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Estruturas Metálicas


             Arqº Renato Carrieri
             Eng° Bruno Ribeiro
Introdução

Breve História. Cronologia

O processo de fabricação

Propriedades mecânicas

Componentes e tipologias de perfis

Preparação de superfície

Utilização de revestimentos em estruturas metálicas

Organização do sistema estrutural em aço

Justificativa para o uso do aço

Comparativo dos materiais estruturais

Vantagens na utilização da Estrutura Metálica

Desvantagens na utilização da Estrutura Metálica

Detalhes recomendados para projeto
Introdução



Este é um assunto aparentemente complexo, pelo fato de envolver leis físicas equacionadas pela matemática e
aplicadas ao projeto de edifícios, e ainda por cima envolvendo elementos pré fabricados produzidos pela
indústria, e utilizados na construção civil.

Porém, embora pareça complicado, no final acaba restrito ao trinômio projeto de arquitetura - indústria da
construção - mercado consumidor, e vencida a barreira do preconceito e a falta de conhecimento, segue os
princípios básicos da engenharia estrutural submissa às leis da física, e acima de tudo inclina-se sem a menor
sombra de dúvida, à lógica e ao bom senso que devem prevalecer, no momento em que um Arquiteto se dirige
à sua prancheta para o desempenho de sua tarefa : projetar edifícios...

A escolha de um sistema estrutural seja de aço, concreto ou madeira, visando o equacionamento e resolução
da problemática imposta pelo programa arquitetônico, envolve um sem número de questões que abrangem a
legislação específica de Municipío e Estado, variáveis culturais e econômicas ligadas aos investidores, etc.

De modo que a decisão em torno da escolha da estrutura metálica como sistema estrutural de
uma edificação, deve ser consciente e totalmente desvinculada de modismos passageiros, fruto da reflexão em
torno das questões acima e do conhecimento das vantagens que a mesma possa oferecer, tendo em vista os
objetivos principais: qualidade no projeto e conseqüentemente na obra – prazos ajustados às necessidades do
investidor – custos reduzidos.
TABELAS COMPARATIVA DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS




                        Custo m2 Prazo de execução Fundação                    Manutenção




•   Concreto Armado    R$ 960.00 Depende da MO         Medianamente carregada               Esporádica

•   Aço                R$ 1.050.00 Rápido   Aliviada               Periódica

•   Pré moldado Concreto R$ 800.00 Rápido              Carregada               Esporádica
BREVE HISTÓRIA
Processos construtivos. Evolução ao longo da história demonstrada por gráfico.




 Os materiais disponíveis na antiguidade eram a argila matéria prima do adobe
 , a pedra e a madeira.
O uso dos metais iniciou-se por volta de 4000 a.C. na Mesopotâmia e Egito. O metal conhecido mais antigo é
o cobre, que, juntamente com o bronze foi utilizado desde os primórdios da civilização para a fabricação de
utensílios e armas substituindo a pedra e a madeira. A partir de uma determinada época, o ferro passou a ser
também utilizado, substituindo o bronze por volta de 1.200 a.C. no nordeste e sudeste da Europa.
Talvez a 1ª fusão tenha acontecido acidentalmente, quando uma fogueira cercada de blocos de pedra com
veios de cobre derreteu o metal.
Po volta de 1500 a.C. o homem começou a moldar o cobre derretido em formas de barro, fabricando
utensílios rudimentares como machados, pontas de lança etc.
O bronze, uma liga metálica mais dura do que o cobre, formada pela associação deste com o estanho, surgiu
no Egito em 3000 a.C. possibilitando a manufatura de armas e utensílios bem mais eficientes.
A utilização do ferro só aconteceu muito tempo depois, também na fabricação de utensílios, objetos de arte e
armas de guerra. Porém a obtenção do metal através da fusão do minério, se deu por volta de 1200 a.C. e o
descoberta do processo se deve aos Hititas, povo que habitava a região hoje ocupada pela Síria.
Da idade do ferro até a idade média, o mesmo era produzido em fornalhas, e sua forma era resultado do
trabalho manual.
Por volta de 1700, Abraham Darby utilizou pela 1ª vez o coque, resíduo sólido componente da hulha,
combustível mineral de alto poder calorífico, em substituição ao carvão vegetal, dando início à produção do
ferro em larga escala. A metalurgia definiu então processos de extração e manufatura dos metais,
contribuindo para o avanço da técnica construtiva, incipiente até então devido á pouca resistência dos
materiais utilizados. Porém, somente após a invenção da máquina a vapor em 1765, (J. Watt) é que as
grandes siderúrgicas desenvolveram-se mais rapidamente.

Em 1786 Cort inventa o laminador para fabricação de perfis e de chapas de ferro.
A multiplicação da produção do carvão e do ferro e a invenção do laminador de chapas e trilhos, tornou
possível a construção das primeiras ferrovias, responsáveis diretas pelo aumento da produção industrial, e
pelo transporte a longa distância da matéria prima industrializada. Viabilizou também a invenção do
elevador em 1853, [ responsável : Elisha G. Otis ] que iria possibilitar o nascimento da Escola de Chicago
nos Estados Unidos, dando início à construção dos arranha céus modernos.
Chicago depois da quase completa destruição pelo incêndio de 1871, com a construção das primeiras
ferrovias transformou-se em um dos maiores mercados mundiais, consumidor de trigo, máquinas e
ferramentas. Para suprir o rápido crescimento da cidade, a única forma de satisfazer as exigências do
mercado era a verticalização das construções, e para tanto, a invenção do elevador e a utilização da
estrutura metálica na construção dos primeiros edifícios altos estabeleceram as diretrizes fundamentais dos
eventos que se seguiram.

Em 1801 o ferro laminado foi utilizado pela 1ª vez na articulação viga x pilar na Fiação Phillip & Lee
Na cidade de Stanford – Inglaterra
Em 1856 Sir Henry Bessemer Engº inglês envolvido em pesquisas relacionadas com a produção de artefatos
bélicos, havia descoberto e desenvolvido o processo de fabricação do aço, que a partir de 1890 substituiria
o ferro como material estrutural.
O processo consiste em insuflar ar em um recipiente chamado conversor, contendo o metal líquido
conhecido como ferro gusa. A injeção do jato de ar elimina quase todo o carbono, convertendo dessa
forma o ferro gusa em aço. Portanto, o aço pode ser descrito como uma liga metálica com baixos teores de
carbono [ em torno de 0,002% variando até 2,00% ] Dessa data em diante, a produção foi aperfeiçoada,
incorporando-se à liga outros metais como manganês, cromo, níquel, vanádio etc. constituindo a classe dos
aços especiais, de uso característico do século XX.
No Brasil, na era Vargas teve início o processo de industrialização. Em 1930 Getúlio cria o Ministério do
Trabalho Indústria e Comércio, e em 1931 a Comissão Nacional de Siderurgia.
Em 1932 foi instituída a carteira profissional como documento obrigatório para registro dos contratos de
trabalho, e em 1939, já no Estado Novo, é instituída a Justiça do Trabalho.
Em 1941, com financiamento de vinte milhões de dólares do Eximbank, começou a construção da Usina de
Volta Redonda no Estado do RJ.
Em 1957 durante o Governo JK, foi lançado o primeiro automóvel nacional, o DKW Vemag.
Privatizada em 1993, a CSN produz hoje seis milhões de ton. de aço/ano.
A Cosipa iniciou suas atividades em 1963, sendo privatizada 30 anos depois. Produz dois milhões e meio de
toneladas/ano.
A Usiminas foi fundada em 1954 em BH. Privatizada em 1991, sua produção gira em torno de quatro milhões
e meia de toneladas/ano.
A Cia. Siderúrgica de Tubarão no ES iniciou suas operações em 1983. Privatizada em 1992, é a maior
produtora mundial de placas de aço com quatro milhões e meio de toneladas/ano.
A Açominas, hoje também privatizada, começou a operar em 1986, produzindo atualmente três milhões de
toneladas anuais.
Até 1980 o Brasil importava aço; a partir de 2001 somos o 8º produtor mundial com vinte e sete milhões de
toneladas/ano.
O aço, hoje, é um dos sistemas construtivos indutores do processo de racionalização da construção,
contribuindo para a mudança de mentalidade em relação à construção civil no Brasil, onde ainda predomina o
processo produtivo artesanal, caracterizado pela lentidão, baixa produtividade e grandes desperdícios.
CRONOLOGIA DAS OBRAS
COALBROOKEDALE BRIDGE RIO SEVERN - INGLATERRA
      Thomas Farnoll & John Wilkinson. 1777
        Ponte de ferro em arco. Vão = 30m.
1850
                             Joseph Louis Lambot




Diz o eminente Professor Augusto Carlos de Vasconcelos em seu livro “O Concreto no
Brasil”, que “a idéia de associar barras metálicas à pedra ou argamassa com a
finalidade de aumentar a resistência às solicitações de serviço remonta ao tempo dos
romanos”.
Prossegue o Professor Vasconcelos, afirmando que “O Engenheiro Francês Joseph
Louis Lambot efetuou em 1850 as primeiras experiências práticas de introdução de
ferragens em uma massa de concreto”. Antes disso, J.Aspdin havia obtido em 1824 a
patente da produção do cimento na cidade de Portland na Inglaterra.
O interessante é que a primeira conseqüência direta da aplicação dos experimentos de
Lambot foi um barco, conforme o texto original do Autor, visto que o papel da malha
metálica seria “o de segurar a argamassa no lugar, dispensando o uso de moldes
complicados e dispendiosos”.
Data          1850
Evento        Construção da 1ª estrutura em concreto armado: um barco
Responsável   J. Lambot
Prosseguindo em seu relato, Vasconcelos relata o curiosíssimo fato que deu impulso à
descoberta de Lambot:
Tentando comercializar o invento, Lambot decidiu exibi-lo na Exposição Universal de Paris.
Muito embora não tendo obtido o reconhecimento imediato do público, seu invento
inesperadamente acabou por despertar a atenção de um comerciante de plantas ornamentais
chamado Joseph Monier .
Este, através de um agudo senso prático resolveu substituir as caixas de madeira utilizadas
como recipiente de terra úmida, pelo novo material naturalmente muito mais resistente à água
do que a madeira.
E durante muito tempo Monier produziu e comercializou recipientes de cimento armado
chegando a desistir da sua atividade principal, até que ao registrar a patente daquilo que fazia
acabou sendo considerado como o criador do Concreto Armado. Porém, um detalhe
significativo é que tanto Lambot quanto Monier associavam o processo de fabricação de
elementos de cimento armado com a sua utilização em contato com a água.
Por exemplo, Monier fabricava vasos, caixas d’água, tubos para encanamentos etc.
BIBLIOTÈQUE ST. GENEVIÈVE - 1843-1850 - PARIS
                    H. Labrouste
1ª obra pública em ferro forjado projetada por Arquiteto.
PALÁCIO DE CRISTAL - 1850-1851 - LONDRES
                               Joseph Paxton
Peças pré fabricadas de ferro. Abrigou a 1ª Exposição Mundial da História, a
            Exposição Internacional de Londres, com 71.793 m2.
GALLERIA VITTORIO EMANUELE - 1867-77 - MILANO
              Giuseppe Mengoni
    Abóbada de berço em ferro fundido e vidro
Brooklyn Bridge
           1869 - 1883
Johann August Roebling (1806 - 1869)
HOME INSURANCE BUILDING -1885 - 1931(demolido) - Chicago
             Engº Willian Le Baron Jenney
TORRE EIFFEL [ 320.75 m. ]
                      Engº. Gustav Eiffel
Torre construída para a Exposição Internacional de Paris. 1889
GALERIA DAS MÁQUINAS - PARIS

Data        1889
Tipologia   Estrutura articulada de arcos
            plenos, vencendo vão de 115m
            com 423m de comprimento e
            45m de altura.
            1ª obra em que o aço foi
            utilizado como material
            estrutural em uma construção
            desse porte.
Autores     C. Dutert e V. Contamin
FORTH BRIDGE - 1890 - ESCÓCIA Benjamin Baker e John
                       Fowler
            1ª Ponte em aço do mundo!
Comprimento total: 2.460 m. Altura das torres: 100 m.
25 BIS-RUE FRANKLIN - 1903 - PARIS
              Auguste Perret
1º edifício em concreto armado do mundo.
VIADUTO SANTA EFIGÊNIA 1913
                            G. Michele & G.Chiappori. Estrutura : Acièries d’Angleur
Estrutura fabricada na Bélgica com 3 arcos tri articulados em aço. Vãos de 51 m. entre apoios e flecha de 7.5 m. [relação entre L/7
e L/8]. Tabuleiro superior com 5 vãos independentes de 225 m. de comprimento total e largura de 13.60. Os 4 arcos paralelos são
formados por vigas curvas de secção caixão em aço laminado rebitado.
Montantes verticais apoiam - se nos arcos mantendo 3,6 m. de distância entre si, interligados por uma longarina longitudinal com
travamento transversal, além dos contraventamentos verticais e horizontais. A obra em estilo Art-nouveau, foi inaugurada pelo
Prefeito Raymundo Duprat.
Fonte : Revista de Engenharia. 1912.
Passarela Debilly sobre o Rio Sena, Paris. Engºs. Jean Résal & Amédée Alby. Ingénieur en
chef des ponts et chaussées.
Inaugurada em 26.10.1898 e transformada em monumento histórico em 18.04.1966, leva o
nome do Gal. Jean Louis Debilly, morto na batalha d'Iéna em 1806.
EMPIRE STATE - 1931
SHREVE, LAMB AND HARMON
EMPIRE STATE - 1931 -EUA
 Shreve, Lamb & Harmon
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE 1936 - RJ. MARCO 1 DO MOV. MODERNO NO BR
Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Jorge Moreira, Affonso E. Reidy e Ernani Vasconcellos
EDICÍCIO GARAGEM AMÉRICA -
Av. 23 de Maio São Paulo - 1957.
Arq. Rino Levi
Cálculo : Eng°. Paulo Fragoso


Estrutura metálica utilizada pela 1ª vez na construção de um Edifício
de múltiplos pavimentos no Brasil
EDIFÍCIO PALÁCIO DO COMÉRCIO - 1959

Local :           R. 24 de Maio esq. com R.
                  Conselheiro Crispiniano - SP
Arquitetura :     Lucjan Korngold
Cálculo :         Paulo Fragoso
WORLD TRADE CENTER - NEW YORK - 1966 - 77
Arqº MINORU YAMAZAKI
Estrutura:Skilling, Helle & Jackson
JOHN HANCOCK CENTER - CHICAGO - 1970
BRUCE GRAHAM / SOM
INSTITUTO CULTURAL ITAÚ - 1992
Local :        Av. Paulista,149 - Paraíso - SP      Arquitetura :
Ernest Robert de Carvalho Mange, Ricardo Belpiede
Cálculo :     Jorge Zaven Kurkdjian
Resumo dos fatos mais importantes relacionados ao uso dos metais
• Início do uso dos metais (cobre)                                                           4000 a.C.
• O surgimento do bronze (cobre + estanho)                                                   3000 a.C.
• Utilização do minério de ferro                                                             1700 a.C.
• Obtenção do ferro por fundição com adição do coque e início da produção em larga escala    1720
• Invenção da Máquina a Vapor [início da Revolução Industrial]                               1765
• Coalbrookedale Bridge – Ponte em arco com 30m. de vão.                                     1777
• Invenção do laminador para produção de chapas                                              1786
• Fiação Phillip & Lee: ferro laminado usado p / 1ª vez na articulação viga x pilar          1801
• Obtenção da patente de produção do cimento                                                 1824
• Laminação dos primeiros trilhos de trem                                                    1830
• Bibliothèque St. Geneviève : 1ª obra em ferro projetada por Arquiteto                      1850
• Palácio de Cristal : 1ª Exposição Mundial da História                                      1851
• Construção das primeiras Estações ferroviárias em Londres                           1852
• Construção dos primeiros elevadores mecânicos                                              1853
• Arcos treliçados de ferro laminado apoiados em colunas de ferro
 fundido, sustentando uma cúpula com clarabóia (Bibliothèque Nationale)               1855
• Descoberta do processo de fabricação do aço                                                1856
• Abóbada de berço em ferro fundido e vidro (Galeria Vittorio Emanuele)            1877
• Ponte do Brooklyn com 487 m. de vão                                                     1883
• Carnegie Steel Company começa a produzir vigas de aço laminado em substituição
 às vigas de ferro                                                                        1885
• Torre Eiffel : Exposição Internacional de Paris                                  1889
• Galeria das Máquinas : 1ª obra que utilizou o aço como material estrutural              1889
• Forthbridge : 1ª ponte em aço do mundo com duplo balanço treliçado e 521 m de vão!      1890
• Estação da Luz [ São Paulo ]                                                            1901
• Construção do 1º edifício em concreto armado : Edifício da Rua Franklyn          1903
• Teatro José de Alencar [ Fortaleza ]                                             1910
• Viaduto Santa Ifigênia SP                                                               1913
• No Brasil Vargas cria a Comissão Nacional de Siderurgia                                 1931
• Construção Conjunto da Pampulha                                                  1940
• Usina de Volta Redonda                                                                  1941
• Edifício Sede do Ministério da Educação
 início do movimento moderno no Brasil                                                    1943
• Lançamento do 1º automóvel nacional : DKV Vemag                                         1957
• Edifício Gargem América : estrutura metálica
 utilizada pela 1ª vez em em edifícios de múltiplos andares em SP                         1957
• Brasil importador de aço até                                                            1980
• Brasil, 8º produtor de aço do mundo (27 milhões toneladas / ano)                        2001
O processo de fabricação

O aço utilizado na construção civil é uma liga metálica que combina minério de ferro e
pequenas quantidades de carbono (de 0,18 até 0,25%).

Sua fabricação implica na necessidade da eliminação das impurezas contidas na liga.
Seu processo de fabricação passa pelas etapas seguintes:

a. Preparação das matérias primas (minério de ferro e carvão mineral).
b. Produção de gusa em alto forno.
   Ferro gusa é o produto da fusão do minério para fins de eliminação de resíduos e
impurezas. É a matéria prima principal para fabricação do aço.
c. Produção do aço na Aciaria.
  Ao sair da Aciaria, o aço é transformado em lingotes e enviado para a laminação, onde
são transformados em placas e posteriormente em chapas grossas (6 a 150mm) e
bobinas (2 a 13 mm).

Em resumo:
A - Preparo das matérias primas.
B - Produção de gusa.
C - Produção de aço.
D - Laminação.
Aços especiais




Aço comum                    ASTM
Aços especiais               Cos-ar-cor         COSIPA
                             Cortain            CSN
                             SAC                Usiminas
Aços patináveis são aqueles que devido à presença do cobre cromo e níquel na sua
composição, apresentam uma camada ferruginosa depositada em sua superfície. A
presença dos cobre, cromo e níquel favorece a aderência da camada protetora. Não
são adequados entretanto para utilização em ambientes agressivos como aqueles
situados em regiões litorâneas.
Neste caso convém utilizar os aços galvanizados. [ Galvanização = imersão em Zinco]
1 Porto
Pelo Porto da COSIPA, que tem capacidade de movimentação de 12 milhões de toneladas
por ano, chegam o carvão mineral vindo de diversos países do mundo, o minério de ferro
proveniente de Carajás e é por onde são embarcados os produtos siderúrgicos destinados
ao mercado externo.
2 Complexo Ferroviário
Por via ferroviária a COSIPA é abastecida, principalmente, de minério de ferro proveniente
de diversas empresas mineradora, e de todas as outras matérias primas necessárias à
produção do aço, como fundentes e escorificantes.

3 Pátios de Matérias Primas
Aqui o minério de ferro e o carvão mineral são estocados e posteriormente
homogeneizados, peneirados e bitolados para uso na coqueria e nos altos fornos.
4 Sinterização
Depois de homogeneizados e peneirados, tanto os finos de minério de ferro como os finos
de carvão são processados criando um aglomerado, chamado de sínter, que vai compor a
carga dos alto fornos juntamente com o minério e o coque.

5 Coqueria
Nesta fase o carvão mineral é cozido em fornos especiais para retirada dos componentes
mais voláteis, transformando-se em coque que é o combustível dos altos fornos.
6 Alto Forno

                                     Volume Interno          Capacidade (Mt/ano)
          Alto Forno Nº 1                1.829 m3                   1.54 Mt
          Alto Forno Nº 2                3.180 m3                   2.85 Mt
Neste equipamento, o minério de ferro (Fe2O3) sofre um processo químico de redução,
através do carbono presente no coque, resultando no ferro gusa líquido, que é a matéria
prima da aciaria.
7 Aciaria
Aqui o ferro gusa sofre um processo de modificação de composição química, com redução
do teor de carbono, através da injeção de oxigênio, e adição de ferro-ligas, como o
manganês e outros elementos como alumínio ou silício; transformando-se em aço. O aço
ainda pode ser refinado através da injeção de cálcio-silício, da desgaseificação a vácuo e
de tratamento secundário no forno panela, de acordo com as especificações de norma ou
exigências do cliente. Uma vez pronto, o aço é moldado em placas que serão
posteriormente laminadas ou exportadas como semi-acabados.
            LINGOTAMENTO CONTÍNUO                      CAPACIDADE (Mt/ANO)
                   3 Conversores                                 4.50
        4 Máquinas de Lingotamento Contínuo                      4.30
8 Conversor
 9 Forno Panela
10 Injetora de Cálcio Silício
11 Desgaseificação
12 Lingotamento Contínuo
13 Placas / Laminação de Chapas Grossas
Laminação de Chapas Grossas

                           Laminador de Chapas grossas

               CARACTERÍSTICAS                    CAPACIDADE (Kt/ANO)
             Laminador Duo-Reversível                       1.000

No Laminador de Chapas Grossas, as placas vindas da aciaria são reaquecidas e
laminadas, num processo caracterizado por diversas passadas pelo laminador , até
que seja atingida a espessura e largura desejadas.
Depois de laminada, a chapa grossa passa pela desempenadeira a quente o que lhe
confere melhor planicidade, e esfria ao ar no pátio de estocagem.
Já na temperatura ambiente, passa na tesoura para ser aparada nas dimensões finais
e depois recebe a marcação por pintura e puncionamento.
Quando requerido, as chapas grossas podem ainda ser inspecionadas no ultra-som
on-line, o que garante que seu interior esteja livre de defeitos.
14 Forno de Placas
15 Laminador de Chapas Grossas
16 Desempenadeira a Quente
17 Linha de Tesouras
18 Ultra-som “On Line”
19 Forno de Tratamento

20 Chapas Grossas / Laminação de Tiras a Quente
Laminação a Quente

                             Laminador de tiras a quente

                 CARACTERÍSTICAS                    CAPACIDADE (Kt/ANO)
        Laminador Quádruo-Contínuo – 6 cadeiras               2.100


Na laminação a quente, as placas são reaquecidas e depois pré processadas nos dois
laminadores esboçadores antes de entrar no Laminador de Tiras a Quente, onde o esboço
é laminado seqüencialmente por um conjunto de seis cadeiras laminadoras, formando
uma longa tira, que é depois enrolada numa bobina. Ainda na linha de laminação a
quente, as bobinas a quente podem ser decapadas, para remoção do óxido superficial, ou
passar no laminador de acabamento, onde recebem um passe de laminação para obter
uma superfície mais uniforme. As bobinas podem ser cortadas na linha de tesouras,
transformando-se em chapas, de acordo com a necessidade do cliente.
21 Forno de Placas

22 Laminadores Esboçadores

23 Laminador de Tiras a Quente

24 Bobinadeiras
25 Laminador de Acabamento

26 Bobinas a Quente

27 Tesoura a Quente

28 Chapas a Quente / Laminação de Tiras a Frio
Laminação a Frio

                             Laminador de tiras a frio

               CARACTERÍSTICAS                     CAPACIDADE (Kt/ANO)
      Laminador Quádruo-Contínuo – 4 cadeiras              1.200
As bobinas a quente vindas do processo de decapagem, são aqui laminadas a frio (à
temperatura ambiente) num laminador de quatro cadeiras que serão depois recozidas
e passarão pelo laminador de encruamento para obter propriedades mecânicas
adequadas à aplicação final desejada.
As bobinas podem também ser cortadas em chapas na linha de tesouras, conforme
especificação do cliente.
29 Decapagem

Na Decapagem as bobinas a quente passam por um tratamento superficial de limpeza
dos óxidos de laminação, que são retirados por um processo químico à base de ácido
nítrico. O material resultante é a matéria prima para a laminação de tiras a frio, ou
pode ser vendido para aplicações específicas, como a relaminação.
30 Laminador de Tiras a Frio

31 Fornos de Recozimento

32 Laminador de Encruamento
33 Linhas de Inspeção

34 Bobinas a Frio

35 Linha de Tesouras a Frio

36 Chapas Finas a Frio
Propriedades Mecânicas - Lei de Hooke

Antes de abordar questões ligadas às deformações dos corpos, torna-se necessário
estudar alguns conceitos relativos às propriedades mecânicas dos sólidos:

Uma característica básica do material que interessa a arquitetos e engenheiros é a
quantidade de alteração ou de deformação que um material sofre quando submetido
a carga. Todos os materiais são mais ou menos resistentes às deformações, na
proporção da quantidade de esforço induzido dentro de certos limites. Isso significa
que, dobrando o esforço induzido sobre um elemento, produzir-se-á o dobro da
deformação.
Inversamente, reduzindo à metade o esforço sobre um elemento produzir-se-á a
metade da deformação. Poderíamos então dizer que os esforços e as deformações
são diretamente proporcionais um ao outro, ou que, a deformação é proporcional
ao esforço aplicado.

Essa é a outra maneira de dizer que dentro dos limites proporcionais, os elementos
retornarão a seus estados originais depois que as cargas tiverem sido removidas.
Se os materiais não tivessem essa propriedade elástica, períodos sucessivos de
carga induziriam deformações adicionais que ao longo do tempo causariam
inevitavelmente uma falha estrutural.
Experiência com materiais que possibilitam a visualização de resultados.
Pegue um elástico de borracha desses comprados em papelaria, corte-o com um
comprimento de 10 cm e faça várias experiências de tração, mas sem forçá-lo muito.
Depois disso meça-o outra vez. A nova medida deverá ser muito próxima dos 10 cm
iniciais. Isso indica que estivemos fazendo experiências dentro do campo elástico;
enquanto o esforço é baixo, cessada a força cessa a deformação e a peça volta a ter
o comprimento original de 10 cm. Tal situação é denominada situação elástica.
Com cuidado para não rompê-lo, procure forçá-lo mais, até sentir que está quase
rompendo. Meça o novo comprimento. Você notará que, mesmo não estando
distendido, o elástico tem agora quase 11 cm.
Aumente agora significativamente a força de tração, e você notará que algo começa
a acontecer com a peça. Ela “esgarçou”, ou seja, cessada a força, o comprimento da
peça tem algo como 12 cm. Essa diferença de 2 cm é uma deformação permanente.
Chamaremos a essa deformação de deformação plástica (situação plástica).
Podemos concluir que, atingindo-se o limite de elasticidade do material, inicia-se o
regime plástico, quando ocorre deformação permanente causada por tensões
contínuas superiores ao limite de escoamento.
Escoamento é quando ocorrem deformações permanentes sem variação de
tensão. O fenômeno oposto denomina-se elasticidade : deformação que
desaparece quando a tensão é suprimida ( regime elástico ). A fase plástica
altera a estrutura interna do material.


Por que estudar as deformações nas estruturas?
Eis as razões:
• Ter critérios para limitar as deformações nas estruturas em trabalho. (Daria para
aceitar uma trave no gol que tivesse flecha (barriga), no seu ponto médio, de 20
cm?)
• Desenvolver teorias que permitam resolver estruturas; sem esse recurso, seus
esforços ficariam desconhecidos.




Fonte: BOTELHO, Manoel H. C. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo: Studio Nobel, 1998. p.42 a 46.
Materiais dúcteis e frágeis:


Sobre os materiais, diz-se que aqueles capazes de sofrer grandes deformações
antes de chegar ao ponto de ruptura, são considerados materiais dúcteis.

O aço apresenta deformações permanentes antes de romper-se.
Concreto vidro e madeira rompem-se sem apresentar o patamar de
escoamento. São chamados de materiais frágeis, pois entram em colapso sem
prévio aviso.

Algumas vezes temos interesse só nas deformações elásticas como no caso do
uso das balanças de molas. Cessado o esforço cessa a deformação.
Se restassem deformações residuais (plásticas), a balança ficaria descalibrada.
Em outros casos desejamos deformações plásticas (permanentes), pois
são elas que permitem a execução de utensílios do nosso dia a dia.
Por exemplo, o grampo do grampeador.
Sinta a ductilidade do aço.
Lembre: ductilidade é a capacidade de produzir deformações permanentes
sem se romper; para provar isso usemos um grampeador de escritório.
Grampeie várias folhas de papel. Note que o grampo cuja forma anterior era
de U se deforma. Veja:




O grampo, uma estrutura de aço, deformou-se permanentemente
transformando-se em outra prática estrutura utilizada para prender os
papéis.

Fonte: BOTELHO, Manoel H. C. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo: Studio Nobel, 1998. p.52.
Deformação linear:

Admitindo-se que ocorrendo deformações por exemplo em uma barra retilínea,
seu comprimento será alterado. A relação entre o alongamento e o comprimento
original, constitui uma grandeza chamada deformação linear representada pela
letra ε.

Exercício:
Diagrama tensão deformação:

Medindo-se os percentuais de aumento do comprimento da barra em função do
aumento progressivo da carga inicial até a ruptura, e sabendo que o quociente entre
a carga aplicada e a secção inicial da barra é chamado de σ, é possível determinar
a função que os relaciona, e representá-la graficamente da forma seguinte:




O diagrama dos materiais onde a função que representa a relação entre tensão e
deformação é linear, foi apresentado por Robert Hooke em 1678 e é conhecida por
Lei de Hooke.
A mesma poderá ser traduzida em linguagem mais corriqueira, da forma seguinte:

“Um mesmo corpo sofrendo tração, terá uma deformação ΔL/L, e se a força
dobrar a deformação dobrará.”

A relação entre σ e ε denomina-se Módulo de Elasticidade ou de deformação
longitudinal do material sob tração, e é conhecida também como Módulo de Young.
Importante lembrar que quanto menor a deformação, maior o módulo de
elasticidade.

O módulo de elasticidade representa-se pela letra E e sua unidade é kgf/cm²
( kN/ m2 = kPa ).
Exemplificando: E = σ/ε
Propriedades Mecânicas

Limite de proporcionalidade:
A tensão correspondente ao ponto P recebe o nome de limite de proporcionalidade
e representa o valor máximo da tensão abaixo do qual o material obedece a Lei de
Hooke.

Limite de elasticidade:
Muito próximo a P existe um ponto na curva que corresponde ao limite de
elasticidade.
Ele representa a tensão máxima que pode ser aplicada à barra sem que apareçam
deformações, após a retirada da carga externa.

Limite de escoamento:
A tensão correspondente ao ponto Y tem o nome de limite de escoamento.
Quando se atinge o limite diz-se que o material passa a escoar-se.

Limite de resistência:
A tensão correspondente à maior tensão atingida no ensaio recebe o nome de limite
de resistência à tração. Ponto u no gráfico.
Limite de ruptura:
A tensão correspondente ao ponto B recebe o nome de limite de ruptura. É a que
corresponde à ruptura do corpo de prova.
Quando se adota no cálculo de σ a seção real da barra, e não a inicial, obtem-se
o ponto B´ no final do trecho tracejado.

Região elástica:
O trecho da curva tensão deformação compreendido entre a origem e o limite de
proporcionalidade recebe o nome de região elástica.

Região plástica:
Chama-se região plástica o trecho do diagrama compreendido entre o limite de
proporcionalidade e o ponto correspondente à ruptura do material
É importante para o Arquiteto conhecer a natureza dos materiais e suas
propriedades de deformação para definir a estrutura, visto que aqueles que
possuem maior módulo de elasticidade são mais dúcteis, como comprova a
tabela:
O aço é dúctil, portanto, capaz de se alongar desde que sujeito a um esforço de
tração, sem que haja rompimento; também tem grande capacidade de resistência
a impactos antes de entrar em colapso. Essa característica é denominada
tenacidade.

Material                                            Módulo de elasticidade (kgf/cm2)
Aço                                                                 2.100.000
Ferro                                                               1.000.000
Alumínio                                                              700.000
Madeira                                                  de 80.000 a 140.000
Madeira compensada                                                      40.000
Couro                                                                    2.000
Borracha                                                                    10

Por razões didáticas, o módulo de deformabilidade deveria chamar-se módulo de
não-deformabilidade, pois o material de maior módulo tem menor
deformabilidade.


Fonte: BOTELHO, Manoel H. C. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo: Studio Nobel, 1998. p.48.
Vigas biapoiadas com carga concentrada no meio do vão
   Carga Concentrada P = 360kgf




                              1,5           1,5
             RA = P : 2                              RB = P : 2


                                  M=Pxl:4



Cálculo da flecha

f =        1 . P. L³
          48 E.I                                      P =         carga total
                                                      L =         vão
                                                      E =         módulo de elasticidade
                                                      I =         momento de inércia
Componentes e tipologias de perfis / utilizações mais freqüentes:



    Os componentes em geral podem ser classificados quanto à sua forma, do modo
    seguinte:
    Perfis, tubos, barras, chapas, ou mais especificamente:

•   Perfis ( pilares e vigas )
•   Lajes
•   Vedações
•   Conexões

•   Barras submetidas à torção (tubulares)
•   Barras de treliças planas e espaciais
•   Composição de pilares
•   Terças para sustentação de telhas de cobertura
•   Vigas
•   Pilares
•   Estacas de fundação
Perfis fabricados a frio.
São resultantes do dobramento das chapas a frio




                                        PERFIL "U"       PERFIL "U"   CANTONEIRAS
                                        SIMPLES          ENRIJECIDO   DE ABAS IGUAIS




Composição de perfis dobrados                        SOLDA

Perfis Tubulares
São aqueles extrudados ou obtidos pelo processo de corte e costura por soldagem.
Perfis Soldados
Obtidos pelo corte e soldagem de chapas de
aço, proporcionando uma diversidade muito
grande de desenhos das secções.
                                                                    PERFIL "H" SOLDADO



Perfis Laminados
Existem vários tipos de perfis laminados no
mercado. O processo de produção é o da
laminação, em cilindros capazes de dar forma
definitiva à peça, após uma sucessão de
operações tal e qual em uma linha de
                                                     CANTONEIRA DE
montagem.                                             ABAS IGUAIS                   PERFIL "I"


A forma dos perfis “I” é ideal para absorver
esforços de flexão, dada a distância das mesas ao
seu centro de gravidade.
O perfil “H” diferencia-se do perfil “I” por
apresentar abas de largura igual à sua altura. Por
                                                     PERFIL "U"
apresentar boa rigidez em 2 direções, são ideais                                    PERFIL "H"

para pilares submetidos à flexo compressão.
Composição de perfis
Podemos compor a seção transversal do pilares e até das vigas, assim como associar
perfis com chapas de aço




                                                             PERFIS LAMINADOS REFORÇADOS




                                                              PERFIS LAMINADOS SIMPLES
Perfis CS coluna soldada              B=H        Pilares




Perfis VS viga soldada                B=½H       Vigas




Perfis CVS colunas e vigas soldadas   B= 2/3 H   Vigas e pilaresT
Recomendações:


Não utilizar perfil U na horizontal com abas para cima, pois pode sofrer flexão por
compressão da mesa. Melhor utilizá-lo nas barras superiores e inferiores das treliças.
Os perfis VS trabalham bem quando associados a lajes de concreto.
Os perfis tubulares com ou sem costura são ideais para pilares, e quando de seção
pequena, para barras de treliças espaciais.
Estruturas Metálicas


             Arqº Renato Carrieri
             Eng° Bruno Ribeiro

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  • 1. Estruturas Metálicas Arqº Renato Carrieri Eng° Bruno Ribeiro
  • 2. Introdução Breve História. Cronologia O processo de fabricação Propriedades mecânicas Componentes e tipologias de perfis Preparação de superfície Utilização de revestimentos em estruturas metálicas Organização do sistema estrutural em aço Justificativa para o uso do aço Comparativo dos materiais estruturais Vantagens na utilização da Estrutura Metálica Desvantagens na utilização da Estrutura Metálica Detalhes recomendados para projeto
  • 3.
  • 4.
  • 5. Introdução Este é um assunto aparentemente complexo, pelo fato de envolver leis físicas equacionadas pela matemática e aplicadas ao projeto de edifícios, e ainda por cima envolvendo elementos pré fabricados produzidos pela indústria, e utilizados na construção civil. Porém, embora pareça complicado, no final acaba restrito ao trinômio projeto de arquitetura - indústria da construção - mercado consumidor, e vencida a barreira do preconceito e a falta de conhecimento, segue os princípios básicos da engenharia estrutural submissa às leis da física, e acima de tudo inclina-se sem a menor sombra de dúvida, à lógica e ao bom senso que devem prevalecer, no momento em que um Arquiteto se dirige à sua prancheta para o desempenho de sua tarefa : projetar edifícios... A escolha de um sistema estrutural seja de aço, concreto ou madeira, visando o equacionamento e resolução da problemática imposta pelo programa arquitetônico, envolve um sem número de questões que abrangem a legislação específica de Municipío e Estado, variáveis culturais e econômicas ligadas aos investidores, etc. De modo que a decisão em torno da escolha da estrutura metálica como sistema estrutural de uma edificação, deve ser consciente e totalmente desvinculada de modismos passageiros, fruto da reflexão em torno das questões acima e do conhecimento das vantagens que a mesma possa oferecer, tendo em vista os objetivos principais: qualidade no projeto e conseqüentemente na obra – prazos ajustados às necessidades do investidor – custos reduzidos.
  • 6. TABELAS COMPARATIVA DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS Custo m2 Prazo de execução Fundação Manutenção • Concreto Armado R$ 960.00 Depende da MO Medianamente carregada Esporádica • Aço R$ 1.050.00 Rápido Aliviada Periódica • Pré moldado Concreto R$ 800.00 Rápido Carregada Esporádica
  • 8. Processos construtivos. Evolução ao longo da história demonstrada por gráfico. Os materiais disponíveis na antiguidade eram a argila matéria prima do adobe , a pedra e a madeira.
  • 9. O uso dos metais iniciou-se por volta de 4000 a.C. na Mesopotâmia e Egito. O metal conhecido mais antigo é o cobre, que, juntamente com o bronze foi utilizado desde os primórdios da civilização para a fabricação de utensílios e armas substituindo a pedra e a madeira. A partir de uma determinada época, o ferro passou a ser também utilizado, substituindo o bronze por volta de 1.200 a.C. no nordeste e sudeste da Europa. Talvez a 1ª fusão tenha acontecido acidentalmente, quando uma fogueira cercada de blocos de pedra com veios de cobre derreteu o metal. Po volta de 1500 a.C. o homem começou a moldar o cobre derretido em formas de barro, fabricando utensílios rudimentares como machados, pontas de lança etc. O bronze, uma liga metálica mais dura do que o cobre, formada pela associação deste com o estanho, surgiu no Egito em 3000 a.C. possibilitando a manufatura de armas e utensílios bem mais eficientes. A utilização do ferro só aconteceu muito tempo depois, também na fabricação de utensílios, objetos de arte e armas de guerra. Porém a obtenção do metal através da fusão do minério, se deu por volta de 1200 a.C. e o descoberta do processo se deve aos Hititas, povo que habitava a região hoje ocupada pela Síria. Da idade do ferro até a idade média, o mesmo era produzido em fornalhas, e sua forma era resultado do trabalho manual. Por volta de 1700, Abraham Darby utilizou pela 1ª vez o coque, resíduo sólido componente da hulha, combustível mineral de alto poder calorífico, em substituição ao carvão vegetal, dando início à produção do ferro em larga escala. A metalurgia definiu então processos de extração e manufatura dos metais, contribuindo para o avanço da técnica construtiva, incipiente até então devido á pouca resistência dos materiais utilizados. Porém, somente após a invenção da máquina a vapor em 1765, (J. Watt) é que as grandes siderúrgicas desenvolveram-se mais rapidamente. Em 1786 Cort inventa o laminador para fabricação de perfis e de chapas de ferro.
  • 10. A multiplicação da produção do carvão e do ferro e a invenção do laminador de chapas e trilhos, tornou possível a construção das primeiras ferrovias, responsáveis diretas pelo aumento da produção industrial, e pelo transporte a longa distância da matéria prima industrializada. Viabilizou também a invenção do elevador em 1853, [ responsável : Elisha G. Otis ] que iria possibilitar o nascimento da Escola de Chicago nos Estados Unidos, dando início à construção dos arranha céus modernos. Chicago depois da quase completa destruição pelo incêndio de 1871, com a construção das primeiras ferrovias transformou-se em um dos maiores mercados mundiais, consumidor de trigo, máquinas e ferramentas. Para suprir o rápido crescimento da cidade, a única forma de satisfazer as exigências do mercado era a verticalização das construções, e para tanto, a invenção do elevador e a utilização da estrutura metálica na construção dos primeiros edifícios altos estabeleceram as diretrizes fundamentais dos eventos que se seguiram. Em 1801 o ferro laminado foi utilizado pela 1ª vez na articulação viga x pilar na Fiação Phillip & Lee Na cidade de Stanford – Inglaterra Em 1856 Sir Henry Bessemer Engº inglês envolvido em pesquisas relacionadas com a produção de artefatos bélicos, havia descoberto e desenvolvido o processo de fabricação do aço, que a partir de 1890 substituiria o ferro como material estrutural. O processo consiste em insuflar ar em um recipiente chamado conversor, contendo o metal líquido conhecido como ferro gusa. A injeção do jato de ar elimina quase todo o carbono, convertendo dessa forma o ferro gusa em aço. Portanto, o aço pode ser descrito como uma liga metálica com baixos teores de carbono [ em torno de 0,002% variando até 2,00% ] Dessa data em diante, a produção foi aperfeiçoada, incorporando-se à liga outros metais como manganês, cromo, níquel, vanádio etc. constituindo a classe dos aços especiais, de uso característico do século XX. No Brasil, na era Vargas teve início o processo de industrialização. Em 1930 Getúlio cria o Ministério do Trabalho Indústria e Comércio, e em 1931 a Comissão Nacional de Siderurgia.
  • 11. Em 1932 foi instituída a carteira profissional como documento obrigatório para registro dos contratos de trabalho, e em 1939, já no Estado Novo, é instituída a Justiça do Trabalho. Em 1941, com financiamento de vinte milhões de dólares do Eximbank, começou a construção da Usina de Volta Redonda no Estado do RJ. Em 1957 durante o Governo JK, foi lançado o primeiro automóvel nacional, o DKW Vemag. Privatizada em 1993, a CSN produz hoje seis milhões de ton. de aço/ano. A Cosipa iniciou suas atividades em 1963, sendo privatizada 30 anos depois. Produz dois milhões e meio de toneladas/ano. A Usiminas foi fundada em 1954 em BH. Privatizada em 1991, sua produção gira em torno de quatro milhões e meia de toneladas/ano. A Cia. Siderúrgica de Tubarão no ES iniciou suas operações em 1983. Privatizada em 1992, é a maior produtora mundial de placas de aço com quatro milhões e meio de toneladas/ano. A Açominas, hoje também privatizada, começou a operar em 1986, produzindo atualmente três milhões de toneladas anuais. Até 1980 o Brasil importava aço; a partir de 2001 somos o 8º produtor mundial com vinte e sete milhões de toneladas/ano. O aço, hoje, é um dos sistemas construtivos indutores do processo de racionalização da construção, contribuindo para a mudança de mentalidade em relação à construção civil no Brasil, onde ainda predomina o processo produtivo artesanal, caracterizado pela lentidão, baixa produtividade e grandes desperdícios.
  • 13. COALBROOKEDALE BRIDGE RIO SEVERN - INGLATERRA Thomas Farnoll & John Wilkinson. 1777 Ponte de ferro em arco. Vão = 30m.
  • 14. 1850 Joseph Louis Lambot Diz o eminente Professor Augusto Carlos de Vasconcelos em seu livro “O Concreto no Brasil”, que “a idéia de associar barras metálicas à pedra ou argamassa com a finalidade de aumentar a resistência às solicitações de serviço remonta ao tempo dos romanos”. Prossegue o Professor Vasconcelos, afirmando que “O Engenheiro Francês Joseph Louis Lambot efetuou em 1850 as primeiras experiências práticas de introdução de ferragens em uma massa de concreto”. Antes disso, J.Aspdin havia obtido em 1824 a patente da produção do cimento na cidade de Portland na Inglaterra. O interessante é que a primeira conseqüência direta da aplicação dos experimentos de Lambot foi um barco, conforme o texto original do Autor, visto que o papel da malha metálica seria “o de segurar a argamassa no lugar, dispensando o uso de moldes complicados e dispendiosos”.
  • 15. Data 1850 Evento Construção da 1ª estrutura em concreto armado: um barco Responsável J. Lambot
  • 16. Prosseguindo em seu relato, Vasconcelos relata o curiosíssimo fato que deu impulso à descoberta de Lambot: Tentando comercializar o invento, Lambot decidiu exibi-lo na Exposição Universal de Paris. Muito embora não tendo obtido o reconhecimento imediato do público, seu invento inesperadamente acabou por despertar a atenção de um comerciante de plantas ornamentais chamado Joseph Monier . Este, através de um agudo senso prático resolveu substituir as caixas de madeira utilizadas como recipiente de terra úmida, pelo novo material naturalmente muito mais resistente à água do que a madeira. E durante muito tempo Monier produziu e comercializou recipientes de cimento armado chegando a desistir da sua atividade principal, até que ao registrar a patente daquilo que fazia acabou sendo considerado como o criador do Concreto Armado. Porém, um detalhe significativo é que tanto Lambot quanto Monier associavam o processo de fabricação de elementos de cimento armado com a sua utilização em contato com a água. Por exemplo, Monier fabricava vasos, caixas d’água, tubos para encanamentos etc.
  • 17. BIBLIOTÈQUE ST. GENEVIÈVE - 1843-1850 - PARIS H. Labrouste 1ª obra pública em ferro forjado projetada por Arquiteto.
  • 18. PALÁCIO DE CRISTAL - 1850-1851 - LONDRES Joseph Paxton Peças pré fabricadas de ferro. Abrigou a 1ª Exposição Mundial da História, a Exposição Internacional de Londres, com 71.793 m2.
  • 19. GALLERIA VITTORIO EMANUELE - 1867-77 - MILANO Giuseppe Mengoni Abóbada de berço em ferro fundido e vidro
  • 20. Brooklyn Bridge 1869 - 1883 Johann August Roebling (1806 - 1869)
  • 21. HOME INSURANCE BUILDING -1885 - 1931(demolido) - Chicago Engº Willian Le Baron Jenney
  • 22. TORRE EIFFEL [ 320.75 m. ] Engº. Gustav Eiffel Torre construída para a Exposição Internacional de Paris. 1889
  • 23. GALERIA DAS MÁQUINAS - PARIS Data 1889 Tipologia Estrutura articulada de arcos plenos, vencendo vão de 115m com 423m de comprimento e 45m de altura. 1ª obra em que o aço foi utilizado como material estrutural em uma construção desse porte. Autores C. Dutert e V. Contamin
  • 24. FORTH BRIDGE - 1890 - ESCÓCIA Benjamin Baker e John Fowler 1ª Ponte em aço do mundo! Comprimento total: 2.460 m. Altura das torres: 100 m.
  • 25. 25 BIS-RUE FRANKLIN - 1903 - PARIS Auguste Perret 1º edifício em concreto armado do mundo.
  • 26. VIADUTO SANTA EFIGÊNIA 1913 G. Michele & G.Chiappori. Estrutura : Acièries d’Angleur Estrutura fabricada na Bélgica com 3 arcos tri articulados em aço. Vãos de 51 m. entre apoios e flecha de 7.5 m. [relação entre L/7 e L/8]. Tabuleiro superior com 5 vãos independentes de 225 m. de comprimento total e largura de 13.60. Os 4 arcos paralelos são formados por vigas curvas de secção caixão em aço laminado rebitado. Montantes verticais apoiam - se nos arcos mantendo 3,6 m. de distância entre si, interligados por uma longarina longitudinal com travamento transversal, além dos contraventamentos verticais e horizontais. A obra em estilo Art-nouveau, foi inaugurada pelo Prefeito Raymundo Duprat. Fonte : Revista de Engenharia. 1912.
  • 27. Passarela Debilly sobre o Rio Sena, Paris. Engºs. Jean Résal & Amédée Alby. Ingénieur en chef des ponts et chaussées. Inaugurada em 26.10.1898 e transformada em monumento histórico em 18.04.1966, leva o nome do Gal. Jean Louis Debilly, morto na batalha d'Iéna em 1806.
  • 28.
  • 29. EMPIRE STATE - 1931 SHREVE, LAMB AND HARMON
  • 30. EMPIRE STATE - 1931 -EUA Shreve, Lamb & Harmon
  • 31. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE 1936 - RJ. MARCO 1 DO MOV. MODERNO NO BR Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Jorge Moreira, Affonso E. Reidy e Ernani Vasconcellos
  • 32. EDICÍCIO GARAGEM AMÉRICA - Av. 23 de Maio São Paulo - 1957. Arq. Rino Levi Cálculo : Eng°. Paulo Fragoso Estrutura metálica utilizada pela 1ª vez na construção de um Edifício de múltiplos pavimentos no Brasil
  • 33. EDIFÍCIO PALÁCIO DO COMÉRCIO - 1959 Local : R. 24 de Maio esq. com R. Conselheiro Crispiniano - SP Arquitetura : Lucjan Korngold Cálculo : Paulo Fragoso
  • 34. WORLD TRADE CENTER - NEW YORK - 1966 - 77 Arqº MINORU YAMAZAKI Estrutura:Skilling, Helle & Jackson
  • 35.
  • 36. JOHN HANCOCK CENTER - CHICAGO - 1970 BRUCE GRAHAM / SOM
  • 37. INSTITUTO CULTURAL ITAÚ - 1992 Local : Av. Paulista,149 - Paraíso - SP Arquitetura : Ernest Robert de Carvalho Mange, Ricardo Belpiede Cálculo : Jorge Zaven Kurkdjian
  • 38. Resumo dos fatos mais importantes relacionados ao uso dos metais • Início do uso dos metais (cobre) 4000 a.C. • O surgimento do bronze (cobre + estanho) 3000 a.C. • Utilização do minério de ferro 1700 a.C. • Obtenção do ferro por fundição com adição do coque e início da produção em larga escala 1720 • Invenção da Máquina a Vapor [início da Revolução Industrial] 1765 • Coalbrookedale Bridge – Ponte em arco com 30m. de vão. 1777 • Invenção do laminador para produção de chapas 1786 • Fiação Phillip & Lee: ferro laminado usado p / 1ª vez na articulação viga x pilar 1801 • Obtenção da patente de produção do cimento 1824 • Laminação dos primeiros trilhos de trem 1830 • Bibliothèque St. Geneviève : 1ª obra em ferro projetada por Arquiteto 1850 • Palácio de Cristal : 1ª Exposição Mundial da História 1851 • Construção das primeiras Estações ferroviárias em Londres 1852 • Construção dos primeiros elevadores mecânicos 1853 • Arcos treliçados de ferro laminado apoiados em colunas de ferro fundido, sustentando uma cúpula com clarabóia (Bibliothèque Nationale) 1855 • Descoberta do processo de fabricação do aço 1856
  • 39. • Abóbada de berço em ferro fundido e vidro (Galeria Vittorio Emanuele) 1877 • Ponte do Brooklyn com 487 m. de vão 1883 • Carnegie Steel Company começa a produzir vigas de aço laminado em substituição às vigas de ferro 1885 • Torre Eiffel : Exposição Internacional de Paris 1889 • Galeria das Máquinas : 1ª obra que utilizou o aço como material estrutural 1889 • Forthbridge : 1ª ponte em aço do mundo com duplo balanço treliçado e 521 m de vão! 1890 • Estação da Luz [ São Paulo ] 1901 • Construção do 1º edifício em concreto armado : Edifício da Rua Franklyn 1903 • Teatro José de Alencar [ Fortaleza ] 1910 • Viaduto Santa Ifigênia SP 1913 • No Brasil Vargas cria a Comissão Nacional de Siderurgia 1931 • Construção Conjunto da Pampulha 1940 • Usina de Volta Redonda 1941 • Edifício Sede do Ministério da Educação início do movimento moderno no Brasil 1943 • Lançamento do 1º automóvel nacional : DKV Vemag 1957 • Edifício Gargem América : estrutura metálica utilizada pela 1ª vez em em edifícios de múltiplos andares em SP 1957 • Brasil importador de aço até 1980 • Brasil, 8º produtor de aço do mundo (27 milhões toneladas / ano) 2001
  • 40. O processo de fabricação O aço utilizado na construção civil é uma liga metálica que combina minério de ferro e pequenas quantidades de carbono (de 0,18 até 0,25%). Sua fabricação implica na necessidade da eliminação das impurezas contidas na liga. Seu processo de fabricação passa pelas etapas seguintes: a. Preparação das matérias primas (minério de ferro e carvão mineral). b. Produção de gusa em alto forno. Ferro gusa é o produto da fusão do minério para fins de eliminação de resíduos e impurezas. É a matéria prima principal para fabricação do aço. c. Produção do aço na Aciaria. Ao sair da Aciaria, o aço é transformado em lingotes e enviado para a laminação, onde são transformados em placas e posteriormente em chapas grossas (6 a 150mm) e bobinas (2 a 13 mm). Em resumo: A - Preparo das matérias primas. B - Produção de gusa. C - Produção de aço. D - Laminação.
  • 41. Aços especiais Aço comum ASTM Aços especiais Cos-ar-cor COSIPA Cortain CSN SAC Usiminas Aços patináveis são aqueles que devido à presença do cobre cromo e níquel na sua composição, apresentam uma camada ferruginosa depositada em sua superfície. A presença dos cobre, cromo e níquel favorece a aderência da camada protetora. Não são adequados entretanto para utilização em ambientes agressivos como aqueles situados em regiões litorâneas. Neste caso convém utilizar os aços galvanizados. [ Galvanização = imersão em Zinco]
  • 42. 1 Porto Pelo Porto da COSIPA, que tem capacidade de movimentação de 12 milhões de toneladas por ano, chegam o carvão mineral vindo de diversos países do mundo, o minério de ferro proveniente de Carajás e é por onde são embarcados os produtos siderúrgicos destinados ao mercado externo.
  • 43. 2 Complexo Ferroviário Por via ferroviária a COSIPA é abastecida, principalmente, de minério de ferro proveniente de diversas empresas mineradora, e de todas as outras matérias primas necessárias à produção do aço, como fundentes e escorificantes. 3 Pátios de Matérias Primas Aqui o minério de ferro e o carvão mineral são estocados e posteriormente homogeneizados, peneirados e bitolados para uso na coqueria e nos altos fornos.
  • 44. 4 Sinterização Depois de homogeneizados e peneirados, tanto os finos de minério de ferro como os finos de carvão são processados criando um aglomerado, chamado de sínter, que vai compor a carga dos alto fornos juntamente com o minério e o coque. 5 Coqueria Nesta fase o carvão mineral é cozido em fornos especiais para retirada dos componentes mais voláteis, transformando-se em coque que é o combustível dos altos fornos.
  • 45. 6 Alto Forno Volume Interno Capacidade (Mt/ano) Alto Forno Nº 1 1.829 m3 1.54 Mt Alto Forno Nº 2 3.180 m3 2.85 Mt Neste equipamento, o minério de ferro (Fe2O3) sofre um processo químico de redução, através do carbono presente no coque, resultando no ferro gusa líquido, que é a matéria prima da aciaria.
  • 46. 7 Aciaria Aqui o ferro gusa sofre um processo de modificação de composição química, com redução do teor de carbono, através da injeção de oxigênio, e adição de ferro-ligas, como o manganês e outros elementos como alumínio ou silício; transformando-se em aço. O aço ainda pode ser refinado através da injeção de cálcio-silício, da desgaseificação a vácuo e de tratamento secundário no forno panela, de acordo com as especificações de norma ou exigências do cliente. Uma vez pronto, o aço é moldado em placas que serão posteriormente laminadas ou exportadas como semi-acabados. LINGOTAMENTO CONTÍNUO CAPACIDADE (Mt/ANO) 3 Conversores 4.50 4 Máquinas de Lingotamento Contínuo 4.30
  • 47. 8 Conversor 9 Forno Panela 10 Injetora de Cálcio Silício 11 Desgaseificação 12 Lingotamento Contínuo 13 Placas / Laminação de Chapas Grossas
  • 48. Laminação de Chapas Grossas Laminador de Chapas grossas CARACTERÍSTICAS CAPACIDADE (Kt/ANO) Laminador Duo-Reversível 1.000 No Laminador de Chapas Grossas, as placas vindas da aciaria são reaquecidas e laminadas, num processo caracterizado por diversas passadas pelo laminador , até que seja atingida a espessura e largura desejadas. Depois de laminada, a chapa grossa passa pela desempenadeira a quente o que lhe confere melhor planicidade, e esfria ao ar no pátio de estocagem. Já na temperatura ambiente, passa na tesoura para ser aparada nas dimensões finais e depois recebe a marcação por pintura e puncionamento. Quando requerido, as chapas grossas podem ainda ser inspecionadas no ultra-som on-line, o que garante que seu interior esteja livre de defeitos.
  • 49. 14 Forno de Placas 15 Laminador de Chapas Grossas 16 Desempenadeira a Quente 17 Linha de Tesouras 18 Ultra-som “On Line”
  • 50. 19 Forno de Tratamento 20 Chapas Grossas / Laminação de Tiras a Quente
  • 51. Laminação a Quente Laminador de tiras a quente CARACTERÍSTICAS CAPACIDADE (Kt/ANO) Laminador Quádruo-Contínuo – 6 cadeiras 2.100 Na laminação a quente, as placas são reaquecidas e depois pré processadas nos dois laminadores esboçadores antes de entrar no Laminador de Tiras a Quente, onde o esboço é laminado seqüencialmente por um conjunto de seis cadeiras laminadoras, formando uma longa tira, que é depois enrolada numa bobina. Ainda na linha de laminação a quente, as bobinas a quente podem ser decapadas, para remoção do óxido superficial, ou passar no laminador de acabamento, onde recebem um passe de laminação para obter uma superfície mais uniforme. As bobinas podem ser cortadas na linha de tesouras, transformando-se em chapas, de acordo com a necessidade do cliente.
  • 52. 21 Forno de Placas 22 Laminadores Esboçadores 23 Laminador de Tiras a Quente 24 Bobinadeiras
  • 53. 25 Laminador de Acabamento 26 Bobinas a Quente 27 Tesoura a Quente 28 Chapas a Quente / Laminação de Tiras a Frio
  • 54. Laminação a Frio Laminador de tiras a frio CARACTERÍSTICAS CAPACIDADE (Kt/ANO) Laminador Quádruo-Contínuo – 4 cadeiras 1.200 As bobinas a quente vindas do processo de decapagem, são aqui laminadas a frio (à temperatura ambiente) num laminador de quatro cadeiras que serão depois recozidas e passarão pelo laminador de encruamento para obter propriedades mecânicas adequadas à aplicação final desejada. As bobinas podem também ser cortadas em chapas na linha de tesouras, conforme especificação do cliente.
  • 55. 29 Decapagem Na Decapagem as bobinas a quente passam por um tratamento superficial de limpeza dos óxidos de laminação, que são retirados por um processo químico à base de ácido nítrico. O material resultante é a matéria prima para a laminação de tiras a frio, ou pode ser vendido para aplicações específicas, como a relaminação.
  • 56. 30 Laminador de Tiras a Frio 31 Fornos de Recozimento 32 Laminador de Encruamento
  • 57. 33 Linhas de Inspeção 34 Bobinas a Frio 35 Linha de Tesouras a Frio 36 Chapas Finas a Frio
  • 58. Propriedades Mecânicas - Lei de Hooke Antes de abordar questões ligadas às deformações dos corpos, torna-se necessário estudar alguns conceitos relativos às propriedades mecânicas dos sólidos: Uma característica básica do material que interessa a arquitetos e engenheiros é a quantidade de alteração ou de deformação que um material sofre quando submetido a carga. Todos os materiais são mais ou menos resistentes às deformações, na proporção da quantidade de esforço induzido dentro de certos limites. Isso significa que, dobrando o esforço induzido sobre um elemento, produzir-se-á o dobro da deformação. Inversamente, reduzindo à metade o esforço sobre um elemento produzir-se-á a metade da deformação. Poderíamos então dizer que os esforços e as deformações são diretamente proporcionais um ao outro, ou que, a deformação é proporcional ao esforço aplicado. Essa é a outra maneira de dizer que dentro dos limites proporcionais, os elementos retornarão a seus estados originais depois que as cargas tiverem sido removidas. Se os materiais não tivessem essa propriedade elástica, períodos sucessivos de carga induziriam deformações adicionais que ao longo do tempo causariam inevitavelmente uma falha estrutural.
  • 59. Experiência com materiais que possibilitam a visualização de resultados. Pegue um elástico de borracha desses comprados em papelaria, corte-o com um comprimento de 10 cm e faça várias experiências de tração, mas sem forçá-lo muito. Depois disso meça-o outra vez. A nova medida deverá ser muito próxima dos 10 cm iniciais. Isso indica que estivemos fazendo experiências dentro do campo elástico; enquanto o esforço é baixo, cessada a força cessa a deformação e a peça volta a ter o comprimento original de 10 cm. Tal situação é denominada situação elástica. Com cuidado para não rompê-lo, procure forçá-lo mais, até sentir que está quase rompendo. Meça o novo comprimento. Você notará que, mesmo não estando distendido, o elástico tem agora quase 11 cm. Aumente agora significativamente a força de tração, e você notará que algo começa a acontecer com a peça. Ela “esgarçou”, ou seja, cessada a força, o comprimento da peça tem algo como 12 cm. Essa diferença de 2 cm é uma deformação permanente. Chamaremos a essa deformação de deformação plástica (situação plástica). Podemos concluir que, atingindo-se o limite de elasticidade do material, inicia-se o regime plástico, quando ocorre deformação permanente causada por tensões contínuas superiores ao limite de escoamento.
  • 60. Escoamento é quando ocorrem deformações permanentes sem variação de tensão. O fenômeno oposto denomina-se elasticidade : deformação que desaparece quando a tensão é suprimida ( regime elástico ). A fase plástica altera a estrutura interna do material. Por que estudar as deformações nas estruturas? Eis as razões: • Ter critérios para limitar as deformações nas estruturas em trabalho. (Daria para aceitar uma trave no gol que tivesse flecha (barriga), no seu ponto médio, de 20 cm?) • Desenvolver teorias que permitam resolver estruturas; sem esse recurso, seus esforços ficariam desconhecidos. Fonte: BOTELHO, Manoel H. C. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo: Studio Nobel, 1998. p.42 a 46.
  • 61. Materiais dúcteis e frágeis: Sobre os materiais, diz-se que aqueles capazes de sofrer grandes deformações antes de chegar ao ponto de ruptura, são considerados materiais dúcteis. O aço apresenta deformações permanentes antes de romper-se. Concreto vidro e madeira rompem-se sem apresentar o patamar de escoamento. São chamados de materiais frágeis, pois entram em colapso sem prévio aviso. Algumas vezes temos interesse só nas deformações elásticas como no caso do uso das balanças de molas. Cessado o esforço cessa a deformação. Se restassem deformações residuais (plásticas), a balança ficaria descalibrada. Em outros casos desejamos deformações plásticas (permanentes), pois são elas que permitem a execução de utensílios do nosso dia a dia. Por exemplo, o grampo do grampeador.
  • 62. Sinta a ductilidade do aço. Lembre: ductilidade é a capacidade de produzir deformações permanentes sem se romper; para provar isso usemos um grampeador de escritório. Grampeie várias folhas de papel. Note que o grampo cuja forma anterior era de U se deforma. Veja: O grampo, uma estrutura de aço, deformou-se permanentemente transformando-se em outra prática estrutura utilizada para prender os papéis. Fonte: BOTELHO, Manoel H. C. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo: Studio Nobel, 1998. p.52.
  • 63. Deformação linear: Admitindo-se que ocorrendo deformações por exemplo em uma barra retilínea, seu comprimento será alterado. A relação entre o alongamento e o comprimento original, constitui uma grandeza chamada deformação linear representada pela letra ε. Exercício:
  • 64. Diagrama tensão deformação: Medindo-se os percentuais de aumento do comprimento da barra em função do aumento progressivo da carga inicial até a ruptura, e sabendo que o quociente entre a carga aplicada e a secção inicial da barra é chamado de σ, é possível determinar a função que os relaciona, e representá-la graficamente da forma seguinte: O diagrama dos materiais onde a função que representa a relação entre tensão e deformação é linear, foi apresentado por Robert Hooke em 1678 e é conhecida por Lei de Hooke.
  • 65. A mesma poderá ser traduzida em linguagem mais corriqueira, da forma seguinte: “Um mesmo corpo sofrendo tração, terá uma deformação ΔL/L, e se a força dobrar a deformação dobrará.” A relação entre σ e ε denomina-se Módulo de Elasticidade ou de deformação longitudinal do material sob tração, e é conhecida também como Módulo de Young. Importante lembrar que quanto menor a deformação, maior o módulo de elasticidade. O módulo de elasticidade representa-se pela letra E e sua unidade é kgf/cm² ( kN/ m2 = kPa ). Exemplificando: E = σ/ε
  • 66. Propriedades Mecânicas Limite de proporcionalidade: A tensão correspondente ao ponto P recebe o nome de limite de proporcionalidade e representa o valor máximo da tensão abaixo do qual o material obedece a Lei de Hooke. Limite de elasticidade: Muito próximo a P existe um ponto na curva que corresponde ao limite de elasticidade. Ele representa a tensão máxima que pode ser aplicada à barra sem que apareçam deformações, após a retirada da carga externa. Limite de escoamento: A tensão correspondente ao ponto Y tem o nome de limite de escoamento. Quando se atinge o limite diz-se que o material passa a escoar-se. Limite de resistência: A tensão correspondente à maior tensão atingida no ensaio recebe o nome de limite de resistência à tração. Ponto u no gráfico.
  • 67. Limite de ruptura: A tensão correspondente ao ponto B recebe o nome de limite de ruptura. É a que corresponde à ruptura do corpo de prova. Quando se adota no cálculo de σ a seção real da barra, e não a inicial, obtem-se o ponto B´ no final do trecho tracejado. Região elástica: O trecho da curva tensão deformação compreendido entre a origem e o limite de proporcionalidade recebe o nome de região elástica. Região plástica: Chama-se região plástica o trecho do diagrama compreendido entre o limite de proporcionalidade e o ponto correspondente à ruptura do material
  • 68. É importante para o Arquiteto conhecer a natureza dos materiais e suas propriedades de deformação para definir a estrutura, visto que aqueles que possuem maior módulo de elasticidade são mais dúcteis, como comprova a tabela: O aço é dúctil, portanto, capaz de se alongar desde que sujeito a um esforço de tração, sem que haja rompimento; também tem grande capacidade de resistência a impactos antes de entrar em colapso. Essa característica é denominada tenacidade. Material Módulo de elasticidade (kgf/cm2) Aço 2.100.000 Ferro 1.000.000 Alumínio 700.000 Madeira de 80.000 a 140.000 Madeira compensada 40.000 Couro 2.000 Borracha 10 Por razões didáticas, o módulo de deformabilidade deveria chamar-se módulo de não-deformabilidade, pois o material de maior módulo tem menor deformabilidade. Fonte: BOTELHO, Manoel H. C. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo: Studio Nobel, 1998. p.48.
  • 69. Vigas biapoiadas com carga concentrada no meio do vão Carga Concentrada P = 360kgf 1,5 1,5 RA = P : 2 RB = P : 2 M=Pxl:4 Cálculo da flecha f = 1 . P. L³ 48 E.I P = carga total L = vão E = módulo de elasticidade I = momento de inércia
  • 70. Componentes e tipologias de perfis / utilizações mais freqüentes: Os componentes em geral podem ser classificados quanto à sua forma, do modo seguinte: Perfis, tubos, barras, chapas, ou mais especificamente: • Perfis ( pilares e vigas ) • Lajes • Vedações • Conexões • Barras submetidas à torção (tubulares) • Barras de treliças planas e espaciais • Composição de pilares • Terças para sustentação de telhas de cobertura • Vigas • Pilares • Estacas de fundação
  • 71. Perfis fabricados a frio. São resultantes do dobramento das chapas a frio PERFIL "U" PERFIL "U" CANTONEIRAS SIMPLES ENRIJECIDO DE ABAS IGUAIS Composição de perfis dobrados SOLDA Perfis Tubulares São aqueles extrudados ou obtidos pelo processo de corte e costura por soldagem.
  • 72. Perfis Soldados Obtidos pelo corte e soldagem de chapas de aço, proporcionando uma diversidade muito grande de desenhos das secções. PERFIL "H" SOLDADO Perfis Laminados Existem vários tipos de perfis laminados no mercado. O processo de produção é o da laminação, em cilindros capazes de dar forma definitiva à peça, após uma sucessão de operações tal e qual em uma linha de CANTONEIRA DE montagem. ABAS IGUAIS PERFIL "I" A forma dos perfis “I” é ideal para absorver esforços de flexão, dada a distância das mesas ao seu centro de gravidade. O perfil “H” diferencia-se do perfil “I” por apresentar abas de largura igual à sua altura. Por PERFIL "U" apresentar boa rigidez em 2 direções, são ideais PERFIL "H" para pilares submetidos à flexo compressão.
  • 73. Composição de perfis Podemos compor a seção transversal do pilares e até das vigas, assim como associar perfis com chapas de aço PERFIS LAMINADOS REFORÇADOS PERFIS LAMINADOS SIMPLES
  • 74.
  • 75. Perfis CS coluna soldada B=H Pilares Perfis VS viga soldada B=½H Vigas Perfis CVS colunas e vigas soldadas B= 2/3 H Vigas e pilaresT
  • 76. Recomendações: Não utilizar perfil U na horizontal com abas para cima, pois pode sofrer flexão por compressão da mesa. Melhor utilizá-lo nas barras superiores e inferiores das treliças. Os perfis VS trabalham bem quando associados a lajes de concreto. Os perfis tubulares com ou sem costura são ideais para pilares, e quando de seção pequena, para barras de treliças espaciais.
  • 77. Estruturas Metálicas Arqº Renato Carrieri Eng° Bruno Ribeiro