Este documento fornece orientações sobre o encaminhamento de amostras para pesquisa de malária ao LACEN/BA, incluindo instruções sobre a coleta de amostras, preparação de lâminas, realização de testes rápidos e cadastro no sistema GAL. O fluxo laboratorial envolve a análise de gota espessa e distensão sanguínea, além de testes rápidos e acompanhamento no sistema de vigilância epidemiológica.
1. PESQUISA DE MALÁRIA: ORIENTAÇÕES PARA
ENCAMINHAMENTO DE AMOSTRAS
AO LACEN/BA
COORDENAÇÃO DO ATENDIMENTO – CAT
2. PESQUISA DE MALÁRIA
É uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por
vetores (protozoários do gênero Plasmodium que podem causar malária humana: P. falciparum, P.
vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi).
No Brasil, a magnitude da malária está relacionada à elevada incidência da doença na região
Amazônica e à sua potencial gravidade clínica. Há três espécies associadas a malária em seres
humanos no Brasil: P. falciparum, P. vivax e, P. malariae.
3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
▪ Esfregaço Delgado/Distensão Sanguínea (Pesquisa de Hematozoários);
▪ Gota Espessa (Pesquisa de Hematozoários);
▪ Teste Rápido (Detecção antigênica de plasmódio);
▪ Diagnóstico por Técnicas Moleculares.
4. PESQUISA DE MALÁRIA: DISTENSÃO
SANGUÍNEA/ESFREGAÇO DELGADO
Orientações de Preparo da Lâmina:
1) Coletar 01 tubo de sangue total com EDTA e fazer duas lâminas;
2) Colocar 10 uL de sangue na extremidade da lâmina;
3) Tocar a gota de sangue com a borda de outra lâmina/lamínula;
4) Distender o esfregaço uniformemente, ao longo da lâmina extensora formando ângulo entre 45°
a 50°;
5) Deixar secar a temperatura ambiente.
5. PESQUISA DE MALÁRIA: GOTA ESPESSA
Orientações de Preparo da Lâmina:
1) Confeccionar duas lâminas utilizando 02 gotas de sangue de aproximadamente 20uL lado a lado;
2) Formar um quadrado utilizando a ponta de outra lâmina;
3) Deixar a lâmina secar a temperatura ambiente.
6. PESQUISA DE MALÁRIA: TESTE RÁPIDO
Orientações:
Encaminhar tubo coletado com sangue total contendo EDTA para o LACEN/BA.
7. PESQUISA DE MALÁRIA: DIAGNÓSTICO POR
TÉCNICAS MOLECULARES
O custo elevado, a complexidade da técnica e a necessidade de infraestrutura restringem o uso da
técnica para rotina laboratorial, sendo executada por laboratórios de referência.
Na necessidade de realização do teste através da técnica de biologia molecular, acionar a
Coordenação de Atendimento – CAT.
8. PESQUISA DE MALÁRIA: ACOMPANHAMENTO
Orientações para Encaminhamento de Lâminas para Verificação de Cura (LVC):
Encaminhar somente 02 (duas) lâminas de gota espessa de punção digital ou tubo (conforme
orientações para realização da pesquisa de gota espessa);
Ficha de investigação com o número correspondente ao período do LVC.
9. PESQUISA DE MALÁRIA: CONTROLE DE QUALIDADE
O controle de qualidade do diagnóstico da malária é realizado por meio da revisão sistemática das
lâminas de gota espessa. Os Laboratórios Centrais de Saúde Pública são responsáveis pela
realização do controle de qualidade deste exame para os laboratórios da rede pública de saúde. A
rede privada pode instituir parceria com os LACEN para realização do controle de qualidade das
lâminas produzidas nos laboratórios privados. Os LACEN devem receber 100% das lâminas de
diagnóstico positivo e 10% das lâminas de diagnóstico negativo.
Orientações para Encaminhamento de Lâminas para Controle de Qualidade:
Encaminhar as lâminas com ofício de encaminhamento e listagem de identificação das amostras.
10. FICHA DE INVESTIGAÇÃO
DA MALÁRIA
Atenção para os campos sinalizados em
vermelho, sendo estes, campos obrigatórios no
preenchimento da ficha de investigação. O
campo “Tipo de lâmina” define o fluxo de
investigação da amostra: BP – Busca Passiva ou
BA – Busca Ativa, ou LVC – Lâmina de Verificação
de Cura.
A ficha de notificação deve ser sempre
encaminhada junto ao material para pesquisa
diagnóstica.
11. FICHA DE INVESTIGAÇÃO
DA MALÁRIA
O campo de observações adicionais deve ser
utilizado para quaisquer informações
complementares. Vale ressaltar a necessidade
de informar neste campo, o tipo de pesquisa,
quando diagnóstica ou lâmina de verificação de
cura (LVC).
12. CADASTRO NO GERENCIADOR DE AMBIENTE LABORATORIAL
Orientações:
1) Cadastrar os dados da Unidade Requisitante;
13. CADASTRO NO GERENCIADOR DE AMBIENTE LABORATORIAL
Orientações:
2) Cadastrar os dados de identificação do paciente;
14. CADASTRO NO GERENCIADOR DE AMBIENTE LABORATORIAL
Orientações:
3) Preenchimento das informações clínicas; Marcar a opção
correspondente
conforme a pesquisa:
“Diagnóstico” ou
“Acompanhamento”.
15. CADASTRO NO GERENCIADOR DE AMBIENTE LABORATORIAL
Orientações:
4) Preenchimento dos dados da amostra e pesquisa/exames.
O exame Malária oferece
opção da pesquisa por
duas metodologias: Gota
Espessa e Distensão
Sanguínea.
Para o teste rápido, a
metodologia aplicada é
Imunocromatografia.
Descrever tipo de lâmina para pesquisa (Lâmina de Diagnóstico ou Lâmina de Verificação
de Cura).
16. TRANSPORTE E ACONDICIONAMENTO DO MATERIAL
Orientações:
1) Enviar o sangue total (tubo com EDTA) em caixa contendo gelox;
2) As lâminas secas a temperatura ambiente, por no mínimo 40 minutos após sua confecção.
3) As lâminas devem ser embaladas individualmente ou colocadas em porta-lâminas;
4) Transportar em até 24h após a realização da coleta.
NOTA: Todas as amostras devem ser identificadas corretamente e enviadas acompanhadas das
fichas de investigação além de estarem cadastradas no GAL conforme pesquisa diagnóstica.
17. ALGORITMO DO FLUXO LABORATORIAL PARA
AMOSTRAS SUSPEITAS DE MALÁRIA
UNIDADE DE
REQUISITANTE (UBS,
UPA, HOSPITAL)
LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA SVS/MS
Coleta de
Amostras
Vigilância
Epidemiológica
GAL
Gota Espessa/
Distensão Sanguínea
Teste Rápido
Positivo
Negativo
Positivo
Negativo
Resultados e
Informações
GAL