Este documento analisa a viabilidade de implantação de uma unidade de reciclagem para reaproveitar resíduos de polietileno de baixa densidade (PEBD) gerados pela indústria Siniplast. Inicialmente apresenta o contexto sobre geração de resíduos sólidos e produção de polímeros. Em seguida, descreve a metodologia de análise de viabilidade econômico-financeira utilizada, incluindo fluxo de caixa, VPL e TIR. Por fim, analisa os resultados da pesquisa, que indicam a
1. FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC CAÇADOR
UNIDADE VINCULADA SENAC VIDERIA
Pós-graduação lato sensu em Finanças e Custos
Auro Luiz Schwab
Daniela Faganello
RESÍDUOS DA RECICLAGEM:
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INVESTIMENTO DE UMA UNIDADE DE RECICLAGEM
DE POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE.
.
Videira
2019
2. Auro Luiz Schwab
Daniela Faganello
RESÍDUOS DA RECICLAGEM:
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INVESTIMENTO DE UMA UNIDADE DE RECICLAGEM
DE POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE
Trabalho apresentado à Faculdade de Tecnologia Senac de
Caçador, Unidade Vinculada Senac Videira/SC como requisito
parcial para obtenção do título de especialista em Finanças e
Custos.
Orientadora: Professora: Andréia de Lima, Ma
Videira
2019
3. Auro Luiz Schwab
Daniela Faganello
RESÍDUOS DA RECICLAGEM: Análise de viabilidade de investimento de uma unidade
de reciclagem de Polietileno de Baixa Densidade.
.
Trabalho apresentado à Faculdade de Tecnologia Senac Videira/SC
como requisito parcial para obtenção do título de especialista em
Finanças e Custos.
______________________________________
Professora: Andreia de Lima, Ma (Orientadora)
____________________________________
Professora: Aline Sartorel, Ma (Senac)
_____________________________________
Professor: Rodrigo Regert, Me (Senac)
4. Ficha de identificação da obra
A ficha catalográfica deve ser elaborada pelo bibliotecário,
conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano
5. RESUMO
Com o custo cada vez maior para descartar os resíduos em aterros sanitários e a
preocupação com o meio ambiente, as indústrias de reciclagem vem se tornando uma
alternativa para diminuição do descarte destes resíduos em aterros sanitários. A sociedade
tem cobrado das indústrias a diminuição produtos que causem impactos ao meio ambiente.
O presente estudo busca analisar a viabilidade da construção de uma nova unidade fabril
da indústria de reciclagem Siniplast, na cidade de Rio das Antas, Santa Catarina. A Siniplast
compra sua matéria prima de cooperativas dentro e fora do estado, os quais são embalados
em fardos que contém uma diversidade heterogênea de polímeros. Diante desta variedade
de polímeros é feito uma seleção da matéria prima para a produção de granulados de
Polímeros de Baixa Densidade (PEBD), é neste momento que ocorre a geração de resíduos
de PEBD que são descartados em decorrência de sua baixa qualidade. A pesquisa buscar
analisar o reuso destes resíduos gerados para a confecção de um novo produto, diminuindo
desta forma o descarte no aterro sanitário. O objetivo de qualquer empresa é manter seu
negócio obtendo lucro, para que isto aconteça a organização deve buscar formas de
aumentar sua competividade no mercado com redução de custo, melhoria em processos,
inovação e geração de novas receitas.
Palavras chave: Análise de Viabilidade, Redução de Custos e Resíduos Sólidos.
6. ABSTRACT
With the increasing cost of disposing of waste in landfills and the concern for the
environment, recycling industries have become an alternative for reducing the disposal of
this waste in landfills. Society has demanded from industries to decrease products that
cause impacts on the environment. This study aims to analyze the feasibility of building a
new Siniplast recycling plant in the city of Rio das Antas, Santa Catarina. Siniplast buys its
raw material from cooperatives inside and outside the state, which are packed in bales
containing a heterogeneous diversity of polymers. Given this variety of polymers is made a
selection of raw material for the production of granules of Low Density Polymers (LDPE), it
is at this moment that occurs the generation of LDPE residues that are discarded due to
their low quality. The research seeks to analyze the reuse of these waste generated to make
a new product, thus reducing the disposal in the landfill. The goal of any company is to keep
its business profitable so that this happens the organization must look for ways to increase
its market competitiveness with cost reduction, process improvement, innovation and new
revenue generation.
Keywords: Feasibility Analysis, Cost Reduction and Solid Waste.
7. LISTAS DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Quadro dos símbolos dos polímeros..........................................................18
Figura 2: Principais setores consumidores de transformados plásticos....................19
Figura 3: Índice de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo........................21
Figura 4: Demonstra a reciclagem de plásticos conforme sua resina.......................22
Figura 5: Diagrama de fluxo de caixa........................................................................28
Figura 6: Extrusora.....................................................................................................37
Figura 7: Tanque de decantação...............................................................................38
Figura 8: Secadora....................................................................................................38
Figura 9: Moinho........................................................................................................39
Figura 10: Granulador................................................................................................39
Figura 11: Fluxo da produção....................................................................................40
8. LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Distância dos fornecedores matéria prima.................................. ......34
Tabela 2: Apuração do custo MOD e CIF..........................................................35
Tabela 3: Apuração do custo do granulado de PEBD................................. .......37
Tabela 4: Simulação de financiamento cenário 1...............................................41
Tabela 5: Simulação de financiamento cenário 2...............................................42
Tabela 6: Simulação de financiamento cenário 3...............................................43
Tabela 7: Analise de viabilidade opção de barracão alugado............................45
Tabela 8: Analise de viabilidade com 100% capital de terceiros........................46
Tabela 9: Analise de viabilidade com 100% capital de terceiros........................47
9. LISTA DE SIGLAS
CIF – Custo indireto de fabricação
FIESC – Federação das Indústria de Santa Catarina
IBC – Índice de Benefício e Custo
MOD – Mão de Obra Direta
PIB – Produto Interno Bruto
PEBD – Polietileno de Baixa Densidade
SIMPESC – Sindicato da Indústria de Material Plástico de Santa Catarina
TIR – Taxa Interna de Retorno
TMA – Taxa Mínima de atratividade
VPL – Valor Presente Líquido
10. SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................13
1.2 Objetivos ........................................................................................................................14
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................................14
1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................14
1.2 Justificativa ...................................................................................................................14
2 A GERAÇÃO DE RESÍDUOS .....................................................................................16
2.1 Geração de resíduos sólidos ....................................................................................16
2.2 A produção de polímeros ..........................................................................................17
2.3 Setores consumidores de polímeros .....................................................................19
2.4 A sustentabilidade ambiental dos polímeros reciclados..................................20
2.5 A reciclagem dos resíduos sólidos.........................................................................21
2.6 Reciclagem do polietileno de baixa densidade ...................................................23
2.7 A transformação de bens e serviços da logística inversa................................24
3 ANÁLISE DE VIABILIDADE........................................................................................25
3.1 Viabilidade econômica financeira ...........................................................................25
3.1.1 Análise de Investimento ................................................................................................26
3.1.2 Analise das Despesas e Receitas ...............................................................................26
3.2 Estudo dos indicativos de viabilidade ...................................................................27
3.2.1 Fluxo de caixa .................................................................................................................27
3.2.2 Valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR) .................................28
3.2.3 Índice de lucratividade...................................................................................................29
3.2.4 Payback ...........................................................................................................................30
4 METODOLOGIA ............................................................................................................31
4.1 Caracterização da pesquisa......................................................................................31
4.2 Coleta de dados............................................................................................................32
4.3 Análise e interpretação dos dados .........................................................................32
5 RESULTADOS E DISCUSÃO.....................................................................................33
5.1 Análise de dados..........................................................................................................33
5.1.2 Fornecimento de matéria prima ...................................................................................33
5.1.3 Análise dos custos para produção de PEBD.............................................................34
5.1.4 Apuração do custo do granulado.................................................................................36
5.1.5 Tecnologia........................................................................................................... 37
11. 5.1.6 Apuração de investimento ............................................................................................40
5.1.7 Análise de viabilidade....................................................................................................44
6 CONCLUSÃO..................................................................................................................48
REFERÊNCIAS...............................................................................................................50
12. 13
1 INTRODUÇÃO
Este estudo buscou pesquisar e analisar a implantação de uma nova unidade
fabril de reciclagem de polímeros dentro do pátio da indústria de reciclagem Sineplast,
na cidade de Rio das Antas em Santa Catarina. O tema foi elaborado na forma de
estudo de viabilidade, que é uma ferramenta de suma importância que ajuda
expressivamente para implantação e gestão de um novo empreendimento, diminuindo
as incertezas e criando projeções para a tomada de decisões. A pesquisa analisa
assuntos oportunos ao tema principal, como custos, viabilidade financeira,
sustentabilidade, bem como a tipificação de resíduos sólidos e tipos de materiais
plásticos e embalagens produzidas e descartadas no meio ambiente.
Os resíduos sólidos constituem uma das preocupações ambientais no mundo
que vivemos, tendo em vista que os recursos naturais e os bens em sua maioria são
um ciclo limitado. Já os resíduos sólidos vêm aumentando em virtude do poder de
consumo da população.
A NBR 10004/2004 trata como resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos,
aqueles que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição, também ficam incluídos os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos
e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cuja
particularidade torna inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos
de água, ou exigem, para isso, soluções técnicas e economicamente inviáveis em face
à melhor tecnologia disponível.
Segundo Nonaka e Takeuchi (1997) é grande a importância de gerar crenças,
compromissos, situações e interações apropriadas, para que as informações sejam
convertidas em conhecimento, e possam circular aprimorando comportamentos e
atitudes. O que diferencia o conhecimento da simples informação é que o
conhecimento está relacionado à ação e ao contexto relacional específico.
Contudo, de acordo com o cenário de incertezas do país, cabe muito mais
cautela aos investidores na hora de realizarem um plano de negócios e por sua vez o
estudo de viabilidade econômica financeira na hora de planejar um dado
empreendimento. Esta situação reforça a necessidade de prever o aporte e os
dispêndios de capital ao longo do empreendimento.
13. 14
Diante de poucos incentivos por parte do estado para empresas que retiraram
resíduos do meio ambiente transformando-os em novos produtos, a qual ponto o
empresário está disposto em arriscar fazer um investimento de grande porte diante de
um cenário político, econômico e de leis desfavoráveis a eles?
1.2 Objetivos
Os objetivos trazem de forma resumida os resultados esperados do trabalho, e
dessa maneira são apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos.
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar a viabilidade para a implantação de uma unidade fabril de reciclagem
do descarte dos resíduos de polietileno de baixa densidade.
1.2.2 Objetivos Específicos
Reaproveitar os resíduos gerados de PEBD;
Identificar os investimentos e possíveis fontes;
Analisar a viabilidade técnica do empreendimento;
Analisar a viabilidade financeira do empreendimento.
1.2 Justificativa
Os polímeros e a sua geração resíduos tem tendem a durar por vários anos no
meio ambiente até sua degradação. Seu descarte incorreto causa inúmeros impactos
ao meio ambiente e inclusive a saúde humana. Cerca de 20% do lixo doméstico é
composto por plásticos que na grande maioria das vezes vão parar em lixões e aterros
sanitários (CEMPRE 2017).
De acordo com Cempre (2017) em 2015 apenas 21,7% dos plásticos foram
reciclados no Brasil, diante dessa situação observa-se uma oportunidade de negócio
a ser estudada. Como a criação de uma organização é algo complexo e possui alguns
riscos, será utilizada a metodologia de estudo de viabilidade, na busca de minimizar
14. 15
os riscos e incertezas que possam surgir e garantir a assertividade nas projeções de
viabilidade.
A construção de uma nova unidade para reciclagem do descarte dos resíduos
de PEBD da Siniplast, deve gerar redução do envio de resíduos para o aterro sanitário,
o qual existirá um ganho ambiental valioso, devido que PEBD são derivados de
polímeros que demoram décadas ou séculos para se decompor no meio ambiente.
Outro fator relevante é que empresas congêneres do meio oeste que negociarem este
material com a Siniplast, devem reduzir seus custos de descarte dos resíduos no
aterro sanitário em virtude que estes deverão ser reaproveitados na confecção de
novos produtos pela Siniplast.
15. 16
2 A GERAÇÃO DE RESÍDUOS
Na busca de soluções de produtos sustentáveis o mercado consumidor exige
atualmente mercadorias e serviços que causem o menor dano possível ao meio
ambiente.
2.1 Geração de resíduos sólidos
Ao analisar de que forma podemos melhorar a reciclagem de polímeros para
sua reutilização e produção de novos bens e serviços. Partindo do ponto que houve
um aumento do PIB no Brasil, e a população vem melhorando sua renda e como
consequência aumentando o padrão de vida consumindo mais produtos que
contenham polímeros, como exemplo pode citar as linhas de comidas pré-cozidas,
que vem envolto com plásticos, novos eletrodomésticos, a quantidade de consumo de
bebidas armazenadas em garrafas plásticas, brinquedos, acessórios para veículos
etc.
De acordo com Abreu (2009), a visão moderna do lixo envolve a adoção de
um padrão de comportamento apoiado na redução da produção/do consumo de bens
que possam gerar resíduos não reaproveitáveis; na reutilização de produtos e de
embalagens; Na reciclagem de diversos materiais; no tratamento dos materiais não
recicláveis de forma não agressiva ao meio ambiente; e na destinação adequada dos
resíduos finais isto tudo fez aumentar a quantidade de resíduos plásticos jogados no
lixo residencial e indo para aterros.
A importância da inovação e das questões socioambientais para o
desenvolvimento sustentável desta cadeia, atualmente reciclam aproximadamente
21,7% de polímeros que são descartados em aterros sanitários (PLASTIVIDA, 2012)
Não podemos esquecer com o mundo mais globalizado os consumidores estão
mais conscientes e dispostos a pagar mais por produtos que reduzam o impacto no
meio ambiente e gerem renda para cooperativas que de catadores de materiais.
O design de produtos que prevê o uso de materiais reciclados está se
integrando à estratégia das empresas não só como forma de aperfeiçoar os resultados
do processo de reciclagem em si, mas também como forma de diferenciar esses
produtos e de estreitar o relacionamento com seus consumidores finais (GONZÁLES-
TORRE, ADENSO-DÍAZ, & ARTIBA, 2004).
16. 17
Do outro lado, uma boa parte dos municípios brasileiros ainda joga o lixo
recolhido em vazadouros a céu aberto, ou seja, mais de 42% da destinação dos
resíduos em todo o país é considerada inadequada (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
EMPRESAS LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS 2010), e somente 13%
dos resíduos coletados são reciclados (BRASIL, 2011).
2.2 A produção de polímeros
Com os investimentos em novas tecnologias a indústria de polímeros
conseguiu ganhar em produtividade e reduzir seus custos, isto fez o setor ganhar em
competitividade e concorrer com outros nichos de mercado que até então seus
produtos eram inviáveis.
As indústrias automotivas, autopeças, moveleira, construção e alimentos pré-
cozidos etc. aumentaram o consumo dos polímeros em seus produtos, como fator de
diminuir custo final e agregar valor ao produto final. As empresas e indústrias de um
modo geral ficaram bastante dependentes do uso do plástico na sua linha de
produção.
Dentro das indústrias de consumo de plásticos em sua maioria não existem
algum plano estratégico para fazer a logística inversa deste material, o que em
primeiro momento geraria um custo, mais pensando no futuro este reuso deverá trazer
um diferencial competitivo de mercado para quem o fizer.
A associação brasileira de plásticos fez um estudo no ano de 2009
demonstrando quais segmentos são os consumidores de transformados de plásticos.
Neste estudo pode-se notar que apenas 6 setores são os maiores consumidores deste
tipo de polímeros (ABIPLAST, 2012).
Os polímeros estão presentes em nosso cotidiano, por terem baixo custo,
resistentes e fáceis de moldar. Os plásticos segundo Candido et al. (2009), são
materiais sintéticos, derivados de petróleo e formados pela união de grandes cadeias
moleculares chamadas polímeros (poly = muitos, meros = partes). As características
deste produto são definidas a partir da dimensão e da estrutura das moléculas desses
polímeros (resinas). O plástico, após utilizado, pode ser reciclado e reutilizado, sendo
necessário verificar a sua classificação que de acordo com Candido (et al. 2009, p. 7)
pode ser da seguinte maneira:
17. 18
Termofixos: são plásticos que, uma vez moldados, não podem ser fundidos
e remodelados, ou seja, não são recicláveis mecanicamente. Exemplos:
Poliacetato de Etileno Vinil – EVA, Poliuretano – PU, resinas fenólicas e
poliésteres.
Termoplásticos: são plásticos que não sofrem alterações na estrutura química
durante o aquecimento e, após o resfriamento, podem ser moldados
novamente. Exemplos: Polietileno Tereftalato – PET, Polietileno de Alta
Densidade – PEAD, Polietileno de Baixa Densidade – PEBD, Poliestireno –
OS, Policloreto de Vinila – PVC e Polipropileno – PP.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, por meio da norma
NBR 13230/2008, estabelece símbolos para identificação das resinas
termoplásticas, utilizadas na fabricação de embalagens e acondicionamento
de plásticos, visando a auxiliar na separação e posterior reciclagem dos
materiais, de acordo com a composição.
A simbologia impressa nos produtos, nas embalagens ou nos rótulos, tem como
objetivo de contribuir para separação seletiva dos polímeros, quando destinados a
reciclagem. O quadro demonstra o símbolo referente a cada tipo de plástico,
juntamente com as características de cada tipo e a aplicação desses materiais.
Figura 1: Quadro dos símbolos dos polímeros
Fonte: tudo sobre plásticos, (2019)
18. 19
2.3 Setores consumidores de polímeros
Com os investimentos em novas tecnologias a indústria de polímeros
conseguiu ganhar em produtividade e reduzir seus custos, isto fez o setor ganhar em
competitividade e concorrer com outros nichos de mercado que até então seus
produtos eram inviáveis.
As indústrias automotivas, autopeças, moveleira, construção e alimentos pré-
cozidos etc. aumentaram o consumo dos polímeros em seus produtos, como fator de
diminuir custo final e agregar valor ao produto final. As empresas e indústrias de um
modo geral ficaram bastante dependentes do uso do plástico na sua linha de
produção.
Dentro das indústrias de consumo de plásticos em sua maioria não existem
algum plano estratégico para fazer a logística inversa deste material, o que em
primeiro momento geraria um custo, mais pensando no futuro este reuso deverá trazer
um diferencial competitivo de mercado para quem o fizer.
A associação brasileira de plásticos fez um estudo no ano de 2009
demonstrando quais segmentos são os consumidores de transformados de plásticos.
Neste estudo pode-se notar que apenas 6 setores são os maiores consumidores deste
tipo de polímeros (ABIPLAST, 2012).
Esta caracterização se dá em virtude que seus produtos são de consumo
massificados e consomem grandes quantidades de plásticos na sua produção.
Figura 2: Principais setores consumidores de transformados plásticos.
Fonte: Abiplast (2017)
Eletrodomésticos 1%
Textêis e Vestuários 1%
Instrumentos médicos 1%
Químico 1%
Calçado 1%
Farmacêutico 2%
Outros transportes 2%
Perfumaria 2%
Eletrônicos 3%
Agricultura 5%
Móveis 5%
Máquias e equipam. 5%
outros 5%
Papel ceulose e impressão 6%
Plástco e borracha 6%
Automovéis e autopeças 15%
19. 20
Quase 60% do consumo dos transformados plásticos estão concentrados na
construção civil, alimentos e bebidas e automóveis e autopeças, estes 5 setores
deveriam investir um percentual do lucro para contribuir para área de pesquisas para
reutilização dos plásticos e retornassem para sua cadeiaprodutiva (ABIPLAST, 2012).
2.4 A sustentabilidade ambiental dos polímeros reciclados
De uma maneira global, o ciclo produtivo refere-se ao fenômeno
socioeconômico que cria produtos ou serviços para trocas financeiras, tendo como
fundamento básico a agregação de valores, pela transformação de recursos naturais
em produtos ou serviços.
Percebe-se que a tecnologia é fruto da capacidade intelectual do homem em
relação às condições ambientais. Todavia, a condição tecnológica foi se modificando,
seguindo caminhos próprios e foi criando um distanciamento com o desenvolvimento
social.
Diante desta premissa, os programas tecnológicos merecem reflexões sobre
as práticas produtivas, onde a percepção dos recursos ambientais corresponde ao
fator indispensável para a produção de bens manufaturados e seu retorno ao ciclo do
comércio como um fator de diferencial de competitividade, pois o material para a
produção de bens e serviços são reciclados e seus preços tende a ser menor se
comprar matéria prima para sua produção.
Sabe-se que pouco mais de 100 anos de produção industrial o planeta já tem
dificuldade de repor certos tipos de matéria prima, em virtude do uso indiscriminado,
o que o homem pensou apenas de retirar mais não olhou para o futuro e prospectou
sobre o aumento da população e do consumo (ABIPLAST, 2012).
Pode-se que estamos encaminhando para uma nova fase global, a qual tanto
as indústrias, empresas e consumidores estão determinados a melhorar a produção
usando a capacidade tecnológica no desperdício e reaproveitamento de todo e
qualquer material na produção de bens e serviços. Isto não apenas traz econômica
como também ajuda no consumo de matérias primas. Muitas indústrias de polímeros
estão implantando o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e como consequência
partem para obter o ISO 14001, além de trazer uma ótima ferramenta de marketing
junto ao consumidor, melhora em muito seus processos produtivos e ambientais,
proporcionando economia e competitividade (CERQUEIRA, 2017).
20. 21
Ainda podemos perceber que o Brasil caminha em passos lentos no que se
refere a reciclagem, fatores como um território com grandes dimensões e aterros
sanitários com vida útil longa, logística e infraestrutura devassadas, energia cara, falta
de conscientização ambiental da população e governos poucos comprometidos com
esta causa influenciam no atual décimo lugar que ocupamos entre os países que
reciclam os polímeros.
Figura 3: Índice de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo.
Fonte: Plastics Europe – Asociation of Plastics Manufactures (2014)
O mercado se movimenta para a aplicação da lei e para o aproveitamento de
novas oportunidades de negócio que devem surgir para dar vazão ao maior volume
de resíduos separados nas residências e coletados pelas prefeituras. O CEMPRE
(Comprometimento Empresarial Para Reciclagem) estima que, em 2012, a coleta, a
triagem e o processamento dos materiais em indústrias recicladoras geraram um
faturamento de R$ 10 bilhões no Brasil. (COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA
RECICLAGEM, 2013).
2.5 A reciclagem dos resíduos sólidos
Para Didonet (1992), o termo reciclagem vem sendo empregado desde os anos
1970 quando a preocupação com o meio ambiente ganhou relevância econômica e
política, reforçada mutuamente pelo racionamento do petróleo.
Segundo o autor, reciclar significa retornar ao ciclo de produção dos materiais
que foram usados e descartados. O Brasil produz aproximadamente 193.000 (ton. /por
dia) sendo que o lixo é composto 51,4% de matéria orgânica, 16,7% outros, 13,5% de
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Grécia 18%
França 18%
Brasil 22%
Reino Unido 23%
Itália 24%
Belgica 29%
Alemanha 33%
Series1
21. 22
plásticos, 13,1% papel, papelão e longa vida, 2,4% vidros, 2,3% aço e 0,6% de
alumínio (CEMPRE, 2014).
Podemos constatar que diariamente é jogado no lixo 26 mil toneladas de
plásticos; conforme o Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem). Existe
um grande potencial para explorar economicamente os resíduos sólidos, pois
estimativas mostram que perdemos bilhões não reciclando corretamente os
polímeros, fazendo o reuso corretamente deixamos de gastar com matéria prima
derivada do petróleo, melhoramos o descarte no meio ambiente e aumentamos a vida
útil dos aterros sanitários, podemos gerar energia com descartes dos polímeros que
não tem como fazer reuso em novas matérias primas secundárias.
A reciclagem encontra a ‘disposição final’ de polímeros tem como fator
primordial na logística reversa de bens de pós-consumo descartava. Nesse caso,
Havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de
pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’,
no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em
matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado
correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas os
aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética
(LEITE, 2003, p. 20).
A participação de reciclagem do plástico de vida curta demonstra que tem os maiores
índices de reciclagem são as garrafas plásticas, sacolas, filmes para embalagens,
embalagens de óleo automotivo, tambores de tintas, tampas etc. Conforme demonstra
a figura abaixo.
Figura 4: demonstra a reciclagem de plásticos conforme sua resina.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
PVC 11%
OUTROS 12%
PP 47%
EPS 53%
P.S 55%
PEAD 60%
PEVD PEBD 72%
PET 93%
Series1
22. 23
Fonte: Plastivida (2012)
Nota: 1) considera-se os plásticos descartados no máximo em 2 anos (plásticos de vida curta).
2) outros inclui ABS, PC, POM, PA E EVA.
Um estudo feito pela Plastivida em 2012 constatou que existiam 815 empresas
recicladoras de polímeros no Brasil, sendo que desta 56,4% comercializam apenas o
material plástico reciclado; 19,7% são empresas recicladoras verticalizadas em
triagem; 16% são empresas recicladoras verticalizadas em transformação e apenas
6,3% são recicladoras verticalizadas em triagem e transformação.
A análise destes dados demonstra que existe um enorme potencial para ser
explorado neste mercado, porém não se deve esquecer que existe um sistema de
inter-relacionamento empresarial para que possa como agregar valores em produtos
e serviços com um sistema de produção integrada.
Este mercado ainda precisa de maturação, é um mercado considerado novo o
qual alguns resultados estão sendo analisados agora. Alguns autores na área da
administração estratégica, como Dess, Lunpkin e Covin (1997) e Goll, Johnson e
Rasheed (2007) têm reconhecido que a natureza e a extensão das interações
estratégicas das organizações com seus ambientes são críticas para seu
desempenho.
2.6 Reciclagem do polietileno de baixa densidade
A reutilização do descarte dos polímeros é uma prática cada vez mais comum
na sociedadeglobalizada em que vivemos, buscando cada vez mais reduzir o impacto
ambiental com o descarte de resíduos no meio ambiente, além gerar ganhos
econômicos para quem recicla. Referente ao processo de reciclagem, segundo
Kaminsky (1992), a reciclagem dos resíduos plásticos pode ser viabilizada através do
reprocessamento por extrusão, injeção, termoformagem, moldagem por compressão,
etc.
Para que o material seja produzido com qualidade é necessário discernimento
prévio das propriedades dos PE’s, pois a existência de cadeias ramificadas e a mistura
de PE’s com diferentes elementos podem acarretar em problemas de processo e ter
influências significativas nas propriedades e qualidade na produção dos granulados
de PEDB. Para isso tomou-se o cuidado de fazer pré-seleção dos PEBD, selecionados
para obtenção de um produto final com qualidade.
23. 24
2.7 A transformação de bens e serviços da logística inversa
A reutilização dos polímeros para fabricação de novos produtos abrange um
grande potencial para este nicho de mercado, isto porque o seu custo como matéria
para confecção dos produtos é mais baixo que resinas, isto é diferencial de
competitividade no mercado, sendo que pode ter um custo menor de produção e
aumentar sua margem de lucro.
Para que se obtenha material com qualidade é necessário conhecimento prévio
das características e propriedades dos polietileno (PE’S), pois a presença de cadeias
ramificadas e a mistura de PE’s com diferentes densidades podem acarretar em
problemas de processo e ter influências significativas nas propriedades e qualidade
do produto final. Para isso tomou-se o cuidado de fazer pré-seleção dos PEBD,
selecionados para obtenção de um produto final com qualidade (AL-SALEM;
LETTIERI; BAEYENS, 2010).
24. 25
3 ANÁLISE DE VIABILIDADE
Para que um empreendimento tenha pouca margem para fracassos o estudo
de viabilidade é uma ferramenta imprescindível para o gestor se orientar de forma a
mais assertiva.
3.1 Viabilidade econômica financeira
A análise de viabilidade de um empreendimento é o estudo de um projeto a ser
efetuado a fim de verificar sua justificativa levando em conta as perspectivas jurídicas,
administrativas, comerciais, técnicas e financeiras. A maior eficiência somente será
viável se for demonstrada a máxima eficiência econômica e financeira, ou seja, deve-
se procurar a eficiência técnica da engenharia compatível com a eficiência econômica
e financeira (HIRSCHFELD, 2000).
Uma análise econômica e financeira de um empreendimento ocorre com todas
as quantidades envolvidas, sejam entradas ou saídas de caixa (GOLDMAN, 2015). O
empreendimento deve ser analisado quanto a sua viabilidade econômica e financeira
(VEF) desde seu início passando pelo planejamento, acompanhamento e controle
bem como execução e sua finalização, proporcionando desta forma que seja realizada
um prognóstico de fluxo de caixa que indique os valores de despesa de capital desde
o seu começo até sua finalização do projeto. Para ter uma visão sobre a VEF de um
empreendimento quando se compara outros indicadores que serão abordados a
posterior.
Segundo Bezerra da Silva (2005) afirma que quando a decisão de investir é
pautada apenas na análise comparativa da quantidade de recursos entrantes e de
saídas referentes ao custeio do empreendimento, resultando em um retorno lucrativo,
trata-se de viabilização econômica quando o investimento não proporciona fluxo de
caixa negativo, a decisão de investir também é viável no âmbito financeiro. Pode-se
analisar que um empreendimento é executável tanto economicamente quanto
financeiramente. Diante disso, podemos afirmar que viabilidade econômica financeira,
é necessário que o fluxo de caixa seja positivo e que o retorno do capital investido
proporcione ao investidor uma quantia maior incluído despesas e lucro no tempo
presente. As variáveis que devem ser analisadas considerando quando se examina a
viabilidade, tanto econômica ou financeira de um projeto.
25. 26
3.1.1 Análise de Investimento
Um estudo de investimento de capital, busca tomadas de decisões de aplicação
de recursos com o intuito de fornecer um lucro significativo e previamente desejado
aos proprietários do capital empregado. A elaboração de uma análise de investimento
de forma correta é necessária que seja formulado um orçamento de capital. As
decisões baseadas em questionamentos como, se o projeto vai se pagar, se o projeto
vai aumentar a riqueza dos acionistas ou se vai diminuí-la devem ter respostas
baseadas em resultados de estudos provenientes de metodologia de análise de
viabilidade.
Para Greer e Kolbe (2003) explanam que a análise de viabilidade de
empreendimentos imobiliários se divide em três alternativas donde a primeira
pressupõe que com um terreno predeterminado, se busca a melhor alternativa de
negócio a ser empreendido. As características físicas e legais do terreno, além de sua
localização com referência ao desenvolvimento econômico é ponto de partida para a
análise.
A segunda alternativa sugere que com o objetivo predeterminado de negócio o
apropriado terreno e a terceira alternativa é a de empreendedores com fundos
predeterminados, em busca de empreendimentos que ofereçam as melhores
possibilidades de investimentos. Conforme escrito por Goldman (2015) apud Kassai
(1999), a análise da viabilidade econômica de empreendimentos ocorre pela
montagem de fluxos de caixa que, além de considerarem a remuneração de capital,
vislumbram, pela simulação de cenários de investimento, condições mais ou menos
favoráveis ao negócio. No caso deste artigo, será abordada a primeira alternativa, pois
no cenário a ser apresentado no modelo exemplo, o empreendedor já tem posse do
terreno cujo empreendimento será implantado, no entanto o capital empregado deverá
provir de banco financiador
3.1.2 Análise das Despesas e Receitas
O projeto pode ocorrer algumas restrições, como tempo, custo dentro de seu
escopo, isto é o que fornece dados relativos ao planejamento, cronograma e também
necessidades do projeto bem como os parâmetros para o fluxo de caixa. O projeto
deve focar em parâmetros, como taxa de remuneração, capital e os custos de
26. 27
financiamento, são obtidos no mercado financeiro. SILVA (2004) apresenta como
principais componentes dos estudos de viabilidade, quanto às variáveis, os custos
diretos e administrativos da obra e equipamentos. No que se refere ao preço de venda,
deve-se destacar as taxas de juros, inflação, estoque, material prima, mão de obra
etc.
3.2 Estudo dos indicativos de viabilidade
Goldman (2005) apud Hirschfeld (2000) afirma que a análise de viabilidade
econômica e financeira dos empreendimentos ocorre com todas as quantidades
envolvidas, sejam entradas ou saídas de caixa. Tanto as entradas como as saídas
são distribuídas, ao longo do tempo, por seus respectivos cronogramas, havendo
necessidade de correção de cada valor envolvido para uma só data. Adota-se, como
fator de correção, uma taxa de desconto, que pode servir de índice de juros para todo
fluxo de caixa. O estudo dos indicativos de rentabilidade e a taxa de retorno, segundo
Bezerra da Silva (2005) equivale que a taxa mínima de atratividade é a taxa de juros
referente ao custo do capital, o que corresponde à rentabilidade mínima aceitável de
qualquer aplicação financeira, tornando o recurso financeiro aplicado render, no
mínimo, a taxa de juros iguais à rentabilidade das aplicações.
3.2.1 Fluxo de caixa
Segundo Puccini (2007), fluxo de caixa é o conjunto de entradas e saídas de
dinheiro ao longo do tempo. Afim de que haja maior clareza quanto à visualização
sobre o que ocorre num dado momento no caixa de um projeto ou empresa, o fluxo
de caixa é representado por um diagrama horizontal cujas entradas (+) são
representadas por setas que se afastam do eixo horizontal do diagrama para cima e
cada saída (-) é representada por uma seta que se afasta do respectivo eixo para
baixo, estas setas poderão receber numerações que identificarão a entrada ou a
saída. O fluxo de caixa auxilia os gestores a identificar as maiores necessidades de
capital ao longo do tempo. Em um projeto, fica possível identificar, por exemplo,
quando ocorrerá a maior demanda por pagamentos possibilitando realizar as
previsibilidades financeiras e, conseguintemente, as decisões estratégicas. Conforme
27. 28
já citado anteriormente, o fluxo de caixa pode ser representado por um diagrama
(figura 2).
Segundo Hirshfeld (2000), são adotadas as seguintes convenções para a
representação do diagrama de fluxo de caixa e das equações. Os fluxos também
podem ser representados por tabelas ilustrando as entradas (positivo) e saídas
(negativo) em função do tempo. Segue abaixo diagrama de fluxo de caixa.
I. O eixo horizontal representa o tempo a partir do instante considerado inicial
até o instante considerado final do prazo em questão.
II. Nos diversos pontos que apresentam instantes ao longo do eixo do tempo,
são traçados:
i. Segmentos positivos, isto é, do eixo horizontal para cima, representando
dividendos, receitas ou economias realizadas.
ii. Segmentos negativos, isto é, do eixo horizontal para baixo representando
despesas, aplicações de dinheiro, custos de aplicações ou parcelas que foram
deixadas de receber.
Figura 5: Diagrama de fluxo de caixa
Fonte: https://www.algosobre.com.br/matematica-financeira/diagramas-de-fluxo-de-caixa.html
3.2.2 Valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR)
O Valor presente líquido está relacionado ao valor presente do fluxo de caixa.
O VPL de um fluxo de caixa é igual ao valor presente de suas parcelas futuras
somadas algebricamente com a grandeza colocada no ponto zero. O custo de
oportunidade de capital é também admitido como taxa de desconto ou taxa de retorno
(GONZÁLES e FORMOSO, 2001). Hirsfeld (2000), afirma que quando se deseja
investir uma quantia, deve-se comparar geralmente, os prováveis dividendos que
serão proporcionados por este investimento com os de outros investimentos
disponíveis.
28. 29
O retorno do dinheiro investido irá proporcionar, deverá estar acima a uma taxa
prefixada com a qual pretende obter seu lucro. Esta taxa de juros deve ter o mínimo
de atratividade. A desigualdade dos valores entre duas taxas de juros, oriundas de
diferença econômicas de investimentos, concebe, alternativa aceita e de inferior valor,
uma taxa de juros chamada custo de oportunidade. Hirsfeld (2000), ainda diz que em
virtude de se usar frequentemente a expressão desconto ou valor descontado em uma
operação onde se determina o valor presente líquido (VPL), a taxa mínima de
atratividade é chamada de taxa de desconto. Para chegar ao VPL de um fluxo de
caixa, é feito a somatória de todos os VPL’s do fluxo de caixa e este resultado
operacional. A Taxa interna de retorno de um fluxo de caixa é a taxa de desconto que
faz seu valor presente líquido ser igual a zero. O VPL é igual a zero quando as
grandezas futuras, ao serem descontadas com uma determinada taxa, produzem um
valor presente para o fluxo de caixa que é igual ao investimento inicial, colocado no
ponto zero da escala do tempo (PUCCINI, 2007).
A taxa de juros que torna nulo o valor presente líquido é a taxa de retorno, é
nesta taxa que a somatória das receitas, isto é, dos benefícios (B), se torna
exatamente igual a somatória dos dispêndios, ou seja, dos custos (C). Uma vez que
o VPL é a soma algébrica, no instante inicial, dos benefícios e custos. Portanto: Daí,
pode se esperar que caso o VPL seja negativo, os custos estão maiores que os
benefícios, o que não é interessante quando se espera que os benefícios sejam
maiores que os custos, ou seja, espera-se que a taxa obtida seja maior ou igual a taxa
mínima de atratividade (HIRSFELD,2000).
3.2.3 Índice de lucratividade
Este método tem por objetivo demonstrar o índice de lucratividade que
estabelece uma razão entre o valor presente das entradas líquidas do projeto com o
investimento inicial, em termos de valor presente, quanto o projeto oferece de retorno
para cada unidade monetária investida (GOLDMAN apud NETO, 2006). O qual o IL =
o índice de lucratividade; VPL = o valor presente líquido; Io = o investimento inicial; O
IL líquida demonstra o parâmetro o qual o investidor espera de retorno adicional do
seu empreendimento para cada unidade monetária empregada, esta medida propicia
ao investidor a análise de retorno, através do esclarecimento da quantidade de vezes
29. 30
que o investimento inicial será multiplicado (PENA E HOMMA, 2010). Diante deste
contexto, o investidor também pode decidir até qual momento é interessante investir.
3.2.4 Payback
Diante deste critério pode-se verificar o tempo de retorno do investimento. O
mesmo não deverá ser utilizado como forma única para tomada de decisão sobre
alternativas de investimento ou similares uma vez que não considera os valores do
fluxo de caixa do investimento, a partir do ponto de retorno do capital utilizado. Este
índice pode ser mensurado pelo tempo decorrido entre a data inicial do fluxo de caixa
e a data futura mais próxima até a qual o valor do investimento inicial é coberto pela
soma dos valores presentes das parcelas positivas do fluxo de caixa (PUCCINI, 2007).
Assaf Neto (2006) define Payback como a “determinação do tempo necessário para
que o dispêndio de capital (valor do investimento) seja recuperado por meio dos
benefícios incrementais líquidos de caixa (fluxos de caixa) promovidos pelo
investimento ”.
Segundo Tavares e Medeiros apud Gitman (2009), este índice de fácil
manuseio tem enorme potencial na hora de decidir entre comparativos nos
empreendimentos, buscando opções para o empreendimento, sua apuração é simples
sendo sua expressão empregada para fluxos de caixa regulares. Alguns
empreendimentos, podem demonstrar que seus maiores rendimentos só aparecem
nos últimos fluxos, neste caso deve-se ponderar o uso do índice, principalmente
quando o objetivo for analisar comparativamente alternativas de investimento. Isto
ocorre para investimentos de longo prazo, e aí o procedimento adotado para o cálculo
leva em consideração o VPL e quanto no início ocorre a amortização em cada novo
cálculo do VPL.
30. 31
4 METODOLOGIA
A metodologia tem o objetivo de caracterizar o estudo, definir a coleta e análise
de dados, e identificar os sujeitos da pesquisa.
4.1 Caracterização da pesquisa
De acordo com Zamberlan (et al 2014), o estudo foi classificado devido a sua
natureza, como pesquisa aplicada que tem o objetivo de gerar conhecimentos para
aplicação de práticas voltados à resolução de problemas, nesta pesquisa buscou
evidenciar um maior conhecimento sobre o tema a ser abordado, forneceu aplicações
práticas para resoluções de problemas enfrentados pelo mercado da reciclagem de
polímeros.
Seguindo a linha de pensamento de Zamberlan (et al 2014), a pesquisa foi
classificada como quantitativa que considera que tudo pode ser quantificável, pois
haverá uma quantidade de dados significativa a ser coletada. E também pesquisa
qualitativa que entende que existe uma ligação dinâmica entre o mundo real e o
sujeito.
O estudo foi classificado, quanto aos objetivos, como exploratória, a qual possui
como propósito, segundo Zamberlan (et al 2014), averiguar uma situação para
propiciar um maior conhecimento sobre o assunto, buscando um maior entendimento
do assunto pesquisado. A pesquisa tem está especificação, tendo como seu objetivo
analisar o reuso dos resíduos gerados pelo Polímeros de Baixa Densidade. O estudo
classificou-se também, como descritiva, que visou identificar, expor e descrever os
fatos ou fenômenos de determinada realidade em estudo, características de um grupo,
comunidade população ou contexto social, pois descreveu as características de uma
determinada região e a relação entre variáveis por intermédio de uma análise de
mercado, que serviu como base para análise financeira do estudo.
Em relação aos procedimentos técnicos, se tratou de uma pesquisa
bibliográfica, buscou-se estudar livros da área da administração, artigos, teses,
dissertações etc. sobre planos de negócios e análises de viabilidade; documental, foi
desenvolvida uma pesquisa de campo com entrevista com o proprietário da empresa
em busca de dados para fornecer subsídios para a pesquisa.
31. 32
4.2 Coleta de dados
Para a coleta de dados foram feitas pesquisas bibliográficas, que tiveram por
finalidade a conceitualização completa para análise dos dados. Pesquisa documental,
realizadas nos documentos sistematizadores produzidos em componentes
curriculares, e demais trabalhos acadêmicos que serviram de subsidio para o estudo.
4.3 Análise e interpretação dos dados
De acordo Zamberlan (et al 2014), a fase de análise dos dados leva o
pesquisador a teorizar sobre os dados coletados, confrontando a abordagem teórica
e a investigação de campo. Dessa forma os dados foram analisados de forma
quantitativa e qualitativa para elaboração da análise de viabilidade de um
empreendimento.
As análises qualitativas foram feitas em forma de texto, já as análises
quantitativas, especialmente para a sistematização das informações financeiras,
foram utilizadas planilhas do Microsoft Excel para construir quadros, tabelas e
gráficos.
32. 33
5 RESULTADOS E DISCUSÃO
Esta seção apresenta os resultados encontrados com a aplicação da
metodologia proposta e analisa-os confrontando com a literatura pertinente
5.1 Análise de dados
A coleta de dados para o estudo foi através do proprietário da empresa, sr.
Gilberto Silva com visitas previamente agendadas em seu escritório e a sua fábrica, o
qual foram coletados informações e dados para viabilizar o estudo da implantação de
uma nova unidade de granulados de PEBD. Para ter parâmetros que os dados
estavam dentro de uma assertividade, também entrevistamos o Sr. Vian, sócio da
empresa Conduplast na cidade de Rio das Antas, e o Sr. Jacir, sócio da empresa
Plasteza, situada na cidade de Videira. Com estas informações podemos dar
continuidade a nossa pesquisa.
5.1.2 Fornecimento de matéria prima
O fornecimento da matéria prima deverá vir de empresas do mesmo segmento
da Siniplast. Através do site da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
(FIESC), foram pesquisadas empresas que geram este tipo de resíduo. Optou-se por
manter um raio de 70 km de distância em torno da nova unidade fabril.
Foi feito contato com 11 empresas solicitando quantidade de toneladas de
rejeitos de PEDB são gerados no mês. Das 11 empresa apenas 7 deram retorno,
sendo que 4 responderam via e-mail e 3 via telefone. Foi confeccionada uma tabela
contendo o nome de cada indústria, toneladas geradas de resíduos e a distância do
empreendimento.
33. 34
Tabela 1: Distância dos fornecedores matéria prima
Fornecedor QUILOS Quilometragem
Plasteza 40.000 25
Conduplast 12.000 19
Tangará plástico 22.000 33
Simione Plásticos 48.000 26
BR Plásticos 28.000 38
Fortaleza 25.000 27
GP Plásticos 30.000 45
Sineplast 50.000 5
Totais 255.000 213
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
O fornecimento de insumos é peça chave para o desenvolvimento deste
projeto, quando perguntados as empresas se forneceriam estes resíduos sem custo,
os proprietários disseram que sim, pois eliminariam este custo além do passivo
ambiental dos rejeitos depositados no aterro sanitário.
5.1.3 Análise dos custos para produção de PEBD
Nesta etapa da pesquisa foram analisadas a quantidade de funcionários para
produzir 250 toneladas mês do PEBD.Verificou-se que há necessidade de dois turnos
em virtude da morosidade do processo que requer uma qualificação dos resíduos para
que se tenha uma maior qualidade no produto final.
O quadro de colaboradores ideal deverá contar com 28 pessoas, sendo 25
trabalhando na produção, 2 supervisores e um no escritório além do proprietário da
empresa. Os valores mencionados dos salários foram devidamente pesquisados no
sindicato da categoria, a Simpesc.
O valor do consumo da energia elétrica foi analisado pelo consumo médio da
Siniplast, tendo em vista que o maquinário usado será 90% similar. A tabela 2
demonstra a apuração da mão de obra direta e o custo indireto de fabricação.
34. 35
Tabela 2: Apuração do custo MOD e CIF
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
A tabela 2 demonstra os custos diretos e indiretos e as despesas
administrativas. Ao transportar esta tabela em forma de gráfico podemos evidenciar
de forma mais clara cada gasto dentro da organização.
O gráfico de participação por gastos deixa evidente que a energia elétrica,
salários diretos e material de consumo representam 85,6% do total. Isto demonstra
como o empresário deve focar nestas áreas para reduzir ou não deixar aumenta-las.
A apuração correta das despesas e custos leva a organização a uma maior
competitividade no mercado, pois quanto menor seu custo mais competitivo a
empresa tende a se tornar. Muitos empresários e gestores não conseguem apurar
corretamente o preço do seu produto ou serviço. Estes erros comprometem o caixa
da empresa e consequentemente levando a mesmas a dificuldades de sobrevivência
no mercado em que atura.
NATUREZAS DE GASTOS 120 130 100 111 112 113 114
PRODUÇÃO
GERENCIA
INDUSTRIAL ADM/FINANC
C
O
- - - -
QUANTIDADE DE PESSOAL 25 25 2 2 1 1 - - - -
Salário Médio - R$ 1.380,00 4.500,00 2.000,00 - - -
SaláriosDiretos 34.500,00 34.500,00 - - 34.500,00 - - - - - - - - 34.500,00 25,2%
SaláriosIndiretos - - 9.000,00 9.000,00 9.000,00 - - - - - - - - 9.000,00 6,6%
SaláriosAdministrativos - - - 2.000,00 2.000,00 - - - - - 2.000,00 2.000,00 1,5%
EncargosSociaisTrabalhistas 28.595,10 28.595,10 4.986,59 4.986,59 33.581,69 400,00 400,00 - - - - - 400,00 33.981,69 24,9%
EnergiaElétrica 45.000,00 45.000,00 - 45.000,00 220,00 220,00 - 220,00 45.220,00 33,1%
Serviçosde Terceiros/Representante - - - 600,00 600,00 - 600,00 600,00 0,4%
Depreciação - 916,67 916,67 916,67 - - - 916,67 0,7%
Manutençãoe Consertos - 1.300,00 1.300,00 1.300,00 - - - 1.300,00 1,0%
Material de Limpeza - 300,00 300,00 300,00 50,00 50,00 - 50,00 350,00 0,3%
Material de Consumo - 3.880,00 3.880,00 3.880,00 - - - 3.880,00 2,8%
Material de Expediente - - - 60,00 60,00 - 60,00 60,00 0,0%
Material de Segurança/EPIS - 550,00 550,00 550,00 - - - 550,00 0,4%
Telefone - - - 500,00 500,00 - 500,00 500,00 0,4%
Aluguel - - - - 3.800,00 3.800,00 - 3.800,00 3.800,00 2,8%
TOTAL DOS CUSTOS 108.095,10 108.095,10 20.933,26 20.933,26 129.028,36 7.630,00 7.630,00 - - - - - 7.630,00 136.658,36 100,0%
TOTAL DAS
DESPESAS
TOTAL DOS
GASTOS
Variação
dos
Gastos
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
TOTAL
DESPESAS
ADM
DESPESAS COMERCIAIS
TOTAL
DESPESA
S COML.
TOTAL DOS
CUSTOS
APURAÇÃO DO CUSTO DAMOD E CIF
CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS
TOTAL
DIRETO
TOTAL
INDIRETO
35. 36
Gráfico 1: Participação dos gastos em %
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
5.1.4 Apuração do custo do granulado
A correta apuração do custo do produto e serviço leva a organização determinar
o melhor preço de venda de seu produto no mercado. Na apuração dos custos existem
inúmeros fatores para a correta apuração dos custos do produto final. Entre os vários
existentes, estão impostos, margem de contribuição, despesas fixas e variáveis, lucro
perdas entre outras.
Para se chegar ao preço de R$0.56 por quilo de granulado de PEBD, foi
elaborada uma tabela que apurasse da forma mais assertiva o custo real do produto,
onde foram descritos todos os itens que influenciam apuração no preço final, conforme
descrito na tabela 3.
36. 37
Tabela 3: Apuração do custo do granulado de PEBD
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
. 5.1.5 Tecnologia
A tecnologia em maquinário que a empresa necessita para iniciar seu processo
produtivo visa buscar eficiência com qualidade e produtividade. Para equipar a nova
unidade fabril serão necessários os seguintes equipamentos:
Figura 6 - Extrusora
Fonte: Plastimax Máquinas (2019) disponível em< http://www.plastimaxmaquinas.com.br>
DESCRIÇÃO DO PRODUTO
Taxa Financeira 2,00% a.m. Taxa Financeira (a.m.) 2,00%
Prazo 30 dias Prazo 30
PREÇO BRUTO 1,5505 100,00% Bonificação 0,00%
Bonificação - 0,00% Imperfeitos 0,20%
PREÇO LIQUIDO DE VENDA 1,5505 100,00% ICMS 0,00%
Impostos 0,4652 30,00% PIS 0,00%
ICMS - 0,00% COFINS 0,00%
PIS - 0,00% Despesa Fixa 15,00%
COFINS - 0,00% Marketing 0,00%
SIMPLES 0,4652 30,00% Frete 10,00%
PREÇO LÍQUIDO 1,0854 70,00% Comissão 0,00%
CUSTO DO PRODUTO 0,5624 36,27% Prov. Dev Duv 0,00%
CUSTO DO PRODUTO 0,5613 36,20% Royalties 0,00%
Imperfeitos 0,0011 0,20% LUCRO 8,00%
MARGEM BRUTA 0,5229 33,73% Simples 30,00%
Desps Com Variáveis 0,1551 10,00% 0,00%
Royalties - 0,00% 0,00%
Marketing - 0,00% 0,00%
Fretes 0,1551 10,00% 0,00%
Comissões - 0,00% MARK-UP 2,7623
Prov p/Dev Duv - 0,00% INFORMAR 1 ou 2 -> 2
MARGEM LIQUIDA 0,3679 23,73% 1-Pr Fornecido 1 -
Despesa Fixa 0,2326 15,00% 2-Pr Calculado 2 1,55
- 0,00% NOME DO SUB-PRODUTO
- 0,00%
MARGEM COMERCIAL 0,1353 8,73%
Desp Financeira Comercial 0,0112 0,73%
RESULTADO 0,1240 8,00%
NOME DO SUB-PRODUTO
REF. DO PRODUTO
CUSTO PRODUTO 0,5613
Gastos Variáveis
37. 38
Extrusora: Equipamento que realiza a fusão do plástico afim de torná-lo
homogêneo e também a granulação do plástico.
Figura 7: Tanque de decantação
Fonte: Fonte: Plastimax Máquinas (2019) disponível em < http://www.plastimaxmaquinas.com.br>
Tanque de decantação: No tanque de decantação ocorre a limpeza dos
materiais, eliminando impurezas e resíduos de outros materiais.
Figura 8: Secadora
Fonte: Plastimax Máquinas (2019) disponível em < http://www.plastimaxmaquinas.com.br>
Secadora: A secadora é utilizada para retirada da umidade contida nos
plásticos após o processo de moagem, lavagem.
38. 39
Figura 9: Moinho
Fonte: Plastimax Máquinas (2019) disponível em < http://www.plastimaxmaquinas.com.br>
Moinho: Equipamento que tem como função de triturar e/ou moer o material a
ser reciclado. O processo realizado pelo moinho é o que exige mais esforço entre
todos os equipamentos.
Figura 10: Granulador
Fonte: Plastimax Máquinas (2019) disponível em < http://www.plastimaxmaquinas.com.br>
Granulador: Este equipamento tem a função de picotar os espaguetes de
polímeros ao saírem da máquina extrusora.
O layout da fábrica ajuda no processo produtivo, a forma em que são alocados
os equipamentos tem a função de melhorar a produtividade dentro dela. Na figura a
seguir podemos observar como deve ser concebido este processo.
39. 40
Figura 11: Fluxo da produção
Fonte: Trindade, K (2015)
5.1.6 Apuração de investimento
A construção de uma nova unidade fabril de reciclagem de PEBD foram
analisados a compra dos equipamentos para produção dos granulados giram em torno
de setecentos mil reais. O barracão para a instalação dos equipamentos deve ter no
mínimo mil e duzentos metros quadrados para comportar adequadamente as
máquinas da produção, este barracão teria um preço estimado em oitocentos mil
reais, conforme pesquisa feita no site do sindicato da indústria da construção
(Sinduscon) que estima que o preço médio para construção do metro quadrado de um
barracão custa em média quatrocentos reais. Conforme a estimativa da produção, o
capital de giro deve ser de quatrocentos mil reais. O montante final ficou em um milhão
e seiscentos mil reais para investimento.
Para o primeiro cenário foi feito uma simulação de empréstimo no site do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o qual foi feito a
simulação de três cenários de investimento. No primeiro se optou por investir com cem
por cento de capital de terceiros. O segundo cenário foi alterado simulando o
financiamento apenas para o maquinário e capital de giro e por último não foi
considerado o capital de giro. O prazo do financiamento foi de cento e vinte meses
com carência de vinte e quatro meses. Os cálculos seguem conforme 3.4 e 5.
40. 41
Tabela 4: Simulação de financiamento cenário 1
1ª Proposta - Investimento de 100% Capital de Terceiros
Capital de Terceiros - FINAME BNDES - Prazo Pagamento: 120 meses - 24 meses de
carência
Valor financiado R$ 1.600.000,00
Prazo total 120 meses
Prazo de carência 24 meses
1º pagamento na carência R$ 48.641,24
1º pagamento na amortização R$ 32.718,83
Taxa de juros final 12,73% a.a
PLANO DE PAGAMENTO
Total a pagar 1º Ano R$ 195.207,96
Total a pagar 2º Ano R$ 195.207,96
Total a pagar 3º Ano R$ 382.184,24
Total a pagar 4º Ano R$ 358.027,22
Total a pagar 5º Ano R$ 333.870,19
Total a pagar 6º Ano R$ 309.713,16
Total a pagar 7º Ano R$ 285.556,13
Total a pagar 8º Ano R$ 261.399,10
Total a pagar 9º Ano R$ 237.242,09
Total a pagar 10º Ano R$ 215.085,06
TOTAL R$ 2.773.493,11
Valor Inicial R$ 1.600.000,00
Total Juros R$ 1.173.493,11
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
O primeiro cenário mostra investimento de 100% do capital de terceiros com
juros de 12,73% ao ano com pagamento de 120 meses e 24 de carência. Optando por
esta situação os valores das parcelas se tornam significativamente altas. O
empresário diante deste plano deve minimizar ao máximo a margem de erro diante de
valores de parcelas elevadas para o investimento.
No segundo cenário optou-se por financiar os equipamentos e duzentos mil
reais de capital de giro e mantendo os mesmos padrões do prazo e da carência.
41. 42
Tabela 5: Simulação de financiamento cenário 2
2ª Proposta - Investimento considerando Equipamento + Capital de
Giro
Capital de Terceiros - FINAME BNDES - Prazo Pagamento: 120
meses - 24 meses de carência
Valor financiado R$ 1.000.000,00
Prazo total 120 meses
Prazo de carência 24 meses
1º pagamento na carência R$ 29.629,73
1º pagamento na amortização R$ 20.197,27
Taxa de juros final 12,39% a. a
PLANO DE PAGAMENTO
Total a pagar 1º Ano R$ 118.518,92
Total a pagar 2º Ano R$ 118.518,92
Total a pagar 3º Ano R$ 235.643,09
Total a pagar 4º Ano R$ 220.972,18
Total a pagar 5º Ano R$ 206.301,29
Total a pagar 6º Ano R$ 191.630,36
Total a pagar 7º Ano R$ 176.959,47
Total a pagar 8º Ano R$ 162.288,55
Total a pagar 9º Ano R$ 147.617,65
Total a pagar 10º Ano R$ 132.946,74
TOTAL R$ 1.711.397,17
Valor Inicial R$ 1.000.000,00
Total Juros R$ 711.397,17
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
Nesta opção os juros do BNDES têm uma redução de 12,73% para 12,39% ao
ano; para um investidor esta opção vislumbra de um cenário mais agradável ao
empresário para que possa fazer o investimento.
Na terceira opção foi simulado o financiamento do capital de giro no valor de
um milhão e duzentos mil reais. Os demais dados da simulação continuam os mesmos
e os juros de 12.39% ao ano.
42. 43
Tabela 6: Simulação de financiamento cenário 3
3ª Proposta - Investimento considerando R$ 400.000,00 de Capital
Próprio
Capital de Terceiros - FINAME BNDES - Prazo Pagamento: 120
meses - 24 meses de carência
Valor financiado R$ 1.200.000,00
Prazo total 120 meses
Prazo de carência 24 meses
1º pagamento na carência R$ 35.555,68
1º pagamento na amortização R$ 24.236,73
Taxa de juros final 12,39% a. a
PLANO DE PAGAMENTO
Total a pagar 1º Ano R$ 142.222,72
Total a pagar 2º Ano R$ 142.222,72
Total a pagar 3º Ano R$ 282.771,72
Total a pagar 4º Ano R$ 265.166,61
Total a pagar 5º Ano R$ 247.561,53
Total a pagar 6º Ano R$ 229.956,45
Total a pagar 7º Ano R$ 212.351,36
Total a pagar 8º Ano R$ 194.746,26
Total a pagar 9º Ano R$ 177.141,18
Total a pagar 10º Ano R$ 159.536,10
TOTAL R$ 2.053.676,65
Valor Inicial R$ 1.000.000,00
Total Juros R$ 1.053.676,65
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
A busca de financiamento no mercado ainda que em um banco com juros mais
baixos mostra a dificuldade de tornar viável um empreendimento. Para o investidor ele
deve buscar todas as formas de conhecimento para tornar seu empreendimento mais
sólido possível. Não podemos esquecer que o mercado é quem dita o valor de nosso
produto, que o cenário econômico e político são grandes influenciadores nas questões
do comércio de um país, estado ou cidade.
43. 44
5.1.7 Análise de viabilidade
Para analisar um projeto de investimento devemos diminuir os níveis de
incerteza sobre o negócio o qual será feito o aporte financeiro. Para que possamos ter
uma maior assertividade devemos buscar informações relevantes para sua
implementação, dentre esses dados devemos saber o custo diretos, indiretos,
despesas entre outras.
Neste projeto para construção desta nova unidade de reciclagem de PEBD,
foram analisadas inúmeras situações, buscando ao final a melhor forma de investir o
capital financeiro buscando o menor tempo de retorno.
Umas das maiores dificuldades encontradas foi compreender o processo e
tentar chegar ao custo da matéria prima, haja vista que a mesma são sobras de
resíduos da primeira reciclagem do PEBD, os quais são descartados em aterro
sanitário.
As planilhas desenvolvidas neste estudo visaram apresentar mais de uma
opção de investimento, analisando o tempo de retorno (Payback), taxa média de
atratividade (TMA), taxa interna de retorno (TIR), valor presente líquido (VPL) e índice
benefício e custo (IBC).
O valor do quilo do granulado de PEBD tem como parâmetro o mercado de São
Paulo, maior produtor de granulados do país. Este produto pode variar de R$1,40 até
R$1.70 o quilo. Esta variação depende da qualidade do produto. Atualmente na região
meio oeste e oeste de Santa Catarina o preço médio negociado é de R$1,49 conforme
a Simpesc.
Na primeira planilha, a simulação levou em conta apenas como capital de
terceiros o valor do maquinário e capital de giro, deixando de fora a construção do
barracão, optando por alugar. Neste cenário o retorno do investimento seria a partir
do sétimo ano. As simulações destes cenários foram feitas dentro dos parâmetros de
mercado de livre comércio, o qual o preço do produto se dá pela oferta e procura ,
onde não há concentração de fornecedores.
44. 45
Tabela 7: Analise de viabilidade opção de barracão alugado
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
Nesta situação o empreendimento demonstra o Payback atingindo no segundo
ano, a VPL tem resultado positivo e a TIR apesar de baixa demonstra que o resultado
de uma forma geral é favorável para investimento nestas circunstâncias.
Na segunda simulação todo o investimento seria de terceiros e optando por
construir a unidade fabril de reciclagem. Nesta opção o Payback obteve retorno até o
terceiro ano, a TIR teve resultado de 0,53 e o VPL teve ficou em R$ 1.915.758,40
demonstrando um bom resultado.
ANO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Investimento Inicial -1.100.000,00
Receita OperacionalBruta 3.933.600,00 3.933.600,00 4.130.280,00 4.130.280,00 4.336.794,00 4.336.794,00 4.553.633,70 4.553.633,70 4.781.315,39 4.781.315,39
Quantidade Produzida Anual(quilos) 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000
ValorUnitário (R$) 1,49 1,49 1,56 1,56 1,64 1,64 1,72 1,72 1,81 1,81
Simples Nacional 1.180.080,00 1.180.080,00 1.239.084,00 1.239.084,00 1.301.038,20 1.301.038,20 1.366.090,11 1.366.090,11 1.434.394,62 1.434.394,62
Parcela a deduzir 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00
Valor a recolher 460.080,00 460.080,00 519.084,00 519.084,00 581.038,20 581.038,20 646.090,11 646.090,11 714.394,62 714.394,62
Receita OperacionalLíquida 3.473.520,00 3.473.520,00 3.611.196,00 3.611.196,00 3.755.755,80 3.755.755,80 3.907.543,59 3.907.543,59 4.066.920,77 4.066.920,77
Custo Variável-Materia Prima - 1.481.832,00 1.555.923,60 1.633.719,78 1.715.405,77 1.801.176,06 1.891.234,86 1.985.796,60 2.085.086,43 2.189.340,76 2.298.807,79
Custo Fixo -Mão de Obra 757.141,20 779.855,44 803.251,10 827.348,63 852.169,09 877.734,16 904.066,19 931.188,17 959.123,82 987.897,53
Margemde Contribuição 1.234.546,80 1.137.740,96 1.174.225,12 1.068.441,60 1.102.410,65 986.786,78 1.017.680,80 891.268,98 918.456,19 780.215,44
Despesas Operacional 251.199,12 258.735,09 266.497,15 274.492,06 282.726,82 291.208,63 299.944,89 308.943,23 318.211,53 327.757,88
Devolução ao Sócio 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00
Despesas Administrativa 91.560,00 94.306,80 97.136,00 100.050,08 103.051,59 106.143,13 109.327,43 112.607,25 115.985,47 119.465,03
Despesas Financeira 118.518,92 118.518,92 235.643,09 220.972,18 206.301,29 191.630,36 176.959,47 162.288,55 147.617,65 132.946,74
Pró-Labore 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00
Resultado Líquido -1.100.000,00 739.268,76 632.180,15 540.948,88 438.927,27 476.330,95 363.804,65 397.449,01 273.429,95 302.641,55 166.045,79
Valor Presente -1.100.000,00 677.420,29 530.826,44 416.220,78 309.468,14 307.742,89 215.378,98 215.611,71 135.922,96 137.857,74 69.308,47
Somatório Payback Descontado -1.100.000,00 -422.579,71 108.246,73 524.467,51 833.935,65 1.141.678,54 1.357.057,52 1.572.669,23 1.708.592,19 1.846.449,93 1.915.758,40
Taxa Mínima de Atratividade - TMA 9,13%
Valor Presente Líquido - VPL 1.915.758,40
Taxa Interna de Retorno - TIR 0,53
Índice de Benefício e Custo - IBC 2,74
Payback de Retorno (tempo) 2ºano
FLUXODE CAIXAANUAL CONSIDERANDOALUGUEL,CAPITAL PRÓPRIODE R$ 100.000,00 E CAPITAL DE TERCEIROS DE R$ 1.000.000,00 -SEDE LOCADA
45. 46
Tabela 8: Analise de viabilidade com 100% capital de terceiros.
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
Na segunda análise o financiamento foi de um milhão e seiscentos mil reais.
Neste cenário a TIR apresenta um retorno razoável. Comparado com as outras duas
planilhas o VPL não demonstra ser o melhor resultado, apesar do Payback começar
a ter retorno a partir do terceiro ano.
ANO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Investimento Inicial -1.600.000,00
Receita OperacionalBruta 3.933.600,00 3.933.600,00 4.130.280,00 4.130.280,00 4.336.794,00 4.336.794,00 4.553.633,70 4.553.633,70 4.781.315,39 4.781.315,39
Quantidade Produzida Anual(quilos) 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000 2.640.000
ValorUnitário (R$) 1,49 1,49 1,56 1,56 1,64 1,64 1,72 1,72 1,81 1,81
Simples Nacional 1.180.080,00 1.180.080,00 1.239.084,00 1.239.084,00 1.301.038,20 1.301.038,20 1.366.090,11 1.366.090,11 1.434.394,62 1.434.394,62
Parcela a deduzir 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00
Valora recolher 460.080,00 460.080,00 519.084,00 519.084,00 581.038,20 581.038,20 646.090,11 646.090,11 714.394,62 714.394,62
Receita OperacionalLíquida 3.473.520,00 3.473.520,00 3.611.196,00 3.611.196,00 3.755.755,80 3.755.755,80 3.907.543,59 3.907.543,59 4.066.920,77 4.066.920,77
Custo Variável-Materia Prima - 1.448.040,00 1.520.442,00 1.596.464,10 1.676.287,31 1.760.101,67 1.848.106,75 1.940.512,09 2.037.537,70 2.139.414,58 2.246.385,31
Custo Fixo -Mão de Obra 757.141,20 779.855,44 803.251,10 827.348,63 852.169,09 877.734,16 904.066,19 931.188,17 959.123,82 987.897,53
Margemde Contribuição 1.268.338,80 1.173.222,56 1.211.480,80 1.107.560,06 1.143.485,04 1.029.914,88 1.062.965,31 938.817,72 968.382,37 832.637,93
Despesas Operacional 251.199,12 258.735,09 266.497,15 274.492,06 282.726,82 291.208,63 299.944,89 308.943,23 318.211,53 327.757,88
Despesas Administrativa 45.960,00 47.338,80 48.758,96 50.221,73 51.728,38 53.280,24 54.878,64 56.525,00 58.220,75 59.967,38
Despesas Financeira 195.207,96 195.207,96 382.184,24 358.027,22 333.870,19 309.713,16 285.556,13 261.399,10 237.242,09 213.085,06
Pró-Labore 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00 24.000,00
Resultado Líquido -1.600.000,00 751.971,72 647.940,71 490.040,45 400.819,05 451.159,64 351.712,86 398.585,65 287.950,38 330.708,00 207.827,61
Valor Presente -1.600.000,00 689.060,50 544.060,20 377.050,45 282.599,72 291.480,47 208.220,42 216.228,32 143.141,12 150.642,43 86.748,45
Somatório Payback Descontado -1.600.000,00 -910.939,50 -366.879,30 10.171,15 292.770,87 584.251,35 792.471,76 1.008.700,08 1.151.841,21 1.302.483,63 1.389.232,08
Taxa Mínima de Atratividade - TMA 9,13%
Valor Presente Líquido - VPL 1.389.232,08
Taxa Interna de Retorno - TIR 0,32
Índice de Benefício e Custo - IBC 1,87
Payback de Retorno (tempo) 3ºAno
FLUXODE CAIXAANUAL CONSIDERANDOINVESTIMENTOCAPITAL DE TERCEIROS DE R$ 1.600.000,00 -SEDE PRÓPRIA
46. 47
Tabela 9: Analise de viabilidade com 100% capital de terceiros.
Fonte: Elaborado pelos os autores (2019)
Na última análise o financiamento foi de um milhão e duzentos mil reais, considerando
que o investidor tenha o capital de giro de quatrocentos mil reais. Neste cenário a TIR
apresenta um bom retorno. A VPL neste cenário apresenta seu melhor resultado e o
Payback tem seu retorno a partir do 2º ano. Dentro da análise de viabilidade o terceiro
cenário é o mais favorável para fazer o investimento da construção da nova unidade
fabril de PEBD.
47. 48
6 CONCLUSÃO
O estudo demonstrou que é possível reciclar os rejeitos de PEBD para
transformação de novos produtos como sacos de lixo e sacolas plásticas, a fabricação
de novos itens acontece em virtude que o PEBD é um polímero termoplástico que o
que facilita o seu reprocessamento. A resina virgem é adicionada ao processo para
melhorar sua qualidade e resistência. Com a confirmação desta primeira parte da
pesquisa, buscou-se identificar e analisar formas de investimento para a nova unidade
de reciclagem do PEBD.
Em busca da assertividade do projeto, foi pesquisado possíveis fontes para o
fornecimento de matéria prima para o funcionamento da fábrica. Em seguida foram
verificados o valor necessário para iniciar o projeto. No estudo constatou-se que seria
essencial o maquinário, construção de um barracão ou alugar e capital de giro. O valor
apurado foi de R$1.600.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais).
Ao simular 3 cenários possíveis para viabilidade do negócio, a opção mais
viável foi a qual o investidor deve ter sede própria e investir quatrocentos mil reais de
capital próprio, os outros um milhão e duzentos mil deve ser de capital de terceiros. A
terceira planilha demonstrou que o VPL foi o de melhor retorno junto com a TIR. O
Payback obteve retorno no segundo ano da unidade fabril
A empresa de reciclagem de polímeros tem papel importante para o meio
ambiente, diminuindo o descarte de resíduos plásticos que demoram dezenas e até
centenas de anos para decompor na natureza. Apesar deste diferencial o Estado não
contempla estas empresas com redução de impostos, linhas de créditos especiais ou
outros incentivos. Atualmente no Brasil o descarte de resíduos nos aterros sanitários
por mais que é cobrado pelo serviço ainda é barato comparado com outros países. O
Brasil possuí dimensões continentais e a construção dos aterros ainda é a forma mais
viável de se desfazer dos rejeitos gerados pela população. Algumas alternativas que
existem em outros países, tais como incineradores, usinas térmicas são consideradas
investimentos altos para se desfazer dos resíduos.
Para estudos futuros podemos avaliar a influência na arrecadação das
recicladores de polímeros no meio oeste e oeste Catarinense, sua geração de
48. 49
emprego e o custo benefício para o estado. Também pode-se analisar o custo do
passivo ambiental deixado dentro do estado tendo em vista que Santa Catarina não
produz todos os polímeros consumidos aqui, sendo boa parte trazida dos estados
vizinhos.
49. 50
REFERÊNCIAS
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estatística/perfil2012_versao_eletronica.pdf. Acesso em: 28/08/2019.
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