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O GÉNERO DE VIDA CITADINO E A
SOCIEDADE E MENTALIDADE
BURGUESAS
Inicialmente, o crescimento das cidades fez-se
desordenadamente, causando problemas de
alojamento, de higiene e transportes; só a partir da
segunda metade do século XIX as autoridades
começaram a preocupar-se com o planeamento
urbanístico, impondo leis regulamentadoras da
construção. Abriram-se largas avenidas,
construíram-se altos edifícios, gares, mercados,
parques, jardins e edifícios públicos. Ao mesmo
tempo, foram criados serviços e equipamentos que
tornaram a vida nas cidades mais saudável e
agradável: redes de abastecimento de água e
esgotos, recolha de lixos, iluminação pública e
transportes colectivos.
Apesar de todas estas comodidades, a cidade era
um mundo de contrastes, onde coexistiam duas
realidades bem distintas: os moradores dos bairros
do centro da cidade tinham acesso às instituições de
saúde, educativas e de lazer, enquanto que os
habitantes dos bairros da periferia, que trabalhavam
nas fábricas, viviam miseravelmente em
aglomerados de casas degradadas, respirando o ar
poluído pelo fumo das fábricas.
Ao longo do século XIX, a burguesia tornou-se a
classe social dominante, controlando as grandes
empresas industriais, comerciais e financeiras. Ao
poder económico da burguesia correspondia a
preponderância social e política, que impunha o seu
prestígio para dominar o poder político.
O desenvolvimento económico tornou necessário o
crescimento e especialização dos serviços,
possibilitando a expansão das classes médias
(pequena e média burguesia) compostas por
intelectuais, professores, jornalistas, médicos,
pequenos empresários, funcionários públicos,
engenheiros e advogados, entre outros.
Os princípios defendidos pela burguesia
assentavam no liberalismo económico e político,
pois a propriedade proporcionava o lucro, a
segurança, o conforto e o bem-estar. Outros valores
defendidos pela burguesia eram o trabalho, a
poupança, o consumismo, o espírito individualista e
a exploração dos trabalhadores.
TRABALHO REALIZADO POR:
MIGUEL
RICARDO LUCINDA
JOAO PEREIRA
TOMAS AMANTES

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  • 1. O GÉNERO DE VIDA CITADINO E A SOCIEDADE E MENTALIDADE BURGUESAS Inicialmente, o crescimento das cidades fez-se desordenadamente, causando problemas de alojamento, de higiene e transportes; só a partir da segunda metade do século XIX as autoridades começaram a preocupar-se com o planeamento urbanístico, impondo leis regulamentadoras da construção. Abriram-se largas avenidas, construíram-se altos edifícios, gares, mercados, parques, jardins e edifícios públicos. Ao mesmo tempo, foram criados serviços e equipamentos que tornaram a vida nas cidades mais saudável e agradável: redes de abastecimento de água e esgotos, recolha de lixos, iluminação pública e transportes colectivos.
  • 2. Apesar de todas estas comodidades, a cidade era um mundo de contrastes, onde coexistiam duas realidades bem distintas: os moradores dos bairros do centro da cidade tinham acesso às instituições de saúde, educativas e de lazer, enquanto que os habitantes dos bairros da periferia, que trabalhavam nas fábricas, viviam miseravelmente em aglomerados de casas degradadas, respirando o ar poluído pelo fumo das fábricas. Ao longo do século XIX, a burguesia tornou-se a classe social dominante, controlando as grandes empresas industriais, comerciais e financeiras. Ao poder económico da burguesia correspondia a preponderância social e política, que impunha o seu prestígio para dominar o poder político.
  • 3. O desenvolvimento económico tornou necessário o crescimento e especialização dos serviços, possibilitando a expansão das classes médias (pequena e média burguesia) compostas por intelectuais, professores, jornalistas, médicos, pequenos empresários, funcionários públicos, engenheiros e advogados, entre outros. Os princípios defendidos pela burguesia assentavam no liberalismo económico e político, pois a propriedade proporcionava o lucro, a segurança, o conforto e o bem-estar. Outros valores defendidos pela burguesia eram o trabalho, a poupança, o consumismo, o espírito individualista e a exploração dos trabalhadores.
  • 4. TRABALHO REALIZADO POR: MIGUEL RICARDO LUCINDA JOAO PEREIRA TOMAS AMANTES