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BOAS PRÁTICAS DE
ANABELA VELOSO
anabela.veloso@iniav.pt
BOAS PRÁTICAS DE
FERTILIZAÇÃO DA BATATA-DOCE
Nutrição e fertilização da batata-doce
Nutrição e fertilização da batata-doce
Extração de nutrientes
Nutrientes
Elementos químicos necessários para as plantas completarem o seu
ciclo de vida e, nas culturas com interesse agronómico, obter boas
produções.
Macro e micronutrientes
Macronutrientes Micronutrientes
Azoto Ferro
Fósforo Cobre
Potássio Zinco
Cálcio Manganês
Magnésio Boro
Enxofre Molibdénio
Funções dos nutrientes
Na maior parte dos processos biológicos com impacto na produção:
● Fotossíntese;
● Síntese das proteínas;
● Divisão das células e expansão do sistema radicular;
● Divisão das células e expansão do sistema radicular;
● Estabilidade das paredes celulares;
● Economia de água da planta;
● Resistência à seca, às geadas, a pragas e doenças;
● etc.……….
Deficiência de azoto
● Redução geral do crescimento;
● Amarelecimento generalizado a começar pelas folhas da base;
● Remobilização do azoto para as folhas mais jovens que se mantêm verdes;
● Queda prematura das folhas mais velhas;
● Nas folhas jovens poderá surgir pigmentação avermelhada nos pecíolos e nervuras.
Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
Excesso de azoto
● Desequilíbrio parte aérea/parte radicular;
● Crescimento excessivo da parte aérea;
● Crescimento excessivo da parte aérea;
● Folhas grandes de cor verde escuro;
● Maior sensibilidade às pragas e doenças.
Deficiência de fósforo
● Redução geral do crescimento da planta sem manifestação de outros sintomas;
● As folhas jovens apresentam cor verde escura e pigmentação avermelhada,
sobretudo as do ápice;
● Nas folhas da base surgem cloroses e necroses distribuídas irregularmente;
● Observa-se senescência e queda prematura das folhas mais velhas, raízes de reserva
de baixo calibre e forma irregular.
de baixo calibre e forma irregular.
Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
Deficiência de potássio
● Crescimento ananicado da planta e entrenós curtos;
● As folhas mais velhas apresentam as margens com clorose, seguida de necrose;
● Nas folhas surgem áreas necróticas secas e quebradiças;
● As plantas murcham rapidamente e as folhas caem facilmente;
● As raízes de reserva apresentam calibre inferior, são em menor número , compridas,
finas e de cor mais clara que o normal;
finas e de cor mais clara que o normal;
● Observa-se maior incidência de pragas e doenças.
Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
Deficiência de cálcio
● Manifesta-se sobretudo nas extremidades dos caules e raízes;
● Nos casos mais graves as extremidades poderão morrer;
● As folhas jovens apresentam necroses nas margens, que progridem entre as
nervuras para o interior da folha;
● As raízes de reserva apresentam-se deformadas, de baixo calibre e com dureza
inferior ao característico da cultivar, por vezes com necroses internas;
inferior ao característico da cultivar, por vezes com necroses internas;
● Algumas cultivares não produzem raízes de reserva.
Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
Deficiência de magnésio
● As folhas mais velhas apresentam clorose entre as nervuras;
● Por vezes, as folhas mais jovens também apresentam cloroses;
● Numa fase mais avançada de deficiência poderão observar-se necroses em todas as
folhas;
● As nervuras das folhas permanecem verdes;
● Poderá surgir pigmentação avermelhada nas folhas mais velhas.
● Poderá surgir pigmentação avermelhada nas folhas mais velhas.
Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
Deficiência de boro
● Manifesta-se sobretudo nas extremidades dos caules, folhas e raízes jovens;
● Observa-se desenvolvimento emanjericado da planta, entrenós curtos, folhas
deformadas com cloroses e necroses;
● Raízes de reserva com epiderme rugosa, deformadas, com cancros e extremidade
romba;
● As raízes também poderão apresentar manchas castanhas internas e são menos
doces que o normal, por vezes amargas.
Créditos Fotográficos: JN O’Sullivan
doces que o normal, por vezes amargas.
Créditos Fotográficos: C. Asher Créditos Fotográficos: A. Dowling.
Sintomas provocados pela presença de vírus
A suspeita de deficiência de nutrientes deve ser confirmada através de análise foliar e
de terra, porque pode ser confundida com a presença de vírus.
Créditos Fotográficos: Margarida Teixeira Santos.
Extração de nutrientes
Azoto (N) Fósforo (P) Potássio (K) Cálcio (Ca) Magnésio (Mg) Boro (B)
(kg/ha) (g/ha)
109 13 130 54 27 155
Extração média de nutrientes por 40 000 plantas de batata-doce cv. Lira com a produção de 20 t/ha.
Veloso & Mano (2021b)
Veloso & Mano (2021b)
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
Objetivos
● Obter boas produções
● Minimizar as perdas de nutrientes
Usar eficientemente os nutrientes
● Minimizar as perdas de nutrientes
● Proteger os recursos naturais (solo, água e ar)
● Evitar custos económicos desnecessários
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
1. Estimar a produção esperada de acordo com a cultivar e, se
possível, o histórico da parcela.
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
2. Realizar análises de terra antes da instalação da cultura para
avaliar a fertilidade do solo.
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
3. Realizar análises da água de rega para contabilizar os nutrientes
fornecidos, nomeadamente azoto e fósforo.
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
4. Selecionar os fertilizantes adequados.
● Corretivos orgânicos
● Corretivos minerais
● Adubos: simples, compostos,
sólidos, líquidos, etc.
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
5. Aplicar as quantidades recomendadas.
Produção
esperada
(t/ha)
Azoto
(kg/ha
de N)
Fósforo no solo
(kg/ha de P2O5 )
Potássio no solo
(kg/ha de K2O)
MB B M A MA MB B M A MA
55 40 30 25 20 0 80 70 60 40 0
10 a 20
55
a
110
40
a
80
30
a
60
25
a
50
20
a
35
0
a
20
80
a
150
70
a
130
60
a
110
40
a
80
0
a
40
20 a 30
110
a
140
80
a
120
60
a
90
50
a
75
35
a
50
0
a
30
150
a
200
130
a
180
110
a
160
80
a
120
0
a
60
30 a 40
140
a
170
120
a
160
90
a
120
75
a
100
50
a
65
0
a
40
200
a
250
180
a
230
160
a
210
120
a
160
0
a
80
> 40
170
a
200
160
a
200
120
a
150
100
a
125
65
a
80
0
a
50
250
a
300
230
a
280
210
a
260
160
a
200
0
a
100
Veloso & Mano (2021b)
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
6. Incorporar os fertilizantes no solo.
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
7. Aplicar os corretivos orgânicos e minerais à cultura anterior ou
antes da mobilização do solo.
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
8. Modo de aplicação do azoto, fósforo e potássio na ausência de
fertirrega.
Azoto Fósforo Potássio
Pré-plantação
Restante em cobertura
40 a 50% à plantação
Restante em cobertura
50 a 60% em pré-plantação
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
9. Realizar análise foliares a meio do ciclo cultural para avaliar o
estado nutricional das plantas e ajustar a fertilização, se necessário.
Boas práticas de fertilização da batata
Boas práticas de fertilização da batata-
-doce
doce
10. Só aplicar micronutrientes se a análise de terra e/ou foliar
revelarem a necessidade de aplicação.
Nutriente Fertilizante Concentração do N.º de
Quantidades indicativas a aplicar por via foliar à cultura da batata-doce, em situação de
deficiência.
fertilizante
(kg/100 L)
aplicações
Boro (B) adubo boratado (20,5% B) 0,2 - 0,5 2 a 4
Cobre (Cu) sulfato de cobre (25% Cu) 0,1 1
Ferro (Fe) ferro quelatizado (6% Fe) 0,1 1 a 2
Manganês (Mn) sulfato de manganês (27% Mn) 0,1 2 a 3
Zinco (Zn) sulfato de zinco (23% Zn) 0,5 2 a 3
Veloso & Mano (2021b)
Bibliografia
Anabela Veloso, Raquel Mano e Maria Elvira Ferreira (2021a). “Batata-doce de Aljezur” – avaliação da
fertilidade dos solos. Vida Rural, nº 1866, 55-60. Disponível em:
https://projects.iniav.pt/bdmira/images/artigos-tecnicos/Batata-doce_Aljezur.pdf
Anabela Veloso e Raquel Mano (2021b). Nutrição e fertilização. Em: M.E. Ferreira (coord.). Batata-
Anabela Veloso e Raquel Mano (2021b). Nutrição e fertilização. Em: M.E. Ferreira (coord.). Batata-
doce. Manual de Boas Práticas Agrícolas. Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária I.P.
Oeiras. pp. 61- 81. https://projects.iniav.pt/BDMIRA/images/divulgacao/manual-tecnico.pdf
GO: PDR2020-101-031907
+BDMIRA
Batata-doce competitiva e sustentável no Perímetro de Rega do Mira:
técnicas culturais inovadoras e dinâmica organizacional
Cofinanciamento:
Parceiros:
https://projects.iniav.pt/BDMIRA/
O
OBRIGADA

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  • 1. BOAS PRÁTICAS DE ANABELA VELOSO anabela.veloso@iniav.pt BOAS PRÁTICAS DE FERTILIZAÇÃO DA BATATA-DOCE
  • 2. Nutrição e fertilização da batata-doce Nutrição e fertilização da batata-doce Extração de nutrientes
  • 3. Nutrientes Elementos químicos necessários para as plantas completarem o seu ciclo de vida e, nas culturas com interesse agronómico, obter boas produções.
  • 4. Macro e micronutrientes Macronutrientes Micronutrientes Azoto Ferro Fósforo Cobre Potássio Zinco Cálcio Manganês Magnésio Boro Enxofre Molibdénio
  • 5. Funções dos nutrientes Na maior parte dos processos biológicos com impacto na produção: ● Fotossíntese; ● Síntese das proteínas; ● Divisão das células e expansão do sistema radicular; ● Divisão das células e expansão do sistema radicular; ● Estabilidade das paredes celulares; ● Economia de água da planta; ● Resistência à seca, às geadas, a pragas e doenças; ● etc.……….
  • 6. Deficiência de azoto ● Redução geral do crescimento; ● Amarelecimento generalizado a começar pelas folhas da base; ● Remobilização do azoto para as folhas mais jovens que se mantêm verdes; ● Queda prematura das folhas mais velhas; ● Nas folhas jovens poderá surgir pigmentação avermelhada nos pecíolos e nervuras. Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
  • 7. Excesso de azoto ● Desequilíbrio parte aérea/parte radicular; ● Crescimento excessivo da parte aérea; ● Crescimento excessivo da parte aérea; ● Folhas grandes de cor verde escuro; ● Maior sensibilidade às pragas e doenças.
  • 8. Deficiência de fósforo ● Redução geral do crescimento da planta sem manifestação de outros sintomas; ● As folhas jovens apresentam cor verde escura e pigmentação avermelhada, sobretudo as do ápice; ● Nas folhas da base surgem cloroses e necroses distribuídas irregularmente; ● Observa-se senescência e queda prematura das folhas mais velhas, raízes de reserva de baixo calibre e forma irregular. de baixo calibre e forma irregular. Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
  • 9. Deficiência de potássio ● Crescimento ananicado da planta e entrenós curtos; ● As folhas mais velhas apresentam as margens com clorose, seguida de necrose; ● Nas folhas surgem áreas necróticas secas e quebradiças; ● As plantas murcham rapidamente e as folhas caem facilmente; ● As raízes de reserva apresentam calibre inferior, são em menor número , compridas, finas e de cor mais clara que o normal; finas e de cor mais clara que o normal; ● Observa-se maior incidência de pragas e doenças. Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
  • 10. Deficiência de cálcio ● Manifesta-se sobretudo nas extremidades dos caules e raízes; ● Nos casos mais graves as extremidades poderão morrer; ● As folhas jovens apresentam necroses nas margens, que progridem entre as nervuras para o interior da folha; ● As raízes de reserva apresentam-se deformadas, de baixo calibre e com dureza inferior ao característico da cultivar, por vezes com necroses internas; inferior ao característico da cultivar, por vezes com necroses internas; ● Algumas cultivares não produzem raízes de reserva. Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
  • 11. Deficiência de magnésio ● As folhas mais velhas apresentam clorose entre as nervuras; ● Por vezes, as folhas mais jovens também apresentam cloroses; ● Numa fase mais avançada de deficiência poderão observar-se necroses em todas as folhas; ● As nervuras das folhas permanecem verdes; ● Poderá surgir pigmentação avermelhada nas folhas mais velhas. ● Poderá surgir pigmentação avermelhada nas folhas mais velhas. Créditos fotográficos: JN O’Sullivan
  • 12. Deficiência de boro ● Manifesta-se sobretudo nas extremidades dos caules, folhas e raízes jovens; ● Observa-se desenvolvimento emanjericado da planta, entrenós curtos, folhas deformadas com cloroses e necroses; ● Raízes de reserva com epiderme rugosa, deformadas, com cancros e extremidade romba; ● As raízes também poderão apresentar manchas castanhas internas e são menos doces que o normal, por vezes amargas. Créditos Fotográficos: JN O’Sullivan doces que o normal, por vezes amargas. Créditos Fotográficos: C. Asher Créditos Fotográficos: A. Dowling.
  • 13. Sintomas provocados pela presença de vírus A suspeita de deficiência de nutrientes deve ser confirmada através de análise foliar e de terra, porque pode ser confundida com a presença de vírus. Créditos Fotográficos: Margarida Teixeira Santos.
  • 14. Extração de nutrientes Azoto (N) Fósforo (P) Potássio (K) Cálcio (Ca) Magnésio (Mg) Boro (B) (kg/ha) (g/ha) 109 13 130 54 27 155 Extração média de nutrientes por 40 000 plantas de batata-doce cv. Lira com a produção de 20 t/ha. Veloso & Mano (2021b) Veloso & Mano (2021b)
  • 15. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce
  • 16. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce Objetivos ● Obter boas produções ● Minimizar as perdas de nutrientes Usar eficientemente os nutrientes ● Minimizar as perdas de nutrientes ● Proteger os recursos naturais (solo, água e ar) ● Evitar custos económicos desnecessários
  • 17. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 1. Estimar a produção esperada de acordo com a cultivar e, se possível, o histórico da parcela.
  • 18. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 2. Realizar análises de terra antes da instalação da cultura para avaliar a fertilidade do solo.
  • 19. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 3. Realizar análises da água de rega para contabilizar os nutrientes fornecidos, nomeadamente azoto e fósforo.
  • 20. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 4. Selecionar os fertilizantes adequados. ● Corretivos orgânicos ● Corretivos minerais ● Adubos: simples, compostos, sólidos, líquidos, etc.
  • 21. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 5. Aplicar as quantidades recomendadas. Produção esperada (t/ha) Azoto (kg/ha de N) Fósforo no solo (kg/ha de P2O5 ) Potássio no solo (kg/ha de K2O) MB B M A MA MB B M A MA 55 40 30 25 20 0 80 70 60 40 0 10 a 20 55 a 110 40 a 80 30 a 60 25 a 50 20 a 35 0 a 20 80 a 150 70 a 130 60 a 110 40 a 80 0 a 40 20 a 30 110 a 140 80 a 120 60 a 90 50 a 75 35 a 50 0 a 30 150 a 200 130 a 180 110 a 160 80 a 120 0 a 60 30 a 40 140 a 170 120 a 160 90 a 120 75 a 100 50 a 65 0 a 40 200 a 250 180 a 230 160 a 210 120 a 160 0 a 80 > 40 170 a 200 160 a 200 120 a 150 100 a 125 65 a 80 0 a 50 250 a 300 230 a 280 210 a 260 160 a 200 0 a 100 Veloso & Mano (2021b)
  • 22. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 6. Incorporar os fertilizantes no solo.
  • 23. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 7. Aplicar os corretivos orgânicos e minerais à cultura anterior ou antes da mobilização do solo.
  • 24. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 8. Modo de aplicação do azoto, fósforo e potássio na ausência de fertirrega. Azoto Fósforo Potássio Pré-plantação Restante em cobertura 40 a 50% à plantação Restante em cobertura 50 a 60% em pré-plantação
  • 25. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 9. Realizar análise foliares a meio do ciclo cultural para avaliar o estado nutricional das plantas e ajustar a fertilização, se necessário.
  • 26. Boas práticas de fertilização da batata Boas práticas de fertilização da batata- -doce doce 10. Só aplicar micronutrientes se a análise de terra e/ou foliar revelarem a necessidade de aplicação. Nutriente Fertilizante Concentração do N.º de Quantidades indicativas a aplicar por via foliar à cultura da batata-doce, em situação de deficiência. fertilizante (kg/100 L) aplicações Boro (B) adubo boratado (20,5% B) 0,2 - 0,5 2 a 4 Cobre (Cu) sulfato de cobre (25% Cu) 0,1 1 Ferro (Fe) ferro quelatizado (6% Fe) 0,1 1 a 2 Manganês (Mn) sulfato de manganês (27% Mn) 0,1 2 a 3 Zinco (Zn) sulfato de zinco (23% Zn) 0,5 2 a 3 Veloso & Mano (2021b)
  • 27. Bibliografia Anabela Veloso, Raquel Mano e Maria Elvira Ferreira (2021a). “Batata-doce de Aljezur” – avaliação da fertilidade dos solos. Vida Rural, nº 1866, 55-60. Disponível em: https://projects.iniav.pt/bdmira/images/artigos-tecnicos/Batata-doce_Aljezur.pdf Anabela Veloso e Raquel Mano (2021b). Nutrição e fertilização. Em: M.E. Ferreira (coord.). Batata- Anabela Veloso e Raquel Mano (2021b). Nutrição e fertilização. Em: M.E. Ferreira (coord.). Batata- doce. Manual de Boas Práticas Agrícolas. Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária I.P. Oeiras. pp. 61- 81. https://projects.iniav.pt/BDMIRA/images/divulgacao/manual-tecnico.pdf
  • 28. GO: PDR2020-101-031907 +BDMIRA Batata-doce competitiva e sustentável no Perímetro de Rega do Mira: técnicas culturais inovadoras e dinâmica organizacional Cofinanciamento: Parceiros: