O documento descreve a origem e significado do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, incluindo a tradição de que São Simão Stock recebeu uma visão da Virgem Maria prometendo proteção especial aos que o usassem devotamente. Também menciona as graças associadas ao Escapulário como livramento do Purgatório e participação nas boas obras da Ordem do Carmo.
1. João XXIII e Paulo VI consideram-no como grande graça concedida ao mundo - P.O.J.R.
IMPOSIÇÃO DO ESCAPULÁRIO POR UM SACERDOTE
- Senhor Jesus Cristo, Salvador dos homens, † abençoai este hábito de Nossa Senhora de
Carmo, que, como sinal de Consagração a Maria, vai ser imposto ao vosso servo, para que pela
intercessão de Maria Santíssima, possa alcançar maior plenitude de graça.
(Asperge o Escapulário com água benta)
[IMPOSIÇÃO:] - Recebe este santo hábito para que, trazendo-o com devoção, te defenda do mal,
e te conduza à vida eterna. - Amém.
(Coloca-o ao pescoço de cada pessoa)
- Participas desde este momento de todos os bens espirituais, de que gozam os religiosos do
Carmo, em Nome do Pai † e do Filho e do Espírito Santo.
- Amém.
- O Senhor que se dignou admitir-te entre os confrades do Carmo, † te abençoe; e mediante este
sinal de Consagração, te faça forte na luta desta vida, e te conduza à felicidade eterna. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo.
- Amém.
(Asperge o Confrade com água benta)
Origem do Carmelo
Segundo a tradição os carmelitas tiveram sua origem nos profetas Elias e Eliseu e
seus seguidores, foram continuados depois pelos filhos dos profetas - instituição
surgida na época do profeta Samuel e mais tarde pelos essênios. Já na era cristã,
pelos ermitães que povoavam o Monte Carmelo (+ ou – no ano 83).
Uma capela foi construída em honra a Nossa Senhora no Monte Carmelo por esses
ermitães. Em 1185 um monge grego chamado João Focas foi visitar o monte
Carmelo e lá encontrou com São Bertoldo com mais cerca de dez eremitas que com
ele viviam junto à gruta do Profeta Elias, ao morrer São Bertoldo (1208), Brocardo,
passou a dirigir o grupo pedindo ao patriarca de Jerusalém, Santo Alberto de
Vercelli (1214), que compusesse uma regra para a Ordem.
Em meados do século XIII por causa dos ataques mulçumanos, os eremitas tiveram
que abandonar várias vezes o Monte Carmelo, até que em 1291, enquanto
cantavam a Salve Regina, foram martirizados e seu convento queimado. Mas a
ordem subsistiu, pois muitos dos monges eram europeus e havia fundações em
vários locais da Europa, Espanha, Inglaterra, etc.
Origem do Escapulário
Latim: scapulae = ombros
No século VI com São Bento o Escapulário era constituído por uma faixa em forma
de cruz posta sobre o peito e costas para auxiliar o ajuste do hábito nos afazeres.
Um século mais tarde, mudou de significado, tornou-se uma espécie de capuz
alongado que protegia a testa e os ombros da chuva, frio e neve.
Em 821 essa peça já descia até os joelhos, depois descendo até os pés (1200). A
imposição nas formas de profissão monástica se deu gradualmente sendo hoje
parte integrante de quase todos os hábitos religiosos.
Ordem Terceiras e Oblatos – Com o tempo as ordens masculinas foram se
desdobrando surgindo os ramos femininos (Ordem Segunda) e de leigos (Terceira
ou Oblatos), esses “irmãos” recebiam um hábito mais simples, que usavam
continuamente ou, nos domingos e festas. No início não se encontra menção do
Escapulário no hábito dos Oblatos beneditinos nem é mencionado na regra da
2. Ordem Terceira de São Francisco 1221, porém com o tempo tornou-se usual portar
sob as vestes, um Escapulário de tamanho considerável, do mesmo tecido que o
das Ordens Primeiras.
Confrarias
Para muitos leigos que por motivos diversos não poderiam ingressar nas Ordens
Terceiras foram fundadas as confrarias, os confrades participavam dos bens
espirituais das Ordens aquém estavam ligados, mas não tinham votos. A confraria
de Nossa Senhora do Carmo é a mais antiga (1280).
Para essas confrarias surgiu então uma miniatura do Escapulário dos religiosos,
seus confrades deveriam portá-lo continuamente. Finalmente várias Ordens
religiosas receberam da Igreja a faculdade de benzer pequenos Escapulários e
impô-los aos fiéis, independente de estarem os fiéis ligados ou não ligados a
confrarias.
São Simão Stock (1165 a 1265)
- Nascido na Inglaterra, sua mãe o consagrou antes de nascer à Santíssima Virgem.
- Negava-se a mamar se a mãe antes não rezasse uma Ave-Maria.
- Aprendeu a rezar com pouquíssima idade e começou pelo Pequeno Ofício da
Santíssima Virgem e o Saltério.
- Aos 7 anos iniciou seus estudos das Belas Artes no colégio de Oxford, foi nessa
época que também consagrou sua virgindade à Santíssima Virgem.
- Aos 12 anos abandonou a família e foi viver em uma gruta em uma floresta
isolada, tinha uma cruz, uma imagem de Nossa Senhora, bebia água da chuva e
3. comia ervas e raízes. De vez em quando um cão misterioso levava um pedaço de
pão para ele, assim viveu por 20 anos.
- Nossa Senhora revela a ele seu desejo de sua união com os monges que viviam
no Monte Carmelo, na Palestina (Inglaterra) , estudou teologia e recebeu assim as
sagradas ordens.
- Recebeu o hábito no ano de 1213 e 13 anos depois foi nomeado Vigário Geral de
todas as províncias européias.
- Na manhã do dia 16/07/1251, suplicava a Mãe do Carmelo Sua proteção, pelos
ataques que o Carmelo estava passando e como ele mesmo narrou ao seu
secretário e confessor Padre Pedro “a Virgem me apareceu em grande cortejo, e,
tendo na mão o hábito da Ordem, disse-me: Recebe, diletíssimo filho, este
scapulárioE de tua ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu
obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma
salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem
morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno”.
- Essa graça foi difundida rapidamente pelos lugares onde os carmelitas estavam
estabelecidos e foi autenticada por muitos milagres.
- A ordem do Carmo se multiplicou sob a direção do santo, poucos anos depois de
sua morte, no fim do século XIII, a ordem contato com 7.500 mosteiros e solidões
e também com 120 mil religiosos.
- Morrendo com 100 anos no dia 16 de maio de 1265, de seu sepulcro saíram raios
de luz durante 15 dias depois de sepultado, o que levou o bispo mandar abrir o
túmulo, e o corpo do santo emitia raios de luz e exalando delicada fragrância.
Graças dadas por Nossa Senhora a quem traz devotamente o Escapulário
1- Grande Promessa;
2- Privilégio Sabatino;
3- Participação de todas as boas obras que se praticam em toda a Ordem do
Carmo.
1 – Aquele que morrer piedosamente, não padecerá das penas do inferno, receberá
à hora da morte a graça da perseverança final (estado de justiça); ou então a graça
de conversão e perseverança final.
2 – No século XIII Nossa Senhora apareceu ao Papa João XXII, prometeu especial
assistência aos que trouxessem o Escapulário do Carmo, dizendo que os livrariam
do Purgatório no primeiro sábado após a sua morte.
3 – Tudo o que cai sob o comum denominador de “boas obras” – como virtudes,
satisfações, imolações, frutos das missões, prática dos votos, austeridades da vida
do claustro, forma um acervo comum que se reparte entre todos.
4. Medalha-Escapulário
Em 1910, São Pio X, concede a permissão de se usar uma medalha de metal,
devendo ter em uma das faces o Sagrado Coração e na outra a Santíssima Virgem,
devem ser levados ao pescoço ou de outra maneira conveniente, ganhando-se com
o seu uso quase todas as indulgências e privilégios concedidos aos pequenos
Escapulários.
O Santo Papa o fez para atender aos apelos de missionários de zonas tórridas, em
favor dos nativos, os pedaços de lã ficavam logo em condições intoleráveis, ás
vezes sendo ninho de vermes pelo calor.
Para se gozar o privilégio da Medalha-Escapulário do Carmo "é de todo necessário
que se receba antes a bênção e imposição do Escapulário de lã, com a fórmula
prescrita e cumprindo com os demais requisitos. Se antes não se impõe o
Escapulário uma vez para toda a vida, a medalha não serve, mesmo que benta por
um sacerdote com faculdade para tal e com a intenção de que valha como
Escapulário" (EE, p.293.)
Embora condescendendo em conceder à medalha as graças do Escapulário, São Pio
X declarou muito explicitamente "seus veementes desejos de que todos os fiéis
continuassem levando o Escapulário da mesma forma que antes", e que a medalha
só fosse usada quando houvesse um incoveniente real em se levar o Escapulário de
lã.
Observações finais:
- Para se gozar os privilégios, é necessário ter recebido devidamente o Escapulário,
isto é, imposto por um sacerdote com o poder para tal.
- Ao contrário do que se dá com o Escapulário de lã, no qual basta só o primeiro ser
bento, cada Medalha-Escapulário que se troca precisa ser benta.
- Que o Escapulário seja como prescreve a Igreja, isto é, feito de dois pedaços de lã
(e não de outro material), ligado entre si por fios, e da forma
quadrangular ou retangular e nas cores marrom, café ou negro.
- Que uma de suas partes caia sobre o peito e a outra sobre as costas.
- Que se observe a castidade segundo o estado.
- Que se rezem as orações prescritas pelo sacerdote que o impôs, a prática que
geralmente era imposta, era a recitação dos Sete Padre-Nossos, Ave-Marias e
Glória em louvor das Sete Alegrias de Nossa Senhora mais jejuns prescritos.
- Pode ser imposto mesmo em pecadores moribundos que o aceitem, pois lhe será
penhor de salvação.
- O Escapulário pode ser imposto mesmo em crianças que não chegaram ao uso da
razão, pois servir-lhes-á de "defesa e salvação nos perigos".
5. - Quando ocorre à substituição do Escapulário, o mais correto de eliminar o antigo
é, por respeito, queimá-lo, e nunca jogá-lo ao lixo como traste velho.
- O Papa Pio XI, por decreto de 8 de maio de 1925, aprovou o que conhecemos
porEscapulário protegido , isto é, os dois pedaços de lã protegidos por plástico ou
material qualquer.
- Para atender a um apelo do Geral dos Carmelitas Descalços, São Pio X concedeu
aos soldados de todo o mundo a faculdade de impor-se (em tempo de guerra) a si
próprios o Escapulário do Carmo. Para isso é necessário que o soldado tenha um
Escapulário propriamente bento, e que o ponha no pescoço ou, no caso de
impossibilidade, ao menos no ombro, de maneira que uma parte penda no peito e
outra nas costas. E que no momento da imposição ou logo depois, reze algumas
preces à Santíssima Virgem, como a Ave-Maria ou o Lembrai-Vos. Deste modo ele
será membro da Confraria e terá direito a todos os seus privilégios.
(Ami duClergé, na. 30, o.683, in Santiago Costamagna, bispo de Colônia, "Tesoro
Moral Litúrgico" 6, México, Escuela Tipo-Litrografica Salesiana, 1908, 4ª edição,
p.287)
Os santos e o Escapulário
Santa Teresa de Jesus – zelava para que suas religiosas dormissem com ele posto.
Santo Afonso Maria de Ligório – recomendava- o aos fiéis. Seu Escapulário
permaneceu incorrupto no sepulcro, e é venerado num relicário em Marianella, sua
terra natal, assim como o escapulário de São João Bosco que em 1929, ou seja, 41
anos depois da morte do santo estava em perfeito estado de conservação.
Papa convida a usar o escapulário
18.07.2011 - “Sinal particular da união com Jesus e Maria”
CASTEL GANDOLFO – Bento XVI convidou, neste domingo, a usar o escapulário de Nossa Senhora do
Carmo, como “um sinal particular da união com Jesus e Maria”.
O Pontífice recomendou, em polonês, que se use este objeto de tecido, de cor marrom, que se pendura
no pescoço, no final do seu encontro com os peregrinos por ocasião do Ângelus.
Não parece coincidência que o Santo Padre tenha dito estas palavras em polonês, pois João Paulo II
usava o escapulário desde a sua juventude e via nele um símbolo de “defesa nos perigos, selo de paz e
sinal do auxílio de Maria”.
As palavras de Bento XVI ressoavam um dia depois da celebração da memória de Nossa Senhora do
Carmo, que recorda este gesto de devoção.
“O escapulário é um sinal particular da união com Jesus e Maria – disse. Para aqueles que o usam,
constitui um sinal do abandono filial na proteção da Virgem Imaculada. Em nossa batalha contra o mal,
que Maria, nossa Mãe, nos cubra com seu manto”, concluiu.
Como explica a Ordem dos Carmelitas Descalços no seu site, o escapulário, em sua origem, era um
avental que os monges usavam sobre o hábito religioso durante o trabalho manual. Com o tempo,
assumiu o significado simbólico de querer carregar a cruz de cada dia, como os verdadeiros seguidores
de Jesus.
A própria Ordem esclarece que o escapulário não é “um objeto para uma proteção mágica (um
amuleto)”, “em uma garantia automática de salvação”, “nem uma dispensa para não viver as exigências
da vida cristã, muito pelo contrário!”.
Fonte: www.zenit.org
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O ESCAPULÁRIO DO CARMO
Quem não o trará consigo como penhor de salvação eterna e proteção nos perigos, se Deus o
concedeu ao mundo para honrar Sua Mãe e ajudar a salvar e proteger os seus filhos justos e
pecadores?
Foi em 16 de julho de 1251 que Nossa Senhora, aparecendo a S ão Simão Stock, superior geral dos
Carmelitas, lho entregou dizendo: "Recebe meu filho, este Escapulário da tua Ordem, como sinal
distintivo da minha confraria e selo do privilégio que obtive para ti e para todos os Carmelitas. O que
6. com ele morrer, não padecerá o fogo eterno. Este é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos
e prenda de paz e de aliança eternas".
Setenta anos mais tarde, aparece a Vírgem ao Papa João XXII, confirma esta promessa e acrescenta
outra, chamada a do privilégio sabatino, em que, mediante determinadas condições, a alma do confrade
Carmelita será livre do Purgatório se lá estiver, no sábado a seguir à sua morte. Os Soberanos
Pontífices consideram como pertencentes à Ordem do Carmo, todos os que recebem o seu escapulário.
Para que todos possam usufruir das graças inerentes ao Escapulário, Sua Santidade, o Papa PIO X, em
16 de Dezembro de 1910, concedeu que o Escapulário, ema vez imposto, pudesse ser substituído por
uma medalha que tenha dum lado Nossa Senhora sob qualquer invocação (Carmo, Dores, Conceição,
Fátima, etc.) e do outro lado, o Coração de Jesus, e benzida com o simples sinal da cruz, na intenção
de substituir este Escapulário.
Em 28 de Janeiro de 1964, o Papa Paulo VI concedeu ainda que todos os Sacerdotes pudessem impor
o Escapulário e substitui-lo pela respectiva medalha, pois até aí era um privilégio dos Padres Carmelitas
e de outros Sacerdotes que o pedissem à Santa Sé, e nisto se mostra o desejo da Santa Igreja de que
todos o tragam.
CONDIÇÕES
· Para a 1* graça (ser livre do fogo do Inferno, a mais importante de todas):
Ter recebido este Escapulário imposto pelo Sacerdote e trazê-lo, ou a medalha que o substitui. Morrer
com ele ou com a medalha, o que significa que se saiu deste mundo em estado de graça santificante.
· Para a 2* graça (isto é, o privilégio sabatino: ser liberto do Purgatório no primeiro sábado, depois da
morte, se para lá se foi):
Além das condições para a primeira graça, que é a mais importante, guardar ainda a castidade própria
de cada estado, que aliás, já obrigatória para todos por mandamento divino; rezar, sabendo ler, todos
os dias, o pequeno Ofício de Nossa Senhora, ou, não sabendo, abster-se de comida de carne nas
quartas-feiras e sábados.
Estas obrigações podem ser comutadas (a reza do Ofício e da abstinência de comida de carne) por um
Sacerdote, o que impôs o Escapulário ou o Confessor, por outra obra pia, por exemplo: a reza de 7
(sete) Pai-Nossos, 7 Ave Marias e 7 (sete) Glórias, ou pela reza do Terço ou por outra mais fácil.
Quem reza o Terço todos os dias, esse vale sem ser preciso mais nada, podendo aplicá-lo por todas as
intenções de costume. O Sacerdote, que reza o Ofício divino, também já cumpre sem ser preciso outra
comutação. Aos homens e às crianças, que normalmente rezam menos que as mulheres, pode-se
comutar por 3 Aves Marias, rezadas diariamente. Assim aconselha o Santo Padre Cruz, que foi um
grande Apóstolo do Eascapulário.
QUEM O PODE RECEBER?
Todos os Católicos que o peçam, o podem receber, imposto por um Sacerdote. Podem-no receber
ainda as crianças batizadas, mesmo inconscientes e os doentes destituídos dos sentidos, pois, parte-se
do princípio que, se conhecessem o seu valor, o quereriam receber.
É ótimo o costume de o por logo no dia do Batismo.
O Escapulário é de tecido de lã de cor castanha ou preta, mas o mais comum é o de cor castanha. O
Escapulário, uma vez benzido, não precisa de nova bênção quando se substitui por outro; a medalha
sim, precisa de nova bênção.
O valor do Escapulário está no tecido de lã com a bênção própria e não nas imagens que costuma ter.
Pode ser lavado, podem-se mudar os cordões, pode ser revestido de plástico para não sujar, etc.
Devemos andar sempre com ele ou com a medalha, e sobretudo, tê-lo à hora da morte. Nunca o
deixemos, mesmo ao tomar o banho. Quem o recebeu e deixou de traze-lo consigo, basta que comece
de novo a usá-lo, ou à medalha, sem precisar de nova imposição.
Sua Santidade Pio X concedeu que os militares em campanha possam impor a si próprios o Escapulário
ou a medalha, uma vez benzidos pelo Sacerdote, e que tendo acabado a sua missão, continuem a
usufruir de todas as graças e privilégios a ele inerentes, sem o terem de receber de novo.
Certamente que o Escapulário não dispensa dos Sacramentos, que são os meios instituídos por Nosso
Senhor como via normal para nos santificar, nem dispensa das práticas das virtudes. Não coloca no
Céu as almas em pecado mortal, mas ajuda a bem receber os Sacramentos e à conversão da alma e a
perseverar no bem. Ajuda a sair do estado de pecado mortal, onde houver um mínimo de boa vontade.
O Escapulário do Carmo é um dom misericordioso do Céu, obtido por intercessão da Mãe da
Misericórdia, já que os justos e os pecadores custaram o Sangue de Jesus e as Lágrimas e Dores de
Maria Santíssima.
ALGUNS EXEMPLOS
· Proteção nos perigos - Há alguns anos, 3 (três) mocinhas foram passar uma tarde n a praia da Costa
de Caparica ( Portugal) . Era num tempo em que as roupas de banho e as praias não tinham descido à
degradação dos tempos atuais. Todas tinham o Escapulário do Carmo e nenhuma sabia nadar. Só uma
persistiu em o levar, as outras, por respeito humano, tiraram-no.
Brincavam alegres à beira da água, quando uma onda perdida sobreveio inesperadamente e as levou.
O povo acorreu em grande gritaria. Surge outra onda que deposita na praia uma delas, precisamente a
que levava o Escapulário e se salvou. As outras duas pereceram. Os seus corpos foram encontrados já
em estado de putrefação depois de três dias, junto ao Cabo de Espichel.
7. · Proteção contra o demônio - Assisti um dia aos exorcismos feitos por um Sacerdote sobre um rapaz
possesso do demônio. O diabo foi obrigado a confessar que se aquele rapaz tivesse recebido antes o
Escapulário, não poderia ter entrado nele.
· Livra do Inferno - Fui chamado para dar os últimos Sacramentos a um homem que tinha alta patente
na Maçonaria. Dissera a um amigo meu: "Quem me dera ver-me livre da Maçonaria".
Rezava todos os dias com os netos. Tinha recebido o Escapulário em pequeno, pois fora aluno dos
Padres Jesuítas, que o impunham sempre. Cheguei, dei-lhe os Sacramentos e impus-lhe o Escapulário,
pois não o trazia consigo. Começou aos urros como um leão preso na jaula e a cama rangia fortemente.
Depois, tudo acalmou. Não duvido moralmente da salvação eterna desta alma.
A um outro doente, com fama de muita virtude e a quem visitei, pus-lhe o Escapulário. Pediu-me logo
para se confessar. Tinha passado a vida cometendo sacrilégios, pois tinha vergonha de confessar os
seus desmandos sexuais. Morreu santamente, louvando cheio de alegria a Misericórdia Divina.
E tantos e tantos são os prodígios que teria para contar! Ah! Recebamos todos o Escapulário do Carmo,
porque ele é dádiva misericordiosa de Maria, obtida do seu Filho Jesus! O Escapulário, o Terço e a
Devoção ao Coração Imaculado de Maria fazem parte da Mensagem de Fátima. Tantos Papas e tantos
Santos têm falado dele, que será tristeza, para não se dizer loucura, não lhe ter apreço. Leão XIII beijava-
o repetidas vezes na agonia. Pio XII trazia-o desde a infância, e queria que todos o soubessem.