com
os 8% verificados, em 1960, e com os 16% da década anterior.
O índice de envelhecimento da população reflete também esta tendência. Em 2011 o índice de envelhecimento
acentuou o predomínio da população idosa sobre a população jovem. Os resultados dos Censos 2011 indicam
que o índice de envelhecimento do país é de 129, o que significa que Portugal tem hoje mais população idosa
do que jovem. Em 2001 havia 85 municípios com o índice de envelhecimento menor ou igual a 100. Em 2011,
este valor é de 45.
Gráfico 1.2.4 Índice de envelhecimento por NUTS II em 2011
180 179
160 164
140 132
Portugal =129
120 118
114
100
91
80
74
60
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
Açores Madeira
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15. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
15
As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira apresentam os menores índices de envelhecimento do país,
respectivamente, 74 e 91. As Regiões do Alentejo e Centro são, pelo contrário, as que apresentam os maiores
valores, respetivamente, 179 e 164.
Cartograma 1.2.3 Índice de envelhecimento
2001 2011
Frequências Frequências
Municípios Municípios
85 132 66 20 5 45 115 94 42 12
nº nº
[33.8 ; 100.0] [33.8 ; 100.0]
]100.0 ; 173.6] ]100.0 ; 173.6]
]173.6 ; 261.0] ]173.6 ; 261.0]
]261.0 ; 412.7] ]261.0 ; 412.7]
]412.7 ; 599.5] ]412.7 ; 599.5]
0 100 Km 0 100 Km
NUTS II NUTS II
O agravamento do envelhecimento da população portuguesa é praticamente comum à generalidade do
território nacional. Apenas 16 dos 308 municípios apresentam em 2011 indicadores de envelhecimento
inferiores aos verificados em 2001. O envelhecimento das populações também deixou de ser um fenómeno
dos municípios do interior e alastra-se a todo território.
O município da Ribeira Grande, na Região Autónoma dos Açores com 37,3 apresenta o menor índice de
envelhecimento do país. No extremo oposto, Penamacor com 599,5 apresenta o maior índice de envelhecimento
do país.
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16. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
16
Índice de sustentabilidade potencial
Índice de sustentabilidade potencial
Relação existente entre a população em idade ativa (população com 15-64 anos) e a população
idosa (população com 65 ou mais anos)
O índice de sustentabilidade é outro dos indicadores que possibilitam uma avaliação sobre o esforço que
a população idosa exerce sobre a população em idade ativa e complementa a leitura relativamente aos
indicadores sobre envelhecimento anteriormente apresentados.
O índice de sustentabilidade potencial apurado através dos Censos 2011 é de 3,4, o que significa que há 3,4 ativos
por cada indivíduo com 65 ou mais anos. Na última década este indicador agravou-se; em 2001 era de 4,1.
Gráfico 1.2.5 Índice de sustentabilidade potencial por NUTS II em 2011
6
5,2
5
4,6
4 3,9
3,6
Portugal = 3,4
3 3,3
2,8
2,6
2
1
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
Açores Madeira
0
As Regiões Autónomas aparecem de novo com indicadores mais favoráveis: na Região Autónoma dos Açores,
o índice de sustentabilidade é de 5,2 e na Região Autónoma da Madeira é de 4,6. O Alentejo e o Centro
apresentam os índices mais baixos, respetivamente 2,6 e 2,8.
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17. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
17
Cartograma 1.2.4 Índice de sustentabilidade potencial por município
2001 2011
Frequências Frequências
Municípios Municípios
58 101 74 42 33
98 104 63 33 10
nº nº
[1.1 ; 2.3] [1.1 ; 2.3]
]2.3 ; 3.2] ]2.3 ; 3.2]
]3.2 ; 4.2] ]3.2 ; 4.2]
]4.2 ; 5.7] ]4.2 ; 5.7]
]5.7 ; 8.2] ]5.7 ; 8.2]
0 100 Km 0 100 Km
NUTS II NUTS II
O mapas temáticos ilustram a situação em 2001 e em 2011 e permitem verificar que o agravamento no índice
de sustentabilidade é um fenómeno comum e generalizado a todo o território. Em 2001 havia 58 municípios
cujo índice de sustentabilidade era menor ou igual a 2,3. Em 2011 o número de municípios nesta situação
eleva-se para 98.
Alcoutim, Penamacor, Vila Velha de Rodão e Idanha-a-Nova apresentam os indicadores mais baixos, 1,1, o que
significa que há cerca de 1 ativo por cada indivíduo com 65 ou mais anos. Os municípios com índices mais
elevados localizam-se nas regiões autónomas: Ribeira Grande, com 7,8, Santa Cruz (Madeira) com 7,0, Lagoa
(Açores) e Câmara de Lobos com 6,8 respetivamente, encontram-se no topo da lista.
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18. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
18
1.3 Estado civil
Nota técnica sobre o enquadramento conceptual e leitura dos resultados
A entrada em vigor do Regulamento (CE) nº 763/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos
Recenseamentos da População e da Habitação impõe aos Estados Membros a observação da variável
estado civil na óptica da situação legal. Nos Censos 2011 a observação do estado civil é efectuada tendo
em conta a situação legal e não a situação de facto, como foi prática nos recenseamentos de 1991 e
2001.
A observação do estado civil e a vivência em união de facto são observadas através de duas variáveis
independentes. Esta opção, ao possibilitar um maior conhecimento no domínio da conjugalidade,
enriquece a análise sociológica da população residente em Portugal
Por questões operacionais as pessoas, com o estado civil casado foram distinguidas em duas modalidades
consoante vivam ou não com o respectivo cônjuge.
Casado – Pessoa casada por lei e que vive maritalmente com o respectivo cônjuge.
Separado, mas ainda legalmente casado – Pessoa que, depois de contrair matrimónio, se separou do
cônjuge mas não foi reconhecida a dissolução do casamento pelo Tribunal ou pela Conservatória do
Registo Civil. O seu estado civil legal permanece casado.
A variável foi observada de acordo com as seguintes modalidades:
- Solteiro
- Casado
- Separado, mas ainda legalmente casado
- Viúvo
- Divorciado
Como vimos, as variáveis Estado Civil e União de Facto em 2011 foram observadas com uma metodologia
distinta daquela que esteve presente nos dois últimos recenseamentos; para 2011, a observação do Estado
Civil foi realizada na óptica da situação legal, ou de direito, enquanto nos Censos 91 e 2001 era observada
a situação de fato, prevalecendo sobre a legal sempre que não fossem coincidentes.
Assim, importa salientar que estaremos a designar, com o mesmo nome, variáveis cujo conteúdo é
efetivamente diferente, pelo que as respectivas modalidades não são diretamente comparáveis; por
exemplo, o número de solteiros apurado em 2001 não poderá ser diretamente comparado com o número
de solteiros em 2011. Acresce ainda a alteração dos conceitos de casamento e de união de facto que
passam a contemplar também os casamentos entre pessoas do mesmo sexo e as uniões de facto do
mesmo sexo, situações não consideradas no passado.
Esta alteração não inviabiliza, todavia, a comparabilidade aproximada dos resultados com a série censitária
dos Censos 2001, mas, para tal é necessário proceder a um tratamento especial e autónomo de todos
os cruzamentos nos quais intervém a variável estado civil, uma vez que, em rigor, estaremos a designar
com o mesmo nome variáveis cujo conteúdo é efetivamente diferente, de acordo com o esquema abaixo
representado.
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19. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
19
Por este motivo, e no âmbito desta publicação, são evitadas as comparações entre os resultados dos
Censos 2011 e a série censitária anterior.
Correspondência entre as variáveis Estado Civil Legal e União de facto (Censos 2011) e a variável Estado
Civil (Censos 91 e 2001)
Censos 1991 e 2001 Censos 2011
Censos 1991 e 2001 Estado Civil Legal União de facto
Solteiro Solteiro + Não
Casado com registo Casado* + Não
Solteiro
Separado, mas ainda legalmente
casado
Casado sem registo + Sim**
Divorciado
Viúvo
Separado***, mas ainda
Separado
legalmente casado
+ Não
Divorciado Divorciado + Não
Viúvo Viúvo + Não
* Excepto pessoas casadas com pessoas do mesmo sexo
** Excepto pessoas em união de facto do mesmo sexo, uma vez que em 2001 estas situações não eram
observadas
*** As pessoas separadas que viveram em União de facto não estão incluídas, enquanto em 2001 faziam
parte desta modalidade
População residente segundo o estado civil e sexo por NUTS II, em 2011
QUADRO 1.3.1
Total Solteiro Casado Divorciado Viúvo
ZONA GEOGRÁFICA
HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M
Portugal 10 561 614 5 047 387 5 514 227 4 278 259 2 205 991 2 072 268 4 916 317 2 451 112 2 465 205 594 713 246 014 348 699 772 325 144 270 628 055
Continente 10 047 083 4 799 593 5 247 490 4 050 779 2 087 476 1 963 303 4 691 926 2 339 196 2 352 730 568 435 234 293 334 142 735 943 138 628 597 315
Norte 3 689 609 1 766 450 1 923 159 1 451 235 741 712 709 523 1 825 350 908 756 916 594 167 389 68 788 98 601 245 635 47 194 198 441
Centro 2 327 580 1 111 400 1 216 180 858 398 447 123 411 275 1 155 723 576 345 579 378 117 758 50 172 67 586 195 701 37 760 157 941
Lisboa 2 821 699 1 334 983 1 486 716 1 257 409 638 798 618 611 1 162 926 579 914 583 012 210 327 82 857 127 470 191 037 33 414 157 623
Alentejo 757 190 366 760 390 430 289 122 155 952 133 170 356 935 178 561 178 374 40 347 18 238 22 109 70 786 14 009 56 777
Algarve 451 005 220 000 231 005 194 615 103 891 90 724 190 992 95 620 95 372 32 614 14 238 18 376 32 784 6 251 26 533
Região Autónoma dos Açores 246 746 121 533 125 213 106 470 57 463 49 007 111 190 55 583 55 607 12 650 5 822 6 828 16 436 2 665 13 771
Região Autónoma da Madeira 267 785 126 261 141 524 121 010 61 052 59 958 113 201 56 333 56 868 13 628 5 899 7 729 19 946 2 977 16 969
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20. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
20
Em 2011, o maior grupo da população (47%) era casado. O grupo dos indivíduos solteiros é o 2º mais
representativo com 40%. As restantes categorias do estado civil, divorciado e viúvo, aparecem com uma
expressão muito menor, respetivamente 6% e 7%. A composição do estado civil por sexo segue genericamente
o mesmo padrão. O estado civil de casado predomina tanto no grupo dos homens como no das mulheres e
o grupo dos solteiros é o segundo mais importante estado civil em ambos os sexos.
Gráfico 1.3.1 Distribuição da população residente em Portugal segundo o estado civil em 2011
7%
6%
40% Solteiro
Casado
Divorciado
Viúvo
47%
No grupo dos solteiros predominam os homens com 51,6% contra 48,4% de mulheres.
Outra das diferenças entre homens e mulheres diz respeito ao estado civil de divorciado e de viúvo. As
mulheres são maioritárias, com 58,6% do total da população divorciada e 81% da população viúva.
Gráfico 1.3.2 Estrutura da população residente em Portugal segundo o estado civil e sexo em 2011
Mulheres
Homens
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Solteiro Casado Divorciado Viúvo
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21. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
21
A população divorciada concentra-se sobretudo no Sul do país e nos municípios do Litoral. A Região Norte
é a que apresenta a menor percentagem de população divorciada, 4,5 %. Lisboa e Algarve registam, pelo
contrário, as taxas mais elevadas, com, respectivamente, 7,5% e 7,2%. As Regiões do Centro, Alentejo e
Regiões Autónomas, apresentavam valores semelhantes, da ordem dos 5%.
Cartograma 1.3.1 Percentagem da população divorciada por município em 2011
Frequências
Municípios
62 82 60 59 45
%
[1.9 ; 3.0]
]3.0 ; 4.0]
]4.0 ; 5.1]
]5.1 ; 6.5]
]6.5 ; 8.6]
0 100 Km
NUTS II
Por municípios, Cascais, Oeiras, Portimão, Lisboa e Porto aparecem no topo da lista dos cinco municípios
do país com uma taxa de população divorciada da ordem dos 8 a 8,5%. Aguiar da Beira, Pinhel, Miranda do
Douro, Penalva do Castelo e Alcoutim, lideram a lista dos cinco municípios do país com menor percentagem
de divorciados, cerca de 2%.
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22. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
22
1.4 Nível de Instrução
Nota técnica sobre o enquadramento conceptual e leitura dos resultados
Até aos Censos 2001, a qualificação académica era uma variável derivada calculada a partir do nível
de ensino mais alto frequentado e a condição de estar completo. Sempre que uma pessoa tinha um
determinado nível de instrução frequentado mas não completo, era-lhe atribuído, como qualificação
académica, o nível de escolaridade imediatamente anterior.
A entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho relativo ao Processo de Bolonha - Regime
Jurídico dos Graus e Diplomas do Ensino Superior e do Decreto-Lei 64/2006 de 21 de Março, relativo ao
acesso ao ensino superior para maiores de 23 anos, implicou uma alteração na forma como a variável
qualificação académica tem vindo a ser observada/apurada nos censos.
O processo de Bolonha, nomeadamente o ciclo de estudos integrados conducente ao grau de mestre -
mestrado integrado – vem trazer uma nova realidade na lógica dos graus académicos, uma vez que os
estudantes a frequentar estes mestrados têm como qualificação académica (nível mais alto completo) o
ensino secundário, e não uma licenciatura, como acontecia no passado.
Por outro lado, o acesso ao ensino superior para maiores de 23 anos que tem como objectivos a promoção
de igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior atraindo novos públicos, numa lógica de
aprendizagem ao longo de toda a vida, também vem trazer uma impossibilidade de calcular correta
e coerentemente de forma derivada a qualificação académica. Estas pessoas, depois de prestarem
determinadas provas, podem ingressar no ensino superior, não sendo condição de ingresso a posse do
ensino secundário completo.
Tendo em conta a realidade atual, a variável qualificação académica passou a ser recolhida nos Censos
2011 como uma variável primária, ou seja, através da colocação de uma questão no questionário dos
Censos 2011 e questionando assim diretamente a população sobre qual o nível de ensino mais elevado
que completou.
Os resultados agora apresentados, referem-se ao apuramento da variável de acordo com o parágrafo
anterior e são diretamente comparáveis com a série censitária até 2001.
População residente em Portugal segundo o nível de instrução mais elevado e completo,
em 1991, 2001, 2011
QUADRO 1.4.1
1991 2001 2011
ZONA GEOGRÁFICA
HM H M HM H M HM H M
Nenhum 3 403 926 1 453 866 1 950 060 2 732 254 1 152 169 1 580 085 2 023 094 879 662 1 143 432
Ensino básico 1º ciclo 3 214 016 1 650 855 1 563 161 2 882 955 1 477 680 1 405 275 2 680 333 1 290 632 1 389 701
Ensino básico 2º ciclo 1 446 277 762 899 683 378 1 430 146 755 781 674 365 1 403 249 764 420 638 829
Ensino básico 3º ciclo 778 499 391 590 386 909 1 426 255 752 009 674 246 1 687 085 882 766 804 319
Ensino Secundário 643 341 320 885 322 456 1 143 448 546 656 596 792 1 362 660 652 627 710 033
Ensino pós-secundário 97 013 26 784 70 229 66 965 32 729 34 236 142 744 79 300 63 444
Ensino superior 284 075 149 896 134 179 674 094 283 117 390 977 1 262 449 497 980 764 469
XV recenseamento geral da população
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1
V recenseamento geral da habitação
23. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
23
O nível de instrução atingido pela população em Portugal progrediu de forma muito expressiva na última década.
Relativamente aos Censos 2001, observa-se um recuo da população com níveis de instrução mais reduzidos,
designadamente até ao ensino básico 2º ciclo e um aumento dos níveis de qualificação superiores.
A população apurada nos Censos 2011 que possui o ensino superior completo quase duplicou na última
década. Passámos das 674 094 pessoas que tinham o ensino superior completo para as 1 262 449.
Gráfico 1.4.1 Estrutura da população por nível de ensino mais elevado e completo, em 1991,2001, 2011
(%)
35
30
25
20
15
10
5
0
Nenhum Ensino básico Ensino básico Ensino básico Ensino Ensino Ensino superior
1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário pós-secundário
1991 2001 2011
Também os níveis de qualificação correspondentes ao ensino básico 3º ciclo e ao ensino secundário registaram
progressos na última década, embora menos expressivos de, respectivamente 18% e 19%.
Em Portugal, a população que possui o ensino superior representa cerca de 12% e a população que possui o
ensino secundário completo representa cerca de 13%.
Os níveis de instrução correspondentes aos 3º e 2º ciclos atingem cerca de 16% e 13% da população,
respectivamente. O ensino básico 1º ciclo corresponde ao nível de ensino mais elevado e concluído por
25% da população. Enquanto que a população sem qualquer nível de ensino corresponde a 19%.
XV recenseamento geral da população
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1
V recenseamento geral da habitação
24. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
24
Gráfico 1.4.2 Estrutura da população por nível de ensino mais elevado e completo e sexo, em 2011
Ensino superior
Ensino pós-secundário
Ensino Secundário
Ensino básico 3º ciclo Homens
Mulheres
Ensino básico 2º ciclo
Ensino básico 1º ciclo
Nenhum
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Podemos observar que as qualificações mais elevadas verificam-se nas mulheres. Do total da população
que possui o ensino superior completo, cerca de 61% são mulheres. Esta situação repete-se também para
o ensino secundário, com predomínio das mulheres (52%). No caso do 2º ciclo e 3º ciclo, a percentagem de
homens é superior à das mulheres. Para o nível de ensino básico 1º ciclo voltam a predominar as mulheres
com 51,8% do total da população. Sem qualquer nível de ensino, a percentagem de mulheres é de 56,5%.
Em termos da escolarização por sexos, cerca de 14% da população feminina possui um curso superior,
enquanto que na população masculina este indicador é cerca de 10%.A percentagem da população masculina
que possui o ensino básico 1º e 2º ciclo é de respectivamente 15% e 17%, enquanto que estes indicadores
correspondem a 12% e 14% no caso da população feminina. Também se assinala que há cerca de 21%
de mulheres que não possuem qualquer nível de ensino, contra 17% de homens que se encontram nesta
situação.
Em termos da localização da população de acordo com o nível de ensino completo, verificámos que 37% da
população com curso superior reside na região de Lisboa, 30% na região Norte e 19,6% na região Centro.
Gráfico 1.4.3 População residente segundo o nível de ensino mais elevado e completo
por NUTS II, em 2011
Portugal
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
RA dos Açores
RA da Madeira
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 (%)
Ensino Secundário Ensino Superior
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25. I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS PROVISÓRIOS
25
A população da região de Lisboa apresenta, comparativamente com as restantes, níveis de ensino mais
elevados. Cerca de 16,7 % da população de Lisboa possui um curso superior. As regiões Centro, Algarve e
Norte, aparecem praticamente em igualdade de circunstâncias, com 10% da respetiva população a possuir
um grau de ensino superior. A Madeira aparece a seguir, com 9,9%, o Alentejo com 8,9% e finalmente em
último os Açores com 8,4%.
A nível do ensino secundário, também a região de Lisboa aparece em 1º lugar, com 15,6% da população com
este nível de ensino, seguida da região do Algarve que regista cerca de 15% da sua população com ensino
secundário completo.
Cartograma 1.4.1 Cartograma 1.4.2
Variação da população residente com ensino Variação da população residente com ensino
secundário completo por município, 2001-2011 superior completo por município, 2001-2011
Frequências Frequências
Municípios Municípios
8 141 78 59 22 54 118 84 38 14
% %
[-24.3 ; 0.0] [20.0 ; 83.9]
]0.0 ; 37.1] ]83.9 ; 111.0]
]37.1 ; 58.5] ]111.0 ; 141.0]
]58.5 ; 86.3] ]141.0 ; 183.3]
]86.3 ; 129.0] ]183.3 ; 248.8]
0 100 Km 0 100 Km
NUTS II NUTS II
Na última década a percentagem da população com ensino superior aumentou em todos os municípios. Este
acréscimo verificou-se tanto nos municípios do interior como do litoral e também nas Regiões Autónomas. De
entre os 14 municípios que registaram um maior crescimento da população com ensino superior completo,
fazem parte Amares, Alcochete, Vila de Rei e Porto Santo. Os municípios que observaram menor crescimento
foram Corvo, Porto, Sintra, Amadora e Almeida.
No caso do ensino secundário, a maioria dos municípios registou igualmente uma evolução positiva.
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