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O PAPEL DAS PESSOAS E DOS
SENSORES NO DESENVOLVIMENTO
DAS SMART CITIES
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA
LITERATURA
Italberto Figueira Dantas
Orientador: Prof. MsC. Felipe Silva Ferraz
Sumário
•  Motivação
•  Problema
•  Objetivos
•  Smart Cities
•  Metodologia
•  Protocolo
•  Execução do Protocolo
•  Avaliação Qualitativa
•  Análise dos Resultados
•  Conclusões
Motivação
•  O aumento acelerado da população urbana nas cidades
faz com que se enfrente muitos problemas, como por
exemplo, a deterioração dos serviços de transporte
público, a diminuição da qualidade do ar e o aumento do
desemprego, etc (NAM; PARDO, 2011).
•  Para mitigar os problemas causados pelo crescimento
populacional, um dos recursos mais utilizados é a
tecnologia. Algumas, como IoT são utilizadas no contexto
das Smart Cities por seu potencial de melhorar a qualidade
de vida da população (YASHIRO et al., 2013).
Motivação
•  Outro conceito empregado no contexto das Smart Cities,
é o crowdsensing que coleta de dados fornecidos por
pessoas para analisar um fenômeno que não poderia ser
avaliado utilizando-se apenas dados de sensores (GANTI;
YE; LEI, 2011).
•  Toda iniciativa que ajude a entender como o crescimento
dos centros urbanos ocorre e como mitigar os problemas
causados durante este processo, são importantes.
•  Neste trabalho, os fatores humano e tecnológico são
abordados de modo a delinear seu papel no
desenvolvimento das Smart Cities.
Problema
•  Existe uma quantidade significativa de trabalhos
abordando a participação de pessoas e a utilização de
sensores no âmbito das Smart Cities. Assim, tem-se a
necessidade de visualizar de forma macro o panorama
atual nesta linha de pesquisa, a fim de identificar questões
que permaneçam em aberto, bem como identificar
pesquisas que possam ser utilizadas para acelerar os
estudos nessa área.
Objetivos
•  Fornecer um panorama atual das pesquisas científicas
realizadas na área das Smart Cities, que abordem o seu
desenvolvimento com base na participação de pessoas e
na utilização de sensores.
a)  Realizar uma revisão sistemática da literatura
abordando o desenvolvimento das Smart Cities com base
na participação de pessoas e na utilização de sensores;
b)  Identificar lacunas nos estudos relacionados ao tema,
tornando possível o direcionamento para pesquisas
futuras;
c)  Classificar as pesquisas primárias selecionadas de
acordo com critérios tecnológico e científico.
Smart Cities
•  O termo “Smart City” vem sendo utilizado há vinte anos, e
evoluiu devido a preocupações com fornecimento de
serviços e consumo de recursos nos centros
urbanos(BARTOLI et al., 2011)
•  Pardo (NAM; PARDO, 2011) subdivide alguns sinônimos
de Smart City de acordo com as perspectivas Tecnológica,
Humana e Social.
Smart Cities
Fonte: (NAM; PARDO, 2011)
Fonte: (NAM; PARDO, 2011)
Smart Cities
•  De acordo com a dimensão observada, o termo Smart
City pode dar ênfase a aspectos diferentes:
• Fatores Tecnológicos – Infra estrutura de hardware e software;
• Fatores Humanos – Criatividade, diversidade e educação;
• Fatores Institucionais – Governança e políticas.
•  Uma cidade não pode ser considera como inteligente
tratando os fatores como se fossem peças isoladas. Eles
devem ser considerados como um conjunto.
Smart Cities
Fonte: (CARAGLIU; DEL BO; NIJKAMP, 2011)
Metodologia
•  Revisão Sistemática da Literatura (RSL).
•  Uma revisão da literatura é, quase sempre, a fase inicial
de qualquer pesquisa (BIOLCHINI et al., 2005).
•  A RSL vai além de uma simples revisão literária, utiliza
metodologia científica, e fornece um modo de integrar
estudos criando generalizações sobre o assunto.
•  Uma RSL, é o um meio de identificar, avaliar e interpretar
uma parte da pesquisa relevante a cerca de uma
determinada questão de pesquisa, área, ou fenômeno de
interesse (KITCHENHAM, 2007).
RSL
•  O modelo de revisão sistemática utilizada neste trabalho
foi baseado no proposto por Kitchenham (KITCHENHAM,
2007) e conduzido por Oliveira (OLIVEIRA; OSÓRIO;
NAKAGAWA, 2012) e Budgen (BUDGEN et al., 2007).
•  Foi utilizado um template para o protocolo, proposto por
Biolchini (BIOLCHINI et al., 2005) e adaptado para se
adequar as necessidades deste trabalho.
RSL
Fonte: (BIOLCHINI et al., 2005)
Protocolo
•  Objetivo
•  Questões de Pesquisa
•  Seleção de Fontes
•  Tipos de Publicações
•  Idiomas
•  Busca Manual
•  Expressão de Busca
•  Critérios de Seleção
•  Armazenamento da Informação
•  Extração e Classificação dos Dados
•  Categorização
•  Avaliação de Qualidade
•  Teste do Protocolo
Protocolo - Objetivo
•  Identificar e analisar pesquisas primárias, no contexto do
desenvolvimento das Smart Cities com a participação de
pessoas e utilização de sensores sob os aspectos humano
e tecnológico, e criar uma panorama da pesquisa científica
atual na área.
Protocolo – Questão de Pesquisa
Qual o papel de pessoas e sensores no
desenvolvimento das Smart Cities?
•  Novais et al. (NOVAIS et al., 2013) sugere a divisão da
questão de pesquisa em sub-questões, com o objetivo de
fornecer uma abrangência maior, pois ela pode ser
abordada sob diferentes aspectos.
Protocolo – Questão de Pesquisa
• Q1.1 Qual a influência da participação das pessoas ou
utilização dos sensores no estudo?
• Q1.2 Qual nível de infraestrutura prévia para que a
proposta do estudo seja viável?
• Q1.3 Em qual estágio de organização social a cidade
precisa estar para que o estudo seja viável?
• Q1.4 Qual a contribuição do estudo para a comunidade
científica?
• Q1.5 Como foi realizada a validação do estudo?
• Q1.6 Qual foi o principal aspecto da cidade afetado pelo
estudo?
Protocolo – Seleção das Fontes
Fonte: Elaborada pelo autor.
• Bases com maior número de publicações na área da computação;
• Bases com mais resultados para a consulta “Smart City”;
• Bases com a funcionalidade de exportação de dados.
Protocolo – Busca Manual
•  Para evitar que trabalhos relevantes não sejam avaliados
deve-se realizar a busca manual, que segundo Kitchenham
(KITCHENHAM, 2007) é uma estratégia encorajada por
vários autores.
•  De forma complementar a busca regular, deve-se realizar
uma busca nas referências dos estudos primários obtidos
(BAILEY et al., 2007).
•  Este procedimento recebe o nome de “snow-balling
search“.
Protocolo – Expressão de Busca
•  A expressão de busca é uma sentença lógica que deve
ser utilizada para realizar a busca nas bases de
publicações escolhidas.
(((digital OR smart) AND (city)) AND (development OR
creation OR expansion)) AND (iot OR ict) AND (people OR
citizen))
Protocolo – Etapas
Fonte: Elaborada pelo autor.
Protocolo – Critérios da Etapa
ET02
•  CR01 – Publicações repetidas (deve haver apenas uma);
•  CR02 – Publicações de mesmo autor que apresentem
conteúdo semelhante, mesmo que publicados em eventos
distintos (deve haver apenas uma);
•  CR03 – Estudos cujo texto não possa ser obtido com
auxílio do mecanismo de busca utilizado ou por meio de
outro mecanismo.
Protocolo – Critérios da Etapa
ET03
•  CR04 – A leitura do título indica que o estudo trata de um
assunto distinto do enfoque deste trabalho;
•  CR05 - A leitura do resumo indica que o estudo trata de
um assunto distinto do enfoque deste trabalho;
•  CR06 – A leitura do texto do estudo indica que o assunto
é distinto do enfoque deste trabalho;
Protocolo – Armazenamento
•  Para armazenar, organizar e avaliar as publicações
obtidas com as consultas às bases de publicações
selecionadas, optou-se por desenvolver um software
específico.
•  O Software de Apoio a Revisões Sistemáticas (SOARES)
foi desenvolvido adaptando-se o protocolo de revisão
definido para este estudo.
Protocolo – Categorização
•  Os estudos primários obtidos devem ser categorizados;
•  Esse processo deve ser realizado lendo-se os resumos e
identificando-se palavras-chave que descrevam a
contribuição do estudo (PETERSEN et al., 2007).
Protocolo – Avaliação de Qualidade
•  Segundo Kitchenham (KITCHENHAM, 2007), os critérios
de qualidade podem ser utilizados para ajudar a analisar e
resumir os dados obtidos, identificando subgrupos dentre
os estudos selecionados;
•  A avaliação de qualidade irá ajudar a determinar se a
qualidade dos estudos analisados influencia nos resultados
das publicações.
Protocolo – Avaliação de Qualidade
Fonte: Elaborada pelo autor.
Protocolo – Teste do Protocolo
•  Para assegurar que o protocolo está correto, deve se
conduzir um teste antes da execução final do protocolo, a
fim de identificar possíveis falhas introduzidas durante sua
definição (MONTONI, 2010) (BARCELLOS, 2009).
•  O teste deve ser executado em uma porção reduzida do
total de bases a serem utilizadas para a realização da
pesquisa (BARCELLOS, 2009).
Execução do Teste do Protocolo
•  O teste do protocolo utilizou as bases CPE e SDI, pois
apresentam a menor quantidade de publicações sobre
Smart Cities.
•  A consulta foi realizada em 04 de Março de 2015 e os
resultados obtidos foram avaliados segundo os critérios
definidos em cada uma das etapas de seleção.
Execução do Teste do Protocolo
Fonte: Elaborada pelo autor.
Execução do Protocolo
Fonte: Elaborada pelo autor.
ET01
ET02
ET03
Execução do Protocolo
Fonte: Elaborada pelo autor.
Avaliação Qualitativa
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
CQ01 CQ02 CQ03 CQ04 CQ05 CQ06 CQ07
Não se Aplica
Não
Sim
Fonte: Elaborada pelo autor.
Questão Q1.1
• Qual a influência da participação das pessoas ou utilização
dos sensores no estudo?
18%
22%
60%
Nenhum
Parcial
Completo
47%
20%
33% Nenhum
Parcial
Completo
Fonte: Elaborada pelo autor.
Fator Humano Fator Tecnológico
Questão Q1.2
•  Qual nível de infraestrutura prévia é necessária para
que o estudo seja executado?
•  Para auxiliar na classificação, utilizou-se a proposta apresentada
em Gama (GAMA; ALVARO; PEIXOTO, 2012), que utiliza uma
escala de cinco níveis, de 0 a 4, para descrever o grau de
maturidade tecnológica em uma Smart City.
0. Caótico
1. Inicial
2. Gerenciado
3. Integrado
4. Otimizado
Questão Q1.2
•  Qual nível de infraestrutura prévia é necessária para que o
estudo seja executado?
18%
45%
24%
9%
4%
Caótico
Inicial
Gerenciado
Integrado
Otimizado
Fonte: Elaborada pelo autor.
Questão Q1.3
•  Em qual estágio de organização social a cidade
precisa estar para que o estudo seja viável?
•  Para fins de classificação, definiu-se três categorias, utilizando
como base a os níveis descritos em Gama (GAMA; ALVARO;
PEIXOTO, 2012), porém simplificando, já que o modelo não
descreve a participação das pessoas em todos os níveis.
1. Caótico
2. Inicial
3. Avançado
Questão Q1.3
•  Em qual estágio de organização social a cidade
precisa estar para que o estudo seja viável?
24%
60%
16%
Caótico
Inicial
Avançado
Fonte: Elaborada pelo autor.
Questão Q1.4
•  Qual a contribuição do estudo para a comunidade
científica?
• Analisando-se as publicações, seus temas, seus objetivos
e suas palavras-chave, obtendo-se cinco áreas principais.
•  Infraestrutura;
•  Serviços;
•  Participação popular;
•  Conceitos;
•  Ambiente e recursos naturais.
Questão Q1.4
•  Qual a contribuição do estudo para a comunidade
científica?
Fonte: Elaborada pelo autor.
13%
13%
36%
24%
13%
Infraestrutura
Serviços
Participação popular
Conceitos
Ambiente e recursos naturais
Questão Q1.4
•  Qual a contribuição do estudo para a comunidade
científica?
Fonte: Elaborada pelo autor.
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Serviços 2 0 0 1 3 0
Participação Popular 2 5 2 5 2 0
Infraestrutura 0 2 0 0 3 1
Conceitos 1 5 2 2 1 0
Ambiente e Recursos Naturais 0 1 1 2 2 0
0
2
4
6
8
10
12
14
Questão Q1.5
•  Como foi realizada a validação do estudo?
31%
31%
38%
Estudo de Caso
Não Houve
Implementação
Fonte: Elaborada pelo autor.
Questão Q1.6
•  Qual foi o principal aspecto da cidade afetado pelo
estudo?
•  Economia
•  Pessoas
•  Governança
•  Mobilidade
•  Ambiente
•  Moradia
(GIFFINGER; FERTNER; KRAMAR, 2007)
Questão Q1.6
•  Qual foi o principal aspecto da cidade afetado pelo
estudo?
Fonte: Elaborada pelo autor.
2%
18%
18%
27%
24%
11%
Economia
Pessoas
Governança
Mobilidade
Ambiente
Moradia
Questão Q1.6
•  Qual foi o principal aspecto da cidade afetado pelo
estudo?
Fonte: Elaborada pelo autor.
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Pessoas 3 3 0 1 1 0
Moradia 0 3 1 0 1 0
Mobilidade 2 1 1 4 4 0
Governança 0 3 2 2 1 0
Economia 0 0 0 0 1 0
Ambiente 0 3 1 3 3 1
0
2
4
6
8
10
12
14
Análise Bidimensional
• As questões foram combinadas com outras para serem
analisadas com maior profundidade.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Sub-Questões Q1.1 x Q1.2
Fonte: Elaborada pelo autor.
Pessoas
Sensores
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
Caótico
Inicial
Gerenciado
Integrado
Otimizado
Caótico Inicial Gerenciado Integrado Otimizado
Pessoas 16,21% 48,64% 21,62% 8,10% 5,40%
Sensores 29,16% 37,50% 33,33% 0% 0%
Sub-Questões Q1.1 x Q1.3
Fonte: Elaborada pelo autor.
Pessoas
Sensores
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
Caótico
Inicial
Avançado
Caótico Inicial Avançado
Pessoas 13,51% 70,27% 16,22%
Sensores 45,83% 54,17% 0,00%
Sub-Questões Q1.1 x Q1.4
Fonte: Elaborada pelo autor.
Pessoas
Sensores
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Serviços
Conceitos
Infraestrutura
Ambiente e
Recursos Naturais Participação
Popular
Serviços Conceitos Infraestrutura
Ambiente e Recursos
Naturais
Participação Popular
Pessoas 16% 24% 3% 14% 43%
Sensores 21% 38% 21% 13% 8%
Sub-Questões Q1.1 x Q1.5
Fonte: Elaborada pelo autor.
Pessoas
Sensores
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Implementação
Não Houve
Estudo de Caso
Implementação Não Houve Estudo de Caso
Pessoas 41% 30% 30%
Sensores 25% 46% 29%
Sub-Questões Q1.1 x Q1.6
Fonte: Elaborada pelo autor.
Pessoas
Sensores
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Economia
Ambiente
Mobilidade
Governança
Moradia
Pessoas
Economia Ambiente Mobilidade Governança Moradia Pessoas
Pessoas 3% 24% 22% 19% 11% 22%
Sensores 4% 25% 29% 21% 8% 13%
Sub-Questões Q1.4 x Q1.5
Fonte: Elaborada pelo autor.
Estudo de Caso
Não Houve
Implemetação
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Ambiente e
Recursos
Naturais
Conceitos
Infraestrutura
Participação
Popular Serviços
Ambiente e Recursos
Naturais
Conceitos Infraestrutura Participação Popular Serviços
Estudo de Caso 1 1 3 8 1
Não Houve 0 10 1 1 2
Implemetação 5 0 2 7 3
Sub-Questões 1.4 x 1.6
Fonte: Elaborada pelo autor.
Ambiente
Conceitos
Infraestrutura
Participação Popular
Serviços
0
1
2
3
4
5
6
Economia
Pessoas
Governança
Mobilidade
Ambiente
Moradia
Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia
Ambiente 0 0 0 0 6 0
Conceitos 0 2 4 3 1 1
Infraestrutura 0 0 0 3 2 1
Participação Popular 0 5 2 4 2 3
Serviços 1 1 2 2 0 0
Sub-Questões Q1.6 x Q1.2
Fonte: Elaborada pelo autor.
Caótico
Inicial
Gerenciado
Integrado
Otimizado
0
1
2
3
4
5
6
7
Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia
Caótico 0 2 4 1 1 0
Inicial 1 5 0 4 7 3
Gerenciado 0 0 2 5 2 2
Integrado 0 1 1 1 1 0
Otimizado 0 0 1 1 0 0
Sub-Questões Q1.6 x Q1.3
Fonte: Elaborada pelo autor.
Caótico
Inicial
Avançado
0
1
2
3
4
5
6
7
Economia
Pessoas
Governança
Mobilidade
Ambiente
Moradia
Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia
Caótico 1 0 4 3 3 0
Inicial 0 6 2 7 7 5
Avançado 0 2 2 2 1 0
Conclusões
•  Com auxílio das sub-questões de pesquisa foi possível
direcionar a análise das publicações de forma atingir os
objetivos geral e específicos, definidos para este estudo.
•  O objetivo geral foi alcançado ao realizar-se a análise
bidimensional dos resultados das sub-questões de
pesquisa.
•  Pôde-se verificar que pessoas e sensores possuem
grande importância no desenvolvimento das Smart Cities,
variando de acordo com o grau de desenvolvimento
tecnológico e social que cada cidade se encontra, bem
como das necessidades de cada uma.
Conclusões
•  Foi possível também classificar os estudos obtidos sob
vários critérios, técnicos e científicos, e identificar áreas
que necessitam de mais atenção no âmbito científico, no
que diz respeito a participação popular e a utilização de
sensores para o desenvolvimento das Smart Cities. De
modo que os resultados obtidos podem direcionar a
realização de pesquisas futuras nestas áreas mais
carentes.
FIM
Referências
BAILEY, J. et al. Search Engine Overlaps  : Do they agree or disagree? Second
International Workshop on Realising Evidence-Based Software Engineering
(REBSE ’07), p. 2–2, maio 2007.
BARCELLOS, M. P. Uma Estratégia Para Medição de Software e Avaliação de
Bases de Medidas Para Controle Estatístico de Processos de Software em
Organizações de Alta Maturidade. 2009.
BARTOLI, A. et al. Security and Privacy in your Smart City. cttc.cat, p. 1–6,
2011.
BIOLCHINI, J. et al. Systematic Review in Software Engineering. n. May, 2005.
BUDGEN, D. et al. Using Mapping Studies in Software Engineering. PPIG’08:
20th Annual Meeting of the Psichology of Programming Interest Group, v. 2, p.
195–204, 2007.
CARAGLIU, A.; DEL BO, C.; NIJKAMP, P. Smart cities in Europe. Journal of
Urban Technology, v. 18, n. 2, p. 65–82, 2011a.
Referências
GAMA, K.; ALVARO, A.; PEIXOTO, E. Em Direção a um Modelo de Maturidade
Tecnológica para Cidades Inteligentes. VIII Simpósio Brasileiro de Sistemas de
Informação, p. 150–155, 2012.
GANTI, R.; YE, F.; LEI, H. Mobile crowdsensing: current state and future
challenges. IEEE Communications Magazine, v. 49, n. 11, p. 32–39, nov. 2011.
GIFFINGER, R.; FERTNER, C.; KRAMAR, H. Smart cities-Ranking of
European medium-sized cities. Vienna University of Technology, n. October,
2007.
KITCHENHAM, B. A. Guidelines for performing Systematic Literature Reviews
in Software Engineering. 2007.
MONTONI, M. A. UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE OS FATORES CRÍTICOS DE
SUCESSO EM INICIATIVAS DE MELHORIA DE PROCESSOS DE
SOFTWARE. 2010.
Referências
NAM, T.; PARDO, T. A. Conceptualizing smart city with dimensions of
technology, people, and institutionsProceedings of the 12th Annual
International Digital Government Research Conference on Digital Government
Innovation in Challenging Times - dg.o ’11. Anais...New York, New York, USA:
ACM Press, 12 jun. 2011cDisponível em: <http://dl.acm.org/citation.cfm?
id=2037556.2037602>. Acesso em: 1 jun. 2014
NOVAIS, R. L. et al. Software evolution visualization: A systematic mapping
study. Information and Software Technology, v. 55, n. 11, p. 1860–1883, nov.
2013.
OLIVEIRA, L. B. R.; OSÓRIO, F. S.; NAKAGAWA, E. Y. A Systematic Review
on Service-Oriented Robotic Systems Development. 2012.
PETERSEN, K. et al. Systematic Mapping Studies in Software Engineering. p.
1–10, 2007.
YASHIRO, T. et al. An Internet of Things (IoT) architecture for embedded
appliances. 2013 IEEE Region 10 Humanitarian Technology Conference, p.
314–319, ago. 2013.

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O Papel das Pessoas dos Sensores no Desenvolvimento das Smart Cities: Uma Revisão Sistemática da Literatura

  • 1. O PAPEL DAS PESSOAS E DOS SENSORES NO DESENVOLVIMENTO DAS SMART CITIES UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA Italberto Figueira Dantas Orientador: Prof. MsC. Felipe Silva Ferraz
  • 2. Sumário •  Motivação •  Problema •  Objetivos •  Smart Cities •  Metodologia •  Protocolo •  Execução do Protocolo •  Avaliação Qualitativa •  Análise dos Resultados •  Conclusões
  • 3. Motivação •  O aumento acelerado da população urbana nas cidades faz com que se enfrente muitos problemas, como por exemplo, a deterioração dos serviços de transporte público, a diminuição da qualidade do ar e o aumento do desemprego, etc (NAM; PARDO, 2011). •  Para mitigar os problemas causados pelo crescimento populacional, um dos recursos mais utilizados é a tecnologia. Algumas, como IoT são utilizadas no contexto das Smart Cities por seu potencial de melhorar a qualidade de vida da população (YASHIRO et al., 2013).
  • 4. Motivação •  Outro conceito empregado no contexto das Smart Cities, é o crowdsensing que coleta de dados fornecidos por pessoas para analisar um fenômeno que não poderia ser avaliado utilizando-se apenas dados de sensores (GANTI; YE; LEI, 2011). •  Toda iniciativa que ajude a entender como o crescimento dos centros urbanos ocorre e como mitigar os problemas causados durante este processo, são importantes. •  Neste trabalho, os fatores humano e tecnológico são abordados de modo a delinear seu papel no desenvolvimento das Smart Cities.
  • 5. Problema •  Existe uma quantidade significativa de trabalhos abordando a participação de pessoas e a utilização de sensores no âmbito das Smart Cities. Assim, tem-se a necessidade de visualizar de forma macro o panorama atual nesta linha de pesquisa, a fim de identificar questões que permaneçam em aberto, bem como identificar pesquisas que possam ser utilizadas para acelerar os estudos nessa área.
  • 6. Objetivos •  Fornecer um panorama atual das pesquisas científicas realizadas na área das Smart Cities, que abordem o seu desenvolvimento com base na participação de pessoas e na utilização de sensores. a)  Realizar uma revisão sistemática da literatura abordando o desenvolvimento das Smart Cities com base na participação de pessoas e na utilização de sensores; b)  Identificar lacunas nos estudos relacionados ao tema, tornando possível o direcionamento para pesquisas futuras; c)  Classificar as pesquisas primárias selecionadas de acordo com critérios tecnológico e científico.
  • 7. Smart Cities •  O termo “Smart City” vem sendo utilizado há vinte anos, e evoluiu devido a preocupações com fornecimento de serviços e consumo de recursos nos centros urbanos(BARTOLI et al., 2011) •  Pardo (NAM; PARDO, 2011) subdivide alguns sinônimos de Smart City de acordo com as perspectivas Tecnológica, Humana e Social.
  • 8. Smart Cities Fonte: (NAM; PARDO, 2011) Fonte: (NAM; PARDO, 2011)
  • 9. Smart Cities •  De acordo com a dimensão observada, o termo Smart City pode dar ênfase a aspectos diferentes: • Fatores Tecnológicos – Infra estrutura de hardware e software; • Fatores Humanos – Criatividade, diversidade e educação; • Fatores Institucionais – Governança e políticas. •  Uma cidade não pode ser considera como inteligente tratando os fatores como se fossem peças isoladas. Eles devem ser considerados como um conjunto.
  • 10. Smart Cities Fonte: (CARAGLIU; DEL BO; NIJKAMP, 2011)
  • 11. Metodologia •  Revisão Sistemática da Literatura (RSL). •  Uma revisão da literatura é, quase sempre, a fase inicial de qualquer pesquisa (BIOLCHINI et al., 2005). •  A RSL vai além de uma simples revisão literária, utiliza metodologia científica, e fornece um modo de integrar estudos criando generalizações sobre o assunto. •  Uma RSL, é o um meio de identificar, avaliar e interpretar uma parte da pesquisa relevante a cerca de uma determinada questão de pesquisa, área, ou fenômeno de interesse (KITCHENHAM, 2007).
  • 12. RSL •  O modelo de revisão sistemática utilizada neste trabalho foi baseado no proposto por Kitchenham (KITCHENHAM, 2007) e conduzido por Oliveira (OLIVEIRA; OSÓRIO; NAKAGAWA, 2012) e Budgen (BUDGEN et al., 2007). •  Foi utilizado um template para o protocolo, proposto por Biolchini (BIOLCHINI et al., 2005) e adaptado para se adequar as necessidades deste trabalho.
  • 14. Protocolo •  Objetivo •  Questões de Pesquisa •  Seleção de Fontes •  Tipos de Publicações •  Idiomas •  Busca Manual •  Expressão de Busca •  Critérios de Seleção •  Armazenamento da Informação •  Extração e Classificação dos Dados •  Categorização •  Avaliação de Qualidade •  Teste do Protocolo
  • 15. Protocolo - Objetivo •  Identificar e analisar pesquisas primárias, no contexto do desenvolvimento das Smart Cities com a participação de pessoas e utilização de sensores sob os aspectos humano e tecnológico, e criar uma panorama da pesquisa científica atual na área.
  • 16. Protocolo – Questão de Pesquisa Qual o papel de pessoas e sensores no desenvolvimento das Smart Cities? •  Novais et al. (NOVAIS et al., 2013) sugere a divisão da questão de pesquisa em sub-questões, com o objetivo de fornecer uma abrangência maior, pois ela pode ser abordada sob diferentes aspectos.
  • 17. Protocolo – Questão de Pesquisa • Q1.1 Qual a influência da participação das pessoas ou utilização dos sensores no estudo? • Q1.2 Qual nível de infraestrutura prévia para que a proposta do estudo seja viável? • Q1.3 Em qual estágio de organização social a cidade precisa estar para que o estudo seja viável? • Q1.4 Qual a contribuição do estudo para a comunidade científica? • Q1.5 Como foi realizada a validação do estudo? • Q1.6 Qual foi o principal aspecto da cidade afetado pelo estudo?
  • 18. Protocolo – Seleção das Fontes Fonte: Elaborada pelo autor. • Bases com maior número de publicações na área da computação; • Bases com mais resultados para a consulta “Smart City”; • Bases com a funcionalidade de exportação de dados.
  • 19. Protocolo – Busca Manual •  Para evitar que trabalhos relevantes não sejam avaliados deve-se realizar a busca manual, que segundo Kitchenham (KITCHENHAM, 2007) é uma estratégia encorajada por vários autores. •  De forma complementar a busca regular, deve-se realizar uma busca nas referências dos estudos primários obtidos (BAILEY et al., 2007). •  Este procedimento recebe o nome de “snow-balling search“.
  • 20. Protocolo – Expressão de Busca •  A expressão de busca é uma sentença lógica que deve ser utilizada para realizar a busca nas bases de publicações escolhidas. (((digital OR smart) AND (city)) AND (development OR creation OR expansion)) AND (iot OR ict) AND (people OR citizen))
  • 21. Protocolo – Etapas Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 22. Protocolo – Critérios da Etapa ET02 •  CR01 – Publicações repetidas (deve haver apenas uma); •  CR02 – Publicações de mesmo autor que apresentem conteúdo semelhante, mesmo que publicados em eventos distintos (deve haver apenas uma); •  CR03 – Estudos cujo texto não possa ser obtido com auxílio do mecanismo de busca utilizado ou por meio de outro mecanismo.
  • 23. Protocolo – Critérios da Etapa ET03 •  CR04 – A leitura do título indica que o estudo trata de um assunto distinto do enfoque deste trabalho; •  CR05 - A leitura do resumo indica que o estudo trata de um assunto distinto do enfoque deste trabalho; •  CR06 – A leitura do texto do estudo indica que o assunto é distinto do enfoque deste trabalho;
  • 24. Protocolo – Armazenamento •  Para armazenar, organizar e avaliar as publicações obtidas com as consultas às bases de publicações selecionadas, optou-se por desenvolver um software específico. •  O Software de Apoio a Revisões Sistemáticas (SOARES) foi desenvolvido adaptando-se o protocolo de revisão definido para este estudo.
  • 25. Protocolo – Categorização •  Os estudos primários obtidos devem ser categorizados; •  Esse processo deve ser realizado lendo-se os resumos e identificando-se palavras-chave que descrevam a contribuição do estudo (PETERSEN et al., 2007).
  • 26. Protocolo – Avaliação de Qualidade •  Segundo Kitchenham (KITCHENHAM, 2007), os critérios de qualidade podem ser utilizados para ajudar a analisar e resumir os dados obtidos, identificando subgrupos dentre os estudos selecionados; •  A avaliação de qualidade irá ajudar a determinar se a qualidade dos estudos analisados influencia nos resultados das publicações.
  • 27. Protocolo – Avaliação de Qualidade Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 28. Protocolo – Teste do Protocolo •  Para assegurar que o protocolo está correto, deve se conduzir um teste antes da execução final do protocolo, a fim de identificar possíveis falhas introduzidas durante sua definição (MONTONI, 2010) (BARCELLOS, 2009). •  O teste deve ser executado em uma porção reduzida do total de bases a serem utilizadas para a realização da pesquisa (BARCELLOS, 2009).
  • 29. Execução do Teste do Protocolo •  O teste do protocolo utilizou as bases CPE e SDI, pois apresentam a menor quantidade de publicações sobre Smart Cities. •  A consulta foi realizada em 04 de Março de 2015 e os resultados obtidos foram avaliados segundo os critérios definidos em cada uma das etapas de seleção.
  • 30. Execução do Teste do Protocolo Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 31. Execução do Protocolo Fonte: Elaborada pelo autor. ET01 ET02 ET03
  • 32. Execução do Protocolo Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 33. Avaliação Qualitativa 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 CQ01 CQ02 CQ03 CQ04 CQ05 CQ06 CQ07 Não se Aplica Não Sim Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 34. Questão Q1.1 • Qual a influência da participação das pessoas ou utilização dos sensores no estudo? 18% 22% 60% Nenhum Parcial Completo 47% 20% 33% Nenhum Parcial Completo Fonte: Elaborada pelo autor. Fator Humano Fator Tecnológico
  • 35. Questão Q1.2 •  Qual nível de infraestrutura prévia é necessária para que o estudo seja executado? •  Para auxiliar na classificação, utilizou-se a proposta apresentada em Gama (GAMA; ALVARO; PEIXOTO, 2012), que utiliza uma escala de cinco níveis, de 0 a 4, para descrever o grau de maturidade tecnológica em uma Smart City. 0. Caótico 1. Inicial 2. Gerenciado 3. Integrado 4. Otimizado
  • 36. Questão Q1.2 •  Qual nível de infraestrutura prévia é necessária para que o estudo seja executado? 18% 45% 24% 9% 4% Caótico Inicial Gerenciado Integrado Otimizado Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 37. Questão Q1.3 •  Em qual estágio de organização social a cidade precisa estar para que o estudo seja viável? •  Para fins de classificação, definiu-se três categorias, utilizando como base a os níveis descritos em Gama (GAMA; ALVARO; PEIXOTO, 2012), porém simplificando, já que o modelo não descreve a participação das pessoas em todos os níveis. 1. Caótico 2. Inicial 3. Avançado
  • 38. Questão Q1.3 •  Em qual estágio de organização social a cidade precisa estar para que o estudo seja viável? 24% 60% 16% Caótico Inicial Avançado Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 39. Questão Q1.4 •  Qual a contribuição do estudo para a comunidade científica? • Analisando-se as publicações, seus temas, seus objetivos e suas palavras-chave, obtendo-se cinco áreas principais. •  Infraestrutura; •  Serviços; •  Participação popular; •  Conceitos; •  Ambiente e recursos naturais.
  • 40. Questão Q1.4 •  Qual a contribuição do estudo para a comunidade científica? Fonte: Elaborada pelo autor. 13% 13% 36% 24% 13% Infraestrutura Serviços Participação popular Conceitos Ambiente e recursos naturais
  • 41. Questão Q1.4 •  Qual a contribuição do estudo para a comunidade científica? Fonte: Elaborada pelo autor. 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Serviços 2 0 0 1 3 0 Participação Popular 2 5 2 5 2 0 Infraestrutura 0 2 0 0 3 1 Conceitos 1 5 2 2 1 0 Ambiente e Recursos Naturais 0 1 1 2 2 0 0 2 4 6 8 10 12 14
  • 42. Questão Q1.5 •  Como foi realizada a validação do estudo? 31% 31% 38% Estudo de Caso Não Houve Implementação Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 43. Questão Q1.6 •  Qual foi o principal aspecto da cidade afetado pelo estudo? •  Economia •  Pessoas •  Governança •  Mobilidade •  Ambiente •  Moradia (GIFFINGER; FERTNER; KRAMAR, 2007)
  • 44. Questão Q1.6 •  Qual foi o principal aspecto da cidade afetado pelo estudo? Fonte: Elaborada pelo autor. 2% 18% 18% 27% 24% 11% Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia
  • 45. Questão Q1.6 •  Qual foi o principal aspecto da cidade afetado pelo estudo? Fonte: Elaborada pelo autor. 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Pessoas 3 3 0 1 1 0 Moradia 0 3 1 0 1 0 Mobilidade 2 1 1 4 4 0 Governança 0 3 2 2 1 0 Economia 0 0 0 0 1 0 Ambiente 0 3 1 3 3 1 0 2 4 6 8 10 12 14
  • 46. Análise Bidimensional • As questões foram combinadas com outras para serem analisadas com maior profundidade. Fonte: Elaborada pelo autor.
  • 47. Sub-Questões Q1.1 x Q1.2 Fonte: Elaborada pelo autor. Pessoas Sensores 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00% 50,00% Caótico Inicial Gerenciado Integrado Otimizado Caótico Inicial Gerenciado Integrado Otimizado Pessoas 16,21% 48,64% 21,62% 8,10% 5,40% Sensores 29,16% 37,50% 33,33% 0% 0%
  • 48. Sub-Questões Q1.1 x Q1.3 Fonte: Elaborada pelo autor. Pessoas Sensores 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% Caótico Inicial Avançado Caótico Inicial Avançado Pessoas 13,51% 70,27% 16,22% Sensores 45,83% 54,17% 0,00%
  • 49. Sub-Questões Q1.1 x Q1.4 Fonte: Elaborada pelo autor. Pessoas Sensores 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% Serviços Conceitos Infraestrutura Ambiente e Recursos Naturais Participação Popular Serviços Conceitos Infraestrutura Ambiente e Recursos Naturais Participação Popular Pessoas 16% 24% 3% 14% 43% Sensores 21% 38% 21% 13% 8%
  • 50. Sub-Questões Q1.1 x Q1.5 Fonte: Elaborada pelo autor. Pessoas Sensores 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% Implementação Não Houve Estudo de Caso Implementação Não Houve Estudo de Caso Pessoas 41% 30% 30% Sensores 25% 46% 29%
  • 51. Sub-Questões Q1.1 x Q1.6 Fonte: Elaborada pelo autor. Pessoas Sensores 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% Economia Ambiente Mobilidade Governança Moradia Pessoas Economia Ambiente Mobilidade Governança Moradia Pessoas Pessoas 3% 24% 22% 19% 11% 22% Sensores 4% 25% 29% 21% 8% 13%
  • 52. Sub-Questões Q1.4 x Q1.5 Fonte: Elaborada pelo autor. Estudo de Caso Não Houve Implemetação 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Ambiente e Recursos Naturais Conceitos Infraestrutura Participação Popular Serviços Ambiente e Recursos Naturais Conceitos Infraestrutura Participação Popular Serviços Estudo de Caso 1 1 3 8 1 Não Houve 0 10 1 1 2 Implemetação 5 0 2 7 3
  • 53. Sub-Questões 1.4 x 1.6 Fonte: Elaborada pelo autor. Ambiente Conceitos Infraestrutura Participação Popular Serviços 0 1 2 3 4 5 6 Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia Ambiente 0 0 0 0 6 0 Conceitos 0 2 4 3 1 1 Infraestrutura 0 0 0 3 2 1 Participação Popular 0 5 2 4 2 3 Serviços 1 1 2 2 0 0
  • 54. Sub-Questões Q1.6 x Q1.2 Fonte: Elaborada pelo autor. Caótico Inicial Gerenciado Integrado Otimizado 0 1 2 3 4 5 6 7 Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia Caótico 0 2 4 1 1 0 Inicial 1 5 0 4 7 3 Gerenciado 0 0 2 5 2 2 Integrado 0 1 1 1 1 0 Otimizado 0 0 1 1 0 0
  • 55. Sub-Questões Q1.6 x Q1.3 Fonte: Elaborada pelo autor. Caótico Inicial Avançado 0 1 2 3 4 5 6 7 Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia Economia Pessoas Governança Mobilidade Ambiente Moradia Caótico 1 0 4 3 3 0 Inicial 0 6 2 7 7 5 Avançado 0 2 2 2 1 0
  • 56. Conclusões •  Com auxílio das sub-questões de pesquisa foi possível direcionar a análise das publicações de forma atingir os objetivos geral e específicos, definidos para este estudo. •  O objetivo geral foi alcançado ao realizar-se a análise bidimensional dos resultados das sub-questões de pesquisa. •  Pôde-se verificar que pessoas e sensores possuem grande importância no desenvolvimento das Smart Cities, variando de acordo com o grau de desenvolvimento tecnológico e social que cada cidade se encontra, bem como das necessidades de cada uma.
  • 57. Conclusões •  Foi possível também classificar os estudos obtidos sob vários critérios, técnicos e científicos, e identificar áreas que necessitam de mais atenção no âmbito científico, no que diz respeito a participação popular e a utilização de sensores para o desenvolvimento das Smart Cities. De modo que os resultados obtidos podem direcionar a realização de pesquisas futuras nestas áreas mais carentes.
  • 58. FIM
  • 59. Referências BAILEY, J. et al. Search Engine Overlaps  : Do they agree or disagree? Second International Workshop on Realising Evidence-Based Software Engineering (REBSE ’07), p. 2–2, maio 2007. BARCELLOS, M. P. Uma Estratégia Para Medição de Software e Avaliação de Bases de Medidas Para Controle Estatístico de Processos de Software em Organizações de Alta Maturidade. 2009. BARTOLI, A. et al. Security and Privacy in your Smart City. cttc.cat, p. 1–6, 2011. BIOLCHINI, J. et al. Systematic Review in Software Engineering. n. May, 2005. BUDGEN, D. et al. Using Mapping Studies in Software Engineering. PPIG’08: 20th Annual Meeting of the Psichology of Programming Interest Group, v. 2, p. 195–204, 2007. CARAGLIU, A.; DEL BO, C.; NIJKAMP, P. Smart cities in Europe. Journal of Urban Technology, v. 18, n. 2, p. 65–82, 2011a.
  • 60. Referências GAMA, K.; ALVARO, A.; PEIXOTO, E. Em Direção a um Modelo de Maturidade Tecnológica para Cidades Inteligentes. VIII Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação, p. 150–155, 2012. GANTI, R.; YE, F.; LEI, H. Mobile crowdsensing: current state and future challenges. IEEE Communications Magazine, v. 49, n. 11, p. 32–39, nov. 2011. GIFFINGER, R.; FERTNER, C.; KRAMAR, H. Smart cities-Ranking of European medium-sized cities. Vienna University of Technology, n. October, 2007. KITCHENHAM, B. A. Guidelines for performing Systematic Literature Reviews in Software Engineering. 2007. MONTONI, M. A. UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE OS FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM INICIATIVAS DE MELHORIA DE PROCESSOS DE SOFTWARE. 2010.
  • 61. Referências NAM, T.; PARDO, T. A. Conceptualizing smart city with dimensions of technology, people, and institutionsProceedings of the 12th Annual International Digital Government Research Conference on Digital Government Innovation in Challenging Times - dg.o ’11. Anais...New York, New York, USA: ACM Press, 12 jun. 2011cDisponível em: <http://dl.acm.org/citation.cfm? id=2037556.2037602>. Acesso em: 1 jun. 2014 NOVAIS, R. L. et al. Software evolution visualization: A systematic mapping study. Information and Software Technology, v. 55, n. 11, p. 1860–1883, nov. 2013. OLIVEIRA, L. B. R.; OSÓRIO, F. S.; NAKAGAWA, E. Y. A Systematic Review on Service-Oriented Robotic Systems Development. 2012. PETERSEN, K. et al. Systematic Mapping Studies in Software Engineering. p. 1–10, 2007. YASHIRO, T. et al. An Internet of Things (IoT) architecture for embedded appliances. 2013 IEEE Region 10 Humanitarian Technology Conference, p. 314–319, ago. 2013.