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Perspectivas da Gestão de Energia
em âmbito municipal no Brasil
FLÁVIA MENDES DE ALMEIDA COLLAÇO I e
CÉLIO BERMANN II
Daiane de Fátima Rocha
Eliana Vilela Maranho
Josué da Silva Rodrigues
Larissa Vilas Boas
1
- Uso de diversas fontes de energia = mudanças climáticas, poluição (local e global);
- Uso de fontes alternativas = políticas públicas e planejamento setorial;
- Energia e a sociedade atual = práticas para redução dos impactos causados;
Desenvolvimento de tecnologias.
- 50% da população mundial é urbana = grande concentração de pessoas > consumo
energético (75% dos recursos mundiais).
- Brasil, planejamento energético ocorre de forma centralizada e possui uma visão
ofertista (expansão de hidrelétricas e termoelétricas).
2
Introdução
- Impactos negativos: expulsão de povos indígenas, desmatamento, aumento emissão de
GEE.
- Descentralização do planejamento (Fenômeno da transição energética) = tendência
mundial nas áreas de saneamento e energia, busca da sustentabilidade nas cidades.
- Motivo: flutuação de preços de combustíveis, preocupações ambientais e de segurança,
mudança climática/tecnologia, melhoria acesso à energia, novas fontes de energia,
recursos não cessem.
- Transição energética: diversificação da matriz energética, empoderamento de atores
sociais e dos governos estaduais e municipais na gestão e planejamento energético das
cidades (projetos de conservação e de eficiência energética para todos setores
econômicos), transparência governamental e envolvimento da população nas cidades.
3
Introdução
- G.E.D: participação social e permitir maior transparência das ações dos governantes;
- Município: forma de organização politica + próxima da população (viabiliza a
participação na: regulação, fiscalização e controle sobre os serviços e bens públicos).
- Concentração de investimentos nos centros urbanos (migração campo-cidade);
- Excesso de consumo de matéria e energia > geração de resíduos < possibilidade de
regeneração natural do local;
- Efeitos negativos: piora qualidade do ar, incapacidade de tratar resíduos (sólidos e
líquidos) e o desmatamento. Poluição de rios, nascentes e afluentes, perda da
biodiversidade, chuvas ácidas;
4
Gestão Energética Descentralizada
- A crise ambiental atual também se relaciona com o processo de urbanização, o qual,
tem contribuído para o aumento da pressão humana sobre o meio ambiente (Marins,
2010).
- Consequentemente, é nas cidades que poderão ser implantadas estratégias de eficiência
energética e de redução dos impactos ambientais.
5
Gestão Energética Descentralizada
-Nos centros urbanos brasileiros .
-Mesmo o Brasil possuindo uma matriz energética .
- A partir dessa contratações, pode se afirmar que a base para se obter sustentabilidade
das cidades e o planejamento energético
- Planejamento energético descentralizado (PED)
- Planejamento energético local /local avançado ( PEL/ PELA)
- Planejamento energético municipal (PEM)
- Planejamento energético urbano(PEU)
- Entre outros
6
Experiências Internacionais em GEDM
• Nesse conceitos e possível identificar que eles consistem basicamente
em estratégias derivadas do planejamento integrados de recursos
(PIR) apresentado durante a década de 1970
• Cabe ressaltar que essas estratégias se apresentam como forma
alternativa ao planejamento energético tradicional
• Outro ponto importante é comum entre os sinônimos de
planejamento energético citados anteriormente e a questão da
descentralização do planejamento energético
• No entanto , cada unidade dos termos referidos poss diferenças em
seus focos .
7
• Ressalta se ainda que ,no Brasil ,a GEM é o termo mais utilizado,
• A GEM já vem ocorrendo em diversos países da Europa
• Dinamarca 1970
• A partir de 2000 ,cidades de países como Alemanha, Áustria, França,
Holanda, Inglaterra, Portugal, República tcheca ,Suécia e Suíça.
• A China é o país que mais investe
8
- Genebra e Suíça também são referência em participação e engajamento popular na
GEM (desde 1986).
- Maior parte dos municípios possuem carência de Planejamento Urbano e Energético.
- Não existe uma política em nível nacional que oriente ou determine aos municípios a
tarefa de passar a planejar as cidades de uma maneira mais participativa e eficiente
energeticamente.
- Observado iniciativas em GEDM as questões ambientais (aquecimento global e a
redução das emissões de GEE).
9
Experiências Internacionais em GEDM
- A maior parte das iniciativas estudadas optou por criar agências municipais de energia
para desenvolver as ações de GEDM; tais agências ora estão vinculadas ao poder
público local.
- Em alguns casos, observou-se também a formação de consórcios entre municípios para
formar agências de energia (Energy Cities) ou para tratar de assuntos relacionados à
energia e à proteção ambiental.
- Um dos maiores problemas relacionados às atividades de GEDM observado:
. Falta de recursos financeiros para implementar ações e projetos sugeridos no
caso das experiências internacionais. 10
Experiências Internacionais em GEDM
- No Brasil o tema ainda é pouco explorado, sendo tratado de uma perspectiva
reducionista e segmentada.
- A GEDM está restrita basicamente a ações de eficiência energética dentro dos setores
econômicos, com foco majoritário na troca de equipamentos, ou tem como finalidade
servir de exemplos de boa gestão.
- No Brasil o sistema energético foi iniciado de forma privada e local (descentralizada).
- A primeira menção à GEDM no Brasil é encontrada em Bristoti e Adams (1990) com a
publicação de um artigo sobre o processo político, apresentando e definindo conceitos
e a experiência sobre PEM no RS. 11
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
- No Brasil o tema ainda é pouco explorado, sendo tratado de uma perspectiva.
- No país, a GED vem tendo aderência e vem sendo mencionada em alguns estudos.
- As experiências têm duas formas de atuação, concepção e tempo de vigência distintas,
sendo:
I – O Planejamento Energético Municipal existente no RS ocorrido no período de
1987 a 1994;
II - O Planejamento Energético Municipal incentivado pelo subprograma Procel-
GEM.
12
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
- O subprograma tem como objetivo principal contribuir para o fortalecimento da
competência municipal na gestão da energia elétrica e na conservação da energia em
nível local, mas tem como objetivos específicos:
i) planejar a Gestão da Energia Elétrica nos municípios;
ii) disseminar informações e capacitar os técnicos das prefeituras;
iii) reduzir o desperdício de energia elétrica;
iv) reduzir a conta de energia elétrica do Município;
v) aumentar a vida útil das instalações e dos equipamentos com ações adequadas
de gestão e manutenção; 13
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
vi) introduzir sistemas e equipamentos mais eficientes, que contribuam para a
melhoria e a preservação do meio ambiente;
vii) capacitar o município para negociar com a concessionária de energia elétrica;
viii) destacar os municípios eficientes em suas regiões;
ix) melhorar a qualidade de vida da população.
14
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
- Em 1998, foi feita uma parceria com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal
(Ibam) e criou-se a Rede Cidades Eficientes em Energia Elétrica (RCE)2 que visava
facilitar o acesso das prefeituras às informações técnicas e o intercâmbio de experiências
entre as administrações locais.
15
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
- As principais vantagens proporcionadas pela RCE aos associados, segundo o Procel, são:
. O acesso às informações atualizadas sobre tecnologias;
. O compartilhamento das experiências municipais e projetos de eficiência energética;
. A promoção da redução de consumo e das despesas de energia elétrica nos municípios
brasileiros;
. A divulgação das realizações municipais exitosas para outros municípios;
. A concentração de esforços para viabilizar projetos e para a implementação de medidas
de conservação de energia elétrica identificando fontes de recurso para o financiamento
das ações;
16
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
. A criação e o fortalecimento da competência municipal na gestão da energia elétrica por
intermédio da capacitação;
. A aplicação da metodologia de elaboração de Planos Municipais de Gestão da Energia
Elétrica (Plamge).
. A rede também organiza um “Prêmio Procel – Cidade Eficiente em Energia Elétrica”, que
reconhece as experiências com projetos que se destacaram no uso eficiente da energia
elétrica.
17
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
- Para possibilitar o trabalho de gestão da energia, o Procel-GEM desenvolveu
ferramentas que servem à gestão municipal e tem como foco de suas ações quatro
questões-chave no que concerne às ações públicas pela busca da eficiência e
conservação de energia:
. Iluminação pública;
. Prédios públicos;
. Saneamento e educação.
18
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
- Além disso, o subprograma também chama atenção para mais duas questões-chave:
. A primeira diz a respeito à busca de novas fontes de energia alternativa;
. A segunda busca orientar os gestores públicos municipais quanto aos contratos de fornecimento de
energia elétrica, totalizando seis questões-chave como foco de ação do Procel-GEM.
- Um dos principais produtos do Procel-GEM é a definição de estratégias para ação pública municipal na
área de energia, e que resulta no Plano Municipal de Gestão da Energia Elétrica (Plamge).
- São atualmente (dezembro/2016) 519 municípios brasileiros que participam do subprograma, em 19
estados, com o maior destaque de participação para os municípios do estado do Paraná.
19
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
- Porcentagem dos municípios que entraram no subprograma Procel-GEM versus os municípios que
chegaram a desenvolver Plamge.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Relatório de Resultados do Procel, 2016.
20
- Relação entre total de estados brasileiros e estados brasileiros contemplados pelo subprograma Procel-
GEM.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Relatório de Resultados do Procel, 2016.
21
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
- Total de municípios brasileiros versus abrangência do Procel-GEM nesses.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Relatório de Resultados do Procel, 2016.
22
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
23
- Principais Ferramentas do Subprograma:
Guias técnicos;
Sistema de Informação Energética Municipal (SIEM);
Rede Cidades Eficientes (RCE).
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
24
- Principais produtos do Procel-GEM:
. Planos Municipais de Gestão da Energia Elétrica (Plamge);
. Unidade de Gestão Energética Municipais (UGEM).
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
25
- A seleção dos funcionários que irão formar as Ugem é uma pré-condição fundamental
para a manutenção das prefeituras no subprograma. Eles devem ser habilitados para a
utilização da ferramenta proporcionada pelo software SIEM, que utiliza a metodologia
dos usos finais para calcular os projetos de eficiência energética.
- Os principais documentos normativos que influenciam o subprograma são: Procel
1985; Lei 9.991/2000; Lei 12.212/2010; Plano Nacional de Eficiência Energética4
(PNEf, 2010) e o Procedimentos do Programa de Eficiência Energética5 (Propee,
2013)
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
26
- Os Plamge vêm sendo elaborados (519 municípios entraram no subprograma, dos
quais 333 elaboraram Plamge), porém não há garantia de recursos para implementação
dos projetos previstos nesses; além disso, os documentos também não são elaborados
nem revistos periodicamente;
A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
27
Considerações Finais
- Com um maior empoderamento e dedicação na elaboração de planos, é viável alcançar uma
descentralização na gestão energética. Através disso, fica evidente que o próprio planejamento
energético muitas vezes não recebe o devido reconhecimento.
- A abrangência do Processamento Eletrônico de Dados (PED) é atualmente limitada por
algumas informações, uma restrição que não seria ideal. Mesmo diante de um programa tão
significativo quanto o Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), é responsabilidade
de cada município fomentar a transparência através de esforços políticos, visando à
colaboração e à apresentação conjunta de ideias. Isso é crucial para o cumprimento de metas
tanto a nível nacional quanto global no enfrentamento das questões relacionadas ao
aquecimento global.
COLLAÇO, Flávia Mendes de Almeida; BERMANN, Célio. Perspectivas da Gestão de Energia em âmbito
municipal no Brasil. Estudos Avançados, v. 31, p. 213-235, 2017.
28
Referências Bibliográficas
Obrigado!
29

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  • 1. Perspectivas da Gestão de Energia em âmbito municipal no Brasil FLÁVIA MENDES DE ALMEIDA COLLAÇO I e CÉLIO BERMANN II Daiane de Fátima Rocha Eliana Vilela Maranho Josué da Silva Rodrigues Larissa Vilas Boas 1
  • 2. - Uso de diversas fontes de energia = mudanças climáticas, poluição (local e global); - Uso de fontes alternativas = políticas públicas e planejamento setorial; - Energia e a sociedade atual = práticas para redução dos impactos causados; Desenvolvimento de tecnologias. - 50% da população mundial é urbana = grande concentração de pessoas > consumo energético (75% dos recursos mundiais). - Brasil, planejamento energético ocorre de forma centralizada e possui uma visão ofertista (expansão de hidrelétricas e termoelétricas). 2 Introdução
  • 3. - Impactos negativos: expulsão de povos indígenas, desmatamento, aumento emissão de GEE. - Descentralização do planejamento (Fenômeno da transição energética) = tendência mundial nas áreas de saneamento e energia, busca da sustentabilidade nas cidades. - Motivo: flutuação de preços de combustíveis, preocupações ambientais e de segurança, mudança climática/tecnologia, melhoria acesso à energia, novas fontes de energia, recursos não cessem. - Transição energética: diversificação da matriz energética, empoderamento de atores sociais e dos governos estaduais e municipais na gestão e planejamento energético das cidades (projetos de conservação e de eficiência energética para todos setores econômicos), transparência governamental e envolvimento da população nas cidades. 3 Introdução
  • 4. - G.E.D: participação social e permitir maior transparência das ações dos governantes; - Município: forma de organização politica + próxima da população (viabiliza a participação na: regulação, fiscalização e controle sobre os serviços e bens públicos). - Concentração de investimentos nos centros urbanos (migração campo-cidade); - Excesso de consumo de matéria e energia > geração de resíduos < possibilidade de regeneração natural do local; - Efeitos negativos: piora qualidade do ar, incapacidade de tratar resíduos (sólidos e líquidos) e o desmatamento. Poluição de rios, nascentes e afluentes, perda da biodiversidade, chuvas ácidas; 4 Gestão Energética Descentralizada
  • 5. - A crise ambiental atual também se relaciona com o processo de urbanização, o qual, tem contribuído para o aumento da pressão humana sobre o meio ambiente (Marins, 2010). - Consequentemente, é nas cidades que poderão ser implantadas estratégias de eficiência energética e de redução dos impactos ambientais. 5 Gestão Energética Descentralizada
  • 6. -Nos centros urbanos brasileiros . -Mesmo o Brasil possuindo uma matriz energética . - A partir dessa contratações, pode se afirmar que a base para se obter sustentabilidade das cidades e o planejamento energético - Planejamento energético descentralizado (PED) - Planejamento energético local /local avançado ( PEL/ PELA) - Planejamento energético municipal (PEM) - Planejamento energético urbano(PEU) - Entre outros 6 Experiências Internacionais em GEDM
  • 7. • Nesse conceitos e possível identificar que eles consistem basicamente em estratégias derivadas do planejamento integrados de recursos (PIR) apresentado durante a década de 1970 • Cabe ressaltar que essas estratégias se apresentam como forma alternativa ao planejamento energético tradicional • Outro ponto importante é comum entre os sinônimos de planejamento energético citados anteriormente e a questão da descentralização do planejamento energético • No entanto , cada unidade dos termos referidos poss diferenças em seus focos . 7
  • 8. • Ressalta se ainda que ,no Brasil ,a GEM é o termo mais utilizado, • A GEM já vem ocorrendo em diversos países da Europa • Dinamarca 1970 • A partir de 2000 ,cidades de países como Alemanha, Áustria, França, Holanda, Inglaterra, Portugal, República tcheca ,Suécia e Suíça. • A China é o país que mais investe 8
  • 9. - Genebra e Suíça também são referência em participação e engajamento popular na GEM (desde 1986). - Maior parte dos municípios possuem carência de Planejamento Urbano e Energético. - Não existe uma política em nível nacional que oriente ou determine aos municípios a tarefa de passar a planejar as cidades de uma maneira mais participativa e eficiente energeticamente. - Observado iniciativas em GEDM as questões ambientais (aquecimento global e a redução das emissões de GEE). 9 Experiências Internacionais em GEDM
  • 10. - A maior parte das iniciativas estudadas optou por criar agências municipais de energia para desenvolver as ações de GEDM; tais agências ora estão vinculadas ao poder público local. - Em alguns casos, observou-se também a formação de consórcios entre municípios para formar agências de energia (Energy Cities) ou para tratar de assuntos relacionados à energia e à proteção ambiental. - Um dos maiores problemas relacionados às atividades de GEDM observado: . Falta de recursos financeiros para implementar ações e projetos sugeridos no caso das experiências internacionais. 10 Experiências Internacionais em GEDM
  • 11. - No Brasil o tema ainda é pouco explorado, sendo tratado de uma perspectiva reducionista e segmentada. - A GEDM está restrita basicamente a ações de eficiência energética dentro dos setores econômicos, com foco majoritário na troca de equipamentos, ou tem como finalidade servir de exemplos de boa gestão. - No Brasil o sistema energético foi iniciado de forma privada e local (descentralizada). - A primeira menção à GEDM no Brasil é encontrada em Bristoti e Adams (1990) com a publicação de um artigo sobre o processo político, apresentando e definindo conceitos e a experiência sobre PEM no RS. 11 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 12. - No Brasil o tema ainda é pouco explorado, sendo tratado de uma perspectiva. - No país, a GED vem tendo aderência e vem sendo mencionada em alguns estudos. - As experiências têm duas formas de atuação, concepção e tempo de vigência distintas, sendo: I – O Planejamento Energético Municipal existente no RS ocorrido no período de 1987 a 1994; II - O Planejamento Energético Municipal incentivado pelo subprograma Procel- GEM. 12 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 13. - O subprograma tem como objetivo principal contribuir para o fortalecimento da competência municipal na gestão da energia elétrica e na conservação da energia em nível local, mas tem como objetivos específicos: i) planejar a Gestão da Energia Elétrica nos municípios; ii) disseminar informações e capacitar os técnicos das prefeituras; iii) reduzir o desperdício de energia elétrica; iv) reduzir a conta de energia elétrica do Município; v) aumentar a vida útil das instalações e dos equipamentos com ações adequadas de gestão e manutenção; 13 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 14. vi) introduzir sistemas e equipamentos mais eficientes, que contribuam para a melhoria e a preservação do meio ambiente; vii) capacitar o município para negociar com a concessionária de energia elétrica; viii) destacar os municípios eficientes em suas regiões; ix) melhorar a qualidade de vida da população. 14 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 15. - Em 1998, foi feita uma parceria com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) e criou-se a Rede Cidades Eficientes em Energia Elétrica (RCE)2 que visava facilitar o acesso das prefeituras às informações técnicas e o intercâmbio de experiências entre as administrações locais. 15 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 16. - As principais vantagens proporcionadas pela RCE aos associados, segundo o Procel, são: . O acesso às informações atualizadas sobre tecnologias; . O compartilhamento das experiências municipais e projetos de eficiência energética; . A promoção da redução de consumo e das despesas de energia elétrica nos municípios brasileiros; . A divulgação das realizações municipais exitosas para outros municípios; . A concentração de esforços para viabilizar projetos e para a implementação de medidas de conservação de energia elétrica identificando fontes de recurso para o financiamento das ações; 16 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 17. . A criação e o fortalecimento da competência municipal na gestão da energia elétrica por intermédio da capacitação; . A aplicação da metodologia de elaboração de Planos Municipais de Gestão da Energia Elétrica (Plamge). . A rede também organiza um “Prêmio Procel – Cidade Eficiente em Energia Elétrica”, que reconhece as experiências com projetos que se destacaram no uso eficiente da energia elétrica. 17 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 18. - Para possibilitar o trabalho de gestão da energia, o Procel-GEM desenvolveu ferramentas que servem à gestão municipal e tem como foco de suas ações quatro questões-chave no que concerne às ações públicas pela busca da eficiência e conservação de energia: . Iluminação pública; . Prédios públicos; . Saneamento e educação. 18 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 19. - Além disso, o subprograma também chama atenção para mais duas questões-chave: . A primeira diz a respeito à busca de novas fontes de energia alternativa; . A segunda busca orientar os gestores públicos municipais quanto aos contratos de fornecimento de energia elétrica, totalizando seis questões-chave como foco de ação do Procel-GEM. - Um dos principais produtos do Procel-GEM é a definição de estratégias para ação pública municipal na área de energia, e que resulta no Plano Municipal de Gestão da Energia Elétrica (Plamge). - São atualmente (dezembro/2016) 519 municípios brasileiros que participam do subprograma, em 19 estados, com o maior destaque de participação para os municípios do estado do Paraná. 19 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 20. A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil - Porcentagem dos municípios que entraram no subprograma Procel-GEM versus os municípios que chegaram a desenvolver Plamge. Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Relatório de Resultados do Procel, 2016. 20
  • 21. - Relação entre total de estados brasileiros e estados brasileiros contemplados pelo subprograma Procel- GEM. Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Relatório de Resultados do Procel, 2016. 21 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 22. - Total de municípios brasileiros versus abrangência do Procel-GEM nesses. Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Relatório de Resultados do Procel, 2016. 22 A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 23. 23 - Principais Ferramentas do Subprograma: Guias técnicos; Sistema de Informação Energética Municipal (SIEM); Rede Cidades Eficientes (RCE). A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 24. 24 - Principais produtos do Procel-GEM: . Planos Municipais de Gestão da Energia Elétrica (Plamge); . Unidade de Gestão Energética Municipais (UGEM). A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 25. 25 - A seleção dos funcionários que irão formar as Ugem é uma pré-condição fundamental para a manutenção das prefeituras no subprograma. Eles devem ser habilitados para a utilização da ferramenta proporcionada pelo software SIEM, que utiliza a metodologia dos usos finais para calcular os projetos de eficiência energética. - Os principais documentos normativos que influenciam o subprograma são: Procel 1985; Lei 9.991/2000; Lei 12.212/2010; Plano Nacional de Eficiência Energética4 (PNEf, 2010) e o Procedimentos do Programa de Eficiência Energética5 (Propee, 2013) A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 26. 26 - Os Plamge vêm sendo elaborados (519 municípios entraram no subprograma, dos quais 333 elaboraram Plamge), porém não há garantia de recursos para implementação dos projetos previstos nesses; além disso, os documentos também não são elaborados nem revistos periodicamente; A Gestão Energética Descentralizada Municipal no Brasil
  • 27. 27 Considerações Finais - Com um maior empoderamento e dedicação na elaboração de planos, é viável alcançar uma descentralização na gestão energética. Através disso, fica evidente que o próprio planejamento energético muitas vezes não recebe o devido reconhecimento. - A abrangência do Processamento Eletrônico de Dados (PED) é atualmente limitada por algumas informações, uma restrição que não seria ideal. Mesmo diante de um programa tão significativo quanto o Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), é responsabilidade de cada município fomentar a transparência através de esforços políticos, visando à colaboração e à apresentação conjunta de ideias. Isso é crucial para o cumprimento de metas tanto a nível nacional quanto global no enfrentamento das questões relacionadas ao aquecimento global.
  • 28. COLLAÇO, Flávia Mendes de Almeida; BERMANN, Célio. Perspectivas da Gestão de Energia em âmbito municipal no Brasil. Estudos Avançados, v. 31, p. 213-235, 2017. 28 Referências Bibliográficas