1. 26/06/2021
1
Eng. Químico Moisés Antônio Benvegnú
Curso Básico de
Tratamento de
Esgoto Sanitário
Engenheiro Químico pela UFRGS.
Experiência de 10 anos na área de tratamento de
água e efluentes, atuando na indústria e no
saneamento.
Trabalhou na Eletrobras - CGT Eletrosul, na operação
de planta de água desmineralizada, e com
o tratamento de água para caldeira de alta pressão,
água de resfriamento, água potável e efluentes
industriais.
Atualmente trabalha na Companhia Riograndense de
Saneamento – CORSAN, onde já foi responsável pela
operação de diversas Estações de Tratamento de
Esgotosno RS.
Cofundador da Água e Efluentes.
Instrutor
Moisés Antônio Benvegnú
Conteúdo do Curso
• Breve Histórico
• Panorama Atual
• Legislação
• Características do Esgoto e Parâmetros de Monitoramento
• Problemas Causados pelo Despejo de Esgoto
• Sistema de Esgotamento Sanitário - SES
• Etapas do Tratamento de Esgoto
2. 26/06/2021
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Livros Recomendados
Bibliografia Básica Bibliografia Avançada
Breve Histórico
Despejos nas ruas na
Europa
Banheiros públicos em Roma
1887
Estação Experimental Lawrence, em
Massachusetts, nos EUA
Canal de esgoto em cidade do
Vale do Indo
Cloaca Máxima em Roma
Surto de cólera em Londres
1848
Dispositivo de Mouras
1860
Desenvolvimento do processo de Lodos
Ativados por Arden e Lockett
Entre 1913 e 1914
Idade Média (476 a 1453)
Antiguidade (4000ac a 476dc)
Peste Negra
Breve Histórico no Brasil
• 1561: poço para abastecimento
na cidade do RJ
• 1673 a 1723: Arcos da Lapa
transportavam água do Rio
Carioca para o Chafariz
• 1864: sistema de coleta de
esgotos moderno no RJ
10. 26/06/2021
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Fontes notícias
• https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-09/trecho-morto-do-tiete-aumenta-33-e-esta-com-163-quilometros#
• https://www.saneamentobasico.com.br/teresina-esgoto-jogado-rios-tratamentos/
• https://amazonasatual.com.br/manaus-e-a-sexta-cidade-entre-as-dez-com-pior-saneamento-basico/
• https://www.correiodopovo.com.br/especial/esgoto-bem-longe-do-ideal-1.355343
• https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/plano-diretor/2018/08/09/NWS,77378,70,1213,NOTICIAS,2190-RECIFE-
AINDA-FALTA-SANEAR-METADE-CIDADE.aspx
• https://oglobo.globo.com/rio/tomada-por-lixo-esgoto-praia-de-botafogo-agoniza-24198516
Legislação
• Resolução CONAMA nº 357 de 2005 - classificação dos corpos d’água superficiais
• Resolução CONAMA nº 430 de 2011 - padrões de lançamento de efluentes
• Resolução CONAMA nº 396 de 2008 - classificação das águas subterrâneas
• Resolução CONAMA nº 498 de 2020 – disposição de lodo de ETE no solo
• Lei Federal nº 11445 de 2007 - Saneamento Básico
• Lei Federal nº 14026 de 2020 – Novo marco legal do saneamento
• Normas ABNT
– NBR 12209 – Projeto de Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário
– NBR 12208 – Projeto de Estação Elevatória de Esgoto Sanitário
– NBR 9649 – Projeto de Rede Coletora de Esgoto Sanitário
– NBR 7229 – Projeto, Construção e Operação de Sistemas de Tanques Sépticos
– NBR 13969 – Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto,
construção e operação
11. 26/06/2021
11
Características do Esgoto e
Parâmetros de Monitoramento
O que é o esgoto?
Esgoto,
Efluente ou
Água Residual
Industrial
Sanitário
Esgoto Doméstico
Água de chuva
Eventualmente parcela não
significativa de despejos
industriais.
Água de infiltração
Origem:residências, edifícios
comerciais, instituições ou
quaisquer outras edificações que
contenham instalações de
banheiros, lavanderias, cozinhas, ou
qualquer dispositivo de utilização da
água para fins domésticos.
Composição:água de banho, urina,
fezes, restos de comida, sabão,
detergentes, água de lavagem.
Extremamente diverso, provém de
qualquer utilização da água para
fins industriais, e adquirem
características próprias em função
do processo industrial empregado.
Vazão
• Base no consumo de água
• Quota Per Capita (QPC)
• Média, Máxima e Mínima
• Estudos populacionais
Porteda
Comunidade
Faixa da População
Consumo per capita (QPC)
(L/hab.d)
Povoado Rural < 5.000 90 – 140
Vila 5.000 – 10.000 100 – 160
Pequenalocalidade 10.000 – 50.000 110 – 180
Cidade média 50.000 – 250.000 120 – 220
Cidade grande > 250.000 150 – 300
12. 26/06/2021
12
Vazão
• Vazão média
• Coeficiente de Retorno (R)
– R = Qesgoto/Qágua ≈ 0,8
• Variação da vazão
– K1 = 1,2 (coeficiente do dia de maior consumo)
– K2 = 1,5 (coeficiente da hora de maior consumo)
– K3 = 0,5 (coeficiente da hora de menor consumo)
– Assim:
– Qmáx = Qméd . K1 . K2 = 1,8 Qméd
– Qmín = Qméd . K3 = 0,5 Qméd
Vazão
• Água de chuva
• Ligações clandestinas
• Infiltração
– Vazão por km de rede ou km²
– NBR 9649 cita 0,05 a 1,0 L/s.km
– Estimada de 20 a 2000 m³/d.km²
• Vazão industrial
Cor
Esgoto fresco Esgoto velho
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Odor
• Esgoto fresco: odor de mofo, suportável
• Esgoto velho: odor de ovo podre, desagradável
• Gases gerados nos processos de tratamento
• Subprodutos sólidos contaminados são fontes de mau cheiro
• Sistemas projetados e operando de forma adequada não
devem gerar odores significativos
Temperatura
• Varia de acordo com as estações do ano
• Atividade microbiana
• Velocidade das reações químicas
• Solubilidade dos gases
• Viscosidade dos líquidos
pH e Alcalinidade
pH: potencial hidrogeniônico (H+)
Alcalinidade: capacidade de neutralizar ácidos
pH íons
> 9,4 hidróxidos e carbonatos
8,3 a 9,4 carbonatos e bicarbonatos
4,4 a 8,3 apenas bicarbonatos
14. 26/06/2021
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Sólidos
Esgoto Água (99,9%)
Sólidos (0,1%) Poluição Tratamento
Sólidos
Totais
(ST)
1000 mg/L
Em Suspensão
(SS ou SST)
350 mg/L
Dissolvidos
(SD ou SDT)
650 mg/L
Fixos
(SSF)
50 mg/L
Voláteis
(SSV)
300 mg/L
Voláteis
(SDV)
250 mg/L
Fixos
(SDF)
400 mg/L
Matéria Orgânica
• Consumo de OD pelos microrganismos para a sua estabilização
• Proteínas, carboidratos, gorduras e óleos, ureia, surfactantes..
• Fração biodegradável e inerte
• Fração particulada ou solúvel
• Dificuldade de analisar separadamente os compostos
• Métodos diretos e indiretos de análise
• Indiretos: DBO e DQO (mais usados)
• Direto: COT (pouco usado)
Glicose
Proteína
15. 26/06/2021
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Oxigênio Dissolvido
Matéria Orgânica + O2 + Bactérias CO2 + H2O + Bactérias + Energia
DBO
0 mg/L
8 a 9 mg/L
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio
• Conceito: Quantidade de oxigênio requerida para estabilizar,
através de processos bioquímicos, a matéria orgânica carbonácea
• Indica a fração biodegradável
• Taxa de degradação do efluente
• Taxa de consumo de O2
• Método demorado
• DBOúltima: cerca de 20 dias
• DBO5
20 : 5 dias a 20°C
DBO
(mg O2/L)
DBO5
DBOúltima
Tempo
(dias)
5 10 20
15
DBOúltima
DBO5
= 1,46
DBO5
20 do esgoto bruto: 250 a 400 mgO2 /L
• Conceito: Quantidade de oxigênio requerida para estabilizar, através
de processos químicos, a matéria orgânica carbonácea
• Oxidação química
• Matéria orgânica biodegradável e inerte
• Compostos inorgânicos
• Resultado em até 3 horas
• Não se pode prever a taxa de oxidação
DQO – Demanda Química de Oxigênio
Relação DQO/DBO normalmente em torno de 1,7 a 2,4
16. 26/06/2021
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COT – Carbono Orgânico Total
Crédito: Rafael Casagrande/Unisinos
• Método direto
• CO2 liberado
• Resultados rápidos
• Ensaio ainda pouco utilizado
• Pode se tornar mais viável
Nitrogênio
Nitrogênio
Orgânico
(proteínas,
ureia)
Amônia
(NH3)
Nitrito
(NO2
-)
Nitrato
(NO3
-)
Nitrogênio
gasoso
(N2)
Amonificação Nitrificação Desnitrificação
Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK)
Nitrogênio Total
Uréia
Nitrogênio
N total
NOx
NTK
NOx
Amônia
N org
NOx
NTK
solúvel
NTK
particulado
Esgoto doméstico bruto
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Nitrogênio
Poluição das águas
• Eutrofização
• Consumo de OD - Nitrificação
• Amônia livre é tóxica para os peixes
• Doenças associadas ao Nitrato
Tratamento de Esgoto
• Importante para os microrganismos
• Consome OD e alcalinidade na nitrificação
• Havendo desnitrificação:
• Economia de OD e alcalinidade
• Aderência de N2 nos flocos e deterioração da sedimentação Cafeína
Nitrogênio
pH
T = 15°C T = 20°C T = 25°C
% NH3 % NH4
+ % NH3 % NH4
+ % NH3 % NH4
+
6,5 0,09 99,91 0,13 99,87 0,18 99,82
7,0 0,27 99,73 0,40 99,60 0,57 99,43
7,5 0,86 99,14 1,24 98,76 1,77 98,23
8,0 2,67 97,33 3,82 96,18 5,38 94,62
8,5 7,97 92,03 11,16 88,84 15,25 84,75
9,0 21,50 78,50 28,43 71,57 36,27 63,73
9,5 46,41 53,59 55,68 44,32 64,28 35,72
Fósforo
• Fósforo Total = Fosfatos (PO4
3-)
• Eutrofização
• Importante para os microrganismos no tratamento
• Fração inorgânica
– Formada por polifosfatose ortofosfatos
– Origem: detergentes e outros produtos químicos domésticos
– Solúvel
• Fração orgânica
– Ligado a compostos orgânicos
– Origem: fisiológica
– Maior parte particulada
Tripolifosfato de Sódio
Íon fosfato
18. 26/06/2021
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Fósforo
P total
P inorg
(poli+orto
fosfato)
P org
P
solúvel
P
particulado
Formasem que os ortofosfatos se apresentam nas águas: PO4
3-, HPO4
2-, H2PO4
-, H3PO4
Trifosfato de adenosina
(ATP)
Esgoto doméstico bruto
Organismos Patogênicos
• Microrganismos importantes no tratamento
• Transmissores de doenças – PATOGÊNICOS
• Bactérias, vírus, protozoários e helmintos
• Origem predominantemente humana
• Podem também ter procedência animal
Doença Bactéria
Febre tifóide Salmonellatyphi
Febre paratifóide Salmonellaparatyphi
Salmonella Salmonella– várias espécies
Disenteria bacilar Shigella dysenteriae
Cólera Vibrio cholerae
Gastroenterite E. coli enteropatogênica
Gastroenterite Campylobacterjejuni e coli
Leptospirose Leptospira– várias espécies
Doença Vírus
Poliomelite Poliomyelitis virus
Hepatite infecciosa Vírus da hepatite A
Meningite Enterovírus
Gastroenterite
Enterovírus, Norwalk, rotavírus, etc
– vários tipos
Doenças respiratórias Adenovírus – vários tipos
Doença Protozoário
Balantidíase Balantidium coli
Disenteria amebiana Entamoebahistolytica
Giardíase Girardialamblia
Criptosporidiose Cryptosporidium
Doença Helminto
Ascaridíase Ascaris lumbricoides
Tricuríase Trichuristrichiura
Doenças de transmissão feco-oral associadas à água
19. 26/06/2021
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Indicadores de Contaminação Fecal
• Difícil detecção dos organismos patogênicos
• Organismos indicadores de contaminação fecal
• Contaminação por fezes humanas ou de animais
• Potencialidade de transmitir doenças
• Bactérias do grupo Coliforme
Grupo Coliformes
• Grande quantidade nas fezes humanas
• Alta probabilidade de detecção
• Resistência ligeiramente superior
• Mesmos mecanismos de remoção
• Testes para detecção rápidos e econômicos
• Mais utilizados
– Coliformes Totais
– Coliformes Termotolerantes
– Escherichia coli
Coliformes Totais
• Encontrados no ambiente e em fezes de
animais de sangue quente
• Engloba bactérias não fecais
• Conhecidos como de vida livre ou não
intestinais
• Sem relação quantificável com patogênicos
• Indicado para sistema de abastecimento de
água potável
20. 26/06/2021
20
Coliformes Termotolerantes
• Predominantemente de origem fecal
• Amostra submetida a temperaturas superiores
• Permanecem bactérias de origem não fecal
• C. Termotolerantes e não C. Fecais
Escherichia coli
• Principal bactéria dos Coliformes Termotolerantes
• Abundante nas fezes humanas e de animais
• Detecção laboratorial bastante simples
• Garantia de contaminação exclusivamente fecal
• Mas sem garantia que seja humana
• Tendência de ser utilizado como indicador
• Algumas cepas são patogênicas
• Avaliar contaminação exclusivamente fecal humana
requer testes complementares
Indicadores de Contaminação Fecal
Bactérias de vida livre
Bactérias intestinais
humanas
C. Totais
C. Termo
E. coli
Patogênicas
Bactérias intestinais de
animais
22. 26/06/2021
22
Problemas causados pelo despejo de esgoto
Poluição
• Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
• Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
• Afetem desfavoravelmente a biota;
• Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e
• Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.”
Fonte: Lei Federal nº 6938, de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
“degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
Problemas causados pelo despejo de esgoto
• Diminuição do oxigênio dissolvido dos
corpo d’águas
• Contaminação por organismos
patogênicos
• Eutrofização de lagos e represas
23. 26/06/2021
23
Consumo do Oxigênio Dissolvido (OD)
Consumo do Oxigênio Dissolvido
DBO solúvel e finamente
particulada
(oxidação)
DBO suspensa
(sedimentação)
demanda bentônica
reaeração
atmosférica
revolvimento
DBO
OD
nitrificação
DBO
DBO
OD OD
fotossíntese
OD
lodo
Matéria Orgânica + O2 + Bactérias CO2 + H2O + Bactérias + Energia
AUTODEPURAÇÃO
Autodepuração
24. 26/06/2021
24
OD na CONAMA 357/2005
Classe OD mínimo (mg/L)
Especial
Não são permitidos lançamentos de
efluentes mesmo tratados
1 6,0
2 5,0
3 4,0
4 2,0
Valores que devem ser mantidos nos corpos hídricos:
Contaminação por Organismos Patogênicos
Contaminação por Organismos Patogênicos
25. 26/06/2021
25
Contaminação por Organismos Patogênicos
Concentração
(NMP/100mL)
Distânciaou Tempo
despejo
Contaminação por Organismos Patogênicos
Concentração
(NMP/100mL)
Distânciaou Tempo
despejo
Físicos
Químicos
Biológicos
Doenças de transmissão feco-oral associadas à água
Doença Bactéria
Febre tifóide Salmonellatyphi
Febre paratifóide Salmonellaparatyphi
Salmonella Salmonella– várias espécies
Disenteria bacilar Shigella dysenteriae
Cólera Vibrio cholerae
Gastroenterite E. coli enteropatogênica
Gastroenterite Campylobacterjejuni e coli
Leptospirose Leptospira– várias espécies
Doença Vírus
Poliomelite Poliomyelitis virus
Hepatite infecciosa Vírus da hepatite A
Meningite Enterovírus
Gastroenterite
Enterovírus, Norwalk, rotavírus, etc
– vários tipos
Doenças respiratórias Adenovírus – vários tipos
Doença Protozoário
Balantidíase Balantidium coli
Disenteria amebiana Entamoebahistolytica
Giardíase Girardialamblia
Criptosporidiose Cryptosporidium
Doença Helminto
Ascaridíase Ascaris lumbricoides
Tricuríase Trichuristrichiura
26. 26/06/2021
26
Eutrofização
Eutrofização
• Conceito
• Algas e outras plantas aquáticas
• N e P nos esgotos
• Excesso de nutrientes
• Floração
• Lagos e Represas
• Outros fatores
Eutrofização
• Estéticos e recreacionais
• Condições anaeróbias
• Mortandade de peixes
• Custo do tratamento de água
• Cianotoxinas
Problemas
29. 26/06/2021
29
Etapas do Tratamento de Esgoto
Etapas de Tratamento
Rede
Coletora
EBE
Tratamento
Preliminar
Tratamento
Primário
Tratamento
Secundário
Tratamento
Terciário
Tratamento
do Lodo
Esgoto
bruto
Subprodutos
sólidos
Destinação
final
Lodo
Esgoto
tratado
Destinação
final
Etapas de Tratamento
Coagulante
Decantador
Primário
Decantador
Secundário
Tanque Aerado
Calha
Parshall
Desarenador
Gradeamento
EBE
Caçamba
Câmara de contato
Floculador
Leitosde Secagem
Lodo desidratado sendo
enviado paralocal licenciado
Corpo hídrico receptor
Desinfetante
Digestor
de lodo
Líquido percolado
dosleitos
Queimador
Biogás
Lodo recirculado
Lodo
Lodo digerido
Rede coletora
Esgoto
bruto
Esgoto
tratado
30. 26/06/2021
30
Tratamento Preliminar
• Gradeamento
• Desarenador
• Medidor de Vazão
Gradeamento
• Proteção dos dispositivos de transporte
• Proteção dos dispositivos de tratamento
• Proteção dos corpos d’água receptores
• Remoção parcial da carga poluidora
remover sólidos grosseiros
Gradeamento
Tipo de grade Milímetros
Grades grosseiras 40 a 100
Grades médias 20 a 40
Grades finas 10 a 20
Peneiras 0,25 a 10
34. 26/06/2021
34
Fossa Séptica
biodigestora da Embrapa
Tratamento Secundário
• Mecanismo: biológico
• Processos naturais otimizados
• Sólidos não sedimentáveis
• DBO em suspensão fina
• DBO solúvel
• Eventualmente nutrientes e patógenos
• Remoção de 60 a 98% de DBO
remover
matéria orgânica
Tratamento Secundário
• Processos Aeróbios e Anaeróbios
• Reator Anaeróbio – UASB
• Fossa Séptica e Filtro Anaeróbio
• Lodos Ativados
• Reatores Aeróbios com Biofilmes
• Lagoas de Estabilização
• Banhados Construídos (Wetlands)
• Disposição Controlada no Solo
35. 26/06/2021
35
Tratamento Secundário
Aeróbio:
processos aeróbios e anaeróbios
Anaeróbio:
Energia:
Aeróbio: respiração - O2
Anaeróbio: fermentação, metanogênese, desnitrificação, sulfetogênese
Tratamento Secundário
processos aeróbios e anaeróbios
aeróbio
anaeróbio
Reator
Aeróbio
DQO afluente
(100%)
Gás Carbônico
(40 a 50%)
Lodo
(30 a 40%)
DQO Efluente
(5 a 15%)
Reator
Anaeróbio
DQO afluente
(100%)
Gás Metano
(50 a 70%)
Lodo
(5 a 15%)
DQO Efluente
(10 a 30%)
Tratamento Secundário
processos aeróbios e anaeróbios
36. 26/06/2021
36
Processo Vantagens Desvantagens
Aeróbio
• Operação mais flexível a flutuações
• Melhor eficiência na remoção de matéria
orgânica
• Remoção de nitrogênio amoniacal
• Redução dos níveis dos materiais graxos e
coliformes
• Maior custo operacional
• Alta dependência de energia elétrica
• O gás gerado não pode ser aproveitado
energeticamente (CO2)
• Alta produção de lodo
• Tempo maior de secagem do lodo
• Ruído
Anaeróbio
• Baixa produção de lodo, maior estabilidade e
facilidade de desidratação
• Não necessita de energia elétrica
• Produção de metano (biogás)
• Possibilidade de preservação da biomassa
• Operação menos flexível a flutuações
• Lenta taxa de crescimento das bactérias produtoras
de metano
• Eficiência moderada
• Geração de sulfeto de hidrogênio (odor desagradável
e corrosão)
Tratamento Secundário
processos aeróbios e anaeróbios
Reator Anaeróbio - UASB
UASB - Upflow Anaerobic Sludge Blanket
Reator Anaeróbio de Manta de Lodo
Entrada do esgoto
Saída do
efluente
Biogás
Reator Anaeróbio - UASB
46. 26/06/2021
46
Lagoas de Estabilização
• Lagoa Facultativa
• Lagoa Anaeróbia
• Lagoa Facultativa Aerada
• Lagoa Aerada de Mistura Completa e de Decantação
• Lagoas de Maturação e Polimento
Lagoa Facultativa
1,5
a
2,0
metros
Lagoa Anaeróbia
49. 26/06/2021
49
BET – Bacia de Evapotranspiração
Círculo de Bananeiras
Disposição Controlada no Solo
• Alternativa para disposição final
• Tratamento em diferentes níveis
• Recarga do lençol freático e evapotranspiração
• Necessidade das plantas
• Destino dos contaminantes no solo
50. 26/06/2021
50
Disposição Controlada no Solo
• Mecanismos físicos, químicos e biológicos
• Degradação da matéria orgânica no solo
• Tipos de aplicação no solo
– Infiltração lenta (irrigação)
– Infiltração rápida
– Infiltração subsuperficial
– Escoamento subsuperficial
• Formas de aplicação
Disposição Controlado no Solo
• Infiltração lenta
• Infiltração rápida
• Infiltração subsuperficial
• Escoamento superficial
Tratamento Terciário
• Nutrientes (Nitrogênio e Fósforo)
• Organismos Patogênicos (Desinfecção)
• DBO e SS residuais
• Metais
• Outros específicos
51. 26/06/2021
51
Remoção de Nutrientes
• Volatilização da amônia
• Nitrificação-Desnitrificação
• Sedimentação do nitrogênio orgânico particulado
• Assimilação dos nutrientes pelas bactérias e algas
• Sedimentação dos fosfatos
lagoas de estabilização
Remoção de Nutrientes
disposição controlada no solo
• N e P para as plantas
• Substituição aos fertilizantes sintéticos
• Fertirrigação
• Precauções
• Destino produtivo dos esgotos
Remoção de Nutrientes
• Nitrificação
• Desnitrificação
– Condições anóxicas
– Recirculações internas
• Desfosfatação (apenas lodos ativados)
– Condições anaeróbias e aeróbias alternadas
– Organismos acumuladores de fósforo Filamentous poly-P bacteria in
the foam of activated sludge
lodos ativados e reatores aeróbios com biofilmes
52. 26/06/2021
52
Remoção de Nutrientes
• Nitrogênio
– Aumento do pH
• Fósforo
– Agentes coagulantes
– Filtração ou flotação
– Combinação de ambos
processos físico-químicos
Desinfecção
• Organismos patogênicos
• Bactérias, vírus, protozoários e helmintos
• Mecanismos envolvidos
• Processos Naturais
• Processos Artificiais
• Remoção de coliformes na ordem de 99,99% ou mais
PROSAB
Desinfecção
• Lagoas de Maturação/Polimento
• Disposição controlada no solo
processos naturais
54. 26/06/2021
54
Lodo
Tratamento do Lodo
• Adensamento
• Estabilização
• Condicionamento
• Desaguamento ou Desidratação
• Higienização ou Desinfecção
• Disposição Final
Adensamento
Objetivo: aumentar a concentração de sólidos no lodo
Estabilização
Objetivo: remoção da matéria orgânica do lodo
55. 26/06/2021
55
Condicionamento
Objetivo: preparação para o desaguamento
Desaguamento
Objetivo: remoção de umidade e volume
Centrífuga Decanter
Filtro Prensa de Esteiras
Leito de Secagem
Filtro Prensa
Bag
Prensa Parafuso
Higienização
Objetivo: remoção de organismos patogênicos
Compostagem
Radiação Solar
Secagem Térmica Caleação
57. 26/06/2021
57
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que,
para cada dólar investido em água e saneamento, são
economizados 4,3 dólares em custos de saúde no
mundo, enquanto 2,5 bilhões de pessoas ainda sofrem
com a falta de acesso a serviços de saneamento básico e
1 bilhão pratica a defecação ao ar livre.