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Desenvolvimento e ciclo 
sexual das fêmeas, migrações 
e fecundidade da viola 
Rhinobatos horkelii no Sul do 
Brasil 
 Nicole Russo Guerrato, OUT/2014
Vista ventral e dorsal da raia do gênero Rhinobatus horkelii
Introdução 
 As raias pertencem a classe Elasmobranchii, 
assim como os tubarões. 
 A raia do gênero Rhinobatus horkelii são 
vivíparos aplacentária, ou seja, o embrião se 
desenvolve com base na matéria orgânica 
presente na forma de vitelo do ovócito 
maduro.
Introdução 
 Ocorrem principalmente no Rio Grande do 
Sul 
 Têm grande valor econômico, sendo 
consumido localmente ou exportado para 
outros estados do Brasil 
 O estudo visa fornecer dados sobre o 
desenvolvimento, ciclo sexual, migração e 
fecundidade das raias desse gênero
Ocorrência
Materiais e Métodos 
 Foram coletados 4.800 exemplares em 2 
anos (entre 1980 e 1982), entre 
profundidades 10 e 100m. 
 Local: Rio Grande do Sul: Entre Tramandaí 
e Chuí.
 Dados analisados: Comprimento total 
(CT), peso total (g), peso dos úteros vazios 
e cheios (g), peso dos ovários (g), número 
e diâmetro (mm) dos ovócitos, número 
de ovos ou embrião no úteros, comp. 
Total dos embriões (cm) e peso do fígado 
(g).
Resultados e Discussões 
 Para obter resultados do 
desenvolvimento sexual foram analisados 
as transformações ocorridas no ovário, 
glândulas nidamentárias e útero. 
 Também foram analisados fecundidade 
e migração das R. horkelli.
Ovário 
A observação de ovócitos amarelas foi observada em 
fêmeas maiores de 90cm, fêmeas menores de 90cm 
apresentavam ovócitos brancos e nenhuma atividade 
vitelogênica.
O crescimento em peso dos ovários é maior em 
fêmeas maiores
Ovócitos 
 Classificadas em ovócitos da primeira 
geração: ovócitos maiores e com vitelo; 
e ovócitos da segunda geração: 
menores sem vitelo.
 Os ovócitos menores da segunda 
geração surgiram depois da ovulação 
dos ovócitos da primeira geração. 
 Em fevereiro o diâmetro do ovócito foi 
próximo ao que tinham na primeira 
geração. 
 Tanto nas R. horkelii como nas Urolophus 
halleri (Babel, 1967), a ovogênese é um 
processo contínuo na vida do animal, 
não tendo sido observado um período de 
repouso do ovário
Glândula nidamentária 
 Atua na formação da casca envoltória do 
ovo (escleroproteína). 
 Atua como receptáculo seminal, já que foi 
observado a presença de espermatozoides 
na zona de secreção de escleroproteína, 
(Metten, 1939). 
 A fecundação ocorre na glândula 
nidamentária, (Metten, 1939).
 Atingiu até 1,7 cm de diâmetro em 
fêmeas de 130 cm. 
 O crescimento deste órgão mostrou 2 
diferentes etapas.
Útero 
 Observou que fêmeas grávidas ocorrem 
durante o ano inteiro
O peso do aumento do útero foi de 50-60% nos meses 
de junho-julho (início da gestação) e fevereiro 
(próximo ao parto)
 Os embriões foram encontrados durante 
os meses de dezembro à fevereiro. 
 O tamanho dos embriões aumentou 
desde 1 cm em dezembro até 29 cm em 
fevereiro, significando que nessa espécie 
a gravidez em 2 períodos. 
 Período de letargia dos ovos 
 Período de desenvolvimento embrionário
Fígado 
 O fígado armazena lipídios que são 
responsáveis pelas trocas de energia entre 
a mãe e o embrião (Ranzi, 1932 e 1934; 
Mellinger, 1981)
 Observaram que o peso do fígado em 
Setembro é maior do que em Fevereiro, 
quando ocorre o desenvolvimento 
embrionário e a vitelogênese é mais 
rápida; 
 Segundo Mellinger, as variações no peso 
do fígado compensariam o aumento do 
conteúdo uterino, já que o fígado exerce 
um importante papel na flutuabilidade.
Migração 
 Indivíduos adultos (maiores de 90 cm) 
foram encontrados em profundidades de 
20m, entre Novembro e Março. 
 A viola faz migrações periódicas entre 
aguas rasas e profundas da plataforma 
continental, pois a temperatura influencia 
nos processos reprodutivos 
 Águas frias permite o fenômeno de letargia 
dos ovos (Lessa, 1982)
 Após isto, há uma nova cópula no qual 
machos e fêmeas retornam as águas 
profundas (Lessa, 1982). 
 Fêmeas adultas grávidas com ovos 
letárgicos migram para o raso em 
Dezembro e permanecem até o parto, 
em Março.
Fecundidade 
 Para analisar a fecundidade deve-se 
levar em conta a fecundidade ovariana 
e a fecundidade uterina 
 A fecundidade aumenta com o tamanho 
da fêmea.
Fecundidade Ovariana 
 Números de ovócitos na primeira 
geração, contidos nos dois ovários e 
prontos para a ovulação
Fecundidade Uterina 
 Número de ovos fecundados ou de 
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Rinobatos horkelli: Desenvolvimento e ciclo sexual das fêmeas no Sul do Brasil

  • 1. Desenvolvimento e ciclo sexual das fêmeas, migrações e fecundidade da viola Rhinobatos horkelii no Sul do Brasil  Nicole Russo Guerrato, OUT/2014
  • 2. Vista ventral e dorsal da raia do gênero Rhinobatus horkelii
  • 3. Introdução  As raias pertencem a classe Elasmobranchii, assim como os tubarões.  A raia do gênero Rhinobatus horkelii são vivíparos aplacentária, ou seja, o embrião se desenvolve com base na matéria orgânica presente na forma de vitelo do ovócito maduro.
  • 4. Introdução  Ocorrem principalmente no Rio Grande do Sul  Têm grande valor econômico, sendo consumido localmente ou exportado para outros estados do Brasil  O estudo visa fornecer dados sobre o desenvolvimento, ciclo sexual, migração e fecundidade das raias desse gênero
  • 6.
  • 7.
  • 8. Materiais e Métodos  Foram coletados 4.800 exemplares em 2 anos (entre 1980 e 1982), entre profundidades 10 e 100m.  Local: Rio Grande do Sul: Entre Tramandaí e Chuí.
  • 9.  Dados analisados: Comprimento total (CT), peso total (g), peso dos úteros vazios e cheios (g), peso dos ovários (g), número e diâmetro (mm) dos ovócitos, número de ovos ou embrião no úteros, comp. Total dos embriões (cm) e peso do fígado (g).
  • 10. Resultados e Discussões  Para obter resultados do desenvolvimento sexual foram analisados as transformações ocorridas no ovário, glândulas nidamentárias e útero.  Também foram analisados fecundidade e migração das R. horkelli.
  • 11. Ovário A observação de ovócitos amarelas foi observada em fêmeas maiores de 90cm, fêmeas menores de 90cm apresentavam ovócitos brancos e nenhuma atividade vitelogênica.
  • 12. O crescimento em peso dos ovários é maior em fêmeas maiores
  • 13. Ovócitos  Classificadas em ovócitos da primeira geração: ovócitos maiores e com vitelo; e ovócitos da segunda geração: menores sem vitelo.
  • 14.  Os ovócitos menores da segunda geração surgiram depois da ovulação dos ovócitos da primeira geração.  Em fevereiro o diâmetro do ovócito foi próximo ao que tinham na primeira geração.  Tanto nas R. horkelii como nas Urolophus halleri (Babel, 1967), a ovogênese é um processo contínuo na vida do animal, não tendo sido observado um período de repouso do ovário
  • 15. Glândula nidamentária  Atua na formação da casca envoltória do ovo (escleroproteína).  Atua como receptáculo seminal, já que foi observado a presença de espermatozoides na zona de secreção de escleroproteína, (Metten, 1939).  A fecundação ocorre na glândula nidamentária, (Metten, 1939).
  • 16.  Atingiu até 1,7 cm de diâmetro em fêmeas de 130 cm.  O crescimento deste órgão mostrou 2 diferentes etapas.
  • 17.
  • 18. Útero  Observou que fêmeas grávidas ocorrem durante o ano inteiro
  • 19. O peso do aumento do útero foi de 50-60% nos meses de junho-julho (início da gestação) e fevereiro (próximo ao parto)
  • 20.  Os embriões foram encontrados durante os meses de dezembro à fevereiro.  O tamanho dos embriões aumentou desde 1 cm em dezembro até 29 cm em fevereiro, significando que nessa espécie a gravidez em 2 períodos.  Período de letargia dos ovos  Período de desenvolvimento embrionário
  • 21.
  • 22. Fígado  O fígado armazena lipídios que são responsáveis pelas trocas de energia entre a mãe e o embrião (Ranzi, 1932 e 1934; Mellinger, 1981)
  • 23.  Observaram que o peso do fígado em Setembro é maior do que em Fevereiro, quando ocorre o desenvolvimento embrionário e a vitelogênese é mais rápida;  Segundo Mellinger, as variações no peso do fígado compensariam o aumento do conteúdo uterino, já que o fígado exerce um importante papel na flutuabilidade.
  • 24. Migração  Indivíduos adultos (maiores de 90 cm) foram encontrados em profundidades de 20m, entre Novembro e Março.  A viola faz migrações periódicas entre aguas rasas e profundas da plataforma continental, pois a temperatura influencia nos processos reprodutivos  Águas frias permite o fenômeno de letargia dos ovos (Lessa, 1982)
  • 25.  Após isto, há uma nova cópula no qual machos e fêmeas retornam as águas profundas (Lessa, 1982).  Fêmeas adultas grávidas com ovos letárgicos migram para o raso em Dezembro e permanecem até o parto, em Março.
  • 26. Fecundidade  Para analisar a fecundidade deve-se levar em conta a fecundidade ovariana e a fecundidade uterina  A fecundidade aumenta com o tamanho da fêmea.
  • 27. Fecundidade Ovariana  Números de ovócitos na primeira geração, contidos nos dois ovários e prontos para a ovulação
  • 28. Fecundidade Uterina  Número de ovos fecundados ou de embriões presentes no útero.
  • 29. Houve uma diferença significativa entre a fecundidade ovariana e a fecundidade uterina