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A Revolução Industrial do século XIX trouxe tantos avanços como graves problemas urbanísticos
de qualidade e de quantidade causados pelas mudanças na estrutura social, econômica e cultural.
O crescimento populacional, surgimento de fábricas, as migrações às cidades grandes,(exôdo
rural) era incompatível com a velha estrutura das cidades comunitárias
COMO EVOLUIU O ESPAÇO URBANO NO SEC. XIX?
A estrutura destas cidades pouco tinha mudado desde a aparição dos grandes burgos que
cresceram de forma lenta desde o Renascimento:
- As ruas pequenas e as edificações antigas não suportavam mais tanta mudança.
- A pobreza estendia-se desordenada ao redor dos centros urbanos, enquanto crescia o trânsito
de veículos e pessoas nas ruas.
Os arquitetos foram chamados a resolver estes problemas com a construção de bairros para os
operários das fábricas e na remodelação da estrutura de vias e estradas.
Bairro de operários inglês Bairro operário inglês recuperado
Mas as soluções respondiam a interesses de classe. Nos bairros ricos na moda Art Nouveau abriram-se
novas vias de trânsito e ampliavam-se as principais avenidas onde o comércio crescia.
Elegantes ruas e lojas abriam-se e novos edifícios modernistas foram construídos nos centros mais ricos.
Em contraste, os bairros para operários ao redor das fábricas careciam do luxo e glamour da
Belle Epoque. Ruas estreitas e sujas sem saneamento e com bicas de água compartilhada,
casas geminadas com sistema de fossas, rios poluídos e ar contaminado pela fumaça das
fábricas caraterizava a paisagem das cidades satélites.
Contudo, os governos foram melhorando esta situação, pelo menos nas zonas mais
centrais, com a criação:
-Sistema de esgotos
- Sistema de recolha de lixo
- Água canalizada
- Iluminação das ruas
Na 2ª metade do século XIX , Lisboa e Porto tiveram um grande crescimento e
modernizaram-se:
· Avenidas
· Ruas pavimentadas / passeios
· Os jardins foram arranjados
· Novos edifícios públicos: mercados, tribunais, teatros, escolas…
São criados serviços públicos:
· Recolha de lixo
· Esgotos
· Água canalizada
· Iluminação pública
· Bombeiros / policiamento de ruas
· Aparecem os 1º transportes públicos colectivos – “americano” e “chora”.
A burguesia era o grupo mais importante da cidade.
A alta burguesia habitava em ricas e luxuosas moradias, rodeadas de jardins.
A classe média, grupo de burgueses menos endinheirados, habitava nos novos bairros em
confortáveis andares.
A alimentação da burguesia e da nobreza era abundante e variada.
Os burgueses tinham um tipo de vida característico. Interessavam-se pela política, pela
instrução, pela música e pela moda.
Os seus divertimentos eram dar um passeio pelo jardim – passeio público, ir ao teatro, à ópera e
ao café.
QUAL A NOVA ESTRUTURA SOCIAL?
Casa – Museu de Santiago
Matosinhos
Desempenhavam inúmeras profissões e serviços.
Surge a classe média, composta por profissionais liberais e o funcionalismo público .
É como um amortecedor entre as elites e o proletariado, que não tem acesso à
riqueza produzida, e ao contrário, inspira ascender para poder usufruir também os
bens de consumo. Esta é a aspiração de todo o cidadão que no engodo da
prosperidade capitalista torna-se então dependente de toda uma aparelhagem que
apenas beneficia a burguesia.
A luz elétrica das fábricas, as máquinas de lavar das grandes lavandarias, ou as
máquinas de fazer pão, constituem objetos de desejo para os lares vitorianos.
Ao mesmo tempo o lar torna-se o centro da moral cristã que respalda os valores
burgueses e oscila entre as frustrações causadas pelas limitações impostas para
uma ascensão social e o alívio de um relativo conforto não encontrado entre os
campesinos e as demais classes populares.
www.slideshare.net/luisant/a-sociedade-oitocentista
http://www.youtube.com/watch?v=QhohoXLS1Kk

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  • 1. A Revolução Industrial do século XIX trouxe tantos avanços como graves problemas urbanísticos de qualidade e de quantidade causados pelas mudanças na estrutura social, econômica e cultural. O crescimento populacional, surgimento de fábricas, as migrações às cidades grandes,(exôdo rural) era incompatível com a velha estrutura das cidades comunitárias COMO EVOLUIU O ESPAÇO URBANO NO SEC. XIX?
  • 2. A estrutura destas cidades pouco tinha mudado desde a aparição dos grandes burgos que cresceram de forma lenta desde o Renascimento: - As ruas pequenas e as edificações antigas não suportavam mais tanta mudança. - A pobreza estendia-se desordenada ao redor dos centros urbanos, enquanto crescia o trânsito de veículos e pessoas nas ruas.
  • 3. Os arquitetos foram chamados a resolver estes problemas com a construção de bairros para os operários das fábricas e na remodelação da estrutura de vias e estradas. Bairro de operários inglês Bairro operário inglês recuperado
  • 4. Mas as soluções respondiam a interesses de classe. Nos bairros ricos na moda Art Nouveau abriram-se novas vias de trânsito e ampliavam-se as principais avenidas onde o comércio crescia. Elegantes ruas e lojas abriam-se e novos edifícios modernistas foram construídos nos centros mais ricos.
  • 5. Em contraste, os bairros para operários ao redor das fábricas careciam do luxo e glamour da Belle Epoque. Ruas estreitas e sujas sem saneamento e com bicas de água compartilhada, casas geminadas com sistema de fossas, rios poluídos e ar contaminado pela fumaça das fábricas caraterizava a paisagem das cidades satélites. Contudo, os governos foram melhorando esta situação, pelo menos nas zonas mais centrais, com a criação: -Sistema de esgotos - Sistema de recolha de lixo - Água canalizada - Iluminação das ruas
  • 6. Na 2ª metade do século XIX , Lisboa e Porto tiveram um grande crescimento e modernizaram-se: · Avenidas · Ruas pavimentadas / passeios · Os jardins foram arranjados · Novos edifícios públicos: mercados, tribunais, teatros, escolas… São criados serviços públicos: · Recolha de lixo · Esgotos · Água canalizada · Iluminação pública · Bombeiros / policiamento de ruas · Aparecem os 1º transportes públicos colectivos – “americano” e “chora”.
  • 7. A burguesia era o grupo mais importante da cidade. A alta burguesia habitava em ricas e luxuosas moradias, rodeadas de jardins. A classe média, grupo de burgueses menos endinheirados, habitava nos novos bairros em confortáveis andares. A alimentação da burguesia e da nobreza era abundante e variada. Os burgueses tinham um tipo de vida característico. Interessavam-se pela política, pela instrução, pela música e pela moda. Os seus divertimentos eram dar um passeio pelo jardim – passeio público, ir ao teatro, à ópera e ao café. QUAL A NOVA ESTRUTURA SOCIAL?
  • 8. Casa – Museu de Santiago Matosinhos
  • 10.
  • 11. Surge a classe média, composta por profissionais liberais e o funcionalismo público . É como um amortecedor entre as elites e o proletariado, que não tem acesso à riqueza produzida, e ao contrário, inspira ascender para poder usufruir também os bens de consumo. Esta é a aspiração de todo o cidadão que no engodo da prosperidade capitalista torna-se então dependente de toda uma aparelhagem que apenas beneficia a burguesia. A luz elétrica das fábricas, as máquinas de lavar das grandes lavandarias, ou as máquinas de fazer pão, constituem objetos de desejo para os lares vitorianos. Ao mesmo tempo o lar torna-se o centro da moral cristã que respalda os valores burgueses e oscila entre as frustrações causadas pelas limitações impostas para uma ascensão social e o alívio de um relativo conforto não encontrado entre os campesinos e as demais classes populares.