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CAMINHADA QUARESMA-PÁSCOA 2011
    DIOCESE DE AVEIRO: Secretariados da Educação Cristã




FIRMA OS TEUS PASSOS. AFIRMA A TUA FÉ!
MENSAGEM INICIAL



 A Quaresma: Pensar, olhar e caminhar…
 A Quaresma é um caminho com sentido obrigatório para a frente. É um caminho sempre novo, que
 não está feito: será feito por cada um e à medida de cada um. Não há nada igual para ninguém, a não
 ser chegar ao fim deste projecto, que desembocará noutros sucessivamente novos.
 É preciso, pois, antes de mais, fazer o projecto tendo em conta o destino e os objectivos que nos propo-
 mos alcançar. Depois, é necessário pôr mãos à obra e ir construindo esse caminho, dia-a-dia, desbra-
 vando florestas envelhecidas, densas e escuras, ultrapassando os empecilhos pedregosos e nivelando
 os terrenos, endurecendo os espaços pantanosos, desenvolvendo novas “tecnologias” de caminho,
 para finalmente chegarmos à visão de paisagens fantásticas nunca antes alcançadas.
 Este desafio não é utopia! É um objectivo possível para gente forte e determinada. Para o conseguires
 “Firma os teus passos. Afirma a tua Fé!”. O segredo passa por aí porque Deus e eu, em comunhão,
 somos invencíveis.
 Olhar para trás, não!
 Só pode haver uma excepção: se for para fazer contas à viagem realizada tendo em vista avaliar a
 segurança do caminho feito, reconhecer os prejuízos causados pelos solavancos da estrada, assumir
 a responsabilidade dos acidentes, tomar consciência do desleixo em relação à falta de combustível, à
 reduzida pressão dos pneus …, e tudo o que impediu teres chegado mais longe e mais depressa.
 Cuidado com a paisagem: conduzir fixando demoradamente a atenção na paisagem pode ser
 perigoso e tornar a viagem mais demorada. Ficar todo o tempo parado a olhar para o lado impedirá
 alcançar a meta.
 As inversões de marcha são sempre proibidas porque nos levarão em sentido contrário. Se o fizer-
 mos, então voltaremos ao pântano, do qual já tínhamos saído e onde poderemos correr o risco de
 ficarmos tranquilamente acelerando o motor, mas sem gerar movimento.

 A Páscoa: O tempo que não passa, o caminho que não termina.
 Quem se põe a caminho e faz caminho alcança. Não terão sido alcançados todos os objectivos e a
 Páscoa “morreria” aí. Há mais, muito mais para alcançar. A Páscoa será o ponto alto, para onde
 orientamos toda a nossa caminhada, que nos vai proporcionar abrir novas perspectivas, novos hori-
 zontes de vida, de fé, de esperança e de encorajamento. Ressuscitados com Cristo vivemos a Vida
 Nova iluminados e conduzidos pelas novas energias do Espírito: A novidade em cada dia, que não é
 apenas mais um, em cada trabalho, que não é apenas mais uma cruz pesada que nos lança por terra,
 em cada passo, que não é um simples passo, mas o despertar para a nova ressurreição. Tudo isto
 porque a Páscoa (Passagem), não é algo que passa e termina, mas toda uma vida e muitas vidas, com
 a Luz do ressuscitado e a força de quem passa da morte para a vida diariamente.

                                           Padre Costa Leite, Vigário Episcopal para a Educação Cristã




                                                                                                  3
INTRODUÇÃO GERAL



 Os Secretariados da Catequese da Infância e Adolescência (SDCIA), da Pastoral Juvenil
 e Vocacional (SDPJV) e do Ensino Religioso nas Escolas (SDERE), que integram a Viga-
 raria da Educação Cristã da Diocese de Aveiro, propõem a todos (crianças, adolescen-
 tes, jovens, adultos e comunidades paroquiais) uma caminhada para os tempos litúr-
 gicos de Quaresma e Páscoa. Um projecto uno para que toda a diocese participe em
 comunhão e com alegria.
 À semelhança da caminhada do Advento e Natal, vamos dar continuidade ao projecto
 de união através da oração, pelo que aconselhamos a utilização do livro de oração:
 “Rezar na Quaresma – Ano A”, das Edições Salesianas, que pode ser adquirido nas
 Paróquias da Diocese. Este livro tem uma citação de uma das leituras diárias, apre-
 senta uma reflexão a propósito e sugere uma oração. Assim, pode ser utilizado diari-
 amente na oração pessoal, partilhada em família, nos grupos em que estamos inseri-
 dos ou para começar uma reunião ou uma refeição.
 Sugerimos que cada um reze relacionando com a atitude proposta, nesta caminhada,
 para a respectiva semana, como acção de preparação para afirmar a fé e renovar a
 fidelidade cristã.
 Para que caminhemos com sentido e com objectivo durante a nossa preparação para
 a salvação que Jesus nos dá sugerimos:
        Um lema: Firma os teus passos. Afirma a tua Fé!,
        Um símbolo: a Cruz,
        Um livro: “Rezar na Quaresma – Ano A”,
 comuns a todas as idades e apresentaremos propostas específicas para diferentes
 faixas etárias.




                                                                                 4
OBJECTIVOS, LEMA E ATITUDES



 Traçamos objectivos gerais…
 O nosso Bispo, D. António Francisco, diz-nos, na III Etapa do Plano Pastoral da Diocese, que:
 “Privilegiaremos os tempos fortes da liturgia, como sejam o Natal e a Páscoa, assim como os momen-
 tos marcantes da vida das comunidades ou dos movimentos apostólicos. Apresenta-se como caminho
 por outros já iniciado, que é sempre oportuno e necessário estimular, o surgimento de novos grupos
 e iniciativas comunitárias de oração e de retiros espirituais, onde se aprenda e se ensine a rezar.”

 Daqui emanam os objectivos gerais desta caminhada:
       • Dinamizar as comunidades cristãs para que vivam em profundidade os tempos litúrgicos de
 Quaresma e Páscoa
       • Promover a (re)descoberta da dimensão orante na vida de cada cristão
       • Aprofundar a vivência do Sacramento da Reconciliação e do Tríduo Pascal



 Definimos um lema…
 Apresentamos um lema forte e desafiante que nos guiará nesta caminhada: “Firma os teus passos.
 Afirma a tua Fé!”. No tempo Quaresmal deverá ser dado maior destaque à 1ª parte deste lema:
 “Firma os teus passos” para que caminhemos em Cristo para a vivência do mistério pascal onde a
 2ª parte do lema: “Afirma a tua Fé!”, nos impele ao testemunho cristão.



 PROPOMOS ATITUDES SEMANAIS…
 Para cada semana foi escolhida uma atitude, tendo em conta as leituras dominicais. Estas atitudes
 deverão servir de mote para a reflexão do evangelho na eucaristia, desafiando cada um à vivência
 e ao aprofundamento durante a semana.
 Tempo Quaresmal         Atitude             Tempo Pascal             Atitude
 1ª Sem                  Confia              2ª Sem                   Acredita
 2ª Sem                  Descobre            3ª Sem                   Reconhece
 3ª Sem                  Dá                  4ª Sem                   Apascenta
 4ª Sem                  Crê                 5ª Sem                   Vai
 5ª Sem                  Transforma          6ª Sem                   Ama
 6ª Sem                  Entrega             7ª Sem - Ascensão        Testemunha
 Dom de Páscoa           Anuncia             Pentecostes              Afirma a tua Fé!




5
ORIENTAMO-NOS COM MAIS FACILIDADE…
 Tempo Quaresmal – “Firma os teus passos!”
 Oração para todas as semanas
 Proposta de oração diária do livro “Rezar a Quaresma – Ano A”, das Edições Salesianas
 4ª Feira de Cinzas 9/3
 Gesto Comunitário
 Cruz com fundo roxo (face A)

                1ª Semana       2ª Semana        3ª Semana          4ª Semana             5ª Semana       6ª Semana
                13 a 19/3       20 a 26/3        27/3 a 2/4         3/4 a 9/4             10/4 a 16/4     17/4 a 21/4
 Atitude        Confia          Descobre         Dá                 Crê                   Transforma      Entrega
                                                                    Celebração                            Via-Sacra
                Bênção dos                                                                                Paroquial Missa
 Celebrar                                                           Penitencial
                Crucifixos                                                                                Crismal, 10h, Sé
                                                                    Catequese             Catequese       Catedral
 Em grupo                                                           sobre a Recon-        sobre o
                                                                    ciliação              Tríduo Pascal
 Pelo SDCIA                                      Retiro para        CDCIA, 4/4
                                                 Catequistas, 26
                                                 e 27/3
 Pelo SDPJV     Oração Taizé,   2º Enc “Mestre                      IEJ, 7 a 10/4         DMJ, Arc
                18/3            onde Moras?”,    2ª Sessão                                Olivª Bairro,
                                20/3             QAHAL, 26-27/3                           16 e 17/4
 Gesto
 Comunitário              Colocação da Atitude Semanal na Cruz, durante a Eucaristia (cf. esquema)

 Domingo de Páscoa - 24 DE ABRIL


 Tempo Pascal – “Afirma a tua Fé!”
                1ª Semana       2ª Semana        3ª Semana          4ª Semana             5ª Semana       6ª Semana
                24 a 30/4       1 a 7/5          8 a 14/5           15 a 21/5             22 a 28/5       29/5 a 4/6
 Atitude        Anuncia         Acredita         Reconhece          Apascenta             Vai             Ama

                                                                    Caminho da Luz (Via
 Celebrar                                                           Lucis)


 Pelo SDCIA                                      Dia Diocesano do
                                                 Catequista, 8/5,
                                                 Arc Olivª Bairro
 Pelo SDPJV                     Fátima Jovem    Semana de       3º Enc “Mestre onde                    CDPJV, 4/6
                                2011, 7 e 8/5   Oração pelas    Moras?”, 14 e 15/5
                                                Vocações        Oração Taizé, 20/5
 Gesto       Cruz com fundo            Colocação da Atitude Semanal na Cruz, durante a Eucaristia (cf esquema)
 Comunitário branco (face B)

                          7ª Semana - Ascenção 5 a 11/6                   Pentecostes 12/6
                          Atitude                                         Atitude
                          Testemunha                                      Afirma a tua Fé
                          Pelo SDPJV                                      Celebrar
                          1ª Reunião prep                                 Vigília de Oração Diocesana,
                          participantes na                                11/6, 21h, na Sé Catedral
                          JMJ, 11/6                Gesto Comunitário
                          Colocação da Atitude Semanal na Cruz, durante a Eucaristia (cf esquema)




                                                                                                                    6
UNIMO-NOS NUM SÍMBOLO…



 Para que seja visível por toda a comunidade que há um caminho a percorrer e que este se vai con-
 struindo ao longo do tempo, com o envolvimento de todos, propomos um símbolo comunitário, pre-
 sente nas igrejas onde habitualmente a assembleia celebra aos domingos.
 A CRUZ é o centro desta caminhada, é o símbolo da salvação.
 Sugerimos que seja feita uma cruz ou que se utilize uma pré-existente e se coloque na igreja num
 local visível para toda a assembleia, durante a celebração eucarística de 4ª feira de Cinzas. A Cruz
 deverá ser de um dos lados roxa e do outro branca.
 Durante a Quaresma a cruz ficará com a face de cor roxa (face A) voltada para a assembleia e
 durante o tempo Pascal apresentará a face de cor branca (face B).
 Na Eucaristia dominical deverá ser colocada na Cruz a atitude proposta para essa semana. Seria
 bom que a colocação da palavra na eucaristia coincidisse com a proclamação de uma oração pre-
 parada com base no livro “Rezar na Quaresma – Ano A” e na atitude a ser colocada.
 Nos domingos de Quaresma a colocação das atitudes será feita da base da cruz até ao topo, suger-
 indo a nossa aproximação a Cristo e no tempo Pascal será do topo para a base, desafiando-nos a
 anunciar a boa nova de Jesus Cristo Ressuscitado. No dia de Páscoa a atitude Anuncia deverá ser de
 cor branca, colocada no centro da face A da Cruz. No Domingo de Pentecostes a atitude “Afirma a
 tua fé!” deverá ser a vermelho, no centro da face B da Cruz.

      Quaresma (face A, cor roxa)                        Páscoa (face B, cor branca)

                    Entrega                                            Acredita
                      6º                                                 1º

                                                                      Afirma
          Crê                 Transforma                  Reconhece               Apascenta
          4º      Anuncia         5º                         2º        a tua         3º
                                                                        Fé!

                      Dá                                                 Vai
                      3º                                                 4º


                   Descobre                                             Ama
                      2º                                                 5º


                                                                      Testemunh
                    Confia
                                                                           a
                      1º
                                                                          6º




7
SUGERIMOS ACÇÕES COMUNS…



 Para que as comunidades cristãs possam viver mais profundamente este tempo fazemos um con-
 junto de propostas que podem valorizar esta vivência:
        •Livro de Oração: Como já referimos, cada pessoa é convidada a adquirir na sua Paróquia o
 livro “Rezar na Quaresma – Ano A”, das edições salesianas, num formato muito semelhante ao do
 Advento. Com ele pretendemos valorizar a oração pessoal diária, a oração familiar, os espaços de
 reuniões de grupo e as celebrações dominicais.

         •Bênção dos Crucifixos: A presença de crucifixos nos lares cristãos já não é tão comum, princi-
 palmente nas casas mais recentes. De modo a incentivar a colocação de crucifixos nos lares onde
 ainda não haja, propomos que se realize uma celebração da bênção dos crucifixos, onde cada famí-
 lia é convidada a levar o seu para ser benzido. Sugerimos que seja feita na celebração de 4ª Feira de
 Cinzas ou no 1º Domingo da Quaresma, incentivando assim as próprias famílias a valorizarem a
 Cruz nas suas casas, nos tempos de oração que fizerem em família durante esta caminhada.

       •Vigília de Oração: Neste ano que a nossa diocese dedica à oração propomos que durante o
 Tempo da Quaresma e o Tempo Pascal se promovam vigílias de oração a nível paroquial e/ou
 arciprestal.

       •Via-Sacra: Sugerimos que cada paróquia ou grupos valorize a via-sacra, durante o Tempo
 Quaresmal, e se una a Jesus Cristo neste momento especial da sua vida em que cumpriu o preceito
 de Deus.

       •Sacramento da Reconciliação: Que se valorize a celebração deste sacramento como oportuni-
 dade favorável para o encontro íntimo e profundo com Deus. Propomos a realização de um espaço
 de catequese sobre este sacramento, nos diferentes grupos, e a realização de uma celebração peni-
 tencial.

       •Bênção dos Ramos: Que, nas paróquias onde ainda não acontece, alguns grupos paroquiais
 se responsabilizem por fazer pequenos ramos para oferecer aos participantes da eucaristia do
 Domingo de Ramos, para que não falte a ninguém e que todos possam levar para suas casas um
 pequeno ramo benzido.

        •Tríduo Pascal: Para que toda a comunidade valorize e viva intensamente estes dias, pode
 fazer-se nos grupos uma catequese direccionada para esta vivência.

       •Caminho da Luz (Via Lucis): Cada paróquia pode valorizar a celebração do Caminho da Luz
 ao longo do Tempo Pascal, privilegiando a experiência de Cristo ressuscitado que nos chama ao
 testemunho.



                                                                                                  8
APROFUNDAMOS A LITURGIA…



 Pensamos ser útil, quer para reflexão individual, quer para apoiar os catequistas, animadores ou
 responsáveis de grupos, ajudar a aprofundar as ideias fundamentais da liturgia de cada domingo,
 quer do tempo quaresmal, quer do tempo pascal. Apoiados nas reflexões disponíveis no site dos
 Dehonianos: http://www.dehonianos.org, disponibilizamos este material de aprofundamento.
 Tempo Quaresmal – Ano A
 Conscientes da importância que a Páscoa tinha para a sua vida, os cristãos desde os tempos apostóli-
 cos começaram a celebrá-la e bem cedo começaram também a reservar um tempo de preparação
 para a celebração do Mistério Pascal.
 A Quaresma é, portanto, um período de quarenta dias de preparação para a Páscoa, «a maior das
 solenidades» (SC. 12), pois actualiza o acontecimento culminante da História da Salvação.» (Cf
 Missal Popular Dominical, Gráfica de Coimbra 1993, p. 163).
 A natureza deste tempo é comandada pelo seu termo: a Páscoa, a celebração da paixão e ressur-
 reição do Senhor. A Quaresma, se tem sentido, é precisamente o de preparar-nos para uma
 inteligência da Páscoa integral a fim de nos dispor também a revivê-la integralmente. Como desco-
 brir este sentido da Quaresma?
 A instituição da Quaresma está concebida como uma marcha para esse mistério de libertação e de
 renovação. É tempo para nos desligarmos do homem velho, um tempo de renovação sobretudo
 mediante os sacramentos. Por isso, as características particulares deste tempo litúrgico, para além
 das assembleias eucarísticas, relacionam-se principalmente com dois elementos: a preparação dos
 catecúmenos para o baptismo e a preparação dos penitentes para a reconciliação. Aos catecúmenos
 a Igreja propõe-lhes a entrada, mediante o baptismo, numa criação nova; aos já baptizados, uma
 revisão de vida, um passo em frente na divinização que lhes foi outorgada em princípio, mas que
 deverá ser restaurada e actuada de uma forma sempre mais consciente e profunda. Período de
 esforço ascético para seguir a Cristo na sua morte ao pecado, tempo apto para escutar a palavra de
 Deus recebida na Liturgia, para reunir o povo a fim de o dispor e conduzir às celebrações pascais,
 tudo isto é a Quaresma, tudo isto é preparação para a Páscoa. (Cf. A Celebração do Mistério Pascal –
 Quaresma, in “Boletim de Pastoral Litúrgica”, Janeiro / Dezembro de 1985, Ano X). Assim, a Qua-
 resma é um tempo favorável para, de diversas formas, renovarmos a nossa fidelidade cristã. O gesto
 de imposição das mãos na quarta-feira de cinzas leva-nos a tomar consciência da nossa condição de
 pecadores. A Quaresma é tempo propício para o aprofundamento do desígnio de Deus sobre cada
 um. É tempo de renunciar, de converter e de crer.
 Ao longo destes 40 dias, as leituras sugerirão: sentido de jejum e de partilha, amor ao próximo,
 importância da oração, conversão, justiça de Deus, a Sua misericórdia, o perdão e a reconciliação.
 A Quaresma exige que façamos a revisão das nossas competências. Lutamos por ser competentes ou
 somos "do despacha", porque custa? Também exige que façamos a revisão da nossa moralidade: os
 nossos costumes, os nossos valores, as nossas acções. Assim como diz o Catecismo da Igreja Católica,
 entremos numa linha de ascese (esforço, sacrifício) e deixemos de lado a acédia (preguiça espiri-
 tual).



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Esquema Temático das Leituras dos Domingos da Quaresma




  I Domingo da Quaresma - 13 de Março
  Tema: Jesus jejua durante quarenta dias.
  Antigo Testamento: Gn 2, 7-9; 3, 1-7 Criação e Pecado
  Apóstolo: Rm 5, 12-19 Pecado e graça
  Evangelho: Mt. 4, 1-11 Tentação de Cristo

  Mensagem
  “As três tentações aqui apresentadas não são mais do que três faces de uma única tentação: a tenta-
  ção de prescindir de Deus, de escolher um caminho de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência, à
  margem das propostas de Deus. Mas, para Jesus, ser “Filho de Deus” significa viver em comunhão
  com o Pai, escutar a sua voz, realizar os seus projectos, cumprir obedientemente os seus planos. Ao
  longo da sua vida, diante das diversas “provocações” que os adversários Lhe lançam, Jesus vai con-
  firmar esta sua “opção fundamental” e vai procurar concretizar, com total fidelidade, o projecto do
  Pai. Israel, ao longo da sua caminhada pelo deserto, sucumbiu frequentemente à tentação de igno-
  rar os caminhos e as propostas de Deus. Jesus, ao contrário, venceu a tentação de prescindir de Deus
  e de escolher caminhos à margem dos projectos do Pai. De Jesus vai nascer um novo Povo de Deus,
  cuja vocação essencial é viver em comunhão com o Pai e concretizar o seu projecto para o mundo e
  para os homens”.

  II Domingo da Quaresma - 20 de Março
  Tema: O seu rosto ficou resplandecente como o sol.
  Antigo Testamento: Gn. 12, 1-4ª Vocação de Abraão
  Apóstolo: 2 Tm 1, 8b-10 Nossa Vocação
  Evangelho: Mt 17, 1-9 Transfiguração

  Mensagem
  “A mensagem fundamental, amassada com todos os elementos, pretende dizer quem é Jesus. Recor-
  rendo a simbologias do Antigo Testamento, o autor deixa claro que Jesus é o Filho amado de Deus,
  em quem se manifesta a glória do Pai. Ele é, também, esse Messias libertador e salvador esperado
  por Israel, anunciado pela Lei (Moisés) e pelos Profetas (Elias). Mais ainda: ele é um novo Moisés –
  isto é, aquele através de quem o próprio Deus dá ao seu Povo a nova lei e através de quem Deus
  propõe aos homens uma nova aliança […].
  Ele sabe que o projecto de Deus – esse projecto de construir um novo Povo de Deus e levá-lo da
  escravidão para a liberdade – tem de passar pelo caminho do dom da vida, da entrega total, do amor
  até às últimas consequências”.


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III Domingo da Quaresma - 27 de Março
 Tema: Fonte da água que jorra a vida eterna.
 Antigo Testamento: Ex. 17, 3-7 A água do deserto
 Apóstolo: Rm 5, 1-2.5-8 O amor de Deus no nosso coração
 Evangelho: Jo. 4, 5-42 A Samaritana e a Água viva

 Mensagem
 “Estamos, pois, diante de um quadro que representa a busca da vida plena. Onde encontrar essa
 vida? Na Lei? Noutros deuses? A mulher Samaritana dá conta da falência dessas “ofertas” de vida:
 elas podem “matar a sede” por curtos instantes; mas quem procura a resposta para a sua realização
 plena nessas propostas voltará a ter sede. É aqui que entra a novidade de Jesus. Ele senta-se “junto
 do poço”, como se pretendesse ocupar o seu lugar; e propõe à mulher Samaritana uma “água viva”,
 que matará definitivamente a sua sede de vida eterna (vers. 10-14) […]. O texto define, portanto, a
 missão de Jesus: comunicar ao homem o Espírito que dá vida. O Espírito que Jesus tem para oferecer
 desenvolve e fecunda o coração do homem, dando-lhe a capacidade de amar sem medida. Eleva,
 assim, esses homens que buscam a vida plena e definitiva à categoria de Homens Novos, filhos de
 Deus que fazem as obras de Deus. Do dom de Jesus nasce a nova comunidade”.

 IV Domingo da Quaresma - 3 de Abril
 Tema: Eu fui, lavei-me e comecei a ver.
 Antigo Testamento: 1 Sm 16, 1b.6-7. 10-13ª Unção do Rei: (luz de Deus)
 Apóstolo: Ef. 5, 8-14 Viver como filhos da luz
 Evangelho: Jo. 9, 1-41 Cego de nascença e a Luz de Deus

 Mensagem
 “O ‘cego’ da nossa história é um símbolo de todos os homens e mulheres que vivem na escuridão,
 privados da ‘luz’, prisioneiros dessas cadeias que os impedem de chegar à plenitude da vida. […] A
 missão de Jesus é aqui apresentada como criação de um Homem Novo. Deus criou o homem para
 ser livre e feliz; mas o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, dominaram o coração do homem,
 prenderam-no num esquema de ‘cegueira’ e frustraram o projecto de Deus. A missão de Jesus con-
 sistirá em destruir essa ‘cegueira’, libertar o homem e fazê-lo viver na ‘luz’. Trata-se de uma nova
 criação…
 Assim, da acção de Jesus irá nascer um Homem Novo, liberto do egoísmo e do pecado, vivendo na
 liberdade, a caminho da vida em plenitude”.

 V Domingo da Quaresma - 10 de Abril
 Tema: Eu sou a ressurreição e a vida.
 Antigo Testamento: Ez. 37, 12-14 Visão da ressurreição
 Apóstolo: Rm 8, 8-11 A nossa ressurreição
 Evangelho: Jo. 11, 1-45 Ressurreição de Lázaro: Vida do ressuscitado

 Mensagem
 “A acção de dar vida a Lázaro representa a concretização da missão que o Pai confiou a Jesus: dar
 vida plena e definitiva ao homem. É por isso que Jesus, antes de mandar Lázaro sair do sepulcro,
 ergue os olhos ao céu e dá graças ao Pai (vers. 41b-42): a sua oração demonstra a sua comunhão com
 o Pai e a sua obediência na concretização do plano do Pai. Depois, Jesus mostra Lázaro vivo na
 morte, provando à comunidade dos crentes que a morte física não interrompe a vida plena do discí-
 pulo que ama Jesus e O segue. A família de Betânia representa a comunidade cristã, formada por
 irmãos e irmãs. Todos eles conhecem Jesus, são amigos de Jesus, acolhem Jesus na sua casa e na sua
 vida”.



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Domingo de Ramos - 17 de Abril
Tema: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Antigo Testamento: Is 50, 4-7 Profecia da Paixão: o servo sofredor
Apóstolo: Fl. 2, 6-11 Cristo humilhou-se e Deus exaltou-o
Evangelho: Mt. 26, 14-27, 66 Paixão de Cristo

Mensagem
“A morte de Jesus é a consequência lógica do anúncio do “Reino”: resultou das tensões e resistências
que a proposta do “Reino” provocou entre os que dominavam o mundo […]. Na cruz, vemos apa-
recer o Homem Novo, o protótipo do homem que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom
para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado – isto é,
contra todas as causas objectivas que geram medo, injustiça, sofrimento, exploração e morte. Assim,
a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”.

Quinta-Feira Santa (Ceia do Senhor) - 21 Abril
Tema: Amou-os até ao fim.
Antigo Testamento: Ex. 12, 1-8.11-14
Apóstolo: 1 Cor. 11, 23-26
Evangelho: Jo. 13, 1-15

Sexta-Feira Santa (Paixão do Senhor) - 22 Abril
Tema: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Antigo Testamento: Is. 52, 13-53,12
Apóstolo: Hb. 4, 14-16; 5, 7-9
Evangelho: Jo. 18, 1-19,42




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Tempo Pascal - Ano A

 A celebração da Páscoa engloba a morte e a ressurreição do Senhor, melhor ainda, a morte que é
 passagem para a ressurreição. Não admira, por isso, que, no inicio sobretudo, a palavra Páscoa se
 pudesse ter dito tanto da morte como da ressurreição.
 Assim, tempo houve em que o que hoje chamamos Semana Santa foi chamado semana de Páscoa, a
 semana em que “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado”. Hoje damos o nome de Tempo da Páscoa ou
 Tempo Pascal aos cinquenta dias que vão do Domingo da Ressurreição até ao Domingo do Pente-
 costes.
 O Tempo pascal nasce da Vigília; aí se faz a passagem do luto à alegria, do jejum ao banquete, da
 tristeza à festa, da morte à vida. Tempo de alegria, de acção de graças, de aprofundamento do sen-
 tido do mistério cristão e da vida em Cristo, do mistério da Igreja e consequentemente do mistério
 da comunidade dos cristãos, o Tempo Pascal é o tempo espiritual, por excelência, do ano litúrgico.
 É o tempo em que o Ressuscitado dá o Espírito: “Recebei o Espírito Santo”, e que se conclui precisa-
 mente com a efusão do Espírito Santo sobre os discípulos, que, uma vez “cheios do Espírito Santo”,
 Cristo Ressuscitado, “primogénito de entre os mortos”, é, por isso mesmo, “Cabeça do Corpo da
 Igreja”. De facto, na Páscoa “unem-se o céu e a terra, o divino e o humano”.
 A reforma litúrgica do Vaticano II veio restaurar a cinquentena na sua unidade. A Páscoa, a Ascen-
 são e o Pentecostes não constituem festas isoladas ou autónomas; são antes momentos significativos
 de um período que, na sua totalidade, constitui uma única festa. Esta consciência da unidade é
 ainda sublinhada pelo facto de os domingos que ocorrem durante o tempo pascal já não serem
 chamados ‘domingos depois da Páscoa’, mas ‘domingos de Páscoa’”.
 Estes cinquenta dias são tempo de alegria e de festa. É difícil entender uma festa sem o «feriado» e
 as manifestações festivas externas. Temos dificuldade em sentir a festa quando se faz o trabalho de
 todos os dias. Para os primeiros cristãos as duas coisas não andavam necessariamente ligadas, tanto
 para o domingo como para a cinquentena pascal. A redescoberta do Tempo pascal como uma única
 grande festa suporia que o conteúdo espiritual da festa causasse uma impressão muito mais forte
 no espírito dos cristãos. Mas vale a pena tentá-lo, já que se trata da própria expressão da existência
 cristã. Exteriormente estamos submetidos ao trabalho e ao sofrimento; interiormente, já vivemos
 com Cristo em Deus: “em nós, vai morrendo o homem exterior, enquanto o homem interior se vai
 renovando de dia para dia” (2 Cor 4, 16).
                                   Cf. O Tempo Pascal, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 1996




Esquema Temático das Leituras dos Domingos Pascais
 Sábado Santo (Vigília Pascal) - 23 de Abril
 Tema: Ressurreição.
 Antigo Testamento: Gn. 1,1-2,2; Gn 22, 1-18; Ex. 14, 15-15,1; Ex 15,1-
 6.17-18; Is 54, 5-14; Is. 55, 1-11; Is. 12, 2-6; Br 3,9-15.32-4,4; Ez 36,16-28
 Apóstolo: Rm 6,3-11
 Evangelho: Mt 28,1-10




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Dom. Páscoa - 24 de Abril
Tema: Ele tinha de ressuscitar dos mortos. Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor
Antigo Testamento: Act. 10, 34ª.37-43
Apóstolo: Cl. 3, 1-4 ou 1 Cor. 5, 6b-8
Evangelho: Jo. 20,1-9

Mensagem
“O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que
se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser gera-
dores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a
sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida
verdadeira)[…]”. “A primeira personagem em cena é Maria Madalena: ela é a primeira a dirigir-se
ao túmulo de Jesus, ainda o sol não tinha nascido, na manhã do “primeiro dia da semana”. Ela rep-
resenta a nova comunidade que nasceu da acção criadora e vivificadora do Messias”; essa nova
comunidade, “apercebe-se de que a morte não venceu e que Jesus continua vivo”. […] “A ressur-
reição de Jesus prova, precisamente, que a vida plena, a vida total, a transfiguração total da nossa
realidade finita e das nossas capacidades limitadas passa pelo amor que se dá, com radicalidade,
até às últimas consequências”.
II Dom. Páscoa - 1 de Maio
Tema: Oito dias depois, veio Jesus… Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste; felizes os que acreditam sem terem visto».
Antigo Testamento: Act. 2, 42-47
Apóstolo: 1 Pd. 1, 3-9
Evangelho: Jo. 20, 19-31

Mensagem
No texto “sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à
volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe per-
mite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua
liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está
vivo”. “[…] A comunidade cristã gira em torno de Jesus, constrói-se à volta de Jesus e é d’Ele que
recebe vida, amor e paz”.
III Dom. Páscoa - 8 de Maio
Tema: Conheceram-n’O ao partir do pão. Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras, falai-
-nos e inflamai o nosso coração.
Antigo Testamento: Act. 2, 14.22-33
Apóstolo: 1 Pd 1,17-21
Evangelho: Lc. 24, 13-35.

Mensagem
“O texto que nos é proposto põe Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a
explicar-lhes as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à mesa para
“partir o pão”. É aí que os discípulos O reconhecem”.
[…] A catequese que Lucas nos propõe hoje garante-nos que Jesus, vivo e ressuscitado, caminha ao
nosso lado. Ele é esse companheiro de viagem que encontra formas de vir ao nosso encontro –
mesmo se nem sempre somos capazes de O reconhecer – e de encher o nosso coração de esper-
ança”. […] “Emaús… é a nossa história de cada dia: os nossos olhos fechados que não reconhecem o
Ressuscitado… Há urgência em abrir os nossos olhos para reconhecer a sua Presença e a sua acção
no coração do mundo e para levar a Boa Notícia: Jesus ressuscitou!”.


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IV Dom. Páscoa - 15 de Maio
 Tema: Eu sou a porta das ovelhas. Eu sou o bom pastor, diz o Senhor: conheço as
 minhas ovelhas e elas conhecem-Me.
 Antigo Testamento: Act. 2, 14ª.36-41
 Apóstolo: 1 Pd. 2,20b-25
 Evangelho: Jo. 10, 1-10

 Mensagem
 “O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor”, cuja missão é libertar o rebanho de Deus do
 domínio da escravidão e levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude”.
 “[…] Para os cristãos, “o Pastor” por excelência é Cristo: Ele recebeu do Pai a missão de conduzir o
 “rebanho” de Deus das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade, da morte para a vida”.




 V Dom. Páscoa - 22 de Maio
 Tema: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Eu sou o caminho, a verdade e a vida,
 diz o Senhor; ninguém vai ao Pai senão por mim.
 Antigo Testamento: Act. 6,1-7
 Apóstolo: 1 Pd. 2,4-9
 Evangelho: Jo. 14,1-12

 Mensagem
 “O Evangelho define a Igreja: é a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus –
 “caminho” de obediência ao Pai e de dom da vida aos irmãos”. “[…] A Igreja é essa comunidade de
 Homens Novos, que se identifica com Jesus que, animada pelo Espírito, segue ‘o caminho’ de Jesus,
 e procura dar testemunho de Jesus no meio dos homens”.




 VI Dom. Páscoa - 29 de Maio
 Tema: Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor. Se alguém Me ama, guardará a
 minha palavra. Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada.
 Antigo Testamento: Act. 8,5-8.14-17
 Apóstolo: 1 Pd. 3,15-18
 Evangelho: Jo. 14, 15-21

 Mensagem
 O texto “apresenta-nos parte do ‘testamento’ de Jesus, na ceia de despedida, em Quinta-feira Santa.
 Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o ‘Paráclito’: Ele conduzirá a comunidade
 cristã em direcção à verdade; e levá-la-á a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o
 Pai”. “[…]Jesus garantiu aos seus discípulos o envio de um ‘defensor’, de um ‘consolador’, que havia
 de animar a comunidade cristã e conduzi-la ao longo da sua marcha pela história. Nós acreditámos,
 portanto, que o Espírito está presente, animando-nos, conduzindo-nos, criando vida nova, dando
 esperança aos crentes em caminhada”. “[…] A comunidade cristã, identificada com Jesus e com o
 Pai, animada pelo Espírito, é o “templo de Deus”, o lugar onde Deus habita no meio dos homens”.




15
VII Dom. da Páscoa - Ascensão do Senhor - 5 Junho
Tema: Todo o poder Me foi dado no Céu e na Terra. Ide e ensinai todos os povos, diz o
senhor: Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.
Antigo Testamento: Act. 1,1-11
Apóstolo: Ef. 1,17-23
Evangelho: Mt. 28,16-20

Mensagem
“O Evangelho apresenta o encontro final de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, num monte
da Galileia. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-O como
o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no mundo o testemunho do ‘Reino’”.
[…]“Celebrar a ascensão de Jesus significa, antes de mais, tomar consciência da missão que foi con-
fiada aos discípulos e sentir-se responsável pela presença do “Reino” na vida dos homens”.



Solenidade do Pentecostes - 12 de Junho
Tema: Descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos. Vinde, Espírito Santo, enchei os
corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
Antigo Testamento: Act. 2,1-11
Apóstolo: 1Cor. 12, 3b-7.12-13
Evangelho: Jo. 20, 19-23

Mensagem
“O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João,
esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o
Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse
amor que Jesus viveu até às últimas consequências”. “[…] Identificar-se como cristão significa dar
testemunho diante do mundo dos ‘sinais’ que definem Jesus: a vida dada, o amor partilhado”. “[…]
As comunidades construídas à volta de Jesus são animadas pelo Espírito. O Espírito é esse sopro de
vida que transforma o barro inerte numa imagem de Deus, que transforma o egoísmo em amor par-
tilhado, que transforma o orgulho em serviço simples e humilde…”
O Pentecostes é a irrupção do Espírito Santo na vida dos discípulos que vão deixar-se transformar
em todas as dimensões do seu ser. O Pentecostes continua!”.




                                                                                          16
QUEREMOS VALORIZAR…



 O Sacramento da Reconciliação, no Tempo Quaresmal
 Uma das características peculiares deste tempo é a valorização dos sacramentos, em comunhão
 com a III Etapa do Plano Pastoral Diocesano, pelo que sugerimos que por altura da 4ª Semana da
 Quaresma seja realizada uma catequese sobre a Reconciliação e/ou uma celebração penitencial.
 Deste modo pretende-se realçar, esclarecer e sensibilizar para a importância e relevância da Recon-
 ciliação na vida cristã, que nos permite renovar a nossa fé e vivê-la de uma forma mais consciente
 e profunda. Nos capítulos específicos para cada idade, existem propostas concretas para a valoriza-
 ção deste Sacramento.
 Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica (CIC) que todos aqueles que se abeiram do sacramento da
 Penitência recebem da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são
 reconciliados com a Igreja.
 O Sacramento da Penitência e da Reconciliação pode ser chamado de várias formas.
 É chamado sacramento da conversão, porque realiza sacramentalmente o apelo de Jesus à con-
 versão e o esforço de regressar à casa do Pai, da qual o pecador se afastou pelo pecado.
 É chamado sacramento da Penitência, porque consagra uma caminhada pessoal e eclesial de con-
 versão, de arrependimento e de satisfação por parte do cristão pecador. (CIC n.º 1423)
 É chamado sacramento da confissão, porque o reconhecimento e a confissão dos pecados perante o
 sacerdote é um elemento essencial deste sacramento. Num sentido profundo, este sacramento é
 também uma «confissão», reconhecimento e louvor da santidade de Deus e da sua misericórdia
 para com o homem pecador.
 É chamado sacramento do perdão, porque, pela absolvição sacramental do sacerdote, Deus concede
 ao penitente «o perdão e a paz».
 É chamado sacramento da Reconciliação, porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia:
 «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor. 5,20). Aquele que vive do amor misericordioso de Deus
 está pronto para responder ao apelo do Senhor: «Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão» (Mt. 5,
 24). (CIC n.º 1424)
 Reconciliar é voltar a conciliar, fazer                                       a união do que estava
 separado. A mensagem fundamental de Cristo foi a reconciliação com Deus, a conversão e o perdão.
 E também foi este o conteúdo básico, desde o princípio, da evangelização por parte da Igreja.
 A vida nova recebida nos Sacramentos de Iniciação (Baptismo, Confirmação e Eucaristia), não
 suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação para o pecado. (CIC nº.
 1426).
 A comunidade cristã, reconciliada, é encarregada de realizar o mistério da reconciliação: «Tudo isto
 vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos confiou a palavra de reconcilia-
 ção. […] Nós somos, portanto, embaixadores de Cristo; é Deus quem vos exorta por nosso intermé-
 dio. Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 18-20).



17
O sacramento da reconciliação foi dado por Cristo à sua Igreja para que reconcilie o cristão pecador
com Deus e com a própria comunidade: duas dimensões que não se podem separar» (Cf.
ALDAZÁBAL, José, Reconciliação (voc.), em Dicionário Elementar de Liturgia, Paulinas, Prior Velho
2007, p. 252).
Assim, a celebração da reconciliação, o sacramento da penitência, pode ser um momento importante
na vida de cada cristão. E propô-lo constitui um interesse objectivo. A penitência interior é uma reori-
entação radical de toda a vida, uma conversão a Deus de todo o coração, uma ruptura com o
pecado. (CIC nº. 1431)
A conversão é, antes de mais, obra da graça de Deus, a qual faz com que os nossos corações voltem
para Ele. Deus é Quem nos dá a coragem de começar de novo. É ao descobrir a grandeza do Amor de
Deus que começa o receio de ofender a Deus pelo pecado e de estar separado d´Ele. (CIC nº. 1432)
Nela estão em jogo dois eixos básicos da vida do cristão: o primeiro deles, o reconhecimento de que
arrastamos muita infidelidade ao projecto de amor que o Senhor nos confiou; o segundo, a confiança
firme de que a misericórdia, o perdão e a graça que Deus nos quer dar é mais forte que a nossa infi-
delidade.
Neste sacramento está sempre a grande notícia de Jesus Cristo: o chamamento a converter-nos, a
mudar de atitude, e o chamamento a reconhecer tudo o que temos e somos, todas as nossas forças
para caminhar, todas as nossas possibilidades de recomeçar, temo-las graças ao amor de um Pai que
nunca Se cansa de acolher os seus filhos.
O Sacramento da Reconciliação é de instituição divina, em pleno Domingo de Páscoa (Jo. 20,22-23)
“Recebei o Espírito Santo àqueles a quem perdoardes os pecados ficarão perdoados…”
Quando celebramos a reconciliação, celebramos este amor do Pai que perdoa e ama e celebramos um
amor que está aqui, quando os cristãos se reúnem como Igreja, quando celebram estes sinais de con-
versão e perdão (Cf. LLIGADAS, Josep, O Sacramento do Perdão, Paulinas, Prior Velho 2006, p.5).
Com a simples atitude de nos aproximarmos deste Sacramento, proclamamos a Misericórdia de Deus
que é mais forte que o pecado, e professamos a fé na Igreja, depositária do poder de perdoar, bem
como na eficácia do sacramento recebido.
Diante de Deus somos convidados a fazer cuidadosamente o exame de consciência (Sl 139(138)), nas
diversas dimensões da nossa vida:

         •EU e DEUS – qual a minha relação com Deus? (Deut 6,4-9)
         •EU e o PRÓXIMO – como vivo a dimensão da caridade e da relação com os outros? (Mt 25,
31-46)
      •EU COMIGO MESMO – Vivo como templo do Espírito Santo e faço bom uso de todas as capacid-
ades que Deus me deu? (Gal 5,13-21)

A atitude de acção de graças ao receber a absolvição compromete-nos a sermos fiéis àquilo que nos
é proposto como “penitência”.
Ao celebrarmos este sacramento vemos nele, um claro sentido trinitário: o Pai que acolhe e perdoa,
Jesus Cristo que nos comunica a sua vitória pascal sobre o pecado e o Espírito que nos move à con-
versão e nos comunica a graça de Cristo.




                                                                                               18
A Vivência do Tríduo Pascal




Em 2010, na catequese sobre o Tríduo Pascal, intitulada “Tríduo Pascal: núcleo essencial da Fé”, o
Papa Bento XVI dirigiu a seguinte mensagem aos cristãos de todo o mundo:
“Estamos a viver os dias santos que nos convidam a meditar sobre os acontecimentos centrais da
nossa Redenção, o núcleo essencial da nossa fé. Amanhã começa o tríduo pascal, cume do ano litúr-
gico inteiro, no qual somos convidados ao silêncio e à oração para contemplar o mistério da Paixão,
Morte e Ressurreição do Senhor. […] Eu vos exorto, portanto, a viver intensamente estes dias, para
que orientem decididamente a vida de cada um à adesão generosa e convencida de Cristo, morto e
ressuscitado por nós.”
Na continuação do apelo feito pelo Santo Padre, propomos que se ajude toda a comunidade a viver
mais intensamente o Tríduo Pascal. Para isso, em cada paróquia, devem promover-se catequeses
para todas as faixas etárias (crianças, adolescentes, jovens e adultos) sobre o Tríduo Pascal, para as
quais surgem mais à frente propostas específicas. Neste ano em que a nossa diocese está a valorizar
de um modo especial a oração e a liturgia pretende-se que as pessoas aprofundem os seus conheci-
mentos sobre as celebrações do Tríduo Pascal, para que o possam viver mais intensamente.

Desde os primeiros séculos cristãos, a Igreja celebra o mistério da salvação, nas suas três fases
(Paixão, Morte e Ressurreição), no decorrer dos três dias, que constituem o ponto culminante de todo
o ano litúrgico.
O Tríduo Pascal tem o seu início com a Missa Vespertina de Quinta-Feira Santa, tendo o seu momento
mais alto na Vigília Pascal e terminando com as Vésperas da Ressurreição.
Assim, não podemos identificar a Páscoa apenas com o Domingo da Ressurreição. Isso seria mutilar
uma realidade extremamente rica e reduzir-lhe as dimensões. “O plano divino da Salvação em Cristo
não pode fragmentar-se, mas deve ser considerado como um todo único”.
Compreende-se, portanto, a importância deste Tríduo Pascal, quer na Liturgia, quer na vida da
Igreja. Dele derivam todas as outras solenidades, que não são senão reflexos, ecos deste Acontec-
imento Salvífico, de modo que o culto cristão é um culto pascal. Nele tem o seu centro de convergên-
cia e de irradiação a vida da Igreja, pois “o Mistério cristão culmina e compendia-se no Mistério
Pascal, que dá cumprimento à História da Salvação e à missão de Israel, enquanto inaugura, com os
tempos messiânicos, a existência histórica da Igreja” (Cf Missal Popular Dominical, Gráfica de Coim-
bra 1993, p. 322)
O Tríduo Pascal engloba as celebrações da Missa da Ceia do Senhor (5ª Feira Santa), Celebração da
Paixão do Senhor (6ª Feira Santa). A grande proclamação da Ressurreição de Jesus, na noite de
Sábado Santo para Domingo e o próprio dia de Domingo de Páscoa.
O Tríduo Pascal, para nós cristãos, é o tempo que deve ser vivido com maior intensidade. Nos três
dias que compõem este tempo, somos convidados, em união com Cristo, a percorrer o itinerário
tornando-nos solidários com Ele na Paixão e na Morte, para o sermos na Ressurreição.




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Quinta-Feira Santa – Missa Vespertina da Ceia do Senhor
          “Disse-lhes Jesus: «Tenho desejado muito comer esta Páscoa convosco”(Lc 22,15)
                      “Se Eu vos lavei os pés, fazei-o vós também”. (Jo 13,14-15)
                            “Tomai, comei: Isto é o Meu corpo.” (Mt 26,26)
                            “Fazei isto em memória de Mim” (1Cor 11,24)

A Quinta-feira Santa é o último dia da Quaresma, e a partir da Missa Vespertina da Ceia do Senhor,
inicia-se o Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor. «É um dia de carácter intimo para o
povo cristão, (…). É o dia em que Cristo, na sua ceia de despedida, antes da morte, institui a Eucaristia,
deu a grande lição de humildade e de serviço, lavando os pés aos seus apóstolos e os constituiu sacer-
dotes mediadores da Palavra, dos seus sacramentos e da sua salvação» (Cf. ALDAZÁBAL, José,
Quinta-Feira Santa (voc.), em Dicionário Elementar de Liturgia, Paulinas, Prior Velho 2007, p. 250)
O Lava-pés é um dos ritos mais antigos e mais universais da Igreja. Após a explicação da palavra de
Deus, o presidente da celebração refaz o gesto que Cristo havia feito com os seus Apóstolos. «A
liturgia convida-nos a contemplar Jesus a lavar os pés dos seus Apóstolos e a compreender através
dele que o seu amor é um amor de serviço. Neste enquadramento e a nesta hora, o ajoelhar de um
bispo ou de um padre diante do seu irmão, diz mais que um longo discurso. Valorizando este gesto a
Igreja sublinha que a fraternidade concreta dos discípulos do Mestre é um mandamento, razão pela
qual o rito foi outrora chamado “o mandamentum”, o mandamento novo, sinal distintivo do cristão:
“Todos vos reconhecerão por Meus discípulos se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei”. O
mandamento novo é simplesmente uma imitação do amor de Cristo. Nessa perspectiva o lava-pés tem
um alto poder de expressão pelo seu valor litúrgico e catequético. Mas é preciso não esquecer que foi
aos seus colaboradores que Cristo lavou os pés (Cf. CORDEIRO, José Leão, Os dois primeiros dias do
Tríduo Pascal, em A Celebração do Mistério Pascal – Tríduo Pascal, Secretariado Nacional de Liturgia,
1990, p. 57)

Sexta-Feira da Semana Santa – Paixão do Senhor
        “O Meu sangue vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecados” (Mt 26,28)
                “Jesus disse: «Tenho sede!» «Tudo está consumado.»” (Jo19.28.30)

É na sexta-feira santa que celebramos, em Igreja, de forma especial a Paixão e Morte de Jesus Cristo.
Neste dia a Igreja não celebra Missa. A celebração deste dia divide-se em três partes: Liturgia da Pala-
vra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.
«É o dia da Paixão de Jesus. Paixão do Homem abandonado e maltratado. Paixão de Deus que se cala.
Para nós, trata-se de comungar no sacrifício deste Homem que é o Filho de Deus cuja morte é a vida
do mundo» (Cf. Op. cit. p. 59)
A celebração da Paixão e Morte de Jesus tem, para nós cristãos, como finalidade fazer-nos entrar com
maior profundidade no Mistério Pascal e prepararmo-nos para a Vigília de Sábado Santo.
Neste dia não se celebra eucaristia, mas centramo-nos especialmente na Cruz de Cristo. A Cruz, “sinal
do amor universal de Deus”(NA 4), símbolo do nosso resgate, domina a segunda parte da Celebração.
Levada, processionalmente até ao altar, a cruz é apresentada à veneração de toda a humanidade
pecadora, representada pela assembleia cristã. Nela, nós adoramos Jesus Cristo, Aquele que foi sus-
penso na Cruz, Aquele que foi, que é a “salvação do mundo”.
É a Ele também que exprimimos, neste momento, a força para levarmos a nossa Cruz: “Suportando a
morte por todos nós, ensina-nos, com o seu exemplo, que também devemos levar a cruz que a carne
e o mundo fazem pesar sobre os ombros daqueles que buscam a paz e a justiça” (GS 38)» (Cf Missal
Popular Dominical, Gráfica de Coimbra 1993, pp. 348-349)
Após a contemplação do mistério da Cruz, na Liturgia da Palavra, da adoração de Cristo Crucificado,
no momento da Adoração da Cruz, a liturgia desta celebração introduz-nos no momento mais íntimo
do Mistério Pascal, o contacto com o próprio “Cordeiro Pascal”



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Neste dia não se celebra Eucaristia. «No entanto, pela Comunhão do “Pão da Vida”, consagrado em
Quinta-Feira Santa, somos “baptizados” no Sangue de Jesus, somos mergulhados na Sua morte.
Assim unidos à fonte da vida sobrenatural, ficamos cheios de força para passarmos da morte do
pecado à alegria da ressurreição.
Através do Corpo sacramental do Senhor crucificado e ressuscitado ficamos também mais unidos ao
Seu Corpo Místico, isto é a Cristo que sofre e morre nos Seus membros.
Como o Senhor Jesus, também nos devemos dar a vida pelos nossos irmãos (1 Jo 3,16)»



Sábado Santo
“José de Arimateia tomou o corpo de Jesus, envolveu-O num lençol e depositou-O num túmulo”. (Mt
                                             27,59.60)

Jesus encontra-se no sepulcro.
«Todo este dia tem um tom de silêncio contemplativo do mistério de Cristo que baixou “ao lugar dos
mortos”, ao “descanso” do sepulcro, ao aniquilamento absoluto e ao seu misterioso encontro com os
antepassados, onde pregou “aos espíritos que estavam na prisão da morte” (cf. 1 Pe 3,19)» (Cf.
ALDAZÁBAL, José, Sábado Santo (voc.), em Dicionário Elementar de Liturgia, Paulinas, Prior Velho
2007, p. 262)
Toda a Igreja encontra-se vigilante junto do Sepulcro de Jesus. Participando do mistério da morte de
Jesus e do Seu sofrimento, reina a esperança. Neste dia não há Missa durante o dia.
«A Sua Morte será o penhor da nova Criação, que se aproxima.
Sabe também que o “repouso” de Jesus é a imagem do “repouso” de todos aqueles que foram baptiza-
dos ma Sua Morte e Ressurreição. Depois que Ele morreu e foi sepultado, santificando a morte, ficou
especialmente vivo, para o início duma vida superior» (Cf Missal Popular Dominical, Gráfica de Coim-
bra 1993, p. 377)



Vigília Pascal
                                  “Eu sou a luz do mundo.” (Jo 8,12)

A Vigília Pascal, celebra-se na Noite do Sábado Santo. «Vigília significa exactamente tempo da noite
em que não se dorme, mas se vigia, em que se está de vela, e, no caso da liturgia, uma celebração noc-
turna. A noite foi sempre tempo preferido para a oração. Jesus deu exemplos frequentes de oração
durante a noite, e a tradição cristã continuou a mesma prática» (Cf. FERREIRA, José, A Vigília Pascal,
em A Celebração do Mistério Pascal – Tríduo Pascal, Secretariado Nacional de Liturgia, 1990, pp.
66-67)
Neste tempo em que somos convidados a estarmos vigilantes, à espera da Ressurreição do Senhor,
somos também chamados a celebrar, com esperança e alegria, o grande acontecimento da salvação.
«O Mistério Pascal não é, porém, estático, mas dinâmico. Não é um estado de Cristo, mas a “passa-
gem”, um movimento, em que é envolvido todo o Povo de Deus. Desta celebração consta a recordação
de toda a História da criação, da libertação de Israel e da redenção da Humanidade.
Por conseguinte, a espera dos cristãos, nesta noite santa, não se reduz à expectativa da comemoração
dum facto, histórico, objectivo e real. É a espera de Alguém. É a espera do Senhor, que volta, para nos
levar a fazer a Sua “passagem”, a Sua Páscoa com Ele.
Misteriosamente no meio da assembleia cristã, o Senhor Jesus renova, nesta grande acção sacramen-
tal, que é a Vigília, o Seu Mistério Pascal, inserindo-nos nele fazendo-nos assim passar com Ele das
“trevas à Sua luz admirável” (1 Pe 2,9). A Celebração da Vigília Pascal começa com o grande anúncio
da Ressurreição, em que se estreia o Círio Pascal, aquela vela grande, bonita, que simboliza a luz que
Cristo é na vida da Igreja e de cada um de nós, que somos baptizados e/ou nos preparamos para
sermos baptizados.




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Esta “passagem”da morte do pecado à vida da graça realiza-se, em primeiro lugar, pelo Baptismo. Ser
baptizado é, na verdade, morrer com Cristo, para ressuscitar com Ele. “A água do Baptismo é o Mar
Vermelho, que trava as forças do mal e liberta o povo de Deus; é o sepulcro do Calvário, onde é
deposto o homem corruptível e sai, vivo, o homem novo”. Por isso, a Igreja, desde a mais alta antigu-
idade, pensou que o melhor meio de celebrar o Mistério Pascal era baptizar, nesta noite, os seus
catecúmenos e levar os baptizados a reviver a própria ressurreição e a tomar consciência do seu nas-
cimento como Povo de Deus. Também, nesta celebração é benzida a água baptismal que vai servir
para os baptismos da paróquia.
Esta nova criação, surgida das águas do Baptismo, só no último dia, na Vinda do Senhor, “passará” da
sua forma actual e perecível à forma definitiva e gloriosa. Por isso, nesta Vigília, os cristãos, conser-
vando nas suas mãos as lâmpadas acesas (Lc 12,35-ss), orientam também a sua esposa para o mo-
mento do encontro com o Esposo, que vem (Mt. 25,13)» (Cf Missal Popular Dominical, Gráfica de Coim-
bra 1993, p. 378)




Domingo de Páscoa
 “No Domingo muito cedo, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro” (Mt 28,1)
“O anjo disse-lhes: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, ressusci-
                                 tou, como tinha dito».” (Mt 8,5-6)
      “Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá O vereis.” (Mt 28,7)




PROPOMOS UM GESTO FINAL…
Para terminar esta caminhada Quaresma-Páscoa sugerimos que no último domingo, Domingo de
Pentecostes, a cruz, usada como símbolo comunitário ao longo desta caminhada, seja transportada
pelos paroquianos no cortejo final da eucaristia para fora da igreja (no caso dos jovens, também à
semelhança da cruz das Jornadas Mundiais da Juventude). Indicamos com este gesto que todos nós
devemos testemunhar, anunciar e espalhar a palavra de Deus e a Alegria da Ressurreição, também a
cruz ao sair do interior da igreja simboliza que devemos levar a boa nova para a vida.




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CAMINHAMOS COM AS CRIANÇAS…



 Para ajudar as crianças a vivenciar melhor este tempo de Quaresma / Páscoa 2011, propõe-se que
 seja entregue a cada uma, no início da Quaresma, uma folha de cartão (tamanho A4), contendo, pré-
 impressa em cada um dos lados, a cruz bem como as atitudes de cada semana. Um conjunto de 14
 autocolantes (7 para o Tempo da Quaresma e 7 para o Tempo Pascal) serão, depois, entregues às
 crianças, nas Eucaristias, como símbolo da vivência das atitudes propostas nesta Caminhada.
 Os catequistas deverão apresentar às crianças propostas simples e concretas de vivência das
 atitudes, tais como:

          Semana             Atitude                    Desafio semanal
        Quaresma I
                              Confia          A Jesus os teus segredos
       Quaresma II
                             Descobre         Jesus no bem que fazes aos outros
                                              Do que é teu, a quem mais precisa
       Quaresma III             Dá
                                              (dinheiro, jogos, brinquedos)
       Quaresma IV
                               Crê            Que Jesus te perdoa
       Quaresma V
                           Transforma         A tua preguiça em ajuda
       Quaresma VI
                             Entrega          O teu dia a Deus
       Dom. Páscoa
                             Anuncia          Aos teus colegas Jesus Ressuscitado

         Páscoa II
                             Acredita         Que Jesus deu a vida para nos salvar
         Páscoa III
                            Reconhece         Que Deus é nosso Pai
         Páscoa IV
                            Apascenta         Ajuda os que precisam de ti
         Páscoa V
                               Vai            Jesus é o teu melhor amigo
         Páscoa VI
                               Ama            Como Jesus te ama
        Páscoa VII
        Ascensão           Testemunha         O teu amor a Jesus e a Nossa Senhora

        Pentecostes
                         Afirma a tua Fé!     Ser cristão sem vergonha



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CAMINHAMOS COM OS ADOLESCENTES…



 Objectivo Específico
 O objectivo específico desta caminhada, para os adolescentes, consiste em ajudá-los a firmar os seus
 passos e a afirmar a sua fé em Jesus Cristo, em todas as situações e momentos da sua vida.

 Propostas de concretização
 Na nossa vida do dia-a-dia somos constantemente obrigados a tomar decisões relacionadas com
 variadíssimos aspectos ao nível pessoal, profissional, social, etc. Na Palavra de Deus encontramos,
 na parábola do bom samaritano, uma situação perante a qual o sacerdote, o levita e o samaritano
 tiveram de tomar uma decisão. Enquanto os dois primeiros viram o homem ferido e passaram sem
 ser nada fazer, o samaritano teve compaixão dele e ajudou-o.
 O desafio que propomos para os adolescentes ao longo desta caminhada, durante o Tempo da Qua-
 resma e o Tempo Pascal, é que vão confrontando situações concretas da sua vida com a pergunta:
 Em meus passos o que faria Jesus? Pretende-se, portanto, que os adolescentes não façam nada em
 suas vidas sem antes perguntar o que faria Jesus na mesma situação. Este desafio que inicialmente
 parece muito simples, na prática é muito profundo e exigente. Para responder à pergunta, qualquer
 que seja a situação, deve-se orar ao Espírito Santo, para que ajude a encontrar a resposta.
 Este desafio poderá ter dois níveis de dificuldade:

       •Nível I: Se os adolescentes e os catequistas estiverem dispostos a um desafio superior
 poderão tentar responder à questão constantemente, em todas as situações com que se vão depa-
 rando no dia-a-dia. Esta opção implica um grande esforço por parte do adolescente e do catequista,
 mas o resultado final também poderá ser mais interessante.

       •Nível II: Para facilitar o desafio, em cada semana, de acordo com a atitude correspondente,
 propõe-se que o adolescente responda à pergunta relativamente a um determinado aspecto da sua
 vida.

 Na tabela seguinte, apresentam-se algumas propostas.




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Desafio: Em meus passos o que faria
           Semana          Atitude
                                                           Jesus…
                                        … na maneira como confio a minha vida a
         Quaresma I         Confia      Deus na oração e celebração dos
                                        sacramentos?
          Quaresma                      … na (re)descoberta do meu papel de filho,
                          Descobre
             II                         na relação com os meus pais?
                                        … na maneira como dou uso aos bens
          Quaresma
                              Dá        materiais e os partilho com os que
             III
                                        necessitam?
          Quaresma                      … para crer que Deus está sempre comigo,
                             Crê
             IV                         mesmo nos momentos mais difíceis?
                                        … para ter a capacidade de, com a graça de
          Quaresma
                         Transforma     Deus, transformar o pecado que existe em
             V
                                        mim em virtude?
          Quaresma                      … na maneira como me entrego à minha
                           Entrega
             VI                         vida de estudante?
                                        … para ter a coragem de anunciar a Palavra
             Dom.
                           Anuncia      de Deus a todas as pessoas com quem me
            Páscoa
                                        encontro diariamente?

                                        … para acreditar que mudar o mundo a
           Páscoa II       Acredita     partir das pequenas coisas está ao meu
                                        alcance?
                                        … para reconhecer o que devo fazer em
          Páscoa III      Reconhece     cada situação, no meu papel de cidadão
                                        cristão?
                                        … para apascentar a relação que tenho com
           Páscoa IV      Apascenta     os meus amigos e colegas da escola e da
                                        catequese, e com a Natureza?
                                        … em relação à disponibilidade para ir ao
           Páscoa V          Vai        encontro daqueles que estão à minha volta e
                                        precisam de mim?
                                        … para superar o desafio que é amar todas
           Páscoa VI         Ama        as pessoas, mesmo aquelas que não gostam
                                        de mim?
Qualquer que seja o nível escolhido, propõe-se que haja na sessão de catequese semanal um
pequeno espaço reservado para os adolescentes e os catequistas partilharem a sua experiência: as
dificuldades encontradas, as alegrias, o que descobriram de novo, etc. Este é um aspecto muito
importante para que este desafio resulte. No fim da caminhada, propõe-se que haja um encontro
mais demorado no qual se possa partilhar a experiência vivida e definir compromissos para o
futuro.
Também irão ser criados um blog e uma página no Facebook, intitulados “Caminhando com Jesus”,
onde os adolescentes e os catequistas poderão partilhar as suas experiências acerca do desafio pro-
posto com outros adolescentes e catequistas da Diocese de Aveiro. Na página do Facebook poderão
ainda ser colocadas fotografias e vídeos de actividades relacionadas com o desafio proposto. Os
endereços do blog e da página do Facebook serão disponibilizados no sítio da internet do SDCIA:
www.diocese-aveiro.pt/sdcia.
Além do desafio proposto, outra maneira de firmar os passos e afirmar a fé é passar a rezar. Para tal,
sugere-se que os adolescentes façam a sua oração diária, individual ou em família, utilizando o livr-
inho de oração proposto para a comunidade. Outra alternativa será através das orações disponibili-
zadas no sítio da internet “www.passo-a-rezar.net”, muito adequado aos adolescentes. Neste sítio da
internet, além da oração diária o adolescente tem disponível uma oração para fazer o seu exame de
consciência, no fim do dia, intitulada “rezar o meu dia”.



25
Para Valorizar o Tríduo Pascal

A nossa participação no Tríduo Pascal é a melhor catequese que podemos ter sobre o Tríduo Pascal.
Não estamos só a ouvir falar de coisas muito importantes para nós, cristãos, mas ouvimos, e celebra-
mos esses acontecimentos que Jesus viveu para nos salvar.
Para melhor celebrarmos a Páscoa, é muito bom que possamos celebrar, se possível como grupo de
catequese, o Tríduo Pascal.
Nós, católicos - famílias, catequistas e catequizandos - vamos progredindo no conhecimento deste
Mistério e sendo interpelados a dar mais valor à sua celebração. Neste Mistério, celebramos o centro
da nossa fé. Mais do que sabermos o que é o Tríduo Pascal, é muito bom que o compreendamos e o
celebremos.




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CAMINHAMOS COM OS JOVENS…



 Dimensão Comunitária

 Qualquer grupo juvenil só adquire sentido quando verdadeiramente integrado na comunidade
 cristã. Assim, tudo o que foi proposto como vivência comunitária deve ser vivido, em cada comuni-
 dade, pelos grupos juvenis. Gostaríamos no entanto de motivar ainda mais os jovens para a oração
 pessoal, partindo do livro “Rezar a Quaresma – Ano A”. Por isso propomos um símbolo que pretende
 ser acima de tudo convergente com a Cruz comunitária.
 Um símbolo convergente – Pegadas

        •De acordo com o lema: “Firma os teus passos”, sugerimos que alguns desenhos de pegadas
 sejam espalhados pelo chão da Igreja, antes do início de cada eucaristia dominical.
        •Nas pegadas deverão ser escritas as atitudes de cada semana.
        •Nos domingos da Quaresma a direcção das pegadas deverá convergir para a cruz – símbolo
 comunitário, significando o caminho de cada um de nós até à nossa salvação, pela morte de Jesus
 Cristo.
        •No tempo Pascal a direcção das pegadas será da cruz para as portas de saída da igreja, sim-
 bolizando que devemos dar testemunho da salvação.

 Dimensão Individual

 O grande desafio colocado a cada jovem é o da oração. Cada um deverá ter o seu livro “Rezar na
 Quaresma”. Para motivarmos mais à oração individual sugerimos uma ligação desta à vivência do
 grupo, através do símbolo de grupo – a pegada. A pegada do grupo (ver dimensão de grupo) deve
 circular por todos os elementos do grupo, durante a semana, pelo menos uma vez durante a qua-
 resma. No(s) dia(s) em que o jovem tem a pegada em casa é convidado a escrever nela uma pequena
 partilha da sua oração pessoal a partir do livro e da atitude semanal proposta.

 Dimensão de Grupo

 O grupo adquire uma importância vital na faixa etária juvenil. É neste espaço que a vivência desta
 caminhada deve ser impulsionada. Sugerimos que:
       •Na sala de reunião do grupo seja valorizado um espaço de oração com a colocação de uma
 cruz com as mesmas características do Cruz da comunidade.
       •Seja construída uma pegada de grupo, relacionando com o lema da caminhada “Firma os
 teus passos” e com o caminho que se pretende fazer até à Cruz de Jesus.
       •Que esta pegada de grupo circule por todos os elementos do grupo, durante a semana,
 fomentando a vivência individual (ver dimensão individual)



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•O Animador prepare, para a reunião semanal, um espaço de oração de grupo, com base nas
partilhas colocadas na pegada do grupo por cada um, onde também se leia a oração sugerida no
livro para aquele dia.
       •O grupo leve a sua pegada para o Dia Mundial da Juventude, a celebrar a 16 e 17 de Abril, no
Arciprestado de Oliveira do Bairro.


Na sequência das propostas feitas para valorizar este tempo, apresentamos de seguida sugestões
para ajudar os grupos juvenis a aprofundarem este tempo:
      •Encontro sobre o Sacramento da Reconciliação
      •Celebração Penitencial
      •Encontro sobre o Tríduo Pascal
      •Celebração do Caminho da Luz (Via Lucis)

Encontro de grupo sobre o Sacramento da Reconciliação
Material Necessário:
     •2 Rádios – 1 com música calma e outro com música ruidosa
     •Objectos/Imagens de pecado (por exemplo, relacionadas com violência, roubo, drogas...)
     •Objectos/Imagens de reconciliação (por exemplo, pombas branca, água, luz, amor,
amizade...)
     •Bíblia
     •Imagem de Cristo (Poster/Crucifixo/Foto)
     •Panos pretos ou roxos
     •Computador Portátil
     •DataShow
     •Foco de luz

Experiência Humana:
No início, a sala deve estar desarrumada com os objectos/imagens de pecado espalhados, de modo a
criar confusão. A Bíblia e a imagem de Cristo devem estar tapados com um pano preto ou roxo. O
rádio com a música ruidosa deve estar ligado aquando da entrada dos elementos na mesma. A sala
deve estar pouco iluminada.
Depois dos elementos do grupo estarem devidamente sentados, intercala-se a música ruidosa com
música calma e liga-se o foco de cada vez que se coloca a música calma (deve tentar fazer-se um jogo
de luzes e barulho intercalados, associando a calmaria à luz e o turbilhão à escuridão).
Pede-se que os jovens partilhem livremente sobre o que sentiram e interpretaram.
Posteriormente, e com a sala com luminosidade razoável para se poder ler, são distribuídas folhas
com as questões (apenas as perguntas, as respostas são suporte para o animador) sobre a reconcilia-
ção e é pedido aos elementos do grupo que vão respondendo às perguntas.

O que é o sacramento da Penitência?
O sacramento da Penitência, ou Reconciliação, ou Confissão, é o sacramento instituído por Jesus
Cristo para apagar os pecados cometidos depois do Baptismo. É, por conseguinte, o sacramento da
nossa cura espiritual, chamado também sacramento da conversão, porque realiza sacramental-
mente o regresso aos braços do Pai depois de nos afastarmos com o pecado.

O que é a confissão?
A confissão é a manifestação humilde e sincera dos próprios pecados ao Sacerdote.

A confissão ajuda-nos no caminho da virtude?
A confissão é um meio extraordinariamente eficaz para progredir no caminho da perfeição. Com
efeito, além de nos dar a graça “medicinal” própria do sacramento, faz-nos exercitar as virtudes fun-



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damentais da nossa vida cristã.
A humildade, acima de tudo, é a base de todo o edifício espiritual, é a fé em Jesus Salvador e nos seus
 méritos infinitos, a esperança do perdão e da vida eterna, o amor para Deus e para o próximo, a
 abertura do nosso coração à reconciliação com quem nos ofendeu. Ou seja, a sinceridade, a separa-
 ção do pecado e o desejo sincero em progredir espiritualmente.

 Como se pode superar a dificuldade que se sente em se confessar?
 Quem tem dificuldade em confessar-se deve considerar que o sacramento da Penitência é um dom
 maravilhoso que o Senhor nos deu. No “tribunal” da Penitência o culpado jamais é condenado, mas
 sempre absolvido. Pois quem confessa não se encontra com um simples homem, mas com Jesus,
 presente na pessoa do Sacerdote, Aquele que curou os leprosos, fez ver os cegos, ouvir os surdos e
 falar os mudos.

 O que é que obtemos com o sacramento da Penitência?
 A reconciliação com Deus e com a Igreja, a recuperação da graça de Deus, o aumento das forças
 espirituais para caminhar rumo à perfeição, a paz e a serenidade da consciência com uma viva con-
 solação do espírito.

 O que deve fazer o penitente depois da absolvição?
 O penitente depois da absolvição deve cumprir a penitência que lhe foi imposta e reparar os danos
 que os seus pecados possam eventualmente ter causado ao próximo.

 O sacerdote deve dar sempre a absolvição?
 O sacerdote deve dar sempre a absolvição se o penitente estiver sinceramente arrependido de todos
 os seus pecados mortais. Se pelo contrário, o penitente não tiver dor ou propósito de emenda, então
 o sacerdote não pode e não deve dar a absolvição, motivando para o sincero arrependimento.

 O que é o exame de consciência?
 O exame de consciência é a diligente busca dos pecados cometidos depois da última confissão feita.

 O animador vai gerindo as respostas que forem surgindo e as dúvidas subsequentes.
 Conclui-se com a apresentação PowerPoint “Reconciliação” (disponível em www.sdpj-aveiro.org),
 baseada no texto que aparece no início deste subsídio, no capítulo “Queremos valorizar… o sacra-
 mento da Reconciliação, no tempo Quaresmal”.

 Palavra de Deus:
 Após todos terem colocado as suas dúvidas, mesmo após a visualização do powerpoint, cria-se um
 espaço de silêncio, lendo-se o texto que se segue.
 “Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E
 esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a
 mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está
 no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a
 serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse
 fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a
 mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar
 entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Então foram
 abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e
 fizeram para si aventais. E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha,
 esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. Mas
 chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a
 tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. Deus perguntou-lhe mais: Quem te
 mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Ao que respondeu
 o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me a árvore, e eu comi. Perguntou o Senhor
 Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi.”
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Expressão de Fé:

Destapa-se a Bíblia e a Cruz (até então tapados) ao som da música “Restolho” da Mafalda Veiga
Os elementos do grupo são convidados a fazer uma oração conjunta, fazendo preces a Deus, de
preferência espontâneas e fazendo a partilha semanal a partir da pegada do grupo.
Caso seja possível devem ser convidados a participar numa celebração penitencial preparada em
grupo.



Celebração penitencial com jovens
Material necessário e indicações para a preparação:
- A frase “ Deus conserta um coração partido se lhe dermos todos os pedaços” deve estar colocada
em local bem visível e destacado.
- Preparar a silhueta de uma pessoa com pouco mais de um metro de altura, em esferovite e coberta
com papel cenário, para poder ser rasgado. A esferovite devera ter um coração desenhado e já cor-
tado, mas que será deixado no sítio. Por detrás da esferovite do coração estará presa uma lista de
contravalores, feita em papel contínuo e de acordo com a lista indicada, para ser destacada junta-
mente com o coração na altura apropriada.
- Powerpoint (disponível em www.sdpj-aveiro.org) intitulado “Exame de Consciência”
- Ter papéis, cortados, (sugere-se um A4 fotocopiado, que dê para 8 papeis) cada um com um contra-
valor escrito. Estes papéis destinam-se a serem entregues, um, a cada pessoa.
- Recipiente onde se possam queimar os papeis. Á frente do recipiente deve estar palavra renovação
- Tantas silhuetas humanas, em cartolina, com cerca de 10 cm de altura, quantas as que sejam
necessárias para se oferecer uma como recordação a cada pessoa que estiver presente na celebra-
ção. Em cada silhueta estará também desenhado um coração.
- Se for necessário deve fazer-se uma folha de cânticos para toda a assembleia

Introdução
“Deus conserta um coração partido se lhe dermos todos os pedaços”. Todos nós temos alguma
consciência da nossa infidelidade a deus. Este tempo de quaresma, vai-nos ajudando a sentir o
desejo de sermos salvos dos nossos pecados. Hoje queremos mais uma vez, abrir o nosso coração á
misericórdia de deus, para podermos celebrar o perdão de ele nos oferece. Não fechemos o nosso
coração á sua voz e abramos a nossa vida á sua misericórdia.
Cântico inicial
Saudação do presidente
Oração inicial pelo sacerdote

Liturgia da palavra
- 1ª Leitura – livro do profeta Ezequiel 36,24-28
- Salmo 50 ou um cântico de meditação
- Aclamação do evangelho segundo São João 15,9-17
- Homilia

Exame de consciência
À medida que se vão fazendo as quatro grandes propostas do exame de consciência, seguindo o
power point “Exame de Consciência”, também se vai rasgando o papel da silhueta, deixando a
descoberto uma nova silhueta, em esferovite. No fim de cada proposta canta-se um cântico.
Enquanto se canta, as partes do corpo rasgadas são colocadas na bacia para se queimar. Na última
proposta e durante o cântico, retira-se o coração e a lista de contravalores e é dado a todas as pes-
soas um papel com um contra valor.




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Oração dos fiéis
Presidente: Cada um recebeu um dos possíveis defeitos que pode ainda ter lugar na nossa vida. Con-
scientes dos nossos pecados, manifestemos a Jesus Cristo nossa confiança e digamos:
Senhor,renovai os nossos corações.
Sugere-se que cada um faça uma prece espontânea a partir do contra valor que lhe calhou.
Presidente: Senhor nosso Deus, sempre pronto a perdoar-nos, ajudai-nos a sentir que a reconcilia-
ção que nos dais nos aproxima uns dos outros e nos torna sinal vivo da vossa presença no mundo.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Ámen

Convite ao silêncio meditativo dos defeitos e pecados de cada um
ConfissãoIndividual com o sacerdote

Gesto de conversão

Enquanto se canta, cada um vem colocar na bacia o seu papel para ser queimado com os outros e
recebe uma silhueta, como recordação deste tempo de renovação.

Pai-nosso
Bênção final
Cântico final

Encontro de Grupo sobre o Tríudo Pascal
Material Necessário:
Círio Pascal, Pia Baptismal, Água, Cruz, Óleo, Pão e Vinho – podem ser objectos e/ou imagens

Experiência Humana:
Os elementos do grupo são convidados a fazer uma recolha em casa de objectos, fotografias e vídeos
que remetam para os dias do Tríduo Pascal de preferência vividos na sua paróquia em anos anteri-
ores.

Palavra de Deus:
É feita a Introdução do tema "Tríudo Pascal" com base na 1ª parte do texto apresentado nesta camin-
hada no capítulo „Queremos Valorizar... a vivência do Tríduo Pascal“. O grupo é dividido em quatro
subgrupos e é fornecido a cada um deles os textos referentes a cada dia do tríduo pascal que cons-
tam da 2ª parte do mesmo texto:

Grupo I – QUINTA-FEIRA SANTA - MISSA VESPERTINA DA CEIA DO SENHOR
Grupo II – SEXTA-FEIRA DA SEMANA SANTA - PAIXÃO DO SENHOR
Grupo III – SÁBADO SANTO
Grupo IV – VIGÍLIA PASCAL

Cada grupo é convidado a ler o texto que lhe coube, em grupo, e fazer um pequeno resumo para
apresentar aos restantes grupos (textos, cartazes, desenhos…)
No fim do trabalho de grupo são colocados numa mesa os objectos e fotografias recolhidos pelos
jovens em casa e os materiais supra propostos. Cada grupo é convidado a ir buscar aqueles que
estão mais relacionados com o dia que lhe coube aprofundar.
No final é feito um plenário com a apresentação de cada um dos grupos, dando ênfase à mensagem
do dia e aos símbolos do mesmo.

Expressão de Fé:
No espaço da sala onde se encontra a cruz, símbolo desta caminhada, são colocadas os símbolos ou
imagens utilizadas neste encontro. Neste ambiente far-se-á a partilha da “pegada do grupo”, dando
ênfase à atitude semanal, com a oração do livro “Rezar na Quaresma – Ano A”.
O grupo é convidado a participar activamente nas celebrações paroquiais da Semana Santa.


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Caminho da Luz (Via Lucis), para o tempo Pascal




Durante o tempo Pascal, sugere-se que o grupo celebre o caminho da Luz e que convide a comuni-
dade a celebrar com eles.
Nesta proposta é necessário escolher cânticos apropriados entre cada estação e prever uma apre-
sentação powerpoint onde apareçam as respostas que todos são convidados a dar durante a celeb-
ração. Ao longo do esquema aparecem identificados:
P – Presidente (onde for possível o Sacerdote)
T – Toda a Assembleia
L – Leitor

Introdução
L- A vida cristã está profundamente marcada pelo mistério pascal. Cristo morreu pelos nossos peca-
dos e para nossa salvação saiu vitorioso do sepulcro. A sua ressurreição imprime à vida de cada
cristão um exaltante ritmo de alegria. A via-sacra da ressurreição, ou caminho da luz, põe-nos em
contacto com esta alegria através dos encontros que o Ressuscitado teve com os discípulos. Uma
alegria que aparece em toda a parte e se espalha com extraordinária rapidez. O Espírito Santo
enche o nosso coração de grande alegria.

P- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo
T- Ámen
P- Senhor da vida
T- Ilumina o nosso caminho

P- Preparemos o nosso coração para sentir a alegria que cresce, á medida que cresce em nós a
certeza que Jesus ressuscitou e vive na sua Igreja.

Cântico

PRIMEIRA ESTAÇÃO – Jesus ressurge dos mortos

P- Senhor da vida,


Leitura do Evangelho segundo S. Mateus 28, 1-7

L- Os guardas tinham razão para Ter medo. Até os discípulos julgaram ver um fantasma. Mas nós
não temos razão nenhuma para Ter medo. Nós sabemos que Cristo ressuscitou e vive no meio de
nós. Nós sabemos que a sua vida de ressuscitado é a fonte da nossa esperança. Por isso vivemos na



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alegria.
P- Àquele que está vivo para sempre, dizemos com todo o entusiasmo da nossa fé: Vem viver con-
nosco!
T- Vem viver connosco!
P- Tu que venceste o pecado e a morte:
T- Vem viver connosco!
P- Tu que não sofreste a corrupção do sepulcro:
T- Vem viver connosco!
P- Tu que apareceste aos discípulos dispersos:
T- Vem viver connosco!

P- Oremos. Senhor Jesus Cristo, vencedor da morte e do pecado, escuta a nossa oração, tal como
tornaste forte a fé dos discípulos com a tua presença de ressuscitado, concede-nos também a nós a
força de vencer as seduções do pecado.
Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos
T- Ámen.

SEGUNDA ESTAÇÃO – Os discípulos encontram o sepulcro vazio

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho.

Leitura do Evangelho segundo S. João 20, 1-10

L- Um sepulcro não reter um corpo como o de Jesus, destinado à ressurreição. O Filho de Deus,
depois da tremenda prova, devia explodir numa glória sem limites. As ligaduras já não servem:
estão ali a testemunhar um tempo de tormento. Mas que dá lugar á hora do maior triunfo.


P- A Cristo, ressuscitado dos mortos, dirigimos o grito da nossa fé: ressuscitaste para sempre e vives
connosco.
T- Ressuscitaste para sempre e vives connosco.
P- Senhor Jesus, enviado pelo Pai para libertar o mundo do pecado, nós te dizemos com confiança:
T- Ressuscitaste para sempre e vives connosco.
P- Senhor Jesus, portador de uma mensagem de eterna salvação, nós te dizemos com confiança:
T- Ressuscitaste para sempre e vives connosco.
P- Senhor Jesus que infundes a alegria em todos os que acreditam em ti, nós te dizemos com confi-
ança:
T- Ressuscitaste para sempre e vives connosco.

P- Oremos, Pedimos-te, Senhor Jesus: concede aos teus fiéis o entusiasmo de te procurarem com fé
todos os dias para encontrar sempre ao teu lado a doçura do teu rosto.
T- Ámen

TERCEIRA ESTAÇÃO – Jesus manifesta-se à Madalena

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho.

Leitura do Evangelho segundo S João 20, 11-18
L- Durante os quarenta dias da ressurreição, Jesus costumava esconder a sua identidade para reve-
lar no momento oportuno. Assim sucede na nossa vida: em certos momentos é difícil perceber a
presença do Senhor.




33
P- É nesses momentos em que se torna necessário recorrer à oração e invocá-lo com fé: Mostra,
Senhor, a tua presença.
T- Mostra, Senhor, a tua presença.
P- Quando nos assalta a sombra da dúvida e não conseguimos ver a luz, nós te dizemos:
T- Mostra, Senhor, a tua presença.
P- Quando o pecado ofusca a nossa mente e se torna difícil erguer a cabeça, nós te dizemos:
T- Mostra, Senhor, a tua presença.
P- Quando nada nos corre bem e se torna difícil acreditar na tua bondade, nós te dizemos:
T- Mostra, Senhor a tua presença

P- Oremos, Pedimos-te, Senhor Jesus: concede aos teus fiéis o entusiasmo de te procurarem com fé
todos os dias para encontrar sempre a seu lado a doçura do teu rosto.
T- Ámem.

QUARTA ESTAÇÃO – Jesus a caminho com os discípulos de Emaús

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho

Leitura do Evangelho segundo S. Lucas 24, 13-29

L- Em cada passo da estrada podemos encontrar o Senhor e caminhar com Ele pelos caminhos
justos. Ou podemos ignorar a sua presença e percorrer as estradas das nossas falsas seguranças. É
importante escolher bem.

P- Só Jesus nos pode indicar o caminho da vida. Por isso invocamo-lo com confiança: Mostra-nos o
caminho que leva à vida.
T- Mostra-nos o caminho que leva à vida.
P- Se o nevoeiro dos sentimentos ofusca o nosso caminho, nós te dizemos:
T- Mostra-nos o caminho que leva à vida.
P- Se a indiferença e a ignorância impedem muitos de ver a direcção certa, nós te dizemos Senhor:
T- Mostra-nos o caminho que leva à vida.
P- Se a superstição, a dúvida, o desânimo tendem a paralisar tudo e a bloquear o nosso caminho
para ti, nós te dizemos:
T- Mostra-nos o caminho que leva à vida.

P- Oremos, Senhor Jesus Cristo que na Igreja és farol de luz e de salvação: Guia os nossos passos no
caminho da justiça, para que possamos chegar até ti no teu reino de luz infinita.
T- Ámen.

QUINTA ESTAÇÃO – Jesus manifesta-se no partir do pão

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho.

Leitura do Evangelho segundo S. Lucas 24, 29-35

L- Ao Domingo, os irmãos encontram-se para “partir o pão”. Pão de vida, que Jesus prometeu dar
aos que nele acreditam. Esperamo-lo com ânsia todas as semanas pois sabemos que é um verda-
deiro encontro de Jesus com os seus amigos.

P- Precisamos de uma fé forte para que todo o povo de Deus reconheça na Eucaristia o alimento que



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dá a vida. Dizemos juntos: Vem, pão da vida!
T- Vem, pão da vida!
P- Tu és a fonte da vida e do amor. Nós te dizemos:
T- Vem, pão da vida!
P- Tu és a fonte de toda a graça que há na Igreja. Nós te dizemos:
T- Vem, pão da vida!
P- Tu és a esperança do reino sem fim. Nós te dizemos:
T- Vem, pão da vida!

P- Oremos, Senhor Jesus, só em ti está a fonte da vida. Concede-nos um grande amor ao teu Pão
eucarístico e torna-nos dignos de nos alimentarmos sempre do teu grande Dom.
T- Ámen.

SEXTA ESTAÇÃO – Jesus no Cenáculo

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho.

Leitura do Evangelho segundo S. Lucas 24, 36-48

L- Jesus disse: “Vejam as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo”. Os apóstolos não crêem na
história das mulheres. De repente, eis Jesus presente entre eles. Uma ilusão? Jesus estende as mãos e
eles vêem as feridas feitas pelos pregos. Tocam-no com as suas mãos e com os seus ouvidos escutam
a Sua voz que diz: "A paz esteja convosco". Hoje, Senhor Jesus, é também real que as Tuas mãos são
as nossas mãos, e os Teus pés são os nossos pés. Por isso, cada um de nós pode tornar-se, pelo Espírito
Santo, um Cristo no meio em que vivemos. Ensina-nos, Senhor, a ser as Tuas mãos e os Teus pés para
os outros e a estar no mundo sem ser do mundo.
Os nossos corações são os “Olhos” e as “Mãos” para termos fé na Ressurreição de Cristo.

P- Somente Vós sois o Caminho que conduz a eternidade.
T- Nós cremos em Ti, Senhor.
P- Somente vós sois a Verdade que dá sentido a tudo.
T- Nós cremos em Ti, Senhor.
P- Somente Vós sois a Vida plena e gloriosa.
T- Nós cremos em Ti, Senhor.

Pai Nosso ...

SÉTIMA ESTAÇÃO – Jesus dá poder de perdoar os pecados

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho.

Leitura do Evangelho segundo S. João 20, 19-23

L- Só depois da ressurreição Jesus transmitiu aos apóstolos o poder de perdoar os pecados. É clara a
referência à sua morte redentora. A cruz é o preço do pecado; a cruz é a morte que nos trouxe a vida.
Por pouco que pensemos mo amor de Deus e na realidade da nossa condição de pecadores, o coração
enche-se de profundo reconhecimento.

P- Por isso, cheios de confiança, elevemos este pedido: Jesus, pela tua cruz, salva-nos
T- Jesus, pela tua cruz, salva-nos.
P- Quando nos assaltam as ondas da tentação que tudo ameaçam submergir, pedimos com fé:
T- Jesus, pela tua cruz, salva-nos.




35
P- Quando nos amarra o medo por causa dos muitos pecados e somos tentados a duvidar do perdão,
pedimos com fé:
T- Jesus, pela tua cruz, salva-nos.
P- Quando nos perturba o pensamento da vida eterna e nos assalta o temor de não estarmos prepara-
dos para enfrentar o juízo de Deus, pedimos com fé.
T- Jesus, pela tua cruz, salva-nos.

P- Oremos, Senhor Jesus, nosso salvador, inspira-nos uma confiança ilimitada na tua misericórdia.
Bem como um profundo desejo de combater o pecado em todas as suas formas.
T- Ámen.

OITAVA ESTAÇÃO – Jesus confirma a fé de Tomé

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho.

Leitura do Evangelho segundo S. João 20, 24-29

L- Como é grande a tua paciência, Senhor. Como é grande a tua bondade. Para Tomé e para todos os
discípulos. Sempre estiveste disposto a explicar, a dar noticias a respeito da tua vida de enviado do
Pai. Para nós também.

P- Nós te rezamos, Senhor Jesus, com a mesma oração do apóstolo Tomé e com o mesmo entusiasmo
de fé: Meu Senhor e meu Deus.
T- Meu Senhor e meu Deus.
P- Rezamos-te pelo tempo de dúvida. Quando a mente se ofusca e as falsas doutrinas parecem
desafiar a nossa fé, com Tomé nós te dizemos:
T- Meu Senhor e meu Deus.
P- Rezamos-te pelo tempo de aridez. Quando Tu, Senhor, pareces longe e há tanta necessidade de te
sentir perto, com Tomé nós te dizemos:
T- Meu Senhor e meu Deus.
P- Rezamos-te pelo tempo de erro. Quando a verdade custa e o diálogo ameaça conduzir a conclusões
erradas, com Tomé nós te dizemos:
T- Meu Senhor e meu Deus.

P- Oremos, Senhor Jesus tu amas o que é justo, o que é belo, o que é verdadeiro. Dá-nos a luz da tua
mensagem e procurar-te-emos em todas as coisas e ver-te-emos em todos os irmãos
T- Ámen.

NONA ESTAÇÃO – Jesus mostra-se aos discípulos no lago

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho

Leitura do Evangelho segundo S. João 21, 2-9.12

L- É assim mesmo: Aquele que pede de comer é o Senhor de tudo. Aquele que estende a mão para
receber pão é o mesmo que envia a chuva a seu tempo e faz nascer o sol par que os campos amad-
ureçam e as espigas sejam recolhidas. João o evangelista diz claramente: “É o Senhor!”

P- “Tive fome e deste-me de comer.” Jesus revela a sua presença na fome dos pobres. Com fé e com
verdade digamos-Lhe: Senhor, torna-nos ministros do teu amor.




                                                                                            36
P- Pobres sem nada. Crianças com fome. Por eles, nós dizemos:
T- Senhor, torna-nos ministros do teu amor.
P- Famílias sem casa. Jovens sem trabalho. Por eles, nós dizemos:
T- Senhor, torna-nos ministros do teu amor.
P- Doentes pobres e sós. Idosos sem amparo. Por eles, nós dizemos:
T- Senhor, torna-nos ministros do teu amor.

P- Oremos, Senhor Jesus, que para nos salvar escolheste viver como nós: Nós te pedimos que sintamos
a tua suave presença ao nosso lado em cada dia da nossa vida.
T- Ámen.

DÉCIMA ESTAÇÃO – Jesus entrega o primado a Pedro

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho

Leitura do evangelho segundo S. João 21, 15-19

L- Jesus colocou o amor no centro da sua mensagem. Amor com duas direcções: a Deus e ao próximo.
Quem quer seguir Jesus tem de percorrer esses dois caminhos.

P- O amor vence a morte. A Jesus nós dizemos: Enche de amor a nossa vida
T- Enche de amor a nossa vida.
P- O amor de Deus está nos nossos corações. Por isso nos te rezamos:
T- Enche de amor a nossa vida.
P- O amor é o supremo critério no Reino e na Igreja. Por isso nós rezamos:
T- Enche de amor a nossa vida.
P- O amor tudo vence e tudo suporta. Por isso nós rezamos:
T- Enche de amor a nossa vida.

P- Oremos, Senhor Jesus, que trouxeste à terra o fogo do amor do Pai: Faz que a Igreja arda sempre
nesse fogo e que ele se espalhe a todo o mundo.
T- Ámen.

DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO – Jesus confia aos discípulos a missão universal

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho

Leitura do Evangelho segundo S. Mateus 28, 16-20

L- Jesus chama-nos a colaborar no seu projecto: levar a sua mensagem a toda a gente, de todos os
tempos e continentes. Alguns são chamados a traduzir á letra o mandato de Jesus: “Ide!” e partem por
toda a terra a pregar, a ensinar, a baptizar. Outros, a maioria, têm a tarefa de anunciar o evangelho
no lugar onde estão. Como nós.

P- Obedecendo ao convite de Jesus, rezamos com insistência ao Pai: Manda operários para a Tua
messe.
T- Manda operários para a tua messe.
P- Para que os bispos e sacerdotes não se cansem nunca de anunciar e ensinar a fé, pedimos ao Pai:

P- Para que os missionários não percam a coragem diante das inevitáveis dificuldades, pedimos ao
Pai:



37
T- Manda operários para a tua messe.
P- Para que todos os cristãos se deixem envolver no programa geral de evangelização, pedimos ao
Pai:
T- Manda operários para a tua messe.

S- Oremos, Deus todo-poderoso: a nossa fé baptismal nos torne atentos à difusão do evangelho com
as palavras e as acções.
T- Ámen.

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO – Jesus sobe ao céu

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho.

Leitura dos Actos dos Apóstolos 1, 6-11

L- A fé cristã tem fundamentos claros e sólidos. Convicção absolutamente irrenunciável é a ressur-
reição de todo o homem. Se assim não fosse, a mensagem de Jesus e o seu sacrifício na cruz não
teriam qualquer valor.

P- Somos a Igreja, povo libertado por Cristo. Só n’Ele está a nossa esperança e dizemos: A tua graça
nos salve, Senhor
T- A tua graça nos salve, Senhor.
P- Jesus, que disseste aos teus fiéis: “ Vou preparar-vos um lugar”. Enquanto esperamos, rezamos-te
confiantes:
T- A tua graça nos salve, Senhor.
P- Jesus, Tu pediste ao Pai que os teus se juntassem a Ti no Paraíso. Com a esperança desse encontro,
rezamos-te confiantes:
T- A tua graça nos salve, Senhor.
P- Jesus, o Espírito disse-nos que um dia voltarás para concluir a história da salvação. Para que seja
uma conclusão cheia de alegria também para nós, rezamos-te confiantes:
T- A tua graça nos salve, Senhor.

P- Oremos, Senhor Jesus que ao subir à glória do Pai prometeste ficar no meio de nós: Ajuda-nos a
recordar todos os dias a doce realidade da tua presença e de trabalhar na expectativa do teu
regresso.
T- Ámen.

DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO – Com Maria à espera do Espírito Santo

P- Senhor da vida,
T- Ilumina o nosso caminho.

Leitura dos Actos dos Apóstolos 1, 1-5.14

L- Nós, com toda a Igreja, aqui representada pela nossa comunidade, reunimo-nos em redor de
Maria. Nos nossos dias, Maria seria entrevistada: a respeito do sentido daquela expectativa, a
respeito do misterioso personagem que se espera, o Espírito Santo... A palavra de Deus e a reflexão
da Igreja ajudam-nos a encontrar as respostas.

P- Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, que enches de sentido a esperança dos tempos novos, com
Maria, nós te invocamos: Vem Espírito Santo.
T- Vem Espírito Santo.


                                                                                             38
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Firma a tua fé

  • 1. CAMINHADA QUARESMA-PÁSCOA 2011 DIOCESE DE AVEIRO: Secretariados da Educação Cristã FIRMA OS TEUS PASSOS. AFIRMA A TUA FÉ!
  • 2.
  • 3. MENSAGEM INICIAL A Quaresma: Pensar, olhar e caminhar… A Quaresma é um caminho com sentido obrigatório para a frente. É um caminho sempre novo, que não está feito: será feito por cada um e à medida de cada um. Não há nada igual para ninguém, a não ser chegar ao fim deste projecto, que desembocará noutros sucessivamente novos. É preciso, pois, antes de mais, fazer o projecto tendo em conta o destino e os objectivos que nos propo- mos alcançar. Depois, é necessário pôr mãos à obra e ir construindo esse caminho, dia-a-dia, desbra- vando florestas envelhecidas, densas e escuras, ultrapassando os empecilhos pedregosos e nivelando os terrenos, endurecendo os espaços pantanosos, desenvolvendo novas “tecnologias” de caminho, para finalmente chegarmos à visão de paisagens fantásticas nunca antes alcançadas. Este desafio não é utopia! É um objectivo possível para gente forte e determinada. Para o conseguires “Firma os teus passos. Afirma a tua Fé!”. O segredo passa por aí porque Deus e eu, em comunhão, somos invencíveis. Olhar para trás, não! Só pode haver uma excepção: se for para fazer contas à viagem realizada tendo em vista avaliar a segurança do caminho feito, reconhecer os prejuízos causados pelos solavancos da estrada, assumir a responsabilidade dos acidentes, tomar consciência do desleixo em relação à falta de combustível, à reduzida pressão dos pneus …, e tudo o que impediu teres chegado mais longe e mais depressa. Cuidado com a paisagem: conduzir fixando demoradamente a atenção na paisagem pode ser perigoso e tornar a viagem mais demorada. Ficar todo o tempo parado a olhar para o lado impedirá alcançar a meta. As inversões de marcha são sempre proibidas porque nos levarão em sentido contrário. Se o fizer- mos, então voltaremos ao pântano, do qual já tínhamos saído e onde poderemos correr o risco de ficarmos tranquilamente acelerando o motor, mas sem gerar movimento. A Páscoa: O tempo que não passa, o caminho que não termina. Quem se põe a caminho e faz caminho alcança. Não terão sido alcançados todos os objectivos e a Páscoa “morreria” aí. Há mais, muito mais para alcançar. A Páscoa será o ponto alto, para onde orientamos toda a nossa caminhada, que nos vai proporcionar abrir novas perspectivas, novos hori- zontes de vida, de fé, de esperança e de encorajamento. Ressuscitados com Cristo vivemos a Vida Nova iluminados e conduzidos pelas novas energias do Espírito: A novidade em cada dia, que não é apenas mais um, em cada trabalho, que não é apenas mais uma cruz pesada que nos lança por terra, em cada passo, que não é um simples passo, mas o despertar para a nova ressurreição. Tudo isto porque a Páscoa (Passagem), não é algo que passa e termina, mas toda uma vida e muitas vidas, com a Luz do ressuscitado e a força de quem passa da morte para a vida diariamente. Padre Costa Leite, Vigário Episcopal para a Educação Cristã 3
  • 4. INTRODUÇÃO GERAL Os Secretariados da Catequese da Infância e Adolescência (SDCIA), da Pastoral Juvenil e Vocacional (SDPJV) e do Ensino Religioso nas Escolas (SDERE), que integram a Viga- raria da Educação Cristã da Diocese de Aveiro, propõem a todos (crianças, adolescen- tes, jovens, adultos e comunidades paroquiais) uma caminhada para os tempos litúr- gicos de Quaresma e Páscoa. Um projecto uno para que toda a diocese participe em comunhão e com alegria. À semelhança da caminhada do Advento e Natal, vamos dar continuidade ao projecto de união através da oração, pelo que aconselhamos a utilização do livro de oração: “Rezar na Quaresma – Ano A”, das Edições Salesianas, que pode ser adquirido nas Paróquias da Diocese. Este livro tem uma citação de uma das leituras diárias, apre- senta uma reflexão a propósito e sugere uma oração. Assim, pode ser utilizado diari- amente na oração pessoal, partilhada em família, nos grupos em que estamos inseri- dos ou para começar uma reunião ou uma refeição. Sugerimos que cada um reze relacionando com a atitude proposta, nesta caminhada, para a respectiva semana, como acção de preparação para afirmar a fé e renovar a fidelidade cristã. Para que caminhemos com sentido e com objectivo durante a nossa preparação para a salvação que Jesus nos dá sugerimos: Um lema: Firma os teus passos. Afirma a tua Fé!, Um símbolo: a Cruz, Um livro: “Rezar na Quaresma – Ano A”, comuns a todas as idades e apresentaremos propostas específicas para diferentes faixas etárias. 4
  • 5. OBJECTIVOS, LEMA E ATITUDES Traçamos objectivos gerais… O nosso Bispo, D. António Francisco, diz-nos, na III Etapa do Plano Pastoral da Diocese, que: “Privilegiaremos os tempos fortes da liturgia, como sejam o Natal e a Páscoa, assim como os momen- tos marcantes da vida das comunidades ou dos movimentos apostólicos. Apresenta-se como caminho por outros já iniciado, que é sempre oportuno e necessário estimular, o surgimento de novos grupos e iniciativas comunitárias de oração e de retiros espirituais, onde se aprenda e se ensine a rezar.” Daqui emanam os objectivos gerais desta caminhada: • Dinamizar as comunidades cristãs para que vivam em profundidade os tempos litúrgicos de Quaresma e Páscoa • Promover a (re)descoberta da dimensão orante na vida de cada cristão • Aprofundar a vivência do Sacramento da Reconciliação e do Tríduo Pascal Definimos um lema… Apresentamos um lema forte e desafiante que nos guiará nesta caminhada: “Firma os teus passos. Afirma a tua Fé!”. No tempo Quaresmal deverá ser dado maior destaque à 1ª parte deste lema: “Firma os teus passos” para que caminhemos em Cristo para a vivência do mistério pascal onde a 2ª parte do lema: “Afirma a tua Fé!”, nos impele ao testemunho cristão. PROPOMOS ATITUDES SEMANAIS… Para cada semana foi escolhida uma atitude, tendo em conta as leituras dominicais. Estas atitudes deverão servir de mote para a reflexão do evangelho na eucaristia, desafiando cada um à vivência e ao aprofundamento durante a semana. Tempo Quaresmal Atitude Tempo Pascal Atitude 1ª Sem Confia 2ª Sem Acredita 2ª Sem Descobre 3ª Sem Reconhece 3ª Sem Dá 4ª Sem Apascenta 4ª Sem Crê 5ª Sem Vai 5ª Sem Transforma 6ª Sem Ama 6ª Sem Entrega 7ª Sem - Ascensão Testemunha Dom de Páscoa Anuncia Pentecostes Afirma a tua Fé! 5
  • 6. ORIENTAMO-NOS COM MAIS FACILIDADE… Tempo Quaresmal – “Firma os teus passos!” Oração para todas as semanas Proposta de oração diária do livro “Rezar a Quaresma – Ano A”, das Edições Salesianas 4ª Feira de Cinzas 9/3 Gesto Comunitário Cruz com fundo roxo (face A) 1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana 5ª Semana 6ª Semana 13 a 19/3 20 a 26/3 27/3 a 2/4 3/4 a 9/4 10/4 a 16/4 17/4 a 21/4 Atitude Confia Descobre Dá Crê Transforma Entrega Celebração Via-Sacra Bênção dos Paroquial Missa Celebrar Penitencial Crucifixos Crismal, 10h, Sé Catequese Catequese Catedral Em grupo sobre a Recon- sobre o ciliação Tríduo Pascal Pelo SDCIA Retiro para CDCIA, 4/4 Catequistas, 26 e 27/3 Pelo SDPJV Oração Taizé, 2º Enc “Mestre IEJ, 7 a 10/4 DMJ, Arc 18/3 onde Moras?”, 2ª Sessão Olivª Bairro, 20/3 QAHAL, 26-27/3 16 e 17/4 Gesto Comunitário Colocação da Atitude Semanal na Cruz, durante a Eucaristia (cf. esquema) Domingo de Páscoa - 24 DE ABRIL Tempo Pascal – “Afirma a tua Fé!” 1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana 5ª Semana 6ª Semana 24 a 30/4 1 a 7/5 8 a 14/5 15 a 21/5 22 a 28/5 29/5 a 4/6 Atitude Anuncia Acredita Reconhece Apascenta Vai Ama Caminho da Luz (Via Celebrar Lucis) Pelo SDCIA Dia Diocesano do Catequista, 8/5, Arc Olivª Bairro Pelo SDPJV Fátima Jovem Semana de 3º Enc “Mestre onde CDPJV, 4/6 2011, 7 e 8/5 Oração pelas Moras?”, 14 e 15/5 Vocações Oração Taizé, 20/5 Gesto Cruz com fundo Colocação da Atitude Semanal na Cruz, durante a Eucaristia (cf esquema) Comunitário branco (face B) 7ª Semana - Ascenção 5 a 11/6 Pentecostes 12/6 Atitude Atitude Testemunha Afirma a tua Fé Pelo SDPJV Celebrar 1ª Reunião prep Vigília de Oração Diocesana, participantes na 11/6, 21h, na Sé Catedral JMJ, 11/6 Gesto Comunitário Colocação da Atitude Semanal na Cruz, durante a Eucaristia (cf esquema) 6
  • 7. UNIMO-NOS NUM SÍMBOLO… Para que seja visível por toda a comunidade que há um caminho a percorrer e que este se vai con- struindo ao longo do tempo, com o envolvimento de todos, propomos um símbolo comunitário, pre- sente nas igrejas onde habitualmente a assembleia celebra aos domingos. A CRUZ é o centro desta caminhada, é o símbolo da salvação. Sugerimos que seja feita uma cruz ou que se utilize uma pré-existente e se coloque na igreja num local visível para toda a assembleia, durante a celebração eucarística de 4ª feira de Cinzas. A Cruz deverá ser de um dos lados roxa e do outro branca. Durante a Quaresma a cruz ficará com a face de cor roxa (face A) voltada para a assembleia e durante o tempo Pascal apresentará a face de cor branca (face B). Na Eucaristia dominical deverá ser colocada na Cruz a atitude proposta para essa semana. Seria bom que a colocação da palavra na eucaristia coincidisse com a proclamação de uma oração pre- parada com base no livro “Rezar na Quaresma – Ano A” e na atitude a ser colocada. Nos domingos de Quaresma a colocação das atitudes será feita da base da cruz até ao topo, suger- indo a nossa aproximação a Cristo e no tempo Pascal será do topo para a base, desafiando-nos a anunciar a boa nova de Jesus Cristo Ressuscitado. No dia de Páscoa a atitude Anuncia deverá ser de cor branca, colocada no centro da face A da Cruz. No Domingo de Pentecostes a atitude “Afirma a tua fé!” deverá ser a vermelho, no centro da face B da Cruz. Quaresma (face A, cor roxa) Páscoa (face B, cor branca) Entrega Acredita 6º 1º Afirma Crê Transforma Reconhece Apascenta 4º Anuncia 5º 2º a tua 3º Fé! Dá Vai 3º 4º Descobre Ama 2º 5º Testemunh Confia a 1º 6º 7
  • 8. SUGERIMOS ACÇÕES COMUNS… Para que as comunidades cristãs possam viver mais profundamente este tempo fazemos um con- junto de propostas que podem valorizar esta vivência: •Livro de Oração: Como já referimos, cada pessoa é convidada a adquirir na sua Paróquia o livro “Rezar na Quaresma – Ano A”, das edições salesianas, num formato muito semelhante ao do Advento. Com ele pretendemos valorizar a oração pessoal diária, a oração familiar, os espaços de reuniões de grupo e as celebrações dominicais. •Bênção dos Crucifixos: A presença de crucifixos nos lares cristãos já não é tão comum, princi- palmente nas casas mais recentes. De modo a incentivar a colocação de crucifixos nos lares onde ainda não haja, propomos que se realize uma celebração da bênção dos crucifixos, onde cada famí- lia é convidada a levar o seu para ser benzido. Sugerimos que seja feita na celebração de 4ª Feira de Cinzas ou no 1º Domingo da Quaresma, incentivando assim as próprias famílias a valorizarem a Cruz nas suas casas, nos tempos de oração que fizerem em família durante esta caminhada. •Vigília de Oração: Neste ano que a nossa diocese dedica à oração propomos que durante o Tempo da Quaresma e o Tempo Pascal se promovam vigílias de oração a nível paroquial e/ou arciprestal. •Via-Sacra: Sugerimos que cada paróquia ou grupos valorize a via-sacra, durante o Tempo Quaresmal, e se una a Jesus Cristo neste momento especial da sua vida em que cumpriu o preceito de Deus. •Sacramento da Reconciliação: Que se valorize a celebração deste sacramento como oportuni- dade favorável para o encontro íntimo e profundo com Deus. Propomos a realização de um espaço de catequese sobre este sacramento, nos diferentes grupos, e a realização de uma celebração peni- tencial. •Bênção dos Ramos: Que, nas paróquias onde ainda não acontece, alguns grupos paroquiais se responsabilizem por fazer pequenos ramos para oferecer aos participantes da eucaristia do Domingo de Ramos, para que não falte a ninguém e que todos possam levar para suas casas um pequeno ramo benzido. •Tríduo Pascal: Para que toda a comunidade valorize e viva intensamente estes dias, pode fazer-se nos grupos uma catequese direccionada para esta vivência. •Caminho da Luz (Via Lucis): Cada paróquia pode valorizar a celebração do Caminho da Luz ao longo do Tempo Pascal, privilegiando a experiência de Cristo ressuscitado que nos chama ao testemunho. 8
  • 9. APROFUNDAMOS A LITURGIA… Pensamos ser útil, quer para reflexão individual, quer para apoiar os catequistas, animadores ou responsáveis de grupos, ajudar a aprofundar as ideias fundamentais da liturgia de cada domingo, quer do tempo quaresmal, quer do tempo pascal. Apoiados nas reflexões disponíveis no site dos Dehonianos: http://www.dehonianos.org, disponibilizamos este material de aprofundamento. Tempo Quaresmal – Ano A Conscientes da importância que a Páscoa tinha para a sua vida, os cristãos desde os tempos apostóli- cos começaram a celebrá-la e bem cedo começaram também a reservar um tempo de preparação para a celebração do Mistério Pascal. A Quaresma é, portanto, um período de quarenta dias de preparação para a Páscoa, «a maior das solenidades» (SC. 12), pois actualiza o acontecimento culminante da História da Salvação.» (Cf Missal Popular Dominical, Gráfica de Coimbra 1993, p. 163). A natureza deste tempo é comandada pelo seu termo: a Páscoa, a celebração da paixão e ressur- reição do Senhor. A Quaresma, se tem sentido, é precisamente o de preparar-nos para uma inteligência da Páscoa integral a fim de nos dispor também a revivê-la integralmente. Como desco- brir este sentido da Quaresma? A instituição da Quaresma está concebida como uma marcha para esse mistério de libertação e de renovação. É tempo para nos desligarmos do homem velho, um tempo de renovação sobretudo mediante os sacramentos. Por isso, as características particulares deste tempo litúrgico, para além das assembleias eucarísticas, relacionam-se principalmente com dois elementos: a preparação dos catecúmenos para o baptismo e a preparação dos penitentes para a reconciliação. Aos catecúmenos a Igreja propõe-lhes a entrada, mediante o baptismo, numa criação nova; aos já baptizados, uma revisão de vida, um passo em frente na divinização que lhes foi outorgada em princípio, mas que deverá ser restaurada e actuada de uma forma sempre mais consciente e profunda. Período de esforço ascético para seguir a Cristo na sua morte ao pecado, tempo apto para escutar a palavra de Deus recebida na Liturgia, para reunir o povo a fim de o dispor e conduzir às celebrações pascais, tudo isto é a Quaresma, tudo isto é preparação para a Páscoa. (Cf. A Celebração do Mistério Pascal – Quaresma, in “Boletim de Pastoral Litúrgica”, Janeiro / Dezembro de 1985, Ano X). Assim, a Qua- resma é um tempo favorável para, de diversas formas, renovarmos a nossa fidelidade cristã. O gesto de imposição das mãos na quarta-feira de cinzas leva-nos a tomar consciência da nossa condição de pecadores. A Quaresma é tempo propício para o aprofundamento do desígnio de Deus sobre cada um. É tempo de renunciar, de converter e de crer. Ao longo destes 40 dias, as leituras sugerirão: sentido de jejum e de partilha, amor ao próximo, importância da oração, conversão, justiça de Deus, a Sua misericórdia, o perdão e a reconciliação. A Quaresma exige que façamos a revisão das nossas competências. Lutamos por ser competentes ou somos "do despacha", porque custa? Também exige que façamos a revisão da nossa moralidade: os nossos costumes, os nossos valores, as nossas acções. Assim como diz o Catecismo da Igreja Católica, entremos numa linha de ascese (esforço, sacrifício) e deixemos de lado a acédia (preguiça espiri- tual). 9
  • 10. Esquema Temático das Leituras dos Domingos da Quaresma I Domingo da Quaresma - 13 de Março Tema: Jesus jejua durante quarenta dias. Antigo Testamento: Gn 2, 7-9; 3, 1-7 Criação e Pecado Apóstolo: Rm 5, 12-19 Pecado e graça Evangelho: Mt. 4, 1-11 Tentação de Cristo Mensagem “As três tentações aqui apresentadas não são mais do que três faces de uma única tentação: a tenta- ção de prescindir de Deus, de escolher um caminho de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência, à margem das propostas de Deus. Mas, para Jesus, ser “Filho de Deus” significa viver em comunhão com o Pai, escutar a sua voz, realizar os seus projectos, cumprir obedientemente os seus planos. Ao longo da sua vida, diante das diversas “provocações” que os adversários Lhe lançam, Jesus vai con- firmar esta sua “opção fundamental” e vai procurar concretizar, com total fidelidade, o projecto do Pai. Israel, ao longo da sua caminhada pelo deserto, sucumbiu frequentemente à tentação de igno- rar os caminhos e as propostas de Deus. Jesus, ao contrário, venceu a tentação de prescindir de Deus e de escolher caminhos à margem dos projectos do Pai. De Jesus vai nascer um novo Povo de Deus, cuja vocação essencial é viver em comunhão com o Pai e concretizar o seu projecto para o mundo e para os homens”. II Domingo da Quaresma - 20 de Março Tema: O seu rosto ficou resplandecente como o sol. Antigo Testamento: Gn. 12, 1-4ª Vocação de Abraão Apóstolo: 2 Tm 1, 8b-10 Nossa Vocação Evangelho: Mt 17, 1-9 Transfiguração Mensagem “A mensagem fundamental, amassada com todos os elementos, pretende dizer quem é Jesus. Recor- rendo a simbologias do Antigo Testamento, o autor deixa claro que Jesus é o Filho amado de Deus, em quem se manifesta a glória do Pai. Ele é, também, esse Messias libertador e salvador esperado por Israel, anunciado pela Lei (Moisés) e pelos Profetas (Elias). Mais ainda: ele é um novo Moisés – isto é, aquele através de quem o próprio Deus dá ao seu Povo a nova lei e através de quem Deus propõe aos homens uma nova aliança […]. Ele sabe que o projecto de Deus – esse projecto de construir um novo Povo de Deus e levá-lo da escravidão para a liberdade – tem de passar pelo caminho do dom da vida, da entrega total, do amor até às últimas consequências”. 10
  • 11. III Domingo da Quaresma - 27 de Março Tema: Fonte da água que jorra a vida eterna. Antigo Testamento: Ex. 17, 3-7 A água do deserto Apóstolo: Rm 5, 1-2.5-8 O amor de Deus no nosso coração Evangelho: Jo. 4, 5-42 A Samaritana e a Água viva Mensagem “Estamos, pois, diante de um quadro que representa a busca da vida plena. Onde encontrar essa vida? Na Lei? Noutros deuses? A mulher Samaritana dá conta da falência dessas “ofertas” de vida: elas podem “matar a sede” por curtos instantes; mas quem procura a resposta para a sua realização plena nessas propostas voltará a ter sede. É aqui que entra a novidade de Jesus. Ele senta-se “junto do poço”, como se pretendesse ocupar o seu lugar; e propõe à mulher Samaritana uma “água viva”, que matará definitivamente a sua sede de vida eterna (vers. 10-14) […]. O texto define, portanto, a missão de Jesus: comunicar ao homem o Espírito que dá vida. O Espírito que Jesus tem para oferecer desenvolve e fecunda o coração do homem, dando-lhe a capacidade de amar sem medida. Eleva, assim, esses homens que buscam a vida plena e definitiva à categoria de Homens Novos, filhos de Deus que fazem as obras de Deus. Do dom de Jesus nasce a nova comunidade”. IV Domingo da Quaresma - 3 de Abril Tema: Eu fui, lavei-me e comecei a ver. Antigo Testamento: 1 Sm 16, 1b.6-7. 10-13ª Unção do Rei: (luz de Deus) Apóstolo: Ef. 5, 8-14 Viver como filhos da luz Evangelho: Jo. 9, 1-41 Cego de nascença e a Luz de Deus Mensagem “O ‘cego’ da nossa história é um símbolo de todos os homens e mulheres que vivem na escuridão, privados da ‘luz’, prisioneiros dessas cadeias que os impedem de chegar à plenitude da vida. […] A missão de Jesus é aqui apresentada como criação de um Homem Novo. Deus criou o homem para ser livre e feliz; mas o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, dominaram o coração do homem, prenderam-no num esquema de ‘cegueira’ e frustraram o projecto de Deus. A missão de Jesus con- sistirá em destruir essa ‘cegueira’, libertar o homem e fazê-lo viver na ‘luz’. Trata-se de uma nova criação… Assim, da acção de Jesus irá nascer um Homem Novo, liberto do egoísmo e do pecado, vivendo na liberdade, a caminho da vida em plenitude”. V Domingo da Quaresma - 10 de Abril Tema: Eu sou a ressurreição e a vida. Antigo Testamento: Ez. 37, 12-14 Visão da ressurreição Apóstolo: Rm 8, 8-11 A nossa ressurreição Evangelho: Jo. 11, 1-45 Ressurreição de Lázaro: Vida do ressuscitado Mensagem “A acção de dar vida a Lázaro representa a concretização da missão que o Pai confiou a Jesus: dar vida plena e definitiva ao homem. É por isso que Jesus, antes de mandar Lázaro sair do sepulcro, ergue os olhos ao céu e dá graças ao Pai (vers. 41b-42): a sua oração demonstra a sua comunhão com o Pai e a sua obediência na concretização do plano do Pai. Depois, Jesus mostra Lázaro vivo na morte, provando à comunidade dos crentes que a morte física não interrompe a vida plena do discí- pulo que ama Jesus e O segue. A família de Betânia representa a comunidade cristã, formada por irmãos e irmãs. Todos eles conhecem Jesus, são amigos de Jesus, acolhem Jesus na sua casa e na sua vida”. 11
  • 12. Domingo de Ramos - 17 de Abril Tema: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antigo Testamento: Is 50, 4-7 Profecia da Paixão: o servo sofredor Apóstolo: Fl. 2, 6-11 Cristo humilhou-se e Deus exaltou-o Evangelho: Mt. 26, 14-27, 66 Paixão de Cristo Mensagem “A morte de Jesus é a consequência lógica do anúncio do “Reino”: resultou das tensões e resistências que a proposta do “Reino” provocou entre os que dominavam o mundo […]. Na cruz, vemos apa- recer o Homem Novo, o protótipo do homem que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado – isto é, contra todas as causas objectivas que geram medo, injustiça, sofrimento, exploração e morte. Assim, a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”. Quinta-Feira Santa (Ceia do Senhor) - 21 Abril Tema: Amou-os até ao fim. Antigo Testamento: Ex. 12, 1-8.11-14 Apóstolo: 1 Cor. 11, 23-26 Evangelho: Jo. 13, 1-15 Sexta-Feira Santa (Paixão do Senhor) - 22 Abril Tema: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antigo Testamento: Is. 52, 13-53,12 Apóstolo: Hb. 4, 14-16; 5, 7-9 Evangelho: Jo. 18, 1-19,42 12
  • 13. Tempo Pascal - Ano A A celebração da Páscoa engloba a morte e a ressurreição do Senhor, melhor ainda, a morte que é passagem para a ressurreição. Não admira, por isso, que, no inicio sobretudo, a palavra Páscoa se pudesse ter dito tanto da morte como da ressurreição. Assim, tempo houve em que o que hoje chamamos Semana Santa foi chamado semana de Páscoa, a semana em que “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado”. Hoje damos o nome de Tempo da Páscoa ou Tempo Pascal aos cinquenta dias que vão do Domingo da Ressurreição até ao Domingo do Pente- costes. O Tempo pascal nasce da Vigília; aí se faz a passagem do luto à alegria, do jejum ao banquete, da tristeza à festa, da morte à vida. Tempo de alegria, de acção de graças, de aprofundamento do sen- tido do mistério cristão e da vida em Cristo, do mistério da Igreja e consequentemente do mistério da comunidade dos cristãos, o Tempo Pascal é o tempo espiritual, por excelência, do ano litúrgico. É o tempo em que o Ressuscitado dá o Espírito: “Recebei o Espírito Santo”, e que se conclui precisa- mente com a efusão do Espírito Santo sobre os discípulos, que, uma vez “cheios do Espírito Santo”, Cristo Ressuscitado, “primogénito de entre os mortos”, é, por isso mesmo, “Cabeça do Corpo da Igreja”. De facto, na Páscoa “unem-se o céu e a terra, o divino e o humano”. A reforma litúrgica do Vaticano II veio restaurar a cinquentena na sua unidade. A Páscoa, a Ascen- são e o Pentecostes não constituem festas isoladas ou autónomas; são antes momentos significativos de um período que, na sua totalidade, constitui uma única festa. Esta consciência da unidade é ainda sublinhada pelo facto de os domingos que ocorrem durante o tempo pascal já não serem chamados ‘domingos depois da Páscoa’, mas ‘domingos de Páscoa’”. Estes cinquenta dias são tempo de alegria e de festa. É difícil entender uma festa sem o «feriado» e as manifestações festivas externas. Temos dificuldade em sentir a festa quando se faz o trabalho de todos os dias. Para os primeiros cristãos as duas coisas não andavam necessariamente ligadas, tanto para o domingo como para a cinquentena pascal. A redescoberta do Tempo pascal como uma única grande festa suporia que o conteúdo espiritual da festa causasse uma impressão muito mais forte no espírito dos cristãos. Mas vale a pena tentá-lo, já que se trata da própria expressão da existência cristã. Exteriormente estamos submetidos ao trabalho e ao sofrimento; interiormente, já vivemos com Cristo em Deus: “em nós, vai morrendo o homem exterior, enquanto o homem interior se vai renovando de dia para dia” (2 Cor 4, 16). Cf. O Tempo Pascal, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 1996 Esquema Temático das Leituras dos Domingos Pascais Sábado Santo (Vigília Pascal) - 23 de Abril Tema: Ressurreição. Antigo Testamento: Gn. 1,1-2,2; Gn 22, 1-18; Ex. 14, 15-15,1; Ex 15,1- 6.17-18; Is 54, 5-14; Is. 55, 1-11; Is. 12, 2-6; Br 3,9-15.32-4,4; Ez 36,16-28 Apóstolo: Rm 6,3-11 Evangelho: Mt 28,1-10 13
  • 14. Dom. Páscoa - 24 de Abril Tema: Ele tinha de ressuscitar dos mortos. Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: celebremos a festa do Senhor Antigo Testamento: Act. 10, 34ª.37-43 Apóstolo: Cl. 3, 1-4 ou 1 Cor. 5, 6b-8 Evangelho: Jo. 20,1-9 Mensagem “O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser gera- dores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira)[…]”. “A primeira personagem em cena é Maria Madalena: ela é a primeira a dirigir-se ao túmulo de Jesus, ainda o sol não tinha nascido, na manhã do “primeiro dia da semana”. Ela rep- resenta a nova comunidade que nasceu da acção criadora e vivificadora do Messias”; essa nova comunidade, “apercebe-se de que a morte não venceu e que Jesus continua vivo”. […] “A ressur- reição de Jesus prova, precisamente, que a vida plena, a vida total, a transfiguração total da nossa realidade finita e das nossas capacidades limitadas passa pelo amor que se dá, com radicalidade, até às últimas consequências”. II Dom. Páscoa - 1 de Maio Tema: Oito dias depois, veio Jesus… Disse o Senhor a Tomé: «Porque Me viste, acreditaste; felizes os que acreditam sem terem visto». Antigo Testamento: Act. 2, 42-47 Apóstolo: 1 Pd. 1, 3-9 Evangelho: Jo. 20, 19-31 Mensagem No texto “sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe per- mite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo”. “[…] A comunidade cristã gira em torno de Jesus, constrói-se à volta de Jesus e é d’Ele que recebe vida, amor e paz”. III Dom. Páscoa - 8 de Maio Tema: Conheceram-n’O ao partir do pão. Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras, falai- -nos e inflamai o nosso coração. Antigo Testamento: Act. 2, 14.22-33 Apóstolo: 1 Pd 1,17-21 Evangelho: Lc. 24, 13-35. Mensagem “O texto que nos é proposto põe Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a explicar-lhes as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à mesa para “partir o pão”. É aí que os discípulos O reconhecem”. […] A catequese que Lucas nos propõe hoje garante-nos que Jesus, vivo e ressuscitado, caminha ao nosso lado. Ele é esse companheiro de viagem que encontra formas de vir ao nosso encontro – mesmo se nem sempre somos capazes de O reconhecer – e de encher o nosso coração de esper- ança”. […] “Emaús… é a nossa história de cada dia: os nossos olhos fechados que não reconhecem o Ressuscitado… Há urgência em abrir os nossos olhos para reconhecer a sua Presença e a sua acção no coração do mundo e para levar a Boa Notícia: Jesus ressuscitou!”. 14
  • 15. IV Dom. Páscoa - 15 de Maio Tema: Eu sou a porta das ovelhas. Eu sou o bom pastor, diz o Senhor: conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me. Antigo Testamento: Act. 2, 14ª.36-41 Apóstolo: 1 Pd. 2,20b-25 Evangelho: Jo. 10, 1-10 Mensagem “O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor”, cuja missão é libertar o rebanho de Deus do domínio da escravidão e levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude”. “[…] Para os cristãos, “o Pastor” por excelência é Cristo: Ele recebeu do Pai a missão de conduzir o “rebanho” de Deus das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade, da morte para a vida”. V Dom. Páscoa - 22 de Maio Tema: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor; ninguém vai ao Pai senão por mim. Antigo Testamento: Act. 6,1-7 Apóstolo: 1 Pd. 2,4-9 Evangelho: Jo. 14,1-12 Mensagem “O Evangelho define a Igreja: é a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus – “caminho” de obediência ao Pai e de dom da vida aos irmãos”. “[…] A Igreja é essa comunidade de Homens Novos, que se identifica com Jesus que, animada pelo Espírito, segue ‘o caminho’ de Jesus, e procura dar testemunho de Jesus no meio dos homens”. VI Dom. Páscoa - 29 de Maio Tema: Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor. Se alguém Me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Antigo Testamento: Act. 8,5-8.14-17 Apóstolo: 1 Pd. 3,15-18 Evangelho: Jo. 14, 15-21 Mensagem O texto “apresenta-nos parte do ‘testamento’ de Jesus, na ceia de despedida, em Quinta-feira Santa. Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o ‘Paráclito’: Ele conduzirá a comunidade cristã em direcção à verdade; e levá-la-á a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o Pai”. “[…]Jesus garantiu aos seus discípulos o envio de um ‘defensor’, de um ‘consolador’, que havia de animar a comunidade cristã e conduzi-la ao longo da sua marcha pela história. Nós acreditámos, portanto, que o Espírito está presente, animando-nos, conduzindo-nos, criando vida nova, dando esperança aos crentes em caminhada”. “[…] A comunidade cristã, identificada com Jesus e com o Pai, animada pelo Espírito, é o “templo de Deus”, o lugar onde Deus habita no meio dos homens”. 15
  • 16. VII Dom. da Páscoa - Ascensão do Senhor - 5 Junho Tema: Todo o poder Me foi dado no Céu e na Terra. Ide e ensinai todos os povos, diz o senhor: Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Antigo Testamento: Act. 1,1-11 Apóstolo: Ef. 1,17-23 Evangelho: Mt. 28,16-20 Mensagem “O Evangelho apresenta o encontro final de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, num monte da Galileia. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-O como o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no mundo o testemunho do ‘Reino’”. […]“Celebrar a ascensão de Jesus significa, antes de mais, tomar consciência da missão que foi con- fiada aos discípulos e sentir-se responsável pela presença do “Reino” na vida dos homens”. Solenidade do Pentecostes - 12 de Junho Tema: Descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Antigo Testamento: Act. 2,1-11 Apóstolo: 1Cor. 12, 3b-7.12-13 Evangelho: Jo. 20, 19-23 Mensagem “O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências”. “[…] Identificar-se como cristão significa dar testemunho diante do mundo dos ‘sinais’ que definem Jesus: a vida dada, o amor partilhado”. “[…] As comunidades construídas à volta de Jesus são animadas pelo Espírito. O Espírito é esse sopro de vida que transforma o barro inerte numa imagem de Deus, que transforma o egoísmo em amor par- tilhado, que transforma o orgulho em serviço simples e humilde…” O Pentecostes é a irrupção do Espírito Santo na vida dos discípulos que vão deixar-se transformar em todas as dimensões do seu ser. O Pentecostes continua!”. 16
  • 17. QUEREMOS VALORIZAR… O Sacramento da Reconciliação, no Tempo Quaresmal Uma das características peculiares deste tempo é a valorização dos sacramentos, em comunhão com a III Etapa do Plano Pastoral Diocesano, pelo que sugerimos que por altura da 4ª Semana da Quaresma seja realizada uma catequese sobre a Reconciliação e/ou uma celebração penitencial. Deste modo pretende-se realçar, esclarecer e sensibilizar para a importância e relevância da Recon- ciliação na vida cristã, que nos permite renovar a nossa fé e vivê-la de uma forma mais consciente e profunda. Nos capítulos específicos para cada idade, existem propostas concretas para a valoriza- ção deste Sacramento. Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica (CIC) que todos aqueles que se abeiram do sacramento da Penitência recebem da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja. O Sacramento da Penitência e da Reconciliação pode ser chamado de várias formas. É chamado sacramento da conversão, porque realiza sacramentalmente o apelo de Jesus à con- versão e o esforço de regressar à casa do Pai, da qual o pecador se afastou pelo pecado. É chamado sacramento da Penitência, porque consagra uma caminhada pessoal e eclesial de con- versão, de arrependimento e de satisfação por parte do cristão pecador. (CIC n.º 1423) É chamado sacramento da confissão, porque o reconhecimento e a confissão dos pecados perante o sacerdote é um elemento essencial deste sacramento. Num sentido profundo, este sacramento é também uma «confissão», reconhecimento e louvor da santidade de Deus e da sua misericórdia para com o homem pecador. É chamado sacramento do perdão, porque, pela absolvição sacramental do sacerdote, Deus concede ao penitente «o perdão e a paz». É chamado sacramento da Reconciliação, porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor. 5,20). Aquele que vive do amor misericordioso de Deus está pronto para responder ao apelo do Senhor: «Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão» (Mt. 5, 24). (CIC n.º 1424) Reconciliar é voltar a conciliar, fazer a união do que estava separado. A mensagem fundamental de Cristo foi a reconciliação com Deus, a conversão e o perdão. E também foi este o conteúdo básico, desde o princípio, da evangelização por parte da Igreja. A vida nova recebida nos Sacramentos de Iniciação (Baptismo, Confirmação e Eucaristia), não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação para o pecado. (CIC nº. 1426). A comunidade cristã, reconciliada, é encarregada de realizar o mistério da reconciliação: «Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos confiou a palavra de reconcilia- ção. […] Nós somos, portanto, embaixadores de Cristo; é Deus quem vos exorta por nosso intermé- dio. Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 18-20). 17
  • 18. O sacramento da reconciliação foi dado por Cristo à sua Igreja para que reconcilie o cristão pecador com Deus e com a própria comunidade: duas dimensões que não se podem separar» (Cf. ALDAZÁBAL, José, Reconciliação (voc.), em Dicionário Elementar de Liturgia, Paulinas, Prior Velho 2007, p. 252). Assim, a celebração da reconciliação, o sacramento da penitência, pode ser um momento importante na vida de cada cristão. E propô-lo constitui um interesse objectivo. A penitência interior é uma reori- entação radical de toda a vida, uma conversão a Deus de todo o coração, uma ruptura com o pecado. (CIC nº. 1431) A conversão é, antes de mais, obra da graça de Deus, a qual faz com que os nossos corações voltem para Ele. Deus é Quem nos dá a coragem de começar de novo. É ao descobrir a grandeza do Amor de Deus que começa o receio de ofender a Deus pelo pecado e de estar separado d´Ele. (CIC nº. 1432) Nela estão em jogo dois eixos básicos da vida do cristão: o primeiro deles, o reconhecimento de que arrastamos muita infidelidade ao projecto de amor que o Senhor nos confiou; o segundo, a confiança firme de que a misericórdia, o perdão e a graça que Deus nos quer dar é mais forte que a nossa infi- delidade. Neste sacramento está sempre a grande notícia de Jesus Cristo: o chamamento a converter-nos, a mudar de atitude, e o chamamento a reconhecer tudo o que temos e somos, todas as nossas forças para caminhar, todas as nossas possibilidades de recomeçar, temo-las graças ao amor de um Pai que nunca Se cansa de acolher os seus filhos. O Sacramento da Reconciliação é de instituição divina, em pleno Domingo de Páscoa (Jo. 20,22-23) “Recebei o Espírito Santo àqueles a quem perdoardes os pecados ficarão perdoados…” Quando celebramos a reconciliação, celebramos este amor do Pai que perdoa e ama e celebramos um amor que está aqui, quando os cristãos se reúnem como Igreja, quando celebram estes sinais de con- versão e perdão (Cf. LLIGADAS, Josep, O Sacramento do Perdão, Paulinas, Prior Velho 2006, p.5). Com a simples atitude de nos aproximarmos deste Sacramento, proclamamos a Misericórdia de Deus que é mais forte que o pecado, e professamos a fé na Igreja, depositária do poder de perdoar, bem como na eficácia do sacramento recebido. Diante de Deus somos convidados a fazer cuidadosamente o exame de consciência (Sl 139(138)), nas diversas dimensões da nossa vida: •EU e DEUS – qual a minha relação com Deus? (Deut 6,4-9) •EU e o PRÓXIMO – como vivo a dimensão da caridade e da relação com os outros? (Mt 25, 31-46) •EU COMIGO MESMO – Vivo como templo do Espírito Santo e faço bom uso de todas as capacid- ades que Deus me deu? (Gal 5,13-21) A atitude de acção de graças ao receber a absolvição compromete-nos a sermos fiéis àquilo que nos é proposto como “penitência”. Ao celebrarmos este sacramento vemos nele, um claro sentido trinitário: o Pai que acolhe e perdoa, Jesus Cristo que nos comunica a sua vitória pascal sobre o pecado e o Espírito que nos move à con- versão e nos comunica a graça de Cristo. 18
  • 19. A Vivência do Tríduo Pascal Em 2010, na catequese sobre o Tríduo Pascal, intitulada “Tríduo Pascal: núcleo essencial da Fé”, o Papa Bento XVI dirigiu a seguinte mensagem aos cristãos de todo o mundo: “Estamos a viver os dias santos que nos convidam a meditar sobre os acontecimentos centrais da nossa Redenção, o núcleo essencial da nossa fé. Amanhã começa o tríduo pascal, cume do ano litúr- gico inteiro, no qual somos convidados ao silêncio e à oração para contemplar o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. […] Eu vos exorto, portanto, a viver intensamente estes dias, para que orientem decididamente a vida de cada um à adesão generosa e convencida de Cristo, morto e ressuscitado por nós.” Na continuação do apelo feito pelo Santo Padre, propomos que se ajude toda a comunidade a viver mais intensamente o Tríduo Pascal. Para isso, em cada paróquia, devem promover-se catequeses para todas as faixas etárias (crianças, adolescentes, jovens e adultos) sobre o Tríduo Pascal, para as quais surgem mais à frente propostas específicas. Neste ano em que a nossa diocese está a valorizar de um modo especial a oração e a liturgia pretende-se que as pessoas aprofundem os seus conheci- mentos sobre as celebrações do Tríduo Pascal, para que o possam viver mais intensamente. Desde os primeiros séculos cristãos, a Igreja celebra o mistério da salvação, nas suas três fases (Paixão, Morte e Ressurreição), no decorrer dos três dias, que constituem o ponto culminante de todo o ano litúrgico. O Tríduo Pascal tem o seu início com a Missa Vespertina de Quinta-Feira Santa, tendo o seu momento mais alto na Vigília Pascal e terminando com as Vésperas da Ressurreição. Assim, não podemos identificar a Páscoa apenas com o Domingo da Ressurreição. Isso seria mutilar uma realidade extremamente rica e reduzir-lhe as dimensões. “O plano divino da Salvação em Cristo não pode fragmentar-se, mas deve ser considerado como um todo único”. Compreende-se, portanto, a importância deste Tríduo Pascal, quer na Liturgia, quer na vida da Igreja. Dele derivam todas as outras solenidades, que não são senão reflexos, ecos deste Acontec- imento Salvífico, de modo que o culto cristão é um culto pascal. Nele tem o seu centro de convergên- cia e de irradiação a vida da Igreja, pois “o Mistério cristão culmina e compendia-se no Mistério Pascal, que dá cumprimento à História da Salvação e à missão de Israel, enquanto inaugura, com os tempos messiânicos, a existência histórica da Igreja” (Cf Missal Popular Dominical, Gráfica de Coim- bra 1993, p. 322) O Tríduo Pascal engloba as celebrações da Missa da Ceia do Senhor (5ª Feira Santa), Celebração da Paixão do Senhor (6ª Feira Santa). A grande proclamação da Ressurreição de Jesus, na noite de Sábado Santo para Domingo e o próprio dia de Domingo de Páscoa. O Tríduo Pascal, para nós cristãos, é o tempo que deve ser vivido com maior intensidade. Nos três dias que compõem este tempo, somos convidados, em união com Cristo, a percorrer o itinerário tornando-nos solidários com Ele na Paixão e na Morte, para o sermos na Ressurreição. 19
  • 20. Quinta-Feira Santa – Missa Vespertina da Ceia do Senhor “Disse-lhes Jesus: «Tenho desejado muito comer esta Páscoa convosco”(Lc 22,15) “Se Eu vos lavei os pés, fazei-o vós também”. (Jo 13,14-15) “Tomai, comei: Isto é o Meu corpo.” (Mt 26,26) “Fazei isto em memória de Mim” (1Cor 11,24) A Quinta-feira Santa é o último dia da Quaresma, e a partir da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, inicia-se o Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor. «É um dia de carácter intimo para o povo cristão, (…). É o dia em que Cristo, na sua ceia de despedida, antes da morte, institui a Eucaristia, deu a grande lição de humildade e de serviço, lavando os pés aos seus apóstolos e os constituiu sacer- dotes mediadores da Palavra, dos seus sacramentos e da sua salvação» (Cf. ALDAZÁBAL, José, Quinta-Feira Santa (voc.), em Dicionário Elementar de Liturgia, Paulinas, Prior Velho 2007, p. 250) O Lava-pés é um dos ritos mais antigos e mais universais da Igreja. Após a explicação da palavra de Deus, o presidente da celebração refaz o gesto que Cristo havia feito com os seus Apóstolos. «A liturgia convida-nos a contemplar Jesus a lavar os pés dos seus Apóstolos e a compreender através dele que o seu amor é um amor de serviço. Neste enquadramento e a nesta hora, o ajoelhar de um bispo ou de um padre diante do seu irmão, diz mais que um longo discurso. Valorizando este gesto a Igreja sublinha que a fraternidade concreta dos discípulos do Mestre é um mandamento, razão pela qual o rito foi outrora chamado “o mandamentum”, o mandamento novo, sinal distintivo do cristão: “Todos vos reconhecerão por Meus discípulos se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei”. O mandamento novo é simplesmente uma imitação do amor de Cristo. Nessa perspectiva o lava-pés tem um alto poder de expressão pelo seu valor litúrgico e catequético. Mas é preciso não esquecer que foi aos seus colaboradores que Cristo lavou os pés (Cf. CORDEIRO, José Leão, Os dois primeiros dias do Tríduo Pascal, em A Celebração do Mistério Pascal – Tríduo Pascal, Secretariado Nacional de Liturgia, 1990, p. 57) Sexta-Feira da Semana Santa – Paixão do Senhor “O Meu sangue vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecados” (Mt 26,28) “Jesus disse: «Tenho sede!» «Tudo está consumado.»” (Jo19.28.30) É na sexta-feira santa que celebramos, em Igreja, de forma especial a Paixão e Morte de Jesus Cristo. Neste dia a Igreja não celebra Missa. A celebração deste dia divide-se em três partes: Liturgia da Pala- vra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística. «É o dia da Paixão de Jesus. Paixão do Homem abandonado e maltratado. Paixão de Deus que se cala. Para nós, trata-se de comungar no sacrifício deste Homem que é o Filho de Deus cuja morte é a vida do mundo» (Cf. Op. cit. p. 59) A celebração da Paixão e Morte de Jesus tem, para nós cristãos, como finalidade fazer-nos entrar com maior profundidade no Mistério Pascal e prepararmo-nos para a Vigília de Sábado Santo. Neste dia não se celebra eucaristia, mas centramo-nos especialmente na Cruz de Cristo. A Cruz, “sinal do amor universal de Deus”(NA 4), símbolo do nosso resgate, domina a segunda parte da Celebração. Levada, processionalmente até ao altar, a cruz é apresentada à veneração de toda a humanidade pecadora, representada pela assembleia cristã. Nela, nós adoramos Jesus Cristo, Aquele que foi sus- penso na Cruz, Aquele que foi, que é a “salvação do mundo”. É a Ele também que exprimimos, neste momento, a força para levarmos a nossa Cruz: “Suportando a morte por todos nós, ensina-nos, com o seu exemplo, que também devemos levar a cruz que a carne e o mundo fazem pesar sobre os ombros daqueles que buscam a paz e a justiça” (GS 38)» (Cf Missal Popular Dominical, Gráfica de Coimbra 1993, pp. 348-349) Após a contemplação do mistério da Cruz, na Liturgia da Palavra, da adoração de Cristo Crucificado, no momento da Adoração da Cruz, a liturgia desta celebração introduz-nos no momento mais íntimo do Mistério Pascal, o contacto com o próprio “Cordeiro Pascal” 20
  • 21. Neste dia não se celebra Eucaristia. «No entanto, pela Comunhão do “Pão da Vida”, consagrado em Quinta-Feira Santa, somos “baptizados” no Sangue de Jesus, somos mergulhados na Sua morte. Assim unidos à fonte da vida sobrenatural, ficamos cheios de força para passarmos da morte do pecado à alegria da ressurreição. Através do Corpo sacramental do Senhor crucificado e ressuscitado ficamos também mais unidos ao Seu Corpo Místico, isto é a Cristo que sofre e morre nos Seus membros. Como o Senhor Jesus, também nos devemos dar a vida pelos nossos irmãos (1 Jo 3,16)» Sábado Santo “José de Arimateia tomou o corpo de Jesus, envolveu-O num lençol e depositou-O num túmulo”. (Mt 27,59.60) Jesus encontra-se no sepulcro. «Todo este dia tem um tom de silêncio contemplativo do mistério de Cristo que baixou “ao lugar dos mortos”, ao “descanso” do sepulcro, ao aniquilamento absoluto e ao seu misterioso encontro com os antepassados, onde pregou “aos espíritos que estavam na prisão da morte” (cf. 1 Pe 3,19)» (Cf. ALDAZÁBAL, José, Sábado Santo (voc.), em Dicionário Elementar de Liturgia, Paulinas, Prior Velho 2007, p. 262) Toda a Igreja encontra-se vigilante junto do Sepulcro de Jesus. Participando do mistério da morte de Jesus e do Seu sofrimento, reina a esperança. Neste dia não há Missa durante o dia. «A Sua Morte será o penhor da nova Criação, que se aproxima. Sabe também que o “repouso” de Jesus é a imagem do “repouso” de todos aqueles que foram baptiza- dos ma Sua Morte e Ressurreição. Depois que Ele morreu e foi sepultado, santificando a morte, ficou especialmente vivo, para o início duma vida superior» (Cf Missal Popular Dominical, Gráfica de Coim- bra 1993, p. 377) Vigília Pascal “Eu sou a luz do mundo.” (Jo 8,12) A Vigília Pascal, celebra-se na Noite do Sábado Santo. «Vigília significa exactamente tempo da noite em que não se dorme, mas se vigia, em que se está de vela, e, no caso da liturgia, uma celebração noc- turna. A noite foi sempre tempo preferido para a oração. Jesus deu exemplos frequentes de oração durante a noite, e a tradição cristã continuou a mesma prática» (Cf. FERREIRA, José, A Vigília Pascal, em A Celebração do Mistério Pascal – Tríduo Pascal, Secretariado Nacional de Liturgia, 1990, pp. 66-67) Neste tempo em que somos convidados a estarmos vigilantes, à espera da Ressurreição do Senhor, somos também chamados a celebrar, com esperança e alegria, o grande acontecimento da salvação. «O Mistério Pascal não é, porém, estático, mas dinâmico. Não é um estado de Cristo, mas a “passa- gem”, um movimento, em que é envolvido todo o Povo de Deus. Desta celebração consta a recordação de toda a História da criação, da libertação de Israel e da redenção da Humanidade. Por conseguinte, a espera dos cristãos, nesta noite santa, não se reduz à expectativa da comemoração dum facto, histórico, objectivo e real. É a espera de Alguém. É a espera do Senhor, que volta, para nos levar a fazer a Sua “passagem”, a Sua Páscoa com Ele. Misteriosamente no meio da assembleia cristã, o Senhor Jesus renova, nesta grande acção sacramen- tal, que é a Vigília, o Seu Mistério Pascal, inserindo-nos nele fazendo-nos assim passar com Ele das “trevas à Sua luz admirável” (1 Pe 2,9). A Celebração da Vigília Pascal começa com o grande anúncio da Ressurreição, em que se estreia o Círio Pascal, aquela vela grande, bonita, que simboliza a luz que Cristo é na vida da Igreja e de cada um de nós, que somos baptizados e/ou nos preparamos para sermos baptizados. 21
  • 22. Esta “passagem”da morte do pecado à vida da graça realiza-se, em primeiro lugar, pelo Baptismo. Ser baptizado é, na verdade, morrer com Cristo, para ressuscitar com Ele. “A água do Baptismo é o Mar Vermelho, que trava as forças do mal e liberta o povo de Deus; é o sepulcro do Calvário, onde é deposto o homem corruptível e sai, vivo, o homem novo”. Por isso, a Igreja, desde a mais alta antigu- idade, pensou que o melhor meio de celebrar o Mistério Pascal era baptizar, nesta noite, os seus catecúmenos e levar os baptizados a reviver a própria ressurreição e a tomar consciência do seu nas- cimento como Povo de Deus. Também, nesta celebração é benzida a água baptismal que vai servir para os baptismos da paróquia. Esta nova criação, surgida das águas do Baptismo, só no último dia, na Vinda do Senhor, “passará” da sua forma actual e perecível à forma definitiva e gloriosa. Por isso, nesta Vigília, os cristãos, conser- vando nas suas mãos as lâmpadas acesas (Lc 12,35-ss), orientam também a sua esposa para o mo- mento do encontro com o Esposo, que vem (Mt. 25,13)» (Cf Missal Popular Dominical, Gráfica de Coim- bra 1993, p. 378) Domingo de Páscoa “No Domingo muito cedo, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro” (Mt 28,1) “O anjo disse-lhes: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, ressusci- tou, como tinha dito».” (Mt 8,5-6) “Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá O vereis.” (Mt 28,7) PROPOMOS UM GESTO FINAL… Para terminar esta caminhada Quaresma-Páscoa sugerimos que no último domingo, Domingo de Pentecostes, a cruz, usada como símbolo comunitário ao longo desta caminhada, seja transportada pelos paroquianos no cortejo final da eucaristia para fora da igreja (no caso dos jovens, também à semelhança da cruz das Jornadas Mundiais da Juventude). Indicamos com este gesto que todos nós devemos testemunhar, anunciar e espalhar a palavra de Deus e a Alegria da Ressurreição, também a cruz ao sair do interior da igreja simboliza que devemos levar a boa nova para a vida. 22
  • 23. CAMINHAMOS COM AS CRIANÇAS… Para ajudar as crianças a vivenciar melhor este tempo de Quaresma / Páscoa 2011, propõe-se que seja entregue a cada uma, no início da Quaresma, uma folha de cartão (tamanho A4), contendo, pré- impressa em cada um dos lados, a cruz bem como as atitudes de cada semana. Um conjunto de 14 autocolantes (7 para o Tempo da Quaresma e 7 para o Tempo Pascal) serão, depois, entregues às crianças, nas Eucaristias, como símbolo da vivência das atitudes propostas nesta Caminhada. Os catequistas deverão apresentar às crianças propostas simples e concretas de vivência das atitudes, tais como: Semana Atitude Desafio semanal Quaresma I Confia A Jesus os teus segredos Quaresma II Descobre Jesus no bem que fazes aos outros Do que é teu, a quem mais precisa Quaresma III Dá (dinheiro, jogos, brinquedos) Quaresma IV Crê Que Jesus te perdoa Quaresma V Transforma A tua preguiça em ajuda Quaresma VI Entrega O teu dia a Deus Dom. Páscoa Anuncia Aos teus colegas Jesus Ressuscitado Páscoa II Acredita Que Jesus deu a vida para nos salvar Páscoa III Reconhece Que Deus é nosso Pai Páscoa IV Apascenta Ajuda os que precisam de ti Páscoa V Vai Jesus é o teu melhor amigo Páscoa VI Ama Como Jesus te ama Páscoa VII Ascensão Testemunha O teu amor a Jesus e a Nossa Senhora Pentecostes Afirma a tua Fé! Ser cristão sem vergonha 23
  • 24. CAMINHAMOS COM OS ADOLESCENTES… Objectivo Específico O objectivo específico desta caminhada, para os adolescentes, consiste em ajudá-los a firmar os seus passos e a afirmar a sua fé em Jesus Cristo, em todas as situações e momentos da sua vida. Propostas de concretização Na nossa vida do dia-a-dia somos constantemente obrigados a tomar decisões relacionadas com variadíssimos aspectos ao nível pessoal, profissional, social, etc. Na Palavra de Deus encontramos, na parábola do bom samaritano, uma situação perante a qual o sacerdote, o levita e o samaritano tiveram de tomar uma decisão. Enquanto os dois primeiros viram o homem ferido e passaram sem ser nada fazer, o samaritano teve compaixão dele e ajudou-o. O desafio que propomos para os adolescentes ao longo desta caminhada, durante o Tempo da Qua- resma e o Tempo Pascal, é que vão confrontando situações concretas da sua vida com a pergunta: Em meus passos o que faria Jesus? Pretende-se, portanto, que os adolescentes não façam nada em suas vidas sem antes perguntar o que faria Jesus na mesma situação. Este desafio que inicialmente parece muito simples, na prática é muito profundo e exigente. Para responder à pergunta, qualquer que seja a situação, deve-se orar ao Espírito Santo, para que ajude a encontrar a resposta. Este desafio poderá ter dois níveis de dificuldade: •Nível I: Se os adolescentes e os catequistas estiverem dispostos a um desafio superior poderão tentar responder à questão constantemente, em todas as situações com que se vão depa- rando no dia-a-dia. Esta opção implica um grande esforço por parte do adolescente e do catequista, mas o resultado final também poderá ser mais interessante. •Nível II: Para facilitar o desafio, em cada semana, de acordo com a atitude correspondente, propõe-se que o adolescente responda à pergunta relativamente a um determinado aspecto da sua vida. Na tabela seguinte, apresentam-se algumas propostas. 24
  • 25. Desafio: Em meus passos o que faria Semana Atitude Jesus… … na maneira como confio a minha vida a Quaresma I Confia Deus na oração e celebração dos sacramentos? Quaresma … na (re)descoberta do meu papel de filho, Descobre II na relação com os meus pais? … na maneira como dou uso aos bens Quaresma Dá materiais e os partilho com os que III necessitam? Quaresma … para crer que Deus está sempre comigo, Crê IV mesmo nos momentos mais difíceis? … para ter a capacidade de, com a graça de Quaresma Transforma Deus, transformar o pecado que existe em V mim em virtude? Quaresma … na maneira como me entrego à minha Entrega VI vida de estudante? … para ter a coragem de anunciar a Palavra Dom. Anuncia de Deus a todas as pessoas com quem me Páscoa encontro diariamente? … para acreditar que mudar o mundo a Páscoa II Acredita partir das pequenas coisas está ao meu alcance? … para reconhecer o que devo fazer em Páscoa III Reconhece cada situação, no meu papel de cidadão cristão? … para apascentar a relação que tenho com Páscoa IV Apascenta os meus amigos e colegas da escola e da catequese, e com a Natureza? … em relação à disponibilidade para ir ao Páscoa V Vai encontro daqueles que estão à minha volta e precisam de mim? … para superar o desafio que é amar todas Páscoa VI Ama as pessoas, mesmo aquelas que não gostam de mim? Qualquer que seja o nível escolhido, propõe-se que haja na sessão de catequese semanal um pequeno espaço reservado para os adolescentes e os catequistas partilharem a sua experiência: as dificuldades encontradas, as alegrias, o que descobriram de novo, etc. Este é um aspecto muito importante para que este desafio resulte. No fim da caminhada, propõe-se que haja um encontro mais demorado no qual se possa partilhar a experiência vivida e definir compromissos para o futuro. Também irão ser criados um blog e uma página no Facebook, intitulados “Caminhando com Jesus”, onde os adolescentes e os catequistas poderão partilhar as suas experiências acerca do desafio pro- posto com outros adolescentes e catequistas da Diocese de Aveiro. Na página do Facebook poderão ainda ser colocadas fotografias e vídeos de actividades relacionadas com o desafio proposto. Os endereços do blog e da página do Facebook serão disponibilizados no sítio da internet do SDCIA: www.diocese-aveiro.pt/sdcia. Além do desafio proposto, outra maneira de firmar os passos e afirmar a fé é passar a rezar. Para tal, sugere-se que os adolescentes façam a sua oração diária, individual ou em família, utilizando o livr- inho de oração proposto para a comunidade. Outra alternativa será através das orações disponibili- zadas no sítio da internet “www.passo-a-rezar.net”, muito adequado aos adolescentes. Neste sítio da internet, além da oração diária o adolescente tem disponível uma oração para fazer o seu exame de consciência, no fim do dia, intitulada “rezar o meu dia”. 25
  • 26. Para Valorizar o Tríduo Pascal A nossa participação no Tríduo Pascal é a melhor catequese que podemos ter sobre o Tríduo Pascal. Não estamos só a ouvir falar de coisas muito importantes para nós, cristãos, mas ouvimos, e celebra- mos esses acontecimentos que Jesus viveu para nos salvar. Para melhor celebrarmos a Páscoa, é muito bom que possamos celebrar, se possível como grupo de catequese, o Tríduo Pascal. Nós, católicos - famílias, catequistas e catequizandos - vamos progredindo no conhecimento deste Mistério e sendo interpelados a dar mais valor à sua celebração. Neste Mistério, celebramos o centro da nossa fé. Mais do que sabermos o que é o Tríduo Pascal, é muito bom que o compreendamos e o celebremos. 26
  • 27. CAMINHAMOS COM OS JOVENS… Dimensão Comunitária Qualquer grupo juvenil só adquire sentido quando verdadeiramente integrado na comunidade cristã. Assim, tudo o que foi proposto como vivência comunitária deve ser vivido, em cada comuni- dade, pelos grupos juvenis. Gostaríamos no entanto de motivar ainda mais os jovens para a oração pessoal, partindo do livro “Rezar a Quaresma – Ano A”. Por isso propomos um símbolo que pretende ser acima de tudo convergente com a Cruz comunitária. Um símbolo convergente – Pegadas •De acordo com o lema: “Firma os teus passos”, sugerimos que alguns desenhos de pegadas sejam espalhados pelo chão da Igreja, antes do início de cada eucaristia dominical. •Nas pegadas deverão ser escritas as atitudes de cada semana. •Nos domingos da Quaresma a direcção das pegadas deverá convergir para a cruz – símbolo comunitário, significando o caminho de cada um de nós até à nossa salvação, pela morte de Jesus Cristo. •No tempo Pascal a direcção das pegadas será da cruz para as portas de saída da igreja, sim- bolizando que devemos dar testemunho da salvação. Dimensão Individual O grande desafio colocado a cada jovem é o da oração. Cada um deverá ter o seu livro “Rezar na Quaresma”. Para motivarmos mais à oração individual sugerimos uma ligação desta à vivência do grupo, através do símbolo de grupo – a pegada. A pegada do grupo (ver dimensão de grupo) deve circular por todos os elementos do grupo, durante a semana, pelo menos uma vez durante a qua- resma. No(s) dia(s) em que o jovem tem a pegada em casa é convidado a escrever nela uma pequena partilha da sua oração pessoal a partir do livro e da atitude semanal proposta. Dimensão de Grupo O grupo adquire uma importância vital na faixa etária juvenil. É neste espaço que a vivência desta caminhada deve ser impulsionada. Sugerimos que: •Na sala de reunião do grupo seja valorizado um espaço de oração com a colocação de uma cruz com as mesmas características do Cruz da comunidade. •Seja construída uma pegada de grupo, relacionando com o lema da caminhada “Firma os teus passos” e com o caminho que se pretende fazer até à Cruz de Jesus. •Que esta pegada de grupo circule por todos os elementos do grupo, durante a semana, fomentando a vivência individual (ver dimensão individual) 27
  • 28. •O Animador prepare, para a reunião semanal, um espaço de oração de grupo, com base nas partilhas colocadas na pegada do grupo por cada um, onde também se leia a oração sugerida no livro para aquele dia. •O grupo leve a sua pegada para o Dia Mundial da Juventude, a celebrar a 16 e 17 de Abril, no Arciprestado de Oliveira do Bairro. Na sequência das propostas feitas para valorizar este tempo, apresentamos de seguida sugestões para ajudar os grupos juvenis a aprofundarem este tempo: •Encontro sobre o Sacramento da Reconciliação •Celebração Penitencial •Encontro sobre o Tríduo Pascal •Celebração do Caminho da Luz (Via Lucis) Encontro de grupo sobre o Sacramento da Reconciliação Material Necessário: •2 Rádios – 1 com música calma e outro com música ruidosa •Objectos/Imagens de pecado (por exemplo, relacionadas com violência, roubo, drogas...) •Objectos/Imagens de reconciliação (por exemplo, pombas branca, água, luz, amor, amizade...) •Bíblia •Imagem de Cristo (Poster/Crucifixo/Foto) •Panos pretos ou roxos •Computador Portátil •DataShow •Foco de luz Experiência Humana: No início, a sala deve estar desarrumada com os objectos/imagens de pecado espalhados, de modo a criar confusão. A Bíblia e a imagem de Cristo devem estar tapados com um pano preto ou roxo. O rádio com a música ruidosa deve estar ligado aquando da entrada dos elementos na mesma. A sala deve estar pouco iluminada. Depois dos elementos do grupo estarem devidamente sentados, intercala-se a música ruidosa com música calma e liga-se o foco de cada vez que se coloca a música calma (deve tentar fazer-se um jogo de luzes e barulho intercalados, associando a calmaria à luz e o turbilhão à escuridão). Pede-se que os jovens partilhem livremente sobre o que sentiram e interpretaram. Posteriormente, e com a sala com luminosidade razoável para se poder ler, são distribuídas folhas com as questões (apenas as perguntas, as respostas são suporte para o animador) sobre a reconcilia- ção e é pedido aos elementos do grupo que vão respondendo às perguntas. O que é o sacramento da Penitência? O sacramento da Penitência, ou Reconciliação, ou Confissão, é o sacramento instituído por Jesus Cristo para apagar os pecados cometidos depois do Baptismo. É, por conseguinte, o sacramento da nossa cura espiritual, chamado também sacramento da conversão, porque realiza sacramental- mente o regresso aos braços do Pai depois de nos afastarmos com o pecado. O que é a confissão? A confissão é a manifestação humilde e sincera dos próprios pecados ao Sacerdote. A confissão ajuda-nos no caminho da virtude? A confissão é um meio extraordinariamente eficaz para progredir no caminho da perfeição. Com efeito, além de nos dar a graça “medicinal” própria do sacramento, faz-nos exercitar as virtudes fun- 28 damentais da nossa vida cristã.
  • 29. A humildade, acima de tudo, é a base de todo o edifício espiritual, é a fé em Jesus Salvador e nos seus méritos infinitos, a esperança do perdão e da vida eterna, o amor para Deus e para o próximo, a abertura do nosso coração à reconciliação com quem nos ofendeu. Ou seja, a sinceridade, a separa- ção do pecado e o desejo sincero em progredir espiritualmente. Como se pode superar a dificuldade que se sente em se confessar? Quem tem dificuldade em confessar-se deve considerar que o sacramento da Penitência é um dom maravilhoso que o Senhor nos deu. No “tribunal” da Penitência o culpado jamais é condenado, mas sempre absolvido. Pois quem confessa não se encontra com um simples homem, mas com Jesus, presente na pessoa do Sacerdote, Aquele que curou os leprosos, fez ver os cegos, ouvir os surdos e falar os mudos. O que é que obtemos com o sacramento da Penitência? A reconciliação com Deus e com a Igreja, a recuperação da graça de Deus, o aumento das forças espirituais para caminhar rumo à perfeição, a paz e a serenidade da consciência com uma viva con- solação do espírito. O que deve fazer o penitente depois da absolvição? O penitente depois da absolvição deve cumprir a penitência que lhe foi imposta e reparar os danos que os seus pecados possam eventualmente ter causado ao próximo. O sacerdote deve dar sempre a absolvição? O sacerdote deve dar sempre a absolvição se o penitente estiver sinceramente arrependido de todos os seus pecados mortais. Se pelo contrário, o penitente não tiver dor ou propósito de emenda, então o sacerdote não pode e não deve dar a absolvição, motivando para o sincero arrependimento. O que é o exame de consciência? O exame de consciência é a diligente busca dos pecados cometidos depois da última confissão feita. O animador vai gerindo as respostas que forem surgindo e as dúvidas subsequentes. Conclui-se com a apresentação PowerPoint “Reconciliação” (disponível em www.sdpj-aveiro.org), baseada no texto que aparece no início deste subsídio, no capítulo “Queremos valorizar… o sacra- mento da Reconciliação, no tempo Quaresmal”. Palavra de Deus: Após todos terem colocado as suas dúvidas, mesmo após a visualização do powerpoint, cria-se um espaço de silêncio, lendo-se o texto que se segue. “Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. Deus perguntou-lhe mais: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me a árvore, e eu comi. Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi.” Gen, 3 1-13 29
  • 30. Expressão de Fé: Destapa-se a Bíblia e a Cruz (até então tapados) ao som da música “Restolho” da Mafalda Veiga Os elementos do grupo são convidados a fazer uma oração conjunta, fazendo preces a Deus, de preferência espontâneas e fazendo a partilha semanal a partir da pegada do grupo. Caso seja possível devem ser convidados a participar numa celebração penitencial preparada em grupo. Celebração penitencial com jovens Material necessário e indicações para a preparação: - A frase “ Deus conserta um coração partido se lhe dermos todos os pedaços” deve estar colocada em local bem visível e destacado. - Preparar a silhueta de uma pessoa com pouco mais de um metro de altura, em esferovite e coberta com papel cenário, para poder ser rasgado. A esferovite devera ter um coração desenhado e já cor- tado, mas que será deixado no sítio. Por detrás da esferovite do coração estará presa uma lista de contravalores, feita em papel contínuo e de acordo com a lista indicada, para ser destacada junta- mente com o coração na altura apropriada. - Powerpoint (disponível em www.sdpj-aveiro.org) intitulado “Exame de Consciência” - Ter papéis, cortados, (sugere-se um A4 fotocopiado, que dê para 8 papeis) cada um com um contra- valor escrito. Estes papéis destinam-se a serem entregues, um, a cada pessoa. - Recipiente onde se possam queimar os papeis. Á frente do recipiente deve estar palavra renovação - Tantas silhuetas humanas, em cartolina, com cerca de 10 cm de altura, quantas as que sejam necessárias para se oferecer uma como recordação a cada pessoa que estiver presente na celebra- ção. Em cada silhueta estará também desenhado um coração. - Se for necessário deve fazer-se uma folha de cânticos para toda a assembleia Introdução “Deus conserta um coração partido se lhe dermos todos os pedaços”. Todos nós temos alguma consciência da nossa infidelidade a deus. Este tempo de quaresma, vai-nos ajudando a sentir o desejo de sermos salvos dos nossos pecados. Hoje queremos mais uma vez, abrir o nosso coração á misericórdia de deus, para podermos celebrar o perdão de ele nos oferece. Não fechemos o nosso coração á sua voz e abramos a nossa vida á sua misericórdia. Cântico inicial Saudação do presidente Oração inicial pelo sacerdote Liturgia da palavra - 1ª Leitura – livro do profeta Ezequiel 36,24-28 - Salmo 50 ou um cântico de meditação - Aclamação do evangelho segundo São João 15,9-17 - Homilia Exame de consciência À medida que se vão fazendo as quatro grandes propostas do exame de consciência, seguindo o power point “Exame de Consciência”, também se vai rasgando o papel da silhueta, deixando a descoberto uma nova silhueta, em esferovite. No fim de cada proposta canta-se um cântico. Enquanto se canta, as partes do corpo rasgadas são colocadas na bacia para se queimar. Na última proposta e durante o cântico, retira-se o coração e a lista de contravalores e é dado a todas as pes- soas um papel com um contra valor. 30
  • 31. Oração dos fiéis Presidente: Cada um recebeu um dos possíveis defeitos que pode ainda ter lugar na nossa vida. Con- scientes dos nossos pecados, manifestemos a Jesus Cristo nossa confiança e digamos: Senhor,renovai os nossos corações. Sugere-se que cada um faça uma prece espontânea a partir do contra valor que lhe calhou. Presidente: Senhor nosso Deus, sempre pronto a perdoar-nos, ajudai-nos a sentir que a reconcilia- ção que nos dais nos aproxima uns dos outros e nos torna sinal vivo da vossa presença no mundo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Ámen Convite ao silêncio meditativo dos defeitos e pecados de cada um ConfissãoIndividual com o sacerdote Gesto de conversão Enquanto se canta, cada um vem colocar na bacia o seu papel para ser queimado com os outros e recebe uma silhueta, como recordação deste tempo de renovação. Pai-nosso Bênção final Cântico final Encontro de Grupo sobre o Tríudo Pascal Material Necessário: Círio Pascal, Pia Baptismal, Água, Cruz, Óleo, Pão e Vinho – podem ser objectos e/ou imagens Experiência Humana: Os elementos do grupo são convidados a fazer uma recolha em casa de objectos, fotografias e vídeos que remetam para os dias do Tríduo Pascal de preferência vividos na sua paróquia em anos anteri- ores. Palavra de Deus: É feita a Introdução do tema "Tríudo Pascal" com base na 1ª parte do texto apresentado nesta camin- hada no capítulo „Queremos Valorizar... a vivência do Tríduo Pascal“. O grupo é dividido em quatro subgrupos e é fornecido a cada um deles os textos referentes a cada dia do tríduo pascal que cons- tam da 2ª parte do mesmo texto: Grupo I – QUINTA-FEIRA SANTA - MISSA VESPERTINA DA CEIA DO SENHOR Grupo II – SEXTA-FEIRA DA SEMANA SANTA - PAIXÃO DO SENHOR Grupo III – SÁBADO SANTO Grupo IV – VIGÍLIA PASCAL Cada grupo é convidado a ler o texto que lhe coube, em grupo, e fazer um pequeno resumo para apresentar aos restantes grupos (textos, cartazes, desenhos…) No fim do trabalho de grupo são colocados numa mesa os objectos e fotografias recolhidos pelos jovens em casa e os materiais supra propostos. Cada grupo é convidado a ir buscar aqueles que estão mais relacionados com o dia que lhe coube aprofundar. No final é feito um plenário com a apresentação de cada um dos grupos, dando ênfase à mensagem do dia e aos símbolos do mesmo. Expressão de Fé: No espaço da sala onde se encontra a cruz, símbolo desta caminhada, são colocadas os símbolos ou imagens utilizadas neste encontro. Neste ambiente far-se-á a partilha da “pegada do grupo”, dando ênfase à atitude semanal, com a oração do livro “Rezar na Quaresma – Ano A”. O grupo é convidado a participar activamente nas celebrações paroquiais da Semana Santa. 31
  • 32. Caminho da Luz (Via Lucis), para o tempo Pascal Durante o tempo Pascal, sugere-se que o grupo celebre o caminho da Luz e que convide a comuni- dade a celebrar com eles. Nesta proposta é necessário escolher cânticos apropriados entre cada estação e prever uma apre- sentação powerpoint onde apareçam as respostas que todos são convidados a dar durante a celeb- ração. Ao longo do esquema aparecem identificados: P – Presidente (onde for possível o Sacerdote) T – Toda a Assembleia L – Leitor Introdução L- A vida cristã está profundamente marcada pelo mistério pascal. Cristo morreu pelos nossos peca- dos e para nossa salvação saiu vitorioso do sepulcro. A sua ressurreição imprime à vida de cada cristão um exaltante ritmo de alegria. A via-sacra da ressurreição, ou caminho da luz, põe-nos em contacto com esta alegria através dos encontros que o Ressuscitado teve com os discípulos. Uma alegria que aparece em toda a parte e se espalha com extraordinária rapidez. O Espírito Santo enche o nosso coração de grande alegria. P- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo T- Ámen P- Senhor da vida T- Ilumina o nosso caminho P- Preparemos o nosso coração para sentir a alegria que cresce, á medida que cresce em nós a certeza que Jesus ressuscitou e vive na sua Igreja. Cântico PRIMEIRA ESTAÇÃO – Jesus ressurge dos mortos P- Senhor da vida, Leitura do Evangelho segundo S. Mateus 28, 1-7 L- Os guardas tinham razão para Ter medo. Até os discípulos julgaram ver um fantasma. Mas nós não temos razão nenhuma para Ter medo. Nós sabemos que Cristo ressuscitou e vive no meio de nós. Nós sabemos que a sua vida de ressuscitado é a fonte da nossa esperança. Por isso vivemos na 32 alegria.
  • 33. P- Àquele que está vivo para sempre, dizemos com todo o entusiasmo da nossa fé: Vem viver con- nosco! T- Vem viver connosco! P- Tu que venceste o pecado e a morte: T- Vem viver connosco! P- Tu que não sofreste a corrupção do sepulcro: T- Vem viver connosco! P- Tu que apareceste aos discípulos dispersos: T- Vem viver connosco! P- Oremos. Senhor Jesus Cristo, vencedor da morte e do pecado, escuta a nossa oração, tal como tornaste forte a fé dos discípulos com a tua presença de ressuscitado, concede-nos também a nós a força de vencer as seduções do pecado. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos T- Ámen. SEGUNDA ESTAÇÃO – Os discípulos encontram o sepulcro vazio P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho. Leitura do Evangelho segundo S. João 20, 1-10 L- Um sepulcro não reter um corpo como o de Jesus, destinado à ressurreição. O Filho de Deus, depois da tremenda prova, devia explodir numa glória sem limites. As ligaduras já não servem: estão ali a testemunhar um tempo de tormento. Mas que dá lugar á hora do maior triunfo. P- A Cristo, ressuscitado dos mortos, dirigimos o grito da nossa fé: ressuscitaste para sempre e vives connosco. T- Ressuscitaste para sempre e vives connosco. P- Senhor Jesus, enviado pelo Pai para libertar o mundo do pecado, nós te dizemos com confiança: T- Ressuscitaste para sempre e vives connosco. P- Senhor Jesus, portador de uma mensagem de eterna salvação, nós te dizemos com confiança: T- Ressuscitaste para sempre e vives connosco. P- Senhor Jesus que infundes a alegria em todos os que acreditam em ti, nós te dizemos com confi- ança: T- Ressuscitaste para sempre e vives connosco. P- Oremos, Pedimos-te, Senhor Jesus: concede aos teus fiéis o entusiasmo de te procurarem com fé todos os dias para encontrar sempre ao teu lado a doçura do teu rosto. T- Ámen TERCEIRA ESTAÇÃO – Jesus manifesta-se à Madalena P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho. Leitura do Evangelho segundo S João 20, 11-18 L- Durante os quarenta dias da ressurreição, Jesus costumava esconder a sua identidade para reve- lar no momento oportuno. Assim sucede na nossa vida: em certos momentos é difícil perceber a presença do Senhor. 33
  • 34. P- É nesses momentos em que se torna necessário recorrer à oração e invocá-lo com fé: Mostra, Senhor, a tua presença. T- Mostra, Senhor, a tua presença. P- Quando nos assalta a sombra da dúvida e não conseguimos ver a luz, nós te dizemos: T- Mostra, Senhor, a tua presença. P- Quando o pecado ofusca a nossa mente e se torna difícil erguer a cabeça, nós te dizemos: T- Mostra, Senhor, a tua presença. P- Quando nada nos corre bem e se torna difícil acreditar na tua bondade, nós te dizemos: T- Mostra, Senhor a tua presença P- Oremos, Pedimos-te, Senhor Jesus: concede aos teus fiéis o entusiasmo de te procurarem com fé todos os dias para encontrar sempre a seu lado a doçura do teu rosto. T- Ámem. QUARTA ESTAÇÃO – Jesus a caminho com os discípulos de Emaús P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho Leitura do Evangelho segundo S. Lucas 24, 13-29 L- Em cada passo da estrada podemos encontrar o Senhor e caminhar com Ele pelos caminhos justos. Ou podemos ignorar a sua presença e percorrer as estradas das nossas falsas seguranças. É importante escolher bem. P- Só Jesus nos pode indicar o caminho da vida. Por isso invocamo-lo com confiança: Mostra-nos o caminho que leva à vida. T- Mostra-nos o caminho que leva à vida. P- Se o nevoeiro dos sentimentos ofusca o nosso caminho, nós te dizemos: T- Mostra-nos o caminho que leva à vida. P- Se a indiferença e a ignorância impedem muitos de ver a direcção certa, nós te dizemos Senhor: T- Mostra-nos o caminho que leva à vida. P- Se a superstição, a dúvida, o desânimo tendem a paralisar tudo e a bloquear o nosso caminho para ti, nós te dizemos: T- Mostra-nos o caminho que leva à vida. P- Oremos, Senhor Jesus Cristo que na Igreja és farol de luz e de salvação: Guia os nossos passos no caminho da justiça, para que possamos chegar até ti no teu reino de luz infinita. T- Ámen. QUINTA ESTAÇÃO – Jesus manifesta-se no partir do pão P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho. Leitura do Evangelho segundo S. Lucas 24, 29-35 L- Ao Domingo, os irmãos encontram-se para “partir o pão”. Pão de vida, que Jesus prometeu dar aos que nele acreditam. Esperamo-lo com ânsia todas as semanas pois sabemos que é um verda- deiro encontro de Jesus com os seus amigos. P- Precisamos de uma fé forte para que todo o povo de Deus reconheça na Eucaristia o alimento que 34 dá a vida. Dizemos juntos: Vem, pão da vida!
  • 35. T- Vem, pão da vida! P- Tu és a fonte da vida e do amor. Nós te dizemos: T- Vem, pão da vida! P- Tu és a fonte de toda a graça que há na Igreja. Nós te dizemos: T- Vem, pão da vida! P- Tu és a esperança do reino sem fim. Nós te dizemos: T- Vem, pão da vida! P- Oremos, Senhor Jesus, só em ti está a fonte da vida. Concede-nos um grande amor ao teu Pão eucarístico e torna-nos dignos de nos alimentarmos sempre do teu grande Dom. T- Ámen. SEXTA ESTAÇÃO – Jesus no Cenáculo P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho. Leitura do Evangelho segundo S. Lucas 24, 36-48 L- Jesus disse: “Vejam as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo”. Os apóstolos não crêem na história das mulheres. De repente, eis Jesus presente entre eles. Uma ilusão? Jesus estende as mãos e eles vêem as feridas feitas pelos pregos. Tocam-no com as suas mãos e com os seus ouvidos escutam a Sua voz que diz: "A paz esteja convosco". Hoje, Senhor Jesus, é também real que as Tuas mãos são as nossas mãos, e os Teus pés são os nossos pés. Por isso, cada um de nós pode tornar-se, pelo Espírito Santo, um Cristo no meio em que vivemos. Ensina-nos, Senhor, a ser as Tuas mãos e os Teus pés para os outros e a estar no mundo sem ser do mundo. Os nossos corações são os “Olhos” e as “Mãos” para termos fé na Ressurreição de Cristo. P- Somente Vós sois o Caminho que conduz a eternidade. T- Nós cremos em Ti, Senhor. P- Somente vós sois a Verdade que dá sentido a tudo. T- Nós cremos em Ti, Senhor. P- Somente Vós sois a Vida plena e gloriosa. T- Nós cremos em Ti, Senhor. Pai Nosso ... SÉTIMA ESTAÇÃO – Jesus dá poder de perdoar os pecados P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho. Leitura do Evangelho segundo S. João 20, 19-23 L- Só depois da ressurreição Jesus transmitiu aos apóstolos o poder de perdoar os pecados. É clara a referência à sua morte redentora. A cruz é o preço do pecado; a cruz é a morte que nos trouxe a vida. Por pouco que pensemos mo amor de Deus e na realidade da nossa condição de pecadores, o coração enche-se de profundo reconhecimento. P- Por isso, cheios de confiança, elevemos este pedido: Jesus, pela tua cruz, salva-nos T- Jesus, pela tua cruz, salva-nos. P- Quando nos assaltam as ondas da tentação que tudo ameaçam submergir, pedimos com fé: T- Jesus, pela tua cruz, salva-nos. 35
  • 36. P- Quando nos amarra o medo por causa dos muitos pecados e somos tentados a duvidar do perdão, pedimos com fé: T- Jesus, pela tua cruz, salva-nos. P- Quando nos perturba o pensamento da vida eterna e nos assalta o temor de não estarmos prepara- dos para enfrentar o juízo de Deus, pedimos com fé. T- Jesus, pela tua cruz, salva-nos. P- Oremos, Senhor Jesus, nosso salvador, inspira-nos uma confiança ilimitada na tua misericórdia. Bem como um profundo desejo de combater o pecado em todas as suas formas. T- Ámen. OITAVA ESTAÇÃO – Jesus confirma a fé de Tomé P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho. Leitura do Evangelho segundo S. João 20, 24-29 L- Como é grande a tua paciência, Senhor. Como é grande a tua bondade. Para Tomé e para todos os discípulos. Sempre estiveste disposto a explicar, a dar noticias a respeito da tua vida de enviado do Pai. Para nós também. P- Nós te rezamos, Senhor Jesus, com a mesma oração do apóstolo Tomé e com o mesmo entusiasmo de fé: Meu Senhor e meu Deus. T- Meu Senhor e meu Deus. P- Rezamos-te pelo tempo de dúvida. Quando a mente se ofusca e as falsas doutrinas parecem desafiar a nossa fé, com Tomé nós te dizemos: T- Meu Senhor e meu Deus. P- Rezamos-te pelo tempo de aridez. Quando Tu, Senhor, pareces longe e há tanta necessidade de te sentir perto, com Tomé nós te dizemos: T- Meu Senhor e meu Deus. P- Rezamos-te pelo tempo de erro. Quando a verdade custa e o diálogo ameaça conduzir a conclusões erradas, com Tomé nós te dizemos: T- Meu Senhor e meu Deus. P- Oremos, Senhor Jesus tu amas o que é justo, o que é belo, o que é verdadeiro. Dá-nos a luz da tua mensagem e procurar-te-emos em todas as coisas e ver-te-emos em todos os irmãos T- Ámen. NONA ESTAÇÃO – Jesus mostra-se aos discípulos no lago P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho Leitura do Evangelho segundo S. João 21, 2-9.12 L- É assim mesmo: Aquele que pede de comer é o Senhor de tudo. Aquele que estende a mão para receber pão é o mesmo que envia a chuva a seu tempo e faz nascer o sol par que os campos amad- ureçam e as espigas sejam recolhidas. João o evangelista diz claramente: “É o Senhor!” P- “Tive fome e deste-me de comer.” Jesus revela a sua presença na fome dos pobres. Com fé e com verdade digamos-Lhe: Senhor, torna-nos ministros do teu amor. 36
  • 37. P- Pobres sem nada. Crianças com fome. Por eles, nós dizemos: T- Senhor, torna-nos ministros do teu amor. P- Famílias sem casa. Jovens sem trabalho. Por eles, nós dizemos: T- Senhor, torna-nos ministros do teu amor. P- Doentes pobres e sós. Idosos sem amparo. Por eles, nós dizemos: T- Senhor, torna-nos ministros do teu amor. P- Oremos, Senhor Jesus, que para nos salvar escolheste viver como nós: Nós te pedimos que sintamos a tua suave presença ao nosso lado em cada dia da nossa vida. T- Ámen. DÉCIMA ESTAÇÃO – Jesus entrega o primado a Pedro P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho Leitura do evangelho segundo S. João 21, 15-19 L- Jesus colocou o amor no centro da sua mensagem. Amor com duas direcções: a Deus e ao próximo. Quem quer seguir Jesus tem de percorrer esses dois caminhos. P- O amor vence a morte. A Jesus nós dizemos: Enche de amor a nossa vida T- Enche de amor a nossa vida. P- O amor de Deus está nos nossos corações. Por isso nos te rezamos: T- Enche de amor a nossa vida. P- O amor é o supremo critério no Reino e na Igreja. Por isso nós rezamos: T- Enche de amor a nossa vida. P- O amor tudo vence e tudo suporta. Por isso nós rezamos: T- Enche de amor a nossa vida. P- Oremos, Senhor Jesus, que trouxeste à terra o fogo do amor do Pai: Faz que a Igreja arda sempre nesse fogo e que ele se espalhe a todo o mundo. T- Ámen. DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO – Jesus confia aos discípulos a missão universal P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho Leitura do Evangelho segundo S. Mateus 28, 16-20 L- Jesus chama-nos a colaborar no seu projecto: levar a sua mensagem a toda a gente, de todos os tempos e continentes. Alguns são chamados a traduzir á letra o mandato de Jesus: “Ide!” e partem por toda a terra a pregar, a ensinar, a baptizar. Outros, a maioria, têm a tarefa de anunciar o evangelho no lugar onde estão. Como nós. P- Obedecendo ao convite de Jesus, rezamos com insistência ao Pai: Manda operários para a Tua messe. T- Manda operários para a tua messe. P- Para que os bispos e sacerdotes não se cansem nunca de anunciar e ensinar a fé, pedimos ao Pai: P- Para que os missionários não percam a coragem diante das inevitáveis dificuldades, pedimos ao Pai: 37
  • 38. T- Manda operários para a tua messe. P- Para que todos os cristãos se deixem envolver no programa geral de evangelização, pedimos ao Pai: T- Manda operários para a tua messe. S- Oremos, Deus todo-poderoso: a nossa fé baptismal nos torne atentos à difusão do evangelho com as palavras e as acções. T- Ámen. DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO – Jesus sobe ao céu P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho. Leitura dos Actos dos Apóstolos 1, 6-11 L- A fé cristã tem fundamentos claros e sólidos. Convicção absolutamente irrenunciável é a ressur- reição de todo o homem. Se assim não fosse, a mensagem de Jesus e o seu sacrifício na cruz não teriam qualquer valor. P- Somos a Igreja, povo libertado por Cristo. Só n’Ele está a nossa esperança e dizemos: A tua graça nos salve, Senhor T- A tua graça nos salve, Senhor. P- Jesus, que disseste aos teus fiéis: “ Vou preparar-vos um lugar”. Enquanto esperamos, rezamos-te confiantes: T- A tua graça nos salve, Senhor. P- Jesus, Tu pediste ao Pai que os teus se juntassem a Ti no Paraíso. Com a esperança desse encontro, rezamos-te confiantes: T- A tua graça nos salve, Senhor. P- Jesus, o Espírito disse-nos que um dia voltarás para concluir a história da salvação. Para que seja uma conclusão cheia de alegria também para nós, rezamos-te confiantes: T- A tua graça nos salve, Senhor. P- Oremos, Senhor Jesus que ao subir à glória do Pai prometeste ficar no meio de nós: Ajuda-nos a recordar todos os dias a doce realidade da tua presença e de trabalhar na expectativa do teu regresso. T- Ámen. DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO – Com Maria à espera do Espírito Santo P- Senhor da vida, T- Ilumina o nosso caminho. Leitura dos Actos dos Apóstolos 1, 1-5.14 L- Nós, com toda a Igreja, aqui representada pela nossa comunidade, reunimo-nos em redor de Maria. Nos nossos dias, Maria seria entrevistada: a respeito do sentido daquela expectativa, a respeito do misterioso personagem que se espera, o Espírito Santo... A palavra de Deus e a reflexão da Igreja ajudam-nos a encontrar as respostas. P- Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, que enches de sentido a esperança dos tempos novos, com Maria, nós te invocamos: Vem Espírito Santo. T- Vem Espírito Santo. 38