Nota oficial da prefeitura de Igarassu, Região Metropolitana do Recife, sobre ocupação de indígenas de várias etnias em terreno do Engenho Monjope e antigo pólo industrial desativado.
1. Nota à imprensa
No dia 01 de janeiro de 2023, a Prefeitura de Igarassu foi surpreendida com a informação
de que pessoas ocuparam o espaço onde funcionou o Pólo Empresarial Ginetta, atualmente
utilizado para a recuperação de bens da Secretaria Municipal de Educação, tendo sido
desapropriado com verbas vinculadas ao Fundeb, inscrita junto ao FNDE [Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação] (ID 4027871), destinada para a construção de uma
Escola em tempo integral, para a educação de adolescentes, cujo projeto compreende 13
salas de aula, quadra poliesportiva, laboratórios de informática e ciências, refeitório que
oferecerá 4 refeições diárias.
Salientamos, ainda, que o Município vem envidando esforços nos últimos 4 anos, para
amparar as 86 famílias de migrantes venezuelanos, totalizando 239 pessoas, cujo projeto
de acolhimento foi reconhecido e premiado pela ONU.
A cidade não dispõe, no momento, de meios para atender o pleito, pois ainda vem cuidando
das pessoas atingidas pelos efeitos das chuvas, sendo a segunda cidade mais atingida do
Estado.
Não se trata de terra improdutiva, mas de área que vem sendo utilizada pela Administração
Municipal, sendo dotada de iluminação elétrica, circuito interno de câmeras e funcionários
que não estavam no local, no momento da ocupação, por se tratar de um domingo e
feriado.
A Guarda Municipal foi acionada tendo constatado atos de vandalismos do patrimônio
público, sendo devidamente documentado para adoção das medidas legais pertinentes. A
gestão municipal tem total compromisso com o acolhimento e a assistência social. O
governo municipal tem tratado do assunto com compromisso e respeito junto aos órgãos
federais, estaduais e municipais para solucionar o problema.
Quanto aos atos de vandalismo, foram constatados danos no contador para interromper o
fornecimento de energia e arrombamento do portão principal com substituição do cadeado
pelos invasores. Foi preciso que a equipe elétrica fosse até o local acompanhado da GCM
para restabelecer o fornecimento de energia e religação do circuito de câmeras dos
galpões.