O documento discute as tendências contemporâneas da internacionalização do ensino superior, analisando como as redes de conhecimento sustentam a produção científica de forma local e global. Apresenta como fatores como rankings, mobilidade acadêmica, cooperação internacional e atração de talentos influenciam a internacionalização das instituições de ensino, gerando diversificação e competição em diferentes níveis de governação global.
2. A produção do conhecimento
científico: um trabalho em redes
Ciência e cooperação: atenção para as redes técno-
sociais que sustentam a produção do conhecimento
Ex: a teia que sustentou a produção do livro Principia
Mathematica de Newton
Homogeneidade e heterogeneidade das redes técno-
científicas: uma variável importante para se entender
as dinâmicas de produção de conhecimento
Homogêneas: dinâmicas centrípetas, alta concentração,
competição em alguns temas/questões
Heterogêneas: Dinâmicas centrífugas predominam com a
proliferação de questões, temas e domínios de aplicação.
Dinâmicas históricas relevantes
3. A rede que sustentou a
produção da obra de Newton
Simon Schaffer,2008, The information order of Isaac Newton’s Principia
Mathematica, Upsala: Salvia Smasckrifter
4. Ciência, centro e periferia
Redes locais e globais:
Slavo Radosevic e Esin Yoruk (scientometrics, 2014):
ciência como atividade de produção na fronteira do
conhecimento (world frontier knowledge activity)
atividade que expande a capacidade de absorção
(absorptive capacity, ie: ability to learn and implement
knowledge), atividade científica que re-combina e
contextualize o conhecimento existente, gerando
novidade, mas não necessariamente na fronteira do
conhecimento mundial
5. Globalização da ciência e seus
limites
A globalização da ciência (de espaços multi-
domésticos interconectados para espaços
globalizados
Limites:
o significado local e global do conhecimento
Redes sociais de suporte à ciência e suas
demandas locais e globais e a importância das
atividades de contextualização do conhecimento
É sempre possível eliminar os “nomes próprios”
do desenho de uma pesquisa?
7. Globalização do ensino
superior
Elementos relevantes: Ensino superior, instituições de
ensino superior, universidade
As relações entre ciência, ensino superior,
comunidades científica e acadêmica: relações pouco
estudadas
Fatores de convergência: carreira, governança e autonomia
Fatores de divergência: a multi-dimensionalidade do ensino
superior
Os diferentes “stakeholders” do ensino superior e
duas demandas e expectativas
Stakeholders internos
Demandas e expectativas locais
Demandas e expectativas globais
8. A internacionalização do
ensino superior
Tendências recentes para a internacionalização
Emergência de pressões extra-nacionais
Novos níveis de governança do sistema (ex: EU)
Fóruns internacionais e disseminação de políticas
Rankings
“Utilidades” do ensino superior num ambiente de
extrema competição
Redes de experimentação e a aceleração do des.
tecnológico
Prospecção de oportunidades, questões, talentos
9. Modalidades de
internacionalização
Atividade acadêmica trans-fronteiriça
O desafio da presença virtual
Presença física
Barreiras nacionais e dinâmicas internacionais
Mobilidade acadêmica
Cooperação internacional entre acadêmicos
Mobilidade estudantil e atração/ formação de talentos
Ganhos em “wet-ware” (Nelson) e prospecção de
talentos
Pólos de atração: redesenho da mobilidade estudantil
11. Conclusão: dinâmicas locais e globais
configurando a ciência e o ensino superior
Diferenciação e competitividade das
instituições
Diversidade e empreendedorismo institucional
(Burton Clark, 1998: diferenciar, diversificar para
crescer e se fortalecer, o exemplo de 10
pequenas universidades européias)
Mercados locais, regionais e globais e sua
inter-relação:
O caso da pós-graduação
A língua franca e as línguas nacionais