Este documento relata vários eventos e atividades realizadas no Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, como o desfile de Carnaval, visitas de estudo, projetos, competições e entrevistas. Destaca a remodelação planejada para a escola e a importância da colaboração entre a escola e a família na educação das crianças.
Livros selecionados 8º edição concurso de leitura em voz alta
Agrupamento Escolas Oliveira Bairro Revista Março 2010
1. 2ª Edição do ano
Lectivo 2009/10
Agrupamento de
Escolas de Oliveira do
Bairro
Março 2010
Nesta edição:
Carnaval sai à rua na sua 5ª edição
e caracterização, conse- Galeria de Carnaval 14
guiram retratar as suas
personagens a rigor.
2ª eliminatória 17
É de salientar que o Concurso “Leitura em
sucesso do Desfile de Voz Alta”
Carnaval deve-se ao
Visitas de Estudo 19-
empenho e à entrega de de HGP 20
todos os professores,
auxiliares de acção educa-
Projecto Ciência Viva 5
A turma do 6ºB trajados de Gladiadores tiva, encarregados de edu-
cação e alunos que de
No dia 12 de Feverei- permitiu a inspiração de alguma forma contribuí- Semana da Poesia 24-
ro os alunos do Agrupa- todos os participantes que, ram para este evento, 26
mento de Escolas de Oli- dando asas à sua imagina- quer na preparação dos
veira do Bairro juntaram- ção, ilustraram factos his- fatos de carnaval, nos ade- Internet Segura 15-
se às restantes institui- tóricos e comemorações 16
ções e escolas públicas e nacionais, destacando-se “Convidamos a
privadas para participa- episódios como o 25 de visitar a galeria de
Desporto Escolar 32-
rem no desfile de Carna- Abril, os Descobrimentos, fotos na página 14.” 34
val de Oliveira do Bairro. o Centenário da República,
“O Carnaval da a participação nos jogos reços, na caracterização
olímpicos, o desporto rei, Pontos de interesse
Pequenada” vai já na sua das personagens, nos car-
especiais:
5ª edição e nesta tarde o futebol, entre muitos ros alegóricos, quer na • Entrevista em exclusivo
soleira e fria de Inverno outros. organização, no registo com a Directora do
somou mais de 2300 par- Na Escola Básica Dr. fotográfico e no acompa- Agrupamento -
ticipantes e 25 carros Acácio de Azevedo, parti- nhamento dos alunos. Professora Júlia Gradeço
alegóricos. ciparam todas as turmas Sandra Brás
• Comemoração de S.
Valentim
Traçado o trajecto do do 2º ciclo • O grupo de Teatro da
Parque Desportivo à que com o escola
Câmara Municipal, a cor precioso con- • A vinda de ilustres escri-
e a alegria de todos foi tributo dos tores ao nosso Agrupa-
visível à medida que desfi- professores de mento
laram nos seu trajes alusi- EVT na elabo- • Prémio Elídio Pinho
vos a personagens da His- r a ç ã o dos • Projecto Escola de Pais
tória de Portugal. O tema fatos de carna- • Trabalhos/ Projectos do
proposto pela Câmara val, acessórios A turma do 5ºA
1º ciclo
2. Página 2 O Zeca
• Editorial – Pág.2
● Entrevista com a Directora do
Agrupamento — Pág.3
Indisciplina e violência A formação das nossas raízes, que trará con-
• Jantar dos Reis — Pág.4
nas escolas é novamente crianças e jovens não fiança no futuro.
•Concurso “Os olhos são o espelho da
alma” — Pág.4 nota de abertura de noti- depende apenas de uma A escola, assim
• Projecto Ciência Viva — Pág. 5 ciários e 1ª página de boa educação na escola, como a família, é um
● O Dia dos Namorados – Pág. 6 jornais e revistas. Mas mas também em casa, nos desafio contínuo para
● Cantinho da Poesia — Pág. 7 serão estes problemas clubes, nos cafés, nos
● Entrevista a Luís de Camões — Pág. 8 todos os intervenientes.
● Uma história em quadras– Pág. 9
novos, problemas com espaços públicos, nos
● Homenagem a Rosa Lobato Faria — Pág. que só hoje nos depara- media. Este é um proble- Combater a indisci-
10
mos? ma da escola, mas é, fun- plina através da discipli-
● EB1 de Quinta Nova ganha 1º Prémio
damentalmente, um pro- na, a violência através
em Concurso - Pág.12 Quem não se lembra
•As nossa s Janeiras – Pág. 12 blema social, não pode ser da tolerância, a incom-
das partidas que eram petência através da res-
• Viagem ao longo de um rio- Pág.13
pregadas aos professo- só avaliado pelo que pro-
● As aventuras do Sol – Pág. 13 voca hoje, mas também ponsabilidade, poderá
● Galeria de Carnaval - Pág. 14
res, daqueles colegas que ser a prevenção e
eram alvo de chacota de pela sua repercussão futu-
• Geometria à nossa volta – Pág.15 começar na nossa esco-
toda a turma por serem ra.
• CEF Cerâmica/Pintura em Visita – Pág.16 la, na nossa família.
• Internet Segura – Pág.16 “marrões” ou Quais são as causas da
“direitinhos”, das nódoas indisciplina? Como é que É cómodo assistir,
• 2ª Eliminatória do “Concurso de Leitura
em Voz Alta”- Pág. 17 negras, fruto de caloro- ela pode ser prevenida? ignorar ou calar! Par-
● A selecção natural da História do ticipar, denunciar, é
Universo—Pág. 18 sas disputas no recreio? Os factores que favo-
● Visita de Estudo ao Museu do Carro um dever cívico e
Eléctrico – Pág. 19 Penso que diferente é recem a indisciplina são um acto de coragem.
● Apadrinhar a Coruja das Neves– Pág. a sociedade actual, o inúmeros, passam por Qual vai ser a tua
20
● Visita de Estudo ao Mosteiro de
consumismo e marketing características de cada opção?
Alcobaça e Ruínas de Conímbriga - Pág. 20 dele decorrente, a nossa nível etário, falta de moti-
● A Poetisa Helena Pires em conversa
disponibilidade, o imedia- vação pelos conteúdos Problemas na escola
com os alunos– Pág. 21 vão existir sempre, mas
● Arsénio Mota contacta alunos das nossa tismo. leccionados, níveis dife-
eu vivo a convicção de
A indisciplina na sala rentes de concentração e
escolas – Pág. 22
● Texto colectivo - Turma de 3º ano - que, um dia, será este o
Pág. 22 de aula é a causa primei- de capacidade de aprendi- comentário da generali-
● Sugiro... “O Cuquedo”- Pág. 23
● Formação de utilizadores na Biblioteca
ra do insucesso escolar, zagem, excessiva permissi- dade dos alunos, quan-
do Centro Escolar —Pág. 23 implica quebras de ritmo, vidade ou excesso de do interrogados sobre a
• Um heroi é… – Pág.23 desconcentração, des- autoritarismo do profes- “nossa” escola:
• Semana da Poesia – Pág. 24 motivação. Mas e a indis- sor, do progenitor, do
● Concurso “Faça lá um Poema”- Pág. 27 ciplina no seio familiar, treinador, do colega, que “É o lugar onde me
● 3ª Eliminatória do “Concurso de Leitura sinto bem, para onde
em Voz Alta”- Pág. 28 nos espaços públicos, conduzem a dificuldades
● Top + - Pág.28 nos órgãos de soberania? de comunicação e de rela- venho diariamente com
● Uma incubadora de talentos chamada cionamento. prazer. Sinto saudades
Escola – Pág. 29 A autoridade do pro- nos dias em que cá não
● Prémio Elídio Pinho— Pág. 30 fessor é frequentemente Reverter a situação
venho. É a inspiração
• Problemas de Indisciplina – Pág.30 questionada; mas não o é actual, é um processo para a minha crescente
• A Família e o Process o de
também a autoridade moroso, passa por intervir curiosidade científica e
Aprendizagem—Pág. 31
● Para um pai especial — Pág. 31 dos pais, dos treinado- na escola, através da para a minha consciência
● Desporto Escolar—Pág. 32 res? Não surgem cada intervenção na família; cívica. Professores e fun-
● Viagem a Lamballe—Pág. 34
vez mais alegações de passa pela renovação dos cionários são parceiros da
● Dia Mundial da Meteorologia—Pág. 34
● Livros debaixo de água —Pág.35 professores e progenito- valores morais, respeito, minha família no acto de
•4º ano EB1 da Quinta Nova ganha prémio res vítimas de agressão seriedade, honestidade e me educar”.
– Pág.35 física? humildade; passa pelo rea-
• “Na Feira dos Malandrecos”– Pág.36 vivar do orgulho pelas Júlia Gradeço
3. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 3
Em Exclusivo - Entrevista com a Directora do Agrupamento
No âmbito da disciplina de participar nas actividades e
Língua Portuguesa, as alunas sugerir formas de participação.
do CEF de Pintura, Carla Gon- Entrevistadoras: Lembra-se
çalves, Cátia Marques entre- de algum facto que tenha mar-
vistaram a Directora da Escola, cado na sua vida profissional?
Dra. Júlia Gradeço; as imagens
Directora: Sinto a falta do
foram da responsabilidade da
reconhecimento no nosso meio,
Dra. Hercília Viegas.
do Ensino Público. Como lec-
A nossa entrevistada, a cionei bastantes anos no Ensino
Directora da escola Dr. Carla Gonçalves, Directora da Escola e Cátia Marques Particular, julgo que as diferen-
Acácio de Azevedo, nas- ças não são tantas como as pes-
ceu em Sangalhos. É casada e o Agrupamento de Escolas de Oli- soas julgam.
tem dois rapazes. Estudou no veira do Bairro tenha as mesmas
Entrevistadoras: Para quando a
Colégio do Infante e depois competências e o mesmo reconhe-
construção de uma escola nova?
licenciou-se em Filologia Ger- cimento do Ensino Particular.
mânica, na Universidade do Entrevistadoras: Esses projectos Directora: Não vai haver uma
Porto. Posteriormente, tirou estão a ter sucesso? escola nova. Vai haver uma remode-
um curso de especialização lação e modernização desta estrutu-
Directora: Estão a caminhar... em
em Gestão Escolar. Actual- ra, já a partir das interrupções lecti-
Educação tudo é lento.
mente, vive em Oliveira do vas da Páscoa.
Entrevistadoras: Por que razão
Bairro. Entrevistadoras: Obrigada pela
não existem mais cursos de forma-
colaboração que nos foi prestada.
ção nesta escola?
Entrevistadoras: Há quanto Directora: Até à próxima.
Directora: Deve-se ao facto de
tempo exerce a função de Direc- não ter havido inscrições suficientes
tora? para abrir outros cursos.
Directora: Exerço funções de “A DIRECTORA
Entrevistadoras: Quais as princi-
Presidente do Conselho Executi- pais dificuldades que encontra no AFIRMA QUE
vo desta escola desde há 7 anos. exercício das suas funções?
Como Directora desempenho o HAVERÁ
Directora: Um dos principais pro-
cargo desde o ano lectivo ante-
blemas com que me debato é a REFORMULAÇÃO
rior.
pouca valorização que os alunos
Entrevistadoras: Gosta da pro- dão à escola. Atrás desse problema E
fissão que exerce? vem a indisciplina e a dificuldade em MODERNIZAÇÃO
Directora: Sim. Gosto imenso motivar as pessoas.
do meu trabalho. DA
Entrevistadoras: Como é que os
Entrevistadoras: Quais os pro- alunos podem contribuir, no senti- NOSSA ESCOLA.”
jectos que tem em curso? do de criar um bom ambiente de
Directora: São vários. Mas, em trabalho?
primeiro lugar, preocupo-me que Directora: Devem envolver-se e
4. Página 4 O Zeca
No passado dia 8 de Janeiro a boa disposição, havendo a colabo- que se distinguiram pelo seu com-
realizou-se um “Jantar de Reis”, no ração da Tuna da Escola, de um portamento, durante o primeiro
Polivalente, da Escola Dr. Acácio coro de Professores e de dois ex- período.
de Azevedo. Este evento foi dina- alunos da escola, a Mariana e o João. Dado o envolvimento dos Pais/
mizado pela Associação de Pais e Houve ainda espaço para se fazer Encarregados de Educação e dos
teve a colaboração da Direcção Professores da escola este tipo de
o sorteio de cabazes de géneros
Executiva. O convívio iniciou-se iniciativas deve continuar, no senti-
para angariação de fundos, visando a
do de estreitar, cada vez mais, os
pelas 19 horas e terminou cerca aquisição de instrumentos para a laços que unem a Escola à Comuni-
das 23 horas com uma forte parti- Tuna da Escola. A Associação de dade Escolar.
cipação dos Pais/Encarregados de Pais também entregou diplomas aos Comissão de Eventos e
Educação. Durante o jantar reinou dois melhores alunos de cada turma Comemorações
O Zeca propôs o desa-
fio aos professores dos 2º
e 3º ciclos que participa-
ram prontamente neste
concurso. Embora sejam
os pr of essor es os
“donos” dos olhos, o con-
curso é destinado aos
alunos e consiste em des-
cobrir de quem são os
respectivos olhos. Já diria
o provérbio “Os olhos são
o espelho da alma,” Será
que são? Conheces estes
olhos? Consegues identifi-
car os teus professores?
Brevemente terás mais
novidades sobre como
participares. Fica atento e
até lá atreve-te...
5. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 5
PROJECTO CIÊNCIA VIVA NA NOSSA ESCOLA
o “Chá das Cinco”, onde os
docentes se deliciaram com
aromas e sabores de diversas
infusões (tília, camomila, limo-
nete, flor de laranjeira, hortelã-
pimenta) acompanhados de
iguarias igualmente apetitosas, Professor Doutor Jorge Paiva
servindo, também, para dar a ram actividades laboratoriais para
conhecer melhor este projecto; proceder à extracção de ADN das
- No dia 10 de Março veio mais células do bolbo da cebola, Allium
uma vez à nossa escola o Pro- cepa, das
fessor Doutor Jorge Paiva, para folhas de
O Projecto “Plantas Aromáticas falar aos alunos do 9º ano sobre alfazema,
e Medicinais – conhecer para as uti- curiosidades em relação à utiliza- Lavandula
lizar em segurança” continua a ção destas plantas e alertar para os ADN
angustifolia e
desenvolver as actividades inicial- perigos a elas associadas, uma vez do alecrim,
mente delineadas. que todas têm substâncias tóxicas Ro s m a r i n u s
Para além das já iniciadas no 1º que, em excesso, podem ser até officinalis.
Período, como a manutenção de fatais. Como sempre, a plateia foi Iremos promover, no próximo
canteiros, a propagação de plantas e cativada pelo entusiasmo da sua período, actividades igualmente
a recolha de informação sobre o uso comunicação e pela peculiaridade interessantes com as quais conclui-
tradicional de plantas medicinais da das suas histórias e vivências; remos este projecto.
região, realizaram-se também as - Em contexto de sala de aula,
seguintes actividades: com os alunos do 9º ano, decorre- Alice Oliveira, Hercília Viegas, Mª Isabel
- No dia 25 de Janeiro teve lugar Quintaneiro, Ortélia Rocha (Coordenadora)
PLANTA EFEITO MODO DE UTILIZAÇÃO PLANTA EFEITO MODO DE UTILIZAÇÃO
Fazer, com 3 folhas, uma
Tratamen- Cortar um pouco da folha do infusão e beber em jejum.
Baixa a tensão
to de feri- aloé e aplicar directamente o
arterial.
das e quei- suco interno na ferida ou N.B. Este chá não pode ser
maduras. queimadura. bebido frequentemente.
Oliveira
Aloe-vera
Efeito cal- Efeito calmante, Fazer uma infusão com a tília
mante, Fazer uma infusão com a flor
favorece a e beber o chá ao longo do
de camomila e beber o chá ao
favorece a digestão. dia.
longo do dia.
digestão.
Camomila Tília
Fazer, com uma folha de lou- Acção desinfec-
ro, uma infusão e beber o chá Fazer com as folhas uma
tante e cicatri-
Facilita a após a refeição. zante. Usado
infusão a qual se utiliza para
digestão. bochechar a boca após uma
após extracção
N.B. Este chá deve ser bebido extracção dentária ou lavar
dentária e higie-
com moderação. diversas zonas do corpo.
Loureiro Malva ne íntima.
Acalma a Fazer, com as folhas, uma Alivia o estôma- Faz-se uma infusão com a
infusão e beber três chávenas go e desce o carqueja e bebe-se o chá
tosse. de chá por dia.
colesterol durante o dia.
Hera terrestre
Carqueja
6. Página 6 O Zeca
O Departamento de lho manual, coração mais ram Les Crêpes para agra-
Línguas comemorou mais personalizado, coração do de todos os presentes.
uma vez a tradição anglo- mais adequado à faixa etá-
Este evento foi realiza-
saxónica do St. Valentine's ria e coração mais adequa-
do em parceria com a
Day nos dias 10 a 12 do à temática. Eis os resul-
Biblioteca, que criou um
Fevereiro. tados do Heart Contest:
ambiente propício ao Dia
As tradicionais cartas 2º ciclo dos Namorados e deco-
de amor transformaram- rou uma mesa com livros
1º lugar: 6º E
se em mensagens na voz alusivos à data, para que
de cada turma apresenta- 2º lugar: 5ºC e 5ºE os utilizadores os pudes-
das em forma de coração. 3º lugar: 5ºB; 6ºA; 6ºB sem requisitar. Para os
O nível de empenho de mais inspirados também
cada turma na constru- 3º ciclo existia um livro em bran-
ção dos corações superou 1º lugar: 9ºB co onde podiam escrever
as expectativas e embele- mensagens de amor para
2º lugar: 7ºC
zou o polivalente. Cada partilharem as suas mais
coração participou no 3º lugar: CEF Mecânica íntimas emoções.
concurso para eleger o
Para apimentar o pala- Sandra Brás
melhor trabalho de cada
dar dos enamorados os
ciclo segundo os seguintes
alunos e professores de
parâmetros: coração mais
Francês confecciona-
criativo, o melhor traba-
A confecção dos crepes
Em cima, corações vencedores
do 2º ciclo. Em baixo, os
vencedores do 3º ciclo
7. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 7
A dor do adeus... EU E TU ... O que sinto?
Quando uma lágrima Será amor?
Existe o amor.
vai rolando por minhas Será amizade?
faces macias, E no amor há confu-
Que será isto que
Sinto muita dor, sões, mas também pai-
sinto? O bater do meu coração...
Não existe espaço xões. Coisa estranha, muito
para alegrias... Eu e tu somos como o estranha...
mar. E agora que digo? Será amor? Será amizade?
Essa dor é forte, Que será isto que sinto?
Aumenta a cada segun- Há dias bons e maus. Coisa estranha, muito
Depende se há ondas Que maleita é esta estranha...
do,
grandes e fortes, ou que me veio atacar? Que digo?
É uma dor dilacerante,
calmas em que se pode Será que se nota,
Que acaba com o meu
nadar. Ou dá para disfarçar?
mundo, O meu coração bate,
Há dias em que morro Mas não bate por bater,
A minha vida é triste, de ansiedade por te Os sintomas são Bate porque sente,
pois tu não estás, ver, e um dia sem ti é variados, O amor a crescer...
Sinto saudade, como um século. E há Mas não consigo
Não quero que vás... dias em que estou con- falar...
É tão estranho o O meu coração bate,
fuso, não sei se o mun- Mas não bate por bater,
Mas tu foste, do tem fim nem se tu que sinto...
Algum dia vai passar? Bate porque vê,
E aqui estou eu, gostas de mim. O teu sorriso aparecer...
Como um pedaço de
Mas tudo superámos,
estrela,
porque o amor é O meu coração bate de
Esquecida no
como o fogo , mui-
céu. emoção,
to quente, aquece
os corações mes- Andreia Santos O meu coração bate de
Quando par- alegria,
mo em dias de
tiste, O meu coração bate e
Meu peito Inverno.
bate,
ficou a sangrar, Pois anseia a tua compa-
Ainda hoje continua, ELODIE OLIVEIRA 8ºA nhia...
Sempre sem parar.
Andreia Santos, 8º A
Andreia Santos, 8º A
A Minha Amada
Você tem um magnífico nome - P de perfeição, A de admirável, U de única, L de linda, A de amorosa,
tudo isto a caracteriza.
Quando a vi pela primeira vez parecia que estava a ver um anjo caído do céu, naquele momento parecia
que estava nas nuvens…
Por isso, lhe escrevo esta carta, para declarar o amor que sinto por si! Com muito amor,
Do seu admirador secreto.
P.S. – Espero voltar a vê-la em breve!
André Nogueira, Élio Vieira, Joana Ferreira, 8º C
8. Página 8 O Zeca
LUÍS VAZ DE CAMÕES, VENHO DO DE MULHERENGO OU, SE NÃO 8. TALVEZ PORQUE TENHA SIDO
SÉCULO XX, NO LIMIAR DO NOVO GOSTAR DA EXPRESSÃO, NAMO- OBRIGADO A PARTIR E A ESQUE-
MILÉNIO, PARA SABER… RADEIRO… CER O SEU GRANDE AMOR
R: Pois, eu era um homem que gos- EMCEUTA…
tava de, como vocês dizem agora R: Não queria estar a descrever os
1. UM POUCO MAIS SOBRE A SUA no século XXI, curtir a vida. Os detalhes da minha vida pessoal, mas
VIDA. OS REGISTOS SÃO CON- já que entrou nessa parte da minha
meus poemas são baseados na
TROVERSOS, MAS A CURIOSIDA- vida posso afirmar que foi doloroso
Mulher, na Mulher perfeita! Posso
DE SOBRE A SUA VIDA PERMANE- ter que partir para Ceuta em 1547,
afirmar que Petrarca, um grande
CE, QUATRO SÉCULOS DEPOIS… poeta italiano da época do Renasci- mas teve de ser, tinha que defender
R: A minha vida está nas entreli- mento, me influenciou bastante! Portugal.
nhas dos escritos que deixei. Este poeta conseguiu criar um 9. CREIO QUE ESTE É O MOMEN-
modelo de mulher perfeita com TO PARTICULARMENTE IMPOR-
2. NEM POR ISSO. A DATA E O
várias características com origem TANTE DA SUA VIDA: COMEÇOU
LOCAL DO SEU NASCIMENTO
nos trovadores provençais. Para A “ALINHAVAR OS LUSÍADAS E
PERMANECEM UMA INCÓGNI-
criar os meus poemas baseei-me PERDEU O OLHO DIREITO EM
TA…
nesse modelo e a minha inspiração COMBATE…
R: Sim, esse aspecto é verídico. foram as mulheres que tanto amei R: Sim, foi o momento mais impor-
Nunca quis falar muito de mim, como Natércia, Dinamene, Bárba- tante da minha vida. Pois apesar de
neste caso da minha data de nasci-
ra… ter perdido o olho direito, pela
mento ou do local. Pois considero
6. AMORES QUE LHE CAUSARAM minha Pátria, comecei a ortografar
que estes dados não sejam impor-
ALGUNS DISSABORES...
Os Lusíadas. Se puder passo a citar
tantes para a Humanidade. uma destas passagens: “ Sem olhos
3. NO ENTANTO, TEVE UMA R: Respondo-lhe da melhor manei-
vi o Sol claro / Que dos olhos se
EDUCAÇÃO COMPLETA. CONHE-
ra que sei, em verso: “Que dias há
seguiu; / Pois cara sem olhos viu /
que na alma me tem posto / um
CEU OS CLÁSSICOS GREGOS E Olhos que lhe custam caro. / De
não sei quê, que nasce não sei
LATINOS, LEU MUITO… olhos não faço menção, / Pois que-
onde / Vem não sei como, e dói
R: Não fugindo à questão, em reis que olhos não sejam; / Vendo-
não sei porquê”.O amor é desespe-
1537, quando a Universidade de vos, olhos sobejam, / Não vos ven-
ro? Ansiedade? “Amor é fogo que
Coimbra foi transferida, eu entrei arde sem se ver.” do, olhos não são.”
nesta, onde adquiri conhecimentos 7. MAS O AMOR PELA INFANTA 10. SIM, EU SEI. PARECE QUE SE
relativos à História de Portugal D. MARIA, FILHA D’EL REI D. ENVOLVIA EM BRIGAS E ARRUA-
(pois eu adorava e adoro este MANUEL, FOI PARTICULARMENTE ÇAS – O QUE LHE VALEU A
tema). Também li imensos livros DOLOROSO!? ALCUNHA DE TRINCA-FORTES.
que fomentaram a minha aprendi- R: Se quer que lhe responda com A AGRESSÃO A GONÇALO BOR-
zagem. sinceridade, sim foi. Pois para além GES FICOU PARA A HISTÓRIA.
4. FALE-NOS UM POUCO DOS de a infanta ser rica e da alta socie- R: É verdade, e eu até gosto dessa
LIVROS QUE LEU E QUE O dade e eu um pobre e miserável alcunha. Este conflito ocorreu numa
INFLUENCIARAM… homem tive de ir defender a minha rixa, em dia da procissão do Corpo
Pátria. Como devem saber os meus de Deus e eu sem intenção feri O
R: Eu tentei imitar os Gregos e os
amigos gostavam de namoriscar e Sr. Gonçalo Borges (para proteger
Latinos, daí eu narrar Os Lusíadas
aproveitar os prazeres da vida, eu dois amigos). Supliquei-lhe o meu
em verso. Aliás, os seus ideais
fui também um pouco por esse perdão e ele aceitou-o, porém esta
influenciaram a minha vida. A Ilíada,
caminho. Agora sinto-me um pouco confusão acabou por ter conse-
a Odisseia e a Eneida foram algumas
envergonhado por falar nesta faceta quências mais graves.
das obras que li. Fascinei-me por
da minha vida, mas posso afirmar
lendas gregas, pela mitologia grega
que eu gostava de assediar as
e pelos deuses e deusas. mulheres, de lhe cantar poemas e (…)
5. FALOU EM DEUSAS. UMA DAS de dançar com elas, com aquele
SUAS CARACTERÍSTICAS QUE cheirinho a cravo que tanto gosto.
PASSOU PARA A HISTÓRIA FOI
9. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 9
(…) 11. O SENHOR FOI PRESO? 14. COMO FOI O REGRESSO A LIS- UMA AUDIÊNCIA A D. SEBAS-
R: Infelizmente sim. Fui encarcerado BOA? TIÃO?
no Tronco da cidade. Foi nesse ano R: Regresso a Lisboa em 1569, e em R: Mais ou menos... Quando entre-
de prisão que compus o Primeiro 1572 publico a minha prestigiada guei os poemas a D. Sebastião soli-
canto da minha obra Os Lusíadas. obra. Contudo esta viagem foi muito citei-lhe a sua leitura. D’el rei con-
12. SEGUIU-SE A VIAGEM PARA A complicada. Pois, como pobre que cedeu-me e então li-os no paço
ÍNDIA. JÁ LEVAVA NA BAGAGEM O sou, demorei muito tempo a conse- real. Na dedicatória da minha epo-
guir juntar dinheiro suficiente para peia eu dediquei-lhe um poema.
MANUSCRITO DE OS LUSÍADAS?
voltar à minha Pátria. Porém em Para além, do Rei D. Sebastião
R: Evidentemente. O manuscrito 1567, uns amigos emprestaram-me autorizar a publicação da minha
“andou” sempre comigo. Foi nesta dinheiro, e viajo até Moçambique, Obra, este concedeu-me uma ten-
viagem que eu registei as magníficas onde fico mais dois anos. Depois ça anual de 15 mil réis.
paisagens, os segredos...por onde volto a Lisboa de graça. Mas quando
Vasco da Gama andara e estivera. Bibliografia:
cheguei, fiquei muito desiludido. A
Foi durante este período, que soube BARROS, João; “Os Lusíadas em Prosa”;
peste tinha devastado a cidade. SA´ DA COSTA EDITORA; 2009
avaliar o esforço formidável do povo
audacioso e persistente, que fora 15. COMO SE SENTIU QUANDO PAIS, Amélia Pinto; “Para compreender Os
RECEBEU AUTORIZAÇÃO D’EL REI Lusíadas”; Centelha; 1982
capaz de vencer todos os perigos e
terrores de tão difícil e arriscada D. SEBASTIÃO PARA PUBLICAR OS VIANA, António Manuel Couto; “Breve
LUSÍADAS»? Dicionário De Autores Portugueses”; Ver-
travessia – os portugueses. bo; 1985
13. O QUE SENTIU NESSA OCA- R: Como é óbvio, fiquei contentíssi-
mo. Foi um sonho tornado realida- VIANA, António Manuel Couto; “Os
SIÃO? Lusíadas”; Verbo; 1999
de. E para demonstrar este agradeci-
R: Que era a minha vida que estava mento ofereci estes poemas ao rei CIDADE, Hernâni; “Luís de Camões – O
em jogo. O poema Os Lusíadas é a Lírico”; Editorial Presença; 2003
D. Sebastião.
minha vida. Jéssica Tavares, 9ºC/Nº8
16. SEMPRE É VERDADE PEDIU
Era uma vez uma bruxa De volta do caldeirão Abraçados se apressaram
Que tinha enorme vassoura A bruxa uma ideia tinha A sair daquele inferno
E um gato preto a ajudou Transformar a bela Moura E à bruxa escaparam
A raptar uma Moura. Numa feiosa ratinha. Jurando um amor eterno.
Neste reino de maldade Lá ao longe na planície
Numa torre muito alta
O gato não evitou A transformação se deu
Bela Moura se encontrava
A transformação da Moura Aos olhos da velha bruxa
Naquela cela medonha
Noite e dia só chorava. Que p’ra ratinha passou. O milagre aconteceu.
O gato com muita pena Para a poder ajudar
Sentinela à porta estava Às escondidas o gato
De mãos dadas se afastaram
Queria ajudar a Moura Ao cimo da torre chegou
Para um reino sem igual
Mas a bruxa não deixava. Para se tornar um rato.
Ela, Moura, ele, Príncipe
Formando um belo casal.
Lá em baixo na cozinha A trepar, trepar, trepar
A poção toda bebeu Trabalho colectivo realizado na aula de
Junto a um grande caldeirão
A um canto e a chiar Língua Portuguesa—5ºE
A bruxa lia e relia
Ele a ratinha encontrou. Ilustração: Patrícia Garcia
P’ra fazer uma poção.
(mãe do aluno Rafael Garcia)
10. Página 10 O Zeca
A pior pessoa que E depois ainda havia Chamava-se a isto Ado-
conhecíamos era a Bruxa infância para perceber o lescência, as formas cres-
da Branca de Neve. Fazía- aroma do suco das maçãs ciam-nos como as necessi-
mos hospitais para as trincadas com dentes dades do espírito, música,
formigas onde as camas novos, um rasto de horte- leitura, poesia, para mim
A escritora, letrista e eram folhinhas de oliveira lã nos aventais, a angústia sobretudo literatura, histó-
actriz Rosa Lobato e não comíamos à mesa de esperar o nascer do ria universal, história de
Faria, morreu terça- com os adultos. Isto pou- sol sem ter a certeza de arte, descobrimentos e o
feira, dia 2, aos 77 pava-nos a conversas que viria (não fosse a Camões a contar aquilo
anos, depois de uma enfadonhas e incom- ousadia dos pássaros só tudo, e as professoras a
s e m a n a d e preensíveis, a milhas do visíveis na luz indecisa da dizerem, aplica-te, menina,
internamento num nosso mundo tão outro, aurora), a beleza das can- que vais ser escritora.
hospital privado. e deixava-nos livres para tigas límpidas das campo-
Publicamos aqui a projectos essenciais, nesas, o fulgor das papoi- Eram aulas gloriosas, em
'autobiografia' que como ir ver oscilar os las. E havia a praia, o mar, que a espuma do mar
escreveu para o JL há agriões nos regatos e as bolas de Berlim. (As entrava pela janela, a músi-
dois anos. fazer colares e brincos de bolas de Berlim são uma ca da poesia medieval res-
cerejas. Baptizávamos as espécie de ex-libris da soava nas paredes cheias
Foi colaboradora
árvores, passeávamos de Infância e nunca mais na de sol, ay eu coitada, como
(dizendo poesias) de
burro, fabricávamos gri- vida houve fosse o que vivo em gran cuidado, e ay
David Mourão-Ferreira
naldas de flores do cam- fosse que nos soubesse flores, se sabedes novas,
em programas
po. Fazíamos quadras ao tão bem). vai-las lavar alva, e o rio
literários da televisão.
desafio, inventávamos corria entre as carteiras e
Autora, entre outros,
palavras e entoávamos Aos quatro anos nele molhávamos os pés e
dos romances Flor do
melodias nunca aprendi- aprendi a ler; aos seis fazia as almas.
Sal, A Trança de Inês,
das. versos, aos nove ensina-
Romance de Cordélia, O
ram-me inglês e pude alar- Além de tudo isto, que
Prenúncio das Águas, ou
Na Infância as escolas gar o âmbito das minhas sorte, ainda havia tremas e
mais recentemente A
ainda não tinham fechado. leituras infantis. Aos treze a c e n t o s graves.
Estrela de Gonçalo Enes Mas também tínhamos a
Ensinavam-nos coisas inú- fui, interna, para o Colé-
(ed. Quasi).
teis como as regras da gio. Ali havia muitas rapa- célebre aula de Economia
sintaxe e da ortografia, rigas que cheiravam a pão, Doméstica de onde saía-
Autobiografia coisas traumáticas como escreviam cartas às escon- mos com a sensação de
sujeitos, predicados e didas, e sonhavam com os que a mulher era uma mer-
complementos directos, filmes que viam nas férias. dinha frágil, sem vontade
Q u a n d o e u e r a coisas imbecis como ver- Tínhamos a certeza de própria, sempre a obede-
pequena havia um mistério bos e tabuadas. Tinham a que o Tyrone Power havia cer ao marido, fraca de
chamado Infância. Nunca infeliz ideia de nos ensi- de vir buscar-nos, com os espírito que não de corpo,
tínhamos ouvido falar de nar a pensar e a sur- seus olhos morenos, pois, tendo passado o dia
coisas aberrantes como preendente mania de depois de nos ter visto inteiro a esfregar o chão
educação sexual, política e acreditar que isso era fazer uma entrada espam- com palha de aço, a espa-
pedofilia. Vivíamos num b o m . panante no salão de baile lhar cera, a puxar-lhe o
m u n d o m á g i c o d e Não batíamos na profes- onde o Fred Astaire já lustro, mal ouvia a chave na
princesas imaginárias, sora, levávamos-lhe flo- nos teria escolhido para porta havia de apresentar-
príncipes encantados e res. seu par ideal. se ao macho milagrosa-
animais que falavam. mente fresca, vestida de
11. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 11
Doris Day, a mesa posta,
o jantarinho rescendente,
e nem uma unha partida,
nem um cabelo desalinha- às gerações futuras (ainda repente, aos 63 anos, etc. Também escrevi algu-
não sabia que entre os renasci. Cresceu-me uma mas destas coisas e daqui
do, lá-lá-lá, chegaste, meu
meus 12 netos se conta- alma de romancista e vá senti-me tentada a escrever
amor, que felicidade! (A riam nove mulheres). de escrever dez romances para o palco, que é uma das
professora era uma sol- Ouvi ontem uma jovem a em 12 anos, mais um livro coisas mais consoladoras
teirona, mais sonhadora dizer, a revolução que de contos (Os Linhos da que existem (outra pessoa
do que nós, que sabia nós fizemos nos últimos Avó) e sete ou oito livros diria gratificantes, mas eu,
todas as receitas do mun- anos. Não meu amor: a infantis. (Esta não é a não sei porquê, embirro
do para tirar todas as revolução que NÓS fize- minha área, mas não sei com essa palavra). Não há
mos nos últimos 50 anos. porquê, pedem-me livros nada mais bonito do que ver
nódoas do mundo e os
Mas não interessa quem infantis. Ainda não escrevi as nossas palavras ganharem
melhores truques para fez o quê. É preciso é que nenhum que me procuras- vida, e sangue, e alma, pela
arear os tachos de cobre tenha sido feito. E que se como acontece com os voz e pelo corpo e pela
que ninguém tinha na vida seja feito. E eu fiz tudo, romances para adultos, inteligência dos actores.
real). quando ainda não era que vêm de noite ou Adoro actores. Mas não me
suposto. Quando desco- quando vou no comboio e atrevo a fazer teatro porque
Não batíamos na bri que ser livre era acre- se me insinuam nos inters- não aprendi.
professora, levávamos- ditar em mim própria, tícios do cérebro, e me
nos meus poucos, mas atiram para outra dimen- Que mais? Ah, as canti-
lhe flores. são e me fazem sorrir por gas. Já escrevi mais de mil e
bons, valores pessoais.
dentro o tempo todo e 500 e é uma das coisas mais
Depois foram as cir- me tornam mais disponí- divertidas que me aconte-
Mas o que sabíamos cunstâncias da vida. A vel, mais alegre, mais ceu. Ouvir a música e perce-
nós da vida real? Aos 17 alegria de mais um filho, nova). ber o que é que lá vem
anos entrei para a Facul- erros, acertos, disparates, escrito, porque a melodia,
dade sem fazer a mínima generosidades, ingenuida- Isto da idade também como o vento, tem uma
ideia do que isso fosse. des, tudo muito bom para tem a sua graça. Por fora, alma e é preciso descobrir o
Aos 19 casei-me, ainda aprender alguma coisa. realmente, nota-se muito. que ela esconde. Depois é
completamente em bran- Tudo muito bom. Apren- Mas eu pouco olho para o uma lotaria. Ou me cantam
co (e não me refiro só à der é a palavra chave e espelho e esqueço-me maravilhosamente bem ou
cor do vestido). Só seis dou por mal empregue o dessa história da imagem. tristemente mal. Mas há que
anos, três filhos e cente- dia em que não aprendo Quando estou em proces- arriscar e, no fundo, é só
nas de livros mais tarde é nada. Ainda espero ter so criativo sinto-me boni- uma cantiga. Irrelevante.
que resolvi arrumar os tempo de aprender muita ta. É como se tivesse luzi-
meus valores como quem coisa, agora que decidi nhas na cabeça. Há 45 Se isto fosse uma auto-
arruma um guarda- que a Bíblia é uma metá- anos, com aquela soberba biografia teria muitas outras
vestidos. Isto não, isto fora da vida humana e muito feminina, costumava coisas para contar. Mas não
não se usa, isto não gos- posso glosar essa desco- dizer que o meu espelho conto. Primeiro, porque não
to, isto sim, isto segura- berta até, praticamente, eram os olhos dos quero. Segundo, porque só
mente, isto talvez. .Os ao infinito. homens. Agora são os me dão este espaço que,
preconceitos foram os olhos dos meus leitores, para 75 anos de vida, conve-
primeiros a desandar, Pois é. Eu achava, sem distinção de sexo, nhamos, não é excessivo.
assim como todos os pobre de mim, que era raça, idade ou religião. É Encontramo-nos no meu
itens que à pergunta por- poetisa. Ainda não sabia um progresso enorme. próximo romance.
quê só me tinham res- que estava só a tirar
pondido porque sim, ou, apontamentos para o que Se isto fosse uma auto- Rita Marques e
Paula Sofia
pior, porque sempre foi havia de fazer mais tarde. biografia teria que dizer
assim. E eu, tumba, lixo, A ganhar intimidade, que, perto dos 30, come- Faria, Rosa Lobato. Autobiogra-
se sempre foi assim é cumplicidade com as pala- cei a dizer poesia na tele- fia. [Acedido em: 10, Março,
altura de deixar de ser e vras. Também escrevia visão e pelos 40 e tais pus 2010. Disponível em URL:
http://aeiou.visao.pt/um-rasto-
começar a abrir caminho crónicas e contos e reca- -me a fazer umas malu-
de-hortela=f546518
dos à mulher-a-dias. E de queiras em novelas, séries,
12. Página 12 O Zeca
EB1 de Vila Verde, perten-
cendo ao Agrupamento de
Escolas de Oliveira do Bairro,
ganhou o primeiro prémio na
modalidade de “Criatividade”,
com a peça de teatro
“Mosqueteiros do Ambiente”.
O texto foi criado pela turma
dos 1º e 4º anos e representada
Todo o grupo de participantes
por alunos das diferentes turmas,
sob a supervisão da Prof. ª Prazeres Silva.
O referido prémio foi gozado, durante três dias em Fronteira, Alentejo, entre
VILA 13 e 15 de Fevereiro, por um grupo de 18 alunos, acompanhados pelas professo-
ras Lúcia Campos e Prazeres Silva.
EB 1 de Vila Verde
GANHA 1º PRÉMIO,
(EXEQUO COM MAIS 4
ESCOLAS), NA
MODALIDADE
“CRIATIVIDADE” COM A
PARTICIPAÇÃO NO
PROJECTO “GERAÇÃO
DEPOSITRÃO”,
PROMOVIDO PELA ERP
PORTUGAL... Na discoteca Jogos de exterior
Nós, os alunos da No primeiro dia dos, chupa-chupas, figos
Escola Básica de Passa- fomos para o Cabeço da e alguns chouriços. Em
douro fomos cantar as Póvoa, no segundo dia algumas casas também
Janeiras nos dias 5, 6 e 7 para a Póvoa do Carreiro apanhámos tangerinas e
de Janeiro, pelas ruas da e no terceiro dia para o laranjas.
localidade. Passadouro. No último dia a mãe
Antes de irmos para Em alguns dias andá- de uma aluna da escola
as ruas estivemos, com a mos nas estradas princi- ofereceu-nos um delicio-
ajuda dos professores e pais que tinham muito so bolo de maçã e canela
da D. Lúcia, a inventar trânsito, pelo que tive- que comemos a seguir
uma letra para cantar- mos de ter muito cuida- ao lanche. Estava tão
mos. Ensaiámos e tam- do. bom que não sobrou
bém arranjámos alguns As pessoas foram nem uma migalha!
instrumentos: tambores, muito simpáticas connos- Esta é uma tradição
pandeiretas, pinhas, ferri- co e deram-nos bolachas, que é preciso manter!
nhos, garrafas com pedri- bombons, nozes, rebuça-
nhas, …
13. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 13
a falar: xes que estão em perigo, Depois, continuámos a
–Então, amigo… há ou porque ficaram presos nossa viagem para che-
tanto tempo! – exclamei nos ramos, no lixo… ou garmos à foz do rio, em
eu. porque se aproximam Lisboa. Que grande cida-
barcos… Mas, queres de! Tão iluminada à noite!
–Pois é, grande amigo!
continuar a viagem con- Que bonita é a Torre de
Que saudades!! O que
nosco? Vai ser bom falar! Belém e o Mosteiro dos
Um dia, eu e os meus tens feito? – convidei eu. Jerónimos!
amigos peixes resolvemos –Tenho andado a
– Sim! Claro que sim! Foi divertido ver o
ir passear ao longo do rio brincar com outros ami-
Obrigado. estuário do rio e como o
Tejo. gos, tenho andado a pas-
Então, nós continuá- Tejo desagua no Oceano
A paisagem lá em bai- sear, se alguém precisa de Atlântico. As gaivotas
mos a viagem em direc-
xo era maravilhosa. A ajuda eu ajudo e pratica- quase me comiam…
ção ao Oceano Atlântico.
água era limpa e tinha pei- mente é isso. Então e tu?
– perguntei, curioso. Foi bonito! Fizemos cor- Eu e os meus colegas
xes bonitos.
ridas, piruetas, saltos, adorámos a viagem.
Quando estávamos a – Eu tenho andado a
jogámos ao esconde-
passar a fronteira entre passear, a brincar e a tra-
esconde, cantámos. Sei
Espanha e Portugal, balhar. Mas que ajudas
lá…foi daqueles dias que Diogo, 4.º ano
encontrámos um grande costumas dar?
nunca esquecemos. EB do Troviscal
amigo meu e começámos – Presto auxílio a pei-
Quando chegámos a
O sol estava cansado Então, Júpiter resolveu gelo não partiu. pancada racharam o gelo,
de ficar parado. Então foi chamar um gigante, con- O Pai Natal que estava na segunda partiram
passear para o Pólo Norte. vencendo-o a jogar à bola. de passagem lançou pre- metade e na terceira o
Aí, não aguentou o frio e Como o Sol tem forma sentes para partir o gelo, gelo partiu aos pedaci-
congelou. esférica, o gigante deu-lhe mas como tinha má pon- nhos. Estes heróis salva-
Ele precisava de des- um grande pontapé, mas o taria, ao invés de partir o ram a Terra, tendo em
congelar porque dá luz e gelo não partiu. gelo, partiu o chão, e o conta, que sem o Sol, os
calor à Terra, sem ele nin- O gigante conhecia o Sol afundou-se no mar. seres vivos não iriam
guém vive, então chamou Harry Potter, chamou-o Tiveram que usar uma sobreviver.
o seu primo, o gigante para partir o gelo com a nave-espacial para o Enfim, a união faz a
gasoso do Sistema Solar, sua magia, ele usou de puxar, a nave tentou tam- força!
Júpiter, que tentou de tudo, mas o gelo nem se- bém partir o gelo, mas
várias maneiras resolver o quer rachou. Harry Potter não conseguiu.
problema, mas quase que chamou Lara Croft que Sem mais hipóteses,
Hélio
desapareceu por usar toda tentou desfazer o gelo EB1 Bustos
decidiram juntos tentar
a sua energia. com a sua pistola, mas o ajudar o Sol. Na primeira
14. Página 14 O Zeca
Galeria de Carnaval — 2º ciclo
15. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 15
O fascínio da Não se conhecia a bola
geometria Que se havia de chutar.
...
Vê lá que atrapalhação, E para haver harmonia
Disparate e confusão É preciso Geometria,
Este mundo não seria Usá-la a todo o momento.
Se um dia, de repente, Para a podermos estudar
Torre de Pisa (Itália) Por loucura toda a gente Iremos utilizar
Esquecesse a Geometria. Olhos, mãos e pensamento.
Geometria é uma ciência
O carpinteiro João
Quer amor e paciência António Monteiro —
Não podia pôr no chão Retirado de “EnigMat”,
Passa de avós para netos. Matemática, 7º ano,
Uma mesa que servisse.
Pirâmide de Kefre (Egipto) Suas principais funções: Edições Asa
E a janela, coitada, Estudar formas e dimensões
Jamais era consertada De todos os objectos.
Se um vidro se partisse.
Mas no mundo há formas tantas
“ Geometria
Queria a gente uma jaqueta Nos cristais e nas plantas
é uma
Cubo da Ribeira (Porto) Não importa azul ou preta Nas pessoas, nos tostões!
E nenhuma é perfeita
ciência
Mas nem curta nem comprida.
Sem a Geometria – apostas? – Pois se a gente à lupa espreita Quer
Vinha com mangas nas costas Vê que há sempre imperfeições! amor
Nunca ficava à medida. e
paciência…”
Bola de Buck (molécula de Carbo-
O operário na construção Formas simples e perfeitas
no 60) Do telhado ao rés-do-chão
Que em Geometria aproveitadas
Que fazer já não sabia
Só na ideia são vividas.
A porta nunca fechava;
Não são coisas reais
A parede desabava;
Mas figuras ideais
A escada não existia. Com que as coisas são parecidas.
Andaria tudo torto
E até mesmo no desporto
Haveria muito azar.
No futebol, que cachola, Ponte Vasco da Gama — Lisboa
Hipercubo (Salvador Dalí, 1954)
16. Página 16 O Zeca
No dia 17 de Feverei- Azulejaria Antiga, presen- Por volta das 17 horas
ro os formandos da tur- tes na Arte Nova. terminou a visita de estu-
ma do CEF de Cerâmica Posteriormente, deslo- do e regressaram ao pon-
e de Pintura participaram caram-se ao Fórum, onde to de partida.
numa visita de estudo, almoçaram. Os formandos consi-
sob a orientação das for- deraram a visita motiva-
Após a refeição dirigi-
madoras Edite Fernandes dora, dado que contacta-
ram-se à Fábrica da Vista
e Carla Silva. ram e vivenciaram expe-
– Alegre. Nesse local, os
Azulejaria Antiga em A partida deu-se pelas formandos tiveram opor- riências pelas quais nunca
Aveiro 10 horas, da Escola Dr. tunidade de fazer uma tinham passado, tornando
Acácio de Azevedo e visita guiada, tomando -se uma mais - valia no
teve como destino a cida- contacto com a produção seu percurso académico e
de de Aveiro, onde os da porcelana e participa- pessoal.
“ Leonor discentes visionaram e ram num workshop. Márcia Maia
navega apreciaram exemplos da
na Internet,
vai formosa
A Internet é extraordiná- As professoras de longas, para serem
e segura.” ria! Possibilita a aprendiza- Informática e a professo- seguras, misturando
gem, a troca de informa- ra Bibliotecária respon- letras, números e sím-
ções, a conversa, o contac- deram ao desafio lançado bolos); a saída dos e-
to com gente de culturas às escolas e, de 8 a 12 de mails, plataformas,
diferentes, a construção de Fevereiro, desenvolveram fóruns, Messenger (deve
amizades, a realização de actividades na sala de aula ser sempre em segu-
jogos… mas é preciso mui- e na Biblioteca Escolar, rança); as regras de
to cuidado. Não há qual- com o objectivo de pro- cidadania, (fazer uso do
quer entidade que supervi- mover o uso crítico do lema “Tratar os outros
sione a comunicação e a computador e da Internet. como gostarias de ser
publicação de informação Todas os alunos das tratado”); as situações
na Internet. turmas do 2ºe 3º ciclos e de perigo físico e finan-
A maior parte dos seus dos Cursos de Educação ceiro (nunca conversar
serviços encontra-se à dis- e Formação de Pintura e com estranhos ou for-
posição dos utilizadores, Mecânica foram sensibili- necer informações pes-
muitos deles bastante zados para os cuidados a soais);
jovens, sem qualquer restri- ter com o computador
ção ou controlo. É necessá- (fazer actualizações … (continua)
rio, então, tomar consciên- periódicas do sistema
cia dos perigos que este operativo e software,
“Mundo Maravilhoso” fazer cópias de segurança
encerra e não pensar que e usar um antivírus actua-
http://www.seguranet.pt
as “coisas” só acontecem lizado); a criação de pala-
aos outros. vras-passe (devem ser
17. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 17
… (continuação p. 16) Verificou-se, ao longo de
toda a semana, uma grande
receptividade por parte dos
… os direitos de autor
discentes, demonstrando
(nunca fazer downloads ile-
uma grande vontade de que-
gais); a recepção de fichei-
rer saber mais sobre a ade-
ros enviados por desconhe-
quada utilização da Internet,
cidos (deitar ao lixo e nun-
não só no que diz respeito à
ca abrir); entre outros.
segurança mas também à
No final de cada sessão, legalidade da sua utilização.
receberam um desdobrável
com as principais regras de
Angelina Cristino e Angelina
utilização do computador e Pinto
da Internet e acederam ao site jogar e consolidar os conhecimen-
www.seguranet.pt, onde puderam tos adquiridos anteriormente.
plateia com a dramatiza- Alunos seleccionados para
ção de poemas de auto- a 3ª eliminatória:
res consagrados da lite- 2ºCiclo
ratura portuguesa. Delfina Gonçalinho, 5º A
Depois, foi a vez de os Beatriz Rodriguez, 5º A
concorrentes fazerem as Ana Margarida Araújo, 5º A
suas leituras. O Júri e o Ana Rita Silva, 5º E
restante público admira- Joanne Batista, 6º C
No dia 10 de Feverei- ram o esforço de todos Magalie Oliveira, 6º C
ro, como estava previs- os candidatos para que o Sofia Silva, 6º C
to, realizou-se, na biblio-seu desempenho fosse Vitaly Daoydooch, 5º B
teca da nossa escola, a 2ª perfeito, mas como se Hugo Marques, 6º C
eliminatória do tratava de um concurso, Catarina Soares, 6º A
“Concurso de Leitura tinha de haver selecção e 3º Ciclo
em Voz Alta”. alguns tinham de ser eli- Andreia Santos, 8º A
A abertura do evento minados. Francisco Oliveira, 7º B
foi realizada pela Direc- Elodie Oliveira, 8º A
tora da Escola, que elo- O evento terminou Marya Sprychonova, 7º A
giou os pais por terem com os habituais agrade-
Viktória Lysenko, 7º A
acompanhado os seus cimentos a todos os par-
filhos e desejou um bom ticipantes.
Angelina Cristino
desempenho a todos os
concorrentes.
Seguidamente, alguns
alunos do 7º C, da disci-
plina de Teatro, sob a
orientação da prof.ª Ana
A professora Ana Ferreira com as alu-
Ferreira, brindaram a nas do 7ºC—Teatro
18. Página 18 O Zeca
sugerem que cada universo-bebé terá
A Selecção Natural na História do Universo leis e propriedades aleatoriamente dife-
rentes das do universo-mãe. Estas varia-
Terá o nosso universo surgido por de uma energia de tal modo fantástica ções nas leis físicas influenciam a evolu-
selecção natural, como uma das que faz desencadear um novo Big Bang, ção dos diferentes universos. Alguns
muitas hipóteses de universos físicos onde a matéria jorra por uma espécie poderão parecer-se com o nosso e
possíveis? de cordão umbilical para dar origem a pode ser que as forças nucleares sejam
É aceite, pela grande maioria dos um universo-bebé. mais fortes ou os seus electrões mais
astrónomos, que o nosso Universo Este conceito de multiplicação direc- pesados. Outros serão bem distintos do
teve origem numa colossal explosão ciona-nos para a segunda questão. Se os nosso, de forma que não se formam sis-
de energia e matéria que é vulgarmen- universos brotam espontaneamente de temas estelares e planetários.
te conhecida pela designação de Big zonas de enorme energia, não os podere- De acordo com a teoria de Smolin,
Bang – a grande explosão que ocorreu mos considerar parecidos com criaturas torna-se evidente que, se as proprieda-
há cerca de 15 mil milhões de anos. O vivas, com nascimento, evolução e morte? des de um universo impedem a forma-
Universo a partir desse momento Terá o nosso universo surgido por selecção ção de estrelas, então esse universo não
entrou em expansão acelerada natural, como uma das muitas hipóteses de terá possibilidade de criar muitos
( como um balão que se enche de ar), universos possíveis? Manterão os vários “buracos negros”, não dando, por isso,
como comprovaram as observações universos uma competição(no seu início) de origem a muitos universos-filhos. Se pelo
de Hubble. A radiação cósmica de acordo com as leis da física e de forma contrário, universos como o nosso, que
fundo, a quantidade de elementos análoga às leis darwinianas que se aplicam possuem estrelas de elevada massa, que
leves (hidrogénio e deutério) são mais a todos os seres vivos? terminarão a sua vida em “buracos
dois factos que comprovam esta teo- Isto é precisamente o que defende o negros” criarão imensos universos-filhos,
ria. Do Big Bang resultaram as galáxias, físico teórico Lee Smolin. “ Não é neces- daí que haverá muito mais universos
as estrelas, os planetas, o espaço, o sário que o nosso Universo se contraia como o nosso, que produzem estrelas,
tempo e a própria vida. para vermos surgir um novo com leis do que universos que impeçam a sua
No entanto a comunidade científica diferentes das actuais.” O simples colap- produção.
especula se será o nosso universo único. so de uma estrela maciça com a produ- É precisamente a teoria da selecção
Mais ainda, questionam , se será o Uni- ção de um “buraco negro” – uma região natural aplicada ao cosmos: os universos
verso vivo. tão comprimida de onde nada, nem a melhor preparados (fisicamente falando)
Começamos pela primeira questão própria luz, dela pode escapar – produz para se multiplicarem superam em
que remonta já há alguns anos. A pro- as condições semelhantes ao colapso do número os outros. Sugere-se assim, que
vável existência de versões alternativas próprio universo. Segundo Smolim e a evolução das leis básicas do universo
do Universo é um dos temas favoritos Stephen Hawking, no interior de um em que vivemos (de características
da ficção científica. Na actualidade esta “buraco negro” as leis físicas podem antrópicas) até adquirirem esta forma
hipótese não se coloca apenas para os sofrer mudanças aleatórias que criam um extraordinária e harmoniosa, resultam
escritores de ficção cientifica. Existem universo próprio – uma “bolha “ de de variações aleatórias das leis da física
físicos teóricos a trabalhar neste para- matéria e energia que se expande para ao longo de biliões de milhões de anos.
digma. formar um cosmos completo. Se esta teoria for correcta então toda a
ordem cósmica e a nossa própria existência
Para o astrofísico Andrei Linde não Por outras palavras, cada estrela que estão baseadas no acaso e na contingência.
existe apenas um universo, assim colapsa gera um Big Bang e um novo
J.M.
como não podemos falar de um Big universo. Por este processo formam-se
Bang. Ele acredita que ocorreram um número infinito de universos uma
vários “Big Bangs” que deram origem a vez que, os novos cosmos, continuam a
estruturas que formaram universos produzir as suas estrelas com os seus
independentes do nosso. próprios “buracos negros” dando lugar
a universos sem fim. Se esta teoria esti-
O cientista refere que o nosso ver correcta o Universo em que vivemos
Universo não é mais do que um entre formou-se como resultado do colapso
vários em perpétua multiplicação. O de uma estrela de um outro universo
limite exterior de cada universo será originando o nosso universo-bebé. As
constituído por uma zona de oscila- ideias combinadas de Smolin e Linde
ções de elevada frequência, geradora
19. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 19
No passado dia 11 de Março, as ça entre estes tipos de transpor-
turmas do 6º ano deslocaram-se ao te foi interrompida por um casal
Porto para visitar o Museu do Carro de intrusos, representativo do
Eléctrico e os jardins do Palácio de povo da época: homem e mulher
Cristal, num evento preparado e trajando a rigor, de acordo com
desenvolvido pelos Departamentos de a época, linguagem popular. O
Ciências Humanas e Sociais e Ciências diálogo versava a dificuldade em
Experimentais e Exactas. reconhecer o trajecto do
“americano”, ou seja, saber para
O dia surgiu radioso. O sol des-
pontou, inundando o horizonte de onde ia. O analfabetismo da épo-
luz. A temperatura era amena, dispen- ca não permitia a leitura da placa
sando agasalhos condicionantes. de identificação. O código de
leitura era, então, para além da
Cumpridas as formalidades de placa verbal, a cor da luz emitida
presença, acomodação e controle, os pelo candeeiro interno do pró-
autocarros largaram rumo ao Porto. prio veículo.
Na viagem, cada aluno aproveitou
para exibir a sua última aquisição tec- A visita prosseguiu, confron-
nológica aos companheiros de viagem, tando sempre os novos carros
desfrutando do seu uso: telemóveis, eléctricos com os avanços da
mp3, máquinas de jogos, etc. sociedade e as exigências da popula- do encosto dos bancos para melhor
ção. Assim se chegou ao “Pipi”, carro comodidade dos passageiros, sem
eléctrico que apresentava uma con- esquecer o apoio ao serviço: carro
cepção e desenho semelhantes ao do eléctrico de reparação da linha eléctri-
A visita ao Museu do Carro Eléc- autocarro, com os interiores requin- ca e dos carris e as “zorras” de trans-
trico realizou-se por grupos, com tados, merecendo, por isso, nova porte de carvão para a produção de
uma guia de explicação e contextuali- cena de diálogo do casal de intrusos, electricidade.
zação da época, a segunda metade do com traje mais uma vez a rigor, elo-
séc. XIX e séc. XX: tempo de aplica- Finda a explicação, seguiu-se a com-
giando as características do novo
ção da máquina a vapor às diferentes pra de lembranças, assinalando cada
carro eléctrico, numa cena onde a
áreas produtivas (agricultura e indús- um, como queria, a sua passagem pelo
vaidade e importância social eram
tria) e melhoria da circulação de pes- Museu do Carro Eléctrico.
expressas e ridicularizadas. Fez-se
soas e produtos (caminho-de-ferro e uma paragem no “Fumista”, carro O único lamento verificou-se na
carro eléctrico). eléctrico com janelas de tirar e pôr impossibilidade de realização de uma
A abordagem dos transportes na para permitir a satisfação dos fuma- pequena viagem de carro eléctrico pela
segunda metade do séc. XIX feita pela dores da época, garantindo a circula- bela zona ribeirinha do Porto.
guia iniciou-se pela confrontação ção do ar. Visitou-se o Eléctrico da O complemento desta visita de
entre o “carroção” e o “americano”. Praia, vestido a condizer com persia- estudo levou a comitiva ao Palácio de
O primeiro representava a adaptação nas em pano listado, igual ao utilizado Cristal para desfrutar do almoço, brin-
do carro de bois, lento e pesado, ao nas barracas de praia da primeira cando um pouco no parque de diver-
transporte de pessoas: rodas de metade do séc. XX. A par de tudo sões, e do passeio pelos jardins com
madeira com estrutura resistente e isto, as aplicações técnicas nos carros vista panorâmica sobre o Douro. O
pesada e espaço fechado, onde as eléctricos foram devidamente expli- deslumbramento de grande parte dos
pessoas se sentavam para uma viagem cadas, desde a circulação da electrici- alunos era notório.
cansativa e demorada; o segundo era dade para fazer mover o motor, a
A viagem de regresso à Escola cor-
uma adaptação do coche do séc. XVIII “buzina” especial para avisar os pas-
reu sem incidentes, sendo de enaltecer
ao transporte de pessoas, circulando seantes, a utilização da circulação do
o comportamento cívico de todos os
sobre carris e sendo puxado por carro eléctrico nos dois sentidos,
participantes.
cavalos. virando somente a “catenária” de
ligação ao cabo eléctrico, à viragem Jaime Martins
A atenção à explicação da diferen-
20. Página 20 O Zeca
Com o intuito de dar meiro período, estabele- dário de bolso por um
continuidade à sensibili- ceu-se o contacto com o valor monetário simbóli-
zação, que se iniciou no zoo da Quinta de Santo co, com vista à recolha
ano lectivo 2008/09, Inácio – Vila Nova de de fundos de forma a
sobre o apadrinhamento Gaia, que informou quais cobrir a quantia necessá-
de um animal, o grupo os animais que possuía ria para o apadrinhamen-
de professoras que lec- para apadrinhar neste to. Coruja das Neves
cionam Ciências da ano civil. Foram dadas a É de louvar desde já a
Natureza neste ano lecti- conhecer as propostas participação de todos os
vo decidiram dar sequên- dos animais aos alunos que incansavelmente leva-
cia a esta actividade, com do 5º ano e após votação ram a cabo uma activida-
os alunos do 5º ano, por foi eleita para apadrinhar de de protecção da Natu-
estes abordarem temáti- a Coruja das Neves. reza, com sucesso.
cas relacionadas com a Com a intenção de
preservação do meio levar a cabo uma activi- Professoras a leccionar o 5.º
ambiente e de todos os dade de sensibilização ano de escolaridade
seres que nele intera- junto da comunidade, os
gem. alunos das turmas do 5º
No decorrer do pri- ano trocaram um calen-
No passado dia 15 dos vestígios deixados facilitar a sua com-
de Março, os alunos pelos romanos preensão.
do 5º ano de escolari- (Conímbriga) e aprofun-
A actividade decor-
dade deslocaram-se damento dos conheci-
reu conforme o pre-
em visita de estudo ao mentos sobre a vida
visto no Plano de Acti-
Mosteiro de Alcobaça quotidiana nos mostei-
vidades tendo os alu-
e às Ruínas de Coním- ros (Mosteiro de Alco-
nos a preocupação de
briga. baça).
registar, em imagens e
A viagem tinha Foi entregue previa- texto o que conside-
como objectivos sensi- mente aos alunos um raram mais interessan-
bilizar os alunos para pequeno roteiro com as te.
o conhecimento e várias dependências do
Rosa Pires
preservação do patri- Mosteiro e característi-
mónio histórico, cas mais relevantes para
observação directa
21. Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Página 21
ENCANTAR… A poetisa Helena Pires
rida no Programa da
em conversa com alu-
Uma poetisa vamos Semana da Poesia que
nos do 1º ciclo
conhecer decorreu entre 15 e
21 de Março, em
E os seus poemas,
As Escolas do 1º ciclo do todas as bibliotecas do
Ouvir vamos querer! concelho de Oliveira
Ensino Básico de Vila Ver-
Maria Helena vem decla- de, Quinta Nova, Passa- do Bairro.
mar douro e Troviscal recebe- Helena Pires trabalha
E a todos encantar! ram no passado dia 15 de há largos anos como
Março a poetisa Helena professora de História
Com as ilustrações engra-
Pires. (este ano como pro-
çadas
Os alunos gostaram muito fessora bibliotecária)
Daremos grandes risa- na Escola Secundária
do contacto com a escrito-
das… Adolfo Portela em
ra e apresentaram-lhe lei-
A nossa escola vem ver turas, uma pequena drama- Águeda. Há poucos
E este poema lhe vamos tização, poemas da sua anos começou a
oferecer! autoria… muita alegria por escrever e tem publi-
estar com ela! A autora cados dois livros de
Os alunos do 4.º ano da EB
do Troviscal, Prof. Isabel apresentou os seus poe- poesia para o público
Arada mas que leu de forma mui- infanto-juvenil. As suas
Agrupamento de escolas de to expressiva e cativante e obras são Tretaletra e
Oliveira do Bairro respondeu às questões que Meia História.
Sexta-feira, 12 de Março de os alunos lhe foram colo- Os críticos literários
2010 cando. têm-lhe reconhecido
Foi muito importante este valor e é uma escrito-
encontro e contribuiu, cer- ra recomendada pelo
tamente, para que os nos- Projecto Casa da Lei-
sos alunos apreciem mais a tura da Fundação
poesia. Calouste Gulbenkian.
Marisela Simões,
Esta actividade estava inse-
Professora bibliotecária