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NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O ATAQUE DIVULGADO PELO PSTU – LONDRINA
Por Marcha Mundial das Mulheres – Londrina
O PSTU – Londrina, através de uma carta, nos acusou de boicotar atividades do 08 de
março, devido a isso nos damos ao trabalho de escrever essa nota de esclarecimentos. Não por
nos sentirmos ameaçadas pelo PSTU e o MML (Movimento Mulheres em Luta), mas porque
estamos começando a nos organizar em Londrina e não aceitaremos ter a imagem desgastada
por movimentos sectários e, principalmente, por um movimento feminista que não tem
sequer conhecimento do conceito sororidade.
Para apontar a falta de sororidade das mulheres feministas que compõe o PSTU e que
também são militantes do MML apontaremos aqui outras ocasiões que nos deixaram
incomodadas, pois inclusive só acontecem nas vésperas do 08 de março. No ano passado,
quando ainda não estávamos organizadas em Londrina como coletivo, mas apenas como
militantes da Marcha Mundial das Mulheres, participamos do ato na praça da Bandeira que
aconteceu no dia 08 de março. No dia 3 de março de 2014, dias antes do ato, fomos
surpreendidas com uma carta de ataque ao nosso coletivo assinada pela militante do PSTU e
do MML de Londrina Ana Soranso (a carta está disponível no link:
http://pstucuritiba.blogspot.com.br/2014/03/empoderamento-para-quem-uma-
polemica.html). Já naquele momento nos sentimos incomodadas pela falta de bom senso de
publicar uma carta dessas dias antes de um dia tão importante e com ato unificado em prol de
denunciar o machismo e assegurar a saúde física, mental e a vida das mulheres. Não somos
semideusas e estamos abertas e passíveis a críticas, mas a sororidade passou longe dessas
organizações e bem perto do 08 de março.
Neste ano a situação se repetiu, mas nós estamos organizadas e participamos da
organização do ato. No dia 2 de março o PSTU lançou o texto que pode ser visualizado no link:
http://www.pstu.org.br/node/21313, e que militantes do PSTU de Londrina que estavam na
organização do ato unificado de 2015 ajudaram na divulgação. Volto a colocar em xeque se as
mulheres do PSTU tem conhecimento do termo sororidade, ou se elas acabam preterindo a
sororidade em relação ao sectarismo, que todos sabemos ser uma agenda tática do partido.
Após o relato sobre essas duas situações, que se colocam para nós como
desnecessárias e constrangedoras nas vésperas do 08 de março, explicaremos o que de fato
aconteceu na organização e no ato do 08 de março de 2015. Na primeira reunião organizativa,
que aconteceu na APP Sindicato no dia 22 de fevereiro, estivemos presente. No evento da
reunião no facebook, a companheira Débora Anhainha do Núcleo de Mulheres do PSOL já
tinha dado a ideia de tratarmos a violência obstétrica como tema no 08 de março, nós
estávamos de acordo, até porque esse é um assunto que deve ser mais popularizado, e que
muitas mulheres sofrem esse tipo de violência e nem se quer sabem que estão sendo
violentadas. Mas na reunião a militante do PSTU Ana Soranso deu outra ideia que era a de
aproveitar o movimento de GREVE da educação pública para trabalhar a questão da mulher
trabalhadora, que por sinal é outro tema interessante e nós, em momento algum nos
opusemos. Surgiu também a ideia de trabalharmos a questão da exploração e violência sexual
que está latente em Londrina, em meio a investigações do que acreditam ser o maior esquema
de exploração sexual da cidade.
Diante de três temas importantes decidimos em coletivo trabalhar os três. A proposta
de somatória das pautas foi feita por acreditarmos que todos os temas são importantes de
serem debatidos com as mulheres e, também, por estarmos construindo um ato coletivo.
Nenhuma ideia deve se sobressair às demais, era para ser uma parceria. Se as mulheres da
MML não ficaram satisfeitas, elas tiveram espaço e liberdade para se pronunciarem de
maneira contrária; mas não o fizeram. Para facilitar a organização, dividimos os temas entre os
coletivos: a companheira Débora, que é médica e tem bastante domínio sobre o tema, ficou
responsável pela violência obstétrica; Ana Soranso, que deu a ideia de trabalhar a questão da
mulher trabalhadora, ficou responsável por esse outro tema; e nós da MMM ficamos
responsáveis pela questão da exploração e violência sexual.
Nesta mesma reunião do dia 22, dividimos tarefas para a organização do ato unificado
e a militante do PSTU Ana Soranso se prontificou a começar a escrever no google docs o
material unificado, assim todas poderíamos participar da construção do documento. A
segunda reunião foi no dia 01 de março, acertamos algumas questões finais, mas o texto ainda
não havia sido disponibilizado no google docs. No dia 3 de março, às 21:29, Ana publicou o
arquivo que não havia como ser editado, pois não estava em google docs, vale ressaltar que a
atividade seria no dia 7, às 9h. Esse texto que foi disponibilizado era sem dúvida alguma uma
carta do PSTU, não há dúvidas de que a agenda partidária estava latente, apenas falando sobre
cortes de verba tanto do Governo estadual quanto do federal, um texto trabalhado em siglas
partidárias e de difícil compreensão das mulheres que não tem envolvimento partidário ou
político institucional. O material produzido não possibilitava, justamente, a aproximação da
população com as pautas feministas, como havia sido proposto nas reuniões de organização.
Diante disso, nós da MMM e demais companheiras dos outros coletivos demonstramos
insatisfação.
No dia 5 de março, às 14:55, o texto foi disponibilizado no google docs, de noite nós
fizemos as nossas contribuições que envolviam a divulgação da aprovação da Lei do
feminicídio; explicação do que é considerado violência sexual e o que fazer diante destes
casos, como denunciar e etc; divulgar o ROSA VIVA que é um programa municipal que atende
as mulheres vítimas de violência sexual e também sugerimos a disponibilização de uma
pesquisa recente do IPEA que mostra que desde a criação da Lei Maria da Penha o Brasil
diminuiu em 10% os homicídios domésticos, acreditamos que com a divulgação dessas notícias
mulheres se sentiriam mais incentivadas a denunciar seus agressores (o link da pesquisa do
IPEA: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/lei-maria-da-penha-diminui-10-a-
taxa-de-homicidio-domestico-diz-ipea). Acreditamos que esse tipo de informação pode ajudar
as mulheres à compreenderem um pouco mais a importância de denunciar o machismo, e que
elas se sintam mais confortáveis em denunciar ao saber que existem programas que as
amparem e resultados positivos destes programas.
Em momento algum pedimos para que as críticas ao governo estadual e federal
fossem tiradas do panfleto, apenas sugerimos aquilo que consideramos mais relevante para
uma mulher que muitas vezes sofre violência sexual, doméstica, obstétrica e até mesmo
trabalhista e não sabe que está sendo prejudicada por causa do machismo. Muitas mulheres
ainda não reconheceram o machismo em suas vidas e é isso que devemos evidenciar, o
machismo. Acreditamos que seja importante as críticas a todo e qualquer governo, só não
concordamos que deveríamos preterir a informação sobre violências sofridas por nós
mulheres à discussão político partidária e institucional. Sem contar que a discussão presente
no panfleto apresentado pelas mulheres do PSTU é também uma crítica rasa e superficial do
momento em que vivemos e que deve ser trabalhado com análise aprofundada, o que não
cabe em uma folha sulfite tamanho A4.
Mesmo com críticas ao material, a Marcha não se indispôs em assiná-lo. Foi, inclusive,
sugestão da MMM que os nomes de todos os coletivos participantes estivessem no panfleto, o
que demonstra nossa intenção de ajudar na composição do material. Como tudo aconteceu de
última hora e as meninas dos outros coletivos e independentes também não concordaram
com a estrutura do panfleto, que inclusive tinha temas que não haviam sido discutidos nas
reuniões organizativas, ele acabou não acontecendo para o ato do dia 07 de março, no
calçadão de Londrina. A iniciativa de todas as forças foi disponibilizar apenas os materiais
independentes.
TODAS TEMOS DIREITO À VOZ!
É importante destacar que, apesar de algumas lideranças acabarem se destacando,
presamos pela pluralidade de vozes. Em nossa organização nenhuma mulher é melhor do que
a outra ou sabe mais do que a outra, muito pelo contrário, aprendemos juntas. Por isso,
durante o ato do dia 07, diversas companheiras da MMM deram entrevistas a diferentes
veículos de comunicação. Em alguns casos, foram as próprias companheiras de outros
coletivos que nos indicaram para falar, justamente para demonstrar que aquele evento era
formado por diferentes movimentos.
Em um determinado momento, companheiras da MMM estavam arrumando um varal,
que era uma das intervenções do ato, quando um jornalista veio entrevistá-las.
Posteriormente, outra jornalista queria saber sobre o tema da violência obstétrica, e quem
poderia falar com mais propriedade seria a companheira do PSOL, Débora, mas essa que não
necessita de holofotes disse para a companheira que já havia dado uma entrevista o que ela
podia falar sobre a violência obstétrica. A companheira Fiama Heloisa foi escolhida porque é
mulher, feminista e negra, e, conjuntamente com outros coletivos, por acreditarmos que seria
importante que ela fosse entrevistada, pelo fato de lutar contra diversos tipos de preconceito.
Ao contrário do que é informado no texto do PSTU, não rachamos com o movimento, a
companheira da MMM foi indicada por integrantes da própria organização do movimento.
Não foi uma atitude tomada por nosso coletivo individualmente.
Outras mulheres de outros coletivos também deram entrevistas, mas isso não foi
abordado no texto do PSTU, porque o que aquele texto nos transmitiu foi incômodo da nossa
recente organização na cidade e ocupação dos espaços que também são nossos por direito.
Acontece que, em pouco tempo de organização, conseguimos fazer um bom trabalho para o
08 de março e isso é reconhecido por outros coletivos e feministas independentes. Só não é
para o PSTU e para o MML que parecem estar se sentindo ameaçados com a nossa presença e
a nossa marcação de território.
POR QUE A ATIVIDADE NA FEIRA DO CINCÃO FOI ADIADA?
Para o dia 08 de março, domingo, estava marcada uma panfletagem pela manhã na
feira do cinco conjuntos, que é a maior de Londrina. Havia interesse de todas as partes em
realizar a intervenção, mas devido à falta de um material que fosse aceito por todos os
coletivos as mulheres se viram impedidas. Naquela tarde de sábado seria necessário
reescrever todo o folheto, diagramá-lo novamente e, o mais difícil, encontrar um local para a
impressão. Onde encontraríamos, em um sábado à noite, um local que imprimisse, no mínimo,
200 panfletos?
Prezando então pela qualidade da ação, as mulheres presentes decidiram refazer o
material durante a semana e ADIAR a atividade na feira do cincão, possivelmente para o
domingo seguinte. Considerando que as ações de combate ao machismo podem e devem ser
feitas diariamente, inclusive nos outros dias do mês de março, não somente na data da
comemoração internacional do dia da mulher. Portanto, houve um adiamento e não
cancelamento, como informou erroneamente Ana Soranso; a qual estava presente nesse
momento de decisão e não se pronunciou contrária a decisão coletiva.
A MMM Londrina, em momento algum, boicotou qualquer atividade do 08 de março,
respeitamos todas as decisões que foram tiradas coletivamente e acreditamos que o conteúdo
publicado nessa carta do PSTU – disponível no link
http://pstulondrina.blogspot.com.br/2015/03/diante-dos-ataques-dos-governos-e-
nossa_10.html - é no mínimo desonesta. Convocamos sim as companheiras do PSOL e também
dos demais coletivos para fazer uma análise, mas desta vez das atitudes sectárias das mulheres
do MML. É hora de colocarmos os fatos na mesa e refletirmos sobre tudo o que tem
acontecido nas últimas construções do 08 de março. Estamos unidas para defender bandeiras
partidárias ou para combater o machismo que ainda tem feito vítimas, todos os dias, em nossa
sociedade? Quem rachou com o ato unificado não teriam sido as próprias mulheres do PSTU
que só marcaram presença quase no fim da atividade para pedir assinaturas para sua
campanha?
Nós da MMM Londrina estivemos presente no calçadão desde às 9h da manhã,
ajudando as demais companheiras a preparem seus materiais, arrumando nossos varais,
conversando com a população sobre o machismo, panfletando, levando a voz da nossa luta
para a mídia. E foi só o começo, viemos para ficar!
Seguiremos em marcha, até que todas sejamos livres!

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  • 1. NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O ATAQUE DIVULGADO PELO PSTU – LONDRINA Por Marcha Mundial das Mulheres – Londrina O PSTU – Londrina, através de uma carta, nos acusou de boicotar atividades do 08 de março, devido a isso nos damos ao trabalho de escrever essa nota de esclarecimentos. Não por nos sentirmos ameaçadas pelo PSTU e o MML (Movimento Mulheres em Luta), mas porque estamos começando a nos organizar em Londrina e não aceitaremos ter a imagem desgastada por movimentos sectários e, principalmente, por um movimento feminista que não tem sequer conhecimento do conceito sororidade. Para apontar a falta de sororidade das mulheres feministas que compõe o PSTU e que também são militantes do MML apontaremos aqui outras ocasiões que nos deixaram incomodadas, pois inclusive só acontecem nas vésperas do 08 de março. No ano passado, quando ainda não estávamos organizadas em Londrina como coletivo, mas apenas como militantes da Marcha Mundial das Mulheres, participamos do ato na praça da Bandeira que aconteceu no dia 08 de março. No dia 3 de março de 2014, dias antes do ato, fomos surpreendidas com uma carta de ataque ao nosso coletivo assinada pela militante do PSTU e do MML de Londrina Ana Soranso (a carta está disponível no link: http://pstucuritiba.blogspot.com.br/2014/03/empoderamento-para-quem-uma- polemica.html). Já naquele momento nos sentimos incomodadas pela falta de bom senso de publicar uma carta dessas dias antes de um dia tão importante e com ato unificado em prol de denunciar o machismo e assegurar a saúde física, mental e a vida das mulheres. Não somos semideusas e estamos abertas e passíveis a críticas, mas a sororidade passou longe dessas organizações e bem perto do 08 de março. Neste ano a situação se repetiu, mas nós estamos organizadas e participamos da organização do ato. No dia 2 de março o PSTU lançou o texto que pode ser visualizado no link: http://www.pstu.org.br/node/21313, e que militantes do PSTU de Londrina que estavam na organização do ato unificado de 2015 ajudaram na divulgação. Volto a colocar em xeque se as mulheres do PSTU tem conhecimento do termo sororidade, ou se elas acabam preterindo a sororidade em relação ao sectarismo, que todos sabemos ser uma agenda tática do partido. Após o relato sobre essas duas situações, que se colocam para nós como desnecessárias e constrangedoras nas vésperas do 08 de março, explicaremos o que de fato aconteceu na organização e no ato do 08 de março de 2015. Na primeira reunião organizativa, que aconteceu na APP Sindicato no dia 22 de fevereiro, estivemos presente. No evento da reunião no facebook, a companheira Débora Anhainha do Núcleo de Mulheres do PSOL já tinha dado a ideia de tratarmos a violência obstétrica como tema no 08 de março, nós estávamos de acordo, até porque esse é um assunto que deve ser mais popularizado, e que muitas mulheres sofrem esse tipo de violência e nem se quer sabem que estão sendo violentadas. Mas na reunião a militante do PSTU Ana Soranso deu outra ideia que era a de aproveitar o movimento de GREVE da educação pública para trabalhar a questão da mulher trabalhadora, que por sinal é outro tema interessante e nós, em momento algum nos opusemos. Surgiu também a ideia de trabalharmos a questão da exploração e violência sexual que está latente em Londrina, em meio a investigações do que acreditam ser o maior esquema de exploração sexual da cidade.
  • 2. Diante de três temas importantes decidimos em coletivo trabalhar os três. A proposta de somatória das pautas foi feita por acreditarmos que todos os temas são importantes de serem debatidos com as mulheres e, também, por estarmos construindo um ato coletivo. Nenhuma ideia deve se sobressair às demais, era para ser uma parceria. Se as mulheres da MML não ficaram satisfeitas, elas tiveram espaço e liberdade para se pronunciarem de maneira contrária; mas não o fizeram. Para facilitar a organização, dividimos os temas entre os coletivos: a companheira Débora, que é médica e tem bastante domínio sobre o tema, ficou responsável pela violência obstétrica; Ana Soranso, que deu a ideia de trabalhar a questão da mulher trabalhadora, ficou responsável por esse outro tema; e nós da MMM ficamos responsáveis pela questão da exploração e violência sexual. Nesta mesma reunião do dia 22, dividimos tarefas para a organização do ato unificado e a militante do PSTU Ana Soranso se prontificou a começar a escrever no google docs o material unificado, assim todas poderíamos participar da construção do documento. A segunda reunião foi no dia 01 de março, acertamos algumas questões finais, mas o texto ainda não havia sido disponibilizado no google docs. No dia 3 de março, às 21:29, Ana publicou o arquivo que não havia como ser editado, pois não estava em google docs, vale ressaltar que a atividade seria no dia 7, às 9h. Esse texto que foi disponibilizado era sem dúvida alguma uma carta do PSTU, não há dúvidas de que a agenda partidária estava latente, apenas falando sobre cortes de verba tanto do Governo estadual quanto do federal, um texto trabalhado em siglas partidárias e de difícil compreensão das mulheres que não tem envolvimento partidário ou político institucional. O material produzido não possibilitava, justamente, a aproximação da população com as pautas feministas, como havia sido proposto nas reuniões de organização. Diante disso, nós da MMM e demais companheiras dos outros coletivos demonstramos insatisfação. No dia 5 de março, às 14:55, o texto foi disponibilizado no google docs, de noite nós fizemos as nossas contribuições que envolviam a divulgação da aprovação da Lei do feminicídio; explicação do que é considerado violência sexual e o que fazer diante destes casos, como denunciar e etc; divulgar o ROSA VIVA que é um programa municipal que atende as mulheres vítimas de violência sexual e também sugerimos a disponibilização de uma pesquisa recente do IPEA que mostra que desde a criação da Lei Maria da Penha o Brasil diminuiu em 10% os homicídios domésticos, acreditamos que com a divulgação dessas notícias mulheres se sentiriam mais incentivadas a denunciar seus agressores (o link da pesquisa do IPEA: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/lei-maria-da-penha-diminui-10-a- taxa-de-homicidio-domestico-diz-ipea). Acreditamos que esse tipo de informação pode ajudar as mulheres à compreenderem um pouco mais a importância de denunciar o machismo, e que elas se sintam mais confortáveis em denunciar ao saber que existem programas que as amparem e resultados positivos destes programas. Em momento algum pedimos para que as críticas ao governo estadual e federal fossem tiradas do panfleto, apenas sugerimos aquilo que consideramos mais relevante para uma mulher que muitas vezes sofre violência sexual, doméstica, obstétrica e até mesmo trabalhista e não sabe que está sendo prejudicada por causa do machismo. Muitas mulheres ainda não reconheceram o machismo em suas vidas e é isso que devemos evidenciar, o machismo. Acreditamos que seja importante as críticas a todo e qualquer governo, só não
  • 3. concordamos que deveríamos preterir a informação sobre violências sofridas por nós mulheres à discussão político partidária e institucional. Sem contar que a discussão presente no panfleto apresentado pelas mulheres do PSTU é também uma crítica rasa e superficial do momento em que vivemos e que deve ser trabalhado com análise aprofundada, o que não cabe em uma folha sulfite tamanho A4. Mesmo com críticas ao material, a Marcha não se indispôs em assiná-lo. Foi, inclusive, sugestão da MMM que os nomes de todos os coletivos participantes estivessem no panfleto, o que demonstra nossa intenção de ajudar na composição do material. Como tudo aconteceu de última hora e as meninas dos outros coletivos e independentes também não concordaram com a estrutura do panfleto, que inclusive tinha temas que não haviam sido discutidos nas reuniões organizativas, ele acabou não acontecendo para o ato do dia 07 de março, no calçadão de Londrina. A iniciativa de todas as forças foi disponibilizar apenas os materiais independentes. TODAS TEMOS DIREITO À VOZ! É importante destacar que, apesar de algumas lideranças acabarem se destacando, presamos pela pluralidade de vozes. Em nossa organização nenhuma mulher é melhor do que a outra ou sabe mais do que a outra, muito pelo contrário, aprendemos juntas. Por isso, durante o ato do dia 07, diversas companheiras da MMM deram entrevistas a diferentes veículos de comunicação. Em alguns casos, foram as próprias companheiras de outros coletivos que nos indicaram para falar, justamente para demonstrar que aquele evento era formado por diferentes movimentos. Em um determinado momento, companheiras da MMM estavam arrumando um varal, que era uma das intervenções do ato, quando um jornalista veio entrevistá-las. Posteriormente, outra jornalista queria saber sobre o tema da violência obstétrica, e quem poderia falar com mais propriedade seria a companheira do PSOL, Débora, mas essa que não necessita de holofotes disse para a companheira que já havia dado uma entrevista o que ela podia falar sobre a violência obstétrica. A companheira Fiama Heloisa foi escolhida porque é mulher, feminista e negra, e, conjuntamente com outros coletivos, por acreditarmos que seria importante que ela fosse entrevistada, pelo fato de lutar contra diversos tipos de preconceito. Ao contrário do que é informado no texto do PSTU, não rachamos com o movimento, a companheira da MMM foi indicada por integrantes da própria organização do movimento. Não foi uma atitude tomada por nosso coletivo individualmente. Outras mulheres de outros coletivos também deram entrevistas, mas isso não foi abordado no texto do PSTU, porque o que aquele texto nos transmitiu foi incômodo da nossa recente organização na cidade e ocupação dos espaços que também são nossos por direito. Acontece que, em pouco tempo de organização, conseguimos fazer um bom trabalho para o 08 de março e isso é reconhecido por outros coletivos e feministas independentes. Só não é para o PSTU e para o MML que parecem estar se sentindo ameaçados com a nossa presença e a nossa marcação de território.
  • 4. POR QUE A ATIVIDADE NA FEIRA DO CINCÃO FOI ADIADA? Para o dia 08 de março, domingo, estava marcada uma panfletagem pela manhã na feira do cinco conjuntos, que é a maior de Londrina. Havia interesse de todas as partes em realizar a intervenção, mas devido à falta de um material que fosse aceito por todos os coletivos as mulheres se viram impedidas. Naquela tarde de sábado seria necessário reescrever todo o folheto, diagramá-lo novamente e, o mais difícil, encontrar um local para a impressão. Onde encontraríamos, em um sábado à noite, um local que imprimisse, no mínimo, 200 panfletos? Prezando então pela qualidade da ação, as mulheres presentes decidiram refazer o material durante a semana e ADIAR a atividade na feira do cincão, possivelmente para o domingo seguinte. Considerando que as ações de combate ao machismo podem e devem ser feitas diariamente, inclusive nos outros dias do mês de março, não somente na data da comemoração internacional do dia da mulher. Portanto, houve um adiamento e não cancelamento, como informou erroneamente Ana Soranso; a qual estava presente nesse momento de decisão e não se pronunciou contrária a decisão coletiva. A MMM Londrina, em momento algum, boicotou qualquer atividade do 08 de março, respeitamos todas as decisões que foram tiradas coletivamente e acreditamos que o conteúdo publicado nessa carta do PSTU – disponível no link http://pstulondrina.blogspot.com.br/2015/03/diante-dos-ataques-dos-governos-e- nossa_10.html - é no mínimo desonesta. Convocamos sim as companheiras do PSOL e também dos demais coletivos para fazer uma análise, mas desta vez das atitudes sectárias das mulheres do MML. É hora de colocarmos os fatos na mesa e refletirmos sobre tudo o que tem acontecido nas últimas construções do 08 de março. Estamos unidas para defender bandeiras partidárias ou para combater o machismo que ainda tem feito vítimas, todos os dias, em nossa sociedade? Quem rachou com o ato unificado não teriam sido as próprias mulheres do PSTU que só marcaram presença quase no fim da atividade para pedir assinaturas para sua campanha? Nós da MMM Londrina estivemos presente no calçadão desde às 9h da manhã, ajudando as demais companheiras a preparem seus materiais, arrumando nossos varais, conversando com a população sobre o machismo, panfletando, levando a voz da nossa luta para a mídia. E foi só o começo, viemos para ficar! Seguiremos em marcha, até que todas sejamos livres!