O autor escreve uma carta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendendo seu legado e carreira política. Ele reconhece erros cometidos por Lula, mas destaca suas origens humildes e sua longa trajetória de luta por direitos trabalhistas que incluiu greves, prisão e exílio durante a ditadura militar. O autor também elogia as conquistas sociais do governo Lula, como a redução da pobreza e da desigualdade, e critica sua condenação por corrupção, vista como politicamente motivada.
1. AO MEU COMPANHEIRO LUIZ
Meu companheiro Luiz eu concordo que você errou muitas vezes como o anônimo (que se dizia
ser Marieta Severo) anda dizendo, isso pode até ter sido correlato a sua origem você nasceu
numa pequena cidade do interior do estado de Pernambuco, aos sete anos de idade mudou para
a cidade de Santos para escapar da miséria do sertão de Pernambuco foi para São Paulo e ainda
criança trabalhou como engraxate, office boy, vendedor ambulante aos quinze anos quando
poderia quando poderia fazer um curso de Inglês ou um curso preparatório para entrar numa
universidade você fez um curso de torneiro mecânico, em 1970 você perdeu sua primeira
esposa mais tarde conheceu a Marisa que também morreu recentemente, você liderou greves
durante o regime militar, você se aliou aos intelectuais e outros lideres sindicais e fundou o
Partido dos Trabalhadores, depois liderou outras greves de metalúrgico, você foi preso teve seu
mandato sindical cassado, você participou da fundação da CUT (Central Única dos
Trabalhadores), você integrou a frente suprapartidária pró-eleições direta para presidência da
República, você foi muito longe companheiro, foi deputado federal com a maior votação do país,
foi candidato a presidência da república por duas vezes quando foi derrotado pela “toda
poderosa” em 2002 você foi eleito presidente do Brasil onde permaneceu por oito anos, você
reduziu a inflação, aumentou o salário mínimo para o seu maior patamar em quarenta anos,
pagou toda a dívida com o FMI, reduziu o déficit público, gerou quinze milhões de emprego,
criou programas sociais como Bolsa Família, ProUni, Brasil Sorridente, Farmácia Popular, Luz
para Todos, entre outros que beneficiaram aos pobres e miseráveis deste país, como ser digno
de pena o meu companheiro Luiz, como dizer que meu companheiro aniquilou a militância
política você já foi militante já participou de greves, já teve ponto cortado por lutar por seus
direitos, já foi ameaçada de demissão por luta sindical já foi submetida a tortura, enfrentou a
ditadura militar, já manifestou de alguma forma quando na ditadura ocorreram prisão, tortura,
desterro, estupro, aborto ou morte, já ouviu falar dos irmãos Nascimento ou no caso Ana Lídia
e Aracélia, sabe algo da operação Camanducaia que em 1974 prendeu e torturou 93 meninos
com idade entre 11 e 17 anos eu acredito que não pouca gente sabe ou teve um passado
dessemelhante ao meu companheiro Luiz, Como dizer que o Luiz matou o Lula seu anônimo que
usou o nome da atriz global Marieta Severo, o passado do meu companheiro Luíz está gravado
em tantas lutas, conquistas e derrotas está na história e não será homens de togas, políticos,
pessoas bem sucedidas, afortunados agricultores, imprensa parcial ou “simpatizantes sem
causa” que irão destruir.
Estou ouvindo fogos companheiro Luiz estão comemorando sua prisão, você foi acusado e
condenado por se apropriar de um triplex de forma ilícita , não vou te julgar afinal sou também
um desletrado e você foi julgado e condenado pela imprensa escrita e falada incluindo a toda
poderosa foi condenado por muitos políticos, letrados e seus seguidores além de um juiz federal
professor com mestrado e doutorado .
Vou encerrar companheiro Luis te dizendo que pode morrer um homem mas nasce um mito a
luta é eterna, o sindicato a militância não irá morrer porque ela está impregnada no trabalhador
e isso a elite e seus seguidores nunca irão destruir.
“Eles são tudo perante nada e reciprocamente nada perante tudo”
Fique com Deus companheiro Lula e obrigado por tudo. (desculpe os erros ortográficos também
sou um desletrado). Manuel Pedro Campos