Um rato medroso perde-se no jardim e passa a noite lá. No dia seguinte, encontra um duende que lhe dá uma poção mágica para se tornar humano. Após beber a poção, o rato descobre que ficou mudo. Ele é acolhido pelo rei, que percebe seu problema e pede ajuda ao irmão para desfazer o feitiço. Com uma nova poção, o rato recupera a fala e aprende a lição de não aceitar presentes de estranhos.
1. O rato do jardim
Era uma vez um rato, um rato medroso, que vivia num jardim, um
rato pequeno e meigo com medo de tudo e de todos que não fossem
como ele, um simples rato. Um dia, enquanto dava um passeio em busca
de alimento, perdeu-se. Já era tarde e o sol já mal se via, ele decidiu ficar
onde estava, abrigar-se, e descansar um pouco, pois no dia seguinte teria
de encontrar um caminho de volta para sua casa.
No dia seguinte…
Já pronto para seguir viajem, ele encontra um duende pequeno e
feio, com uma verruga no seu pequeno nariz, vinha a correr com um ar de
muito assustado e lhe disse com uma voz apavorada:
- Toma, aceita isto, e uma poção mágica que te irá tornar humano,
quando quiseres, mas tem cuidado, depois de a beberes não terá volta
atrás, usa-a com cuidado!
O duende sem tempo para responder a perguntas, continuou a
correr.
O rato sem olhar para trás continuou a sua viajem. Confiante de que
estava a chegar a algum lado, subiu uma pequena montanha, um monte,
que separava uma vila magnífica, e deslumbrante, com uma vista
maravilhosa de um bosque escuro e aterrorizante. Sem mais demoras o
rato desceu-o e viu seres magníficos, a ajudarem-se uns aos outros. O rato
maravilhado com o que via decidiu tomar a poção que o duende lhe tinha
dado. Mal a engoliu ele reparou que nada lhe acontecera, apenas que não
dizia uma palavra, ele tinha emudecido. Ele foi andando, e andando
desesperado, que mais parecia um foguete do que um rato. Até que viu
um castelo ao longe, e decidiu aproximar-se, lá dentro viviam as pessoas
mais gentis de toda a vila, o rei e a rainha, seres que tinham muito
dinheiro, mas quando saiam a rua para ir comprar alimentos nunca
levavam as suas roupas caras e enormes, apenas uma simples camisola e
umas calças. O rato aproximou-se do rei, e sem fazer muito alarido ele
puxou as calças do rei. O rei sem qualquer medo aproximou-se dele
dizendo:
2. - Olá.
O rato assustado recua alguns passos, mas o rei não desistiu e estendeu o
seu braço, ficando com a mão aberta em forma de concha no chão a
espera que o rato subisse para lá e lhe contasse o que se passava. O rato,
como estava tao assustado subiu para a sua mão e apontou para a sua
boca, o rei percebeu de imediato o que se passara, foi ter a casa do seu
irmão, uma homem bondoso e amigável, que lhe preparou logo uma
poção mágica para desfazer o seu feitiço. Algum tempo depois ele acabou
a sua poção dando-a ao rato para ele beber. O rato ficou extremamente
agradecido, e prometeu a não aceitar nada de ninguém desconhecido.
Palavras: 467.
Ditado popular : Nem tudo o que parece é.
Bruno Lopes
9ºA Nº5