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GRANDES NAVEGAÇÕES
As Grandes Navegações, também conhecidas
como Expansão Marítima, foram o processo de
exploração e navegação do Oceano Atlântico
que se iniciou no século XV e estendeu-se até
o século XVI. Nesse período, os europeus
descobriram novos caminhos marítimos para
alcançar a Ásia. Além disso, chegaram pela
primeira vez a terras até então desconhecidas
por eles, como o continente americano, local
ao qual chegaram em 1492.
PIONEIRISMO PORTUGUÊS
O pioneirismo português foi resultado de uma série de
condições que permitiram a esse pequeno país da
Península Ibérica lançar-se nessa empreitada.
Na época, Portugal reunia condições políticas,
econômicas, comerciais e geográficas que tornaram
possível seu papel pioneiro. O resultado disso foi a
“descoberta” de diversos locais desconhecidos pelos
europeus, além da abertura de novas rotas e o
surgimento de novas possibilidades de comércio.
PIONEIRISMO PORTUGUÊS
 Monarquia consolidada;
 Território unificado;
 Investimento no desenvolvimento de conhecimento
náutico;
 Interesse da sociedade na expansão do comércio;
 Investimentos estrangeiros no comércio;
 Posição geográfica.
PIONEIRISMO PORTUGUÊS
 No século XV, Portugal era uma nação politicamente estável. Essa
estabilidade foi garantida pela Revolução de Avis, realizada entre 1383 e
1385. Com isso, Portugal teve melhores condições para investir no
desenvolvimento do comércio e da tecnologia náutica.
 Outro fator era a questão territorial, uma vez que o território português já
havia sido consolidado desde o século XIII, quando a região de Algarve foi
reconquistada dos mouros (muçulmanos que invadiram a Península Ibérica
no século VIII).
 Em relação à tecnologia e ao conhecimento náutico, existem muitos
historiadores que atribuem uma grande importância à Escola de Sagres,
centro de estudos construído por infante D. Henrique em Algarve. Nesse
local, promoviam-se pesquisas de desenvolvimento de melhores técnicas
de navegação
PIONEIRISMO PORTUGUÊS
 Outro fator importante foi a relevância comercial assumida
por Portugal por volta do século XV. Essa importância e
vocação comercial dos portugueses resultaram da influência
dos mouros no período em que dominaram a Península
Ibérica. Por fim, há que se destacar que Lisboa havia
recebido grandes investimentos de comerciantes
genoveses, que estavam interessados em transformar a cidade
em um grande centro comercial.
 Havia ainda a questão geográfica: Portugal estava posicionado
mais a oeste que qualquer outra nação européia. Além disso,
era o país europeu mais próximo da costa oeste do continente
africano. Isso fazia de Portugal ponto de partida para
expedições que buscavam uma nova rota para alcançar a Índia
e o tão valorizado comércio das especiarias.
CONSEQUÊNCIAS
As Grandes Navegações conduziram uma série de
mudanças que já estavam em curso na Europa desde o
século XII. Com esse processo, a Europa iniciou sua
passagem para a Idade Moderna e deu prosseguimento
ao fortalecimento do comércio e da moeda, garantindo,
assim, o mercantilismo, práticas econômicas que fizeram
a transição do feudalismo para o capitalismo.
COMÉRCIO DE ESPECIARIAS
COMÉRCIO DE ESPECIARIAS
Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos
Marítimos as especiarias eram muito valorizadas na Europa,
pois não podiam ser cultivadas neste continente em função do
clima. O surgimento e crescimento da burguesia também
aumentou a demanda por produtos considerados de luxo na
época, como, por exemplo, as especiarias.
As especiarias são temperos (condimentos) usados na culinária
para proporcionar sabores diferentes nas comidas. Algumas
especiarias também eram e ainda são utilizadas na fabricação
de cosméticos, óleos e medicamentos. As principais são:
pimenta, gengibre, cravo, canela, noz moscada, açafrão, e
ervas aromáticas.
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  • 4. PIONEIRISMO PORTUGUÊS O pioneirismo português foi resultado de uma série de condições que permitiram a esse pequeno país da Península Ibérica lançar-se nessa empreitada. Na época, Portugal reunia condições políticas, econômicas, comerciais e geográficas que tornaram possível seu papel pioneiro. O resultado disso foi a “descoberta” de diversos locais desconhecidos pelos europeus, além da abertura de novas rotas e o surgimento de novas possibilidades de comércio.
  • 5. PIONEIRISMO PORTUGUÊS  Monarquia consolidada;  Território unificado;  Investimento no desenvolvimento de conhecimento náutico;  Interesse da sociedade na expansão do comércio;  Investimentos estrangeiros no comércio;  Posição geográfica.
  • 6. PIONEIRISMO PORTUGUÊS  No século XV, Portugal era uma nação politicamente estável. Essa estabilidade foi garantida pela Revolução de Avis, realizada entre 1383 e 1385. Com isso, Portugal teve melhores condições para investir no desenvolvimento do comércio e da tecnologia náutica.  Outro fator era a questão territorial, uma vez que o território português já havia sido consolidado desde o século XIII, quando a região de Algarve foi reconquistada dos mouros (muçulmanos que invadiram a Península Ibérica no século VIII).  Em relação à tecnologia e ao conhecimento náutico, existem muitos historiadores que atribuem uma grande importância à Escola de Sagres, centro de estudos construído por infante D. Henrique em Algarve. Nesse local, promoviam-se pesquisas de desenvolvimento de melhores técnicas de navegação
  • 7. PIONEIRISMO PORTUGUÊS  Outro fator importante foi a relevância comercial assumida por Portugal por volta do século XV. Essa importância e vocação comercial dos portugueses resultaram da influência dos mouros no período em que dominaram a Península Ibérica. Por fim, há que se destacar que Lisboa havia recebido grandes investimentos de comerciantes genoveses, que estavam interessados em transformar a cidade em um grande centro comercial.  Havia ainda a questão geográfica: Portugal estava posicionado mais a oeste que qualquer outra nação européia. Além disso, era o país europeu mais próximo da costa oeste do continente africano. Isso fazia de Portugal ponto de partida para expedições que buscavam uma nova rota para alcançar a Índia e o tão valorizado comércio das especiarias.
  • 8. CONSEQUÊNCIAS As Grandes Navegações conduziram uma série de mudanças que já estavam em curso na Europa desde o século XII. Com esse processo, a Europa iniciou sua passagem para a Idade Moderna e deu prosseguimento ao fortalecimento do comércio e da moeda, garantindo, assim, o mercantilismo, práticas econômicas que fizeram a transição do feudalismo para o capitalismo.
  • 10. COMÉRCIO DE ESPECIARIAS Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos as especiarias eram muito valorizadas na Europa, pois não podiam ser cultivadas neste continente em função do clima. O surgimento e crescimento da burguesia também aumentou a demanda por produtos considerados de luxo na época, como, por exemplo, as especiarias. As especiarias são temperos (condimentos) usados na culinária para proporcionar sabores diferentes nas comidas. Algumas especiarias também eram e ainda são utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e medicamentos. As principais são: pimenta, gengibre, cravo, canela, noz moscada, açafrão, e ervas aromáticas.
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