O documento apresenta um resumo sobre geografia física, abordando tópicos como a formação da Terra, teoria da tectônica de placas, composição interna do planeta, rochas, relevo e agentes modeladores. Explica conceitos como a deriva continental de Wegener e como os movimentos das placas tectônicas influenciam fenômenos geológicos e climáticos.
3. Geologia: estudo da composição, estrutura, propriedades físicas, história e
os processos que dão forma à Terra.
Ciência essencial para determinar a idade da Terra (cerca de 4,6 bilhões de
anos)
4. Um dos diversos modelos científicos que
tentam explicar como o universo se
formou é a Teoria do Big Bang.
Big Bang: o Big Bang é visto como o
momento no qual toda a matéria e
energia do universo estava concentrada
em um só ponto. Então, esse ponto
explodiu, disparando matéria pelo
espaço, configurando o Universo. Porém,
o Big Bang explica a expansão do
Espaço em si, o que por sua vez significa
que tudo que estava contido dentro
desse espaço está se afastando.
5. ATENÇÃO: O que é uma teoria?
Na ciência, uma teoria é uma tentativa de explicar um aspecto específico do
universo. Teorias não podem ser completamente provadas, mas podem ser
negadas. Caso observações e testes sustentem uma teoria, ela se torna mais
forte e mais cientistas tendem a acatá-la. Caso as provas contrariem uma
teoria, os cientistas precisam descartá-la ou revisá-la à luz de novos indícios.
6. Levando a Teoria do Big Bang como base, acredita-se que a Terra possua
aproximadamente 4,6 bilhões de anos.
A “idade da Terra” é data em bilhões/milhões de anos e dividida em Eras
Geológicas.
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8. O planeta Terra é disposto em camadas.
A organização destas camadas define a Estrutura do planeta.
9. As camadas terrestres são compostas por diversos matérias químicos.
A composição predominante das camadas é:
Núcleo: Níquel + Ferro (Nife)
Manto: Silício + Magnésio (Sima)
Crosta: Silício + Alumínio (Sial)
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12. Buscando compreender a dinâmica interna do Planeta, diversos cientistas
elaboraram teorias que visavam explicar o comportamento interno da Terra.
A mais conceituada teoria sobre o funcionamento interno do planeta e suas
consequências é a Teoria de Alfred Wegener, elaborada em 1915.
Denominada como “A Origem dos Continentes”, a teoria do geofísico alemão
Wegener defende a ideia de uma deriva continental.
Segundo as ideias de Wegener, a Crosta seria composta por gigantescos
fragmentos da litosfera e estaria emersa (flutuando) sobre o manto terrestre.
13. Sendo assim, segundo Wegener:
- Ao se resfriar do Big Bang, a superfície do Planeta consolidou-se em uma só
grande massa continental, denominada como Pangeia.
- Devido as Correntes de Convecção do Manto e das forças endógenas
(internas) do Planeta, a crosta foi se fragmentando em grandes Placas
Tectônicas.
- Estas placas foram em milhões e milhões de anos se movimentando sobre o
manto terrestre, em processos de colisão e separação.
- Os continentes (porções das placas que estão emersas sobre a água), foram
então, gradualmente se separando, originando o termo Deriva Continental.
15. Através da ideias de Wegener, a Geologia avançou significativamente seus
estudos e a Tectônica de Placas passou a ser elemento fundamental na
interpretação da dinâmica interna do planeta e suas consequências na
superfície.
Hoje o planeta possui, ao longo da Crosta, 7 grandes placas tectônicas e 7
placas de menores proporções.
16. A tectônica, ou seja, o deslocamento das placas litosfericas e seu constante
movimento, é considerado o processo modelador da superfície do planeta,
assim como seus constantes choques e afastamentos são responsáveis pelos
abalos sísmicos (terremotos / maremotos) e pelo vulcanismo, recorrentes nas
bordas das placas.
Tipos de choques entre as placas:
- Convergentes (Colisão)
- Divergentes (Separação)
- Conservativo (Tangenciais)
19. - Conservativos (Tangenciais)
Quando há a tangenciação entre as placas pode-se gerar:
- Falha Tectônica
- Fraturas nas Placas
20. Todos estes movimentos geram os abalos sísmicos, popularmente
conhecidos como terremotos.
A denominação terremoto, vem da expressão “tremor de terra” e na verdade
refere-se a um evento sismológico vindo da tectônica de placas.
A energia dissipada pela colisão/separação/tangenciação das placas acaba se
propagando pelo meio através de ondas sísmicas.
O poder dessas ondas e o meio de propagação irão determinar a dimensão
do abalo.
21. O meio onde a onda sísmica se propaga determina sua denominação:
- Se o abalo e a onda foram formados no continente têm-se : terremoto
- Se o abalo e a onda foram formados no oceano têm-se : maremoto
Quanto mais próxima do Epicentro (projeção do abalo na superfície) maior o
poder de destruição da onda.
22. A “força” de um abalo sísmico é medida por um aparelho denominado como
sismógrafo, cuja função é captar sinais de atividade tectônica e medir a força
das mesmas.
23. Para se analisar as medições dos sismógrafos e mensurar a força dos abalos
sísmicos foi estabelecida a Escala Richter.
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25. Por estarem em áreas de “choque” , as bordas das placas tectônicas são as
porções da superfície mais atingidas pelos abalos de grande proporção na
Escala Richter.
Geralmente áreas no interior das grandes placas tectônicas não são atingidas
por ondas sísmicas de grande proporção, dificilmente sentindo os abalos
ocorridos nas bordas.
26. O Brasil possui privilegiada posição territorial, estando situado na região
central da placa Sul Americana.
Devido a tal fato, dificilmente os abalos ocorridos na borda da placa se
propagam com grande dimensão até o território brasileiro.
Grande parte dos abalos sísmicos ocorridos no Brasil, são provenientes da
colisão entre as placas Sul Americana e Nazca, no entanto os mesmos muito
raramente são sentidos no país.
ATENÇÃO: Apesar de “fracos” estes abalos são registrados por institutos
nacionais de pesquisa, colocando em desuso a expressão de que o Brasil é um
país assísmico.
Os tremores de terra do País, comuns no Nordeste e até no Norte de Minas,
não são processos tectônicos, mas sim provenientes da acomodação da
estrutura do relevo que é muito antiga e acaba cedendo.
27. Apesar de raros, já foram registrados terremotos no país, mas todos de
pequena proporção na Escala Richter
28. A estrutura geológica é base da formação do relevo e ela é composta
basicamente por três tipos de rocha:
• Magmáticas (Ígneas): provenientes da solidificação do magma.
• Sedimentares: provenientes dos sedimentos (fragmentos) de outras rochas.
• Metamórficas: provenientes da transformação de outras rochas.
29. Rochas Magmáticas (Ígneas)
• Rochas provenientes da solidificação do magma.
• Podem ser:
o Intrusivas (Plutônicas): solidificaram no interior da crosta terrestre.
Exemplo: Granito
o Extrusivas (Vulcânicas): solidificaram na superfície (exterior) da crosta.
Exemplo: Basalto
30. Rochas Sedimentares
• Rochas provenientes dos sedimentos de outras rochas.
• Outras rochas sofrem ação do intemperismo e se fragmentam em partículas.
• Estas partículas ou sedimentos acumulam-se e formam uma nova rocha.
• Resultam em rochas segmentadas e porosas.
Exemplo: Calcário
31. Rochas Metamórficas
• Rochas provenientes da transformação de outras rochas.
• Algumas rochas ao serem submetidas a elevadas pressão e temperatura se
rearranjam (metamorfismo) em novas e diferentes estruturas rochosas.
• Ocorre em elevadas profundidades da crosta.
• Resultam em rochas segmentadas e cristalizadas.
Exemplo: Ardósia
32. O Ciclo das rochas representa as diversas possibilidades de transformação de
um tipo de rocha em outro.
Ao longo do tempo geológico os processos endógenos (tectonismo e
vulcanismo) e exógenos (intemperismos) transformam as rochas de forma
contínua.
33.
34. A estrutura geológica é base da formação do relevo.
As estruturas geológicas se consolidam na crosta do Planeta Terra.
A estrutura geológica de um lugar se caracteriza pela natureza das rochas e
pela forma como estão dispostas.
Existem três tipos básicos de estrutura geológica na crosta do planeta:
Dobramentos Antigos
Dobramentos Modernos
Bacias Sedimentares
35. Dobramentos Antigos
• Estrutura mais antiga também conhecida como: Escudos Cristalinos/ Crátons
• Formados na Era Pré-cambriana (proterozóica e arqueozóica);
• Formado por rochas magmáticas e metamórficas;
• São áreas que sofrem intensa ação erosiva (intemperismos).
Presença de vários minerais (ferro, bauxita, ouro, prata);
Ocupa cerca de 32% do território Brasileiro;
36. Dobramentos Modernos
• Estrutura geológica mais recente;
• Formados na Era Cenozóica.
• Formado por rochas magmáticas e metamórficas;
• Ocorrem em regiões de contato das placas tectônicas.
Exemplos de dobramentos modernos: Alpes, Andes e Himalaia.
Não existem no Brasil;
37. Bacias Sedimentares
• Estrutura formada pela sedimentação de partículas acumuladas.
• Formadas por de rochas sedimentares.
• Formadas nas Eras Mesozóica e Paleozóica;
• São áreas onde predomina a acumulação perante a erosão.
Presença de petróleo, carvão mineral e urânio.
Ocupa uma área de cerca de 64% do território nacional.
38. O Relevo corresponde às formas da superfície do planeta.
As formas de Relevo se estabelecem sobre as Estruturas Geológicas.
Estas formas são esculpidas por forças endógenas (internas) e exógenas
(externas).
Tais forças são denominadas como Agentes do Relevo, e são elas as responsáveis
pela grande variedade de formas de relevo existentes.
39. Agentes do Relevo
Os agentes do relevo são compostos por forças:
• Endógenas (Internas) : forças modeladoras
Vulcanismo Epirogênese Orogênese
40. Agentes do Relevo
Os agentes do relevo são compostos por forças:
• Exógenas (Externas): forças esculpidoras
Intemperismo Químico Intemperismo Físico Intemperismo Biológico
41. Sendo assim, as forças modeladoras e as forças esculpidoras em conjunto,
acabam dando forma a superfície terrestre.
Os diferentes tipos desta forma vista na superfície é o que denominamos como
Relevo.
Portanto o relevo é modelado pelas forças endógenas e esculpido pelas exógenas.