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Cálculo Numérico
Erros
Período: 2008/01
UFAM/ICE/DCC
Profª.: Valinda Maia
ERROS
Cálculo Numérico – Introdução
Erros
 Existem vários tipos de erros e várias
são as suas causas
 Por erro é entendida a diferença entre o
valor real de uma dada grandeza e
aquela que é obtida
Erros
 Logo, erro é um conceito filosófico: se
não conhecemos o valor real de uma
dada grandeza, como podemos saber a
diferença entre este valor e o obtido por
algum método de medição ou de
cálculo?
 Modernamente muitos preferem usar o
termo incerteza do que erro
Erros - Existência
Erros estão sempre presentes nas soluções
numéricas
 Dados representados por intervalo:
imprecisão na medição ou incerteza sobre o
valor verdadeiro
 Exemplo: 50,3 ± 0,2 cm
Erro Inerente
Erro Inerente
 Aparecem na criação ou simplificação de um
modelo matemático de determinado sistema,
ou ainda nas medidas, em geral.
 Os valores de medidas como tempo,
temperatura, distância, intensidade luminosa,
entre outros, são obtidos de instrumentos
que tem precisão limitada
 Sobre tais erros o analista numérico não tem
meios de evitá-los ou meios de minimizar os
seus efeitos
Erros - Existência
Erros estão sempre presente nas soluções numéricas
 os métodos numéricos geralmente são
aproximados, iterativos, buscando minimizar o erro
Erro de truncamento
Erro de Truncamento
 São erros cometidos quando se
substitui qualquer processo infinito
por um processo finito ou discreto
 Quando isso acontece, partes dos
processo são desprezados
Erro de Truncamento
 Quando representamos números reais
utilizando o sistema decimal ou binário
(utilizado por computadores) de um modo
geral. Ao executarmos algumas operações, o
resultado pode necessitar de um número
muito grande de dígitos (até mesmo um
número infinito de dígitos, no caso de
números irracionais) para representar com
exatidão
Erro de Truncamento
 O que ocorre é a limitação do número
de dígitos de modo que o erro
introduzido seja desprezível para o
propósito a que se destina o cálculo
efetuado
 Para amenizar o erro introduzido por
truncamento, é procedimento normal
arredondar o número
Erros - Existência
Erros estão sempre presente nas soluções numéricas
 a representação dos números reais, com um número
finito de dígitos, dependem da máquina utilizada
podendo exigir aproximações (lembremos que um
número, pode ter representação finita em uma base e
não finita em outra)
Erro de Representação.
Erros - Existência
Erros estão sempre presente nas soluções numéricas.
 A conversão de bases pode acarretar erros.
Erro de Conversão
Operações com dados imprecisos / incertos
acarretam propagação do erro.
Erros - Existência
Ex. 01: Calcular a área de uma circunferência de
raio 100 m
 =  r 2
Resultados:
P/  =3,14 (1) A = 31400 m2
 =3,1416 (2) A = 31416 m2
 =3,141592654 (3) A = 31414,92654 m2
Erros - Existência
(1) A = 31400 m2
(2) A = 31416 m2
(3) A = 31414,92654 m2
Como justificar as diferentes áreas calculadas?
Os resultados dos cálculos realizados dependem da
representação dos números nas máquinas utilizadas.
 não tem representação finita, sempre será representado
de forma aproximada: 3,14, 3,1416 e 3,141592654, para os
cálculos 1,2 e 3, respectivamente.
Erros - Existência
Ex. 02: Calcular usando uma calculadora e um
computador:
, para xi = 0,5 e xi = 0,11



3000
1
i
i
x
S
Resultados:
para xi=0,5 calculadora: S= 15000
computador: S= 15000
para xi =0,11 calculadora: S= 3300
computador: S=3299.99691
Erros - Existência
Resultados:
para xi=0,5 calculadora: S= 15000
computador: S=15000
para xi =0,11 calculadora: S= 3300
computador: S= 3299.99691
Os resultados dos cálculos realizados dependem da
representação dos números nas máquinas utilizadas.
(0,11)10 = (0,000111 )2 = (0,109375 )10
(0,11)10 não tem representação finita na base 2.
Erros - Existência
Ex.03: Fazer a conversão de O,1 de base 10
para a base 2
(O,1)10 = (0,00011001100110011...)2
(O,1)10 não tem representação exata na base 2.
A representação de um número depende da base em uso e do
número máximo de dígitos usados na sua representação.
Erros - Tipos
 Absoluto
 Relativo
Quanto menor for o erro, mais preciso
será o resultado da operação
 Truncamento
 Arredondamento
Erros – Arredondamento
Ex. 05: Seja: calcular em uma máquina digital
Não existe uma forma de representar um número
irrracional com um número finito de algarismos.
Portanto, o número apresentado pela
calculadora é uma aproximação do valor real de
(1,41421356....). O erro introduzido é chamado
erro de arredondamento
2
2
Erros –Truncamento
Ex. 06: Seja: calcular o valor de .
Sabemos que a exponencial é uma função que
pode ser representada por uma série infinita,
.....
4!
x
3!
x
2!
x
x
1
e
4
3
2
x






x
e
Erros –Truncamento
na prática, é impossível calcular seu valor
exato. Tem que se fazer uma aproximação, que
levará a um erro no resultado final de ex. O erro
introduzido é chamado erro de truncamento.
.....
4!
x
3!
x
2!
x
x
1
e
4
3
2
x






Erros – Absoluto e Relativo
 Erro Absoluto = Valor Exato – Valor Aproximado
EAx = x –
 Erro Relativo = Erro Absoluto / Valor Aproximado
ERx = (x – ) /
Obs.: Erro Porcentualx = ERx x 100
x
x
x
Erros – Absolutos
Em geral, não é possível obter EAx, pois não se
conhece x.
A solução é obter um limitante superior ou uma
estimativa do erro absoluto.
|EAx| = |x - | < limitante superior
EX. 01: Para  (3.14 ,3.15)
|EA  | = | | < 0.01
x
π
π 
Erros – Absolutos
Ex. 04: Para = 2112,9 com |EAx| < 0.1
temos x (2112,8, 2113),
Para = 5.3 com |EAx| < 0.1
temos y  (5.2,5.4)
Temos mesmos limitantes superiores. Pode-se
afirmar que x e y são representados com a mesma
precisão?
É preciso comparar a ordem de grandeza de x e y.
x
y
Erros – Relativos
Dependendo da ordem de grandeza o erro
absoluto não é suficiente para descrever a
precisão de um cálculo.
Erro Relativo
Erros – Relativos
Ainda, no Ex. 04:
Para = 2112,9 com |EAx| < 0.1
|EAx| = |x - | / | | = 0.1/2112.9  4.7 x 10-5
Para = 5.3 com |EAx| < 0.1
|EAy| = |y - | / | | = 0.1/5.3  0.02
Mostramos que X é representado com maior
precisão que y
x
y
y
y
x
x
Erros – Propagação
Ao se resolver um problema numericamente, a cada etapa e
a cada operação realizada, devem surgir diferentes tipos de
erros gerados das mais variadas maneiras, e estes erros se
propagam e determinam o erro no resultado final obtido.
Conhecer os efeitos da propagação de erros é muito
importante pois, além de determinar o erro final de uma
operação numérica, pode-se conhecer a sensibilidade de
um determinado problema ou método numérico.
Conversão de números
 Representação de inteiros
 Base decimal (10)
 10 dígitos disponíveis [0,1,2, ... ,9]
 “Posição” indica potência positiva de 10
 5432 = 5x103 + 4x102 + 3x101 + 2x100
Conversão de números
 Representação de inteiros
 Base binária (2)
 2 “bits” disponíveis [0,1]
 “Posição” indica potência positiva de 2
 1011 na base 2 = 1x23 + 0x22 + 1x21 + 1x20 =
8+0+2+1 = 11 na base decimal
Conversão de números
 Representação de números fracionários
 Base decimal (10)
 “Posição” da parte inteira indica potência positiva
de 10
 Potência negativa de 10 para parte fracionária
 54,32 = 5x101 + 4x100 + 3x10-1 + 2x10-2
Conversão de números
 Representação de números fracionários
 Base binária (2)
 “Posição” da parte inteira indica potência positiva
de 2
 Potência negativa de 2 para parte fracionária
 10,11 na base 2 = 1x21 + 0x20 + 1x2-1 + 1x2-
2 = 2+0+1/2+1/4 = 2,75 na base decimal
Conversão de números inteiros
 Binário para decimal
 Já visto
 Inteiro decimal para binário
 Divisão inteira (do quociente) sucessiva por 2, até que
resto seja = 0 ou 1
 Binário = composição do último quociente (Bit Mais
Significativo – BMS) com restos (primeiro resto é bit
menos significativo – bms)
Conversão de números inteiros
 Exemplo: Converter 25 decimal para binário
 25 / 2 = 12 (quociente) e resto 1=bms
 12 / 2 = 6 (quociente) e resto 0
 6 / 2 = 3 (quociente) e resto 0
 3 / 2 = 1 (último quociente=BMS) e resto 1
 Binário = 1 1 0 0 1
= 1x24 + 1x24 + 0x22 + 0x21 + 1x20
= 16 + 8 + 0 + 0 + 1 = 25 decimal
Conversão de números inteiros
Conversão de fração
 Operação inversa: multiplicar parte
fracionária por 2 até que parte
fracionária do resultado seja 0 (zero)
 Bits da parte fracionária derivados das
partes inteiras das multiplicações
 Bit imediatamente à direita da vírgula =
Parte inteira da primeira multiplicação
Conversão de fração
 Exemplo: converter 0,625 decimal para binário
 0,625 x 2 = 1,25 logo a primeira casa fracionária é
1 ; nova fração (resto) é 0,25 (1,25-1=0,25)
 0,25 x 2 = 0,5 segunda casa é 0 ; resto é 0,5
 0,5 x 2 = 1,0 terceira casa é 1 ; resto é zero.
 Resultado: 0,62510 = 0,1012
Conversão de fração
 Para converter um número com parte
inteira e parte fracionária, fazer a
conversão de cada parte,
separadamente.
Conversão de inteiro e fração
(8,375)10 = ( ? )2
Representação em
ponto flutuante
 Representação pode variar (“flutuar”) a
posição da vírgula, ajustando potência
da base.
 54,32 = 54,32 x 100 = 5,432 x 101 =
0,5432 x 102 = 5432,0 x 10-2
 Forma normalizada usa um único dígito
antes da vírgula, diferente de zero
 Exemplo: 5,432 x 101
Representação em pto flutuante
 No sistema binário:
 110101 = 110,101x23 = 1,10101x25 =
0,0110101x27
 No caso dos números serem armazenados em um
computador, os expoentes serão também
gravados na base dois
 Como 310 = 112 e 7=1112
 110,101 x (10)11 = 1,10101x(10)101 = 0,0110101x(10)111
 Na representação normalizada, há apenas um “1”
antes da vírgula
 Exemplo: 1,10101x(10)101
Representação em pto flutuante
 Algumas definições
 No número 1,10101x(10)101 , tomado como
referência:
 1,10101 = significando (antiga “mantissa”)
 101 = expoente
 OBS:
 a base binária não precisa ser explicitada
(o computador usa sempre esta)
 O “1” antes da vírgula, na representação
normalizada – se esta for adotada, também pode
ficar implícito, economizando um bit (“bit
escondido”).
Armazenamento de float
 Na organização/arquitetura do
computador, definir:
 Número de bits do significando (precisão, p)
 Número de bits do expoente
 Um bit (“0” para + e “1” para -) de sinal
(tipicamente o primeiro, da esquerda)
Armazenamento de float
 Ilustração
 Sinal do número: 0 = + e 1 = -
 Expoentes: 8 combinações possíveis
 Sinal do Número: Bit 6: 0 = + e 1 = -
Bit 7 Bit 6 Bit 5 Bit 4 Bit 3 Bit 2 Bit 1 Bit 0
Expoente (+/-) Significando
Sinal
Armazenamento de float
000 (especial)
001
010
011
100
101
110
111 (especial)
Bit 7 Bit 6 Bit 5 Bit 4 Bit 3 Bit 2 Bit 1 Bit 0
Expoente (+/-)
Sinal
0 = +
1 = -
1,0000
1,0001
....
....
1,1111
1 = bit escondido
Significando
Arquitetura de 32 bits
 Alocaremos 4 bytes para representar o
número, totalizando 32 bits;
 O primeiro bit do primeiro byte (bit 0)
representará o sinal do número (0 positivo e 1
negativo);
 Os bits de 1 a 7 (7 bits) representarão a
característica (expoente), sendo que o bit 1
representará o sinal do expoente e os bits de 2
a 8 representarão o módulo do expoente;
 Os bits 8 a 31 (24 bits) representarão a
mantissa.
Erros e Representação de Nºs
Fim da Primeira Parte

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Cálculo Numérico - Erros e Representação de Números

  • 3. Erros  Existem vários tipos de erros e várias são as suas causas  Por erro é entendida a diferença entre o valor real de uma dada grandeza e aquela que é obtida
  • 4. Erros  Logo, erro é um conceito filosófico: se não conhecemos o valor real de uma dada grandeza, como podemos saber a diferença entre este valor e o obtido por algum método de medição ou de cálculo?  Modernamente muitos preferem usar o termo incerteza do que erro
  • 5. Erros - Existência Erros estão sempre presentes nas soluções numéricas  Dados representados por intervalo: imprecisão na medição ou incerteza sobre o valor verdadeiro  Exemplo: 50,3 ± 0,2 cm Erro Inerente
  • 6. Erro Inerente  Aparecem na criação ou simplificação de um modelo matemático de determinado sistema, ou ainda nas medidas, em geral.  Os valores de medidas como tempo, temperatura, distância, intensidade luminosa, entre outros, são obtidos de instrumentos que tem precisão limitada  Sobre tais erros o analista numérico não tem meios de evitá-los ou meios de minimizar os seus efeitos
  • 7. Erros - Existência Erros estão sempre presente nas soluções numéricas  os métodos numéricos geralmente são aproximados, iterativos, buscando minimizar o erro Erro de truncamento
  • 8. Erro de Truncamento  São erros cometidos quando se substitui qualquer processo infinito por um processo finito ou discreto  Quando isso acontece, partes dos processo são desprezados
  • 9. Erro de Truncamento  Quando representamos números reais utilizando o sistema decimal ou binário (utilizado por computadores) de um modo geral. Ao executarmos algumas operações, o resultado pode necessitar de um número muito grande de dígitos (até mesmo um número infinito de dígitos, no caso de números irracionais) para representar com exatidão
  • 10. Erro de Truncamento  O que ocorre é a limitação do número de dígitos de modo que o erro introduzido seja desprezível para o propósito a que se destina o cálculo efetuado  Para amenizar o erro introduzido por truncamento, é procedimento normal arredondar o número
  • 11. Erros - Existência Erros estão sempre presente nas soluções numéricas  a representação dos números reais, com um número finito de dígitos, dependem da máquina utilizada podendo exigir aproximações (lembremos que um número, pode ter representação finita em uma base e não finita em outra) Erro de Representação.
  • 12. Erros - Existência Erros estão sempre presente nas soluções numéricas.  A conversão de bases pode acarretar erros. Erro de Conversão Operações com dados imprecisos / incertos acarretam propagação do erro.
  • 13. Erros - Existência Ex. 01: Calcular a área de uma circunferência de raio 100 m  =  r 2 Resultados: P/  =3,14 (1) A = 31400 m2  =3,1416 (2) A = 31416 m2  =3,141592654 (3) A = 31414,92654 m2
  • 14. Erros - Existência (1) A = 31400 m2 (2) A = 31416 m2 (3) A = 31414,92654 m2 Como justificar as diferentes áreas calculadas? Os resultados dos cálculos realizados dependem da representação dos números nas máquinas utilizadas.  não tem representação finita, sempre será representado de forma aproximada: 3,14, 3,1416 e 3,141592654, para os cálculos 1,2 e 3, respectivamente.
  • 15. Erros - Existência Ex. 02: Calcular usando uma calculadora e um computador: , para xi = 0,5 e xi = 0,11    3000 1 i i x S Resultados: para xi=0,5 calculadora: S= 15000 computador: S= 15000 para xi =0,11 calculadora: S= 3300 computador: S=3299.99691
  • 16. Erros - Existência Resultados: para xi=0,5 calculadora: S= 15000 computador: S=15000 para xi =0,11 calculadora: S= 3300 computador: S= 3299.99691 Os resultados dos cálculos realizados dependem da representação dos números nas máquinas utilizadas. (0,11)10 = (0,000111 )2 = (0,109375 )10 (0,11)10 não tem representação finita na base 2.
  • 17. Erros - Existência Ex.03: Fazer a conversão de O,1 de base 10 para a base 2 (O,1)10 = (0,00011001100110011...)2 (O,1)10 não tem representação exata na base 2. A representação de um número depende da base em uso e do número máximo de dígitos usados na sua representação.
  • 18. Erros - Tipos  Absoluto  Relativo Quanto menor for o erro, mais preciso será o resultado da operação  Truncamento  Arredondamento
  • 19. Erros – Arredondamento Ex. 05: Seja: calcular em uma máquina digital Não existe uma forma de representar um número irrracional com um número finito de algarismos. Portanto, o número apresentado pela calculadora é uma aproximação do valor real de (1,41421356....). O erro introduzido é chamado erro de arredondamento 2 2
  • 20. Erros –Truncamento Ex. 06: Seja: calcular o valor de . Sabemos que a exponencial é uma função que pode ser representada por uma série infinita, ..... 4! x 3! x 2! x x 1 e 4 3 2 x       x e
  • 21. Erros –Truncamento na prática, é impossível calcular seu valor exato. Tem que se fazer uma aproximação, que levará a um erro no resultado final de ex. O erro introduzido é chamado erro de truncamento. ..... 4! x 3! x 2! x x 1 e 4 3 2 x      
  • 22. Erros – Absoluto e Relativo  Erro Absoluto = Valor Exato – Valor Aproximado EAx = x –  Erro Relativo = Erro Absoluto / Valor Aproximado ERx = (x – ) / Obs.: Erro Porcentualx = ERx x 100 x x x
  • 23. Erros – Absolutos Em geral, não é possível obter EAx, pois não se conhece x. A solução é obter um limitante superior ou uma estimativa do erro absoluto. |EAx| = |x - | < limitante superior EX. 01: Para  (3.14 ,3.15) |EA  | = | | < 0.01 x π π 
  • 24. Erros – Absolutos Ex. 04: Para = 2112,9 com |EAx| < 0.1 temos x (2112,8, 2113), Para = 5.3 com |EAx| < 0.1 temos y  (5.2,5.4) Temos mesmos limitantes superiores. Pode-se afirmar que x e y são representados com a mesma precisão? É preciso comparar a ordem de grandeza de x e y. x y
  • 25. Erros – Relativos Dependendo da ordem de grandeza o erro absoluto não é suficiente para descrever a precisão de um cálculo. Erro Relativo
  • 26. Erros – Relativos Ainda, no Ex. 04: Para = 2112,9 com |EAx| < 0.1 |EAx| = |x - | / | | = 0.1/2112.9  4.7 x 10-5 Para = 5.3 com |EAx| < 0.1 |EAy| = |y - | / | | = 0.1/5.3  0.02 Mostramos que X é representado com maior precisão que y x y y y x x
  • 27. Erros – Propagação Ao se resolver um problema numericamente, a cada etapa e a cada operação realizada, devem surgir diferentes tipos de erros gerados das mais variadas maneiras, e estes erros se propagam e determinam o erro no resultado final obtido. Conhecer os efeitos da propagação de erros é muito importante pois, além de determinar o erro final de uma operação numérica, pode-se conhecer a sensibilidade de um determinado problema ou método numérico.
  • 28. Conversão de números  Representação de inteiros  Base decimal (10)  10 dígitos disponíveis [0,1,2, ... ,9]  “Posição” indica potência positiva de 10  5432 = 5x103 + 4x102 + 3x101 + 2x100
  • 29. Conversão de números  Representação de inteiros  Base binária (2)  2 “bits” disponíveis [0,1]  “Posição” indica potência positiva de 2  1011 na base 2 = 1x23 + 0x22 + 1x21 + 1x20 = 8+0+2+1 = 11 na base decimal
  • 30. Conversão de números  Representação de números fracionários  Base decimal (10)  “Posição” da parte inteira indica potência positiva de 10  Potência negativa de 10 para parte fracionária  54,32 = 5x101 + 4x100 + 3x10-1 + 2x10-2
  • 31. Conversão de números  Representação de números fracionários  Base binária (2)  “Posição” da parte inteira indica potência positiva de 2  Potência negativa de 2 para parte fracionária  10,11 na base 2 = 1x21 + 0x20 + 1x2-1 + 1x2- 2 = 2+0+1/2+1/4 = 2,75 na base decimal
  • 32. Conversão de números inteiros  Binário para decimal  Já visto  Inteiro decimal para binário  Divisão inteira (do quociente) sucessiva por 2, até que resto seja = 0 ou 1  Binário = composição do último quociente (Bit Mais Significativo – BMS) com restos (primeiro resto é bit menos significativo – bms)
  • 33. Conversão de números inteiros  Exemplo: Converter 25 decimal para binário  25 / 2 = 12 (quociente) e resto 1=bms  12 / 2 = 6 (quociente) e resto 0  6 / 2 = 3 (quociente) e resto 0  3 / 2 = 1 (último quociente=BMS) e resto 1  Binário = 1 1 0 0 1 = 1x24 + 1x24 + 0x22 + 0x21 + 1x20 = 16 + 8 + 0 + 0 + 1 = 25 decimal
  • 35. Conversão de fração  Operação inversa: multiplicar parte fracionária por 2 até que parte fracionária do resultado seja 0 (zero)  Bits da parte fracionária derivados das partes inteiras das multiplicações  Bit imediatamente à direita da vírgula = Parte inteira da primeira multiplicação
  • 36. Conversão de fração  Exemplo: converter 0,625 decimal para binário  0,625 x 2 = 1,25 logo a primeira casa fracionária é 1 ; nova fração (resto) é 0,25 (1,25-1=0,25)  0,25 x 2 = 0,5 segunda casa é 0 ; resto é 0,5  0,5 x 2 = 1,0 terceira casa é 1 ; resto é zero.  Resultado: 0,62510 = 0,1012
  • 37. Conversão de fração  Para converter um número com parte inteira e parte fracionária, fazer a conversão de cada parte, separadamente.
  • 38. Conversão de inteiro e fração (8,375)10 = ( ? )2
  • 39. Representação em ponto flutuante  Representação pode variar (“flutuar”) a posição da vírgula, ajustando potência da base.  54,32 = 54,32 x 100 = 5,432 x 101 = 0,5432 x 102 = 5432,0 x 10-2  Forma normalizada usa um único dígito antes da vírgula, diferente de zero  Exemplo: 5,432 x 101
  • 40. Representação em pto flutuante  No sistema binário:  110101 = 110,101x23 = 1,10101x25 = 0,0110101x27  No caso dos números serem armazenados em um computador, os expoentes serão também gravados na base dois  Como 310 = 112 e 7=1112  110,101 x (10)11 = 1,10101x(10)101 = 0,0110101x(10)111  Na representação normalizada, há apenas um “1” antes da vírgula  Exemplo: 1,10101x(10)101
  • 41. Representação em pto flutuante  Algumas definições  No número 1,10101x(10)101 , tomado como referência:  1,10101 = significando (antiga “mantissa”)  101 = expoente  OBS:  a base binária não precisa ser explicitada (o computador usa sempre esta)  O “1” antes da vírgula, na representação normalizada – se esta for adotada, também pode ficar implícito, economizando um bit (“bit escondido”).
  • 42. Armazenamento de float  Na organização/arquitetura do computador, definir:  Número de bits do significando (precisão, p)  Número de bits do expoente  Um bit (“0” para + e “1” para -) de sinal (tipicamente o primeiro, da esquerda)
  • 43. Armazenamento de float  Ilustração  Sinal do número: 0 = + e 1 = -  Expoentes: 8 combinações possíveis  Sinal do Número: Bit 6: 0 = + e 1 = - Bit 7 Bit 6 Bit 5 Bit 4 Bit 3 Bit 2 Bit 1 Bit 0 Expoente (+/-) Significando Sinal
  • 44. Armazenamento de float 000 (especial) 001 010 011 100 101 110 111 (especial) Bit 7 Bit 6 Bit 5 Bit 4 Bit 3 Bit 2 Bit 1 Bit 0 Expoente (+/-) Sinal 0 = + 1 = - 1,0000 1,0001 .... .... 1,1111 1 = bit escondido Significando
  • 45. Arquitetura de 32 bits  Alocaremos 4 bytes para representar o número, totalizando 32 bits;  O primeiro bit do primeiro byte (bit 0) representará o sinal do número (0 positivo e 1 negativo);  Os bits de 1 a 7 (7 bits) representarão a característica (expoente), sendo que o bit 1 representará o sinal do expoente e os bits de 2 a 8 representarão o módulo do expoente;  Os bits 8 a 31 (24 bits) representarão a mantissa.
  • 46. Erros e Representação de Nºs Fim da Primeira Parte