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DIAGNOSE FOLIAR: PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES
Prof. Dr. Hélio Grassi Filho
Departamento de Recursos Naturais / Ciência do Solo
Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP
Botucatu – SP
INTRODUÇÃO
Princípios e Práticas:
• Observação de sintomas de carência em plantas
• Identificação química dos compostos
• Correlação entre nutrientes presentes no solo x planta x produtividade
Portanto:
1a Providência: Determinar os elementos presentes no solo nutrientes
essenciais
COMO??
Através da DIAGNOSE FOLIAR
Procedimento: “As raízes das plantas funcionam como solução extratora dos
elementos. Se o elemento encontra-se na planta, em maior ou menor proporção,
tem-se o fato como indicação de que está ou não em formas disponíveis no solo, e em
quantidades proporcionais encontradas pela análise da folha.
2 Diagnose Visual
Regra Geral: Sintomas de deficiência aguda ⇔ Desenvolvimento
e Produção são severamente afetados.
•Requer acompanhamento sistemático
•Comparação através da análise foliar
•Prática e conhecimento da cultura
2.1 Sintomas Típicos de Deficiência Nutricional
•Sintoma Típico: “Deve-se ao fato de que um determinado
elemento exerce sempre as mesmas funções, qualquer que seja a
espécie da planta”.
Exemplo: Zn encurtamento dos internódios
Figura 1. Seqüência de eventos que conduzem aos sintomas de deficiência ou excesso
de nutrientes nos vegetais (Malavolta et al., 1989).
Evento Deficiência de
Zinco
Excesso de Alumínio
Alteração
molecular
< AIA
> hidrólise de
proteínas
Pectatos “errados”
< fosforilação
< absorção iônica (P, K,
Ca, Mg)
Modificação
subcelular
Paredes celulares
mais rígidas
< proteína
Paredes celulares mal
formadas
Dificuldade de divisão
celular
Alteração
celular
Células menores e
em menor número
Células menores com 2
núcleos
Modificação
tecido
(=sintoma)
Internódios mais
curtos
Raízes curtas e grossas
Folhas deficientes em K,
Ca, Mg e P
2.2. Características Típicas de Deficiência Nutricional
Boro
Nitrogênio
Manganês
Magnésio
Potássio
Ferro
Fósforo Enxofre
Nitrogênio Fósforo
Ferro Magnésio Manganês
Boro Cálcio
Zinco
Boro
Potássio Magnésio Manganês
Zinco
Fósforo
Nitrogênio
Magnésio Zinco
Boro Cálcio
Potássio
Boro
Ferro Potássio Magnésio
Cálcio
Nitrogênio Fósforo Zinco
3. Diagnose Foliar
Definição: “Método para avaliar o estado nutricional das plantas baseado
na análise mineral das folhas e, através dela, a necessidade de adubos e o
seu efeito na qualidade do produto final”
3.1 Princípios da Análise de Tecidos das Plantas e Diagnose Foliar
Princípio A ANÁLISE FOLIAR CONSISTE EM ANALISAR O SOLO
USANDO A PLANTA COMO SOLUÇÃO EXTRATORA
Por quê? AS FOLHAS SÃO OS ÓRGÃOS QUE MELHOR REFLETEM O
ESTADO NUTRICIONAL, ISTO É, RESPONDEM MAIS ÀS VARIAÇÕES NO
SUPRIMENTO DE NUTRIENTES
Folhas
Foco das Atividades Fisiológicas das Plantas
Adubação
Alterações na Nutrição Mineral
Reflete na Concentração de Nutrientes na Folhas
Premissa: Relação Significativa entre Fornecimento de
Nutrientes/Teor de Nutrientes nas Plantas
Portanto, com a utilização da “Ferramenta”: Diagnose Foliar
Detectar o nutriente limitante – “Lei de LIEBIG”
Evitar e diferenciar manifestação de carência nutricional
Evitar o sintoma de “Fome Oculta”
3.2 Compreende 3 etapas:
Amostragem
Preparo e Análise Química das Amostras
Interpretação dos Dados
3.2.1 Amostragem
Não é qualquer folha que reflete melhor o estado nutricional das plantas;
Existem vários fatores que agem e interagem:
Regra: Folhas Recém Maduras
Por quê?
“A Folha Fisiologicamente Ativa ou Madura é Aquela que Melhor
Expressa o Estado Nutricional”
Rigor na Amostragem
Confiabilidade na Interpretação
Adequação do Programa de Adubação
Lembrem-se: A ANÁLISE NÃO É MELHOR QUE A AMOSTRA
Tabela 1. Amostragem para Diagnose Foliar das Principais Culturas.
Cultura Época Tipo de Folha No
De folhas/ha
Cereais
Milho Inflorescência Abaixo da espiga 30
Arroz Perfilhamento Medianas 30
Trigo Florescimento 1a
a 4a
folhas - ponta 30
Estimulantes
Cafeeiro
Primavera/Verã
o
3o
e 4o
pares 30
Fibrosas
Algodoeiro Florescimento Folhas/maçãs 30
Frutíferas
Citros Fevereiro-Abril Folhas de 6 meses 20
Abacateiro Verão Folhas de 4 meses 100 folhas/20 pl.
Maracujazeiro Outono 4a
a partir da ponta 60
Videira Fim floresc. Base 1o
cacho 30 a 60
Hortaliças
Tomateiro Florescimento 4a
folha - ponta 40
Leguminosas
Soja Fim Floresc. 1a
madura-ponta 30
Feijão Inicio Floresc. 1a
madura-ponta 30
3.2.2 Interpretação dos Dados
Critérios para interpretação mais usados para o diagnóstico:
-A) Nível Crítico;
-B) Faixas de teores;
-C) Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS)
•A) Nível Crítico
“FAIXA DE CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES RESPONSÁVEL POR 90 %
DA PRODUÇÃO MÁXIMA DA CULTURA”
Determinação:
-Teor Foliar x Produção
Etapas:
-Amostragem: época, idade e posição da folha
-Áreas com produtividades distintas
-Análise Foliar
-Correlação entre Teor Foliar x Produção
-Áreas x Produção
-Estabelecimento das culturas
4. Fatores que Influenciam a Composição Mineral das Folhas
•Ação e Interação de Fatores
Representação:
Y=f(S, Cl, I, Pl, Pc, Pm,...),
Onde:
Y = teor foliar do elemento
S = solo e/ou adubo, calagem, gessagem, alumínio, etc.
Cl = clima-chuva, geada, frio, etc.
I = Idade da planta, época do ano
Pl = Planta (espécies, variedade, porta-enxerto
Pc = Práticas culturais (herbicidas, etc)
Pm = Pragas e moléstias
Comparar os resultados:
Ya = teor do nutriente na amostra
Yp = teor Padrão
Temos:
Ya<Yp = planta deficiente
Ya=Yp = sem problemas
Ya>Yp = nutriente em excesso
- Observar a “Interação” para analisar o teor do nutriente foliar
Avaliar a Necessidade de Adubação
- Conhecendo-se o teor adequado do nutriente Cálcular a dose do adubo.
Satisfazer as Premissas:
Teor Foliar x Dose do Fertilizante
Dose do Fertilizante x Produção
Teor Foliar x Produção
Emprego da diagnose foliar como meio para determinar a dose de adubo.
(Malavolta& Malavolta, 1989)
Relação entre o suprimento de N, P2O5 e K2O, colheita e composição foliar.
(Malavolta & Violante Netto, 1989)
4.1 Parâmetros de Solo
•Textura
•CTC
•Densidade
•Aeração Afetam a disponibilidade de nutrientes
•pH
•Umidade
•Temperatura
Tabela 2. Teores de macronutrientes nas folhas de cana-de-açúcar,
variedade CB 41-76, cultivada em diferentes tipos de solo.
Tipos de Composição em nutrientes em folhas de
cana-de-açúcar (CB41-76) (g/kg)
Solo N P K Ca Mg S
LR 20,4 2,1 12,4 11,0 2,3 1,6
LE 21,9 1,8 13,9 9,7 1,8 2,2
TE 19,9 1,8 13,6 6,7 1,6 2,1
PVl 20,1 2,6 14,5 10,8 0,8 2,5
Tabela 3. Levantamento nutricional de cafeeiros no sul de Minas
Gerais pela análise de folha (1982/83).
Elemento Valores médios observados nas folhas
Analisado LE LV PV Cambissol LR TE
N - g/kg 32,5 33,3 31,6 31,8 30,0 32,5
P - g/kg 1,1 1,1 1,2 1,1 0,9 1,1
K - g/kg 20,6 19,5 20,5 19,9 22,1 22,1
Ca - g/kg 7,8 8,1 7,8 8,8 7,2 8,6
Mg - g/kg 2,6 2,9 2,7 3,1 2,2 2,8
B - mg/kg 30,9 33,0 28,0 31,1 35,9 34,1
Zn - mg/kg 9,9 8,4 9,2 8,0 9,5 11,6
Cu - mg/kg 21,2 22,4 50,5 23,3 35,7 73,8
Fe - mg/kg 112,9 116,8 99,9 112,3 93,0 111,5
Mn - mg/kg 187,4 174,1 210,6 222,9 144,5 269,0
4.2 Espécies e Variedades
Comportamento Característico
Tabela 4. Variações nos teores foliares de laranjeiras "Baianinha",
"Pera" e "Valência", tangerineiras "Ponkan" e "Murcote" e
da limeira ácida "Tahiti" associadas ao porta-enxerto limoeiro
Cravo. (Hiroce, 1987).
Elemento Baianinha Pera Valência Ponkan Murcote Tahiti
N (%) 2,71 2,40 2,82 2,81 2,32 1,80
P (%) 0,12 0,12 0,13 0,13 0,12 0,17
K (%) 1,77 0,81 1,22 1,26 1,18 1,28
Ca (%) 3,26 3,26 3,46 3,06 3,27 3,31
Mg (%) 0,25 0,34 0,40 0,43 0,40 0,48
S (%) - o - - o - 0,30 0,27 0,25 0,34
B (ppm) - o - - o - 51 54 66 78
Cu (ppm) - o - - o - 16 17 5 5
Fe (ppm) - o - - o - 248 200 117 103
Mn (ppm) - o - - o - 53 43 49 26
Zn (ppm) - o - - o - 25 25 28 17
Mo (ppm) - o - - o - 0,06 0,07 - o - - o -
4.3 Clima
•Influencia o crescimento e a produção:
-Temperatura
-Quantidade e distribuição das chuvas
-Duração do dia e noite
4.4 Idade Fisiológica e Parte da Planta a ser Amostrada
Fase Inicial do Estádio Vegetativo Alta taxa de Absorção Concentração no
tecido é alta
Com o crescimento e desenvolvimento do vegetal Diluição ↓
↓
↓
↓ Concentração
de nutrientes
Portanto:
Tecido Fisiologicamente Jovem Concentrações mais elevadas de nutrientes
De forma Geral:
N, P, K = ↓
↓
↓
↓ com a idade da planta
Ca, Mg, Mn e B = ↑
↑
↑
↑
Folhas Jovens = ↑
↑
↑
↑N, P e K
Tabela 5. Tendência na variação do teor foliar dos elementos com a idade das folhas.
Especie Diminuição com a
idade
Aumenta com a
idade
Amora P Ca, Mg
Cacaueiro N, P, K Ca, Mg
Cafeeiro N, P, K, Zn Ca, Mg, S, B, Ca, Mn
Cana-de-açúcar N, P, K Ca
Citros N, P, K, Mg, Cu, Zn Ca, B, Fe, Mn, Al
Citros (frutos) N, P, K, Mg Ca
Figo N, P, K Ca, Mg
Hortaliças N, P, K Ca
Macieira N, P, K Ca, Mg
Milho e sorgo N, P, K Ca
Pessegueiro N, P, K, Cu, Zn Ca, Mg, Mn, Fe, Al, B
Pinus K Ca
Tabela 6. Comparação da composição de folhas de laranjeira de 5 meses de idade colhidas
em ramos frutíferos e em ramos não frutíferos.
Folhas de Teores - g/kg
ramos N P K Mg
sem frutos 23,6 1,2 8,6 2,5
com frutos 15,3 0,8 3,8 3,5
significância *** *** *** ***
*** significativo a 0,1%
Tabela 7. Comparação entre os teores de nutrientes em folhas de ramos
frutíferos (F) e não frutíferos (NF) (Rivero, 1968).
Elemento Folha Deficiente Baixo Adequado Alto Excessivo
N (%) F 0,6-1,9 1,9-2,1 2,2-2,7 2,8-3,5 >3,6
NF < 2,2 2,2-2,3 2,4-2,6 2,7-2,8 >2,8
P (%) F < 0,07 0,07-0,11 0,12-0,18 0,19-0,29 >0,3
NF < 0,09 0,09-0,11 0,12-0,16 0,17-0,29 >0,3
K (%) F 0,15-0,3 0,4-0,9 1,0-1,7 1,8-1,9 >2,0
NF < 0,70 0,7-1,1 1,2-1,7 1,8-2,3 >2,3
Ca (%) F < 2,00 2,0-2,9 3,0-6,0 6,1-6,9 >7,0
NF < 1,60 1,6-2,9 3,0-5,5 5,6-6,9 >7,0
Mg (%) F 0,05-0,15 0,16-0,2 0,30-0,60 0,7-1,0 >1,0
NF < 0,16 0,16-0,25 0,26-0,60 0,7-1,1 >1,2
Cu (ppm) F < 4 4,1-5,0 5,1-15,0 15,0-20,0 >20,0
NF < 3,6 3,6-4,9 5,0-16,0 17,0-22,0 >22,0
Fe (ppm) F < 40 40-60 61-150 151-? ?
NF < 36 37-59 60-120 130-200 >250
Mn (ppm) F 5-20 21-24 25-100 100-200 300-1000
NF < 16 16-24 25-200 300-500 >1000
Zn (ppm) F 4-15 16-24 25-100 110-200 >200
NF < 16 16-24 25-100 110-200 >300
Tabela 9: Variação no teor foliar de nutrientes no cafeeiro durante o ano (3° par de
folhas).
Elementos Dezembro Fevereiro Maio Agosto
CF SF CF SF CF SF CF SF
N(g/kg) 30,1 27,6 28,6 29,5 28,8 30,0 28,1 30,3
P(g/kg) 1,2 1,0 0,9 1,0 0,8 0,8 0,8 0,8
K(g/kg) 32,8 28,4 22,9 22,2 20,9 22,2 30,1 27,0
Ca(g/kg) 8,8 9,9 22,9 22,2 20,9 22,2 30,1 27,0
Mg(g/kg) 3,3 3,2 2,6 3,1 5,2 6,0 2,7 3,5
S(g/kg) 1,0 0,7 1,4 1,1 0,8 0,8 1,7 1,7
B(mg/kg) 66 66 76 60 99 72 77 62
Cu(mg/kg 18 15 44 30 22 24 32 24
Mn(mg/kg) 380 385 420 364 270 297 431 470
Zn(mg/kg) 11 10 8 8 9 11 9 7
Variação anual do teor de potássio em folhas de limoeiro
Feminello em função de diferentes porta-enxertos
4
6
8
10
12
14
16
jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun
Meses do ano
Teor
de
K
(g.kg-1)
Cravo Volkameriano Azeda
Variação anual do teor de potássio em folhas de limoeiro
Feminello em função do tipo de ramo amostrado
6
7
8
9
10
11
12
13
14
jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun
Meses do ano
Teor
de
K
(g.kg-1) Frutífero Não Frutífero Aleatório
Variação anual do teor de boro nas folhas de limoeiro
Feminello em função de diferentes porta-enxertos
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun
Meses do ano
Teor
de
B
(g.kg-1)
Cravo Volkameriano Azeda
Variação anual do teor de boro nas folhas de limoeiro
Feminello em função do tipo de ramo amostrado
20
25
30
35
40
45
jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun
Meses do ano
Teor
de
B
(g.kg-1)
Frutífero Não Frutífero Aleatório
Variação anual do teor de zinco em folhas de limoeiro
Feminello em função de diferentes porta-enxertos
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun
Meses do ano
Teor
de
Zn
(g.kg-1)
Cravo Volkameriano Azeda
Variação anual do teor de zinco em folhas de limoeiro
Feminello em função do tipo de ramo amostrado
15
20
25
30
35
40
45
50
55
jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun
Meses do ano
Teor
de
Zn
(g.kg-1) Frutífero Não Frutífero Aleatório
Teor de macronutrientesemfolhasde cafeeiroemfunçãoda sua posiçãonoramo
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10°
Par de folhas amostrado
Teor
do
nutriente(g
kg
-1
)
N
P
K
Ca
Mg
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Nutrientes (g kg-1
)
Resultado da análise foliar de tomateiros normais e afetados pelo
amarelo baixeiro.
Sadias 30,3 3,2 38,3 37,2 5,8
Amarelo 26,9 2,4 37 30,1 4,6
N P K Ca Mg
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Teores (mg kg-1
)
Nutrientes
Sadias 401 181 357
Amarelo 449 228 283
Cu Fe Mn
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Teores (g kg-1
)
Nutrientes
Composiçãomineral dasfolhasdoamendoimsadioe
infestadopela cigarrinha (Empoasca kraemeri)
com manchas amarelas 28,3 1,74 8,1 8,8 2,4
normais 35,5 2,46 11,5 16 3,7
N P K Ca Mg
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Teores (g kg-1
)
Nutrientes
Composiçãocatiônica de folhasde algodoeirocolhidasde plantassadiasouafetadaspelovírusdo
"vermelhão".
Sadias 18,3 37 6,3
Afetadas 15,9 31,1 4,9
K Ca Mg
4.5 Pragas e Moléstias
• Influenciam a composição mineral das folhas
- Vírus, bactérias, fungos, nematóides
Tabela 11. Composição foliar de plantas sadias e afetadas pela Clorose
Variegada dos Citros (CVC) ou Amarelinho.
Elemento Sadias Afetadas
N g/kg 25 20
P g/kg 1,5 1,8
K g/kg 12 4,6
Ca g/kg 49 49
Mg g/kg 1,7 1,4
S g/kg 2,7 2,3
B mg/kg 69 76
Cu mg/kg 41 33
Fe mg/kg 221 274
Mn mg/kg 27 30
Zn mg/kg 16 21
4.6 Práticas Culturais
- Calagem, gessagem, Adubação mineral e orgânica, irrigação
Tabela 10. Efeito da irrigação em laranjeira Natal/limão cravo na
composição foliar e colheita (Hiroce, 1984).
Tratamento g/kg mg/kg Produção
P Fe Mn t/ha
Herbicida 1,2 243 30 8,6
Capina 1,24 235 24 10
Guandu 1,26 235 32 10,5
Mucuna Preta 1,36 226 28 12,8
Cobertura Morta 1,55 199 23 17,6

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  • 1. DIAGNOSE FOLIAR: PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES Prof. Dr. Hélio Grassi Filho Departamento de Recursos Naturais / Ciência do Solo Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP Botucatu – SP
  • 2. INTRODUÇÃO Princípios e Práticas: • Observação de sintomas de carência em plantas • Identificação química dos compostos • Correlação entre nutrientes presentes no solo x planta x produtividade Portanto: 1a Providência: Determinar os elementos presentes no solo nutrientes essenciais COMO?? Através da DIAGNOSE FOLIAR Procedimento: “As raízes das plantas funcionam como solução extratora dos elementos. Se o elemento encontra-se na planta, em maior ou menor proporção, tem-se o fato como indicação de que está ou não em formas disponíveis no solo, e em quantidades proporcionais encontradas pela análise da folha.
  • 3. 2 Diagnose Visual Regra Geral: Sintomas de deficiência aguda ⇔ Desenvolvimento e Produção são severamente afetados. •Requer acompanhamento sistemático •Comparação através da análise foliar •Prática e conhecimento da cultura 2.1 Sintomas Típicos de Deficiência Nutricional •Sintoma Típico: “Deve-se ao fato de que um determinado elemento exerce sempre as mesmas funções, qualquer que seja a espécie da planta”. Exemplo: Zn encurtamento dos internódios
  • 4. Figura 1. Seqüência de eventos que conduzem aos sintomas de deficiência ou excesso de nutrientes nos vegetais (Malavolta et al., 1989). Evento Deficiência de Zinco Excesso de Alumínio Alteração molecular < AIA > hidrólise de proteínas Pectatos “errados” < fosforilação < absorção iônica (P, K, Ca, Mg) Modificação subcelular Paredes celulares mais rígidas < proteína Paredes celulares mal formadas Dificuldade de divisão celular Alteração celular Células menores e em menor número Células menores com 2 núcleos Modificação tecido (=sintoma) Internódios mais curtos Raízes curtas e grossas Folhas deficientes em K, Ca, Mg e P
  • 5. 2.2. Características Típicas de Deficiência Nutricional Boro Nitrogênio Manganês Magnésio Potássio Ferro Fósforo Enxofre
  • 6. Nitrogênio Fósforo Ferro Magnésio Manganês Boro Cálcio Zinco
  • 10. 3. Diagnose Foliar Definição: “Método para avaliar o estado nutricional das plantas baseado na análise mineral das folhas e, através dela, a necessidade de adubos e o seu efeito na qualidade do produto final” 3.1 Princípios da Análise de Tecidos das Plantas e Diagnose Foliar Princípio A ANÁLISE FOLIAR CONSISTE EM ANALISAR O SOLO USANDO A PLANTA COMO SOLUÇÃO EXTRATORA Por quê? AS FOLHAS SÃO OS ÓRGÃOS QUE MELHOR REFLETEM O ESTADO NUTRICIONAL, ISTO É, RESPONDEM MAIS ÀS VARIAÇÕES NO SUPRIMENTO DE NUTRIENTES Folhas Foco das Atividades Fisiológicas das Plantas Adubação Alterações na Nutrição Mineral Reflete na Concentração de Nutrientes na Folhas
  • 11. Premissa: Relação Significativa entre Fornecimento de Nutrientes/Teor de Nutrientes nas Plantas Portanto, com a utilização da “Ferramenta”: Diagnose Foliar Detectar o nutriente limitante – “Lei de LIEBIG” Evitar e diferenciar manifestação de carência nutricional Evitar o sintoma de “Fome Oculta” 3.2 Compreende 3 etapas: Amostragem Preparo e Análise Química das Amostras Interpretação dos Dados
  • 12. 3.2.1 Amostragem Não é qualquer folha que reflete melhor o estado nutricional das plantas; Existem vários fatores que agem e interagem: Regra: Folhas Recém Maduras Por quê? “A Folha Fisiologicamente Ativa ou Madura é Aquela que Melhor Expressa o Estado Nutricional” Rigor na Amostragem Confiabilidade na Interpretação Adequação do Programa de Adubação Lembrem-se: A ANÁLISE NÃO É MELHOR QUE A AMOSTRA
  • 13. Tabela 1. Amostragem para Diagnose Foliar das Principais Culturas. Cultura Época Tipo de Folha No De folhas/ha Cereais Milho Inflorescência Abaixo da espiga 30 Arroz Perfilhamento Medianas 30 Trigo Florescimento 1a a 4a folhas - ponta 30 Estimulantes Cafeeiro Primavera/Verã o 3o e 4o pares 30 Fibrosas Algodoeiro Florescimento Folhas/maçãs 30 Frutíferas Citros Fevereiro-Abril Folhas de 6 meses 20 Abacateiro Verão Folhas de 4 meses 100 folhas/20 pl. Maracujazeiro Outono 4a a partir da ponta 60 Videira Fim floresc. Base 1o cacho 30 a 60 Hortaliças Tomateiro Florescimento 4a folha - ponta 40 Leguminosas Soja Fim Floresc. 1a madura-ponta 30 Feijão Inicio Floresc. 1a madura-ponta 30
  • 14. 3.2.2 Interpretação dos Dados Critérios para interpretação mais usados para o diagnóstico: -A) Nível Crítico; -B) Faixas de teores; -C) Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) •A) Nível Crítico “FAIXA DE CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES RESPONSÁVEL POR 90 % DA PRODUÇÃO MÁXIMA DA CULTURA” Determinação: -Teor Foliar x Produção Etapas: -Amostragem: época, idade e posição da folha -Áreas com produtividades distintas -Análise Foliar -Correlação entre Teor Foliar x Produção -Áreas x Produção -Estabelecimento das culturas
  • 15. 4. Fatores que Influenciam a Composição Mineral das Folhas •Ação e Interação de Fatores Representação: Y=f(S, Cl, I, Pl, Pc, Pm,...), Onde: Y = teor foliar do elemento S = solo e/ou adubo, calagem, gessagem, alumínio, etc. Cl = clima-chuva, geada, frio, etc. I = Idade da planta, época do ano Pl = Planta (espécies, variedade, porta-enxerto Pc = Práticas culturais (herbicidas, etc) Pm = Pragas e moléstias
  • 16. Comparar os resultados: Ya = teor do nutriente na amostra Yp = teor Padrão Temos: Ya<Yp = planta deficiente Ya=Yp = sem problemas Ya>Yp = nutriente em excesso - Observar a “Interação” para analisar o teor do nutriente foliar Avaliar a Necessidade de Adubação - Conhecendo-se o teor adequado do nutriente Cálcular a dose do adubo. Satisfazer as Premissas: Teor Foliar x Dose do Fertilizante Dose do Fertilizante x Produção Teor Foliar x Produção
  • 17. Emprego da diagnose foliar como meio para determinar a dose de adubo. (Malavolta& Malavolta, 1989)
  • 18. Relação entre o suprimento de N, P2O5 e K2O, colheita e composição foliar. (Malavolta & Violante Netto, 1989)
  • 19. 4.1 Parâmetros de Solo •Textura •CTC •Densidade •Aeração Afetam a disponibilidade de nutrientes •pH •Umidade •Temperatura Tabela 2. Teores de macronutrientes nas folhas de cana-de-açúcar, variedade CB 41-76, cultivada em diferentes tipos de solo. Tipos de Composição em nutrientes em folhas de cana-de-açúcar (CB41-76) (g/kg) Solo N P K Ca Mg S LR 20,4 2,1 12,4 11,0 2,3 1,6 LE 21,9 1,8 13,9 9,7 1,8 2,2 TE 19,9 1,8 13,6 6,7 1,6 2,1 PVl 20,1 2,6 14,5 10,8 0,8 2,5
  • 20. Tabela 3. Levantamento nutricional de cafeeiros no sul de Minas Gerais pela análise de folha (1982/83). Elemento Valores médios observados nas folhas Analisado LE LV PV Cambissol LR TE N - g/kg 32,5 33,3 31,6 31,8 30,0 32,5 P - g/kg 1,1 1,1 1,2 1,1 0,9 1,1 K - g/kg 20,6 19,5 20,5 19,9 22,1 22,1 Ca - g/kg 7,8 8,1 7,8 8,8 7,2 8,6 Mg - g/kg 2,6 2,9 2,7 3,1 2,2 2,8 B - mg/kg 30,9 33,0 28,0 31,1 35,9 34,1 Zn - mg/kg 9,9 8,4 9,2 8,0 9,5 11,6 Cu - mg/kg 21,2 22,4 50,5 23,3 35,7 73,8 Fe - mg/kg 112,9 116,8 99,9 112,3 93,0 111,5 Mn - mg/kg 187,4 174,1 210,6 222,9 144,5 269,0 4.2 Espécies e Variedades Comportamento Característico
  • 21. Tabela 4. Variações nos teores foliares de laranjeiras "Baianinha", "Pera" e "Valência", tangerineiras "Ponkan" e "Murcote" e da limeira ácida "Tahiti" associadas ao porta-enxerto limoeiro Cravo. (Hiroce, 1987). Elemento Baianinha Pera Valência Ponkan Murcote Tahiti N (%) 2,71 2,40 2,82 2,81 2,32 1,80 P (%) 0,12 0,12 0,13 0,13 0,12 0,17 K (%) 1,77 0,81 1,22 1,26 1,18 1,28 Ca (%) 3,26 3,26 3,46 3,06 3,27 3,31 Mg (%) 0,25 0,34 0,40 0,43 0,40 0,48 S (%) - o - - o - 0,30 0,27 0,25 0,34 B (ppm) - o - - o - 51 54 66 78 Cu (ppm) - o - - o - 16 17 5 5 Fe (ppm) - o - - o - 248 200 117 103 Mn (ppm) - o - - o - 53 43 49 26 Zn (ppm) - o - - o - 25 25 28 17 Mo (ppm) - o - - o - 0,06 0,07 - o - - o -
  • 22. 4.3 Clima •Influencia o crescimento e a produção: -Temperatura -Quantidade e distribuição das chuvas -Duração do dia e noite 4.4 Idade Fisiológica e Parte da Planta a ser Amostrada Fase Inicial do Estádio Vegetativo Alta taxa de Absorção Concentração no tecido é alta Com o crescimento e desenvolvimento do vegetal Diluição ↓ ↓ ↓ ↓ Concentração de nutrientes Portanto: Tecido Fisiologicamente Jovem Concentrações mais elevadas de nutrientes De forma Geral: N, P, K = ↓ ↓ ↓ ↓ com a idade da planta Ca, Mg, Mn e B = ↑ ↑ ↑ ↑ Folhas Jovens = ↑ ↑ ↑ ↑N, P e K
  • 23. Tabela 5. Tendência na variação do teor foliar dos elementos com a idade das folhas. Especie Diminuição com a idade Aumenta com a idade Amora P Ca, Mg Cacaueiro N, P, K Ca, Mg Cafeeiro N, P, K, Zn Ca, Mg, S, B, Ca, Mn Cana-de-açúcar N, P, K Ca Citros N, P, K, Mg, Cu, Zn Ca, B, Fe, Mn, Al Citros (frutos) N, P, K, Mg Ca Figo N, P, K Ca, Mg Hortaliças N, P, K Ca Macieira N, P, K Ca, Mg Milho e sorgo N, P, K Ca Pessegueiro N, P, K, Cu, Zn Ca, Mg, Mn, Fe, Al, B Pinus K Ca Tabela 6. Comparação da composição de folhas de laranjeira de 5 meses de idade colhidas em ramos frutíferos e em ramos não frutíferos. Folhas de Teores - g/kg ramos N P K Mg sem frutos 23,6 1,2 8,6 2,5 com frutos 15,3 0,8 3,8 3,5 significância *** *** *** *** *** significativo a 0,1%
  • 24. Tabela 7. Comparação entre os teores de nutrientes em folhas de ramos frutíferos (F) e não frutíferos (NF) (Rivero, 1968). Elemento Folha Deficiente Baixo Adequado Alto Excessivo N (%) F 0,6-1,9 1,9-2,1 2,2-2,7 2,8-3,5 >3,6 NF < 2,2 2,2-2,3 2,4-2,6 2,7-2,8 >2,8 P (%) F < 0,07 0,07-0,11 0,12-0,18 0,19-0,29 >0,3 NF < 0,09 0,09-0,11 0,12-0,16 0,17-0,29 >0,3 K (%) F 0,15-0,3 0,4-0,9 1,0-1,7 1,8-1,9 >2,0 NF < 0,70 0,7-1,1 1,2-1,7 1,8-2,3 >2,3 Ca (%) F < 2,00 2,0-2,9 3,0-6,0 6,1-6,9 >7,0 NF < 1,60 1,6-2,9 3,0-5,5 5,6-6,9 >7,0 Mg (%) F 0,05-0,15 0,16-0,2 0,30-0,60 0,7-1,0 >1,0 NF < 0,16 0,16-0,25 0,26-0,60 0,7-1,1 >1,2 Cu (ppm) F < 4 4,1-5,0 5,1-15,0 15,0-20,0 >20,0 NF < 3,6 3,6-4,9 5,0-16,0 17,0-22,0 >22,0 Fe (ppm) F < 40 40-60 61-150 151-? ? NF < 36 37-59 60-120 130-200 >250 Mn (ppm) F 5-20 21-24 25-100 100-200 300-1000 NF < 16 16-24 25-200 300-500 >1000 Zn (ppm) F 4-15 16-24 25-100 110-200 >200 NF < 16 16-24 25-100 110-200 >300
  • 25. Tabela 9: Variação no teor foliar de nutrientes no cafeeiro durante o ano (3° par de folhas). Elementos Dezembro Fevereiro Maio Agosto CF SF CF SF CF SF CF SF N(g/kg) 30,1 27,6 28,6 29,5 28,8 30,0 28,1 30,3 P(g/kg) 1,2 1,0 0,9 1,0 0,8 0,8 0,8 0,8 K(g/kg) 32,8 28,4 22,9 22,2 20,9 22,2 30,1 27,0 Ca(g/kg) 8,8 9,9 22,9 22,2 20,9 22,2 30,1 27,0 Mg(g/kg) 3,3 3,2 2,6 3,1 5,2 6,0 2,7 3,5 S(g/kg) 1,0 0,7 1,4 1,1 0,8 0,8 1,7 1,7 B(mg/kg) 66 66 76 60 99 72 77 62 Cu(mg/kg 18 15 44 30 22 24 32 24 Mn(mg/kg) 380 385 420 364 270 297 431 470 Zn(mg/kg) 11 10 8 8 9 11 9 7
  • 26. Variação anual do teor de potássio em folhas de limoeiro Feminello em função de diferentes porta-enxertos 4 6 8 10 12 14 16 jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun Meses do ano Teor de K (g.kg-1) Cravo Volkameriano Azeda
  • 27. Variação anual do teor de potássio em folhas de limoeiro Feminello em função do tipo de ramo amostrado 6 7 8 9 10 11 12 13 14 jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun Meses do ano Teor de K (g.kg-1) Frutífero Não Frutífero Aleatório
  • 28. Variação anual do teor de boro nas folhas de limoeiro Feminello em função de diferentes porta-enxertos 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun Meses do ano Teor de B (g.kg-1) Cravo Volkameriano Azeda
  • 29. Variação anual do teor de boro nas folhas de limoeiro Feminello em função do tipo de ramo amostrado 20 25 30 35 40 45 jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun Meses do ano Teor de B (g.kg-1) Frutífero Não Frutífero Aleatório
  • 30. Variação anual do teor de zinco em folhas de limoeiro Feminello em função de diferentes porta-enxertos 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun Meses do ano Teor de Zn (g.kg-1) Cravo Volkameriano Azeda
  • 31. Variação anual do teor de zinco em folhas de limoeiro Feminello em função do tipo de ramo amostrado 15 20 25 30 35 40 45 50 55 jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun Meses do ano Teor de Zn (g.kg-1) Frutífero Não Frutífero Aleatório
  • 32. Teor de macronutrientesemfolhasde cafeeiroemfunçãoda sua posiçãonoramo 0 5 10 15 20 25 30 35 40 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° Par de folhas amostrado Teor do nutriente(g kg -1 ) N P K Ca Mg
  • 33. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Nutrientes (g kg-1 ) Resultado da análise foliar de tomateiros normais e afetados pelo amarelo baixeiro. Sadias 30,3 3,2 38,3 37,2 5,8 Amarelo 26,9 2,4 37 30,1 4,6 N P K Ca Mg
  • 35. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Teores (g kg-1 ) Nutrientes Composiçãomineral dasfolhasdoamendoimsadioe infestadopela cigarrinha (Empoasca kraemeri) com manchas amarelas 28,3 1,74 8,1 8,8 2,4 normais 35,5 2,46 11,5 16 3,7 N P K Ca Mg
  • 36. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Teores (g kg-1 ) Nutrientes Composiçãocatiônica de folhasde algodoeirocolhidasde plantassadiasouafetadaspelovírusdo "vermelhão". Sadias 18,3 37 6,3 Afetadas 15,9 31,1 4,9 K Ca Mg
  • 37. 4.5 Pragas e Moléstias • Influenciam a composição mineral das folhas - Vírus, bactérias, fungos, nematóides Tabela 11. Composição foliar de plantas sadias e afetadas pela Clorose Variegada dos Citros (CVC) ou Amarelinho. Elemento Sadias Afetadas N g/kg 25 20 P g/kg 1,5 1,8 K g/kg 12 4,6 Ca g/kg 49 49 Mg g/kg 1,7 1,4 S g/kg 2,7 2,3 B mg/kg 69 76 Cu mg/kg 41 33 Fe mg/kg 221 274 Mn mg/kg 27 30 Zn mg/kg 16 21
  • 38. 4.6 Práticas Culturais - Calagem, gessagem, Adubação mineral e orgânica, irrigação Tabela 10. Efeito da irrigação em laranjeira Natal/limão cravo na composição foliar e colheita (Hiroce, 1984). Tratamento g/kg mg/kg Produção P Fe Mn t/ha Herbicida 1,2 243 30 8,6 Capina 1,24 235 24 10 Guandu 1,26 235 32 10,5 Mucuna Preta 1,36 226 28 12,8 Cobertura Morta 1,55 199 23 17,6