O documento discute as principais doenças cardiovasculares, incluindo doenças valvares, arritmias, insuficiência cardíaca e aterosclerose. Apresenta os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como colesterol, pressão arterial, obesidade, diabetes, tabagismo e sedentarismo. Explica o processo de formação da placa de ateroma e como isso pode levar a isquemia, infarto e morte cardiovascular.
3. BRASIL
72% das causas
de morte
(Who, 2011)
540 óbitos / 100
mil hab. em 2007
(Ministério da saúde, 2011)
4. BRASIL – DCNTs
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
“O Brasil está intensificando o combate aos fatores de
risco das DCNT - tabagismo, o uso abusivo de álcool, a
inatividade física e a alimentação não saudável” –
Presidenta Dilma, Setembro 2011
Medidas a serem adotadas nos próximos dez anos.
O objetivo é, até 2022, reduzir em 2% a taxa de
mortes prematuras – antes dos 70 anos.
8. Doenças do Ritmo Cardíaco
ARRITMIAS
Distúrbios na condução elétrica cardíaca que causam
modificações no ritmo e na efetividade da contração do
miocárdio. São avaliadas pelo eletrocardiograma (ECG)
feito em repouso, no exercício ou nas 24 horas (Holter).
12. ATEROSCLEROSE
Doença multifatorial, caracterizada pela formação de
placas de ateroma nas artérias, que reduzem o fluxo
de sangue para as regiões distais à lesão, levando a
diferentes manifestações como isquemia e infarto.
13. “CONTINUUM CARDIOVASCULAR”
PROCESSO INICIAL
Dzau VJ et al., Circulation, 2006.
Tonkin AM e Chen L, Heart Lung Circ, 2009.
FATORES DE RISCO
PROCESSO INTERMEDIÁRIO PLACA DE ATEROMA
LIMITAÇÕES/ALTERAÇÕES
SINTOMAS
PROCESSO FINAL
MORTALIDADE CARDIOVASCULAR
Hiatt WR et al., Circulation, 2008.
15. FATOR DE RISCO - CONCEITO:
A definição de Fator de Risco combina a
idéia de causa direta de determinada
enfermidade com os conceitos de
probabilidade, predição e prognóstico.
Portanto são fatores que, quando
presentes, aumentam a chance de uma
determinada doença se desenvolver.
16. FATORES DE RISCO - NÃO CONTROLÁVEIS
Sexo e Idade Hereditariedade
25. FUMO
- Principal fator causal evitável relacionado com
doenças e mortalidade;
- 1/3 dos indivíduos são fumantes;
- 20% das mortes é devido ao tabaco;
- 420 mil óbitos por ano nos EUA;
- US$ 50 bilhões gasto com tratamentos, US$ 47 bilhões
gasto de forma indireta;
- 35% a 40% mortes por DCV são atribuídos ao fumo;
- Risco 2.5 vezes maior de insuficiência cardíaca que os
não fumantes;
- Potencializa as ações de outros fatores de risco;
27. TABAGISMO
SEDENTARISMO
Pessoas que não participam de
nenhum programa de exercícios
físicos regulares
ou
Não acúmulo de 30 minutos de
atividade física moderada na
maioria dos dias da semana
28. 7
11
Low (<29) Medium (29-34) High (>34)
Nível de Atividade Física e Risco de Doença Coronariana
0
1
2
3
4
5
6 1
3
5
7
9
Proportion
CHD
P<.0250
Biennial Exams
Kannel et al. Am. Heart J. 1986
31. TEORIA CELULAR DA
ATEROSCLEROSE
FATORES LESIVOS (LÍPIDES, HEMODINÂMICOS, REAÇÕES IMUNES, ETC)
LESÃO ENDOTELIAL FUNCIONAL
INFILTRAÇÃO E ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS
SECREÇÃO DE FATORES DE CRESCIMENTO
MULTIPLICAÇÃO DE CÉLULAS MUSCULARES LISAS
CRESCIMENTO DA PLACA
LESÃO SECUNDÁRIA
ADESÃO E ATIVAÇÃO DE PLAQUETAS
CRESCIMENTO ULTERIOR DA PLACA
32. Formação da placa
Exposição aos
fatores de risco
lesão endotelial
funcional
formação da placa de ateroma
33. Formação da placa
migração das LDL
para o sub-endotélio
oxidação das LDL
infiltração e ativação
de macrófagos
formação das células
espumosas
formação da placa de ateroma
34. Formação da placa
secreção dos fatores
de crescimento
multiplicação das
células musculares
lisas
síntese de colágeno
crescimento da placa
formação da placa de ateroma
35. Formação da placa
crescimento da placa
capa fibrosa
formação da placa de ateroma
36. Coração
Doença da Artéria Coronária – DAC
Doença Isquêmica do Coração – DIC
Insuficiência Coronariana – IC
Aterosclerose Coronariana - AC
Cérebro
Acidente Vascular Cerebral – AVC
Acidente Vascular Encefálico - AVE
Membros Doença Arterial Obstrutiva Periférica
- DAOP
ATEROSCLEROSE
42. Dor - muito forte e sensação de morte evidente
coração – Infarto do miocárdio
cérebro – AVC isquêmico
membros – Isquemia crítica
Morte celular - MORTE
coração – Morte por infarto
cérebro – morte ou sequelas
membros – necessidade de amputação do membro
ATEROSCLEROSE
INFARTO
OBSTRUÇÃO TOTAL, SEM FLUXO
44. CASO
• Mulher;
• 56 anos;
• Assintomática;
• Ex Fumante (parou há 4 anos) quando a irmã teve uma AVC aos 54 anos;
• Sem Historia Familiar de IAM e/ou Morte Súbita;
• PA 138/76 mmHg;
• Glicose 109 mg/dl;
• HDL 42 g/dl; TG 201 mg/dl; COL 198mg/dl;
• IMC 31 Kg/m2; Peso 83,4 kg, Estatura 164 cm
• Não faz Atividade Física; Não faz uso qualquer medicação.
QUAL O FUTURO RISCO DE EVENTOS
CARDIOVASCULARES?
Berger, J.S, et al. JACC, 2010.
48. Risco relativo – em comparação com indivíduos de mesma
idade que não tenham fatores de risco, ou seja, PA < 120/80
mmHg, colesterol de 160 a 190 mg/dl, HDL > 45 mg/dl, não
fumante e não diabético.
Risco Absoluto – baseado na população de Framingham de
morrer de desenvolvimento de DAC em 10 anos.
RISCO GLOBAL - Framingham
49. Tabela de Avaliação do Risco Cardíaco - AHA
Fumo Nunca fumou
0
Ex-fumante ou
fumante charuto ou
cachimbo s/inalar
01
Menos de dez
cigarros por dia
02
10-20 cigarros por
dia
08
21-30 cigarros por
dia
09
31-40 cigarros por
dia
10
Sexo/
Ida
de
Homem/20
-30 anos
Mulher até 50 anos
0
Homem/31
-40 anos
01
Homem/41
-45 anos
Mulher/51anos ou
mais
02
Homem/46
-50 anos
Mulher sem ovários
03
Homem/51
-60 anos
Mulher com irmã(o)
infartada (o)
05
Homem/61 anos ou
mais
Mulher diabética
06
Peso Inferior
em 5Kg ao
peso normal
0
Peso normal
01
Acima do peso
(05
-10Kg)
02
Acima do peso
(11
-19Kg)
03
Acima do peso
(20
-25Kg)
07
25Kg ou mais acima
do peso
08
Atividade física Ativ. Profissional/
Esportiva intensa
0
Ativ. Profissional/
Esportiva modera
da
01
Ativ. Profissional/
Esportiva leve
02
Ativ. Profissional
sedentária/
Esportiva moderada
03
Ativ. Profissional
Sedentária/ Pouca
atividade esportiva
04
Inatividade física
06
Antecedente
familiar
Ausente
0
Pai ou mãe com
mais de 60 anos,
com doe
nça
01
Pai e mãe com mais
de 60 anos, com
doença coronariana
02
Pai ou mãe c/
menos de 60, com
doença coronariana
03
Pai e mãe c/ menos
de 60 anos, com
doença coronariana
07
Pai e mãe e irmão
com doença
coronariana
08
Pressão Arterial
sistólica
110
-119mmH
g
0
120
-130mmHg
01
131
-140mmHg
02
141
-160mmHg
06
161
-180mmHg
09
180mmHg ou mais
10
Glicemia (mg%) Jejum abaixo de 80
0
Diabéticos na
família
01
Jejum = 100
1ª
hora = 160
02
Jejum = 120
1ª
hora = 160
05
Diabetes controlado
06
Diabetes n
ão
controlado
10
Colesterol
(mg%)
Abaixo de 180
0
181
-200
01
201
-220
02
221
-249
07
250
-280
09
281
-300
10
0 8 17 40 59 67 68
Sem risco R Potencial R Moderado R Alto F de Perigo R Máximo
Notas do Editor
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), mataram mais de 36 milhões de pessoas em 2008. As doenças Cardiovasculares foram responsáveis por 48% destas mortes, cancer 21%, doenças do aparelho respiratório 12%, e diabetes 3%.
- Das 57 milhões de mortes no mundo em 2008, 36 milhões, ou 63%, foram em razão das DCNT, com destaque para as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença respiratória crônica (ALWAN et al, 2010).
Cerca de 80% das mortes por DCNT ocorrem em países de baixa ou média renda, onde 29% são de pessoas com menos de 60 anos.
No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis também se constituem como o problema de
saúde de maior magnitude. São responsáveis por 72% das causas de mortes, com destaque para doenças do aparelho
circulatório (33,3%), câncer (16,3%), diabetes (5,2%) e doença respiratória crônica (5,8%), e atingem indivíduos de
todas as camadas socioeconômicas e, de forma mais intensa, aqueles pertencentes a grupos vulneráveis, como os
idosos e os de baixa escolaridade e renda – Ministério da Saúde, 2011 (Prog. Combate as DCNT – Ministério da saúde)
VIGITEL 2010: 59,5 milhões de pessoas (31,3%) afirmaram apresentar pelo menos uma doença crônica; do total da população, 5,9% declararam ter três ou mais doenças crônicas e esses percentuais aumentam com a idade (IBGE, 2010a). O número de indivíduos com 65 anos e mais que relataram apresentar pelo menos uma doença crônica chegava a 79,1%. Considerando que o Brasil tem uma das populações que envelhecem mais rapidamente no mundo, a carga de doenças crônicas no país tende a
Aumentar.
1) A DAP é uma doença que afeta das artérias das extremidades sup. e inf. do corpo humano em decorrência principalmente de um processo fisiopatológico aterosclerótico.
2.1) Esta doença se insere em um conceito conhecido CONTINUUM CARDIOVASCULAR,
2.2) De modo que para o surgimento desta doença é necessário um PROCESSO INICIAL caracterizado pela presença dos FRC
2.3) Passando por um PROCESSO INTERMEDIÁRIO como a formação da placa de ateroma, com o aparecimento de sintomas e limitações/alterações e
4) Culminando futuramente em um PROCESSO FINAL com a mortalidade dos indivíduos principamente por causas cardiovasculares.
If people at risk of developing myocardial infarctions and strokes can be identified and measures taken to reduce their cardiovascular risk, a vast majority of fatal and non-fatal cardiovascular events can be prevented ( 4, 21, 22).
Strong scientific evidence demonstrates that reducing total cardiovascular risk results in the prevention of heart attacks and strokes (4).
O cálculo do risco relativo é importante porque a ida-de, só por si, constitui um factor de risco cardiovascu-lar. Este facto assume par ticular r elevância nos extre-mos etários, porque o risco absoluto tende a ser baixo
nos jovens e elevado nos idosos. A riscos absolutos bai-xos pode corresponder riscos relativos elevados e vice--versa.
Enquanto a escala de Framingham reflec-te a realidade americana, o SCORE reflecte o risco dos
países europeus.
Existem limitações comuns às duas escalas:
5
• Não são considerados parâmetros importantes na
avaliação do risco cardiovascular, como sejam: alte-ração da glicemia em jejum, tolerância diminuída à
glicose, obesidade, excesso de peso, medida do pe-rímetr o abdominal, sedentarismo, carga tabágica,
hipertrofia ventricular esquerda, etnia, hipertrigli-ceridemia, menopausa prematura, disfunção renal
significativa, antecedentes familiares, aterosclerose
subclínica, duração da exposição ao factor de risco
ou doença.