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“No momento, meu
espírito está inteiramente
tomado pelas leis das
cores.
Ah, se elas nos tivessem
sido ensinadas em nossa
juventude.”
Van Gogh (1853-1890),
pintor holandês
Girassóis
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Mergulho nas cores
Se abrirmos conscientemente os olhos ao
mundo que nos rodeia, veremos que
vivemos mergulhados num cromatismo
intenso.
O ambiente natural impõe suavemente o
império da cor.
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A cor na história do homem
Nas civilizações antigas, como
China, Índia e Egito, cada cor
era um símbolo. Atendiam
mais às necessidades
psicológicas que estéticas.
Enriqueciam os
deslumbrantes vestuários e
ornamentos de príncipes e
reis, sacerdotes e
imperadores.
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Roma Imperial
O branco com sentido nefasto.
Utilizou cores mais vivas predominando o
laranja, a púrpura, o azul e o amarelo.
O dourado utilizado como elemento
emocional.
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Arte bizantina
Essencialmente religiosa,
procurou o refinamento das
cores, empregando cores vivas
em todas suas manifestações
artísticas.
Justiniano
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O Aprendizado do Olhar
“De que vale olhar sem ver?”
Johann Wolfgang von Goethe
(1749-1832)
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A Luz: Intermediária do Homem com a
Natureza
Os olhos são os órgãos de
ligação entre o mundo interior
do homem e o mundo exterior
que o rodeia. Entretanto, essa
ligação só se realiza quando há
luz.
A luz é portanto a grande
intermediária entre a natureza e
o homem. Ela apresenta todos
os detalhes à percepção do ser
humano numa multivariada
gama de sensações visuais
coloridas ou não.
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Luz: Radiação Eletromagnética 1
Da imensa área de radiações solares, a
vista humana alcança apenas a diminuta
faixa compreendida entre os raios
infravermelhos e os ultravioletas, cujos
limites extremos são, de um lado, o
vermelho com cerca de 700 milimícrons e,
do outro, o violeta com cerca de 400
milimícrons de comprimento de onda.
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Luz: Radiação Eletromagnética 2
Outros raios da energia solar: ondas de rádio,
ondas de televisão, ondas de raios X, raios
infravermelhos, raios ultravioletas e raios
cósmicos.
O que caracteriza e diferencia cada uma
dessas ondas é o seu comprimento.
O comprimento de onda da luz é
extremamente pequeno.
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Espectro das Cores
Sendo o raio solar (melhor
expressão da luz branca)
uma síntese do espectro
eletromagnético, nele
estão contidas todas as
cores.
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Cor
Como o espectro é contínuo, as cores se
interpenetram na passagem de uma para
outra, criando misturas que definem sua
composição.
Essa interpretação, por ser constitucional
das cores, elimina qualquer possibilidade
de existência de uma cor pura.
A cor pura passa então para o “reino
encantado” da abstração vocabular,
aumentando ainda mais o seu fascínio.
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O que é luz?
A forma de energia que
ilumina o mundo é chamada
luz. Ela e outras radiações
eletromagnéticas são emitidas
por objetos energéticos ou
quentes.
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A luz é o único componente do
espectro eletromagnético (que inclui
as microondas, os raios ultravioletas
e os raios X) que pode ser detectado
pelo olho humano.
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Vemos os objetos quando eles
refletem a luz em direção a nossos
olhos. No vácuo a luz se move a
300.000 Km por segundo, e nada
pode ser mais rápido.
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A luz consiste em "pacotes"
de energia chamados quanta.
Os quanta individuais
também podem ser
representados por ondas.
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Raios e sombras
A passagem da luz é freqüentemente
descrita em termos de raios que se
propagam em linha reta. Caso haja um
objeto na trajetória de alguns desses raios,
sua passagem será bloqueada; como a luz
não pode se dobrar em trono do obstáculo,
isso cria uma área sem luz que chamamos
de sombra. As dimensões da sombra de um
objeto dependem de dois fatores: o tamanho
da fonte de luz e a distância entre ela, o
objeto e a sombra.
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Nossos olhos abrangem uma área pouco inferior a 180° ao
redor do nosso corpo.
Na parte da frente de nosso olho encontra-se a íris, que
funciona como um diafrgama, limitando os raios luminosos
que penetram em seu interior para atingir a retina.
Quando olhamos para uma foto, para um monitor, uma
paisagem, as pupilas se dilatam ou se contraem para regular
a entrada de luz e o cristalino se move de forma a focar a
imagem, que se forma, reduzida e invertida na retina. É o
nervo óptico que “transfere” a imagem para o cérebro e este
interpreta a imagem da forma como vemos.
A Visão Humana
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A superfície da retina é composta por
duas áreas distintas.
A fóvea retiniana, no centro, é formada
por cerca de 7 milhões de fibrilas
nervosas, denominadas cones,
responsáveis pala visão das cores:
visão tricromática.
Esses cones são divididos em 3 grupos: o primeiro é sensível ao
vermelho, o segundo ao verde e o terceiro ao azul.
Não existem cones específicos para a sensação do amarelo. Essa
cor só é percebida pela sensibilização simultânea dos cones
vermelhos e verdes.
A parte da retina que circunda a fóvea é constituída por cerca de
100 milhões de bastonetes, sensíveis às imagens em preto-e-
branco.
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Explicação:
Saturação da Retina
Assim como a percepção visual não é instantânea,
necessita de certo tempo de latência para sua captação,
também o seu desaparecimento da retina não é imediato,
fazendo com que no ato visual haja sempre uma
superposição de imagens: aquela que começa a ser
percebida sobre aquela que ainda não desapareceu
completamente.
As cores fisiológicas são condicionadas ao grau de potência
dos estímulos luminosos e aos tempos de saturação e
acomodação da retina.
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Cores Fisiológicas ou Subjetivas
As cores fisiológicas mais comuns são produzidas pela
saturação da retina.
Em princípio, toda cor é fisiológica ou subjetiva, já que
se trata de uma sensação.
Mas, para classificação científica, cor fisiológica aplica-
se apenas às cores em que o organismo interfere de
maneira preponderante na sua produção, sendo este
um organismo sadio.
Quando essas cores são produzidas por disfunções ou
enfermidades, passam ao rol das cores patológicas.
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Visão Defeituosa das Cores
Um indivíduo é considerado normal em relação à
percepção das cores quando distingue todas as cores
do espectro solar.
Algumas pessoas possuem a retina totalmente
insensível à cor. O meio ambiente é visto por elas em
branco e preto ou em vários tons de cinza. Esse raro
fenômeno chama-se acromatismo.
O daltonismo está relacionado à pouca sensibilidade ao
vermelho ou ao verde.
À medida que envelhecemos, perdemos a sensibilidade
ao azul, devido a uma alteração química no cristalino.
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O Mundo Animal e as Cores
Dentre os mamíferos, apenas os macacos possuem o
mesmo processo visual que os serem humanos. Os
demais, quase não possuem visão cromática.
Animais ditos inferiores como peixes, aves, insetos e
répteis possuem boa visão das cores. Libélulas e
abelhas, por exemplo, enxergam de longe as cores das
flores desejadas.