O documento resume as precárias condições de trabalho e atendimento à saúde no Hospital Geral de Caxias do Maranhão, com destaque para: 1) Falta de leitos e equipamentos de proteção para profissionais que cuidam de pacientes com doenças infecciosas; 2) Exames de raio-x realizados sem proteção adequada e equipamentos antigos; 3) Cozinha do hospital inundada quando chove.
1. Hospital Geral:
mais denúncias e descasos
INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXIAS Nº 35 - MARÇO/2014
EXAME DE RAIO-X
Muitas denúncias já foram feitas, mas os pro-
blemas continuam como é o caso da falta de
mais leitos para os pacientes com doenças infeccio-
sas e de equipamentos de proteção individual dos
trabalhadores ao cuidar destes doentes.
Na sala de raio-x a irregularidade é de arreben-
tar com o trabalhador e o paciente. O servidor tra-
balha sem uso do colete de chumbo, sem o crachá
que mede a quantidade de radioatividade e como os
demais trabalhadores da saúde, não recebe insalu-
bridade.
A estrutura física da cozinha adoece as cozinhei-
ras. Quando chove, a água retorna pelo esgoto inun-
A possibilidade de contrair doen-
ças ao buscar um atendimento na
saúde pública em Caxias é enor-
me, isso já não é novidade, pois
o Ministério Público não toma as
devidas providências, isso também
não é novidade, mas é sempre
importante denunciar, para fazer
a comparação, que enquanto os
Coutinhos se tratam em São Paulo,
os Caxienses morrem à espera por
atendimento.
Se o paciente precisa de raio-x, en-
tra na sala que realiza o exame junto
dando o refeitório e por cima, através das goteiras.
Toda área da saúde de Caxias precisa de uma atitude
urgente do Ministério Público.
Outro absurdo, é a forma tirânica de administrar dos
Coutinhos, imposta no hospital,
que é tão grande contra os tra-
balhadores da Saúde posto que
são obrigados a trabalhar mes-
mo doentes, não têm direito de
tirar nenhum atentado médico,
tem que trabalhar até morrer,
veja proibição com a foto ao
lado.
Os Coutinhos cometem crimes
constantemente, esta foto
é a prova de mais um. O Gover-
no divulga em outdoor o Programa
como se toda a rede municipal de
ensino os alunos tivessem sidos
contemplados com um computador.
Sabe-se que apenas algumas esco-
las da zona rural foram contempla-
das com o Programa. Entretanto,
há localidades que os alunos nem
chegam a ligar o laptop, pois falta
energia elétrica na escola.
Na zona urbana, as escolas
não foram contempladas com
o Programa. Existem escolas com
no máximo 10(dez) computadores
e mesmo assim, alguns continuam
Fraudes e mentiras na Educação Municipal
Pequena amostra da precariedade e imundice no
Hospital Geral, ao invés de um ambiente salubre é
um lugar proliferado de bacterias, fungos e vírus
com o técnico sem o uso do avental
de chumbo para se prevenir da ra-
dioatividade, falta banheiro para os
pacientes se trocarem, e têm muitos
ratos. O exame não é de confiança,
o aparelho revelador é antigo, ainda
manual e não recebe a manutenção.
Os Coutinhos para não fugir à re-
gra de pagar o pior salário da região,
pagam a um técnico que se expõe a
tamanha radioatividade, um salário
de apenas R$ 763,00, sem insalubri-
dade, enquanto deveria pagar no mí-
nimo R$ 1.712,00.
nas caixas, outros quebrados, e ou-
tros já estão em laboratórios, porém
sem funcionar por falta de profis-
sional da área.
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2. 2 Informativo SINTRAP
Conquista e materialização de direitos - luta eterna
A bem elaborada matéria “a di-
ficil tarefa”, do Professor Benigno,
relembra e reforça toda a luta dos
trabalhadores públicos municipais
de Caxias pelo cumprimento do
Plano de Cargos, Carreira e Re-
muneração Municipal desde sua
formulação em 2000. Os prin-
cipais desrespeitos são: a valo-
rização vertical que é garantida
por formação (graduação e pós-
-graduação) que segundo o Plano
deveria ser efetivada após 30 dias
da solicitação, isso não ocorre; o
cálculo do salário base que não é
feito conforme o definido na re-
ferida lei e, da mesma forma, a
dispersão salarial.
Quanto à Lei do Piso (Lei Fe-
deral nº 11.738, de 16.07.2008),
desde que entrou em vigor o
SINTRAP vem enfrentando a ti-
rania dos Coutinhos para garan-
tir a materialização do art. 2º,
§ 4°, que parece ser o único art. a
favorecer os trabalhadores ao definir
2/3 da jornada do professor como
parte máxima de interação com alu-
nos, garantindo, por outro lado, 1/3
da jornada de trabalho para ativida-
des extraclasse do professor. O ime-
diato cumprimento desta lei supera
a necessidade de reformulação do
Plano de Cargos dos trabalhadores
da educação, posto que, ela tem
amplitude nacional.
Se aprofundarmos a análise
veremos que, exceto a atualiza-
ção do artigo 45, § 1º e § 2º que
se refere à parte da jornada do
professor para atividade extra-
classe, o PCCR dos trabalhadores
da educação pública municipal de
Caxias tem conquistas relativa-
mente avançadas quando compa-
rado a muitos outros PCCR, inclu-
sive, aos vizinhos Timon e Codó
que realizaram reformulação reti-
rando direitos dos trabalhadores.
Assim, nossa luta tem que con-
tinuar forte para efetivarmos as
conquistas asseguradas pelo Pla-
no vigente e continuar organizan-
do o movimento para avançarmos
em novas conquistas.
Obviamente, que novas conquis-
tas se efetivam por meio de refor-
mulações das leis em vigor, no en-
tanto, estas reformulações também,
são os meios pelos quais os poderes
retiram diretos já conquistados, in-
clusive, históricos, como aconteceu
com os trabalhadores da educação
estadual do Maranhão que tiveram
vários direitos roubados por refor-
mulações de seu PCCR.
Deste modo, precisamos estar
organizados com um movimento
forte e vigilantes a qualquer mani-
festação de reformular nosso Pla-
no, para que não sejam retirados
os direitos assegurados à duras
penas, em enfrentamentos as oli-
garquias que se alternam no poder
municipal.
Muitas são as dificuldades
dessa difícil missão. A co-
meçar pela desvalorização, em
todos os sentidos, dos Educado-
res. Embora bem qualificados, a
remuneração não condiz com o
nível e essencialidade da função.
Mesmo assim, os Professores são
os profissionais que mais gostam
de fazer Pós-Graduação (e fazem
mesmo). O desrespeito começa
pelas autoridades governamen-
tais. Senão, vejamos o exemplo
de Caxias:
Nossa categoria está com o
Plano de Cargo, Carreira e Remu-
neração - PCCR - há muito tempo
sendo desrespeitado, pois o Pla-
no em vigor nunca foi cumprido
em sua totalidade e a Lei Fede-
ral nº. 11.738, de 16.07.2008,
que ficou conhecida como LEI
DO PISO, obriga a atualização
dos planos até então existentes,
para poderem se adequar à refe-
rida lei. O Governo Municipal de
Caxias insiste em “desconhecer”
essa lei;
No art. 2º, § 4°, a LEI DO PISO
fixa o limite máximo de 2/3 (dois
A difícil tarefa
E
ducar é mais que uma
profissão é, antes de
tudo, uma missão com
requinte de arte. Cumprir essa
missão com sucesso é tarefa
difícil para aqueles que se pro-
põem a exercer as atividades de
Educador, especialmente porque
a maior recompensa é a simples
satisfação de, ao final de cada
ciclo educativo, poder contem-
plar seus educandos preparados
para a vida.
terços) da carga horária da jorna-
da de trabalho dos profissionais do
magistério para atividades de sala
de aula (interação direta com os
educandos), ficando o restante da
carga horária reservado para ati-
vidades fora da sala de aula (ati-
vidades extraclasse) tais como:
planejamento pedagógico, corre-
ção de provas, trabalhos e ativi-
dades, preparação de aulas, etc.
Todavia, a Secretária Municipal de
Educação de Caxias, além de não
cumprir a LEI DO PISO, ordenou a
todos os diretores de escolas que
sobrecarreguem os Mestres com
uma jornada acima daquela per-
mitida por lei, ou seja, obrigou os
diretores a se tornarem coautores
desse crime;
O não cumprimento da LEI DO
PISO, no tocante a disponibiliza-
ção de 1/3 (um terço) da carga
horária para atividades pedagó-
gicas (extraclasse), gera a dupla
jornada, na qual o Educador se vê
obrigado a fazer o planejamento,
a correção de provas, trabalhos,
atividades e a preparação de aulas
nos seus momentos de descanso
e até mesmo em sua residência,
comprometendo, assim, sua qua-
lidade de vida e de sua família,
além de prejudicar sua recompo-
sição física e mental após cada
jornada estressante de trabalho, o
que produz consequências drásti-
cas para a Educação de qualidade
que tanto se almeja.
Um exemplo concreto disso é o
que ocorre na escola Professor Ar-
lindo Fernandes de Oliveira, loca-
lizada no conjunto residencial do
bairro Teso Duro. A diretora não
respeitou nem o recesso dos pro-
fessores, que foram obrigados
a retornarem para iniciarem as
aulas antes de terminarem o re-
cesso. Além disso, a escola não
providenciou os Diários de Clas-
se e nem a Secretaria Municipal
de Educação para os Mestres re-
gistrarem o acompanhamento e
desenvolvimento dos educandos.
Os Educadores, principalmen-
te os contratados – que eram a
maioria – foram “aconselhados”
pela direção a comprarem seus
próprios diários, dispondo de
seus salários (destinado a seu
alimento) para financiar despe-
sas obrigatórias para a Prefeitu-
ra, como se já não bastasse os
pincéis e apagadores que a SE-
MEDUC não fornece aos Mestres.
Até quando ficaremos passivos?
- A remuneração dos Edu-
cadores Municipais de Caxias é
a pior da Região. O Prefeito e a
Secretária de Educação mostram
descaso para com a categoria e
toda a comunidade escolar, pois
ao não atenderem e não nego-
ciarem com seus representantes
as justas reivindicações dos Mes-
tres, estão aumentando as insa-
tisfações e revoltas naqueles que
têm a difícil tarefa de formar ci-
dadãos honestos, trabalhadores,
conscientes e cumpridores da lei.
Fica, porém, aqui, a interro-
gação: como o Professor/Mestre/
Educador poderá cumprir, satis-
fatoriamente, sua árdua e impor-
tantíssima missão enquanto está
sofrendo tantas violações?
Professor Benigno Lima
Nascimento. Formado em Ciências
Biológicas e em Psicanálise
Especialista em Microbiologia.
Os Coutinhos não
cumprem o 1/3 da
jornada - Lei Federal
A partir de julho de 2008 to-
dos os professores tem o direito
garantido em Lei Federal a 1/3
da jornada semanal fora da sala
de aula para as atividades de
estudos e planejamentos. Em
Caxias os professores nunca ti-
veram a garantia deste direito.
Todo ano a Secretária de Educa-
ção, ao contrário da Lei, aumen-
ta a carga horária de trabalho.
Este ano, enquanto o Sin-
dicato denuncia o não cumpri-
mento de 1/3 da jornada para
os professores e entra com uma
Ação Judicial, para a Justiça
determinar o cumprimento da
Lei, a Secretária apresenta um
calendário anual, onde reserva
apenas um dia por mês, para o
planejamento, o qual não é con-
tado como um dia letivo, ferindo
assim a Lei do Piso que determi-
na que seja reservado 1/3 da
jornada, semanalmente, para
estudos e planejamento.
Assim conforme o calendá-
rio da Secretária, será agregada
mais 32 horas de trabalho na jor-
nada do professor para que seja
cumprido os 200 dias letivos.
Deste modo, o professor será
obrigado a trabalhar sem receber,
porque não está contido na jor-
nada o planejamento e também
não é pago como hora extra.
Qual o entendimento que a
Secretária tem de planejamen-
to? Ao que parece para Se-
cretária o Planejamento não é
uma atividade pedagógica que
norteia o trabalho do professor,
mas uma atividade de punição.
Se não contar como jornada de
trabalho, o professor não pode
levar falta e vai se quiser.
Pais de alunos
da escola Costa
Sobrinho
Converse com seus filhos,
pora que eles não encostem nas
paredes dos banheiros da Escola
por que estão prestes a desabar,
não entrem de dois alunos e não
empurrem a porta dos banhei-
ros. Eles devem obedecer ao vi-
gia que fica na porta controlando
a entrada individual, pois o de-
sastre está prestes a acontecer!
Todas as autoridades já foram
avisadas, Corpo de Bombeiro,
Defesa Civil, Secretaria de Infra-
estrutura, Secretaria de Educa-
ção e Promotoria Pública Estadu-
al e mesmo assim os banheiros
não foram interditados e o risco
de acidente está cada vez mais
evidente.
Aviso
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3. 3Informativo SINTRAP
Jornalista/Diagramador: Giovani Castro
Contatos: (86) 8817-6606 / 9473-7039 | E-mail: wanlenyo@bol.com.br
Acrisio Mota, Silvana Moura, Nazeré
Lima, Arimatéia Rocha, Zenaide Rocha, Francinete
Soares, Carla de Nazeré, Creusimar Alencar, Jesus
Santana, Francinaldo, Auricélia
expediente
SEM NOÇÃO
Tem diretor de escola so-
licitando dos professores que
preencha online as caderne-
tas do ano passado. Um ano
letivo que já foi concluído e
que na época assim como
agora as escolas não tinham
e nem têm um sistema pre-
parado para a tarefa. É todo
dia mais serviço para o pro-
fessor.
REFORMA MEIA PAREDE
Na creche São Vicente de
Paula ocorreu reforma geral.
Para quem chega de fora,
pensa que ficou perfeita. Mas
para os professores que tra-
balham lá, ainda sofrem mui-
to, pois o barulho de uma
turma interfere no desenvol-
vimento do trabalho da ou-
tra. As salas continuam sepa-
radas por meia parede.
PRIVATIZAÇÃO
Os vereadores se apossam
de toda a prestação do servi-
ço público de Caxias, primei-
ro foi a coleta de lixo com os
carros compressor. Comenta-
-se agora que o vereador Ma-
rio Assunção se prepara para
criar uma empresa para ter-
ceirizar o serviço de vigilân-
cia. É assim que vereadores
crescem seu patrimônio, fa-
zendo negociatas com o go-
verno.
AÇÃO DO POVO
Do jeito que o povo tem
feito com o Prefeito, tem que
fazer com os Vereadores,
vaiar onde for citado ou apa-
recer.
POVOADO CAXIRIMBU
No posto de saúde do po-
voado Caxirimbu, a zeladora
foi demitida, agora os ou-
tros funcionários estão sendo
obrigados a fazerem a lim-
peza do posto, por ordem da
enfermeira de “confiança” do
Prefeito que passa o tempo
todo os ameaçando de de-
missão.
MOTORISTAS
A situação dos trabalha-
dores municipais é péssima
em todos os setores, com os
motoristas não é diferente, a
fome é de arrebentar. As diá-
rias que recebem em viagens
não dão para suas despesas
com alimentação; a maioria
das secretarias não pagam
as diárias antes da viagem,
chegam a passar um mês en-
rolando; os valores das diá-
rias estipulado no decreto,
é baixo, apenas R$ 60,00 e
para os motoristas da Secre-
taria de Saúde que estão de
plantão só pagam R$ 50,00
e para os que estão de folga
no seu sossego recebem R$
100,00, após 30 dias.
D E N Ú N C I A S
Mesmo com tanta evolução
da ciência e na medicina pare-
ce que a população de Caxias
vai voltar ao tratamento das
benzedeiras, chás caseiros,
garrafadas e promessas, devi-
do a falta de respeito do gover-
no com a população carente,
muitos que procuram a saú-
de pública se não tiver algum
recurso o atendimento não é
concluído.
Uma criança ao chegar ao
Hospital Infantil para fazer de-
terminados exames demora o
dia inteiro. Quando consegue
fazer o exame o médico de
plantão se recusa a fazer cirur-
gia, porque já está de saída e a
Hospital Infantil mendiga ambulância
criança fica para o atendimen-
to do outro plantonista. Toda
essa demora é devido às más
condições de trabalho que não
favorece o atendimento. No
Hospital Infantil não tem uma
ambulância para transportar a
criança que precisa fazer um
exame fora, ficam os técnicos
e enfermeiros mendigando um
carro da Secretaria de Saúde
ou a família que viabiliza.
Este atendimento é demo-
rado porque quando um tra-
balhador vai levar uma criança
para fazer exames, a ambu-
lância do SAMU não vai buscá-
-lo e quando vai já se passa-
ram muitas horas de espera. E
também quando o trabalhador
entra de férias ou de licença,
não é colocado outro para re-
alizar seu trabalho, o serviço é
acumulado para os que ficam
e o atendimento se torna mais
moroso.
Nos exames de sangue, mui-
tas vezes são coletados pelos
técnicos de enfermagem, quan-
do deveriam ser feitos por téc-
nicos de laboratórios. O pior é
que os materiais coletados são
transportados de forma irres-
ponsável, isto é, quem trans-
porta são pessoas sem habi-
litação alguma, sem nenhum
equipamento adequado, em
motos sem proteção alguma.
Na Maternidade Carmo-
sina Coutinho, o desrespei-
to com os trabalhadores e a
população é visível, pois são
obrigados a beberem água
direto da torneira, são mais
de 150 atendimentos diários
de pacientes e visitantes, lá
existe apenas um bebedouro
no corredor do setor de obs-
tetrícia, sem falar no calor
Maternidade Carmosina Coutinho
insuportável dentro das enfer-
marias, que muitas vezes as
famílias têm que levar ventila-
dores de suas casas para seus
pacientes.
Um crime, os técnicos de
enfermagem estão sendo co-
agidos a fazerem medica-
ção sem prescrição médica. E
aqueles que se negam a fa-
zer a medicação, estão sendo
ameaçados de demissões por
uma determinada enfermeira
de “confiança” do governo.
Assim como nos outros lo-
cais de trabalho da saúde, na
Maternidade Carmosina Couti-
nho também os trabalhadores
não têm onde repousar, quan-
do estão muitos cansados, fica
em uma sala pequena sem
cama e sem ventilador.
PSF do Castelo
Branco, mais um
abandonado
É difícil entender que
um local que cuida da
saúde fique em abando-
no como é comum à situ-
ação dos Postos de Saúde
de Caxias, a realidade de
um Posto é transportada
para a maioria. Muitos de-
veriam estar interditados,
isto se a vigilância sanitá-
ria e o Ministério Público
cumprisse seu papel.
No Posto de Saúde do
Castelo Branco a situação
é esta: não tem filtro, o es-
goto é a céu aberto espa-
lhando mau cheiro e con-
taminação; banheiro com
entupimento; mofo em
todas as salas; o médico
atende na sala do dentis-
ta porque a sua sala tem
cheiro de cocô e xixi de
gato e rato; os prontuários
dos pacientes são guarda-
dos em uma caixa de pa-
pelão por falta de armário;
a caixa d’água tem vaza-
mento e não tem tampa.
Na localidade Trabalhosa, a
situação continua crítica, pois lá
os alunos estudavam dentro de
uma tapera, como já foi denun-
ciado por este Jornal “A Voz do
Trabalhador” e na Revista Nova
Escola em dezembro de 2011. O
governo Coutinho, para ludibriar
os moradores daquela localida-
de, começou a construir uma es-
cola de alvenaria em 2012, fez
campanha para eleger seu so-
brinho, porém nunca concluiu a
construção da escola.
A comunidade local decidiu
que seus filhos iriam estudar na
escola nova, mes-
mo que esta não
esteja concluída,
o governo que de-
testa educação,
não está dando
nenhuma assis-
tência, pois os
“móveis” são os
mesmo do tempo
da tapera.
Mais descaso na Escola Trabalhosa
Outra comprovação do desca-
so com a Educação caxiense, é
que nesta localidade, está lotada
uma professora especialista em
braile, porém na redondeza não
há um aluno sequer que neces-
site de seus trabalhos. A profes-
sora fica constrangida por não
fazer nada e que pode ser útil
em outra escola. Já na escola
Guiomar Cruz Assunção neces-
sita de um profissional em braile
e não tem.
A secretária de Educação sabe
desta situação, mas não faz nada
para mudar esse descaso.
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4. 4 Informativo SINTRAP
Irregularidades na prestação de contas do FUNDEB
A representação dos professo-
res no Conselho do FUNDEB re-
quereu a presença do Presidente
do Caxias-Prev a comparecer a
uma das reuniões ordinárias para
que explicasse porque as licen-
ças saúde e licenças maternidade
continuavam sendo pagas irre-
gularmente na folha do FUNDEB
e como era feito o ressarcimento
destas despesas para a Educação.
O Presidente do Caxias – Prev,
compareceu no dia 20 de feve-
reiro de 2014 ao Conselho e a re-
presentação dos professores fez
a sabatina sobre a caixa preta do
Fundo de Pensão e Aposentado-
rias (Caxias-Prev).
A pergunta sobre a irregulari-
dade foi lançada e na maior cara
limpa, Anísio Vieira Chaves Neto,
Presidente do Caxias-Prev, falou
que “o Caxias – Prev é um fundo
muito fácil de pegar o dinheiro”;
“que daqui a 10 anos as aposenta-
dorias estarão mais difíceis”; fal-
ta perito para analisar as licenças
saúde, por não haver concurso pú-
blico e o salário é baixo. Por isso
a Secretária de Educação continua
pagando as licenças e no momen-
to de repassar o desconto arreca-
dado dos servidores é descontado
o valor das licenças.
Na reunião do Conselho do
FUNDEB a cena mais artificial foi
o presidente querer sustentar que
há prestação de contas dos recur-
sos do Fundo para o Conselho no
Caxias – Prev que está funcionan-
do. A verdade é que o Sindicato
fez uma representação junto ao
Ministério Público pela falta de re-
gularização deste Conselho, uma
vez que os representantes dos
servidores eleitos no interior do
Sindicato em uma Assembleia Ge-
ral específica não foram empossa-
dos. Mesmo a representação dos
professores colocando esta infor-
mação o Presidente insistiu que foi
intimado pelo Ministério Público,
que esteve por lá e colocou em
pratos limpos e o Conselho está
normalizado e funcionando. Outra
irregularidade, como pode o Con-
selho estar normal e funcionando,
se os representantes dos servi-
dores nunca foram empossados e
não receberam uma convocatória
para reunião?
O Fundo, segundo Anísio Vieira
Chaves Neto, tem uma arrecada-
ção mensal de R$ 800.000,00 (oi-
tocentos mil reais) e uma despesa
de mais ou menos 700 pensões e
aposentadorias e mais 26 funcio-
nários. Eram mais funcionários,
mas o Tribunal de Contas deter-
minou que demitissem 16 funcio-
nários para enxugar a folha com
os gafanhotos. A maior revelação
foi que o Fundo paga as despesas
de licenças saúde e licenças ma-
ternidade, COMO? A Secretária de
Educação desconta estas despesas
antes de repassar a arrecadação
para o Caixas-Prev. Se for assim
mesmo, mais uma prova de de-
sonestidade de Sílvia Carvalho, a
Secretária faz uma prestação de
contas incluindo as despesas de
licença saúde e maternidade na
Folha do FUNDEB, isso é percebido
todo mês desde o início do manda-
to dos Coutinhos em 2005.
Apesar do Conselho do FUNDEB
ser composto pela maioria de ser-
vidores públicos municipais de Ca-
xias e dentre eles sete serem pro-
fessores, as perguntas só partiram
da representação dos professores
escolhidas no Sindicato, os ou-
tros cinco se mantiveram cala-
dos ou defendendo o Governo.
Foi como se o assunto não lhes
interessassem, pois estão ali ce-
gamente apenas para aprovar as
contas do Fundeb todos os me-
ses, mesmo com as irregularida-
des apontadas pela representa-
ção dos professores.
OSindicato protocolou um
ofício solicitando uma
audiência e entregou cópia em
cada gabinete de vereador,
mas na hora da sessão não foi
colocado em pauta o ofício. Os
professores que estavam na
plenária se retiraram e fizeram
uso do carro de som chamando
a atenção de quem passava e
da imprensa.
Com esta atitude os Vereado-
res foram acuados, uns saíram
de imediato, Antonio Luís, irmã
Nelzi, Luís Carlos, Manoel da Ca-
çamba e Benvinda, com medo de
juntar mais gente. Jerônimo saiu
se escondendo por traz de Ana
Lúcia que passou escoltada pela
segurança da Câmara, os ou-
tros mais defensores do Gover-
no, Paulo Simão, Luís Lacerda e
Mário Assunção chamaram a po-
Fechar a Câmara de Vereadores é um benefício para Caxias
lícia para serem escoltados. Com
a presença da polícia protegendo
os Vereadores o grito dos popula-
res foi em coro “polícia protegendo
bandido”!
Na sessão seguinte o Sindica-
to insistiu com a mesma ação de
protocolar ofícios solicitando a au-
diência pública, o resultado com
os Vereadores não foi diferente, a
maioria não compareceu à sessão
e os presentes não assumiram a
discussão, preferiram não rea-
lizar nenhum trabalho alegando
falta de quórum. Então população
caxiense, existe oposição em Ca-
xias? Parece que todos estão sob
o comando do Prefeito. Nunca será
possível uma representação dessa
fazer defesa verdadeira dos sofri-
mentos e das necessidades dos
trabalhadores.
O Vereador Durval Junior saiu
chamando os professores de va-
gabundos. Virou rotina Vereador
de Caxias ridicularizar professor.
Em outro momento Catulé bateu
na cara de uma professora, José
Claudio fez gestos obscenos para
outra e agora foi Durval Junior
agredindo verbalmente. Ora lei-
tores, se os professores que têm
duas jornadas de trabalho em
sala de aula são chamados de
vagabundos, os vereadores que
não fazem nada, são o quê?
Os vereadores que se dizem
oposição teriam que, no mínimo,
ler o ofício e provocar a abertu-
ra do espaço para os trabalha-
dores fazerem a exposição da
pauta de reivindicação dos ser-
vidores públicos municipais e
como está o atendimento des-
tes serviços à população. O mí-
nimo não aconteceu, então se
fechar a Câmara de Vereadores,
a população só tem a lucrar, por-
que será menos um órgão públi-
co que os trabalhadores susten-
tam sem funcionar a seu favor.
É um grupo que vive muito bem
às custa dos trabalhos de mui-
tos, que produzem a riqueza do
município para eles negociarem
com o prefeito pousando de re-
presentantes do povo.
Novamente a Câmara de Vereadores provou para a popula-
ção de Caxias que não tem nenhum sentido sua existência.
A população assistiu o desrespeito dos Vereadores em discutir os
problemas dos trabalhadores, quando tocam no assunto é só para
encher linguiça, fazer discurso de falsa oposição para sair na mídia,
ao perceberem que a coisa é séria e que os trabalhadores irão pegar
pesado, fingem que não sabem do problema para não se envolverem.
Foi assim com os trabalhadores públicos municipais de Caxias antes
do Carnaval.
Vereador Durval Júnior
agride trabalhador
do Hospital Geral
Há muito tempo não se pre-
sencia qualquer postura de Ve-
reador que demonstre o menor
compromisso com as necessida-
des do povo. Os indivíduos que
vem ocupando as cadeiras legis-
lativas de Caxias a cada dia de-
monstram que o único interesse
é participar da divisão dos recur-
sos públicos, seja entrando no
rateio dos recursos públicos, seja
apenas pelos altos salários e as
gordas verbas de gabinete.
Mais grave ainda é constatar
que, além de verdadeiros san-
guessugas e parasitas que vivem
do sangue dos trabalhadores, es-
ses vereadores estão cada vez
mais se tornando também agres-
sores físicos e verbais aos que
não suportam “carregá-los” nas
costas, calados, e os denunciam.
O “vereador” Durval Júnior,
não se contentando com a agres-
são do dia 26/02/2014, quando
saiu da farsa da “sessão” cha-
mando os trabalhadores de va-
gabundos, justamente porque
denunciavam o picadeiro de
oportunistas que virou a Câmara
de Caxias, foi até o Hospital Geral
onde, juntamente, com familia-
res, agrediu profundamente um
trabalhador da saúde, em pleno
local de trabalho e no exercício
da sua função, chamando-o de
vagabundo e fazendo ameaças,
inclusive de demissão.
É claro que o trabalhador não
se intimidou e encarou o agres-
sor, e logo que saiu do trabalho
foi ao 1º Distrito Policial e regis-
trou um boletim de ocorrência,
que será peça para uma Ação ju-
dicial que o trabalhador moverá
contra o “vereador” por injúria,
assédio e danos morais.
Mas povo tem a resposta na
“ponta da língua” à pergunta
quem é vagabundo: os professo-
res? o trabalhador da saúde? que
todos os dias penam sob uma
dura jornada de trabalho, rece-
bendo 1,5 salários mínimos ou
alguém que recebe R$ 13.500,00
(treze mil e quinhentos reais),
para vestir um paletó e ficar ro-
dando em uma confortável cadei-
ra de estofado, por alguns minu-
tos durante dois dias na semana?
Parece que em Caxias não
teremos outra possibilidade a
não ser procurar uma forma de
acabar com a Câmara de Verea-
dores, por dois motivos: acabar
com parte da farra com os recur-
sos públicos e acabar com o cen-
tro de formação de agressores.
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