O documento relata uma carta da Valnice sobre uma divisão entre o Apóstolo Renê e o Pastor César Castellanos sobre o futuro da Igreja Celular no Brasil. Renê rompeu com César, alegando que César queria controlar todas as igrejas e recursos financeiros. Isso causou confusão entre os pastores, com alguns apoiando Renê e outros César. Valnice pede orações para guiar esta situação delicada e evitar danos à visão celular.
Conflito na liderança da Igreja Celular ameaça a visão no Brasil
1. a carta da valnice
Amados companheiros no Reino e na perseverança! Graça, paz e misericórdia lhes sejam
acrescentadas. Estamos em meio a um período especial de jejum e oração para que Deus
nos livre de "queda do teto moral." A palavra profética é que temos vencido por não
ultrapassar a linha. Perguntamo-nos: "Que linha?" "Enganoso é o coração;
desesperadamente corrupto. Quem o conhecerá?" Deus envia "uma palavra de
sabedoria," "uma palavra de conhecimento." Nunca todo o conhecimento, nem toda a
sabedoria. Ele nos conservará na dependência do Seu Espírito, que nos guiará um passo
de cada vez.
Um dos pastores chamou-me a atenção para o fato de que a INSEJEC é um sinal profético
na nação e isso poderia ser relacionado com o Corpo de Cristo. Nestes últimos 13 dias
tenho refletido sobre a palavra profética, relacionando dois incidentes: um passado, já
consumado e outro um projeto futuro.
Teto do templo em Brasília. O que aquele templo representava? Eu sempre disse:
"Faremos um memorial do triunfo da visão celular, onde a grande perseguição começou."
Tudo naquele templo se relacionava com 12 e 144. Era o período em que eu estava no
jejum de um ano pelo triunfo da visão no Brasil. Foram construídos 12 círculos para neles
plantar 12 palmeiras reais. Havia 11 colunas na frente, com tochas e o lugar para a
décima segunda. O teto caiu e não foi mais levantado. O projeto foi interrompido. Mas era
algo pequeno, apesar do significado. Quais as conseqüências? Vidas ceifadas (3) e
algumas feridas. Processos jurídicos, indenizações, etc. Assunto da mídia local por um
ano.
Dois anos depois os pastores Castellanos chegam a Brasília. Pra. Cláudia numa função de
governo e Pr. César para fortalecer a visão, assistindo aos pastores. O que tem a INSEJEC
(IMSEJEC) a ver com isso? Tudo.
A IMSEJEC foi o instrumento de Deus para trazer os pastores Castellanos ao Brasil para as
Convenções anuais e divulgar os valores da igreja celular no modelo dos doze na nação;
A IMSEJEC foi responsável por traduzir e publicar todo o material em português. Hoje são
31 publicações;
A IMSEJEC entrou nos altos níveis de guerra espiritual, jejum e voto pelo triunfo da visão,
e o Espírito do Senhor me falou no dia em que pessoalmente completava 9 meses de
jejum que estávamos gerando-a não apenas no Brasil, mas no mundo todo.
2. Anos atrás fiz algumas sugestões aos pastores Castellanos, do que nasceu em meu
espírito. Considerando que o Brasil foi a nação primogênita, que abraçou de uma forma
expressiva a visão celular:
Que enviasse um casal de discípulos seus, para representá-los no Brasil;
Que registrassem oficialmente a MCI no Brasil;
Que abrissem a editora a fim de manter a neutralidade (enquanto isso não acontecesse,
nós publicaríamos os livros);
Que morassem um tempo no Brasil para organizar os pastores.
Pr. César nada fez à respeito, talvez tenha até se esquecido, mas as circunstâncias foram
surgindo nessa direção e hoje todas são um fato. Que parte teve a IMSEJEC? Grande.
Logo na primeira vinda da família, a primogênita se apaixonou por um brasileiro,
casaram-se (fui uma das madrinhas) e hoje Eliemerson e Johanna presidem a Igreja em
Bogotá. As nações aliançadas pelo casamento. Nós trouxemos toda a família e pagamos
suas passagens.
Franck e Patrícia terminaram vindo para São Paulo. Para terem residência no Brasil, a
INSEJEC fez o convite oficial e se responsabilizou pela família. Hoje já adquiriram a
residência porque tiveram um filho brasileiro. Eles têm ajudado muitos pastores em todo
o Brasil, além de terem iniciado uma igreja local, seguindo os passos e princípios da visão.
Um outro casal para Curitiba está com o visto de missionário também mediante convite e
responsabilidade da IMSEJEC, pois como ocorre com outros países, para um estrangeiro
ter visto, uma igreja nacional deve se responsabilizar. Foi assim que Raquel conseguiu
visto para entrar no Japão e ali tem permanecido sob responsabilidade de Igreja
japonesa.
A editora G12 está sendo aberta em São Paulo e passará a publicar todo o material, como
já o faz nas demais línguas. Estamos na fase de transição do material da Palavra da Fé
para a G12.
A MCI apoiou o candidato Álvaro Uribe à presidência da Colômbia, o que resultou em sua
eleição. Este ofereceu uma embaixada à Pra.Cláudia, dando-lhe a liberdade de escolher a
nação. O Brasil foi escolhido. O casal deverá morar em Brasília por um ano.
Apesar de eu me ter esforçado para que a sexta convenção fosse promovida pelos doze
nacionais, na última hora voltou para as mãos da IMSEJEC e eu fui a tesoureira. A conta
3. teve que ser no nome da INSEJEC de Brasília. Mas eu disse ao Pr. César: "Seis dias
trabalharás, e ao sétimo descansarás." Ele agora está promovendo as convenções
regionais e o fará através da Editora G12.
Pr. César teve um encontro com pastores em Brasília, no qual havia mais de 600.
Desafiou a todos com uma mensagem muito inspiradora. Ali fez declarações que
denunciavam certas posturas, enfatizando o fato de que ele nunca pediu que as igrejas
na visão dessem 10% ou ofertas para a MCI e que havia gente no Brasil fazendo isso;
disse que só Jesus morreu pelas ovelhas e não somos donos delas; combateu o espírito
de controle e a tentativa de dobrar a vontade das pessoas.
Ao chegarem no Brasil reuniram logo a equipe para apresentá-la à diplomacia colombiana
e compartilhar. A equipe tem tido bastante ocasião de estar especialmente com o Pr.
César, numa boa comunhão. Apenas Ap. René tem estado ausente por se encontrar
estudando inglês no EE.UU.
Há exatamente duas semanas Pr. César telefonou-me e perguntou-me se tinha notícias de
Renê. Disse que não. Informou-me, então, que recebera uma carta dele com acusações
infundadas e não parecia Renê. No mesmo dia falei com Renê em Manaus. Vi o quadro de
um escândalo formado e me perguntei se esse não era o projeto do inimigo para
desacreditar a visão. "Desliguei-me" por alguns dias a fim de encontrar serenidade, pois
veio sobre mim uma terrível opressão. Parecia que no mundo espiritual eu estava sendo
puxada para um lado e para outro. Fui lançada numa situação extremamente delicada. Pr.
César tem confiado em mim de forma inequívoca. Seu respeito e consideração são sempre
manifestos. Ele ressalta de público a forma como tratei Franck como verdadeira marca de
um apóstolo, que tem a visão do Reino e não se sente ameaçado por outro ministério.
Renê,naturalmente gostaria que eu o seguisse no seu rompimento.
Voltando da minha auto-reclusão, encontrei vários e-mail de pastores nossos. Para dar
uma visão mais clara do que se passa, enviarei a correspondência que Renê mandou para
o Pr. César e distribuiu pelo Brasil, juntamente com o que escrevi, na tentativa de
aconselhar a ambos.
Fiquei estarrecida com um e-mail recebido de Alfran, que diz:
"Soube ontem em Recife que o Ap. Renê Terra Nova rompeu com o Pr. César Castellanos,
em função do Pr. César querer tornar as Igrejas em células no Brasil uma grande MCI,
sendo ele o Presidente e tendo o controle de tudo, inclusive o financeiro. A não aceitação
desta idéia pelo Ap. Renê e o fato do Pr. César se negar a ouvi-lo é que terminou com o
rompimento. O Bispo Marcel foi quem reuniu os pastores de Recife e terminou a reunião
4. perguntando quem iria ficar com o Ap. Renê ou com o Pr. César e a resposta quase
unânime foi com o Ap. Renê. Gostaria de que me fosse confirmada essa informação e, se
verdadeira, com quem a Igreja Mundial está? Acho essa informação muito importante e
delicada para a visão celular no Brasil, por isso minha preocupação com a veracidade
dela."
Não quero acreditar que Marcel tenha dito isto. Todavia aí está uma amostra de que
teremos danos morais terríveis. O inferno deve estar em festa. Estou sabendo que a
equipe de Renê, que está tendo reuniões em diversos lugares, para arrebanhar os
pastores a fim de que fiquem com René da divisão, insinuam que eu estou com ele. Mas
não concluirei nada, sem ouvir da primeira fonte. Os próximos dias prometem muito
desgaste para mim, o que quer dizer, para a IMSEJEC. Rogo as suas orações. O mês de
abril do nosso jejum deverá ser devotado à Guerra Espiritual, segundo nosso programa
inicial. Que Deus nos dê estratégias nessa guerra e nos conduza em triunfo.
Terei, naturalmente, de me pronunciar diante da nação à respeito dessas coisas. Mas que
situação mais delicada!!! O Pr. César no Brasil, René na América e essa confusão louca
"eu de César" e "eu de Renê." Há muita coisa que vejo, sei quais as raízes, mas tenho que
me manter calada à respeito. Nossas armas são espirituais. Como IMSEJEC temos pago
um alto preço pela redenção desta nação e sofremos com o que mancha o bom nome da
liderança na nação. Que Deus tenha misericórdia de todos nós.
Os motivos invocados por Renê infundados. Pr. César não vai fazer nada disso. Quanto
mais conheço os Castellanos, mais aprecio sua simplicidade, humildade, generosidade e
integridade. Certamente Pr. César é duro no ataque a questões de caráter e disciplina, o
que choca. Mas não se pode dizer que tenha ambição ao dinheiro ou ao poder. Ele não vai
atacar, não vai brigar. Disse à equipe que cada um estava livre para sair, se o quisesse.
Sente que o amor que Renê sempre confessou a ele se transformou em ódio. O que ele
fará durante este ano? Dedicar-se-á a fortalecer os pastores que quiserem, ajudará a MCI
em São Paulo e em Curitiba e realizará as convenções regionais e nacional.
Pr. César nunca nos pediu nada. Nunca tentou nos controlar. Nunca exigiu o que quer que
seja. Mantemos excelente relacionamento com Franck e Patrícia. Já realizaram seus cultos
em nosso templo por um período, mas nunca houve uma única atitude que ferisse a ética.
Dentro de um ano, quando os Castellanos deixarem o Brasil, ficará demonstrado que a
calúnia é falsa. No entanto seu nome estará maculado pelos muitos comentários
negativos que foram liberados. Oremos e vigiemos. Que o Pai, em Sua graça e
misericórdia nos preserve de todo o mal.
Naturalmente Renê tem uma série de frustrações em relação ao Pr. César, que não me
compete mencionar. Pr. César também tem suas razões para não satisfazer certas
expectativas de Renê, que não compete também julgar. Deixei claro que minha
5. discordância não se refere ao deixar a cobertura do Pr. César, até porque ele nunca
seguiu as orientações do Pr. César em grande parte. Minha discordância tem a ver com a
forma. Mobilizar os pastores em nome do Pr. César e romper com ele, chamando-os para
segui-lo sob a mesma bandeira da visão celular no modelo dos doze é que me parece
extremamente perigosa. É um golpe em sua autoridade espiritual. É um precedente para
um espírito de divisão e infidelidade. Mas só podemos orar.
Amo Renê e amo Pr. César. Já lhes disse que os dois são muito parecidos no
temperamento. Que poderiam ser bons amigos ou não.
A despeito de tudo, prossigamos. Nosso alvo é Cristo. Evitemos a todo custo entrar em
discussões, julgamentos e críticas. O diabo quer que canalizemos nossas energias para
essas coisas a fim de embaraçar nossos passos.
Em temor e tremor, gemendo por uma nação abalada,
Com muito amor,
Valnice
CARTA A RENÊ
Querido filho Renê,
Depois de ouvi-lo ao telefone e ler seu documento endereçado ao Pr. César, fiquei
meditativa. Perdi o sono nas madrugadas e passei a orar. Depois veio o documento
endereçado aos que estão sob sua cobertura. Dois dias após nossa conversa, à noite, em
quietude, veio uma visão espiritual. Um temor se apoderou de mim. O temor do Senhor.
Nenhum de nós está livre das astutas ciladas do inimigo que nos faz camuflar nossas
motivações reais, que só Deus pode perscrutar. O que me veio foi bastante claro e
compartilharei com temor e tremor. Amo-o como filho e quero o seu bem. Como mãe,
falarei. Com muito amor, mas também com muita transparência.
BANDEIRA DA VISÃO CELULAR NO MODELO DOS DOZE
6. Profecias - Fui testemunha das profecias liberadas pelo Pr. César sobre sua vida. Fui
testemunha do cumprimento de muitas delas, atestando que de fato ele é um profeta de
Deus. Além das profecias de crescimento, que um dia seria como um mês e um mês como
um ano, que Deus lhe daria doze que o ajudariam a edificar o ministério que Ele lhe
confiou. Isso se cumpriu em sua vida e mais poderá se cumpri. Nada é automático.
Comissionamento - Você foi comissionado pelo Pr. César, como membro de sua equipe,
recebendo generosamente a visão. Viajou o Brasil representando a visão e o Pr. César,
deixando claro por onde passou que você era discípulo dele e agia como representante da
visão, sob sua bênção. Não era a visão de Manaus, mas a de Colômbia. Há um líder
natural dessa visão. Descartá-lo e ostentar a mesma bandeira não será uma rebelião?
Mobilização - Quando você começou a organizar a visão no Brasil, formando grupos de
doze nos Estados, sempre ressaltou diante do Pr. César e dos pastores que eles estavam
sob a cobertura do Pr. César. Em outras palavras, você reconhecia publicamente que não
se tratava de algo que nasceu com você, mas que recebeu dele e agia em seu nome, não
fazendo questão, portanto, de passar para sua cobertura direta quem ele escolhesse para
tanto. Arrebanhar esses líderes sob sua cobertura não seria no mínimo uma postura
espiritualmente perigosa?
Desencontros - Acompanhei suas lutas com Pr. César. Vi seu descontentamento quando
você passou a publicar seus próprios livros, lutei, orei, intervim, fiz tudo para que você e
ele se entendessem e estivessem juntos. Alianças foram feitas. Compromissos foram
assumidos à Mesa do Senhor. Para mim na Convenção de 2003, tudo tinha ficado bem
entre vocês, até que em abril você falou do desgaste em relação à Bolívia e estava pronto
para romper. Mas na conversa no Hotel, depois da sexta convenção, pensei que dúvidas
quanto à vinda do Pr. César foram sanadas. E quando você enviou aquele e-mail
justificando sua ausência da Conferência Profética, entendi que seu coração estava
tranqüilo. Lembra-se do seu sonho do trem? Você estava numa rota de colisão. Tomava o
trem para Bogotá e os que estavam atrás de você terminavam chegando e agradeciam
porque você os esperava. Será que você não está entrando em rota de colisão?
Unção de Bogotá - Após a última Convenção você escreveu um artigo no seu site
atacando a "convenção paralela" e defendendo as medidas tomadas em Bogotá, vendo
grande significado na liderança de um brasileiro (Eliemerson) em Bogotá e de um
colombiano (Pr. César) no Brasil. Você declarou que o motivo do crescimento do seu
ministério eram as constantes idas a Bogotá. Não me lembro quantas dezenas de vezes.
Que sua igreja era a maior igreja celular no mundo (se bem que Bogotá é maior e há
várias na Coréia também de grande porte). Mas entendi que você queria dizer depois de
Bogotá e no modelo dos doze. Suas declarações recentes, portanto, apontavam para um
posicionamento ao lado do apóstolo da visão e a bênção de este hoje se encontrar na
7. nação. Se você honestamente atribui seu crescimento ao beber da fonte, você poderia
estar entrando numa rota de declínio? Que questionamentos se levantarão na mente do
povo?
Motivações de rompimento - Você invocou na carta ao Pr. César dois motivos para romper
com ele:
-"Anular el ministério de los colegas (otros pastores que tuviesen entrado en la Visión)
-Y denominacionalizar, aun que diese otro nombre a las iglesias, mas extinguir el
ministerio de los pastores que fueron llamados por Dios y no por nosotros."
Meu filho, você não acha que é uma grave acusação? Onde estão os pastores cujos
ministérios foram anulados pelo Pr. César? Você o ouviu sobre o incidente de São Paulo a
fim de conhecer suas reais motivações? Costumo dizer que corremos sempre o risco de
ser injustos quando julgamos sem o devido conhecimento de causa. Tenho uma leitura
diferente, ouvindo quem estava presente. Acho que aqui há de se considerar tratar-se de
um caso isolado e não uma política de ação. Vendo o tamanho de São Paulo ele
manifestou a visão de que forças se unissem para edificar uma grande igreja celular que
impactasse São Paulo. Conversou com Júlio, esposo da advogada que tem trabalhado com
Franck e agora Pr. César. Perguntou ao Pr. Júlio qual outro pastor que poderia fazer isso.
Pr. Júlio sugeriu Pr. Abude, o que Franck depois condenou, por tratar-se de alguém que
está sob sua cobertura. Diante da proposta do Pr. César ele disse que iria orar. Pr. César
não forçou, nem insistiu, nem ficou tentando aliciar os pastores. Ele nunca me fez tal
proposta e o que Roberto disse no e-mail que você me reenviou é uma aberração. Quando
estivemos para perder a Igreja? Por que ele disse isso? Porque se reuniam em nosso
templo? Nunca faltaram com a ética. Justiça seja feita. Pr. César nunca me exigiu nada.
Não seria melhor não generalizar as coisas? Ficará demonstrado que ele não está fazendo
isso. Se pastores em São Paulo quiserem se unir, porventura o fariam forçados? Acho que
conhecemos o Pr. César o suficiente para saber que hoje ele está ajudando o Brasil, mas
amanhã, quando sair, não ficará querendo controlar o ministério de ninguém. Alguém que
deixa a Igreja em Bogotá e vai começar tudo de novo em Miami; deixa tudo em Miami e
vem para o Brasil, não está apegado a nada.
Querido, vejo tudo isso como uma tremenda guerra, neste momento em que Pr. César
está na nação, para que a visão seja desacreditada e você também. A imagem mais ferida
em tudo isso será a sua. Como justificar todas as suas confissões anteriores com as de
agora? Parecerá uma grande ambigüidade. Seria mais sábio você sentar-se com o Pr.
César e conversar sobre o incidente antes de fazer dele uma bandeira. Podemos pecar por
julgamentos distantes da realidade.
O direito de romper e o modo de fazê-lo - Jamais discutiria algo que você me afirma ser
uma palavra do Senhor para você. O que me veio na noite a que me referi é isto: Por seis
anos (você fala de sete, mas a primeira convenção aconteceu em junho de 1999, depois
8. da qual você passou a aceitar os convites. Em junho completar-se-ão seis anos). Sim, por
seis anos você percorreu o Brasil empunhando uma visão que você representava, em
nome do apóstolo que Deus levantou. Você reuniu os que haviam já abraçado a visão,
embora muitos a conhecessem através de você, outros através das convenções anuais e
outros através de Bogotá. Mas não importa como a conheceram, a fonte era Bogotá, e o
líder o Pr. César. Se você chegou à conclusão de que seu tempo sob sua cobertura
terminou, a forma de sair sem pendências espirituais seria liberando os pastores que
abraçaram a visão de Bogotá para que permanecessem sob a cobertura do líder que você
apenas representava.
Meu querido filho Renê, veio claro ao meu espírito que a atitude que você está tomando
de querer continuar comandando a visão celular no modelo dos doze, rompido com Pr.
César, é o espírito de Absalão. Você não precisa disso e está se metendo num caminho
perigoso. Um dia você declarou (mais que um dia) que Deus lhe falara que não podia ficar
com o bóton da visão porque ela fora confiada ao Pr. César. Ele não está aqui para
construir um reino pessoal. Você sabe muito bem que ele tem um coração generoso e
nunca exerceu um controle sobre nós. Temo por você. A maneira como você está saindo é
grave. É um escândalo. O reino não terá lucro disso. Deixe os pastores livres. São de
Jesus. Cumpra seu ministério profético na nação e deixe que Pr. César cumpra o seu com
a visão dos doze. Você, para mobilizar a nação, não tem que ser com a bandeira que foi
confiada a outro que por um tempo você representou. Se você agir de forma correta e
não deixar-se levar por conselhos imaturos, nem atacar quem você tanto exaltou, Deus o
honrará.
Naquela noite veio ao meu coração como saí da Junta de Missões Mundiais. Entendi que a
obra levantada através da minha instrumentalidade não era minha. Era de Deus, sim, mas
através dos batistas brasileiros. Eles me enviaram. Fui em seu nome. Se tive uma
experiência que me levou a mudar minha posição teológica, por uma questão de
integridade, fidelidade e honestidade, compartilhei com o "chefe" o que Deus fez em
minha vida, disse que não me considerava melhor, apenas que era responsável por andar
na luz que tinha. Jamais critiquei a Junta. O amor, a honra e o respeito foram
preservados. Passei tudo para os que me foram me substituir no mais profundo respeito,
e recebi despedida honrosa. Saí sozinha e nunca sequer respondi uma carta para não ferir
a ética. Pastores que foram batizados no Espírito Santo e saíram da Convenção, fizeram-
no sem a minha influência e bem depois de minha saída.
Meu querido Renê, o temor do Senhor caiu sobre mim e percebo forças das trevas
tentando lançar fundamentos por terra. O momento é de serenidade. Mas meu filho, feche
os seus ouvidos às críticas e evite julgar o Pr. César com palavras pesadas, porque ele é
servo de Deus. Veja os resultados de uma visão que Deus lhe confiou em sua própria
vida, do seu ministério e de tantos outros. Para você sair não tem que atacar. Isso só
prejudicará a sua imagem. Todos temos defeitos, mas Deus tem misericórdia de nós.
9. Vou "sumir" por uns dias. Lutei para que nunca houvesse uma divisão. Você já pensou
que coisa mais trágica você cobrindo um grupo e o Pr. César, na nação, cobrindo outro? O
filho da visão em confronto com o pai? Sinto a guerra nos ares. Estou triste. Temo por
você. Temo os prejuízos para o Reino. Que Deus tenha misericórdia de todos nós e nos
livre do mal.
Querido, não falo de discordância. Há modo correto de se discordar. Não falo de saída; há
modo correto de se sair. Que o Pai lhe dê graça, sabedoria e humildade para discernir
todas as coisas.
Gemendo pela nação e a Igreja de Cristo nela,
Valnice
10. Vou "sumir" por uns dias. Lutei para que nunca houvesse uma divisão. Você já pensou
que coisa mais trágica você cobrindo um grupo e o Pr. César, na nação, cobrindo outro? O
filho da visão em confronto com o pai? Sinto a guerra nos ares. Estou triste. Temo por
você. Temo os prejuízos para o Reino. Que Deus tenha misericórdia de todos nós e nos
livre do mal.
Querido, não falo de discordância. Há modo correto de se discordar. Não falo de saída; há
modo correto de se sair. Que o Pai lhe dê graça, sabedoria e humildade para discernir
todas as coisas.
Gemendo pela nação e a Igreja de Cristo nela,
Valnice