2. Mário de Andrade
Um grande líder da
geração que fez a Semana
de Arte Moderna de 22.
musicólogo, escritor,
professor, conferencista,
crítico de todas as artes,
fotógrafo e pintor bissexto.
Espírito aberto e democrático, coração
enorme e sedento de paz e justiça.
3. Considerado o escritor mais nacionalista e
múltiplo dos brasileiros, Mário construiu um
caráter revolucionário na literatura brasileira,
que se iniciou com Pauliceia Desvairada, onde
analisa a cidade de São Paulo e todos seus
elementos (provincianismo, aristocracia,
burguesia, rio Tietê, Avenida Paulista).
4. Mário também é considerado um dos primeiros
musicólogos do país, e seu maior interesse era a
música, particularmente os ritmos nordestinos,
nos quais tentou pesquisar e valorizar, assim
como fez com a Missão de Pesquisas
Folclóricas, tentando criar um estudo e uma
descoberta das raízes culturais do Brasil. Isso
também ocorreu com seu romance mais
famoso, Macunaíma, considerada uma das
obras capitais da narrativa brasileira no século
XX.
5. Características Ideológicas
Lúcido e instigante, desenvolveu uma reflexão crítica
e provocativa. (valores populares)
Problemas brasileiros, em que investe no folclore.
Poesia em duas vertentes: Paulicéia Desvairada
(ideias futuristas) e Clã do Jabuti (tradições
populares).
Contos Novos – um dos mais importantes
realizadores desse gênero. Fundi psicanálise com
socialismo, focaliza relações familiares e sociais nos
contextos urbanos e rurais.
6. Livros
Entre os anos de 1923 e 1930 escreveu “Clã do
Jabuti” e “Remate de males”, frutos de suas pesquisas
folclóricas.
Em 1922, publicou “Paulicéia Desvairada”, obra que
na época agradou aos modernistas porque destruía os
padrões literários vigentes e propunha uma nova
linguagem poética (verso livre, neologismos, rupturas
sintáticas).
7. A partir de 1930, a poesia de Mário de Andrade se volta
para a reflexão, análise e denúncia dos problemas
nacionais tomando dois caminhos:
Poesia intimista e introspectiva: destaca-se a obra
“Poesia”, de 1942.
Poesia política: caracterizava-se por ter uma linguagem
agressiva e combater as injustiças sociais. Destacam-se
as obras “O carro da miséria” e “Lira Paulistana”,
ambos de 1946.
8. Amar, verbo intransitivo – romance
desenvolvido através de processos
psicanalíticos: recalque, sublimação,
regressão. Narra a história da contratação de
uma governanta para dar “lições de amor”.
9. Mário de Andrade não
escreveu só poesias,
pois escreveu em
prosa, e ele escreveu
um romance muito
conhecido,
Macunaíma, que não
apresenta as
característica de um
romance como nós
conhecemos.
10. O livro Macunaíma que apresenta o subtítulo herói
sem nenhum caráter é um romance rapsódia, que
discute a nacionalidade brasileira.
E o que é uma rapsódia? É uma composição que
mistura elementos musicais com elementos do folclore
da cultura popular e, é justamente isso que Mario de
Andrade faz em Macunaíma.
No livro ele conta a história do índio que de preto
virou branco, a história de Macunaíma que significava
um grande mal.
11. Macunaíma era debochado, malandro, um garoto
terrível, bem diferente da imagem que tínhamos de um
herói, tanto que Macunaíma é considerado um anti-
herói se comparado aos heróis românticos.
Macunaíma mexia com todo mundo, era
preguiçoso, não queria saber de trabalhar. Esse texto é
considerado o grande marco do modernismo, tanto que
volta e meia, ele aparece nos grandes vestibulares do
Brasil
12. Outras obras:
A escrava que não é Isaura (ensaio)
Primeiro de maio (conto)
Peru de natal (conto)
Vestida de Preto (conto)
Losango cáqui (poesia)
Primeiro Andar (conto)
Contos Novos (conto)
Os filhos da Candinha (crônica)
Amar, verbo intransitivo (romance)
Macunaíma (rapsódia)
O Empalhador de Passarinho (ensaio)
13. Características Estilísticas
Disposto a experimentar processos de
expressão para chegar a uma língua
“brasileira”, pesquisou sempre novas fórmulas
forjando regras gramaticais.
Invenção do verso harmônico (palavras soltas)
14. Mário de Andrade morreu em São Paulo em
1945 e atualmente é considerado um dos
maiores escritores da literatura brasileira. A
importância de Mário de Andrade continua
sendo ativamente expressa nos dias atuais, e
ainda se fala sobre sua obra seja para estudo ou
para a investigação do Brasil.
15. Eu Sou Trezentos...
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
As sensações renascem de si mesmas sem repouso,
Ôh espelhos, ôh! Pirineus! ôh caiçaras!
Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro!
Abraço no meu leito as milhores palavras,
E os suspiros que dou são violinos alheios;
Eu piso a terra como quem descobre a furto
Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas seus
próprios beijos!
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
Mas um dia afinal eu toparei comigo...
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa,
E então minha alma servirá de abrigo.