Este documento descreve a santidade de São Joaquim e Santa Ana, os pais da Virgem Maria. Ele destaca a fé, esperança, amor e virtudes de São Joaquim e Santa Ana, que os tornaram dignos de serem os pais da mãe de Deus. Também enfatiza a devoção que a Virgem Maria deve ter por seus santos pais, que deram a Deus um tesouro inestimável em sua pessoa.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
São Joaquim e Santa Ana: modelos de fé e santidade
1.
2. SÃO JOAQUIM E SANTA ANA
Memória obrigatória
"Os Santos Joaquim e Ana formam parte dessa longa cadeia que tem transmitido
o amor de Deus, no calor da família, até Maria que acolheu em seu seio o Filho
de Deus e o deu ao mundo, nos tem dado a nós. Que precioso é o valor da
família, como lugar privilegiado para transmitir a fé!"
Papa Francisco
Palavras de São João Eudes
Havendo Deus escolhido São Joaquim e a Santa Ana para
ser o pai e a mãe da (daquela) que havia de ser a Rainha
de todos os Santos, a Mãe do Santo dos santos e a Esposa
do Espírito Santo, devemos estar persuadidos de que lhes
encheu de todos os dons e graças do mesmo Espírito
Santo e de uma santidade extraordinária.
Querendo o Pai das misericórdias dar-nos por isso aquela
que, depois de seu Filho, é o mais excelente modelo de
toda perfeição, o mais alto trono de todas as virtudes e o
mais rico tesouro de toda santidade, quem pode duvidar
que os que haviam de ser manancial e origem de um mar
imenso de graças não lhes haja adornado de todas as
virtudes e perfeições imagináveis e em altíssimo grau?
3. Vejamos também neles uma fé vivíssima, uma firmíssima esperança, um ardentíssimo amor a
Deus, uma caridade ao próximo perfeitíssima, uma profundíssima humildade, uma abstinência
extraordinária e uma maravilhosa pureza.
Vejam o vigor de sua fé e a firmeza de sua esperança. A consideração de sua infecundidade deve
arrancar-lhes toda crença e toda esperança de ter filhos; mais pode dizer-se deles o que se diz de
seu pai Abraão: Creram e esperaram contra toda esperança (Rm 4, 18); o que lhes fez dignos de
ser o pai e a mãe da Mãe de Deus e de todos os filhos de Deus.
O anjo lhes anuncia que Deus lhes dará uma filha que será a Mãe do Salvador do mundo. Se
olham sua esterilidade, o acreditarão impossível, como naturalmente o é. Se dão ouvidos a sua
humildade, esta lhes persuadirá que sua indignidade deve opor-se a semelhante favor. Mas sua fé
é tão forte e sua esperança tão inquebrantável, que São Epifânio, São Gregório Nisa, São
Jerônimo, São Germano de Constantinopla e outros asseguram que jamais tiveram a menor
dúvida sobre todas as coisas que o anjo lhes havia dito.
Aqui tem algo da altíssima santidade daqueles
por quem nos deu Deus um tesouro inestimável
de toda santidade na pessoa da sacratíssima
Virgem, filha única e muito amada de São
Joaquim e de Santa Ana.
Quem poderá dizer agora o amor e
reconhecimento desta bem-aventurada Virgem a
seus santos pais, sendo como é fruto de sua
virtude e de sua santidade? Quem poderá pensar
o muito que lhe agradará a devoção que seus pais
têm?
Se desejamos, pois, agradar Maria, honremos-
lhes com um afeto particular, e reconheçamos, o
muito obrigado que lhes estamos.
Porque São Joaquim e Santa Ana têm dado ao Pai eterno uma filha única e armadíssima, ao Filho
uma santíssima Mãe, ao Espírito Santo uma digníssima esposa, a adorabilíssima Trindade um
templo augustíssimo, aos anjos uma Rainha, aos homens uma Soberana, aos cristãos uma mãe,
aos aflitos uma consoladora, aos órfãos uma protetora, aos pecadores uma advogada, a todo o
gênero humano uma mediadora, a todo o universo uma reparadora.
São João Eudes (O. C. V, 320-327)