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governodoEstado.
https://www.youtube.com/watch?v=o1QUNf-QV_4Teatrona BibliotecaParque
Cultura,entretenimentoe diversãonoMangue
Conhecer a Biblioteca Parque de Manguinhos foi realmente uma surpresa. Fomos até
lá para a formatura do projeto “Solos Culturais”, e nos deparamos com um espaço incrível
dentro da comunidade. O próprio conceito da biblioteca já é inovador em si em nossas terras
brasileiras. A biblioteca deixa de ser um lugar chato, associado aos estudos, e passa a ser um
lugar de convivência. Entretanto por convivência devemos entender não apenas um contato
lúdico e de entretenimento, devemos compreendê-la de forma mais abrangente: convivência
com objetos culturais e espaços que possam valorizá-los; convivência com projetos,
apresentações e oficinas que desenvolvam o potencial da sociedade; enfim, convivência para
uma nova perspectiva que se descortina para uma parcela carente que muitas vezes entra em
um ambiente comoeste pelaprimeiravez.
O projeto tem iniciativa do Governo Federal, baseado na lei de incentivo à leitura e no
Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC), e foi implementado pela Secretaria Estadual de
Cultura. A Biblioteca impressiona pelos números. São 2,3 mil metros quadrados de espaço,em
que temos acesso a 27 mil volumes, 40 computadores, um belo acervo de filmes e músicas,
livros em braile para deficientes visuais, e ainda um espaço de convivência com auditório e um
parque com área de lazer. Este novo conceito de bibliotecas parte do princípio que um espaço
de conhecimento deve ser antes de tudo um espaço de prazer, em que as atividades culturais
sejamdesenvolvidase desempenhadasde formalúdica,aconvidaro usuário.
Sem falar na patente integração social pelo acesso a leitura, a biblioteca tem
funcionado também como incubadora e promotora de diversas ações culturais, além da
produção multimídia ocasionada. Diversos vídeos de diferentes naturezas e com diferentes
objetivos tem sido produzidos em virtude do acesso aos meios culturais de produção.
https://www.youtube.com/watch?v=rESCueZIlpo
O teatro tem sido largamente incentivado em suas produções locais, ampliando a
expertise dos agentes, e formando mão-de-obra especializada na área de produção cultural.
Além de criar público que desde pequenos acostumam-se a gostar e entender esse formato de
expressão. Muitas crianças perguntavam se a formatura do projeto “Solos” seria uma
apresentação de teatro, e ficavam bastante decepcionadas quando descobriam que não era.
Essa decepção, muito mais que um sentimento negativo, é a demonstração que essas
produções culturais tornaram-se um hábito e uma prática altamente valorizada dentro da
comunidade.A culturacomeçaa alcançar a vida,a rotinadessaspessoas.
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Outro projeto de extrema importância é o desenvolvimento de uma publicação
autócne, denominada Setor X, que além de formar a visão e a capacidade editorial dos
colaboradores, ainda propõem-se como um suporte capaz de transmitir o olhar da favela; o
olhar em sentido da margem para o centro. É uma publicação na qual os moradores da região
podem criar um discurso próprio e analisar a realidade, de maneira técnica e extremamente
profissional. Além de possibilitar a circulação de conhecimento produzido dentro da própria
comunidade, esta publicação cria também pensadores e críticos que se formam a partir de
uma experiênciainterna.
https://www.youtube.com/watch?v=bAHf6Ti4NnU
Como podemos claramente perceber, analisando a trajetória recente da Biblioteca
Parque de Manguinhos, é que ela assume muito mais do que o papel das antigas bibliotecas
que era o de conservação e manutenção do conhecimento. Esse novo conceito de espaço
cultural busca não só a conservação, mas também, principalmente, a produção e a interação
dos agentes através dos meios culturais. Esta é uma iniciativa de multiplicação rápida e eficaz,
que garante aos meios culturais e educacionais o desenvolvimento intelectual dessas
populaçõesapartirde seuprópriotrabalho.
https://www.youtube.com/watch?v=CrC-L24ZhoY
Cabe ao Estado decidir se quer continuar insistindo da ideia da “pacificação” pela
força, ou prefere escolher o caminho da inteligência. Se mais iniciativas dessa natureza fossem
a prioridade do poder público, o investimento necessário em segurança pública, com absoluta
certeza, diminuiria drasticamente. Bibliotecas como essas ficam orçadas em cerca de 9 milhões
de reais, como ficou orçada a de Manguinhos. Uma bagatela para quem gastou 1 bilhão e 200
milhões para reformar o Maracanã. Se o dinheiro do contribuinte fosse verdadeiramente
vertido em seu benefício, com certeza teríamos muito mais Bibliotecas Parque de Maguinhos
espalhadas pelo país, e menos estádios faraônicos e subutilizados, construídos para celebrar
festase negóciosde empresasprivadas.

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  • 2. produções culturais tornaram-se um hábito e uma prática altamente valorizada dentro da comunidade.A culturacomeçaa alcançar a vida,a rotinadessaspessoas. https://www.youtube.com/watch?v=o1QUNf-QV_4 Outro projeto de extrema importância é o desenvolvimento de uma publicação autócne, denominada Setor X, que além de formar a visão e a capacidade editorial dos colaboradores, ainda propõem-se como um suporte capaz de transmitir o olhar da favela; o olhar em sentido da margem para o centro. É uma publicação na qual os moradores da região podem criar um discurso próprio e analisar a realidade, de maneira técnica e extremamente profissional. Além de possibilitar a circulação de conhecimento produzido dentro da própria comunidade, esta publicação cria também pensadores e críticos que se formam a partir de uma experiênciainterna. https://www.youtube.com/watch?v=bAHf6Ti4NnU Como podemos claramente perceber, analisando a trajetória recente da Biblioteca Parque de Manguinhos, é que ela assume muito mais do que o papel das antigas bibliotecas que era o de conservação e manutenção do conhecimento. Esse novo conceito de espaço cultural busca não só a conservação, mas também, principalmente, a produção e a interação dos agentes através dos meios culturais. Esta é uma iniciativa de multiplicação rápida e eficaz, que garante aos meios culturais e educacionais o desenvolvimento intelectual dessas populaçõesapartirde seuprópriotrabalho. https://www.youtube.com/watch?v=CrC-L24ZhoY Cabe ao Estado decidir se quer continuar insistindo da ideia da “pacificação” pela força, ou prefere escolher o caminho da inteligência. Se mais iniciativas dessa natureza fossem a prioridade do poder público, o investimento necessário em segurança pública, com absoluta certeza, diminuiria drasticamente. Bibliotecas como essas ficam orçadas em cerca de 9 milhões de reais, como ficou orçada a de Manguinhos. Uma bagatela para quem gastou 1 bilhão e 200 milhões para reformar o Maracanã. Se o dinheiro do contribuinte fosse verdadeiramente vertido em seu benefício, com certeza teríamos muito mais Bibliotecas Parque de Maguinhos espalhadas pelo país, e menos estádios faraônicos e subutilizados, construídos para celebrar festase negóciosde empresasprivadas.