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Profa. Dra. Cláudia Forjaz
cforjaz@usp.br
São Paulo
2017
DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
DCNT - MUNDO
(ALWAN et al, 2010)
BRASIL
72% das causas
de morte
(Who, 2011)
540 óbitos / 100
mil hab. em 2007
(Ministério da saúde, 2011)
BRASIL – DCNTs
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
“O Brasil está intensificando o combate aos fatores de
risco das DCNT - tabagismo, o uso abusivo de álcool, a
inatividade física e a alimentação não saudável” –
Presidenta Dilma, Setembro 2011
Medidas a serem adotadas nos próximos dez anos.
O objetivo é, até 2022, reduzir em 2% a taxa de
mortes prematuras – antes dos 70 anos.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• Doenças valvares
DOENÇAS VALVARES
- Tricúspide
- Bicúspide ou mitral
- Aórtica
- Pulmonar
- Estenose – estreitamento
- Insuficiência – não fecha
- Prolapso – retorno parcial
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• Doenças valvares
•Doenças ritmo cardíaco
Doenças do Ritmo Cardíaco
ARRITMIAS
Distúrbios na condução elétrica cardíaca que causam
modificações no ritmo e na efetividade da contração do
miocárdio. São avaliadas pelo eletrocardiograma (ECG)
feito em repouso, no exercício ou nas 24 horas (Holter).
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• Doenças valvares
•Doenças ritmo cardíaco
• Doenças do miocárdio
MIOCÁRDIO
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Conceito:
- Enfraquecimento do miocárdio
- Incapacidade do ventrículo de bombear quantidades
adequadas de sangue para suprir as necessidades periféricas
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• Doenças valvares
•Doenças ritmo cardíaco
• Doenças do miocárdio
• Doenças ateroscleróticas
DAC – doença da artéria coronária
DAOP – doença arterial obstrutiva periférica
AVC – acidente vascular cerebral
ATEROSCLEROSE
Doença multifatorial, caracterizada pela formação de
placas de ateroma nas artérias, que reduzem o fluxo
de sangue para as regiões distais à lesão, levando a
diferentes manifestações como isquemia e infarto.
“CONTINUUM CARDIOVASCULAR”
PROCESSO INICIAL
Dzau VJ et al., Circulation, 2006.
Tonkin AM e Chen L, Heart Lung Circ, 2009.
FATORES DE RISCO
PROCESSO INTERMEDIÁRIO PLACA DE ATEROMA
LIMITAÇÕES/ALTERAÇÕES
SINTOMAS
PROCESSO FINAL
MORTALIDADE CARDIOVASCULAR
Hiatt WR et al., Circulation, 2008.
PROCESSO INICIAL
FATORES DE RISCO
FATOR DE RISCO - CONCEITO:
A definição de Fator de Risco combina a
idéia de causa direta de determinada
enfermidade com os conceitos de
probabilidade, predição e prognóstico.
Portanto são fatores que, quando
presentes, aumentam a chance de uma
determinada doença se desenvolver.
FATORES DE RISCO - NÃO CONTROLÁVEIS
Sexo e Idade Hereditariedade
SEXO/IDADE
0
5000
10000
15000
20000
25000
15-25 25-35 35-45 45-55 55-65 65-75
Homens
Mulheres
PROBABILIDADE EM 1000 DE MORRER DE DAC
FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS
HEREDITARIEDADE
Estudo de Framingham
observou elevação de 30% no risco
cardiovascular, em função da
“herança genética”.
FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS
FATORES DE RISCO CONTROLÁVEIS
Colesterol
(HDL > LDL)
(>240 mg/dl)
Triglicérides
(>250 mg/dl)
Obesidade
(IMC > 30 kg/m2)
Hipertensão
(>140/90 mmHg)
Diabetes
(>126mg/dl)
Fumo
(no e tempo)
Estresse
(tipo A) Sedentarismo
Risco cardiovascular global.
Risco DAC versus colesterol plasmático
LÍPIDES – Colesterol
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
LDL-100 LDL-160 LDL-220
Taxa
de
Mortalidade
HDL-85
HDL-55
HDL-25
(Freitas e Costa, 1992)
Hypertension, 2000.
RELAÇÃO ENTRE PA E DOENÇA
CORONARIANA FATAL
OBESIDADE
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
Manson et al. NEJM 1995.
Doença
cardiovascular
IMC
IMC < 18,5 abaixo do peso
IMC 18,5 – 24,9 normal
IMC 25 – 29,9 sobre-peso
IMC 30 – 34,9 obeso classe I
IMC 35 – 39,9 obeso classe II
IMC  40 obeso classe III
DIABETES
0
10
20
30
40
50
60
70
0 Fator 1 Fator
Morte
Cardiovascular
s/DM
c/DM
Braunwald et al., 2001
FUMO
- Principal fator causal evitável relacionado com
doenças e mortalidade;
- 1/3 dos indivíduos são fumantes;
- 20% das mortes é devido ao tabaco;
- 420 mil óbitos por ano nos EUA;
- US$ 50 bilhões gasto com tratamentos, US$ 47 bilhões
gasto de forma indireta;
- 35% a 40% mortes por DCV são atribuídos ao fumo;
- Risco 2.5 vezes maior de insuficiência cardíaca que os
não fumantes;
- Potencializa as ações de outros fatores de risco;
0
5
10
15
20
25
45-54 55-64 65-74
Idade (anos)
Incidência
de
DCV
(%) Tipo B
Tipo A
Risco Cardiovascular - ESTRESSE
TABAGISMO
SEDENTARISMO
Pessoas que não participam de
nenhum programa de exercícios
físicos regulares
ou
Não acúmulo de 30 minutos de
atividade física moderada na
maioria dos dias da semana
7
11
Low (<29) Medium (29-34) High (>34)
Nível de Atividade Física e Risco de Doença Coronariana
0
1
2
3
4
5
6 1
3
5
7
9
Proportion
CHD
P<.0250
Biennial Exams
Kannel et al. Am. Heart J. 1986
PROCESSO INTERMEDIÁRIO
PLACA
SINTOMAS
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Formação da placa
TEORIA CELULAR DA
ATEROSCLEROSE
FATORES LESIVOS (LÍPIDES, HEMODINÂMICOS, REAÇÕES IMUNES, ETC)

LESÃO ENDOTELIAL FUNCIONAL

INFILTRAÇÃO E ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS

SECREÇÃO DE FATORES DE CRESCIMENTO

MULTIPLICAÇÃO DE CÉLULAS MUSCULARES LISAS

CRESCIMENTO DA PLACA

LESÃO SECUNDÁRIA

ADESÃO E ATIVAÇÃO DE PLAQUETAS

CRESCIMENTO ULTERIOR DA PLACA
Formação da placa
 Exposição aos
fatores de risco
 lesão endotelial
funcional
formação da placa de ateroma
Formação da placa
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 oxidação das LDL
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formação da placa de ateroma
Formação da placa
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Doença da Artéria Coronária – DAC
Doença Isquêmica do Coração – DIC
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Aterosclerose Coronariana - AC
Cérebro
Acidente Vascular Cerebral – AVC
Acidente Vascular Encefálico - AVE
Membros Doença Arterial Obstrutiva Periférica
- DAOP
ATEROSCLEROSE
Consequência da Placa
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Dor – coração – Angina
cérebro – Dor de cabeça
membros – Claudicação intermitente
Comprometimento da função
coração – cansaço, parar
cérebro – confusão, falha, descoordenação
membros – parar o exercício
ATEROSCLEROSE
ISQUEMIA
FLUXO SANGUE < NECESSIDADE
PROCESSO FINAL
MORTE CARDIOVASCULAR
Dor - muito forte e sensação de morte evidente
coração – Infarto do miocárdio
cérebro – AVC isquêmico
membros – Isquemia crítica
Morte celular - MORTE
coração – Morte por infarto
cérebro – morte ou sequelas
membros – necessidade de amputação do membro
ATEROSCLEROSE
INFARTO
OBSTRUÇÃO TOTAL, SEM FLUXO
RISCO
CARDIOVASCULAR
GLOBAL
CASO
• Mulher;
• 56 anos;
• Assintomática;
• Ex Fumante (parou há 4 anos) quando a irmã teve uma AVC aos 54 anos;
• Sem Historia Familiar de IAM e/ou Morte Súbita;
• PA 138/76 mmHg;
• Glicose 109 mg/dl;
• HDL 42 g/dl; TG 201 mg/dl; COL 198mg/dl;
• IMC 31 Kg/m2; Peso 83,4 kg, Estatura 164 cm
• Não faz Atividade Física; Não faz uso qualquer medicação.
QUAL O FUTURO RISCO DE EVENTOS
CARDIOVASCULARES?
Berger, J.S, et al. JACC, 2010.
RISCO GLOBAL
Idade Homens Mulheres
<34 -1 -9
35-39 0 -4
40-44 1 0
45-49 2 3
50-54 3 6
55-59 4 7
60-64 5 8
65-69 6 8
70-74 7 8
Colesterol Homens Mulheres
<160 -3 -2
169-199 0 0
200-239 1 1
240-279 2 2
> = 280 3 3
HDL Homens Mulheres
<35 2 5
35-44 1 2
45-49 0 1
50-59 0 0
> = 60 -2 -3
PAS Homens Mulheres
<120 0 -3
120-129 0 0
130-139 1 1
140-159 2 2
> = 160 3 3
Diabetes Homens Mulheres
Não 0 0
Sim 2 4
Fumante Homens Mulheres
Não 0 0
Sim 2 2
Soma de pontos = _______
Risco relativo – em comparação com indivíduos de mesma
idade que não tenham fatores de risco, ou seja, PA < 120/80
mmHg, colesterol de 160 a 190 mg/dl, HDL > 45 mg/dl, não
fumante e não diabético.
Risco Absoluto – baseado na população de Framingham de
morrer de desenvolvimento de DAC em 10 anos.
RISCO GLOBAL - Framingham
Tabela de Avaliação do Risco Cardíaco - AHA
Fumo Nunca fumou
0
Ex-fumante ou
fumante charuto ou
cachimbo s/inalar
01
Menos de dez
cigarros por dia
02
10-20 cigarros por
dia
08
21-30 cigarros por
dia
09
31-40 cigarros por
dia
10
Sexo/
Ida
de
Homem/20
-30 anos
Mulher até 50 anos
0
Homem/31
-40 anos
01
Homem/41
-45 anos
Mulher/51anos ou
mais
02
Homem/46
-50 anos
Mulher sem ovários
03
Homem/51
-60 anos
Mulher com irmã(o)
infartada (o)
05
Homem/61 anos ou
mais
Mulher diabética
06
Peso Inferior
em 5Kg ao
peso normal
0
Peso normal
01
Acima do peso
(05
-10Kg)
02
Acima do peso
(11
-19Kg)
03
Acima do peso
(20
-25Kg)
07
25Kg ou mais acima
do peso
08
Atividade física Ativ. Profissional/
Esportiva intensa
0
Ativ. Profissional/
Esportiva modera
da
01
Ativ. Profissional/
Esportiva leve
02
Ativ. Profissional
sedentária/
Esportiva moderada
03
Ativ. Profissional
Sedentária/ Pouca
atividade esportiva
04
Inatividade física
06
Antecedente
familiar
Ausente
0
Pai ou mãe com
mais de 60 anos,
com doe
nça
01
Pai e mãe com mais
de 60 anos, com
doença coronariana
02
Pai ou mãe c/
menos de 60, com
doença coronariana
03
Pai e mãe c/ menos
de 60 anos, com
doença coronariana
07
Pai e mãe e irmão
com doença
coronariana
08
Pressão Arterial
sistólica
110
-119mmH
g
0
120
-130mmHg
01
131
-140mmHg
02
141
-160mmHg
06
161
-180mmHg
09
180mmHg ou mais
10
Glicemia (mg%) Jejum abaixo de 80
0
Diabéticos na
família
01
Jejum = 100
1ª
hora = 160
02
Jejum = 120
1ª
hora = 160
05
Diabetes controlado
06
Diabetes n
ão
controlado
10
Colesterol
(mg%)
Abaixo de 180
0
181
-200
01
201
-220
02
221
-249
07
250
-280
09
281
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10
0 8 17 40 59 67 68
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Doenças Cardiovasculares

  • 1. Profa. Dra. Cláudia Forjaz cforjaz@usp.br São Paulo 2017 DOENÇAS CARDIOVASCULARES
  • 2. DCNT - MUNDO (ALWAN et al, 2010)
  • 3. BRASIL 72% das causas de morte (Who, 2011) 540 óbitos / 100 mil hab. em 2007 (Ministério da saúde, 2011)
  • 4. BRASIL – DCNTs Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) “O Brasil está intensificando o combate aos fatores de risco das DCNT - tabagismo, o uso abusivo de álcool, a inatividade física e a alimentação não saudável” – Presidenta Dilma, Setembro 2011 Medidas a serem adotadas nos próximos dez anos. O objetivo é, até 2022, reduzir em 2% a taxa de mortes prematuras – antes dos 70 anos.
  • 6. DOENÇAS VALVARES - Tricúspide - Bicúspide ou mitral - Aórtica - Pulmonar - Estenose – estreitamento - Insuficiência – não fecha - Prolapso – retorno parcial
  • 7. DOENÇAS CARDIOVASCULARES • Doenças valvares •Doenças ritmo cardíaco
  • 8. Doenças do Ritmo Cardíaco ARRITMIAS Distúrbios na condução elétrica cardíaca que causam modificações no ritmo e na efetividade da contração do miocárdio. São avaliadas pelo eletrocardiograma (ECG) feito em repouso, no exercício ou nas 24 horas (Holter).
  • 9. DOENÇAS CARDIOVASCULARES • Doenças valvares •Doenças ritmo cardíaco • Doenças do miocárdio
  • 10. MIOCÁRDIO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Conceito: - Enfraquecimento do miocárdio - Incapacidade do ventrículo de bombear quantidades adequadas de sangue para suprir as necessidades periféricas
  • 11. DOENÇAS CARDIOVASCULARES • Doenças valvares •Doenças ritmo cardíaco • Doenças do miocárdio • Doenças ateroscleróticas DAC – doença da artéria coronária DAOP – doença arterial obstrutiva periférica AVC – acidente vascular cerebral
  • 12. ATEROSCLEROSE Doença multifatorial, caracterizada pela formação de placas de ateroma nas artérias, que reduzem o fluxo de sangue para as regiões distais à lesão, levando a diferentes manifestações como isquemia e infarto.
  • 13. “CONTINUUM CARDIOVASCULAR” PROCESSO INICIAL Dzau VJ et al., Circulation, 2006. Tonkin AM e Chen L, Heart Lung Circ, 2009. FATORES DE RISCO PROCESSO INTERMEDIÁRIO PLACA DE ATEROMA LIMITAÇÕES/ALTERAÇÕES SINTOMAS PROCESSO FINAL MORTALIDADE CARDIOVASCULAR Hiatt WR et al., Circulation, 2008.
  • 15. FATOR DE RISCO - CONCEITO: A definição de Fator de Risco combina a idéia de causa direta de determinada enfermidade com os conceitos de probabilidade, predição e prognóstico. Portanto são fatores que, quando presentes, aumentam a chance de uma determinada doença se desenvolver.
  • 16. FATORES DE RISCO - NÃO CONTROLÁVEIS Sexo e Idade Hereditariedade
  • 17. SEXO/IDADE 0 5000 10000 15000 20000 25000 15-25 25-35 35-45 45-55 55-65 65-75 Homens Mulheres PROBABILIDADE EM 1000 DE MORRER DE DAC FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS
  • 18. HEREDITARIEDADE Estudo de Framingham observou elevação de 30% no risco cardiovascular, em função da “herança genética”. FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS
  • 19. FATORES DE RISCO CONTROLÁVEIS Colesterol (HDL > LDL) (>240 mg/dl) Triglicérides (>250 mg/dl) Obesidade (IMC > 30 kg/m2) Hipertensão (>140/90 mmHg) Diabetes (>126mg/dl) Fumo (no e tempo) Estresse (tipo A) Sedentarismo
  • 20. Risco cardiovascular global. Risco DAC versus colesterol plasmático
  • 21. LÍPIDES – Colesterol 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 LDL-100 LDL-160 LDL-220 Taxa de Mortalidade HDL-85 HDL-55 HDL-25 (Freitas e Costa, 1992)
  • 22. Hypertension, 2000. RELAÇÃO ENTRE PA E DOENÇA CORONARIANA FATAL
  • 23. OBESIDADE 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 Manson et al. NEJM 1995. Doença cardiovascular IMC IMC < 18,5 abaixo do peso IMC 18,5 – 24,9 normal IMC 25 – 29,9 sobre-peso IMC 30 – 34,9 obeso classe I IMC 35 – 39,9 obeso classe II IMC  40 obeso classe III
  • 24. DIABETES 0 10 20 30 40 50 60 70 0 Fator 1 Fator Morte Cardiovascular s/DM c/DM Braunwald et al., 2001
  • 25. FUMO - Principal fator causal evitável relacionado com doenças e mortalidade; - 1/3 dos indivíduos são fumantes; - 20% das mortes é devido ao tabaco; - 420 mil óbitos por ano nos EUA; - US$ 50 bilhões gasto com tratamentos, US$ 47 bilhões gasto de forma indireta; - 35% a 40% mortes por DCV são atribuídos ao fumo; - Risco 2.5 vezes maior de insuficiência cardíaca que os não fumantes; - Potencializa as ações de outros fatores de risco;
  • 26. 0 5 10 15 20 25 45-54 55-64 65-74 Idade (anos) Incidência de DCV (%) Tipo B Tipo A Risco Cardiovascular - ESTRESSE
  • 27. TABAGISMO SEDENTARISMO Pessoas que não participam de nenhum programa de exercícios físicos regulares ou Não acúmulo de 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana
  • 28. 7 11 Low (<29) Medium (29-34) High (>34) Nível de Atividade Física e Risco de Doença Coronariana 0 1 2 3 4 5 6 1 3 5 7 9 Proportion CHD P<.0250 Biennial Exams Kannel et al. Am. Heart J. 1986
  • 31. TEORIA CELULAR DA ATEROSCLEROSE FATORES LESIVOS (LÍPIDES, HEMODINÂMICOS, REAÇÕES IMUNES, ETC)  LESÃO ENDOTELIAL FUNCIONAL  INFILTRAÇÃO E ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS  SECREÇÃO DE FATORES DE CRESCIMENTO  MULTIPLICAÇÃO DE CÉLULAS MUSCULARES LISAS  CRESCIMENTO DA PLACA  LESÃO SECUNDÁRIA  ADESÃO E ATIVAÇÃO DE PLAQUETAS  CRESCIMENTO ULTERIOR DA PLACA
  • 32. Formação da placa  Exposição aos fatores de risco  lesão endotelial funcional formação da placa de ateroma
  • 33. Formação da placa  migração das LDL para o sub-endotélio  oxidação das LDL  infiltração e ativação de macrófagos formação das células espumosas formação da placa de ateroma
  • 34. Formação da placa  secreção dos fatores de crescimento multiplicação das células musculares lisas síntese de colágeno crescimento da placa formação da placa de ateroma
  • 35. Formação da placa  crescimento da placa  capa fibrosa formação da placa de ateroma
  • 36. Coração Doença da Artéria Coronária – DAC Doença Isquêmica do Coração – DIC Insuficiência Coronariana – IC Aterosclerose Coronariana - AC Cérebro Acidente Vascular Cerebral – AVC Acidente Vascular Encefálico - AVE Membros Doença Arterial Obstrutiva Periférica - DAOP ATEROSCLEROSE
  • 37. Consequência da Placa Redução do Fluxo Sanguíneo
  • 38.
  • 39.
  • 40. Dor – coração – Angina cérebro – Dor de cabeça membros – Claudicação intermitente Comprometimento da função coração – cansaço, parar cérebro – confusão, falha, descoordenação membros – parar o exercício ATEROSCLEROSE ISQUEMIA FLUXO SANGUE < NECESSIDADE
  • 42. Dor - muito forte e sensação de morte evidente coração – Infarto do miocárdio cérebro – AVC isquêmico membros – Isquemia crítica Morte celular - MORTE coração – Morte por infarto cérebro – morte ou sequelas membros – necessidade de amputação do membro ATEROSCLEROSE INFARTO OBSTRUÇÃO TOTAL, SEM FLUXO
  • 44. CASO • Mulher; • 56 anos; • Assintomática; • Ex Fumante (parou há 4 anos) quando a irmã teve uma AVC aos 54 anos; • Sem Historia Familiar de IAM e/ou Morte Súbita; • PA 138/76 mmHg; • Glicose 109 mg/dl; • HDL 42 g/dl; TG 201 mg/dl; COL 198mg/dl; • IMC 31 Kg/m2; Peso 83,4 kg, Estatura 164 cm • Não faz Atividade Física; Não faz uso qualquer medicação. QUAL O FUTURO RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES? Berger, J.S, et al. JACC, 2010.
  • 45. RISCO GLOBAL Idade Homens Mulheres <34 -1 -9 35-39 0 -4 40-44 1 0 45-49 2 3 50-54 3 6 55-59 4 7 60-64 5 8 65-69 6 8 70-74 7 8 Colesterol Homens Mulheres <160 -3 -2 169-199 0 0 200-239 1 1 240-279 2 2 > = 280 3 3 HDL Homens Mulheres <35 2 5 35-44 1 2 45-49 0 1 50-59 0 0 > = 60 -2 -3 PAS Homens Mulheres <120 0 -3 120-129 0 0 130-139 1 1 140-159 2 2 > = 160 3 3 Diabetes Homens Mulheres Não 0 0 Sim 2 4 Fumante Homens Mulheres Não 0 0 Sim 2 2 Soma de pontos = _______
  • 46.
  • 47.
  • 48. Risco relativo – em comparação com indivíduos de mesma idade que não tenham fatores de risco, ou seja, PA < 120/80 mmHg, colesterol de 160 a 190 mg/dl, HDL > 45 mg/dl, não fumante e não diabético. Risco Absoluto – baseado na população de Framingham de morrer de desenvolvimento de DAC em 10 anos. RISCO GLOBAL - Framingham
  • 49. Tabela de Avaliação do Risco Cardíaco - AHA Fumo Nunca fumou 0 Ex-fumante ou fumante charuto ou cachimbo s/inalar 01 Menos de dez cigarros por dia 02 10-20 cigarros por dia 08 21-30 cigarros por dia 09 31-40 cigarros por dia 10 Sexo/ Ida de Homem/20 -30 anos Mulher até 50 anos 0 Homem/31 -40 anos 01 Homem/41 -45 anos Mulher/51anos ou mais 02 Homem/46 -50 anos Mulher sem ovários 03 Homem/51 -60 anos Mulher com irmã(o) infartada (o) 05 Homem/61 anos ou mais Mulher diabética 06 Peso Inferior em 5Kg ao peso normal 0 Peso normal 01 Acima do peso (05 -10Kg) 02 Acima do peso (11 -19Kg) 03 Acima do peso (20 -25Kg) 07 25Kg ou mais acima do peso 08 Atividade física Ativ. Profissional/ Esportiva intensa 0 Ativ. Profissional/ Esportiva modera da 01 Ativ. Profissional/ Esportiva leve 02 Ativ. Profissional sedentária/ Esportiva moderada 03 Ativ. Profissional Sedentária/ Pouca atividade esportiva 04 Inatividade física 06 Antecedente familiar Ausente 0 Pai ou mãe com mais de 60 anos, com doe nça 01 Pai e mãe com mais de 60 anos, com doença coronariana 02 Pai ou mãe c/ menos de 60, com doença coronariana 03 Pai e mãe c/ menos de 60 anos, com doença coronariana 07 Pai e mãe e irmão com doença coronariana 08 Pressão Arterial sistólica 110 -119mmH g 0 120 -130mmHg 01 131 -140mmHg 02 141 -160mmHg 06 161 -180mmHg 09 180mmHg ou mais 10 Glicemia (mg%) Jejum abaixo de 80 0 Diabéticos na família 01 Jejum = 100 1ª hora = 160 02 Jejum = 120 1ª hora = 160 05 Diabetes controlado 06 Diabetes n ão controlado 10 Colesterol (mg%) Abaixo de 180 0 181 -200 01 201 -220 02 221 -249 07 250 -280 09 281 -300 10 0 8 17 40 59 67 68 Sem risco R Potencial R Moderado R Alto F de Perigo R Máximo

Notas do Editor

  1. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), mataram mais de 36 milhões de pessoas em 2008. As doenças Cardiovasculares foram responsáveis por 48% destas mortes, cancer 21%, doenças do aparelho respiratório 12%, e diabetes 3%. - Das 57 milhões de mortes no mundo em 2008, 36 milhões, ou 63%, foram em razão das DCNT, com destaque para as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença respiratória crônica (ALWAN et al, 2010). Cerca de 80% das mortes por DCNT ocorrem em países de baixa ou média renda, onde 29% são de pessoas com menos de 60 anos.
  2. No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis também se constituem como o problema de saúde de maior magnitude. São responsáveis por 72% das causas de mortes, com destaque para doenças do aparelho circulatório (33,3%), câncer (16,3%), diabetes (5,2%) e doença respiratória crônica (5,8%), e atingem indivíduos de todas as camadas socioeconômicas e, de forma mais intensa, aqueles pertencentes a grupos vulneráveis, como os idosos e os de baixa escolaridade e renda – Ministério da Saúde, 2011 (Prog. Combate as DCNT – Ministério da saúde) VIGITEL 2010: 59,5 milhões de pessoas (31,3%) afirmaram apresentar pelo menos uma doença crônica; do total da população, 5,9% declararam ter três ou mais doenças crônicas e esses percentuais aumentam com a idade (IBGE, 2010a). O número de indivíduos com 65 anos e mais que relataram apresentar pelo menos uma doença crônica chegava a 79,1%. Considerando que o Brasil tem uma das populações que envelhecem mais rapidamente no mundo, a carga de doenças crônicas no país tende a Aumentar.
  3. 1) A DAP é uma doença que afeta das artérias das extremidades sup. e inf. do corpo humano em decorrência principalmente de um processo fisiopatológico aterosclerótico. 2.1) Esta doença se insere em um conceito conhecido CONTINUUM CARDIOVASCULAR, 2.2) De modo que para o surgimento desta doença é necessário um PROCESSO INICIAL caracterizado pela presença dos FRC 2.3) Passando por um PROCESSO INTERMEDIÁRIO como a formação da placa de ateroma, com o aparecimento de sintomas e limitações/alterações e 4) Culminando futuramente em um PROCESSO FINAL com a mortalidade dos indivíduos principamente por causas cardiovasculares.
  4.  If people at risk of developing myocardial infarctions and strokes can be identified and measures taken to reduce their cardiovascular risk, a vast majority of fatal and non-fatal cardiovascular events can be prevented ( 4, 21, 22). Strong scientific evidence demonstrates that reducing total cardiovascular risk results in the prevention of heart attacks and strokes (4).
  5. O cálculo do risco relativo é importante porque a ida-de, só por si, constitui um factor de risco cardiovascu-lar. Este facto assume par ticular r elevância nos extre-mos etários, porque o risco absoluto tende a ser baixo nos jovens e elevado nos idosos. A riscos absolutos bai-xos pode corresponder riscos relativos elevados e vice--versa.
  6. Enquanto a escala de Framingham reflec-te a realidade americana, o SCORE reflecte o risco dos países europeus. Existem limitações comuns às duas escalas: 5 • Não são considerados parâmetros importantes na avaliação do risco cardiovascular, como sejam: alte-ração da glicemia em jejum, tolerância diminuída à glicose, obesidade, excesso de peso, medida do pe-rímetr o abdominal, sedentarismo, carga tabágica, hipertrofia ventricular esquerda, etnia, hipertrigli-ceridemia, menopausa prematura, disfunção renal significativa, antecedentes familiares, aterosclerose subclínica, duração da exposição ao factor de risco ou doença.