1. Olá
a
todos,
meu
nome
é
Mariana
Louza,
sou
aluna
de
mestrado
do
Prof.
José
Garcia
Abreu
pelo
Programa
de
Ciências
Morfológicas
do
ICB
na
UFRJ.
Durante
o
ano
passado
eu
estive
envolvida
em
pedidos
de
bolsa
para
realizar
meu
doutorado
pleno
no
exterior,
e
foi
justamente
em
busca
de
informações
que
conheci
o
Rodrigo
e
o
Igor,
que
me
convidaram
pra
escrever
no
blog
dando
dicas
aos
alunos
que
estejam
interessados
em
estudar
fora
do
país
também.
Resolvi
dividir
minhas
dicas
em
tópicos,
então
além
da
visão
geral,
gostaria
de
falar
mais
sobre
o
processo
de
escolha
das
universidades,
os
contatos
com
os
pesquisadores,
a
aplicação
em
si
-‐
requisitos,
inscrições
nos
sites,
taxas,
documentos
e
cartas-‐,
as
provas
de
proeficiência
e
enfim,
o
resultado.
Pra
começar,
o
mais
importante
dessa
decisão
é
a
determinação,
você
tem
que
ter
certeza
do
que
quer,
pois
o
processo
é
muito
difícil,
longo
e
caro
também,
então
o
melhor
é
preparar
a
cabeça
e
o
bolso
pro
que
vem
por
aí.
A
escolha
da
universidade
é
muito
pessoal,
depende
da
sua
área
de
interesse,
e
primeiramente
deve-‐se
definir
o
país
(ou
os
países)
onde
irá
aplicar.
Cada
um
tem
suas
vantagens
e
desvantagens,
os
Estados
Unidos,
por
exemplo,
apesar
de
muito
atrativo
é
um
país
de
difícil
aceitação
a
estrageiros,
já
os
países
europeus
são
muito
abertos
a
receberem
alunos
de
fora,
além
da
disponibilidade
de
bolsas.
Eu
decidi
aplicar
pra
universidades
americanas
primeiramente,
e
caso
não
obtivesse
nenhum
resultado
positivo
iria
em
busca
das
européias,
então
essas
dicas
são
todas
voltadas
ao
processo
americano
de
admissão.
Optei
por
buscar
nos
sites
das
revistas
de
Biologia
do
Desenvolvimento
os
nomes
dos
orientadores
que
estivessem
publicando
bem,
e
em
temas
do
meu
interesse,
fiz
uma
lista
enorme
primeiramente,
e
depois
fui
olhando
um
a
um.
Cheguei
a
uma
lista
final,
e
então
fui
atrás
das
universidades
de
cada
um,
vendo
o
nivel
da
Pós,
a
estrutura
do
departamento,
e
a
possibilidade
de
receber
estrangeiros.
A
internet
é
a
base
da
sua
busca,
pois
você
encontra
facilmente
os
sites
das
universidades,
com
todas
a
informações
dos
programas
de
Pós-‐Graduação:
grade
curricular,
professores
envolvidos
em
orientação
e
aplicação
online.
Um
passo
importante
é
você
iniciar
o
contato
com
esses
pesquisadores,
um
simples
e-‐mail
pode
abrir
muitas
portas.
É
legal
dizer
além
de
quem
você
é,
onde
estuda,
experiência
que
possui
em
laboratório,
o
que
faz
atualmente
no
seu
projeto,
e
por
fim
explicar
porque
seu
interesse
em
estudar
fora
do
seu
país
e
deixar
claro
quais
os
pontos
desse
professor
e
da
pesquisa
desenvolvida
que
mais
te
atraíram.
Aí
é
só
aguardar!
Por
experiência
própria,
nem
precisa
esperar
muito,
a
maioria
deles
responde
dias
depois,
mesmo
que
seja
só
pra
dizer
que
infelizmente
não
tem
uma
vaga
disponivel,
mas
eles
sempre
te
dão
algum
tipo
de
feedback.
Outra
dica
é
entrar
em
contato
e
pesquisar
sobre
o
dia
de
visitas
que
quase
todas
as
universidades
oferecem
uma
vez
por
período,
onde
os
aspirantes
podem
fazer
visitas
aos
campi
e
conhecer
a
universidade.
É
uma
ótima
oportunidade
para
se
falar
com
possíveis
orientadores
e
com
os
membros
da
seleção
do
PhD.
Voltando
a
sua
lista
agora,
o
próximo
passo
é
entrar
no
site
de
cada
Universidade
e
ir
conferir
quais
os
documentos,
provas
e
cartas
que
eles
pedem.
Faça
isso
com
antecedência
e
anote
o
deadline
para
submissão!!
A
pior
coisa
que
pode
acontecer
é
você
descobrir
em
cima
da
hora
que
eles
pediam
algum
2. documento
difícil
de
conseguir
as
pressas...
Vale
a
pena
ir
se
inscrevendo
aos
poucos
nos
sites
e
dar
uma
conferida
até
a
última
página
da
aplicação
para
não
ter
nenhuma
surpresa
depois.
No
geral
o
que
eles
pedem
são:
informações
básicas,
históricos
da
faculdade
e
mestrado
(se
tiver)
TRADUZIDOS,
cartas
de
recomendação,
personal
statement,
curriculo,
resultados
das
provas
de
inglês
e
uma
taxa.
As
informações
iniciais
incluem,
endereço,
telefone
para
contato,
e-‐mail,
e
então
as
perguntas
entram
na
sua
vida
acadêmica,
pedindo
nome
das
universidades
e
endereços,
e
dependendo
da
aplicação
você
precisa
dizer
seu
Coeficiente
de
Rendimento
total,
que
eles
chamam
de
GPA
e
vai
de
0
a
4
(onde
uma
regrinha
de
3
resolve
o
problema
da
conversão).
O
que
eles
chamam
de
transcripts,
são
os
históricos
da
faculdade
e
do
mestrado,
e
eles
têm
que
ser
traduzidos
por
um
tradutor
juramentado,
você
pode
buscar
no
site
(http://www.atprio.com.br/pages/menu.htm),
e
se
preparar
pra
facada
pois
é
muito
cara,
a
minha
tradução
de
duas
páginas
de
histórico
foi
250
reais,
incluindo
6
cópias
que
foram
todas
carimbadas
e
assinadas.
Uma
vez
traduzido
seu
histórico,
você
deve
pedir
com
antecedência
de
um
mês
pelo
menos
para
a
sua
universidade
enviar
ao
admissions
office
esse
documento
em
envelope
selado
e
carimbado.
As
cartas
de
recomendação
devem
ser
escritas
em
inglês
por
pessoas
que
tenham
um
contato
com
você,
normalmente
pedem
3
cartas,
e
uma
deve
ser
do
seu
orientador,
aquele
que
mais
vai
poder
falar
sobre
você
e
o
trabalho
que
você
desenvolve
no
laboratório,
as
outras
duas
ficam
ao
seu
critério.
Dependendo
da
universidade
essas
cartas
devem
ser
enviadas
pelo
correio
(que
demora
cerca
de
10
dias
úteis)
ou
submetidas
online,
e
é
importante
anotar
com
atenção
o
endereço
de
envio
que
o
próprio
site
indica.
O
personal
statement
é
uma
carta
que
você
escreve
falando
sobre
toda
sua
vida
escolar,
é
algo
muito
pessoal,
mas
é
de
ótima
ajuda
ter
alguém
safo
em
inglês
pra
te
ajudar
a
escrever.
Tópicos
a
serem
abordados
são:
motivos
para
escolha
da
sua
carreira,
pontos
importantes
da
graduação,
experiência
em
laboratório
durante
a
graduação,
congressos
e
jornadas
em
que
você
participou,
incluir
qualquer
tipo
de
prêmio
e
menção
honrosa
que
tenha
recebido,
publicações
ou
artigos
que
estão
pra
sair,
experiência
em
pós-‐graduação
(caso
tenha)
e
por
fim
falar
sobre
a
universidade
escolhida
e
todas
as
qualidades
que
te
atraíram.
O
currículo
é
opcional,
mas
é
uma
boa
oportunidade
de
mostrar
de
forma
sucinta
seu
passado
na
ciência,
liste
os
congressos,
os
cursos,
as
publicações
(caso
tenha),
e
qualquer
tipo
de
experiência
que
tenha
sido
importante
pra
sua
careira.
As
provas
de
proeficiência
são
as
primeiras
preocupações
que
vocês
terão,
pois
como
é
preciso
sentar
pra
estudar,
é
melhor
fazer
com
bastante
antecedência
para
não
perder
os
deadlines
depois.
Se
tratando
de
universidade
americana,
todas
elas
(sem
exceção)
irão
pedir
o
GRE
general
e
o
TOEFL.
Então
vamos
lá,
qual
a
diferença
entre
eles?
O
TOEFL
será
feito
por
todos
aqueles
que
não
tem
inglês
como
língua
nativa,
e
o
GRE
será
feito
por
todos
os
candidatos,
inclusive
os
nativos.
A
prova
do
TOEFL
custa
em
torno
de
150
dólares,
e
é
preciso
agendar
com
cerca
de
2
meses
de
antecedência
para
que
você
encontre
a
data
que
quiser
em
um
centro
próximo,
caso
contrário
terá
que
3. se
deslocar
para
outras
cidades.
A
prova
consiste
em
4
sessões:
reading,
listening,
speaking
and
writing,
e
cada
uma
vale
30
pontos,
somando
no
total
120
pontos.
A
pontuação
mínima
depende
de
cada
universidade,
mas
eu
diria
que
acima
de
90
pontos
é
uma
boa
nota.
Como
a
prova
é
toda
no
computador,
vale
a
pena
treinar
o
seu
tempo
com
os
cds
de
exercícios,
eu
daria
a
dica
do
livro
Longman
Preparation
Course
for
the
TOEFL
Test
(cerca
de
30
dólares
na
amazon),
ele
me
ajudou
muito
e
é
todo
baseado
em
exercícios.
Existem
também
cursos
preparatórios
pro
TOEFL,
alguns
são
bem
caros,
e
talvez
não
seja
tão
necessário,
pois
é
uma
prova
que
se
você
se
dedicar
em
casa
dá
pra
ir
bem
.
O
resultado
oficial
demora
30
dias
para
ser
disponibilizado
no
site
do
TOEFL,
e
nesse
mesmo
tempo
eles
enviam
para
as
4
universidades
que
você
listou
no
ato
de
inscrição
da
prova.
Há
a
possibilidade
de
pedir
para
enviar
seus
scores
para
outras
universidades
além
dessas
4,
é
só
fazer
o
pedido
na
hora
da
prova
ou
online,
e
pagar
a
taxa
de
17
dólares
por
universidade,
após
esse
pedido
a
demora
é
entre
7-‐10
para
que
o
envio
seja
feito.
Bom,
agora
falando
em
dificuldades
reais,
tenho
que
adverti-‐los
sobre
o
GRE
(http://www.ets.org/gre/general/about/index.html),
eu
diria
que
foi
minha
grande
dor
de
cabeça,
pois
a
prova
possui
3
sessões:
verbal,
maths
e
writing.
Não
se
preocupem
tanto
assim
com
a
parte
de
maths,
pois
com
certeza
irão
ter
dor
de
cabeça
suficiente
com
a
parte
do
verbal,
que
nada
mais
é
do
que
uma
prova
de
memória:
decore
quantas
palavras
puder
e
vá
fazer
a
prova,
se
tiver
uma
memória
de
elefante
você
irá
bem,
caso
contrário,
terá
que
sofrer
como
eu
inventando
formas
mirabolantes
de
decorar
palavrinhas
que
você
nunca
viu
e
nunca
verá
em
sua
vida...
Como
esse
é
um
mal
de
que
não
se
pode
fugir,
o
GRE
general
terá
que
ser
levado
bem
a
sério,
pois
como
eu
disse,
os
americanos
também
irão
fazer,
assim
essa
provinha
será
usada
como
critério
de
comparação
entre
os
candidatos.
O
livro
que
eu
usei
não
foi
bom,
pois
tinha
muito
texto
e
pouco
exercício,
aconselho
que
vocês
busquem
em
fóruns
na
internet
os
livros
que
os
alunos
têm
indicado
para
estudar
pra
prova,
e
não
esqueça
que
é
necessário
fazer
muito
exercício
pra
se
preparar.
O
GRE
custa
uns
170
dólares
e
é
feito
em
centros
específicos
assim
como
o
TOEFL,
porém
é
aplicado
diariamente
e
em
mais
de
um
horário
por
dia,
então
pra
agendar
essa
prova
não
é
preciso
tanta
antecedência.
Assim
que
você
terminar,
o
computador
irá
te
dar
o
resultado
das
sessões
verbal
e
math,
ficando
pendente
somente
a
sua
nota
das
redações.
O
resultado
oficial
demora
15
dias
para
ser
disponibilizado
no
site
do
GRE,
e
nesse
mesmo
tempo
eles
enviam
para
as
4
universidades
que
você
listou
no
computador
logo
após
a
prova.
Há
a
possibilidade
de
pedir
para
enviar
seus
scores
para
outras
universidades
além
dessas
4,
é
só
fazer
o
pedido
online
e
pagar
a
taxa
de
23
dólares
por
universidade
listada.
Algumas
universidades
pedem
o
GRE
subject
(http://www.ets.org/gre/subject/about/index.html)
que
pode
ser
feito
no
tema
a
sua
escolha,
eu
fiz
o
de
Bioquímica,
Biologia
Celular
e
Molecular.
A
taxa
é
próxima
a
do
GRE
general
e
a
inscrição
é
feita
online,
assim
como
todas
as
outras
provas
que
citei
anteriormente.
Essa
prova
foi
no
papel,
e
toda
em
múltipla
escolha,
cerca
de
180
questões
para
serem
respondidas
em
pouco
tempo,
o
que
me
fez
deixar
várias
em
branco
por
não
ter
sequer
conseguido
ler.
A
prova
é
daquelas
que
descontam
questão
errada
na
sua
pontuação,
então
é
importante
ler
o
manual
que
tem
disponível
no
site
para
maiores
informações.
A
dica
que
eu
deixo
é
que
por
possuir
somente
3
datas
ao
longo
do
ano,
essa
prova
exige
um
planejamento
muito
adiantado.
4. No
site
da
aplicação
irão
te
pedir
as
pontuações
que
obtiveram
nas
provas,
assim
como
as
datas
de
realização
das
mesmas.
Caso
você
não
saiba
ainda
o
resultado,
escreva
a
data
de
realização,
e
deixe
em
branco
o
espaço
pras
notas,
ou
se
der
escreva
algo
do
tipo
pending
só
pra
eles
saberem
que
está
em
processo
de
envio.
Você
pode
acompanhar
a
lista
de
universidades
que
receberam
seu
GRE
pelo
próprio
site,
assim
como
as
notas
que
obteve
nas
provas.
O
TOEFL
não
oferece
esse
serviço
online.
Voltando
a
aplicação
no
site,
a
taxa
de
inscrição
varia
de
acordo
com
a
universidade,
mas
fica
na
faixa
de
70
a
110
dólares,
dentre
todas
que
eu
pesquisei.
O
pagamento
é
a
última
etapa
da
aplicação
e
é
feito
com
cartão
de
crédito.
A
última
etapa
são
os
resultados,
muitas
universidades
permitem
que
você
veja
o
sistema
deles
online
de
recebimento
da
documentação,
e
você
pode
acompanhar
se
ainda
há
resultados
de
testes
pra
chegar
ou
documentos
pendentes.
Outras
fornecem
telefones
e
e-‐mails
para
que
o
aluno
possa
confirmar
isso.
Uma
vez
finalizada
a
aplicação,
só
resta
aguardar
a
resposta,
que
pode
vir
por
e-‐mail
ou
por
correio.
Eles
podem
te
chamar
pra
uma
entrevista
por
telefone
ou
por
skype,
onde
você
terá
que
contar
um
pouco
sobre
seu
projeto
e
comentar
sobre
seu
currículo
e
experiências
adquiridas.
Outro
ponto
importante
da
entrevista
é
focado
na
discussão
do
programa
deles,
onde
você
terá
que
justificar
a
sua
escolha
por
tal
universidade
e
demonstrar
conhecimento
sobre
a
estrutura
da
pós
que
eles
oferecem.
O
resultado
final
será
bem
demorado,
mas
é
uma
espera
longa
que
no
final
com
certeza
valerá
a
pena.
Uma
Boa
Sorte
para
todos!!!