SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
TINTAS DE
CABELO
Eduardo Mattje, Fernanda Perazzoni, Pedro Klein e Stephany Oreli
Turma 1423
HISTÓRICO
Há mais de três mil anos os
egípcios foram os primeiros a
desenvolver a técnica de tintura
de tecidos e de cabelo.
Utilizaram corantes extraídos
da matéria animal e vegetal.
Estes mesmos corantes foram
utilizados por muitas
civilizações no decorrer dos
séculos, e mesmo na
atualidade.
Na antiguidade, as tinturas de
cabelo eram feitas com amoras
esmagadas e extratos de
plantas, e aplicadas nos cabelos
com um creme rinse.
Nos séculos 17 e 18 as mulheres
aplicavam óleo e pó aos
cabelos para clarear.
O químico alemão August
Hoffmann descobriu em 1836
a propriedade que a p-
fenilenodiamina (PPD) tem de colorir a
queratina do cabelo, o que passou a
constituir a base dos colorantes.
Os colorantes sintéticos usados
atualmente em larga escala pelos
profissionais são: metatoluilendiamina
(MTD), a dimetil-para-fenileno-diamina e
outros amino-fenóis.
H2N NH2
Em 1907, o francês Eugène Schueller
inventou a primeira tintura de cabelo e,
alguns anos mais tarde, fundou a L'Oréal.
Começou a estudar produtos químicos e,
baseando sua fórmula em PPD, criou o
produto que até hoje é base das
colorações.
Produtos com chumbo, eram utilizados
em alta concentração, irritando o couro
cabeludo.
Após, descobriu-se o peróxido de
hidrogênio, um produto mais suave e
seguro para clareamento de cabelo.
O processo para tingir os cabelos de loiro
veio logo em seguida.
Em 1932 a tintura foi refinada por
Lawrence Gelb, que criou um corante que
realmente penetrava as raízes do cabelo.
Em 1950, ele introduzia a primeira tintura
em uma etapa que clareava o cabelo sem
H2O2.
Isso abriu a possibilidade dos cabelos
serem tingidos em casa.
FABRICAÇÃO
Tem início com o aplique do
H2O2, que redefine a cor.
A maioria também contém PPD,
e até acetato de chumbo.
O creme de base é uma
emulsão de componente à base
de óleos com um componente à
base de água.
São frequentemente utilizados dois tipos:
– a emulsão óleo-em-água tem o
componente de água na fase
exterior;
– a emulsão água-em-óleo tem o
componente de óleo na fase
exterior.
Os álcoois gordos, agentes e
emulsificação e tensoativos são
ingredientes típicos.
PRECURSORES DE COR
São pequenas moléculas
incolores que podem penetrar
no cabelo de forma a construir
moléculas de cor maiores.
Existe uma distinção entre os
precursores de desenvolvimento,
que por vezes são designados
por para-componentes, e os
precursores de alteração, como
meta-componentes.
Os exemplos típicos são para-
sulfato de diaminotolueno,
resorcinol e meta-aminofenol.
CORANTES
São moléculas de cor
previamente desenvolvidas.
São principalmente
utilizados em coloração
permanente e também em
algumas tintas permanentes,
de forma a permitir uma
coloração com um reflexo
vibrante.
AGENTES ALCALINOS
É responsável por abrir a
camada da cutícula do cabelo
para que os ingredientes ativos
possam penetrar nele.
A segunda função é catalisar a
reação oxidante entre os
precursores de cor e o peróxido
de hidrogénio.
AGENTES DE TRATAMENTO
Integrar agentes de
tratamento em produtos com
elevado pH pode ser difícil.
Os tradicionais ingredientes
não são ativos a este nível de
pH.
Alguns ingredientes
poliméricos ou com base em
silicone, podem ser
efetivamente integrados nas
fórmulas.
ANTIOXIDANTES
Ajudam a prevenir a pré-
oxidação dos precursores de
cor durante o
armazenamento.
Os sulfitos de sódio e o
ditionato de sódio são
agentes de redução aplicados.
O ácido ascórbico também
têm características
antioxidantes.
AGENTES COMPLEXANTES
“Envolvem" as potenciais
impurezas metálicas no creme
de coloração, prevenindo uma
reação indesejada com o
peróxido de hidrogénio.
PERFUME
É adicionado para disfarçar o
cheiro do amoníaco.
CLASSIFICAÇÃO
NATURAIS
A base de hena, índigo ou
cassia.
Ou são extraídas das folhas de
arbustos, como da Lawsonia
inermis, ou manufaturadas
com produto purificado, como
a 2-hidroxi-1,4-naftoquinona.
Os corantes à base de sais
metálicos, em geral acetato de
chumbo, são utilizados para
cobrir os fios brancos ou
cinza.
SINTÉTICOS
Podem ser classificados de acordo
com o tempo de fixação no cabelo:
– temporário;
– semipermanente;
– permanente.
Pelo mecanismo de reação com o
fio de cabelo:
– corantes oxidativos
(permanentes);
– corantes diretos (temporários e
semipermanentes).
CORANTES TEMPORÁRIOS
→ Corantes básicos ou
ácidos de alta massa
molecular.
→ Altamente solúveis em
meio aquoso.
→ Capazes de reagir
preferencialmente com
as fibras proteicas
presentes na cutícula do
fio de cabelo.
→ Não se difundem na estrutura interna do
cabelo, não requerem amônia nem agentes
oxidantes e não atingem o córtex.
→ São depositados temporariamente na
estrutura externa do cabelo por interação
fraca.
→ Produzem maior brilho, apresentam-se em
várias tonalidades e são facilmente
removidos por lavagem.
CORANTES ÁCIDOS
São corantes aniônicos solúveis
em água.
A fixação é atribuída à formação
de ligações iônicas entre grupos
aniônicos no corante e grupos
catiônicos da fibra.
CORANTES BÁSICOS
Por serem catiônicos, se ligam às
fibras a serem tingidas por
interação eletrostática com sítios
aniônicos.
Usualmente contêm grupos
cromóforos carregados
positivamente.
Embora sejam prioritariamente sintetizados para outros usos, algumas das
suas propriedades químicas e baixa toxicidade os fazem potenciais
candidatos ao uso em tintura de cabelo.
CORANTES SEMIPERMANENTES
Possuem baixa massa molar e são
derivados de nitro compostos,
principalmente nitrobenzeno.
Contêm grupos auxocrômicos que
acentuam a cor.
São caracterizados principalmente por
nitroanilinas, nitrofenilenodiaminas e
nitroaminofenóis.
A aplicação sobre de cabelo ocorre por
interação polar fraca e interação de Van
der Waals.
Não é possível clarear, já que a
formulação não contém peróxido de
hidrogênio, mas é possível escurecer.
Em geral, produzem um efeito com
duração de 6 a 12 lavagens.
São usados por quem quer:
– mudar a tonalidade do cabelo
sem interferir na alteração
permanente da cor;
– não utilizar H2O2, resultando em
menores danos permanentes ao
cabelo.
CORANTES PERMANENTES
A tintura permanente requer basicamente 3
componentes:
– o agente precursor, aminas aromáticas
orto e para substituídas com grupos
amino e/ou hidróxidos;
– o agente acoplador, formado por
compostos aromáticos m-substituídos
com grupos doadores de elétrons;
– o oxidante em meio alcalino,
preponderantemente H2O2 na
presença de amônia.
São baseados na reação entre
dois componentes misturados
antes do uso, em meio
oxidativo e pH alcalino.
O corante é formado no
próprio cabelo.
Estrutura química básica do 2-
nitro-1,4-diaminobenzeno,
onde os substituintes são
combinações de: H, NH2, OH,
OCH3.
CORANTES PERMANENTES
A mistura contendo o intermediário primário e o agente acoplador em meio
alcalino (amônia) é misturado a uma solução de H2O2 formando uma pasta
básica.
A mistura é aplicada no cabelo e os precursores e o H2O2 difundem para
dentro do fio de cabelo.
Após reações forma-se um composto colorido com alta massa molar.
A oxidação dessas substâncias e o acoplamento com outros modificadores
permite a alteração da coloração final.
O agente oxidante em meio alcalino tem a função de oxidar o agente
precursor gerando o intermediário diimina, um composto altamente reativo.
APLICAÇÕES
São aplicadas no cabelo e também
em outras partes do corpo onde há
pelos.
Podem ser aplicadas em salões,
mas também na própria casa.
As tintas de cada marca tem numerações específicas para cada
coloração e tom.
PROPRIEDADES
Para a coloração as propriedades ideais:
– colorir o fio, sem lesá-lo, mantendo brilho e a textura;
– não causar irritação ao couro cabeludo;
– não produzir nenhum efeito tóxico no contato com a pele;
– ter estabilidade física e química do cabelo e do produto;
– ter compatibilidade com outros produtos capilares;
– ter uniformidade do produto, para agir de forma igual pelo fio
do cabelo;
– ter afinidade com a queratina do cabelo.
REFERÊNCIAS
AFFONSO, Victor. Entenda a química das tintas para cabelo: Debaixo dos caracóis dos seus cabelos... tem muita amônia,
hidrogênio e queratina. 2015. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/08/entenda-quimica-
das-tintas-para-cabelo.html>. Acesso em: 6 nov. 2019.
ASK EDUCATION. Conhece os componentes básicos nos produtos de coloração? Disponível em: <http://www.schwarzkopf-
professional.com.br/skp/br/pt/home/educacao/ask/competencias-essenciais/0415/conhece-os-componentes-basicos-nos-
produtos-de-coloracao.html>. Acesso em: 6 nov. 2019.
BELEZA VERDE (São Paulo). Conheça os benefícios da tinta orgânica para o cabelo. 2019. Disponível em:
<http://www.belezaverde.com/blog/conheca-os-beneficios-da-tinta-organica-para-o-cabelo/>. Acesso em: 11 nov. 2019.
MILIAUSKAS, Rosemary. Princípios básicos da coloração e suas aplicações. [s.l.]: Rosemary Miliauskas, 2017. 85 slides, color.
Disponível em: <http://www.fatecdiadema.com.br/wp-content/uploads/2017/11/unnamed-file-3.pdf>. Acesso em: 11 nov.
2019.
OLIVEIRA, Ricardo A. G. de et al. A QUÍMICA E TOXICIDADE DOS CORANTES DE CABELO. Química Nova, [s.l.], v. 37, n. 6,
p.1037-1046, 2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5935/0100-4042.20140143>. Acesso em: 6 nov. 2019.
PORTAL EDUCAÇÃO (São Paulo). Colorações Capilares. Disponível em:
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/coloracoes-capilares/7869>. Acesso em: 6 nov. 2019.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Tricologia 110414082015-phpapp01
Tricologia 110414082015-phpapp01Tricologia 110414082015-phpapp01
Tricologia 110414082015-phpapp01
Ian Santos
 
A eletroterapia aplicada na estética facial
A eletroterapia aplicada na estética facialA eletroterapia aplicada na estética facial
A eletroterapia aplicada na estética facial
Rosiane Bezerra
 

Mais procurados (20)

Laser
LaserLaser
Laser
 
Alta tecnologia e dermocosméticos
Alta tecnologia e dermocosméticos Alta tecnologia e dermocosméticos
Alta tecnologia e dermocosméticos
 
Aula 1-e-2-de-cosmetologia
Aula 1-e-2-de-cosmetologiaAula 1-e-2-de-cosmetologia
Aula 1-e-2-de-cosmetologia
 
Endermoterapia e Peelings Mecanicos
Endermoterapia e Peelings MecanicosEndermoterapia e Peelings Mecanicos
Endermoterapia e Peelings Mecanicos
 
Tricologia 110414082015-phpapp01
Tricologia 110414082015-phpapp01Tricologia 110414082015-phpapp01
Tricologia 110414082015-phpapp01
 
Estética- Introdução a cosmetologia
Estética- Introdução a cosmetologiaEstética- Introdução a cosmetologia
Estética- Introdução a cosmetologia
 
Química dos cabelos 3°4
Química dos cabelos 3°4Química dos cabelos 3°4
Química dos cabelos 3°4
 
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18
 
Laser de Baixa Potência nos vários Protocolos da Estética.
 Laser de Baixa Potência nos vários Protocolos da Estética. Laser de Baixa Potência nos vários Protocolos da Estética.
Laser de Baixa Potência nos vários Protocolos da Estética.
 
Laserterapia
LaserterapiaLaserterapia
Laserterapia
 
Introdução à Cosmetologia: Histórico e Composição
Introdução à Cosmetologia: Histórico e ComposiçãoIntrodução à Cosmetologia: Histórico e Composição
Introdução à Cosmetologia: Histórico e Composição
 
Fototerapia
FototerapiaFototerapia
Fototerapia
 
Nutrição estética - Prescrição de nutricosméticos
Nutrição estética - Prescrição de nutricosméticosNutrição estética - Prescrição de nutricosméticos
Nutrição estética - Prescrição de nutricosméticos
 
Aula microrrentes (1).pptx aula
Aula microrrentes (1).pptx aulaAula microrrentes (1).pptx aula
Aula microrrentes (1).pptx aula
 
Aula de introdução ao Uso de LASER ,LUZ e elementos físicos da ABL
Aula de introdução ao Uso de LASER ,LUZ e elementos físicos da ABLAula de introdução ao Uso de LASER ,LUZ e elementos físicos da ABL
Aula de introdução ao Uso de LASER ,LUZ e elementos físicos da ABL
 
4 radiofrequência multifrequencial e multipolar nos tratamentos corporais e...
4   radiofrequência multifrequencial e multipolar nos tratamentos corporais e...4   radiofrequência multifrequencial e multipolar nos tratamentos corporais e...
4 radiofrequência multifrequencial e multipolar nos tratamentos corporais e...
 
A eletroterapia aplicada na estética facial
A eletroterapia aplicada na estética facialA eletroterapia aplicada na estética facial
A eletroterapia aplicada na estética facial
 
Cosmetologia
CosmetologiaCosmetologia
Cosmetologia
 
Dermocosmeticos
DermocosmeticosDermocosmeticos
Dermocosmeticos
 
Tricograma
TricogramaTricograma
Tricograma
 

Mais de Eduardo Menges Mattje (7)

Cobertura de Conjuntos
Cobertura de ConjuntosCobertura de Conjuntos
Cobertura de Conjuntos
 
Monumentos
MonumentosMonumentos
Monumentos
 
Nitrocompostos, nitrilas, isonitrilas e azocompostos
Nitrocompostos, nitrilas, isonitrilas e azocompostosNitrocompostos, nitrilas, isonitrilas e azocompostos
Nitrocompostos, nitrilas, isonitrilas e azocompostos
 
Futurismo
FuturismoFuturismo
Futurismo
 
Reptilia
ReptiliaReptilia
Reptilia
 
Cromatografia em Camada Delgada
Cromatografia em Camada DelgadaCromatografia em Camada Delgada
Cromatografia em Camada Delgada
 
Francis Bacon
Francis BaconFrancis Bacon
Francis Bacon
 

Tintas de cabelo

  • 1. TINTAS DE CABELO Eduardo Mattje, Fernanda Perazzoni, Pedro Klein e Stephany Oreli Turma 1423
  • 2. HISTÓRICO Há mais de três mil anos os egípcios foram os primeiros a desenvolver a técnica de tintura de tecidos e de cabelo. Utilizaram corantes extraídos da matéria animal e vegetal. Estes mesmos corantes foram utilizados por muitas civilizações no decorrer dos séculos, e mesmo na atualidade. Na antiguidade, as tinturas de cabelo eram feitas com amoras esmagadas e extratos de plantas, e aplicadas nos cabelos com um creme rinse. Nos séculos 17 e 18 as mulheres aplicavam óleo e pó aos cabelos para clarear.
  • 3. O químico alemão August Hoffmann descobriu em 1836 a propriedade que a p- fenilenodiamina (PPD) tem de colorir a queratina do cabelo, o que passou a constituir a base dos colorantes. Os colorantes sintéticos usados atualmente em larga escala pelos profissionais são: metatoluilendiamina (MTD), a dimetil-para-fenileno-diamina e outros amino-fenóis. H2N NH2
  • 4. Em 1907, o francês Eugène Schueller inventou a primeira tintura de cabelo e, alguns anos mais tarde, fundou a L'Oréal. Começou a estudar produtos químicos e, baseando sua fórmula em PPD, criou o produto que até hoje é base das colorações. Produtos com chumbo, eram utilizados em alta concentração, irritando o couro cabeludo. Após, descobriu-se o peróxido de hidrogênio, um produto mais suave e seguro para clareamento de cabelo.
  • 5. O processo para tingir os cabelos de loiro veio logo em seguida. Em 1932 a tintura foi refinada por Lawrence Gelb, que criou um corante que realmente penetrava as raízes do cabelo. Em 1950, ele introduzia a primeira tintura em uma etapa que clareava o cabelo sem H2O2. Isso abriu a possibilidade dos cabelos serem tingidos em casa.
  • 6. FABRICAÇÃO Tem início com o aplique do H2O2, que redefine a cor. A maioria também contém PPD, e até acetato de chumbo. O creme de base é uma emulsão de componente à base de óleos com um componente à base de água. São frequentemente utilizados dois tipos: – a emulsão óleo-em-água tem o componente de água na fase exterior; – a emulsão água-em-óleo tem o componente de óleo na fase exterior. Os álcoois gordos, agentes e emulsificação e tensoativos são ingredientes típicos.
  • 7. PRECURSORES DE COR São pequenas moléculas incolores que podem penetrar no cabelo de forma a construir moléculas de cor maiores. Existe uma distinção entre os precursores de desenvolvimento, que por vezes são designados por para-componentes, e os precursores de alteração, como meta-componentes. Os exemplos típicos são para- sulfato de diaminotolueno, resorcinol e meta-aminofenol.
  • 8. CORANTES São moléculas de cor previamente desenvolvidas. São principalmente utilizados em coloração permanente e também em algumas tintas permanentes, de forma a permitir uma coloração com um reflexo vibrante. AGENTES ALCALINOS É responsável por abrir a camada da cutícula do cabelo para que os ingredientes ativos possam penetrar nele. A segunda função é catalisar a reação oxidante entre os precursores de cor e o peróxido de hidrogénio.
  • 9. AGENTES DE TRATAMENTO Integrar agentes de tratamento em produtos com elevado pH pode ser difícil. Os tradicionais ingredientes não são ativos a este nível de pH. Alguns ingredientes poliméricos ou com base em silicone, podem ser efetivamente integrados nas fórmulas. ANTIOXIDANTES Ajudam a prevenir a pré- oxidação dos precursores de cor durante o armazenamento. Os sulfitos de sódio e o ditionato de sódio são agentes de redução aplicados. O ácido ascórbico também têm características antioxidantes.
  • 10. AGENTES COMPLEXANTES “Envolvem" as potenciais impurezas metálicas no creme de coloração, prevenindo uma reação indesejada com o peróxido de hidrogénio. PERFUME É adicionado para disfarçar o cheiro do amoníaco.
  • 11. CLASSIFICAÇÃO NATURAIS A base de hena, índigo ou cassia. Ou são extraídas das folhas de arbustos, como da Lawsonia inermis, ou manufaturadas com produto purificado, como a 2-hidroxi-1,4-naftoquinona. Os corantes à base de sais metálicos, em geral acetato de chumbo, são utilizados para cobrir os fios brancos ou cinza. SINTÉTICOS Podem ser classificados de acordo com o tempo de fixação no cabelo: – temporário; – semipermanente; – permanente. Pelo mecanismo de reação com o fio de cabelo: – corantes oxidativos (permanentes); – corantes diretos (temporários e semipermanentes).
  • 12. CORANTES TEMPORÁRIOS → Corantes básicos ou ácidos de alta massa molecular. → Altamente solúveis em meio aquoso. → Capazes de reagir preferencialmente com as fibras proteicas presentes na cutícula do fio de cabelo. → Não se difundem na estrutura interna do cabelo, não requerem amônia nem agentes oxidantes e não atingem o córtex. → São depositados temporariamente na estrutura externa do cabelo por interação fraca. → Produzem maior brilho, apresentam-se em várias tonalidades e são facilmente removidos por lavagem.
  • 13. CORANTES ÁCIDOS São corantes aniônicos solúveis em água. A fixação é atribuída à formação de ligações iônicas entre grupos aniônicos no corante e grupos catiônicos da fibra. CORANTES BÁSICOS Por serem catiônicos, se ligam às fibras a serem tingidas por interação eletrostática com sítios aniônicos. Usualmente contêm grupos cromóforos carregados positivamente. Embora sejam prioritariamente sintetizados para outros usos, algumas das suas propriedades químicas e baixa toxicidade os fazem potenciais candidatos ao uso em tintura de cabelo.
  • 14. CORANTES SEMIPERMANENTES Possuem baixa massa molar e são derivados de nitro compostos, principalmente nitrobenzeno. Contêm grupos auxocrômicos que acentuam a cor. São caracterizados principalmente por nitroanilinas, nitrofenilenodiaminas e nitroaminofenóis. A aplicação sobre de cabelo ocorre por interação polar fraca e interação de Van der Waals. Não é possível clarear, já que a formulação não contém peróxido de hidrogênio, mas é possível escurecer. Em geral, produzem um efeito com duração de 6 a 12 lavagens. São usados por quem quer: – mudar a tonalidade do cabelo sem interferir na alteração permanente da cor; – não utilizar H2O2, resultando em menores danos permanentes ao cabelo.
  • 15. CORANTES PERMANENTES A tintura permanente requer basicamente 3 componentes: – o agente precursor, aminas aromáticas orto e para substituídas com grupos amino e/ou hidróxidos; – o agente acoplador, formado por compostos aromáticos m-substituídos com grupos doadores de elétrons; – o oxidante em meio alcalino, preponderantemente H2O2 na presença de amônia. São baseados na reação entre dois componentes misturados antes do uso, em meio oxidativo e pH alcalino. O corante é formado no próprio cabelo. Estrutura química básica do 2- nitro-1,4-diaminobenzeno, onde os substituintes são combinações de: H, NH2, OH, OCH3.
  • 16. CORANTES PERMANENTES A mistura contendo o intermediário primário e o agente acoplador em meio alcalino (amônia) é misturado a uma solução de H2O2 formando uma pasta básica. A mistura é aplicada no cabelo e os precursores e o H2O2 difundem para dentro do fio de cabelo. Após reações forma-se um composto colorido com alta massa molar. A oxidação dessas substâncias e o acoplamento com outros modificadores permite a alteração da coloração final. O agente oxidante em meio alcalino tem a função de oxidar o agente precursor gerando o intermediário diimina, um composto altamente reativo.
  • 17. APLICAÇÕES São aplicadas no cabelo e também em outras partes do corpo onde há pelos. Podem ser aplicadas em salões, mas também na própria casa.
  • 18. As tintas de cada marca tem numerações específicas para cada coloração e tom.
  • 19. PROPRIEDADES Para a coloração as propriedades ideais: – colorir o fio, sem lesá-lo, mantendo brilho e a textura; – não causar irritação ao couro cabeludo; – não produzir nenhum efeito tóxico no contato com a pele; – ter estabilidade física e química do cabelo e do produto; – ter compatibilidade com outros produtos capilares; – ter uniformidade do produto, para agir de forma igual pelo fio do cabelo; – ter afinidade com a queratina do cabelo.
  • 20. REFERÊNCIAS AFFONSO, Victor. Entenda a química das tintas para cabelo: Debaixo dos caracóis dos seus cabelos... tem muita amônia, hidrogênio e queratina. 2015. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/08/entenda-quimica- das-tintas-para-cabelo.html>. Acesso em: 6 nov. 2019. ASK EDUCATION. Conhece os componentes básicos nos produtos de coloração? Disponível em: <http://www.schwarzkopf- professional.com.br/skp/br/pt/home/educacao/ask/competencias-essenciais/0415/conhece-os-componentes-basicos-nos- produtos-de-coloracao.html>. Acesso em: 6 nov. 2019. BELEZA VERDE (São Paulo). Conheça os benefícios da tinta orgânica para o cabelo. 2019. Disponível em: <http://www.belezaverde.com/blog/conheca-os-beneficios-da-tinta-organica-para-o-cabelo/>. Acesso em: 11 nov. 2019. MILIAUSKAS, Rosemary. Princípios básicos da coloração e suas aplicações. [s.l.]: Rosemary Miliauskas, 2017. 85 slides, color. Disponível em: <http://www.fatecdiadema.com.br/wp-content/uploads/2017/11/unnamed-file-3.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2019. OLIVEIRA, Ricardo A. G. de et al. A QUÍMICA E TOXICIDADE DOS CORANTES DE CABELO. Química Nova, [s.l.], v. 37, n. 6, p.1037-1046, 2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5935/0100-4042.20140143>. Acesso em: 6 nov. 2019. PORTAL EDUCAÇÃO (São Paulo). Colorações Capilares. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/coloracoes-capilares/7869>. Acesso em: 6 nov. 2019.