A capoeira teve início no Brasil após o século XVI, praticada pelos escravos como forma de diversão e defesa. Foi proibida em 1890 devido aos grupos formados por ex-escravos. Atualmente é praticada em diversos países e reconhecida como arte marcial.
2. Origem
A palavra capoeira vem do termo “capoeiras”, que significa “mata que foi”.
A capoeira teve inicio no Brasil após o século XVI, praticada pelos escravos nas
senzalas era uma forma de diversão e de defesa quando fugiam e eram caçados
pelos capitães-do-mato, que sempre andavam a cavalo e armados, essa era a
única forma deles terem alguma chance de fugirem e conseguirem lutar.
3. Proibição da capoeira
Em 1890, logo após o decreto da lei Áurea, que libertava os escravos, a
capoeira foi proibida porque após a libertação os antigos escravos não havia
trabalho para os escravos por causa da discriminação, e como havia mão de
obra de europeus e asiáticos sobrando só piorou tudo, ela foi proibida porque
alguns dos praticantes formaram grupos de assassinos de aluguel e guarda
costas, que eram a única oportunidade de emprego que sobravam para eles.
4. Atualmente
Atualmente a capoeira é praticada em vários países e muitos estrangeiros
vem para o Brasil apenas para aprenderem a arte marcial, e constantemente
os mestres brasileiros são convidados para dar aula no exterior ou para formar
novos grupos de capoeira em outros países.
5. Roda de capoeira
A roda de capoeira é um círculo de capoeiristas com uma bateria musical em
que a capoeira é jogada, tocada e cantada. A roda serve tanto para o
jogo, divertimento e espetáculo, quanto para que capoeiristas possam aplicar
o que aprenderam durante o treinamento.
Em geral, o objetivo do jogo da capoeira não é o nocaute ou destruir o
oponente. O maior objetivo do capoeirista ao entrar em uma roda é
a queda, ou seja, derrubar o oponente sem ser golpeado, preferencialmente
com uma rasteira. Na maioria das vezes, entre o jogo de um capoeirista mais
experiente e um novato, o capoeirista experiente prefere mostrar sua
superioridade marcando o golpe no oponente, ou seja, freando o golpe um
instante antes de completá-lo. Entre dois capoeiristas experientes o jogo
poderá ser muito mais agressivo e as consequências mais graves.
6. A ginga
A ginga é o movimento básico da capoeira, mas além da ginga são muito
comuns os chutes em rotação, rasteiras, floreios (como o aú ou a bananeira),
golpes com as mãos, cabeçadas, esquivas, acrobacias (como o salto mortal),
giros apoiados nas mãos ou na cabeça e movimentos de grande elasticidade.
7. O apelido
O costume do apelido surgiu na época em que a capoeira era ilegal.
Capoeiristas evitavam dizer seus nomes para evitar problemas com a polícia e
se apresentavam a outros capoeiristas ou nas rodas pelos seus apelidos. Dessa
forma um capoeirista não poderia revelar os nomes dos seus companheiros à
polícia, mesmo que fosse preso e torturado.
Hoje em dia o apelido continua uma forte tradição na capoeira, apesar de não
ser mais necessário.
8. A dança e a capoeira
Devido à sua origem e história, existiu sempre a necessidade de se esconder
ou disfarçar o aprendizado e a prática da capoeira. Na época
da escravidão era um risco enorme aos senhores de engenho possuir escravos
hábeis em uma arte-marcial. Para evitar represálias por parte de seus
senhores, os escravos praticavam enquanto seus companheiros cantavam e
batiam palmas. Os golpes e esquivas eram praticados durante uma falsa dança
que seria o começo da atual ginga.
9. Estilos
Angola: Capoeira Angola refere-se a toda a capoeira que mantém as tradições
da época anterior à da criação do estilo Regional. Em outras palavras é a
capoeira mais tradicional. Existindo em diversas áreas do país desde tempos
mais remotos, notadamente no Rio de Janeiro, em Salvador e em Recife, é
impossível precisar onde e quando a capoeira Angola começou a tomar sua
forma atual.
O nome "Angola" já começa a aparecer com os negros que vinham para o
Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente
de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de negros de Angola.
10. Regional: A capoeira regional começou a nascer na década de 1920, do
encontro de mestre Bimba com seu futuro aluno, José Cisnando Lima. Ambos
acreditavam que a capoeira estaria perdendo seu valor marcial e chegaram à
conclusão de que uma reestruturação era necessária. Bimba criou,
então, sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira. Aconselhado
por Cisnando, Bimba chamou sua capoeira de Luta Regional Baiana, visto que
a capoeira ainda era ilegal na época. A capoeira tradicional é mais voltada
para a pratica de ataque e contra-ataque.
11. Capoeira contemporânea
A capoeira usa primariamente os pés como ataque. Golpes podem ser diretos,
como no caso do Martelo, ou giratórios, como no caso da Meia-lua de compasso.
A rasteira é de suma importância, considerada por muitos como a melhor arma
disponível para o capoeirista. Desenvolvida para o combate em desvantagem, o
ataque do capoeirista deve ser aplicado no momento oportuno e de forma
definitiva.
A defesa usa o princípio da não-resistência, isto é, evitar um golpe com
uma esquiva em vez de apará-lo. Esquivas podem ser executadas tanto em pé
quanto com os apoios das mãos no chão. No caso de impossibilidade da esquiva o
Capoeirista se defende aparando ou desviando o golpe com as mãos ou as pernas.
A ginga é importantíssima para a defesa e para o ataque do capoeirista, tornando
o capoeirista imprevisível durante o ataque e dificultando um possível contra-
ataque, além de evitar que o capoeirista se torne um alvo fixo.
12. Golpes
Martelo
É necessário um bom alongamento de pernas e equilíbrio.
Tal como na Benção é necessária a elevação de joelho,
mas a movimentação da perna é feita num ângulo
diferente. O Martelo é muito Regional, muito
competitivo, forte e rápido.
Meia lua de compasso
levanta-se a perna e roda-se de modo a se fazer um
semicírculo, mas desta feita, o movimento é feito com ambas
as mãos no chão e de costas voltadas para o oponente
Rolê
O Rolê trata-se de um meio de se movimentar na "Roda", tal como
a Ginga e o Au.
13. Chapa de costas:
O Chapa de Costas é um movimento de Capoeira Angola,
consiste num pontapé, efectuado de costas para o adversário,
normalmente de forma a atingir a cabeça ou o tronco do
oponente.
Armada:
Trata-se de um pontapé rodado muito comum em Capoeira.
Parecido com uma Meia Lua, devido à rotação, começa-se,
como quase sempre, a partir da Ginga. Neste caso não existe
apenas um rotação da perna, mas também uma importante
rotação de corpo.
Meia lua de frente:
A partir da Ginga levanta-se a perna aliviada - mais traseira -
e roda-se numa trajectória correspondente a semi-círculo. É
necessário que, no movimento, não se perca a orientação.
Para melhor equilibrio, empurram-se os braços em sentido
contrário.
14. Ponteira:
É muito parecido com a Benção, mas trata-se de facto de
um movimento bem diferente, visto que é bem mais rápido
e imprevisível. Na Ponteira, o capoeirista não levanta o
joelho, mas levante logo a perna num movimento
arqueado, apenas flecte um pouco a perna na subida de
modo a atingir com maior impacto o peito ou estômago do
oponente.
Ginga:
O movimento básico de Capoeira. Em vez de o capoeirista
se fixar numa posição, ele está sempre em movimento,
efectuando esta espécie de dança.
Cocorinha:
A Cocorinha é um método evasivo, nomeadamente consiste
na forma de evitar pontapés circulares efectuados em
curta distância. Neste movimento é necessário que a mão
que toca no solo mantenha o equilíbrio, e, tal como em
todos os movimentos e "jogo" capoeirista, é necessário
manter sempre o contacto visual com o adversário.