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1
Turismo
Criativo
na Região
Lindeira
ao Lago de
Itaipu
2
Expediente
Conselho Deliberativo do Sebrae Paraná
Jefferson Nogarolli – Presidente
Sebrae Paraná
Allan Marcelo de Campos Costa – Diretor Superintendente
Júlio Cezar Agostini – Diretor de Operações
Vítor Roberto Tioqueta – Diretor de Gestão e Produção
Orestes Hotz – Gerente Regional Oeste
José Gava Neto – Gerente da Unidade de Programas Estaduais
Aldo Cesar Carvalho – Coordenador do Programa Estadual de
Turismo
Ana Lúcia Sousa – Consultora da Regional Oeste e Gestora do
Projeto Turismo Cataratas e Caminhos
Apoio
Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao
Lago de Itaipu e Adetur Cataratas e Caminhos – Sandra Finkler
3
4
Sumário
A necessidade do Turismo Criativo
Região lindeira ao Lago de Itaipu
O desafio do trabalho
Parar melhor aproveitar o turismo na região
História da região
Fluxo turístico da região
Oportunidades
Segmentos turísticos a serem trabalhados
Conceitos para o turismo na região
Intervenções regionais
Turismo de Pesca
Festival do Lago de Itaipu
Parque de diversão inflável
Maquete do Lago de Itaipu e municípios
Bolsistas escritores para morar na região e escrever livros e pesquisas
sobre a região
Campeonato mundial de ciclismo - Tour do Lago de Itaipu
Film Comission
Linha turística fluvial
Iluminação cênica nas entradas das principais cidades
Festival de Luz do Lago de Itaipu
O monstro
Intervenções em Guaíra
Festival Ciudad Real del Guayrá
Casa das Sete Quedas
Órgão da pedra que canta
A experiência do museu local
Museu da pesca de Água Doce
Festa do Mate e Tererê
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Intervenções em Marechal Cândido Rondon e região
Encontro de micro cervejeiros
Festival de Gastronomia Alemã
Encontro de orquidários e flores
Festa da Santa Soja
A Casa Gaza
Intervenções em Santa Helena
Natação a longa distância
As batalhas em histórias em quadrinhos
Morro dos sete Pecados
Árvore do vento divino
Painel de ladrilhos
Base de saída para parapente
Pipa show - campeonato de pipas
Descida de mountain bike
Projeto de irrigação e recuperação da lagoa
Muro dos Sete Pecados
Intervenções em Itaipulândia e região
Festival do Milho
Festival de Máquinas Agrícolas
Parque Aquático Termal Lago de Itaipu
Estratégias operacionais
Estratégias de comunicação e vendas
Agradecimentos
Equipe Técnica
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6
A necessidade do
Turismo Criativo
7
O turismo no Brasil tem se mostrado uma indústria extremamente conservadora, pouco
inovadora e que perde em recursos e número de turistas muitas vezes para outros destinos
reconhecidamente menos privilegiados em sua natureza ou em sua essência, mas que
apostam muito em inovação e na busca de bons conceitos e experiência.
	
O setor no Brasil por sua pouca capacidade de inovação e ainda baixos números
na economia, apesar de melhoria em alguns indicadores comparados ao passado
recente, corre sério risco de permanecer como a eterna promessa de um país que
poderia “viver de turismo”.
Para quebrar conservadorismos e o estado de “zona de conforto” que
naturalmente se instala em regiões turísticas que têm muito a oferecer em
recursos naturais, mas pouco a diversificar e a encantar, o setor deve
pensar o “negócio turismo” assim como um artista pensa sua próxima
obra e não apenas como um matemático pensa suas soluções práticas
e lógicas. Faz-se necessário inovação e buscar o notável, aliado a um
bom planejamento e estratégias. E para tanto é preciso imaginação,
criatividade e atitude de realização de forma constante – que é a
base do conceito de turismo criativo que desenvolvemos.
Busque algo notável e terá
inovação e a atenção
das pessoas.
Seth Godin
“
”
8
Região lindeira
ao Lago de
Itaipu
9
A formação do lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu significou enorme mudança
e transformação na vida das pessoas que moravam na regiao, hoje chamados
de “lindeiros.” Tiveram que adaptar rotinas, casas, negócios, investimentos e
vidas.
Incertezas, esperança, progresso, dúvidas e otimismo tornaram-se parte dos
pensamentos da gente dessa região, sua cultura e jeito de ser muito tem a
ver com toda essa história de transformação. Assim como em toda grande
transformação há perdas e ganhos, a região também observou-os em muito
pouco tempo. Recebeu investimentos, infraestrutura, desenvolvimento,
oportunidades mas perdeu parte de sua identidade, suas referências e um
grande atrativo natural - Sete Quedas.
O fato é que a partir da formação do lago, uma nova identidade nascia naqueles
300 km entre Foz do Iguaçu e Guaíra. Uma identidade ainda em formação
mas que se desenvolveu por meio de uma mistura de gente - descendentes de
alemães, italianos, brasileiros de várias regiões, índios e paranaenses de todos
os cantos que aos poucos continuam a transformação dessa região.
O desafio é fazer dessa transformação um processo de constante evolução
em todos os aspectos - econômico, cultural, turístico e social - aproveitando
a capacidade das pessoas e comunidades locais de se adaptar e apostar na
própria região.
A proximidade com um destino internacional - Foz do Iguaçu - faz dela uma área
reconhecida por muitos mas, ao mesmo tempo, ainda desconhecida por outros
tantos. Para se desenvolver pela sua própria identidade e ser reconhecido,
os municípios lindeiros devem ser capazes de criar oportunidades próprias
e atrativos que possam ao mesmo tempo aproveitar a proximidade a Foz do
Iguaçu, mas essencialmente criar seu próprio fluxo independente, atrair a
atenção de turistas, eventos e investidores.
10
Mas então, o que falta?
Transformar a região num produto turístico criativo. Faltam ideias de
transformação para o turismo. Deixar os números de lado e partir para a
geração de ideias e conceitos que possam aos poucos criar uma identidade
turística própria. Por meio do reforço ao senso de pertencimento, do orgulho
de pertencer à região e apostar nela, uma identidade pode se formar e um
conceito transformador pode surgir. Da mesma forma que a região se adaptou
econômica e socialmente, há que se transformar por meio de iniciativas
inovadoras para efetivamente atrair a atenção de turistas e novos investidores.
Partir do planejamento para o encantamento, da teoria para a experiência, dos
dados para as histórias. Ser capaz de diversificar sua economia por meio de
ações práticas, lúdicas e criativas para criar oportunidades à comunidade, aos
municípios e às empresas. Enxergar a região com um olhar criativo e propor
soluções viáveis no âmbito regional e com apelo turístico.
No que se refere ao turismo, a região já foi alvo de estudos, pesquisas e
trabalhos ao longo dos últimos anos. Inúmeros relatórios foram gerados,
levantamentos e diagnósticos de atrativos, equipamentos e empreendimentos
turísticos. Tudo está devidamente mapeado.
11
Ao longo de diversos anos de trabalho do Sebrae-PR na região lindeira ao
Lago de Itaipu, muitas entidades foram analisadas e consolidadas com o
intuito de organizar os trabalhos e principalmente representar os municípios.
O Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu
é um importante instrumento integrador de toda região - uma entidade que
pensa e enxerga cada município que compõe a região como um grupo único.
Outra entidade recentemente criada foi a Agência de Desenvolvimento do
Turismo da Região Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu (Adetur).
A expectativa é que assuma toda responsabilidade de planejamento e gestão do
turismo regional. Sua contribuição e participação serão fundamentais para a
continuidade e operacionalização de todas as intervenções turísticas propostas
neste trabalho. A Adetur deve pensar, propor e tomar ações na região.
Com força de transformação, senso de pertencimento, envolvimento
compartilhado, criatividade e capacidade de inovação colaborativa, um projeto
de Turismo Criativo pode se tornar no futuro parte de um programa regular
de inovação para a região trazendo sempre novidades e desenvolvimento para
todos.
12
O histórico de trabalhos e projetos de turismo já realizados na região lindeira
ao Lago de Itaipu possibilitou a implantação de diversas ações - algumas com
sucesso, outras nem tanto. Essa realidade regional apresenta alguns desafios
para a realização e implementação do trabalho. As ideias de intervenções
turísticas sugeridas levam em conta esse contexto. Têm-se alguns desafios a
enfrentar para transformar a região em um destino turístico criativo:
O desafio do
trabalho
13
Alguns empreendedores ainda acreditam que o turismo só existe se for com
turistas estrangeiros. Eles não exergam que estão no meio de uma vasta região,
com alto poder aquisitivo e que os melhores turistas estão na vizinhança.
Fazer da região um produto turístico competitivo em escala regional. Fomentar
e aproveitar o fluxo turístico da região de entorno já contemplará um público
grande e representativo. Dar pequenos passos para conquistar pequenas
vitórias – isso deve ser entendido como o lema para todos os empreendedores
e gestores de turismo dos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu. Primeiro se
consolida no atendimento regional e depois aumenta o raio de atendimento,
gradativamente.
Região deve se assumir como independente de Foz do Iguaçu. Não cabe
encarar o destino Foz como um concorrente, ou esperar que turistas de Foz do
Iguaçu possam considerar a região lindeira como complementar. Entretanto
Foz do Iguaçu também passa por um momento de certa saturação de produtos
e alternativas, não há uma diversificação em atrativos turísticos. Ótima
estratégia seria ofertar os atrativos da região lindeira como um complemento
aos turistas de Foz do Iguaçu e o inverso também seria verdadeiro. Aumentar
o cardápio de atrações e serviços para as duas pontas - Foz - Guaíra e
Guaíra - Foz.
Criar produtos turísticos e distribuí-los por toda região. Um atrativo em
uma cidade não é sinônimo de fluxo de visitantes. Um turista visita uma
localidade motivado pelo conjunto de elementos interessantes – atrativos,
equipamentos e serviços turísticos, além da experiência de encantamento.
As intervenções sugeridas não abrangem necessariamente cada um dos
municípios lindeiros e nem foi essa a intenção desde o início. Foram pontuadas
algumas intervenções com grande apelo turístico em algumas localidades
identificadas como melhores opções por razões como infraestrutura, atrativos
naturais, históricas, acessibilidade, necessidade de melhorias, entre outros. O
objetivo sempre foi a criação de um conceito para a região como um todo, sem
pensar necessariamente em roteiro, municípios isoladamente ou produtos. Até
porque esse é o papel que cabe às empresas do trade turístico da região para
formatar e desenvolver. O intuito foi sempre de pensar em oportunidades para
um destino turístico com produtos competitivos e condições para desenvolver
a região com alternativas em serviços, pontos turísticos, promoção, eventos e
negócios. Quem tenta vender tudo, acaba não vendendo nada.
14
Criar o conceito para a região. Ao se definir o conceito para um destino ou
produto turístico, os desdobramentos ficam mais fáceis e naturais. Tudo
se desenvolve a partir de uma ideia central, a comunicação, estratégias de
marketing e promoção e estratégias de vendas.
Quebrar a sazonalidade. Aproveitar um destino durante todo o período do ano
é um dos objetivos de todas as localidades e regiões turísticas. Ter atrativos
e serviços suficientes para convencer o turista que ele pode visitar a região
lindeira ao Lago de Itaipu em qualquer época do ano é o que pretende o projeto
atual com as diversas sugestões de intervenções turísticas. Muitas dessas
intervenções podem ser usufruidas em qualquer tempo. As sugestões de
eventos e festivais também servem para distribuir melhor o fluxo de visitantes,
evitando a concentração num único período e local.
Para circular pelas proximidades, o carro é o meio mais fácil e
prático. Importante que as estradas estejam bem conservadas
e sinalizadas. Utilizar este espaço para se comunicar com o
potencial turista é uma estratégia importante a se considerar.
Placas indicativas e de comunicação direta com o turista é
um elemento facilitador na circulação por toda região lindeira
ao Lago de Itaipu. Se não informar, ninguém fica sabendo da
existência do turismo na região.
15
Quando se pensa em viagem, muitos imaginam apenas o período de férias com idas à praia
ou a algum destino longe de casa. Tudo por um período acima de 15 dias. Essa não é mais a
realidade de muitas pessoas. Conciliar os períodos de férias entre os familiares e amigos é
algo complexo. Muitos preferem pensar em deslocamentos curtos aproveitando os finais de
semana e feriados. Com um período menor disponível para o lazer, o destino precisa ser mais
próximo da cidade onde moram. Essas viagens próximas são estimuladas pelo surgimento de
inúmeros empreendimentos e serviços no entorno dos grandes centros. Andar e conhecer a
região próxima à sua cidade é a escolha mais viável para essas “escapadas” de fim de semana.
Para melhor aproveitar o turismo
na região
Turismo Regional
Experiência em turismo
A vivência da experiência durante uma viagem é o que marca a vida do turista. O destino que
possibilitar essa experiência é o que será lembrado e promovido no dito “boca a boca”. São nos
detalhes – pequenos ou grandes – que se pode pensar numa maior interação com os turistas.
Contar a história do lugar, lembrar daquilo que já existiu, mexer com todas as sensações.
Isso tudo faz parte e contribui. Conhecer a história de uma das primeiras cidades da América
do Sul – Ciudad Real del Guairá, saber contar as histórias das batalhas que aconteceram na
região lindeira ao Lago de Itaipu, escutar o som das Sete Quedas, reviver o silêncio do fim das
Sete Quedas.
Turistas não compram produtos, compram histórias.
16
Estar na mídia é aparecer para muitos. Aparecer e interagir com o público é estar nas redes
sociais. Não é mais suficiente pensar em estratégias de comunicação restringindo a atuação em
revistas, jornais, rádios e TVs. Hoje a abrangência é muito maior. A presença digital do destino
precisa ser pensada no médio prazo. Entretanto ter uma página no Facebook e em outras
redes sociais e atualizá-las constantemente ou mesmo ter algumas parcerias com blogueiros
de viagem e turismo são novas atitudes de todo destino turístico criativo e que já podem ser
desenvolvidas de imediato já que não exigem equipe técnica especializada. Muitos esperam
contar com um projeto de web muito elaborado e caro para poder iniciar ações de venda e
promoção no ambiente virtual. O caminho é inverso. Pode-se começar a vender e a divulgar o
destino de forma imediata em apenas uma hora: cria-se uma página em rede social, começa-
se a gerar conteúdo constante estalecendo canais com parceiros, entidades e o público que
compartilharão as informações e promoverão o destino pouco a pouco. À medida que o destino
começa a ganhar corpo na rede social, paralelamente se trabalha um blog com informações
gerais, produtos, oportunidades e iniciativas turísticas na região que sirva como ponto de apoio
a quem deseja visitar ou investir na região, mas não em formato de site - estático e fechado - e
sim em formato de blog onde textos podem ser compartilhados, publicados comentários dos
visitantes, feitos questionamentos, avaliações, etc. Uma rede viva por trás do ambiente virtual
que consiga manter relacionamento e conteúdo com clientes e parceiros o tempo todo.
Presença digital
17
18
História da região
A região do Vale do Rio Paraná e seus afluentes foi uma das
primeiras a serem exploradas no Novo Mundo. As promessas
de prata e ouro, fruto de relatos indígenas aos exploradores
espanhóis e portugueses, a facilidade do caminho natural, via os
grandes rios, na maior parte navegáveis levou para o interior das
novas terras a ocupação. Vilas foram organizadas - Ciudad Real Del
Guayrá (1556) é um exemplo.
19
O português Aleixo Garcia foi o primeiro explorador a passar pela região
em 1521. Com uma pequena expedição saiu do litoral de Santa Catarina pelo
caminho do Peabiru. Sua intenção era chegar à grande montanha de prata -
Peru - Minas de Potossi. Em 1541, outro explorador, o espanhol Alvarez Nunez
Cabeza de Vaca faz percurso quase idêntico. A chegada dos Jesuítas espanhóis
organizou a ocupação aliando-se aos Guaranis e formando verdadeiras cidades na
região. O plano geopolítico dos jesuítas se desmanchou com os sucessivos ataques
do bandeirantes paulistas que vieram em busca de mão de obra indígena, escrava, já
adaptada às necessidades dos portugueses.
Mais tarde a exploração em larga escala da madeira e do mate vieram a movimentar
novamente a cidade de Guaíra e os povoamentos na beira do Rio Paraná. Apesar do
isolamento, a cidade viveu uma economia pujante, com boas edificações, clube social,
aeroporto, ruas bem traçadas e navegação de carga de passageiros de boa qualidade.
A revolução de 1924, o tenentismo, concentrou ações de confrontos
na região que acabou por assistir a muitas batalhas, a maior parte
desconhecida pelos brasileiros e até pelo povo local. Na década
de 1950, a corrida para o Oeste Paranaense trouxe agricultores
gaúchos e catarinenses ao local e a economia vai se basear nas
culturas da soja, milho e trigo.
A construção da barragem de Itaipu e o desaparecimento
das Sete Quedas mudaram novamente a região. O fraco
movimento turístico caiu de vez e a região ficou esquecida.
20
21
Fluxo turístico
da região
A região lindeira ao Lago de Itaipu tem um fluxo de visitantes já percebido por alguns
empreendedores e gestores públicos. Ainda está longe do ideal. Todos objetivam que este
número de turistas aumente e que permaneçam por um período maior. Só se alcança
isso quando se dá opções de entretenimento e alternativas a roteiros já existentes.
Hoje a origem desse fluxo de visitantes é prioritariamente do Norte e Norte
Pioneiro do Estado do Paraná. Muitos estão a caminho de Foz do Iguaçu
– entram na região por Marechal Cândido Rondon ou Guaíra – e outros do
Pantanal. Também há aqueles que vão em busca das compras no Paraguai,
em Salto del Guairá. Uma boa oportunidade seria saber aproveitar esse fluxo já
existente para que circulem por toda região lindeira. Esse potencial de atração de
turistas regionais pode ser trabalhado com estratégias de comunicação nas estradas e
rodovias.
22
Oportunidades
23
A transformação da região lindeira ao Lago de Itaipu em um destino turístico criativo tem
algumas vantagens e oportunidades que precisam ser aproveitadas. O fato de já ter sido
palco de diversos trabalhos é um sinal positivo. A região não precisa começar do zero. Os
grupos de empreendedores e gestores já estão formados e sensibilizados. Alguns atrativos e
empreendimentos já estão implantados e consolidados. Agora, precisamos de um refinamento
com um olhar da criatividade. Algumas oportunidades observadas:
Diversificação de atrativos. Já existem alguns atrativos turísticos espalhados
pela região lindeira. No entanto, nem todos possuem grande apelo turístico
capaz de motivar o surgimento de um fluxo de visitantes significativo. As
intervenções sugeridas neste trabalho prevêem este aumento de atrativos,
pontuados em alguns municípios. Quanto mais coisas interessantes existir,
mais opções oferecemos aos turistas.
30 anos do desaparecimento das Sete Quedas. Em 1982 fez-se o silêncio em Guaíra.
Uma ex-moradora de Guaíra, Maria Carolina Engel Beltrame, lembra desse marco em sua
história com lágrimas nos olhos - “uma dor que não acaba mais”. Não se pode ignorar esse fato
histórico. O momento é para relembrar os bons tempos das Sete Quedas e mostrar aos que não
tiveram a oportunidade de conhecer o monumental fenômeno da natureza.
Foz do Iguaçu precisa ser oxigenada com novas opções de atrativos e
empreendimentos. Difícil não pensar em se aproveitar do existente fluxo desse
destino. Os novos atrativos da região lindeira ao Lago de Itaipu podem servir
como novas opções de lazer aos turistas de Foz do Iguaçu.
24
Aproveitamento da história da região. Muitas coisas aconteceram na região – desde o tempo
da Companhia Mate Laranjeira, batalhas e brigas por terras, passagem de personalidades,
formação do Lago de Itaipu, “morte” das Sete Quedas. Todos esses acontecimentos fazem
parte da história e memória da região. Coisas boas e ruins precisam ser lembradas para que as
novas gerações conheçam sua história e compreendam os dias de hoje. Recontar a história de
forma lúdica e ilustrada dá o estímulo necessário para criar o senso de pertencimento à região.
Origem de nomes. Pesquisar o significado dos nomes das cidades pode
inspirar diversas ideias. Nos nomes de algumas cidades percebemos a nossa
herança indígena. Guairá significa vento divino, relação direta com as Sete
Quedas e o estrondo causado por suas águas.
Fortalecer a pesca na região lindeira ao Lago de Itaipu. Diversos destinos
turísticos no mundo se especializaram em turismo de pesca, atraindo um
público seleto. Trabalhar com nichos de mercado permitem um trabalho mais
especializado. Serviços e equipamentos são criados para atender um público
específico. O Lago de Itaipu tem um grande potencial em razão da variedade
de peixes existentes. Em cada trecho do lago pode-se trabalhar com uma
espécie diferenciada.
25
26
Segmentos
turísticos
a serem
trabalhados
27
Grande
ênfase
Turismo de pesca. Exploração do grande potencial de pesca existente no Lago de Itaipu.
Esta atividade já acontece na região lindeira. Existem empresas e serviços especializados
em alguns municípios lindeiros. O fluxo de turistas ainda é incipiente, pode-se aumentar
com uma divulgação direcionada. Ao se comparar com outros destinos de pesca, o Lago
de Itaipu não aparece como uma opção aos pescadores, nem mesmo como referência
à variedade de peixes. Para colocar o Lago de Itaipu nos mapas dos pescadores,
sugere-se a realização de alguns eventos técnicos e profissionais com a participação
de grandes pescadores profissionais. A atração de mídia especializada também
contribui para que a região fique conhecida.
Turismo de lazer. Visita aos diferentes atrativos sugeridos permitirá que
os turistas tenham mais opções de atividades e entretenimento, além das
praias já existentes. As intervenções a serem criadas seguem as tendências
de turismo em que se permite uma experiência criativa e emocional aos
turistas. Ao visitar a região, o turista vivenciará a história local - ouvirá o som
estrondoso das Sete Quedas, reviverá as lendas da Ciudad Real del Guairá,
conhecerá a história de uma das maiores empresas já existentes na região,
a Mate Laranjeira, percorrerá o Morro dos Sete Pecados, ouvirá o “vento
divino”, participará de uma diversidade de festivais e eventos.
Turismo náutico. Aproveitamento do Lago de Itaipu para práticas esportivas. Não só de
pesca o lago pode ser usado. Já houve tempos em que as atividades náuticas eram mais
exploradas. Montar um calendário de eventos e festivais junto com as confederações de
cada modalidade pode mostrar ao mundo o real potencial existente nesse que é um dos
dez maiores lagos artificiais do mundo. Natação, canoagem, vela, jetski, travessias,
esportes alternativos, entre outros, são algumas opções de atividades. Além disso,
o aproveitamento do transporte fluvial pode facilitar a circulação de visitantes,
além de oferecer um atrativo e passeio diferente, o que se prentende com a Linha
Fluvial Presidente Epitácio a Foz do Iguaçu com paradas em Guaíra.
28
Ecoturismo. A região lindeira ao Lago de Itaipu é privilegiada com a existência do Parque
Nacional da Ilha Grande e a proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu. Estas duas
referências localizadas em pontos extremos da região contribuem para a prática do
ecoturismo. Cada Unidade de Conservação guarda suas peculiaridades, principalmente
em seu uso turístico. O primeiro não apresenta estrutura adequada para o aproveitamento
turístico, entretanto seu uso pode ser diferenciado e adaptado. Os passeios de barco
para contemplação do parque são uma opção para estimular o ecoturismo na região
já que trata-se de um ambiente natural preservado com bonitas paisagens. Um
grande número de ecoturistas viajam para diferentes localidades em busca dessa
aproximação com a natureza e, principalmente, observação de fauna e flora locais.
Trabalhar para atingir esse público pode ser uma oportunidade de investimentos
em estruturas e serviços próprios e adequados.
Turismo técnico-científico. Os municípios lindeiros ao Lago de Itaipu
têm grande parte de sua economia voltada ao agronegócio. Diversas são as
propriedades rurais que trabalham com agricultura e pecuária em pequena
e média escala. Estimulados a conhecer o processo produtivo dessas
propriedades, visitas técnicas são realizadas com o objetivo educacional e
técnico. A realização de eventos técnicos relacionados às produções locais –
em sua maioria soja e milho – também podem estimular a busca pela referência
no assunto. Pequenos eventos que atraiam produtores e investidores, além de
turistas, podem significar impacto importante para a economia e turismo local.
Turismo de compras. Compras de produtos importados em cidade de Salto
del Guairá no Paraguai é um grande apelo para o fluxo de visitantes que
passam por Guaíra. Região de fronteira normalmente apresenta essa
vantagem. A oportunidade é aproveitar esse fluxo existente e oferecer
serviços e equipamentos para que permaneçam e usufruam não apenas
de Guaíra mas de toda a região lindeira brasileira. Também há
oportunidade para se trabalhar as indústrias e lojas locais para que
ofereçam produtos diferenciados, principalmente tematizados ao
novo conceito a ser trabalhado na região.
Complementares
29
30
Conceitos para o
turismo na região
31
Senso
de
pertencimento
O Lago de Itaipu, apesar do seu tamanho - grande
extensão e largura - é pouco visto pelas pessoas
que circulam ao longo do seu percurso. As estradas
e cidades, normalmente, estão longe das suas
margens e estas protegidas por densa mata ciliar.
Somente em alguns pontos e braços é que se pode
ter a noção do seu tamanho. Sua posição - região de
fronteira - segurança nacional - e por sua importância
estratégica no fornecimento de energia criam alguns
impedimentos e exigências para plena utilização
turística.
O surgimento do lago sacrificou um dos grandes
atrativos existentes na região – Sete Quedas e o
alagamento de parte de cidades. Para muitos ainda
representa um marco negativo. Perdeu-se o grande
atrativo e grande parte da memória de um povo. Esperar
que muitos se apropriem do Lago de Itaipu é difícil. No
entanto, pode-se trabalhar e valorizar a história e o passado da
região, assim como valorizar a importância do lago economica e
estrategicamente para a região e para o país no setor energético
respectivamente. Contar a história do povo desperta a nostalgia
- que em latim signifca dor da saudade do ninho - sentimento que
pode ser trabalho e transformado em causa, compartilhamento e
pertencimento. O senso de pertencer a uma região, a um povo e a um
local é o mais forte ingrediente para se trabalhar conceito e venda.
32
Encantamento e
experiência turística
Turistas devem experimentar o turismo da
região lindeira ao Lago de Itaipu. Atrativos e
empreendimentos precisam possibilitar vivência
diferenciada, pois os turistas guardam em sua
memória todas as lembranças daquilo que vivenciaram
e o impactaram de alguma forma especial. Não se deve
restringir a apenas informar e contar a história. Deixar
que vivam e experimentem as histórias da região, a
cultura e os costumes locais, relembrar e ver novamente
as Sete Quedas até escutar o silêncio mortal do seu fim,
sentir o “vento divino”, participar de festivais, olhar e
sentir o lago de perto e reconhecer sua história e belezas
são caminhos que levam à experiência e ao encantamento
turistico.
Encantar significa estar
junto sem estar presente
Eloi Zanetti“ ”
33
Pessoas não compram produtos,
compram histórias
É preciso “mitificar” o Lago de Itaipu - dar a ele o seu devido valor.
Apesar de ser um acidente geográfico artificial - uma das maiores
extensões de água feita pelo homem no Planeta -, na cabeça de muitas
pessoas ele é “apenas mais um lago”. Não carrega histórias como
- Ness, Titicaca, Grandes Lagos, Tanganica ou Vitória. Ao observá-
lo não temos a mesma sensação de chegar frente a um acidente
geográfico mitificado pelo tempo e pelas histórias. o Lago de Itaipu,
por enquanto, é apenas uma vasta extensão de água - artificial, não diz
nada à nossa imaginação.
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo.
Fernando Pessoa
“
”
34
Inovação e criatividade
Sete Quedas
Os empreendedores de turismo devem respirar
criatividade. Ela deve estar em todos os lugares, desde
os atrativos que os turistas visitarão, no antendimento,
processos de venda, relacionamento, até os próprios
empreendimentos turísticos como hoteis e restaurantes.
A criatividade precisa estar no ar. Todos os detalhes são
importantes para que os turistas percebam que absolutamente
tudo foi e é pensado para tornar o seu sonho em encantamento,
experiências e histórias para contar.
Há exatos 30 anos, no mês de outubro de 1982, o
maior conjunto de cachoeiras em volume de água do
mundo desaparecia. Naquele ano muitas pessoas foram
testemunhar aquele que para os olhos de meros mortais seria
o maior e mais impressionante espetáculo da natureza – as Sete
Quedas de Guaíra. Em seus ouvidos o som das águas permanece
e na memória ficou para sempre registrada as curvas daquelas
poderosas correntes do Rio Paraná.
35
36
Intervenções
regionais
37
38
Turismo de Pesca
A região pode se tornar Polo de Pesca
Considerado um dos melhores lagos em
quantidade de peixe
Depoimento de um pescador profissional
“
”
O lugar é bom de pescar, mas é
preciso arrumar o setor na região.
Depoimento de um piloteiro“ ”
39
A pesca esportiva, se bem conduzida na região lindeira ao Lago de Itaipu, atrairia aficcionados
com bom poder aquisitivo para o Lago de Itaipu e o Rio Paraná. E no caso de Guaíra e entorno,
pescadores e acompanhantes (esposas, maridos, filhos e família em geral) teriam inúmeras
opções de passeios e compras. Atualmente, o pescador profissional traz a família que após um
dia de compras no Paraguai não tem mais o que fazer. É preciso portanto não apenas incentivar
e incrementar o turismo de pesca na região mas também criar atrativos complementares na
cidade de Guaíra e em toda região. Um incentivo à prática do esporte e à permanênca na
região por mais um dia ao menos.
A região já é tradicionalmente ponto de atração de pescadores profissionais e amadores que
pescam em vários trechos do rio conforme pudemos observar em visita técnica com os passeios
de barco rio acima. Pontos de parada, casas e bases de pescadores são inúmeros em trechos
do rio, próximo ao Parque Nacional de Ilha Grande, comprovando o potencial da região em se
tornar um ponto de pesca esportiva reconhecido em todo o país.
Os equipamentos turísticos para atendimento são modestos e precisam se adequar à medida
que a região se promova como polo de pesca. Por isso mais investimentos serão necessários,
como melhores e mais diversificados meios de hospedagem, estrutura de equipamentos para
atender pescadores, alimentação para servir equipes e apoio. Entretanto tais investimentos
devem partir do empresariado local à medida que o setor se desenvolva.
Pescadores que frequentam a região dizem ter no Lago de Itaipu e no Rio Paraná um potencial
enorme de peixes - quantidade e diversidade. Quanto à pesca do tucunaré em todo o lago,
segundo informações de pescadores, não há restrição quanto a tamanho e quantidade. E hoje
pescadores do mundo todo estão atentos a este peixe pela sua performance para a prática da
pesca esportiva. Já com relação à pesca no Rio Paraná - trecho próximo e acima de Guaíra - as
oportunidades existem para realização de campeonatos, festas destinadas ao pescado e aos
setores complementares à pesca.
A região poderá se tornar importante polo de pesca esportiva, principalmente adotando a prática
do pesque-e-solte, com produtos/serviços associados ao setor pesqueiro como gastronomia,
vestuário, equipamentos, cursos, ações de sensibilização para prática consciente da pesca,
campeonatos, entre outros. Já possui infraestrutura básica e acessibilidade razoavelmente
boas ao longo de todo trecho de Foz do Iguaçu a Guaíra que permite fácil deslocamento de
turistas, pescadores e grupos de pessoas de várias regiões do país.
40
Ao mesmo tempo, o setor público precisa investir em infraestrutura de apoio e mobilidade
entre as cidades lindeiras ao Lago de Itaipu que servirão de bases para todas as atividades de
pesca. Só de forma conjunta entre iniciativa privada e público, aliadas a entidades e parceiros
locais é que um polo pode se desenvolver e se consolidar.
A importância e oportunidade da prática do
pesque-e-solte
A região deverá pensar o seu polo de pesca a partir da prática do pesque-e-solte para
sensibilização dos pescadores, preservação e aumento da população de peixes no Lago de
Itaipu e Rio Paraná e atrair praticante de todo mundo. Em matéria e estudos recentemente
publicados, a pesca esportiva no Mato Grosso deve atrair mais de 50 mil turistas nos próximos
três anos, segundo a Associação Mato-grossense de Ecologia e Pesca Esportiva (Amepesca).
Os Estados Unidos também lucram com o turismo pesqueiro, sobretudo nos estados onde vigora
o pesque-e-solte e é possível encontrar grandes espécies de peixes. “Nos Estados Unidos, os
estados onde não vigora o pesque-e-solte há medidas mínimas e máximas para cada espécie,
e têm atraído turistas brasileiros para lá”, comentou o vice-presidente.
A partir desse pensamento, a região do Lago de Itaipu e do Rio Paraná - próximo a Guaíra,
deve colocar em debate de que forma querem fazer da região um polo de pesca, pensando
estrategicamente no médio e longo prazo e na sustentabilidade ambiental.
“Isso deve acontecer devido às alterações na Lei 9.096, de 16 de janeiro de 2009, que dispõe
sobre a Política de Pesca no Estado - determinando restrições por meio da modalidade do
pesque-e-solte. Segundo o vice-presidente da Amepesca, Antenor Alves Junior, em 2011 cerca
de 80 mil brasileiros foram pescar na Argentina. “Lá (na Argentina) já é possível encontrar
peixes grandes, que aqui já são raridades”. Segundo ele, desses 80 mil turistas, cerca de 70%
poderiam ir para o Mato Grosso caso os rios tivessem a quantidade e o tamanho dos peixes
que existem no país vizinho.
41
Infraestrutura atual nos municípios lindeiros ao
Lago de Itaipu
Sugestões de como desenvolver
Marinas e bases - único município com atracadouro móvel é Itaipulândia, todos possuem
estacionamento, equipamentos de hospedagem, assistência técnica, manutenção, limpeza.
Embarcações para o turismo de pesca - locação, serviço de piloteiro, guia de pesca disponíveis
em pequena escala.
Barcos para pesca coletiva também é opção.
Sensibilizar a população, o trade turístico e empresas de outros setores para o
desenvolvimento do turismo de pesca fazendo-os perceber o real potencial de geração
de riqueza, emprego, renda e oportunidades de negócios para toda a região.
Sensibilização ambiental - envolvimento com a causa - aos pescadores e profissionais
com serviços relacionados à pesca e complementares de que a pesca predatória e
o uso inadequado dos recursos naturais pode acabar em pouco tempo com a sua
fonte de renda e com uma oportunidade que a região já tem e pouco aproveita -
ser um polo de pesca. Incentivo e discussão de projeto para prática de pesque
e solte em toda a região.
Desenvolvimento de conceitos, ideias práticas e intervenções para receber
e atrair o público para o turismo de pesca.
1.
2.
3.
42
1. Pesca esportiva - sensibilização da população e
profissionais de turismo
Antes de um trabalho de divulgação da pesca, faz-se necessário um
bom trabalho de comunicação interna para sensibilizar e comunicar a
população e profissionais da região quanto ao turismo de pesca. Em todos
os setores - profissionais, piloteiros, restaurantes, taxistas, frentistas, hotéis,
comércio local, entidades e demais setores - é preciso primeiro comunicar
e sensibilizar para depois capacitar de acordo com as necessidades mais
imediatas.
43
a. Alguém que faça - contar com um profissional que possa gerenciar o trabalho
de comunicação para a região e absorver as demandas da comunicação interna
e externa para a formação do Polo de Pesca do Lago de Itaipu. Caso não haja
um profissional de comunicação, alguém deverá necessariamente conduzir
esse processo internamente de forma constante e com cronograma definido.
b. Organizar calendário de eventos, palestras, workshops, oficinas sobre o
turismo de pesca - a Adetur pode ficar responsável por essa organização e
atualização cobrando do profissional definição urgente.
c. O exemplo que vem de fora - trazer profissionais de outras regiões do Brasil
e do mundo - centros de pesca em rios e lagos que são referências para contar
suas experiências de negócio. Dar um impulso na ideia.
d. 15x15 histórias de pescador - evento com pescadores profissionais e pessoas
que trabalham direta ou indiretamente com pesca para contar suas histórias
e segredos de sucesso no setor em 15 minutos cada. A ideia é motivar o setor
local e reforçar o trabalho de sensibilização na prática.
e. Brainstorms colaborativos - levantar as necessidades de cada setor por
meio de brainstorms para identificar as demandas mais imediatas e definir
como cada um, de forma compartilhada, poderá efetivamente ajudar na
prática a solucionar, buscar recursos, parcerias, promoção e aplicação. Serão
necessários aproximadamente três workshops de 4 horas cada, dividindo em
grupos temáticos para geração de soluções criativas com foco comercial para
o desenvolvimento do polo. Todos os envolvidos direta e indiretamente com
a pesca deverão participar. O brainstorm deverá ter condução profissional e
contar com facilitadores que conhecem a prática para mobilizar, organizar e
conduzir todo o processo para geração de soluções e ideias práticas.
f. Utilizar rede de relacionamento, email, rede social, blog etc. para
informar e comunicar o público interno e o trade sobre as
oportunidades, o trabalho que está sendo feito e
tudo que está acontecendo na região.
Rádios comunitárias podem
contribuir.
Como fazer:
44
2. Sensibilização ambiental
Envolvimento com a causa - aos pescadores e profissionais com serviços
relacionados à pesca de que a pesca predatória e o uso inadequado dos
recursos naturais pode acabar em pouco tempo com a sua fonte de renda.
Como fazer:
a. Debate sobre modalidade pesque-e-solte - A região deveria definir
regulamentações que preservassem tanto a população de peixes no lago e rio
quanto a capacidade de aumentar a quantidade dos mesmos a cada ano do
desenvolvimento do polo. Sugerimos que seja colocada em discussão a pauta
da prática do pesque-e-solte como medida a ser adotada para os próximos
anos - de dois a três anos. De acordo com leis já em vigor em outros países e
alguns estados brasileiros o ideal é que nos próximos 3 anos seja determinado
que só se pratica a pesca de pesque-e-solte na região, sem permissão de levar
peixes, para garantir o aumento da população de peixes e que à partir do
quarto ano possam ser determinadas medidas mínimas, de algumas espécies,
que poderão ser carregadas pelos pescadores.
b. Estudos sobre a questão do repovoamento do Lago de Itaipu - centro de
alevinagem.
c. Criação em cativeiro - Fornecimento para gastronomia . “Escolas da região
consomem peixe - e só não consomem mais porque não há mais oferta de
peixe, pegam peixe de fora para suprir”, comentário de representante da
região mencionando o incentivo que a legislação propicia para a compra
direta de itens da merenda escolar com produtor local.
d. Sensibilização dos pescadores de barranca de rio - estímulo a prática de
pesque e solte. Técnicas, cuidados e benefícios.
e.Faculdades (MarechalCândidoRondonpossuiocursodeEngenharia
de Pesca) - envolver professores e pesquisadores para a
formação de mão de obra especializada, orientação
científica, pesquisa, manejo e orientação
ambiental, recursos hídricos, ictiofauna,
para o desenvolvimento do polo.
45
f. Envolvimento das escolas públicas e privadas (do ensino fundamentall à
graduação) - trabalhos com professores, equipe pedagógica e alunos sobre
o potencial da pesca na região, uso do tema em sala de aula, incentivo à
pesquisa.
g. Avaliação e aproveitamento da legislação ambiental específica - estudos
com especialistas para elaboração de políticas públicas para o setor -
trabalho de articulação política com parlamentares para lutar a favor
do tema.
h. Esclarecimento sobre os critérios para o uso do Lago de Itaipu
- o que diz a legislação, quais as restrições impostas pela Itaipu
Binacional, aspectos relacionados à segurança nacional nas áreas
de fronteira.
i. Articulação com autoridades para aumentar a fiscalização
e controle de pesca para evitar a pesca predatória e crime
ambiental. Necessidade de preservação da imagem do destino.
46
3. Desenvolvimento de conceitos, ideias práticas
e intervenções para receber, estimular e atrair o
público para o turismo de pesca - ideias práticas
como suporte
Se a região tem desejo e potencial para se tornar polo de pesca esportiva
no país, não basta querer e se dizer polo, precisa sim se estruturar, se unir e
autopromover.
Se ninguém souber que o local é polo de pesca, a região nunca será.
a. Gastronomia - incentivo à criação de cardápio a base de peixes para estimular
o consumo local, regional e de turistas. Criar um prato típico da região - além
do pintado na telha, que deve ser reforçado como destaque. Diversificar
opções de pratos a base de peixe da região. Concurso de gastronomia - melhor
receita familiar a base de peixe, melhor peixe ensopado, peixe assado, peixe
frito, bolinho mais gostoso, iscas de peixe mais saborosas, bolo em formato de
peixe. Ex. Torta de Pacu - Itaipulândia.
b. Lojas de equipamentos para pesca - estimular comércio local por meio dos
trabalhos de sensibilização a também vender equipamentos de pesca
em seus estabelecimentos para dar suporte ao futuro polo
de pesca.
47
c. Hospedagem - adequação com serviços para o turismo de
pesca: café da manhã bem cedo, kit lanche pesca, informações
do tempo e lua, condições da água, divulgação das atividades
de pesca da região, suporte para atendimento em horários
específicos, parceria com outros centros de pesca do país.
Um exemplo a ser seguido é a Pousada Don Blu que já
realiza esse tipo de serviço ao público pescador.
d. Estimular e capacitar para serviços específicos -
lanches, oferta de iscas, guias, piloteiros, produção de
varas, carretilhas, etc.
e. Artesanato e souvenirs - trabalhar produtos e
iconografia regionais relacionadas com a pesca,
histórias, lendas, o maior peixe da história da região,
aliando com o artesanato local. Trabalhar a matéria
prima oriunda do peixe - para artesanato. Ex. Amor-
peixe – artesanato de couro de peixe (referência
Corumbá – projeto WWF) - http://bit.ly/TYyiy6
f. Desenvolver ou fazer parceria com o setor de
vestuário mais próximo para confecção de roupas
e equipamentos específicos para pescadores
- vestuário, camisetas criativas de pesca,
camisetas infantis, femininas, bonés para pesca,
roupas com repelente e protetor solar, etc.
48
Ilustração - Liga da Pesca
49
Criação da Liga da Pesca do Lago de Itaipu - Reorganizar os campeonatos
de pesca no lago com várias modalidades e categorias - profissional, pesque
e solte, amador, infanto-juvenil. Serão dois grandes torneios na região do
lago, percorrendo alguns municípios lindeiros. O objetivo é dar destaque
ao lago com a ideia de unificar os campeonatos de pesca que já existem e
unir em uma proposta mais profissional e comercial para atrair pescadores
de toda a região, do Brasil e outros países. Sugere-se um campeonato de
fevereiro a abril e outro de setembro a novembro (tucunaré e corvina,
respectivamente) Os meses prévios e os intervalos entre os campeonatos
serão utilizados para a organização, cooptação de parceiros, captação
patrocinadores, promoção e comunicação. Será criado um ranking para
ambos os campeonatos definindo um campeão, segundo e terceiro lugares
para o primeiro semestre e um campeão, segundo e terceiro lugares
para o segundo semestre. Prêmios de participação a todos convidando-
os ao campeonato do ano seguinte já com desconto de pré-inscrição.
Compartilhamento de fotos, videos, melhores momentos e histórias
(entrevistas com participantes) com a imprensa e pelas redes sociais
e blog. Ao final de cada temporada/ano um grande prêmio será dado
ao campeão que participar de todas as etapas de ambos campeonatos
e tiver a melhor pontuação. Serão criadas categorias criativas como
- prêmio de menor peixe, o peixe mais feio, o mais original objeto
não identificado capturado, a mentira de pescador mais engraçada,
o barco mais bonito e o mais feio, a mais bonita pescadora, o mais
bonito pescador, o pescador mais velho e o mais jovem, etc. A Adetur
e o Conselho dos Municípios Lindeiros devem articular parcerias
políticas e privadas para fazer da Liga da Pesca do Lago de Itaipu
um grande evento anual que fortalecerá a atividade na região
de forma constante, se possível já com medidas de estímulo e
regulamentação para a prática do pesque-e-solte.
Intervenções principais
50
Liga da Pesca - Rio Paraná - idem ao descrito anteriormente, a região deve
criar condições e estratégias (incluindo digital) para desenvolver e atrair
pescadores para pesca no Rio Paraná, que segundo pescadores tem
potencial para pesca de grande variedade e tamanhos. Campeonatos
locais com formação de ranking e parcerias com centros de pesca
regionais e em todo o país para colocar o rio no calendário
dos pescadores profissionais e aos poucos criar referência
e atrair investidores. Uma das sugestões é criar roteiros
de pesca que passem por belos pontos próximos a Ilha
Grande e localidades com algum destaque cênico ao
longo do rio.
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Estratégias para comunicação, venda e divulgação
Como fazer
a.Contarcomumprofissionaldecomunicaçãoemarketing
para definir e implantar as estratégias de comunicação e
vendas
b. Contratar uma assessoria de imprensa em um segundo
momento,apósasprimeirasestratégiasedirecionamentos
estarem definidos para dar força de comunicação à ideia
do polo.
Considerações:
- Reaproveitamento do guia de pesca (2007) - reeditar em formato e
comunicação inovadores
- Utilização do conteúdo para aproveitamento digital - blog, redes etc.
mapas dos locais de pesca
- PescaTour (Famtour) - Trazer um especialista em pesca esportiva (rios
e lagos) para apresentar o potencial do Lago de Itaipu e do Rio Paraná
(de Guaíra a Ilha Grande) às agências, operadoras, jornalistas de mídias
especializadas em pesca, blogueiros de turismo e pesca, pescadores
profissionais e o trade turístico local e regional.
- Convidar um programa de TV sobre pesca para reportagem na região
(com alguma personalidade famosa local) para mostrar a potencialidade
da região que pode ser o novo polo de pesca.
52
- A Adetur e região deve se articular politicamente, ter envolvimento com as
autoridades, formadores de opinião e entidades representativas do setor turístico e
pesqueiro para atrair oportunidades constantes para a região.
- Criação de uma marca, selo ou personagem que identifique e dê apoio à
proposta de polo de pesca na região e dê suporte à comercialização de produtos
associados.
- Sinalização turística e promocional nas estradas de acesso à região, a
partir dos fluxos definidos e estratégias.
- Exposição da marca de futuro Polo de Pesca com chamadas do tipo:
Você está próximo de um dos maiores lagos para prática da pesca
esportiva no Brasil, venha conhecer e pescar : www.polodepesca.
com.br.
Das 20 principais espécies de peixes de rio, o Rio Paraná
tem 21 esperando por você, venha conhecer e pescar: www.
polodepesca.com.br
“ÓÓÓ Senhor conceda-me a ventura de fisgar aqueeeele
peixe, livrando-me assim da mentira” www.polodepesca.
com.br
53
- Participação em eventos e feiras do setor é muito importante para lançar a ideia do polo
e porque vale a pena vir para a região pescar. Aproveitar o material criado, entrevistas,
mapas, pescatour entre outros para fazer relacionamento e venda nas feiras.
- Presença digital - criar plataforma digital para a promoção da pesca, mostrar o potencial
do lago e rio, relacionamento por meio de blog, redes sociais de pescadores, blogueiro
local e convidado.
- Produzir web vídeos de pesca da região - história de pescadores no blog,
curiosidades, oportunidades.
- Elaborar concursos e prêmios com o tema pesca de forma constante.
- Criar um programa de rádio local para falar sobre o setor de pesca,
oportunidades da região, próximas iniciativas, informações, curiosidades,
condições do lago e pesca, dicas para pescadores, equipamentos de pesca.
Sabe-se que na região há rádios comunitárias que poderiam contribuir
com a ideia.
- Museu da Pesca de Água Doce - resgate de embarcações,
utensílios, instrumentos de pesca, técnicas, fotos, filmes sobre a
pesca doce em todo Brasil. Espaço interativo com lago artificial
para aprender as técnicas de pesca (descritivo completo abaixo
no item - Guaíra).
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Festival do Lago de
Itaipu
Um grande Festival do Lago de Itaipu contribuirá para que as pessoas olhem
e se apropriem do lago. O festival tem como objetivo valorizar e usar o lago,
com a realização de diversas atividades, envolvendo todos os municípios e
aproveitando o período de baixa temporada (junho, julho e agosto são os
meses mais ociosos).
Este evento anual teria a duração de três semanas e aconteceria em todos
os municípios, com atividades itinerantes. Seu diferencial é que suas
atividades não seriam restritas às tradicionais, como esportes náuticos
- canoagem, jet ski, vela, entre outros. A intenção é realizar “esportes
malucos” - salto e mergulho no lago de uma mega rampa, disputa de
performances sobre esqui aquático e diversas outras atividades que
podem ser propostas localmente.
Conjuntamente com as atividades esportivas, sugere-se organizar
uma programação variada com atividades gastronômicas - festa
gastronômica a base de peixe do lago - estímulo a refinamento e
diversificação de pratos; culturais - festival de mestiçagem na
música - concurso de música na praia – apresentação de bandas
de todos os tipos – alemã, baiana, frevo, caipira, etc.; histórias e
piadas de pescador; de entretenimento - semana do monstro do
Lago de Itaipu. Aproveitar o momento de atividades dedicadas ao
Lago de Itaipu e brincar com a questão da mitificação do lago.
55
Festival do Lago de Itaipu
56
Parque de diversão
inflável
O período de verão na região já tem um fluxo de visitantes consideravelmente
exagerado. Todas as praias - com ou sem estrutura - lotam. O período de
baixa temporada para a região significa - de maio a setembro. Entretanto,
as estruturas mínimas de atendimento - lanchonete, banheiro, limpeza -
passam a funcionar apenas no verão (período de férias escolares). Em
outros momentos, mesmo com gente frequentando as praias, a estrutura
disponível é precária. Atividades de entretenimento e acontecimentos
programados seguem o mesmo ritmo.
Uma estrutura de parque de diversão inflável sobre as águas do Lago de
Itaipu pode ser um atrativo a ser explorado em paralelo na temporada
de praia. Imagina-se que essa estrutura seja montada temporariamente
nas praias dos municípios. A cada tempo ela é inflada em uma praia
diferente. No molde itinerante, o parque teria uma programação para
estar em cada ponto do Lago de Itaipu. Isso permitiria um maior
período de “sensação de novo atrativo”, uma vez que será esperado
para ser montado em cada praia.
Este parque pode ter ícones relacionados às histórias do Lago de
Itaipu - representação das Sete Quedas, peixes do lago, mítica
do monstro do lago, Ilha Grande, barcos de pesca, entre outros
elementos. Esse link e contextualização do atrativo facilita sua
receptividade pela população e turistas. A história da região
tem que estar instrínseca em todos os elementos.
Paraesteatrativoserimplementadoénecessáriouminvestidor
privado. A estrutura do parque inflável pode ser facilmente
adquirido com empresas chinesas que possuem experiência
neste tipo de produto. O importante é que se elabore um
projeto com os elementos e desenhos referentes à região
lindeira ao Lago de Itaipu.
57
58
Maquete do Lago de
Itaipu e municípios
O Lago de Itaipu não é visto pelas pessoas. São poucos os pontos onde se
tem ideia da dimensão do lago e dos municípios. Uma forma de possibilitar
o sentimento de pertencimento e apropriação do lago à vida das pessoas
é “trazê-lo” mais próximo de cada um. Representar o lago de todas as
formas é um estímulo para que todos o conheçam.
Um bom exemplo seria criar uma grande maquete da região lindeira
ao Lago de Itaipu. Nesta maquete todos poderiam compreender
a imensidão do lago e os municípios que estão a sua beira. Para
possibilitar uma maior experiência das pessoas, seria um retrato
fiel da região. As pessoas poderiam identificar pontos conhecidos
- atrativos, equipamentos, ruas, morros, entre outros elementos.
Uma passarela de vidro seria construída acima da maquete -
todos poderiam ter a sensação de andar sobre a região.
A localização dessa maquete seria estratégica - nos
principais pontos de acesso à região. Cada entrada
rodoviária da região - Guaíra e Medianeira - e o
principal acesso aéreo - Aeroporto Internacional de
Foz do Iguaçu - teriam a exposição da maquete para
servir como “boas vindas” aos visitantes.
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Bolsistas escritores
para morar na região
e escrever livros e
pesquisas sobre a região
Gerar e produzir conhecimento na região lindeira mediante incentivos e
fomento à pesquisa acadêmica e literária capacitará e aumentará os recursos
para se pensar e enxergar a região de forma mais criativa. A presença da
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) poderá
contribuir nas pesquisas e cessão de bolsas de estudos para professores e
pesquisadores sobre a história dos municípios.
Quanto mais uma comunidade tem conhecimento sobre sua história e memória,
mais senso de pertencimento se nutre pela cidade. Livros e pesquisas sobre a
região precisam ser escritos e acessados por todos.
61
Campeonato mundial
de ciclismo - Tour do
Lago de Itaipu
Seguindo exemplo de outras cidades e países, realizar um campeonato ciclístico
pela região lindeira é uma ótima “desculpa” para se promover e oportunizar
a visita e circulação de turistas. Aos moldes do Le Tour de France, esse
campeonato poderia percorrer toda região passando por todos os municípios.
Aconteceria por etapas em cada cidade, completando uma volta por toda
região.
Os trechos da corrida ciclística podem passar pelas estradas estaduais e
municipais existentes, além de percursos nada tradicionais como as estradas
de terra, campos e serras.
Colocar esse campeonato no circuito mundial representaria não apenas sua
consolidação, mas uma divulgação constante de toda região. Isso exigiria
uma organização profissional da corrida, bem como a preparação de futuros
campeões locais. Essa organização precisaria contar com o apoio da Federação
Paranaense de Ciclismo, que colaboraria em sua realização e divulgação junto
aos atletas.
62
O Ciclismo de Estrada
O entusiasmo por competições de Ciclismo de Estrada começou no final do
século XIX e não parou de crescer desde então. Certas corridas são tão grandes
que podem atrair dezenas de milhões de espectadores e são assistidas por
telespectadores ao redor do mundo. A primeira corrida que se tem registro
data de 31 de maio de 1868, realizada no ‘Parc de Saint-Cloud’, em Paris. A
primeira corrida de cidade à cidade foi realizada em 7 de novembro de 1869
entre Paris e Rouen. Os organizadores buscavam promover o ciclismo para
demonstrar que a bicicleta poderia cobrir consideráveis distâncias. O Ciclismo
de Estrada tornou-se parte dos Jogos Olímpicos desde a sua primeira edição
em 1896.
O primeiro Campeonato Mundial de Estrada da UCI foi organizado em 1927.
Atualmente, eles são circuitos entre 12 e 17 km, com uma largada em grupo
em uma distância total percorrida de aproximadamente 260 km. A União de
Ciclismo Internacional (UCI) introduziu o UCI ProTour em 2005, que consiste
em uma competição que agrupa os melhores times e os melhores corredores
do mundo. É o circuito internacional mais prestigioso do ciclismo.
63
64
Film Commission
Diversos destinos turísticos têm trabalhado e investido na atração de um
público diferenciado - os produtores e toda equipe de realização de filmes,
novelas, séries, documentários, comerciais de TV, etc. - para usar a cidade
ou região como cenário. Este setor de produção audiovisual possibilita a
circulação de público específico nas cidades, movimenta a economia local e
principalmente divulga a cidade com sua exposição nas produções.
Para trabalhar este nicho é preciso ter uma postura profissional. O primeiro
passo seria identificar o potencial - levantamento das locações cinematográficas
e criação de um banco de imagens das mesmas para uso das produções
audiovisuais e afins - e formar um grupo específico para trabalhar o assunto.
Normalmente é formado o Film Commission, grupo que atuaria como agente
facilitador para as produções audiovisuais realizadas nas cidades lindeiras ao
Lago de Itaipu. Também ofereceria suporte técnico na busca de locações com
produtores especializados, agilizaria as negociações de serviços para obter
melhores custos, além de disponibilizar bancos de dados com profissionais de
diversos segmentos e escritório para as equipes de produção.
A região lindeira pode se agregar no Film Comission já existente na cidade de
Foz do Iguaçu. Assim, todos os municípios em conjunto uniriam suas forças
para o trabalho de toda região. Importante é que haja um grupo de pessoas da
região lindeira do Lago de Itaipu que represente seus interesses e busquem
as iniciativas de filmagens para a região em conjunto com a equipe de Foz do
Iguaçu já existente.
Paralelo a isso, também poderiam ser realizadas ações de fomento e difusão do
cinema, como festivais, mostras, sessões comentadas e workshops, bem como,
uma atuação junto às universidades e outras instituições de ensino visando o
despertar vocacional para o cinema e a formação profissional para a atividade.
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Nos EUA uma produção de filme em locação gera, em média, US$200.000
por dia em atividade econômica e receitas públicas, de acordo com dados da
Motion Picture Association of America (MPAA).
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Linha turística fluvial
O Rio Paraná e o Lago de Itaipu tem grande potencial para navegação, que é
mal explorada na região.
A ideia é atrair investidores para colocação de embarcações modernas e
rápidas para circular pelo Lago de Itaipu, além da implantação de uma linha
fluvial ligando o porto de Presidente Epitácio a Foz do Iguaçu, com parada em
Guaíra e Santa Helena.
Linha fluvial - Presidente Epitácio/Guaíra/Santa Helena/Lago de Itaipu/
Foz do Iguaçu
Passeio de barco que faz o trecho do interior de São Paulo até Foz do Iguaçu,
ao estilo dos barcos chilenos, com apelo histórico de toda região. Roteiro
que visa criar um novo atrativo turístico de impacto para turistas de São
Paulo principalmente do interior próspero do estado - Presidente Prudente,
Barretos, Ribeirão Preto, Marília, Bauru, Ourinhos, São Carlos, Franca,
Campinas, Limeira, São José do Rio Preto etc. Assim como cidades mineiras
como Uberlândia, Uberaba, Araxá; do Norte paranaense, Londrina, Maringá;
de Mato Grosso do Sul - Dourados e Campo Grande, entre outros.
É uma forma a mais de destacar o destino Guaíra e em consequência outros
municípios lindeiros ao Lago de Itaipu - atraindo um novo fluxo fluvial. Este
roteiro poderá contemplar também percurso da região do Lago de Itaipu
até Foz do Iguaçu para terminar em grande estilo. Estima-se que o trecho
Presidente Epitácio a Foz do Iguaçu possa ser percorrido em 3 ou 4 dias, com
as paradas em Guaíra e Santa Helena, em um barco rápido. Historicamente
essa linha já existiu na época da Companhia Mate Laranjeira e era uma das
principais rotas fluviais do Paraná a São Paulo no período próspero do mate.
Pode-se aproveitar o fato histórico para incrementar o conceito e a venda do
produto. Entrevistamos Dona Maria Engel, cujo pai foi o restaurador de uma
famosa embarcação em Guaíra chamada Capitão Heitor, onde fatos históricos,
imagens e objetos daquela época ainda a pertencem e contam a história das
navegações no Rio Paraná.
67
Ilustração - Linha
Turística Fluvial
68
A sugestão do roteiro turístico fluvial seria:
- Saída do Porto de Presidente Epitácio
- Navegação até Guaíra com passagem pela Ilha Grande
- Parada de um dia em Guaíra - visita aos atrativos
- Navegação até Santa Helena e pernoite
- Parada de um dia em Santa Helena - visita ao Morro dos Sete
- Pecados e região
- Navegação até Foz do Iguaçu
- Parada em Foz do Iguaçu - visita ao Parque Nacional do
Iguaçu, Itaipu e região
- Retorno rodoviário
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Iluminação cênica nas
entradas das principais
cidades
Trabalhar com a iluminação cênica poderia remeter à imagem da Itaipu Binacional. A ideia
seria em parceria com a Itaipu e demais parceiros iluminar estradas, árvores, pedras,
monumentos ou qualquer outro elemento nos principais acessos de cada município da região
lindeira ao Lago de Itaipu. Essa iluminação poderá ser estendida a outros espaços - dentro de
cada município, formando uma rota de iluminação na região.
Num segundo momento, pode-se pensar num grande festival de iluminação.
Ilustração - Iluminação Cênica
70
Festival de Luz do Lago
de Itaipu
Iniciativa que pode ser apoiada pela Itaipu
Binacional e outros parceiros, contemplando
algumas atrações e produtos que brinquem o
tema luz, de formas variadas e envolvendo toda
região.
-Refletindo as estrelas guaranis - um projeto de
iluminação pontual no Lago de Itaipu aproveitando
dois conceitos: o conceito que trata da reflexão de
se olhar as estrelas a noite por meio de luzes com
desenhos das constelações no lago, e outro o conceito
do significado das estrelas para os guaranis - que fizeram
parte da história e da formação do povo da região oeste. Os
guaranis chamam a Via Láctea como Caminho da Anta (Tapi´i
Rape) ou a Morada dos Deuses. Também chamam a Grande
Nuvem de Magalhães de Bebedouro da Anta (Tapi´í Huguá)
e a Pequena Nuvem de Magalhães de Bebedouro do Porco-do-
Mato (Coxi Huguá). Aproveitar essas histórias e desenhá-las em
pequenos pontos de luz (led) em um ponto do lago onde se pode
observar desenhos e significados como atração turística local.
- Teatro cheio de luz - espaços culturais dos municípios iluminados
especialmente para o festival com apresentações culturais e temáticas
ao longo do evento.
- Música e luz - música no Lago de Itaipu - palcos flutuantes nas praias
de Santa Helena e Itaipulândia que têm mais estrutura para receber
grande público com apresentações de músicos e bandas locais em um show
iluminado, projeções, brilhos, raios, etc.
71
- Barcos iluminados – concurso do barco mais iluminado
- Lago de luz - Cada município organiza e realiza intervenções de iluminação no lago
- Intervenções urbanas - cada município participa de um concurso que premiará as
melhores intervenções com o tema luz em área urbana, durante o festival.
- História da região projetada - Projeção de vídeo e imagens ampliadas da história da
região para receber o grande público em datas previamente agendadas (ex. Palácio
de Sintra)
- Possibilidade de enxergar a iluminação das cidades e do lago a partir do Morro
dos Sete Pecados
O festival pode acontecer em espaços públicos e privados. A exemplo do Natal
de Gramado que possui apresentações e entretenimento público - desfiles e
atividades nas ruas e praças, como também em espaços privados - locais
com programação própria e cobrada. O Festival de Luz do Lago de Itaipu
aconteceria em diversos municípios - cada qual com uma programação e
atividades diversas - e poderia ter atividades gratuitas e cobradas. Ao se
cobrar por um passeio ou espetáculo, uma estratégia de venda interessante
seria incluir no valor do ingresso, um percentual como um vale compras
válido somente entre os estabelecimentos conveniados.
Um exemplo criativo
Festival de Luz Winter Iluminations Nagashima – Japão
Todos os anos, de dezembro à março, o Parque Nabana no Sato é
cenário de um fantástico Festival de Luzes, onde são utilizados
milhões de luzes LED, de cores variadas, que se mesclam à natureza
e paisagismo do parque, proporcionando ao telespectador, um
maravilhoso cenário iluminado de grande beleza. Acontece
sempre durante o inverno, durante o fim de ano e atrai milhares
de visitantes todos os anos para a região. Realmente, um lugar
que não se pode deixar de visitar.
(http://www.japaoemfoco.com)
72
A ideia de um monstro no lago cria todo lado lúdico que pode
ser bem trabalhado ao longo do ano. A Semana do Monstro do
Lago de Itaipu seria o momento de as pessoas participarem e
experimentarem toda a brincadeira com concursos de fantasia
e performances, oficinas de artesanato e trabalhos manuais para
a construção do monstro; desfile e dança dos monstros pelas ruas
das cidades e nas praias; comercialização de souvenirs e lembranças
com o tema do monstro; tematização das cidades, lojas e casas; entre
tantas outras iniciativas. Para iniciar este movimento, precisa ser feito
um trabalho de sensibilização de toda comunidade para criar o suspense
da aparição do monstro com:
- teasers nas redes sociais sobre a descoberta do monstro no lago -
pesquisadores e pescadores avistaram algo estranho no lago, algum
elemento diferente parecendo um monstro
- artigos e publicações na imprensa regional comentando sobre um possível
monstro no lago
- entrevistas nas rádios locais com personalidades que já viram o monstro
distribuição pelas cidades de indícios sobre o monstro - pegadas pelas ruas,
imagens desfocadas de vulto do suposto monstro, sons e ruídos nas praias
O monstro
Se, a princípio, a ideia não
é absurda, então não há
esperança para ela.
Albert Einstein
“
”
73
- Distribuição pelas cidades de indícios sobre o monstro - pegadas pelas ruas,
imagens desfocadas de vulto do suposto monstro, sons e ruídos nas praias
Essa etapa inicial precisa ser bem ensaiada e combinada. Importante
é dar o toque de brincadeira e diversão. As atividades iniciais à
aparição e “lançamento” do monstro do Lago de Itaipu precisam
ser virais, para que um grande número de pessoas se envolva na
brincadeira. Esta ação será polêmica em todos os aspectos. Por
esta razão, precisa-se tomar cuidado para evitar situações
constrangedoras.
A primeira aparição do monstro precisa ser festejada. Ele
pode aparecer em todas as praias ao longo do Lago de
Itaipu. Nesta ocasião, a cidade precisa recebê-lo muito
bem, uma vez que o monstro é amigável.
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Intervenções
em Guaíra
Porta de entrada da região lindeira
75
76
Festival Ciudad Real
del Guayrá
...vinde povos estranhos, vinde irmãos
brasileiros de todos os semblantes,
vinde ver e guardar...
Carlos Drummond de Andrade
“
”
A
Ciudad
Real del Guayrá
(1556) - na confluência dos
rios Piquiri e Paraná, hoje apenas
riscos no chão em meio a mata, fez parte do
grande projeto jesuíta de criar um novo mundo nas terras
recém descobertas.
Uma sugestão seria o resgate dessa memória, apesar de desaparecida.
A Ciudad Real del Guayrá foi, na sua época, uma das mais importantes
povoações da América do Sul. É um dos sítios de ocupação européia
mais antigos da América.
Ações no local são difíceis por causa do acesso, mas a memória da sua
existência, histórias, ilustrações, textos e fotos aéreas do local poderão
ser mostradas em Guaíra em exposições.
77
Como fazer
- Organizar um evento de uma semana com
várias ações simultâneas, ao estilo das grandes
festividades que acontecem em Machu Picchu/
Cuzco - Festa do Sol - em que são realizados bailes,
danças cerimoniais, desfiles, representações.
- Definir uma data que tenha importância histórica
para a região.
- Identificar um espaço aberto próximo ao Rio Paraná
para realizar o evento.
- Exposições sobre a história da Ciudad Real del Guayrá.
- Encontros e reuniões de historiadores sobre o assunto -
Guarani e Jesuítas.
- Representação teatral do cotidiano da Ciudad Real del Guayrá
- encenação de momentos, situações, cerimônias e festividades
importantes. Pode-se ter como exemplo a encenação da Paixão de
Cristo realizada em Nova Jerusalém/PE, com uma superprodução
realizada no que chamam de cidade-teatro, no distrito de Fazenda
Nova, a 180 quilômetros de Recife – praticamente um enorme
teatro a céu aberto, cercado por gigantescas muralhas.
- Trabalhar o comércio local para resgatar as comidas e bebidas
da época para organizar refeições temáticas, com encenações e
vestimentas aos turistas.
- Jogos indígenas - identificar as práticas esportivas e recreativas
realizadas pelos jesuítas e guaranis.
- Venda de artesanato
- Festival da Música dos Povos Esquecidos - Organizar um festival de música
- mundial - convidando diferentes povos do mundo a apresentar suas canções.
Fazer convênio com universidades para organizar a curadoria. Trazer povos de
várias partes do mundo. Em paralelo, oficinas de músicas para instrumentistas.
78
79
Ilustração - Festival Ciudad Real del Guayrá
80
Casa das Sete Quedas
Em marketing há que se aproveitar fatos e histórias,
se estes não existem, invente-os
Guaíra perdeu Sete Quedas mas a região ganhou Itaipu. Pontos favoráveis ou
contrários, não importam, isso não se altera mais. Questionamentos a favor
ou contra essa transformação na vida dos guairenses sempre vão existir. O
fato é que em turismo, sob o ponto de vista do marketing e da comunicação,
é necessário saber identificar histórias e fatos existentes e se estes não
existem é necessário criá-los simplesmente. Não importando o fato em si mas
encontrando um, cabe ao profissional de marketing usá-lo e aproveitá-lo para
vender mais, promover e ganhar mais em seu mercado.
E para o turismo e Guaíra não é diferente. A cidade tem um fato histórico - o
fim das Sete Quedas e uma excelente história para contar - tudo que envolveu
essa transformação, as pessoas, o que ficou, o que desapareceu, o que foi e o
que virá.
Guaíra deve saber aproveitar essas histórias para se promover turisticamente
e atrair negócios e oportunidades para a região. O que propomos é uma
homenagem às Sete Quedas de maneira criativa, interessante e interativa.
Mais que um museu ou um memorial, propomos uma experiência Sete Quedas.
A ideia é criar a Casa das Sete Quedas, uma espécie de ambiente experiencial
e interativo em quatro espaços diferentes para as pessoas sentirem o que
foram as Sete Quedas. Um investimento relativamente baixo em comparação
a parques temáticos ou outros de maior volume financeiro mas que poderá
trazer interesse comercial e atrair turistas para a região. Entretanto não deixa
também de ser uma prévia para a possibilidade de se investir em um futuro
parque temático de Sete Quedas - sonho antigo na região. Porém como diria
um bispo espanhol, “a melhor maneira para se entrar em um oceano é pela foz
de um rio pequeno”.
81
Ilustração - Casa das Sete Quedas
82
Sala das Sete Quedas - Ambiente 1
O passeio começa pela Sala das Sete Quedas onde o turista
terá sensações da imponência das águas, do som e estrondo
das quedas. Verá projeção de imagens em todos os ângulos e
embaixodospéscomaáguaemmovimento,sentiráliteralmente
respingos de água no rosto a medida que avança por um trecho
de ponte pêncil cruzando a sala. Um momento de sensação de
força para ter uma mínima ideia do que representava aquelas
águas para Guaíra e região. Deverão ser utilizadas imagens
das águas filmadas na época que podem inclusive mostrar
vários pontos dos saltos àqueles que atravessam a sala.
83
84
Sala do Silêncio - Ambiente 2
Um dos depoimentos mais fortes que coletamos de uma habitante de Guaíra
sobre o fim de Sete Quedas foi de Ana Menel - “Todos sabíamos que o dia
do fim das Sete Quedas iria chegar mais cedo ou mais tarde, mas quando
chegou só me dei conta mesmo quando de repente fez-se um silêncio
agonizante.”
Quem habitava Guaíra estava acostumado a dormir ouvindo o som das
águas das Sete Quedas. Dia e noite o grande barulho pela proximidade
das águas e de repente aquele silêncio apareceu para nunca mais
deixar a cidade. Tivemos também o privilégio de ouvir a história
de Dona Maria Engel, nascida em Guaíra e hoje coincidentemente
vizinha de nosso escritório que comentou sobre o fim das Sete
Quedas com um leve engasgo - “É uma dor que não acaba mais.”
O segundo ambiente - a sala do silêncio - será uma sala com
silêncio absoluto. Criado para gerar a sensação e o momento
histórico do cessar das águas das quedas. Nas paredes
estariam alguns depoimentos sobre aquele período, o poema
de Carlos Drummond de Andrade que fala do fim das quedas,
fotos da época, vídeos e reportagens que poderiam ser
ouvidos com fones de ouvido e assistidas em telas. Além
de curiosidades e exposição de objetos e souvenirs que
marcaram aquele momento.
85
Sala da Energia - Ambiente 3
A sala da energia é um espaço para
reflexão e entendimento mostrando que
independentemente dos motivos e razões que
levaram, na época, ao fim de Sete Quedas,
Guaíra, a região e todo o país ganharam a maior
Usina Hidrelétrica do Mundo - Itaipu, hoje uma das
mais importantes empresas do país para geração
de energia e que desenvolve diversos projetos em
energia alternativa, meio ambiente e é importante
parceiro dos municípios da região lindeira ao Lago de
Itaipu.
A experiência na sala da energia é uma sala escura
com pontos de luz espalhados por todo o espaço, dando
a sensação de se estar quase em um planetário e onde
feixes de luz colorida, laser e outros podem de repente
invadir o ambiente para dar a sensação de luz total e energia
constante.
Possibilidade de uma mostra das diversas fontes de energia
utilizadas pelo homem - sol, vento, gás, petróleo, carvão e o grande
destaque para a água, como também fontes de energia limpa em
pesquisa pela Itaipu. Ao mesmo tempo algumas projeções sobre
a construção de Itaipu, barulho da obra, imagens ou vídeos podem
ser projetados, assim como um breve relato sobre a importância de
Itaipu Binacional para o país e seus projetos complementares em
energia, meio ambiente, esporte e outros.
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Ao final a oportunidade de interação - a sua energia. Experiências
interativas com o turista fazendo uma roda de água girar, um
catavento rodar, uma mini-hidrelética portátil que geram energia
elétrica toda vez que são acionados.
Gift shop + Saída
Antes do ambiente quatro e do encerramento da Casa das Sete
Quedas, a proposta seria ter um giftshop para comercializar
souvinirs da Casa das Sete Quedas, vídeos da época das
quedas, produtos artesanais, entre outros.
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De volta para o Futuro - Ambiente 4
O último ambiente da Casa das Sete Quedas
é uma experiência visual externa que permite
aos visitantes se surpreenderem com um
sistema de realidade virtual único, o visorama.
Trata-se de um dispositivo que simula um
binóculo eletrônico, com recursos que permitem
ao usuário interagir com imagens panorâmicas em
um ambiente multimídia, que inclui sons e vídeos.
Um sistema de realidade virtual. “O visorama é
diferente porque, com o auxílio das novas tecnologias,
ele permite recriar o cinema em outros locais além
das salas de cinema tradicionais, como galerias e
museus, sem a rígida disposição das cadeiras em frente
à tela de projeção”, segundo o pesquisador idealizador do
equipamento, destacando entre essas diferenças a relação
de interatividade entre imagem e espectador.
“Cabe ao espectador explorar as imagens de forma a
encontrar um lugar para si diante do que ele vê, ouve e sente.”
A proposta é criar uma experiência visual alternativa ao cinema
convencional, em que as imagens são previamente editadas e a
narrativa já vem estabelecida por um autor. O objetivo do visorama
é superar essas limitações. A partir de um número de fotografias,
que podem ser obtidas do mundo real, ou de um ambiente modelado,
a representação do ambiente visual é criada, então, a partir dessas
fotografias e/ou vídeos.
A ideia é que se termine o passeio e a experiência com um grand
finale observando o visorama a partir de um ponto que dê a visão do
lago e permita aos turistas observarem diversas imagens e vídeos em
realidade virtual olhando para os exatos locais onde estariam as Sete
Quedas. Representaria nostalgia, experiência, encantamento e toque de
modernidade.
88
Ao final do ambiente quatro - de volta para o futuro e da
experiênciadovisorama-haveráumasinalizaçãoincentivando
os turistas a caminharem até o Órgão da Pedra que Canta,
produto a ser criado próximo das águas do lago que tem
por objetivo criar o som das águas do lago como um órgão
acústico. Contemplação, música e tranquilidade.
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Órgão da pedra que canta
Para que Guaíra e os turistas que visitam a cidade tenham uma experiência
criativa, e ainda possa servir como ponto de encontro da população, sugerimos
um produto turístico diferenciado. O lago da região é conhecido por todos,
incluindo turistas, por Lago de Itaipu. Itaipu em guarani significa a pedra
que canta e portanto sugerimos a construção do órgão das águas. Uma
adaptação de um “órgão musical tocado por pequenas ondas”- chamado
órgão do mar - na cidade de Zadar na Croácia que atrai milhares de
turistas e curiosos.
Pode-se instalar este órgão na parte do lago onde a água bate mais
forte, atrás do teatro municipal, bem em direção da visão de onde
as quedas das Sete Quedas estavam. Trata-se de um órgão com
degraus cravados em cimento e têm em seu interior um sistema
de tubulações que quando empurradas pelos movimentos da
água, forçam o ar e, dependendo do tamanho e velocidade da
onda, criam notas musicais, sons aleatórios.
A instalação está intimamente relacionada ao canto das
águas e tem relação diretamente com o nome do lago,
Itaipu. Itaipu recebe este nome por causa de uma pequena
ilhota do Rio Paraná, sobre a qual está hoje assentada a
usina. A ilhota era chamada pelos indígenas de “Itaipu”,
que significa “a pedra que canta”, pelo barulho que as
águas faziam ao bater nas suas pedras.
90
Estratégia de venda imediata
Concurso de fotos e vídeos das Sete Quedas
Paraos30anossemSeteQuedas,propomosàAdetur
e parceiros lançarem uma campanha/concurso
de resgate histórico de imagens, depoimentos,
vídeos, lembranças e curiosidade sobre Sete
Quedas, de quem as visitou. Uma campanha
pela web e redes sociais deveria ser o ponto
de partida e pedir apoio a diversos grupos
e entidades representativas da região e
do Paraná. O material compartilhado e
coletado poderá aos poucos compor
parte da Casa das Sete Quedas.
Sugestão: matéria Globonews 2012
http://bit.ly/TF9D1y
91
Há de se repensar os espaços de museu da cidade
Museu das Sete Quedas
A palavra (chave) ‘museística’ é a emoção
Segundo Jorge Wagensberg, criador do
CosmoCaixa Museu de Barcelona, um bom
museu está baseado em emoções, e as emoções
são iguais para os jovens, para qualquer
pessoa. O museu para os adultos também deve
ser hands-on [toque], minds-on [reflexão] e
heart-on [emoção]. Tem que haver também
uma interatividade mental, mais importante
que a manual.
“
”
92
A experiência do museu local
Resgatar a história da Companhia Mate Laranjeira e contá-la de maneira interativa e educativa,
a história da igrejinha da cidade que tem versões distintas, das primeiras comunidades, das
personalidades históricas da região, dos casos famosos e todo aproveitamento. Oportunidade
de transformá-lo e modernizá-lo.
Pode estar em conjunto com a ideia do Museu da Pesca de Água Doce que comentamos
a seguir. Segundo consta, já existe um acervo que precisa ser recuperado e analisado
por um especialista museólogo e também ser pensado na visão do marketing e do
turismo para gerar experiência. Importante será realizar entrevistas com várias
personalidades da cidade que conhecem ou viveram a história de Guaíra e região.
Relatos como o Museu da Pessoa realiza geram pertencimento e experiência.
Vale lembrar que o Ecomuseu de Itaipu localizado em Foz do Iguaçu tem enorme
acervo que poderia ser melhor aproveitado por meio de parcerias com espaços
das cidades lindeiras e realizar exposições itinerantes que pudessem acontecer
ao longo do ano em espaços temporários como no Museu de Guaíra.
Para gerar experiência e chamar a atenção do público regional, há que se criar
e possibilitar experiência. Diversos são os exemplos a seguir. Lembrando
também que essa interação precisa ser minimamente educativa. Alguns
exemplos de trabalhos realizados nestes espaços podem ser observados
nestes desenhos.
93
94
95
96
Museu da Pesca de
Água Doce
Sugerimos em algum espaço ocioso em Guaíra, ou mesmo
num espaço conjunto ao museu local, um espaço para resgate
de embarcações, utensílios, instrumentos de pesca, técnicas,
fotos, filmes sobre a pesca de água doce de todo Brasil.
Faz parte do projeto de criação do Polo de Pesca para região
e objetiva montar acervos materiais e virtuais com um espaço
interativo - lago artificial para aprender as técnicas de pesca
ao vivo - pesca de mosca, batida, corrico, entre outras que são
e podem ser utilizadas na região, tanto para pesca de lago
quanto de rio.
Levantamento das espécies de peixe que existem na região do
lago e no Rio Paraná e com o catálogo levantar informações
sobre técnicas, temporadas e principalmente de como pescar.
Um exemplo de criação de ambiente virtual para geração de
conteúdo de pesca e o ensino a arte de pescar é este site:
http://www.comopescar.org/como-pescar
De maneira simples e compartilhada, o espaço pode se
tornar gerador de conteúdo para ensinar técnicas de pesca
de diversos peixes de água doce - em rios e lagos - para que
sirva de apoio ao Polo de Pesca e referência para pesquisas e
profissionais do setor.
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Isca de Peixe - bar do museu
Um local que poderá estar anexo ao Museu da Pesca de
Água Doce futuramente é um café/bar - onde os próprios
visitantes podem pescar algumas espécies de peixe
(criadas em cativeiro) do lago e rios e que podem ser
fritos na hora para comê-los como petiscos. Promove-
se mais experiência e também divulga a pesca e
gastronomia da região.
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Festa do Mate e do
Tererê
Erva-mate - “O que mantém o ser.” - significado guarani
O ciclo da erva-mate - Ilex paraguariensis - foi de extrema
importância para a região. Com o tempo seu uso se dividiu em
duas formas - o chimarão costume brasileiro e o tererê - costume
paraguaio, de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso.
A existência de uma das maiores empresas - conglomerado - em
Guaíra para o manejo e comercialização do mate, a Companhia Mate
Laranjeira precisa ser resgatada e valorizada.
A cidade de Guaíra está no meio dos dois costumes - o chimarão e o
tererê. Por que não fazer uma grande festa, envolvendo os usos, marcas,
comercialização, debates sobre as propriedades do mate? Convidar
as empresas dos dois países para que exponham seus produtos, façam
degustação, etc. trazer ervateiros para mostrar seus produtos e misturas,
realização de concurso da melhor erva, mateada, música. Apresentar outros
usos como cosméticos a base de mate, distribuir amostras e mostrar suas
propriedades.
Durante a festa, pode-se realizar conjuntamente um seminário técnico-científico
sobre a erva mate. Pesquisadores mostrarão seus trabalhos. Hoje existem mais de
20 países pesquisando as suas propriedades. A ilex paraguariensis em pouco tempo
“vai ser a bola da vez” entre os produtos mais saudáveis para o cultivo e consumo.
Caminho do mate - uma alameda só de árvores de mate pode compor o paisagismo da
cidade ligando um ponto turístico a outro e batizar como Alameda do Mate.
99
Intervenções em
Marechal Cândido
Rondon e região
100
Encontro de micro
cervejeiros
Uma forma de estimular o consumo e
produção de cervejas artesanais na região
lindeira ao Lago de Itaipu é divulgar sua
existência e ensinar a população a apreciá-
la. Além disso, é importante profissionalizar a
produção desse produto que já ganha espaço no
mercado de cervejas. Muitos consumidores já estão
optando pela produção artesanal ou consumo de
produtos de micro cervejarias ao tradicional produto
industrializado e distribuído em larga escala pelo país.
As micro cervejarias existentes na região podem ser
trabalhadas para se criar um polo de cervejas artesanais.
Isso se conseguirá com a profissionalização das produções
artesanais, melhorando e refinando o que já é produzido
atualmente.
101
Como fazer
- Organizar um evento técnico relacionado à cerveja artesanal.
- Convite a grandes mestres cervejeiros para dar palestras e workshops sobre processo
de fabricação, engarrafamento, tipos de copos, harmonização, armazenamento, seleção
de rótulos, entre outros assuntos de interesse.
- Cursos para apreciadores e interessados em produzir de forma artesanal.
- Curso profissionalizante para sommelier de cerveja.
- Degustação de diferentes cervejas artesanais.
- Refeições harmonizadas com cervejas artesanais.
- Concursos de cervejas artesanais.
- Estímulo à fabricação de equipamentos e utensílios específicos para
micro cervejarias.
- Geração de conteúdo para literatura especializada.
- Tematização de hoteis, restaurantes e lojas - decoração,
informações e orientação para o consumo e compra, refeições
harmonizadas, serviços específicos, produtos derivados da
cerveja (sabonete de lúpulo, essências, etc.)
102
Este evento técnico pode acontecer periodicamente, sugerimos
anualmente. Aliado a esse encontro mais técnico e profissional,
pode-se realizar a Festa da Cerveja Artesanal para o público em
geral. Serviria como estímulo ao consumo deste tipo de bebida.
Interessante o envolvimento da Associação das Microcervejarias
Paranaenses e a Associação dos Cervejeiros Artesanais Paranaenses
(Acerva-PR) para maior apoio e divulgação.
Cervejas artesanais são aquelas produzidas quase que de “forma
caseira”. Várias micro-cervejarias, mesmo utilizando equipamentos
modernos e engarrafando suas produções, ainda assim são consideradas
como cervejarias artesanais pelo cuidado que têm com sua produção,
indo desde os ingredientes básicos da cerveja, passando pela receita de
preparo e chegando até aos conservantes finais, que devem ser naturais e
não químicos.
Ao ouvir falar em cerveja artesanal, pense em cervejas mais bem cuidadas,
com produções mais restritas (mas não necessariamente pequenas), o que
leva a produtos com resultados finais muito interessantes e diversificados.
Link: http://bit.ly/TFcCY0
Encontro de micro cervejeiros
103
Festival da gastronomia
alemã
“Tomo o café-da-manhã como um imperador, almoço como um rei e janto
como um mendigo”. Ditado alemão
Uma grande referência gastronômica da região é a comida alemã. Muitas são as famílias
da colônia alemã e outros apreciadores dessa gastronomia. Preservar o “saber fazer” é
um item importante para consolidar ainda mais a imagem relacionada ao povo alemão.
Repassar o conhecimento para as gerações mais novas é o que manterá a tradição.
Poucos são os restaurantes que servem pratos específicos. Destes há um restaurante
que é referência na gastronomia alemã, com ótimos pratos e uma boa diversidade
na cidade de Entre Rios do Oeste - Restaurante Marina Itaipu. Como este, poderia
se trabalhar com outros restaurantes para que ao menos tivessem alguns pratos
alemães em seu cardápio.
Além das padarias e confeitarias que poderiam oferecer os famosos doces
alemães. Um exemplo de produção de bolachas, há o Sítio das Orquídeas
que pode ser um grande ponto de apoio e início do processo de
disseminação dessa prática.
104
Como fazer
- Organizar um Festival de Gastronomia Alemã,
reunindo os restaurantes que servem pratos típicos e
outros cozinheiros amadores que sabem preparar uma
boa comida alemã.
- Concurso de pratos alemães - melhor prato com carne de
porco, salsicha, batatas, queijo, doces e bolachas tradicionais.
Pode-se aproveitar o produtor de bolachas da região para
incentivar outras produções e o consumo.
- Cursos e workshops para produção de salsichas típicas alemãs,
preparo de carnes, harmonização com cervejas alemãs, produção
e degustação de mostardas, manipulação dos alimentos, história da
gastronomia, entre outros.
- Atividades e brincadeiras relacionadas à gastronomia alemã: concurso da
maior salsicha, maior eisbein, degustação de mostardas, maior e mais elaborado
doce alemão, entre outros.
A exemplo de um concurso de pizza que existe na cidade de São Paulo, o Festival
da Gastronomia Alemã será realizado para possibilitar uma melhoria e avanço do
processo de produção, utilização de equipamentos e tecnologia mais avançada e
moderna, uso de novos insumos e matérias primas, aperfeiçoamento da mão de obra. Seu
caráter não se restringe ao entretenimento e degustação, mas sua constante atualização
e modernização.
Festival da gastronomia alemã
105
Encontro de orquidários
e flores
A orquídea -
a cada instante
o silêncio é outro.“
”Constantin Abaluta
Na região há alguns produtores de flores,
especificamente de orquídeas. Uma forma
de aproveitar seu potencial, uma vez que
já existem pessoas que buscam essas flores
na região, seria organizar um encontro desses
apreciadores de orquídeas. Com um evento desse,
pode-se buscar o aperfeiçoamento de sua produção,
o estímulo a novos produtores, incentivo ao consumo
e possíveis novos colecionadores. O fomento ao
aprimoramento contribui para o desenvolvimento de um
pequeno polo produtor e especializado em orquídeas.
Como fazer:
- Organizar e realizar um encontro de produtores e apreciadores
de flores e orquídeas.
- Cursos, palestras e workshops específicos para produtores - manuseio
de flores, plantas ornamentais para interiores, área de produção,
adubação e fertirrigação, controle de doenças e pragas, paisagismo,
transportes, embalagens, precificação, entre outros assuntos.
- Cursos e workshops para colecionadores e interessados - manuseio de
plantas e flores, equipamentos e materiais, cuidados básicos, adubação e poda,
arranjos florais, decoração, como lidar com doenças e pragas, variedades mais
importantes de flores - maneira de usar, época, conservação e manutenção.
- Exposição e concurso de flores e arranjos florais
- Mostra de paisagismo
- Feira de produtos e flores
106
Festa é, portanto, sempre uma
produção do cotidiano, uma ação
coletiva, que se dá num tempo
e lugar definidos e especiais,
implicando a concentração de afetos
e emoções em torno de um objeto que é
celebrado e comemorado e cujo produto
principal é a simbolização da unidade
dos participantes na esfera de uma
determinada identidade. Festa é um ponto
de confluência das ações sociais cujo fim é a
própria reunião ativa de seus participantes.
Festa, portanto, produz identidade. (...) Toda
festa tem suas próprias regras. (...) O que
chamamos de festa é parte de um jogo, é um
espaço aberto no viver social para a reiteração,
produção e negociação das identidades sociais.
Um lapso aberto no espaço e no tempo sociais, pelo
qual circulam bens materiais, influência, poder.
(...) A festa unifica, mas também diferencia, tanto
interna quanto externamente. (...) A festa não apaga
as diferenças, mas antes une os diferentes. A identidade
que cria é uma unidade diferenciada (...). Toda festa
é (...) uma estrutura de poder, (...) que se inscreve na
memória coletiva e individual dos participantes.
“
”Norberto Guarinello
Festa da Santa Soja
107
A economia da região é fortemente representada pela produção agrícola da
soja. Quem passa pelas estradas da região observa uma paisagem de grandes
plantações, cenário interessante principalmente aos visitantes oriundos de
grandes centros urbanos. Uma forma de valorizar os produtores rurais
seria realizar uma festividade, ao estilo das realizadas na Antiguidade em
que os povos celebravam para agradecer, saudar, felicitar, pedir proteção
dos deuses, para que as colheitas fossem boas e os campos férteis. Pode-
se resgatar os jogos, as brincadeiras, os cultos e outras celebrações
realizadas em memória da fertilidade agrícola.
Como fazer
- Organizar a Festa da Santa Soja na região, período de dois a três
dias.
- Promover atividades e brincadeiras relacionadas ao tema soja
- arremesso de saca, adivinhar quantidade de grãos de soja,
pegar grão de soja com palitinhos, corrida do porco, corrida de
saco de soja, carregamento rápido, corrida com obstáculos,
pintura, desfile dos maquinários do plantio da soja, concursos
relacionados à soja, pratos com base de soja, corrida em meio
à plantação de soja, entre outros.
Com a consolidação dessa festividade, pode-se agregar
outras atividades para compor um grande evento da
região. Um exemplo é o Festival de Edimburgo com
uma série de festivais simultâneos de arte e cultura na
Escócia. Tendo sempre em vista o grande objetivo da
festividades que é salientar a importância da produção
de soja e homenagear os produtores locais.
108
A Casa Gaza
Mistérios e ilusões de ótica
A Casa Gaza é uma propriedade construída por volta de 1960
por um alemão chamado Heribert Hans Joachim Gaza. Seu Gaza,
como era conhecido, foi ótico, físico, fotógrafo, pesquisador,
autodidata, além de construir uma casa que começou em 1966
e levou mais de 20 anos para ser concluída. O imóvel possui
800 m², dois subsolos, 420 lâmpadas, cores e materiais diversos
(informação extraída do site Caminhos do Lago de Itaipu).
Ao visitarmos a Casa Gaza nos chamou muita atenção a beleza e
por vezes ousadia na arquitetura, design, decoração e formas e a
peculiaridade do local como um todo, e principalmente a história do
proprietário. Ao entrar na casa a sensanção é de um local ousado,
interessante e misterioso, mas pouco aproveitado para criar sensações
e emoção.
O local pode se tornar um atrativo importante para a cidade e região
desde que se torne mais criativo e experiencial com base na história e
no personagem. Hoje já existe visitação mas com trabalho guiado muito
básico e incipiente que não cria atratividade e não tem potencial para
venda de um produto da cidade. Há que se ter mais experiência na visita.
109
Algumas sugestões pontuais para gerar experiência
- Criar e alimentar alguns mistérios que rondam a história, construção e
a vida da Casa Gaza. Chamar atenção pelo peculiar, pelo diferente e pela
ousadia da obra e de seu proprietário, cuja história é pouco difundida.
Buscar assuntos misteriosos como a questão da lente do telescópio
Hubble que em princípio teria sido criada pelo proprietário.
- Realizar o tour de forma customizada abordando questões da
construção, curiosidades da obra, arquitetura, design, decoração e
espaços - atrair um público segmentado de arquitetos, antiquários,
empresas, designers, etc.
- Contar a história do proprietário Hanz Gaza - um
personagem. Visitar os cômodos e espaços que ele mais utilizava
para seus trabalhos e dia a dia e juntar as histórias com a casa.
- Ilusões de ótica - Como o proprietário era especialista
em ótica sugerimos criar em cada um dos cômodos da casa
espaços para experiência em ilusões de ótica. Instigar,
divertir e ensinar as pessoas sobre lentes, espelhos e
ilusões de ótica ao nos depararmos com certas situações.
Uma espécie de casa/museu que ensina, conta histórias
e instiga a curiosidade das pessoas para assuntos
relacionados à ótica e principalmente às ilusões
divertidas que podem ser criadas.
110
111
112
Intervenções em
Santa Helena
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Turismo Criativo - Trabalho conceitual aos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu
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Turismo Criativo - Trabalho conceitual aos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu

  • 2. 2 Expediente Conselho Deliberativo do Sebrae Paraná Jefferson Nogarolli – Presidente Sebrae Paraná Allan Marcelo de Campos Costa – Diretor Superintendente Júlio Cezar Agostini – Diretor de Operações Vítor Roberto Tioqueta – Diretor de Gestão e Produção Orestes Hotz – Gerente Regional Oeste José Gava Neto – Gerente da Unidade de Programas Estaduais Aldo Cesar Carvalho – Coordenador do Programa Estadual de Turismo Ana Lúcia Sousa – Consultora da Regional Oeste e Gestora do Projeto Turismo Cataratas e Caminhos Apoio Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu e Adetur Cataratas e Caminhos – Sandra Finkler
  • 3. 3
  • 4. 4 Sumário A necessidade do Turismo Criativo Região lindeira ao Lago de Itaipu O desafio do trabalho Parar melhor aproveitar o turismo na região História da região Fluxo turístico da região Oportunidades Segmentos turísticos a serem trabalhados Conceitos para o turismo na região Intervenções regionais Turismo de Pesca Festival do Lago de Itaipu Parque de diversão inflável Maquete do Lago de Itaipu e municípios Bolsistas escritores para morar na região e escrever livros e pesquisas sobre a região Campeonato mundial de ciclismo - Tour do Lago de Itaipu Film Comission Linha turística fluvial Iluminação cênica nas entradas das principais cidades Festival de Luz do Lago de Itaipu O monstro Intervenções em Guaíra Festival Ciudad Real del Guayrá Casa das Sete Quedas Órgão da pedra que canta A experiência do museu local Museu da pesca de Água Doce Festa do Mate e Tererê 6 8 12 15 18 20 22 26 30 36 74 38 54 56 58 60 61 64 66 69 70 72 76 80 89 92 96 98
  • 5. 5 Intervenções em Marechal Cândido Rondon e região Encontro de micro cervejeiros Festival de Gastronomia Alemã Encontro de orquidários e flores Festa da Santa Soja A Casa Gaza Intervenções em Santa Helena Natação a longa distância As batalhas em histórias em quadrinhos Morro dos sete Pecados Árvore do vento divino Painel de ladrilhos Base de saída para parapente Pipa show - campeonato de pipas Descida de mountain bike Projeto de irrigação e recuperação da lagoa Muro dos Sete Pecados Intervenções em Itaipulândia e região Festival do Milho Festival de Máquinas Agrícolas Parque Aquático Termal Lago de Itaipu Estratégias operacionais Estratégias de comunicação e vendas Agradecimentos Equipe Técnica 100 103 105 106 108 126 127 128 114 115 116 117 118 119 120 122 123 124 99 112 125 129 132 138 140
  • 7. 7 O turismo no Brasil tem se mostrado uma indústria extremamente conservadora, pouco inovadora e que perde em recursos e número de turistas muitas vezes para outros destinos reconhecidamente menos privilegiados em sua natureza ou em sua essência, mas que apostam muito em inovação e na busca de bons conceitos e experiência. O setor no Brasil por sua pouca capacidade de inovação e ainda baixos números na economia, apesar de melhoria em alguns indicadores comparados ao passado recente, corre sério risco de permanecer como a eterna promessa de um país que poderia “viver de turismo”. Para quebrar conservadorismos e o estado de “zona de conforto” que naturalmente se instala em regiões turísticas que têm muito a oferecer em recursos naturais, mas pouco a diversificar e a encantar, o setor deve pensar o “negócio turismo” assim como um artista pensa sua próxima obra e não apenas como um matemático pensa suas soluções práticas e lógicas. Faz-se necessário inovação e buscar o notável, aliado a um bom planejamento e estratégias. E para tanto é preciso imaginação, criatividade e atitude de realização de forma constante – que é a base do conceito de turismo criativo que desenvolvemos. Busque algo notável e terá inovação e a atenção das pessoas. Seth Godin “ ”
  • 9. 9 A formação do lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu significou enorme mudança e transformação na vida das pessoas que moravam na regiao, hoje chamados de “lindeiros.” Tiveram que adaptar rotinas, casas, negócios, investimentos e vidas. Incertezas, esperança, progresso, dúvidas e otimismo tornaram-se parte dos pensamentos da gente dessa região, sua cultura e jeito de ser muito tem a ver com toda essa história de transformação. Assim como em toda grande transformação há perdas e ganhos, a região também observou-os em muito pouco tempo. Recebeu investimentos, infraestrutura, desenvolvimento, oportunidades mas perdeu parte de sua identidade, suas referências e um grande atrativo natural - Sete Quedas. O fato é que a partir da formação do lago, uma nova identidade nascia naqueles 300 km entre Foz do Iguaçu e Guaíra. Uma identidade ainda em formação mas que se desenvolveu por meio de uma mistura de gente - descendentes de alemães, italianos, brasileiros de várias regiões, índios e paranaenses de todos os cantos que aos poucos continuam a transformação dessa região. O desafio é fazer dessa transformação um processo de constante evolução em todos os aspectos - econômico, cultural, turístico e social - aproveitando a capacidade das pessoas e comunidades locais de se adaptar e apostar na própria região. A proximidade com um destino internacional - Foz do Iguaçu - faz dela uma área reconhecida por muitos mas, ao mesmo tempo, ainda desconhecida por outros tantos. Para se desenvolver pela sua própria identidade e ser reconhecido, os municípios lindeiros devem ser capazes de criar oportunidades próprias e atrativos que possam ao mesmo tempo aproveitar a proximidade a Foz do Iguaçu, mas essencialmente criar seu próprio fluxo independente, atrair a atenção de turistas, eventos e investidores.
  • 10. 10 Mas então, o que falta? Transformar a região num produto turístico criativo. Faltam ideias de transformação para o turismo. Deixar os números de lado e partir para a geração de ideias e conceitos que possam aos poucos criar uma identidade turística própria. Por meio do reforço ao senso de pertencimento, do orgulho de pertencer à região e apostar nela, uma identidade pode se formar e um conceito transformador pode surgir. Da mesma forma que a região se adaptou econômica e socialmente, há que se transformar por meio de iniciativas inovadoras para efetivamente atrair a atenção de turistas e novos investidores. Partir do planejamento para o encantamento, da teoria para a experiência, dos dados para as histórias. Ser capaz de diversificar sua economia por meio de ações práticas, lúdicas e criativas para criar oportunidades à comunidade, aos municípios e às empresas. Enxergar a região com um olhar criativo e propor soluções viáveis no âmbito regional e com apelo turístico. No que se refere ao turismo, a região já foi alvo de estudos, pesquisas e trabalhos ao longo dos últimos anos. Inúmeros relatórios foram gerados, levantamentos e diagnósticos de atrativos, equipamentos e empreendimentos turísticos. Tudo está devidamente mapeado.
  • 11. 11 Ao longo de diversos anos de trabalho do Sebrae-PR na região lindeira ao Lago de Itaipu, muitas entidades foram analisadas e consolidadas com o intuito de organizar os trabalhos e principalmente representar os municípios. O Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu é um importante instrumento integrador de toda região - uma entidade que pensa e enxerga cada município que compõe a região como um grupo único. Outra entidade recentemente criada foi a Agência de Desenvolvimento do Turismo da Região Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu (Adetur). A expectativa é que assuma toda responsabilidade de planejamento e gestão do turismo regional. Sua contribuição e participação serão fundamentais para a continuidade e operacionalização de todas as intervenções turísticas propostas neste trabalho. A Adetur deve pensar, propor e tomar ações na região. Com força de transformação, senso de pertencimento, envolvimento compartilhado, criatividade e capacidade de inovação colaborativa, um projeto de Turismo Criativo pode se tornar no futuro parte de um programa regular de inovação para a região trazendo sempre novidades e desenvolvimento para todos.
  • 12. 12 O histórico de trabalhos e projetos de turismo já realizados na região lindeira ao Lago de Itaipu possibilitou a implantação de diversas ações - algumas com sucesso, outras nem tanto. Essa realidade regional apresenta alguns desafios para a realização e implementação do trabalho. As ideias de intervenções turísticas sugeridas levam em conta esse contexto. Têm-se alguns desafios a enfrentar para transformar a região em um destino turístico criativo: O desafio do trabalho
  • 13. 13 Alguns empreendedores ainda acreditam que o turismo só existe se for com turistas estrangeiros. Eles não exergam que estão no meio de uma vasta região, com alto poder aquisitivo e que os melhores turistas estão na vizinhança. Fazer da região um produto turístico competitivo em escala regional. Fomentar e aproveitar o fluxo turístico da região de entorno já contemplará um público grande e representativo. Dar pequenos passos para conquistar pequenas vitórias – isso deve ser entendido como o lema para todos os empreendedores e gestores de turismo dos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu. Primeiro se consolida no atendimento regional e depois aumenta o raio de atendimento, gradativamente. Região deve se assumir como independente de Foz do Iguaçu. Não cabe encarar o destino Foz como um concorrente, ou esperar que turistas de Foz do Iguaçu possam considerar a região lindeira como complementar. Entretanto Foz do Iguaçu também passa por um momento de certa saturação de produtos e alternativas, não há uma diversificação em atrativos turísticos. Ótima estratégia seria ofertar os atrativos da região lindeira como um complemento aos turistas de Foz do Iguaçu e o inverso também seria verdadeiro. Aumentar o cardápio de atrações e serviços para as duas pontas - Foz - Guaíra e Guaíra - Foz. Criar produtos turísticos e distribuí-los por toda região. Um atrativo em uma cidade não é sinônimo de fluxo de visitantes. Um turista visita uma localidade motivado pelo conjunto de elementos interessantes – atrativos, equipamentos e serviços turísticos, além da experiência de encantamento. As intervenções sugeridas não abrangem necessariamente cada um dos municípios lindeiros e nem foi essa a intenção desde o início. Foram pontuadas algumas intervenções com grande apelo turístico em algumas localidades identificadas como melhores opções por razões como infraestrutura, atrativos naturais, históricas, acessibilidade, necessidade de melhorias, entre outros. O objetivo sempre foi a criação de um conceito para a região como um todo, sem pensar necessariamente em roteiro, municípios isoladamente ou produtos. Até porque esse é o papel que cabe às empresas do trade turístico da região para formatar e desenvolver. O intuito foi sempre de pensar em oportunidades para um destino turístico com produtos competitivos e condições para desenvolver a região com alternativas em serviços, pontos turísticos, promoção, eventos e negócios. Quem tenta vender tudo, acaba não vendendo nada.
  • 14. 14 Criar o conceito para a região. Ao se definir o conceito para um destino ou produto turístico, os desdobramentos ficam mais fáceis e naturais. Tudo se desenvolve a partir de uma ideia central, a comunicação, estratégias de marketing e promoção e estratégias de vendas. Quebrar a sazonalidade. Aproveitar um destino durante todo o período do ano é um dos objetivos de todas as localidades e regiões turísticas. Ter atrativos e serviços suficientes para convencer o turista que ele pode visitar a região lindeira ao Lago de Itaipu em qualquer época do ano é o que pretende o projeto atual com as diversas sugestões de intervenções turísticas. Muitas dessas intervenções podem ser usufruidas em qualquer tempo. As sugestões de eventos e festivais também servem para distribuir melhor o fluxo de visitantes, evitando a concentração num único período e local. Para circular pelas proximidades, o carro é o meio mais fácil e prático. Importante que as estradas estejam bem conservadas e sinalizadas. Utilizar este espaço para se comunicar com o potencial turista é uma estratégia importante a se considerar. Placas indicativas e de comunicação direta com o turista é um elemento facilitador na circulação por toda região lindeira ao Lago de Itaipu. Se não informar, ninguém fica sabendo da existência do turismo na região.
  • 15. 15 Quando se pensa em viagem, muitos imaginam apenas o período de férias com idas à praia ou a algum destino longe de casa. Tudo por um período acima de 15 dias. Essa não é mais a realidade de muitas pessoas. Conciliar os períodos de férias entre os familiares e amigos é algo complexo. Muitos preferem pensar em deslocamentos curtos aproveitando os finais de semana e feriados. Com um período menor disponível para o lazer, o destino precisa ser mais próximo da cidade onde moram. Essas viagens próximas são estimuladas pelo surgimento de inúmeros empreendimentos e serviços no entorno dos grandes centros. Andar e conhecer a região próxima à sua cidade é a escolha mais viável para essas “escapadas” de fim de semana. Para melhor aproveitar o turismo na região Turismo Regional Experiência em turismo A vivência da experiência durante uma viagem é o que marca a vida do turista. O destino que possibilitar essa experiência é o que será lembrado e promovido no dito “boca a boca”. São nos detalhes – pequenos ou grandes – que se pode pensar numa maior interação com os turistas. Contar a história do lugar, lembrar daquilo que já existiu, mexer com todas as sensações. Isso tudo faz parte e contribui. Conhecer a história de uma das primeiras cidades da América do Sul – Ciudad Real del Guairá, saber contar as histórias das batalhas que aconteceram na região lindeira ao Lago de Itaipu, escutar o som das Sete Quedas, reviver o silêncio do fim das Sete Quedas. Turistas não compram produtos, compram histórias.
  • 16. 16 Estar na mídia é aparecer para muitos. Aparecer e interagir com o público é estar nas redes sociais. Não é mais suficiente pensar em estratégias de comunicação restringindo a atuação em revistas, jornais, rádios e TVs. Hoje a abrangência é muito maior. A presença digital do destino precisa ser pensada no médio prazo. Entretanto ter uma página no Facebook e em outras redes sociais e atualizá-las constantemente ou mesmo ter algumas parcerias com blogueiros de viagem e turismo são novas atitudes de todo destino turístico criativo e que já podem ser desenvolvidas de imediato já que não exigem equipe técnica especializada. Muitos esperam contar com um projeto de web muito elaborado e caro para poder iniciar ações de venda e promoção no ambiente virtual. O caminho é inverso. Pode-se começar a vender e a divulgar o destino de forma imediata em apenas uma hora: cria-se uma página em rede social, começa- se a gerar conteúdo constante estalecendo canais com parceiros, entidades e o público que compartilharão as informações e promoverão o destino pouco a pouco. À medida que o destino começa a ganhar corpo na rede social, paralelamente se trabalha um blog com informações gerais, produtos, oportunidades e iniciativas turísticas na região que sirva como ponto de apoio a quem deseja visitar ou investir na região, mas não em formato de site - estático e fechado - e sim em formato de blog onde textos podem ser compartilhados, publicados comentários dos visitantes, feitos questionamentos, avaliações, etc. Uma rede viva por trás do ambiente virtual que consiga manter relacionamento e conteúdo com clientes e parceiros o tempo todo. Presença digital
  • 17. 17
  • 18. 18 História da região A região do Vale do Rio Paraná e seus afluentes foi uma das primeiras a serem exploradas no Novo Mundo. As promessas de prata e ouro, fruto de relatos indígenas aos exploradores espanhóis e portugueses, a facilidade do caminho natural, via os grandes rios, na maior parte navegáveis levou para o interior das novas terras a ocupação. Vilas foram organizadas - Ciudad Real Del Guayrá (1556) é um exemplo.
  • 19. 19 O português Aleixo Garcia foi o primeiro explorador a passar pela região em 1521. Com uma pequena expedição saiu do litoral de Santa Catarina pelo caminho do Peabiru. Sua intenção era chegar à grande montanha de prata - Peru - Minas de Potossi. Em 1541, outro explorador, o espanhol Alvarez Nunez Cabeza de Vaca faz percurso quase idêntico. A chegada dos Jesuítas espanhóis organizou a ocupação aliando-se aos Guaranis e formando verdadeiras cidades na região. O plano geopolítico dos jesuítas se desmanchou com os sucessivos ataques do bandeirantes paulistas que vieram em busca de mão de obra indígena, escrava, já adaptada às necessidades dos portugueses. Mais tarde a exploração em larga escala da madeira e do mate vieram a movimentar novamente a cidade de Guaíra e os povoamentos na beira do Rio Paraná. Apesar do isolamento, a cidade viveu uma economia pujante, com boas edificações, clube social, aeroporto, ruas bem traçadas e navegação de carga de passageiros de boa qualidade. A revolução de 1924, o tenentismo, concentrou ações de confrontos na região que acabou por assistir a muitas batalhas, a maior parte desconhecida pelos brasileiros e até pelo povo local. Na década de 1950, a corrida para o Oeste Paranaense trouxe agricultores gaúchos e catarinenses ao local e a economia vai se basear nas culturas da soja, milho e trigo. A construção da barragem de Itaipu e o desaparecimento das Sete Quedas mudaram novamente a região. O fraco movimento turístico caiu de vez e a região ficou esquecida.
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  • 21. 21 Fluxo turístico da região A região lindeira ao Lago de Itaipu tem um fluxo de visitantes já percebido por alguns empreendedores e gestores públicos. Ainda está longe do ideal. Todos objetivam que este número de turistas aumente e que permaneçam por um período maior. Só se alcança isso quando se dá opções de entretenimento e alternativas a roteiros já existentes. Hoje a origem desse fluxo de visitantes é prioritariamente do Norte e Norte Pioneiro do Estado do Paraná. Muitos estão a caminho de Foz do Iguaçu – entram na região por Marechal Cândido Rondon ou Guaíra – e outros do Pantanal. Também há aqueles que vão em busca das compras no Paraguai, em Salto del Guairá. Uma boa oportunidade seria saber aproveitar esse fluxo já existente para que circulem por toda região lindeira. Esse potencial de atração de turistas regionais pode ser trabalhado com estratégias de comunicação nas estradas e rodovias.
  • 23. 23 A transformação da região lindeira ao Lago de Itaipu em um destino turístico criativo tem algumas vantagens e oportunidades que precisam ser aproveitadas. O fato de já ter sido palco de diversos trabalhos é um sinal positivo. A região não precisa começar do zero. Os grupos de empreendedores e gestores já estão formados e sensibilizados. Alguns atrativos e empreendimentos já estão implantados e consolidados. Agora, precisamos de um refinamento com um olhar da criatividade. Algumas oportunidades observadas: Diversificação de atrativos. Já existem alguns atrativos turísticos espalhados pela região lindeira. No entanto, nem todos possuem grande apelo turístico capaz de motivar o surgimento de um fluxo de visitantes significativo. As intervenções sugeridas neste trabalho prevêem este aumento de atrativos, pontuados em alguns municípios. Quanto mais coisas interessantes existir, mais opções oferecemos aos turistas. 30 anos do desaparecimento das Sete Quedas. Em 1982 fez-se o silêncio em Guaíra. Uma ex-moradora de Guaíra, Maria Carolina Engel Beltrame, lembra desse marco em sua história com lágrimas nos olhos - “uma dor que não acaba mais”. Não se pode ignorar esse fato histórico. O momento é para relembrar os bons tempos das Sete Quedas e mostrar aos que não tiveram a oportunidade de conhecer o monumental fenômeno da natureza. Foz do Iguaçu precisa ser oxigenada com novas opções de atrativos e empreendimentos. Difícil não pensar em se aproveitar do existente fluxo desse destino. Os novos atrativos da região lindeira ao Lago de Itaipu podem servir como novas opções de lazer aos turistas de Foz do Iguaçu.
  • 24. 24 Aproveitamento da história da região. Muitas coisas aconteceram na região – desde o tempo da Companhia Mate Laranjeira, batalhas e brigas por terras, passagem de personalidades, formação do Lago de Itaipu, “morte” das Sete Quedas. Todos esses acontecimentos fazem parte da história e memória da região. Coisas boas e ruins precisam ser lembradas para que as novas gerações conheçam sua história e compreendam os dias de hoje. Recontar a história de forma lúdica e ilustrada dá o estímulo necessário para criar o senso de pertencimento à região. Origem de nomes. Pesquisar o significado dos nomes das cidades pode inspirar diversas ideias. Nos nomes de algumas cidades percebemos a nossa herança indígena. Guairá significa vento divino, relação direta com as Sete Quedas e o estrondo causado por suas águas. Fortalecer a pesca na região lindeira ao Lago de Itaipu. Diversos destinos turísticos no mundo se especializaram em turismo de pesca, atraindo um público seleto. Trabalhar com nichos de mercado permitem um trabalho mais especializado. Serviços e equipamentos são criados para atender um público específico. O Lago de Itaipu tem um grande potencial em razão da variedade de peixes existentes. Em cada trecho do lago pode-se trabalhar com uma espécie diferenciada.
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  • 27. 27 Grande ênfase Turismo de pesca. Exploração do grande potencial de pesca existente no Lago de Itaipu. Esta atividade já acontece na região lindeira. Existem empresas e serviços especializados em alguns municípios lindeiros. O fluxo de turistas ainda é incipiente, pode-se aumentar com uma divulgação direcionada. Ao se comparar com outros destinos de pesca, o Lago de Itaipu não aparece como uma opção aos pescadores, nem mesmo como referência à variedade de peixes. Para colocar o Lago de Itaipu nos mapas dos pescadores, sugere-se a realização de alguns eventos técnicos e profissionais com a participação de grandes pescadores profissionais. A atração de mídia especializada também contribui para que a região fique conhecida. Turismo de lazer. Visita aos diferentes atrativos sugeridos permitirá que os turistas tenham mais opções de atividades e entretenimento, além das praias já existentes. As intervenções a serem criadas seguem as tendências de turismo em que se permite uma experiência criativa e emocional aos turistas. Ao visitar a região, o turista vivenciará a história local - ouvirá o som estrondoso das Sete Quedas, reviverá as lendas da Ciudad Real del Guairá, conhecerá a história de uma das maiores empresas já existentes na região, a Mate Laranjeira, percorrerá o Morro dos Sete Pecados, ouvirá o “vento divino”, participará de uma diversidade de festivais e eventos. Turismo náutico. Aproveitamento do Lago de Itaipu para práticas esportivas. Não só de pesca o lago pode ser usado. Já houve tempos em que as atividades náuticas eram mais exploradas. Montar um calendário de eventos e festivais junto com as confederações de cada modalidade pode mostrar ao mundo o real potencial existente nesse que é um dos dez maiores lagos artificiais do mundo. Natação, canoagem, vela, jetski, travessias, esportes alternativos, entre outros, são algumas opções de atividades. Além disso, o aproveitamento do transporte fluvial pode facilitar a circulação de visitantes, além de oferecer um atrativo e passeio diferente, o que se prentende com a Linha Fluvial Presidente Epitácio a Foz do Iguaçu com paradas em Guaíra.
  • 28. 28 Ecoturismo. A região lindeira ao Lago de Itaipu é privilegiada com a existência do Parque Nacional da Ilha Grande e a proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu. Estas duas referências localizadas em pontos extremos da região contribuem para a prática do ecoturismo. Cada Unidade de Conservação guarda suas peculiaridades, principalmente em seu uso turístico. O primeiro não apresenta estrutura adequada para o aproveitamento turístico, entretanto seu uso pode ser diferenciado e adaptado. Os passeios de barco para contemplação do parque são uma opção para estimular o ecoturismo na região já que trata-se de um ambiente natural preservado com bonitas paisagens. Um grande número de ecoturistas viajam para diferentes localidades em busca dessa aproximação com a natureza e, principalmente, observação de fauna e flora locais. Trabalhar para atingir esse público pode ser uma oportunidade de investimentos em estruturas e serviços próprios e adequados. Turismo técnico-científico. Os municípios lindeiros ao Lago de Itaipu têm grande parte de sua economia voltada ao agronegócio. Diversas são as propriedades rurais que trabalham com agricultura e pecuária em pequena e média escala. Estimulados a conhecer o processo produtivo dessas propriedades, visitas técnicas são realizadas com o objetivo educacional e técnico. A realização de eventos técnicos relacionados às produções locais – em sua maioria soja e milho – também podem estimular a busca pela referência no assunto. Pequenos eventos que atraiam produtores e investidores, além de turistas, podem significar impacto importante para a economia e turismo local. Turismo de compras. Compras de produtos importados em cidade de Salto del Guairá no Paraguai é um grande apelo para o fluxo de visitantes que passam por Guaíra. Região de fronteira normalmente apresenta essa vantagem. A oportunidade é aproveitar esse fluxo existente e oferecer serviços e equipamentos para que permaneçam e usufruam não apenas de Guaíra mas de toda a região lindeira brasileira. Também há oportunidade para se trabalhar as indústrias e lojas locais para que ofereçam produtos diferenciados, principalmente tematizados ao novo conceito a ser trabalhado na região. Complementares
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  • 31. 31 Senso de pertencimento O Lago de Itaipu, apesar do seu tamanho - grande extensão e largura - é pouco visto pelas pessoas que circulam ao longo do seu percurso. As estradas e cidades, normalmente, estão longe das suas margens e estas protegidas por densa mata ciliar. Somente em alguns pontos e braços é que se pode ter a noção do seu tamanho. Sua posição - região de fronteira - segurança nacional - e por sua importância estratégica no fornecimento de energia criam alguns impedimentos e exigências para plena utilização turística. O surgimento do lago sacrificou um dos grandes atrativos existentes na região – Sete Quedas e o alagamento de parte de cidades. Para muitos ainda representa um marco negativo. Perdeu-se o grande atrativo e grande parte da memória de um povo. Esperar que muitos se apropriem do Lago de Itaipu é difícil. No entanto, pode-se trabalhar e valorizar a história e o passado da região, assim como valorizar a importância do lago economica e estrategicamente para a região e para o país no setor energético respectivamente. Contar a história do povo desperta a nostalgia - que em latim signifca dor da saudade do ninho - sentimento que pode ser trabalho e transformado em causa, compartilhamento e pertencimento. O senso de pertencer a uma região, a um povo e a um local é o mais forte ingrediente para se trabalhar conceito e venda.
  • 32. 32 Encantamento e experiência turística Turistas devem experimentar o turismo da região lindeira ao Lago de Itaipu. Atrativos e empreendimentos precisam possibilitar vivência diferenciada, pois os turistas guardam em sua memória todas as lembranças daquilo que vivenciaram e o impactaram de alguma forma especial. Não se deve restringir a apenas informar e contar a história. Deixar que vivam e experimentem as histórias da região, a cultura e os costumes locais, relembrar e ver novamente as Sete Quedas até escutar o silêncio mortal do seu fim, sentir o “vento divino”, participar de festivais, olhar e sentir o lago de perto e reconhecer sua história e belezas são caminhos que levam à experiência e ao encantamento turistico. Encantar significa estar junto sem estar presente Eloi Zanetti“ ”
  • 33. 33 Pessoas não compram produtos, compram histórias É preciso “mitificar” o Lago de Itaipu - dar a ele o seu devido valor. Apesar de ser um acidente geográfico artificial - uma das maiores extensões de água feita pelo homem no Planeta -, na cabeça de muitas pessoas ele é “apenas mais um lago”. Não carrega histórias como - Ness, Titicaca, Grandes Lagos, Tanganica ou Vitória. Ao observá- lo não temos a mesma sensação de chegar frente a um acidente geográfico mitificado pelo tempo e pelas histórias. o Lago de Itaipu, por enquanto, é apenas uma vasta extensão de água - artificial, não diz nada à nossa imaginação. O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo. Fernando Pessoa “ ”
  • 34. 34 Inovação e criatividade Sete Quedas Os empreendedores de turismo devem respirar criatividade. Ela deve estar em todos os lugares, desde os atrativos que os turistas visitarão, no antendimento, processos de venda, relacionamento, até os próprios empreendimentos turísticos como hoteis e restaurantes. A criatividade precisa estar no ar. Todos os detalhes são importantes para que os turistas percebam que absolutamente tudo foi e é pensado para tornar o seu sonho em encantamento, experiências e histórias para contar. Há exatos 30 anos, no mês de outubro de 1982, o maior conjunto de cachoeiras em volume de água do mundo desaparecia. Naquele ano muitas pessoas foram testemunhar aquele que para os olhos de meros mortais seria o maior e mais impressionante espetáculo da natureza – as Sete Quedas de Guaíra. Em seus ouvidos o som das águas permanece e na memória ficou para sempre registrada as curvas daquelas poderosas correntes do Rio Paraná.
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  • 37. 37
  • 38. 38 Turismo de Pesca A região pode se tornar Polo de Pesca Considerado um dos melhores lagos em quantidade de peixe Depoimento de um pescador profissional “ ” O lugar é bom de pescar, mas é preciso arrumar o setor na região. Depoimento de um piloteiro“ ”
  • 39. 39 A pesca esportiva, se bem conduzida na região lindeira ao Lago de Itaipu, atrairia aficcionados com bom poder aquisitivo para o Lago de Itaipu e o Rio Paraná. E no caso de Guaíra e entorno, pescadores e acompanhantes (esposas, maridos, filhos e família em geral) teriam inúmeras opções de passeios e compras. Atualmente, o pescador profissional traz a família que após um dia de compras no Paraguai não tem mais o que fazer. É preciso portanto não apenas incentivar e incrementar o turismo de pesca na região mas também criar atrativos complementares na cidade de Guaíra e em toda região. Um incentivo à prática do esporte e à permanênca na região por mais um dia ao menos. A região já é tradicionalmente ponto de atração de pescadores profissionais e amadores que pescam em vários trechos do rio conforme pudemos observar em visita técnica com os passeios de barco rio acima. Pontos de parada, casas e bases de pescadores são inúmeros em trechos do rio, próximo ao Parque Nacional de Ilha Grande, comprovando o potencial da região em se tornar um ponto de pesca esportiva reconhecido em todo o país. Os equipamentos turísticos para atendimento são modestos e precisam se adequar à medida que a região se promova como polo de pesca. Por isso mais investimentos serão necessários, como melhores e mais diversificados meios de hospedagem, estrutura de equipamentos para atender pescadores, alimentação para servir equipes e apoio. Entretanto tais investimentos devem partir do empresariado local à medida que o setor se desenvolva. Pescadores que frequentam a região dizem ter no Lago de Itaipu e no Rio Paraná um potencial enorme de peixes - quantidade e diversidade. Quanto à pesca do tucunaré em todo o lago, segundo informações de pescadores, não há restrição quanto a tamanho e quantidade. E hoje pescadores do mundo todo estão atentos a este peixe pela sua performance para a prática da pesca esportiva. Já com relação à pesca no Rio Paraná - trecho próximo e acima de Guaíra - as oportunidades existem para realização de campeonatos, festas destinadas ao pescado e aos setores complementares à pesca. A região poderá se tornar importante polo de pesca esportiva, principalmente adotando a prática do pesque-e-solte, com produtos/serviços associados ao setor pesqueiro como gastronomia, vestuário, equipamentos, cursos, ações de sensibilização para prática consciente da pesca, campeonatos, entre outros. Já possui infraestrutura básica e acessibilidade razoavelmente boas ao longo de todo trecho de Foz do Iguaçu a Guaíra que permite fácil deslocamento de turistas, pescadores e grupos de pessoas de várias regiões do país.
  • 40. 40 Ao mesmo tempo, o setor público precisa investir em infraestrutura de apoio e mobilidade entre as cidades lindeiras ao Lago de Itaipu que servirão de bases para todas as atividades de pesca. Só de forma conjunta entre iniciativa privada e público, aliadas a entidades e parceiros locais é que um polo pode se desenvolver e se consolidar. A importância e oportunidade da prática do pesque-e-solte A região deverá pensar o seu polo de pesca a partir da prática do pesque-e-solte para sensibilização dos pescadores, preservação e aumento da população de peixes no Lago de Itaipu e Rio Paraná e atrair praticante de todo mundo. Em matéria e estudos recentemente publicados, a pesca esportiva no Mato Grosso deve atrair mais de 50 mil turistas nos próximos três anos, segundo a Associação Mato-grossense de Ecologia e Pesca Esportiva (Amepesca). Os Estados Unidos também lucram com o turismo pesqueiro, sobretudo nos estados onde vigora o pesque-e-solte e é possível encontrar grandes espécies de peixes. “Nos Estados Unidos, os estados onde não vigora o pesque-e-solte há medidas mínimas e máximas para cada espécie, e têm atraído turistas brasileiros para lá”, comentou o vice-presidente. A partir desse pensamento, a região do Lago de Itaipu e do Rio Paraná - próximo a Guaíra, deve colocar em debate de que forma querem fazer da região um polo de pesca, pensando estrategicamente no médio e longo prazo e na sustentabilidade ambiental. “Isso deve acontecer devido às alterações na Lei 9.096, de 16 de janeiro de 2009, que dispõe sobre a Política de Pesca no Estado - determinando restrições por meio da modalidade do pesque-e-solte. Segundo o vice-presidente da Amepesca, Antenor Alves Junior, em 2011 cerca de 80 mil brasileiros foram pescar na Argentina. “Lá (na Argentina) já é possível encontrar peixes grandes, que aqui já são raridades”. Segundo ele, desses 80 mil turistas, cerca de 70% poderiam ir para o Mato Grosso caso os rios tivessem a quantidade e o tamanho dos peixes que existem no país vizinho.
  • 41. 41 Infraestrutura atual nos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu Sugestões de como desenvolver Marinas e bases - único município com atracadouro móvel é Itaipulândia, todos possuem estacionamento, equipamentos de hospedagem, assistência técnica, manutenção, limpeza. Embarcações para o turismo de pesca - locação, serviço de piloteiro, guia de pesca disponíveis em pequena escala. Barcos para pesca coletiva também é opção. Sensibilizar a população, o trade turístico e empresas de outros setores para o desenvolvimento do turismo de pesca fazendo-os perceber o real potencial de geração de riqueza, emprego, renda e oportunidades de negócios para toda a região. Sensibilização ambiental - envolvimento com a causa - aos pescadores e profissionais com serviços relacionados à pesca e complementares de que a pesca predatória e o uso inadequado dos recursos naturais pode acabar em pouco tempo com a sua fonte de renda e com uma oportunidade que a região já tem e pouco aproveita - ser um polo de pesca. Incentivo e discussão de projeto para prática de pesque e solte em toda a região. Desenvolvimento de conceitos, ideias práticas e intervenções para receber e atrair o público para o turismo de pesca. 1. 2. 3.
  • 42. 42 1. Pesca esportiva - sensibilização da população e profissionais de turismo Antes de um trabalho de divulgação da pesca, faz-se necessário um bom trabalho de comunicação interna para sensibilizar e comunicar a população e profissionais da região quanto ao turismo de pesca. Em todos os setores - profissionais, piloteiros, restaurantes, taxistas, frentistas, hotéis, comércio local, entidades e demais setores - é preciso primeiro comunicar e sensibilizar para depois capacitar de acordo com as necessidades mais imediatas.
  • 43. 43 a. Alguém que faça - contar com um profissional que possa gerenciar o trabalho de comunicação para a região e absorver as demandas da comunicação interna e externa para a formação do Polo de Pesca do Lago de Itaipu. Caso não haja um profissional de comunicação, alguém deverá necessariamente conduzir esse processo internamente de forma constante e com cronograma definido. b. Organizar calendário de eventos, palestras, workshops, oficinas sobre o turismo de pesca - a Adetur pode ficar responsável por essa organização e atualização cobrando do profissional definição urgente. c. O exemplo que vem de fora - trazer profissionais de outras regiões do Brasil e do mundo - centros de pesca em rios e lagos que são referências para contar suas experiências de negócio. Dar um impulso na ideia. d. 15x15 histórias de pescador - evento com pescadores profissionais e pessoas que trabalham direta ou indiretamente com pesca para contar suas histórias e segredos de sucesso no setor em 15 minutos cada. A ideia é motivar o setor local e reforçar o trabalho de sensibilização na prática. e. Brainstorms colaborativos - levantar as necessidades de cada setor por meio de brainstorms para identificar as demandas mais imediatas e definir como cada um, de forma compartilhada, poderá efetivamente ajudar na prática a solucionar, buscar recursos, parcerias, promoção e aplicação. Serão necessários aproximadamente três workshops de 4 horas cada, dividindo em grupos temáticos para geração de soluções criativas com foco comercial para o desenvolvimento do polo. Todos os envolvidos direta e indiretamente com a pesca deverão participar. O brainstorm deverá ter condução profissional e contar com facilitadores que conhecem a prática para mobilizar, organizar e conduzir todo o processo para geração de soluções e ideias práticas. f. Utilizar rede de relacionamento, email, rede social, blog etc. para informar e comunicar o público interno e o trade sobre as oportunidades, o trabalho que está sendo feito e tudo que está acontecendo na região. Rádios comunitárias podem contribuir. Como fazer:
  • 44. 44 2. Sensibilização ambiental Envolvimento com a causa - aos pescadores e profissionais com serviços relacionados à pesca de que a pesca predatória e o uso inadequado dos recursos naturais pode acabar em pouco tempo com a sua fonte de renda. Como fazer: a. Debate sobre modalidade pesque-e-solte - A região deveria definir regulamentações que preservassem tanto a população de peixes no lago e rio quanto a capacidade de aumentar a quantidade dos mesmos a cada ano do desenvolvimento do polo. Sugerimos que seja colocada em discussão a pauta da prática do pesque-e-solte como medida a ser adotada para os próximos anos - de dois a três anos. De acordo com leis já em vigor em outros países e alguns estados brasileiros o ideal é que nos próximos 3 anos seja determinado que só se pratica a pesca de pesque-e-solte na região, sem permissão de levar peixes, para garantir o aumento da população de peixes e que à partir do quarto ano possam ser determinadas medidas mínimas, de algumas espécies, que poderão ser carregadas pelos pescadores. b. Estudos sobre a questão do repovoamento do Lago de Itaipu - centro de alevinagem. c. Criação em cativeiro - Fornecimento para gastronomia . “Escolas da região consomem peixe - e só não consomem mais porque não há mais oferta de peixe, pegam peixe de fora para suprir”, comentário de representante da região mencionando o incentivo que a legislação propicia para a compra direta de itens da merenda escolar com produtor local. d. Sensibilização dos pescadores de barranca de rio - estímulo a prática de pesque e solte. Técnicas, cuidados e benefícios. e.Faculdades (MarechalCândidoRondonpossuiocursodeEngenharia de Pesca) - envolver professores e pesquisadores para a formação de mão de obra especializada, orientação científica, pesquisa, manejo e orientação ambiental, recursos hídricos, ictiofauna, para o desenvolvimento do polo.
  • 45. 45 f. Envolvimento das escolas públicas e privadas (do ensino fundamentall à graduação) - trabalhos com professores, equipe pedagógica e alunos sobre o potencial da pesca na região, uso do tema em sala de aula, incentivo à pesquisa. g. Avaliação e aproveitamento da legislação ambiental específica - estudos com especialistas para elaboração de políticas públicas para o setor - trabalho de articulação política com parlamentares para lutar a favor do tema. h. Esclarecimento sobre os critérios para o uso do Lago de Itaipu - o que diz a legislação, quais as restrições impostas pela Itaipu Binacional, aspectos relacionados à segurança nacional nas áreas de fronteira. i. Articulação com autoridades para aumentar a fiscalização e controle de pesca para evitar a pesca predatória e crime ambiental. Necessidade de preservação da imagem do destino.
  • 46. 46 3. Desenvolvimento de conceitos, ideias práticas e intervenções para receber, estimular e atrair o público para o turismo de pesca - ideias práticas como suporte Se a região tem desejo e potencial para se tornar polo de pesca esportiva no país, não basta querer e se dizer polo, precisa sim se estruturar, se unir e autopromover. Se ninguém souber que o local é polo de pesca, a região nunca será. a. Gastronomia - incentivo à criação de cardápio a base de peixes para estimular o consumo local, regional e de turistas. Criar um prato típico da região - além do pintado na telha, que deve ser reforçado como destaque. Diversificar opções de pratos a base de peixe da região. Concurso de gastronomia - melhor receita familiar a base de peixe, melhor peixe ensopado, peixe assado, peixe frito, bolinho mais gostoso, iscas de peixe mais saborosas, bolo em formato de peixe. Ex. Torta de Pacu - Itaipulândia. b. Lojas de equipamentos para pesca - estimular comércio local por meio dos trabalhos de sensibilização a também vender equipamentos de pesca em seus estabelecimentos para dar suporte ao futuro polo de pesca.
  • 47. 47 c. Hospedagem - adequação com serviços para o turismo de pesca: café da manhã bem cedo, kit lanche pesca, informações do tempo e lua, condições da água, divulgação das atividades de pesca da região, suporte para atendimento em horários específicos, parceria com outros centros de pesca do país. Um exemplo a ser seguido é a Pousada Don Blu que já realiza esse tipo de serviço ao público pescador. d. Estimular e capacitar para serviços específicos - lanches, oferta de iscas, guias, piloteiros, produção de varas, carretilhas, etc. e. Artesanato e souvenirs - trabalhar produtos e iconografia regionais relacionadas com a pesca, histórias, lendas, o maior peixe da história da região, aliando com o artesanato local. Trabalhar a matéria prima oriunda do peixe - para artesanato. Ex. Amor- peixe – artesanato de couro de peixe (referência Corumbá – projeto WWF) - http://bit.ly/TYyiy6 f. Desenvolver ou fazer parceria com o setor de vestuário mais próximo para confecção de roupas e equipamentos específicos para pescadores - vestuário, camisetas criativas de pesca, camisetas infantis, femininas, bonés para pesca, roupas com repelente e protetor solar, etc.
  • 49. 49 Criação da Liga da Pesca do Lago de Itaipu - Reorganizar os campeonatos de pesca no lago com várias modalidades e categorias - profissional, pesque e solte, amador, infanto-juvenil. Serão dois grandes torneios na região do lago, percorrendo alguns municípios lindeiros. O objetivo é dar destaque ao lago com a ideia de unificar os campeonatos de pesca que já existem e unir em uma proposta mais profissional e comercial para atrair pescadores de toda a região, do Brasil e outros países. Sugere-se um campeonato de fevereiro a abril e outro de setembro a novembro (tucunaré e corvina, respectivamente) Os meses prévios e os intervalos entre os campeonatos serão utilizados para a organização, cooptação de parceiros, captação patrocinadores, promoção e comunicação. Será criado um ranking para ambos os campeonatos definindo um campeão, segundo e terceiro lugares para o primeiro semestre e um campeão, segundo e terceiro lugares para o segundo semestre. Prêmios de participação a todos convidando- os ao campeonato do ano seguinte já com desconto de pré-inscrição. Compartilhamento de fotos, videos, melhores momentos e histórias (entrevistas com participantes) com a imprensa e pelas redes sociais e blog. Ao final de cada temporada/ano um grande prêmio será dado ao campeão que participar de todas as etapas de ambos campeonatos e tiver a melhor pontuação. Serão criadas categorias criativas como - prêmio de menor peixe, o peixe mais feio, o mais original objeto não identificado capturado, a mentira de pescador mais engraçada, o barco mais bonito e o mais feio, a mais bonita pescadora, o mais bonito pescador, o pescador mais velho e o mais jovem, etc. A Adetur e o Conselho dos Municípios Lindeiros devem articular parcerias políticas e privadas para fazer da Liga da Pesca do Lago de Itaipu um grande evento anual que fortalecerá a atividade na região de forma constante, se possível já com medidas de estímulo e regulamentação para a prática do pesque-e-solte. Intervenções principais
  • 50. 50 Liga da Pesca - Rio Paraná - idem ao descrito anteriormente, a região deve criar condições e estratégias (incluindo digital) para desenvolver e atrair pescadores para pesca no Rio Paraná, que segundo pescadores tem potencial para pesca de grande variedade e tamanhos. Campeonatos locais com formação de ranking e parcerias com centros de pesca regionais e em todo o país para colocar o rio no calendário dos pescadores profissionais e aos poucos criar referência e atrair investidores. Uma das sugestões é criar roteiros de pesca que passem por belos pontos próximos a Ilha Grande e localidades com algum destaque cênico ao longo do rio.
  • 51. 51 Estratégias para comunicação, venda e divulgação Como fazer a.Contarcomumprofissionaldecomunicaçãoemarketing para definir e implantar as estratégias de comunicação e vendas b. Contratar uma assessoria de imprensa em um segundo momento,apósasprimeirasestratégiasedirecionamentos estarem definidos para dar força de comunicação à ideia do polo. Considerações: - Reaproveitamento do guia de pesca (2007) - reeditar em formato e comunicação inovadores - Utilização do conteúdo para aproveitamento digital - blog, redes etc. mapas dos locais de pesca - PescaTour (Famtour) - Trazer um especialista em pesca esportiva (rios e lagos) para apresentar o potencial do Lago de Itaipu e do Rio Paraná (de Guaíra a Ilha Grande) às agências, operadoras, jornalistas de mídias especializadas em pesca, blogueiros de turismo e pesca, pescadores profissionais e o trade turístico local e regional. - Convidar um programa de TV sobre pesca para reportagem na região (com alguma personalidade famosa local) para mostrar a potencialidade da região que pode ser o novo polo de pesca.
  • 52. 52 - A Adetur e região deve se articular politicamente, ter envolvimento com as autoridades, formadores de opinião e entidades representativas do setor turístico e pesqueiro para atrair oportunidades constantes para a região. - Criação de uma marca, selo ou personagem que identifique e dê apoio à proposta de polo de pesca na região e dê suporte à comercialização de produtos associados. - Sinalização turística e promocional nas estradas de acesso à região, a partir dos fluxos definidos e estratégias. - Exposição da marca de futuro Polo de Pesca com chamadas do tipo: Você está próximo de um dos maiores lagos para prática da pesca esportiva no Brasil, venha conhecer e pescar : www.polodepesca. com.br. Das 20 principais espécies de peixes de rio, o Rio Paraná tem 21 esperando por você, venha conhecer e pescar: www. polodepesca.com.br “ÓÓÓ Senhor conceda-me a ventura de fisgar aqueeeele peixe, livrando-me assim da mentira” www.polodepesca. com.br
  • 53. 53 - Participação em eventos e feiras do setor é muito importante para lançar a ideia do polo e porque vale a pena vir para a região pescar. Aproveitar o material criado, entrevistas, mapas, pescatour entre outros para fazer relacionamento e venda nas feiras. - Presença digital - criar plataforma digital para a promoção da pesca, mostrar o potencial do lago e rio, relacionamento por meio de blog, redes sociais de pescadores, blogueiro local e convidado. - Produzir web vídeos de pesca da região - história de pescadores no blog, curiosidades, oportunidades. - Elaborar concursos e prêmios com o tema pesca de forma constante. - Criar um programa de rádio local para falar sobre o setor de pesca, oportunidades da região, próximas iniciativas, informações, curiosidades, condições do lago e pesca, dicas para pescadores, equipamentos de pesca. Sabe-se que na região há rádios comunitárias que poderiam contribuir com a ideia. - Museu da Pesca de Água Doce - resgate de embarcações, utensílios, instrumentos de pesca, técnicas, fotos, filmes sobre a pesca doce em todo Brasil. Espaço interativo com lago artificial para aprender as técnicas de pesca (descritivo completo abaixo no item - Guaíra).
  • 54. 54 Festival do Lago de Itaipu Um grande Festival do Lago de Itaipu contribuirá para que as pessoas olhem e se apropriem do lago. O festival tem como objetivo valorizar e usar o lago, com a realização de diversas atividades, envolvendo todos os municípios e aproveitando o período de baixa temporada (junho, julho e agosto são os meses mais ociosos). Este evento anual teria a duração de três semanas e aconteceria em todos os municípios, com atividades itinerantes. Seu diferencial é que suas atividades não seriam restritas às tradicionais, como esportes náuticos - canoagem, jet ski, vela, entre outros. A intenção é realizar “esportes malucos” - salto e mergulho no lago de uma mega rampa, disputa de performances sobre esqui aquático e diversas outras atividades que podem ser propostas localmente. Conjuntamente com as atividades esportivas, sugere-se organizar uma programação variada com atividades gastronômicas - festa gastronômica a base de peixe do lago - estímulo a refinamento e diversificação de pratos; culturais - festival de mestiçagem na música - concurso de música na praia – apresentação de bandas de todos os tipos – alemã, baiana, frevo, caipira, etc.; histórias e piadas de pescador; de entretenimento - semana do monstro do Lago de Itaipu. Aproveitar o momento de atividades dedicadas ao Lago de Itaipu e brincar com a questão da mitificação do lago.
  • 55. 55 Festival do Lago de Itaipu
  • 56. 56 Parque de diversão inflável O período de verão na região já tem um fluxo de visitantes consideravelmente exagerado. Todas as praias - com ou sem estrutura - lotam. O período de baixa temporada para a região significa - de maio a setembro. Entretanto, as estruturas mínimas de atendimento - lanchonete, banheiro, limpeza - passam a funcionar apenas no verão (período de férias escolares). Em outros momentos, mesmo com gente frequentando as praias, a estrutura disponível é precária. Atividades de entretenimento e acontecimentos programados seguem o mesmo ritmo. Uma estrutura de parque de diversão inflável sobre as águas do Lago de Itaipu pode ser um atrativo a ser explorado em paralelo na temporada de praia. Imagina-se que essa estrutura seja montada temporariamente nas praias dos municípios. A cada tempo ela é inflada em uma praia diferente. No molde itinerante, o parque teria uma programação para estar em cada ponto do Lago de Itaipu. Isso permitiria um maior período de “sensação de novo atrativo”, uma vez que será esperado para ser montado em cada praia. Este parque pode ter ícones relacionados às histórias do Lago de Itaipu - representação das Sete Quedas, peixes do lago, mítica do monstro do lago, Ilha Grande, barcos de pesca, entre outros elementos. Esse link e contextualização do atrativo facilita sua receptividade pela população e turistas. A história da região tem que estar instrínseca em todos os elementos. Paraesteatrativoserimplementadoénecessáriouminvestidor privado. A estrutura do parque inflável pode ser facilmente adquirido com empresas chinesas que possuem experiência neste tipo de produto. O importante é que se elabore um projeto com os elementos e desenhos referentes à região lindeira ao Lago de Itaipu.
  • 57. 57
  • 58. 58 Maquete do Lago de Itaipu e municípios O Lago de Itaipu não é visto pelas pessoas. São poucos os pontos onde se tem ideia da dimensão do lago e dos municípios. Uma forma de possibilitar o sentimento de pertencimento e apropriação do lago à vida das pessoas é “trazê-lo” mais próximo de cada um. Representar o lago de todas as formas é um estímulo para que todos o conheçam. Um bom exemplo seria criar uma grande maquete da região lindeira ao Lago de Itaipu. Nesta maquete todos poderiam compreender a imensidão do lago e os municípios que estão a sua beira. Para possibilitar uma maior experiência das pessoas, seria um retrato fiel da região. As pessoas poderiam identificar pontos conhecidos - atrativos, equipamentos, ruas, morros, entre outros elementos. Uma passarela de vidro seria construída acima da maquete - todos poderiam ter a sensação de andar sobre a região. A localização dessa maquete seria estratégica - nos principais pontos de acesso à região. Cada entrada rodoviária da região - Guaíra e Medianeira - e o principal acesso aéreo - Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu - teriam a exposição da maquete para servir como “boas vindas” aos visitantes.
  • 59. 59
  • 60. 60 Bolsistas escritores para morar na região e escrever livros e pesquisas sobre a região Gerar e produzir conhecimento na região lindeira mediante incentivos e fomento à pesquisa acadêmica e literária capacitará e aumentará os recursos para se pensar e enxergar a região de forma mais criativa. A presença da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) poderá contribuir nas pesquisas e cessão de bolsas de estudos para professores e pesquisadores sobre a história dos municípios. Quanto mais uma comunidade tem conhecimento sobre sua história e memória, mais senso de pertencimento se nutre pela cidade. Livros e pesquisas sobre a região precisam ser escritos e acessados por todos.
  • 61. 61 Campeonato mundial de ciclismo - Tour do Lago de Itaipu Seguindo exemplo de outras cidades e países, realizar um campeonato ciclístico pela região lindeira é uma ótima “desculpa” para se promover e oportunizar a visita e circulação de turistas. Aos moldes do Le Tour de France, esse campeonato poderia percorrer toda região passando por todos os municípios. Aconteceria por etapas em cada cidade, completando uma volta por toda região. Os trechos da corrida ciclística podem passar pelas estradas estaduais e municipais existentes, além de percursos nada tradicionais como as estradas de terra, campos e serras. Colocar esse campeonato no circuito mundial representaria não apenas sua consolidação, mas uma divulgação constante de toda região. Isso exigiria uma organização profissional da corrida, bem como a preparação de futuros campeões locais. Essa organização precisaria contar com o apoio da Federação Paranaense de Ciclismo, que colaboraria em sua realização e divulgação junto aos atletas.
  • 62. 62 O Ciclismo de Estrada O entusiasmo por competições de Ciclismo de Estrada começou no final do século XIX e não parou de crescer desde então. Certas corridas são tão grandes que podem atrair dezenas de milhões de espectadores e são assistidas por telespectadores ao redor do mundo. A primeira corrida que se tem registro data de 31 de maio de 1868, realizada no ‘Parc de Saint-Cloud’, em Paris. A primeira corrida de cidade à cidade foi realizada em 7 de novembro de 1869 entre Paris e Rouen. Os organizadores buscavam promover o ciclismo para demonstrar que a bicicleta poderia cobrir consideráveis distâncias. O Ciclismo de Estrada tornou-se parte dos Jogos Olímpicos desde a sua primeira edição em 1896. O primeiro Campeonato Mundial de Estrada da UCI foi organizado em 1927. Atualmente, eles são circuitos entre 12 e 17 km, com uma largada em grupo em uma distância total percorrida de aproximadamente 260 km. A União de Ciclismo Internacional (UCI) introduziu o UCI ProTour em 2005, que consiste em uma competição que agrupa os melhores times e os melhores corredores do mundo. É o circuito internacional mais prestigioso do ciclismo.
  • 63. 63
  • 64. 64 Film Commission Diversos destinos turísticos têm trabalhado e investido na atração de um público diferenciado - os produtores e toda equipe de realização de filmes, novelas, séries, documentários, comerciais de TV, etc. - para usar a cidade ou região como cenário. Este setor de produção audiovisual possibilita a circulação de público específico nas cidades, movimenta a economia local e principalmente divulga a cidade com sua exposição nas produções. Para trabalhar este nicho é preciso ter uma postura profissional. O primeiro passo seria identificar o potencial - levantamento das locações cinematográficas e criação de um banco de imagens das mesmas para uso das produções audiovisuais e afins - e formar um grupo específico para trabalhar o assunto. Normalmente é formado o Film Commission, grupo que atuaria como agente facilitador para as produções audiovisuais realizadas nas cidades lindeiras ao Lago de Itaipu. Também ofereceria suporte técnico na busca de locações com produtores especializados, agilizaria as negociações de serviços para obter melhores custos, além de disponibilizar bancos de dados com profissionais de diversos segmentos e escritório para as equipes de produção. A região lindeira pode se agregar no Film Comission já existente na cidade de Foz do Iguaçu. Assim, todos os municípios em conjunto uniriam suas forças para o trabalho de toda região. Importante é que haja um grupo de pessoas da região lindeira do Lago de Itaipu que represente seus interesses e busquem as iniciativas de filmagens para a região em conjunto com a equipe de Foz do Iguaçu já existente. Paralelo a isso, também poderiam ser realizadas ações de fomento e difusão do cinema, como festivais, mostras, sessões comentadas e workshops, bem como, uma atuação junto às universidades e outras instituições de ensino visando o despertar vocacional para o cinema e a formação profissional para a atividade.
  • 65. 65 Nos EUA uma produção de filme em locação gera, em média, US$200.000 por dia em atividade econômica e receitas públicas, de acordo com dados da Motion Picture Association of America (MPAA).
  • 66. 66 Linha turística fluvial O Rio Paraná e o Lago de Itaipu tem grande potencial para navegação, que é mal explorada na região. A ideia é atrair investidores para colocação de embarcações modernas e rápidas para circular pelo Lago de Itaipu, além da implantação de uma linha fluvial ligando o porto de Presidente Epitácio a Foz do Iguaçu, com parada em Guaíra e Santa Helena. Linha fluvial - Presidente Epitácio/Guaíra/Santa Helena/Lago de Itaipu/ Foz do Iguaçu Passeio de barco que faz o trecho do interior de São Paulo até Foz do Iguaçu, ao estilo dos barcos chilenos, com apelo histórico de toda região. Roteiro que visa criar um novo atrativo turístico de impacto para turistas de São Paulo principalmente do interior próspero do estado - Presidente Prudente, Barretos, Ribeirão Preto, Marília, Bauru, Ourinhos, São Carlos, Franca, Campinas, Limeira, São José do Rio Preto etc. Assim como cidades mineiras como Uberlândia, Uberaba, Araxá; do Norte paranaense, Londrina, Maringá; de Mato Grosso do Sul - Dourados e Campo Grande, entre outros. É uma forma a mais de destacar o destino Guaíra e em consequência outros municípios lindeiros ao Lago de Itaipu - atraindo um novo fluxo fluvial. Este roteiro poderá contemplar também percurso da região do Lago de Itaipu até Foz do Iguaçu para terminar em grande estilo. Estima-se que o trecho Presidente Epitácio a Foz do Iguaçu possa ser percorrido em 3 ou 4 dias, com as paradas em Guaíra e Santa Helena, em um barco rápido. Historicamente essa linha já existiu na época da Companhia Mate Laranjeira e era uma das principais rotas fluviais do Paraná a São Paulo no período próspero do mate. Pode-se aproveitar o fato histórico para incrementar o conceito e a venda do produto. Entrevistamos Dona Maria Engel, cujo pai foi o restaurador de uma famosa embarcação em Guaíra chamada Capitão Heitor, onde fatos históricos, imagens e objetos daquela época ainda a pertencem e contam a história das navegações no Rio Paraná.
  • 68. 68 A sugestão do roteiro turístico fluvial seria: - Saída do Porto de Presidente Epitácio - Navegação até Guaíra com passagem pela Ilha Grande - Parada de um dia em Guaíra - visita aos atrativos - Navegação até Santa Helena e pernoite - Parada de um dia em Santa Helena - visita ao Morro dos Sete - Pecados e região - Navegação até Foz do Iguaçu - Parada em Foz do Iguaçu - visita ao Parque Nacional do Iguaçu, Itaipu e região - Retorno rodoviário
  • 69. 69 Iluminação cênica nas entradas das principais cidades Trabalhar com a iluminação cênica poderia remeter à imagem da Itaipu Binacional. A ideia seria em parceria com a Itaipu e demais parceiros iluminar estradas, árvores, pedras, monumentos ou qualquer outro elemento nos principais acessos de cada município da região lindeira ao Lago de Itaipu. Essa iluminação poderá ser estendida a outros espaços - dentro de cada município, formando uma rota de iluminação na região. Num segundo momento, pode-se pensar num grande festival de iluminação. Ilustração - Iluminação Cênica
  • 70. 70 Festival de Luz do Lago de Itaipu Iniciativa que pode ser apoiada pela Itaipu Binacional e outros parceiros, contemplando algumas atrações e produtos que brinquem o tema luz, de formas variadas e envolvendo toda região. -Refletindo as estrelas guaranis - um projeto de iluminação pontual no Lago de Itaipu aproveitando dois conceitos: o conceito que trata da reflexão de se olhar as estrelas a noite por meio de luzes com desenhos das constelações no lago, e outro o conceito do significado das estrelas para os guaranis - que fizeram parte da história e da formação do povo da região oeste. Os guaranis chamam a Via Láctea como Caminho da Anta (Tapi´i Rape) ou a Morada dos Deuses. Também chamam a Grande Nuvem de Magalhães de Bebedouro da Anta (Tapi´í Huguá) e a Pequena Nuvem de Magalhães de Bebedouro do Porco-do- Mato (Coxi Huguá). Aproveitar essas histórias e desenhá-las em pequenos pontos de luz (led) em um ponto do lago onde se pode observar desenhos e significados como atração turística local. - Teatro cheio de luz - espaços culturais dos municípios iluminados especialmente para o festival com apresentações culturais e temáticas ao longo do evento. - Música e luz - música no Lago de Itaipu - palcos flutuantes nas praias de Santa Helena e Itaipulândia que têm mais estrutura para receber grande público com apresentações de músicos e bandas locais em um show iluminado, projeções, brilhos, raios, etc.
  • 71. 71 - Barcos iluminados – concurso do barco mais iluminado - Lago de luz - Cada município organiza e realiza intervenções de iluminação no lago - Intervenções urbanas - cada município participa de um concurso que premiará as melhores intervenções com o tema luz em área urbana, durante o festival. - História da região projetada - Projeção de vídeo e imagens ampliadas da história da região para receber o grande público em datas previamente agendadas (ex. Palácio de Sintra) - Possibilidade de enxergar a iluminação das cidades e do lago a partir do Morro dos Sete Pecados O festival pode acontecer em espaços públicos e privados. A exemplo do Natal de Gramado que possui apresentações e entretenimento público - desfiles e atividades nas ruas e praças, como também em espaços privados - locais com programação própria e cobrada. O Festival de Luz do Lago de Itaipu aconteceria em diversos municípios - cada qual com uma programação e atividades diversas - e poderia ter atividades gratuitas e cobradas. Ao se cobrar por um passeio ou espetáculo, uma estratégia de venda interessante seria incluir no valor do ingresso, um percentual como um vale compras válido somente entre os estabelecimentos conveniados. Um exemplo criativo Festival de Luz Winter Iluminations Nagashima – Japão Todos os anos, de dezembro à março, o Parque Nabana no Sato é cenário de um fantástico Festival de Luzes, onde são utilizados milhões de luzes LED, de cores variadas, que se mesclam à natureza e paisagismo do parque, proporcionando ao telespectador, um maravilhoso cenário iluminado de grande beleza. Acontece sempre durante o inverno, durante o fim de ano e atrai milhares de visitantes todos os anos para a região. Realmente, um lugar que não se pode deixar de visitar. (http://www.japaoemfoco.com)
  • 72. 72 A ideia de um monstro no lago cria todo lado lúdico que pode ser bem trabalhado ao longo do ano. A Semana do Monstro do Lago de Itaipu seria o momento de as pessoas participarem e experimentarem toda a brincadeira com concursos de fantasia e performances, oficinas de artesanato e trabalhos manuais para a construção do monstro; desfile e dança dos monstros pelas ruas das cidades e nas praias; comercialização de souvenirs e lembranças com o tema do monstro; tematização das cidades, lojas e casas; entre tantas outras iniciativas. Para iniciar este movimento, precisa ser feito um trabalho de sensibilização de toda comunidade para criar o suspense da aparição do monstro com: - teasers nas redes sociais sobre a descoberta do monstro no lago - pesquisadores e pescadores avistaram algo estranho no lago, algum elemento diferente parecendo um monstro - artigos e publicações na imprensa regional comentando sobre um possível monstro no lago - entrevistas nas rádios locais com personalidades que já viram o monstro distribuição pelas cidades de indícios sobre o monstro - pegadas pelas ruas, imagens desfocadas de vulto do suposto monstro, sons e ruídos nas praias O monstro Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela. Albert Einstein “ ”
  • 73. 73 - Distribuição pelas cidades de indícios sobre o monstro - pegadas pelas ruas, imagens desfocadas de vulto do suposto monstro, sons e ruídos nas praias Essa etapa inicial precisa ser bem ensaiada e combinada. Importante é dar o toque de brincadeira e diversão. As atividades iniciais à aparição e “lançamento” do monstro do Lago de Itaipu precisam ser virais, para que um grande número de pessoas se envolva na brincadeira. Esta ação será polêmica em todos os aspectos. Por esta razão, precisa-se tomar cuidado para evitar situações constrangedoras. A primeira aparição do monstro precisa ser festejada. Ele pode aparecer em todas as praias ao longo do Lago de Itaipu. Nesta ocasião, a cidade precisa recebê-lo muito bem, uma vez que o monstro é amigável.
  • 74. 74 Intervenções em Guaíra Porta de entrada da região lindeira
  • 75. 75
  • 76. 76 Festival Ciudad Real del Guayrá ...vinde povos estranhos, vinde irmãos brasileiros de todos os semblantes, vinde ver e guardar... Carlos Drummond de Andrade “ ” A Ciudad Real del Guayrá (1556) - na confluência dos rios Piquiri e Paraná, hoje apenas riscos no chão em meio a mata, fez parte do grande projeto jesuíta de criar um novo mundo nas terras recém descobertas. Uma sugestão seria o resgate dessa memória, apesar de desaparecida. A Ciudad Real del Guayrá foi, na sua época, uma das mais importantes povoações da América do Sul. É um dos sítios de ocupação européia mais antigos da América. Ações no local são difíceis por causa do acesso, mas a memória da sua existência, histórias, ilustrações, textos e fotos aéreas do local poderão ser mostradas em Guaíra em exposições.
  • 77. 77 Como fazer - Organizar um evento de uma semana com várias ações simultâneas, ao estilo das grandes festividades que acontecem em Machu Picchu/ Cuzco - Festa do Sol - em que são realizados bailes, danças cerimoniais, desfiles, representações. - Definir uma data que tenha importância histórica para a região. - Identificar um espaço aberto próximo ao Rio Paraná para realizar o evento. - Exposições sobre a história da Ciudad Real del Guayrá. - Encontros e reuniões de historiadores sobre o assunto - Guarani e Jesuítas. - Representação teatral do cotidiano da Ciudad Real del Guayrá - encenação de momentos, situações, cerimônias e festividades importantes. Pode-se ter como exemplo a encenação da Paixão de Cristo realizada em Nova Jerusalém/PE, com uma superprodução realizada no que chamam de cidade-teatro, no distrito de Fazenda Nova, a 180 quilômetros de Recife – praticamente um enorme teatro a céu aberto, cercado por gigantescas muralhas. - Trabalhar o comércio local para resgatar as comidas e bebidas da época para organizar refeições temáticas, com encenações e vestimentas aos turistas. - Jogos indígenas - identificar as práticas esportivas e recreativas realizadas pelos jesuítas e guaranis. - Venda de artesanato - Festival da Música dos Povos Esquecidos - Organizar um festival de música - mundial - convidando diferentes povos do mundo a apresentar suas canções. Fazer convênio com universidades para organizar a curadoria. Trazer povos de várias partes do mundo. Em paralelo, oficinas de músicas para instrumentistas.
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  • 79. 79 Ilustração - Festival Ciudad Real del Guayrá
  • 80. 80 Casa das Sete Quedas Em marketing há que se aproveitar fatos e histórias, se estes não existem, invente-os Guaíra perdeu Sete Quedas mas a região ganhou Itaipu. Pontos favoráveis ou contrários, não importam, isso não se altera mais. Questionamentos a favor ou contra essa transformação na vida dos guairenses sempre vão existir. O fato é que em turismo, sob o ponto de vista do marketing e da comunicação, é necessário saber identificar histórias e fatos existentes e se estes não existem é necessário criá-los simplesmente. Não importando o fato em si mas encontrando um, cabe ao profissional de marketing usá-lo e aproveitá-lo para vender mais, promover e ganhar mais em seu mercado. E para o turismo e Guaíra não é diferente. A cidade tem um fato histórico - o fim das Sete Quedas e uma excelente história para contar - tudo que envolveu essa transformação, as pessoas, o que ficou, o que desapareceu, o que foi e o que virá. Guaíra deve saber aproveitar essas histórias para se promover turisticamente e atrair negócios e oportunidades para a região. O que propomos é uma homenagem às Sete Quedas de maneira criativa, interessante e interativa. Mais que um museu ou um memorial, propomos uma experiência Sete Quedas. A ideia é criar a Casa das Sete Quedas, uma espécie de ambiente experiencial e interativo em quatro espaços diferentes para as pessoas sentirem o que foram as Sete Quedas. Um investimento relativamente baixo em comparação a parques temáticos ou outros de maior volume financeiro mas que poderá trazer interesse comercial e atrair turistas para a região. Entretanto não deixa também de ser uma prévia para a possibilidade de se investir em um futuro parque temático de Sete Quedas - sonho antigo na região. Porém como diria um bispo espanhol, “a melhor maneira para se entrar em um oceano é pela foz de um rio pequeno”.
  • 81. 81 Ilustração - Casa das Sete Quedas
  • 82. 82 Sala das Sete Quedas - Ambiente 1 O passeio começa pela Sala das Sete Quedas onde o turista terá sensações da imponência das águas, do som e estrondo das quedas. Verá projeção de imagens em todos os ângulos e embaixodospéscomaáguaemmovimento,sentiráliteralmente respingos de água no rosto a medida que avança por um trecho de ponte pêncil cruzando a sala. Um momento de sensação de força para ter uma mínima ideia do que representava aquelas águas para Guaíra e região. Deverão ser utilizadas imagens das águas filmadas na época que podem inclusive mostrar vários pontos dos saltos àqueles que atravessam a sala.
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  • 84. 84 Sala do Silêncio - Ambiente 2 Um dos depoimentos mais fortes que coletamos de uma habitante de Guaíra sobre o fim de Sete Quedas foi de Ana Menel - “Todos sabíamos que o dia do fim das Sete Quedas iria chegar mais cedo ou mais tarde, mas quando chegou só me dei conta mesmo quando de repente fez-se um silêncio agonizante.” Quem habitava Guaíra estava acostumado a dormir ouvindo o som das águas das Sete Quedas. Dia e noite o grande barulho pela proximidade das águas e de repente aquele silêncio apareceu para nunca mais deixar a cidade. Tivemos também o privilégio de ouvir a história de Dona Maria Engel, nascida em Guaíra e hoje coincidentemente vizinha de nosso escritório que comentou sobre o fim das Sete Quedas com um leve engasgo - “É uma dor que não acaba mais.” O segundo ambiente - a sala do silêncio - será uma sala com silêncio absoluto. Criado para gerar a sensação e o momento histórico do cessar das águas das quedas. Nas paredes estariam alguns depoimentos sobre aquele período, o poema de Carlos Drummond de Andrade que fala do fim das quedas, fotos da época, vídeos e reportagens que poderiam ser ouvidos com fones de ouvido e assistidas em telas. Além de curiosidades e exposição de objetos e souvenirs que marcaram aquele momento.
  • 85. 85 Sala da Energia - Ambiente 3 A sala da energia é um espaço para reflexão e entendimento mostrando que independentemente dos motivos e razões que levaram, na época, ao fim de Sete Quedas, Guaíra, a região e todo o país ganharam a maior Usina Hidrelétrica do Mundo - Itaipu, hoje uma das mais importantes empresas do país para geração de energia e que desenvolve diversos projetos em energia alternativa, meio ambiente e é importante parceiro dos municípios da região lindeira ao Lago de Itaipu. A experiência na sala da energia é uma sala escura com pontos de luz espalhados por todo o espaço, dando a sensação de se estar quase em um planetário e onde feixes de luz colorida, laser e outros podem de repente invadir o ambiente para dar a sensação de luz total e energia constante. Possibilidade de uma mostra das diversas fontes de energia utilizadas pelo homem - sol, vento, gás, petróleo, carvão e o grande destaque para a água, como também fontes de energia limpa em pesquisa pela Itaipu. Ao mesmo tempo algumas projeções sobre a construção de Itaipu, barulho da obra, imagens ou vídeos podem ser projetados, assim como um breve relato sobre a importância de Itaipu Binacional para o país e seus projetos complementares em energia, meio ambiente, esporte e outros.
  • 86. 86 Ao final a oportunidade de interação - a sua energia. Experiências interativas com o turista fazendo uma roda de água girar, um catavento rodar, uma mini-hidrelética portátil que geram energia elétrica toda vez que são acionados. Gift shop + Saída Antes do ambiente quatro e do encerramento da Casa das Sete Quedas, a proposta seria ter um giftshop para comercializar souvinirs da Casa das Sete Quedas, vídeos da época das quedas, produtos artesanais, entre outros.
  • 87. 87 De volta para o Futuro - Ambiente 4 O último ambiente da Casa das Sete Quedas é uma experiência visual externa que permite aos visitantes se surpreenderem com um sistema de realidade virtual único, o visorama. Trata-se de um dispositivo que simula um binóculo eletrônico, com recursos que permitem ao usuário interagir com imagens panorâmicas em um ambiente multimídia, que inclui sons e vídeos. Um sistema de realidade virtual. “O visorama é diferente porque, com o auxílio das novas tecnologias, ele permite recriar o cinema em outros locais além das salas de cinema tradicionais, como galerias e museus, sem a rígida disposição das cadeiras em frente à tela de projeção”, segundo o pesquisador idealizador do equipamento, destacando entre essas diferenças a relação de interatividade entre imagem e espectador. “Cabe ao espectador explorar as imagens de forma a encontrar um lugar para si diante do que ele vê, ouve e sente.” A proposta é criar uma experiência visual alternativa ao cinema convencional, em que as imagens são previamente editadas e a narrativa já vem estabelecida por um autor. O objetivo do visorama é superar essas limitações. A partir de um número de fotografias, que podem ser obtidas do mundo real, ou de um ambiente modelado, a representação do ambiente visual é criada, então, a partir dessas fotografias e/ou vídeos. A ideia é que se termine o passeio e a experiência com um grand finale observando o visorama a partir de um ponto que dê a visão do lago e permita aos turistas observarem diversas imagens e vídeos em realidade virtual olhando para os exatos locais onde estariam as Sete Quedas. Representaria nostalgia, experiência, encantamento e toque de modernidade.
  • 88. 88 Ao final do ambiente quatro - de volta para o futuro e da experiênciadovisorama-haveráumasinalizaçãoincentivando os turistas a caminharem até o Órgão da Pedra que Canta, produto a ser criado próximo das águas do lago que tem por objetivo criar o som das águas do lago como um órgão acústico. Contemplação, música e tranquilidade.
  • 89. 89 Órgão da pedra que canta Para que Guaíra e os turistas que visitam a cidade tenham uma experiência criativa, e ainda possa servir como ponto de encontro da população, sugerimos um produto turístico diferenciado. O lago da região é conhecido por todos, incluindo turistas, por Lago de Itaipu. Itaipu em guarani significa a pedra que canta e portanto sugerimos a construção do órgão das águas. Uma adaptação de um “órgão musical tocado por pequenas ondas”- chamado órgão do mar - na cidade de Zadar na Croácia que atrai milhares de turistas e curiosos. Pode-se instalar este órgão na parte do lago onde a água bate mais forte, atrás do teatro municipal, bem em direção da visão de onde as quedas das Sete Quedas estavam. Trata-se de um órgão com degraus cravados em cimento e têm em seu interior um sistema de tubulações que quando empurradas pelos movimentos da água, forçam o ar e, dependendo do tamanho e velocidade da onda, criam notas musicais, sons aleatórios. A instalação está intimamente relacionada ao canto das águas e tem relação diretamente com o nome do lago, Itaipu. Itaipu recebe este nome por causa de uma pequena ilhota do Rio Paraná, sobre a qual está hoje assentada a usina. A ilhota era chamada pelos indígenas de “Itaipu”, que significa “a pedra que canta”, pelo barulho que as águas faziam ao bater nas suas pedras.
  • 90. 90 Estratégia de venda imediata Concurso de fotos e vídeos das Sete Quedas Paraos30anossemSeteQuedas,propomosàAdetur e parceiros lançarem uma campanha/concurso de resgate histórico de imagens, depoimentos, vídeos, lembranças e curiosidade sobre Sete Quedas, de quem as visitou. Uma campanha pela web e redes sociais deveria ser o ponto de partida e pedir apoio a diversos grupos e entidades representativas da região e do Paraná. O material compartilhado e coletado poderá aos poucos compor parte da Casa das Sete Quedas. Sugestão: matéria Globonews 2012 http://bit.ly/TF9D1y
  • 91. 91 Há de se repensar os espaços de museu da cidade Museu das Sete Quedas A palavra (chave) ‘museística’ é a emoção Segundo Jorge Wagensberg, criador do CosmoCaixa Museu de Barcelona, um bom museu está baseado em emoções, e as emoções são iguais para os jovens, para qualquer pessoa. O museu para os adultos também deve ser hands-on [toque], minds-on [reflexão] e heart-on [emoção]. Tem que haver também uma interatividade mental, mais importante que a manual. “ ”
  • 92. 92 A experiência do museu local Resgatar a história da Companhia Mate Laranjeira e contá-la de maneira interativa e educativa, a história da igrejinha da cidade que tem versões distintas, das primeiras comunidades, das personalidades históricas da região, dos casos famosos e todo aproveitamento. Oportunidade de transformá-lo e modernizá-lo. Pode estar em conjunto com a ideia do Museu da Pesca de Água Doce que comentamos a seguir. Segundo consta, já existe um acervo que precisa ser recuperado e analisado por um especialista museólogo e também ser pensado na visão do marketing e do turismo para gerar experiência. Importante será realizar entrevistas com várias personalidades da cidade que conhecem ou viveram a história de Guaíra e região. Relatos como o Museu da Pessoa realiza geram pertencimento e experiência. Vale lembrar que o Ecomuseu de Itaipu localizado em Foz do Iguaçu tem enorme acervo que poderia ser melhor aproveitado por meio de parcerias com espaços das cidades lindeiras e realizar exposições itinerantes que pudessem acontecer ao longo do ano em espaços temporários como no Museu de Guaíra. Para gerar experiência e chamar a atenção do público regional, há que se criar e possibilitar experiência. Diversos são os exemplos a seguir. Lembrando também que essa interação precisa ser minimamente educativa. Alguns exemplos de trabalhos realizados nestes espaços podem ser observados nestes desenhos.
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  • 96. 96 Museu da Pesca de Água Doce Sugerimos em algum espaço ocioso em Guaíra, ou mesmo num espaço conjunto ao museu local, um espaço para resgate de embarcações, utensílios, instrumentos de pesca, técnicas, fotos, filmes sobre a pesca de água doce de todo Brasil. Faz parte do projeto de criação do Polo de Pesca para região e objetiva montar acervos materiais e virtuais com um espaço interativo - lago artificial para aprender as técnicas de pesca ao vivo - pesca de mosca, batida, corrico, entre outras que são e podem ser utilizadas na região, tanto para pesca de lago quanto de rio. Levantamento das espécies de peixe que existem na região do lago e no Rio Paraná e com o catálogo levantar informações sobre técnicas, temporadas e principalmente de como pescar. Um exemplo de criação de ambiente virtual para geração de conteúdo de pesca e o ensino a arte de pescar é este site: http://www.comopescar.org/como-pescar De maneira simples e compartilhada, o espaço pode se tornar gerador de conteúdo para ensinar técnicas de pesca de diversos peixes de água doce - em rios e lagos - para que sirva de apoio ao Polo de Pesca e referência para pesquisas e profissionais do setor.
  • 97. 97 Isca de Peixe - bar do museu Um local que poderá estar anexo ao Museu da Pesca de Água Doce futuramente é um café/bar - onde os próprios visitantes podem pescar algumas espécies de peixe (criadas em cativeiro) do lago e rios e que podem ser fritos na hora para comê-los como petiscos. Promove- se mais experiência e também divulga a pesca e gastronomia da região.
  • 98. 98 Festa do Mate e do Tererê Erva-mate - “O que mantém o ser.” - significado guarani O ciclo da erva-mate - Ilex paraguariensis - foi de extrema importância para a região. Com o tempo seu uso se dividiu em duas formas - o chimarão costume brasileiro e o tererê - costume paraguaio, de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso. A existência de uma das maiores empresas - conglomerado - em Guaíra para o manejo e comercialização do mate, a Companhia Mate Laranjeira precisa ser resgatada e valorizada. A cidade de Guaíra está no meio dos dois costumes - o chimarão e o tererê. Por que não fazer uma grande festa, envolvendo os usos, marcas, comercialização, debates sobre as propriedades do mate? Convidar as empresas dos dois países para que exponham seus produtos, façam degustação, etc. trazer ervateiros para mostrar seus produtos e misturas, realização de concurso da melhor erva, mateada, música. Apresentar outros usos como cosméticos a base de mate, distribuir amostras e mostrar suas propriedades. Durante a festa, pode-se realizar conjuntamente um seminário técnico-científico sobre a erva mate. Pesquisadores mostrarão seus trabalhos. Hoje existem mais de 20 países pesquisando as suas propriedades. A ilex paraguariensis em pouco tempo “vai ser a bola da vez” entre os produtos mais saudáveis para o cultivo e consumo. Caminho do mate - uma alameda só de árvores de mate pode compor o paisagismo da cidade ligando um ponto turístico a outro e batizar como Alameda do Mate.
  • 100. 100 Encontro de micro cervejeiros Uma forma de estimular o consumo e produção de cervejas artesanais na região lindeira ao Lago de Itaipu é divulgar sua existência e ensinar a população a apreciá- la. Além disso, é importante profissionalizar a produção desse produto que já ganha espaço no mercado de cervejas. Muitos consumidores já estão optando pela produção artesanal ou consumo de produtos de micro cervejarias ao tradicional produto industrializado e distribuído em larga escala pelo país. As micro cervejarias existentes na região podem ser trabalhadas para se criar um polo de cervejas artesanais. Isso se conseguirá com a profissionalização das produções artesanais, melhorando e refinando o que já é produzido atualmente.
  • 101. 101 Como fazer - Organizar um evento técnico relacionado à cerveja artesanal. - Convite a grandes mestres cervejeiros para dar palestras e workshops sobre processo de fabricação, engarrafamento, tipos de copos, harmonização, armazenamento, seleção de rótulos, entre outros assuntos de interesse. - Cursos para apreciadores e interessados em produzir de forma artesanal. - Curso profissionalizante para sommelier de cerveja. - Degustação de diferentes cervejas artesanais. - Refeições harmonizadas com cervejas artesanais. - Concursos de cervejas artesanais. - Estímulo à fabricação de equipamentos e utensílios específicos para micro cervejarias. - Geração de conteúdo para literatura especializada. - Tematização de hoteis, restaurantes e lojas - decoração, informações e orientação para o consumo e compra, refeições harmonizadas, serviços específicos, produtos derivados da cerveja (sabonete de lúpulo, essências, etc.)
  • 102. 102 Este evento técnico pode acontecer periodicamente, sugerimos anualmente. Aliado a esse encontro mais técnico e profissional, pode-se realizar a Festa da Cerveja Artesanal para o público em geral. Serviria como estímulo ao consumo deste tipo de bebida. Interessante o envolvimento da Associação das Microcervejarias Paranaenses e a Associação dos Cervejeiros Artesanais Paranaenses (Acerva-PR) para maior apoio e divulgação. Cervejas artesanais são aquelas produzidas quase que de “forma caseira”. Várias micro-cervejarias, mesmo utilizando equipamentos modernos e engarrafando suas produções, ainda assim são consideradas como cervejarias artesanais pelo cuidado que têm com sua produção, indo desde os ingredientes básicos da cerveja, passando pela receita de preparo e chegando até aos conservantes finais, que devem ser naturais e não químicos. Ao ouvir falar em cerveja artesanal, pense em cervejas mais bem cuidadas, com produções mais restritas (mas não necessariamente pequenas), o que leva a produtos com resultados finais muito interessantes e diversificados. Link: http://bit.ly/TFcCY0 Encontro de micro cervejeiros
  • 103. 103 Festival da gastronomia alemã “Tomo o café-da-manhã como um imperador, almoço como um rei e janto como um mendigo”. Ditado alemão Uma grande referência gastronômica da região é a comida alemã. Muitas são as famílias da colônia alemã e outros apreciadores dessa gastronomia. Preservar o “saber fazer” é um item importante para consolidar ainda mais a imagem relacionada ao povo alemão. Repassar o conhecimento para as gerações mais novas é o que manterá a tradição. Poucos são os restaurantes que servem pratos específicos. Destes há um restaurante que é referência na gastronomia alemã, com ótimos pratos e uma boa diversidade na cidade de Entre Rios do Oeste - Restaurante Marina Itaipu. Como este, poderia se trabalhar com outros restaurantes para que ao menos tivessem alguns pratos alemães em seu cardápio. Além das padarias e confeitarias que poderiam oferecer os famosos doces alemães. Um exemplo de produção de bolachas, há o Sítio das Orquídeas que pode ser um grande ponto de apoio e início do processo de disseminação dessa prática.
  • 104. 104 Como fazer - Organizar um Festival de Gastronomia Alemã, reunindo os restaurantes que servem pratos típicos e outros cozinheiros amadores que sabem preparar uma boa comida alemã. - Concurso de pratos alemães - melhor prato com carne de porco, salsicha, batatas, queijo, doces e bolachas tradicionais. Pode-se aproveitar o produtor de bolachas da região para incentivar outras produções e o consumo. - Cursos e workshops para produção de salsichas típicas alemãs, preparo de carnes, harmonização com cervejas alemãs, produção e degustação de mostardas, manipulação dos alimentos, história da gastronomia, entre outros. - Atividades e brincadeiras relacionadas à gastronomia alemã: concurso da maior salsicha, maior eisbein, degustação de mostardas, maior e mais elaborado doce alemão, entre outros. A exemplo de um concurso de pizza que existe na cidade de São Paulo, o Festival da Gastronomia Alemã será realizado para possibilitar uma melhoria e avanço do processo de produção, utilização de equipamentos e tecnologia mais avançada e moderna, uso de novos insumos e matérias primas, aperfeiçoamento da mão de obra. Seu caráter não se restringe ao entretenimento e degustação, mas sua constante atualização e modernização. Festival da gastronomia alemã
  • 105. 105 Encontro de orquidários e flores A orquídea - a cada instante o silêncio é outro.“ ”Constantin Abaluta Na região há alguns produtores de flores, especificamente de orquídeas. Uma forma de aproveitar seu potencial, uma vez que já existem pessoas que buscam essas flores na região, seria organizar um encontro desses apreciadores de orquídeas. Com um evento desse, pode-se buscar o aperfeiçoamento de sua produção, o estímulo a novos produtores, incentivo ao consumo e possíveis novos colecionadores. O fomento ao aprimoramento contribui para o desenvolvimento de um pequeno polo produtor e especializado em orquídeas. Como fazer: - Organizar e realizar um encontro de produtores e apreciadores de flores e orquídeas. - Cursos, palestras e workshops específicos para produtores - manuseio de flores, plantas ornamentais para interiores, área de produção, adubação e fertirrigação, controle de doenças e pragas, paisagismo, transportes, embalagens, precificação, entre outros assuntos. - Cursos e workshops para colecionadores e interessados - manuseio de plantas e flores, equipamentos e materiais, cuidados básicos, adubação e poda, arranjos florais, decoração, como lidar com doenças e pragas, variedades mais importantes de flores - maneira de usar, época, conservação e manutenção. - Exposição e concurso de flores e arranjos florais - Mostra de paisagismo - Feira de produtos e flores
  • 106. 106 Festa é, portanto, sempre uma produção do cotidiano, uma ação coletiva, que se dá num tempo e lugar definidos e especiais, implicando a concentração de afetos e emoções em torno de um objeto que é celebrado e comemorado e cujo produto principal é a simbolização da unidade dos participantes na esfera de uma determinada identidade. Festa é um ponto de confluência das ações sociais cujo fim é a própria reunião ativa de seus participantes. Festa, portanto, produz identidade. (...) Toda festa tem suas próprias regras. (...) O que chamamos de festa é parte de um jogo, é um espaço aberto no viver social para a reiteração, produção e negociação das identidades sociais. Um lapso aberto no espaço e no tempo sociais, pelo qual circulam bens materiais, influência, poder. (...) A festa unifica, mas também diferencia, tanto interna quanto externamente. (...) A festa não apaga as diferenças, mas antes une os diferentes. A identidade que cria é uma unidade diferenciada (...). Toda festa é (...) uma estrutura de poder, (...) que se inscreve na memória coletiva e individual dos participantes. “ ”Norberto Guarinello Festa da Santa Soja
  • 107. 107 A economia da região é fortemente representada pela produção agrícola da soja. Quem passa pelas estradas da região observa uma paisagem de grandes plantações, cenário interessante principalmente aos visitantes oriundos de grandes centros urbanos. Uma forma de valorizar os produtores rurais seria realizar uma festividade, ao estilo das realizadas na Antiguidade em que os povos celebravam para agradecer, saudar, felicitar, pedir proteção dos deuses, para que as colheitas fossem boas e os campos férteis. Pode- se resgatar os jogos, as brincadeiras, os cultos e outras celebrações realizadas em memória da fertilidade agrícola. Como fazer - Organizar a Festa da Santa Soja na região, período de dois a três dias. - Promover atividades e brincadeiras relacionadas ao tema soja - arremesso de saca, adivinhar quantidade de grãos de soja, pegar grão de soja com palitinhos, corrida do porco, corrida de saco de soja, carregamento rápido, corrida com obstáculos, pintura, desfile dos maquinários do plantio da soja, concursos relacionados à soja, pratos com base de soja, corrida em meio à plantação de soja, entre outros. Com a consolidação dessa festividade, pode-se agregar outras atividades para compor um grande evento da região. Um exemplo é o Festival de Edimburgo com uma série de festivais simultâneos de arte e cultura na Escócia. Tendo sempre em vista o grande objetivo da festividades que é salientar a importância da produção de soja e homenagear os produtores locais.
  • 108. 108 A Casa Gaza Mistérios e ilusões de ótica A Casa Gaza é uma propriedade construída por volta de 1960 por um alemão chamado Heribert Hans Joachim Gaza. Seu Gaza, como era conhecido, foi ótico, físico, fotógrafo, pesquisador, autodidata, além de construir uma casa que começou em 1966 e levou mais de 20 anos para ser concluída. O imóvel possui 800 m², dois subsolos, 420 lâmpadas, cores e materiais diversos (informação extraída do site Caminhos do Lago de Itaipu). Ao visitarmos a Casa Gaza nos chamou muita atenção a beleza e por vezes ousadia na arquitetura, design, decoração e formas e a peculiaridade do local como um todo, e principalmente a história do proprietário. Ao entrar na casa a sensanção é de um local ousado, interessante e misterioso, mas pouco aproveitado para criar sensações e emoção. O local pode se tornar um atrativo importante para a cidade e região desde que se torne mais criativo e experiencial com base na história e no personagem. Hoje já existe visitação mas com trabalho guiado muito básico e incipiente que não cria atratividade e não tem potencial para venda de um produto da cidade. Há que se ter mais experiência na visita.
  • 109. 109 Algumas sugestões pontuais para gerar experiência - Criar e alimentar alguns mistérios que rondam a história, construção e a vida da Casa Gaza. Chamar atenção pelo peculiar, pelo diferente e pela ousadia da obra e de seu proprietário, cuja história é pouco difundida. Buscar assuntos misteriosos como a questão da lente do telescópio Hubble que em princípio teria sido criada pelo proprietário. - Realizar o tour de forma customizada abordando questões da construção, curiosidades da obra, arquitetura, design, decoração e espaços - atrair um público segmentado de arquitetos, antiquários, empresas, designers, etc. - Contar a história do proprietário Hanz Gaza - um personagem. Visitar os cômodos e espaços que ele mais utilizava para seus trabalhos e dia a dia e juntar as histórias com a casa. - Ilusões de ótica - Como o proprietário era especialista em ótica sugerimos criar em cada um dos cômodos da casa espaços para experiência em ilusões de ótica. Instigar, divertir e ensinar as pessoas sobre lentes, espelhos e ilusões de ótica ao nos depararmos com certas situações. Uma espécie de casa/museu que ensina, conta histórias e instiga a curiosidade das pessoas para assuntos relacionados à ótica e principalmente às ilusões divertidas que podem ser criadas.
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