2. O Programa
Trabalho inovador e único no Brasil;
Instrumento para tomada de decisões nas áreas de fiscalização,
licenciamento, recuperação e proteção climática.
O novo SIG Floresta permitirá a visualização das informações do
monitoramento em qualquer suporte, incluindo smartphones e tablets.
(http://sigfloresta.rio.rj.gov.br)
3. O Rio de Janeiro e a Floresta
O Rio de Janeiro está integralmente situado no domínio da Mata
Atlântica.
Paisagem é marcada pela presença de elevações montanhosas cobertas
de vegetação florestal, muito próximos ou em contato direto com o arco
de praias, e pelas baixadas com suas lagunas, brejos alagadiços, mangues
e restingas.
A cidade é privilegiada pela coexistência e permanência de diversas
formações vegetais típicas deste bioma, tornando-se um verdadeiro
laboratório das intensas transformações pelas quais passou a extensa
faixa litorânea brasileira desde o início da ocupação.
4. O Rio de Janeiro e a Floresta
1. No Rio de Janeiro, a expansão da cidade no século provocou dois efeitos combinados sobre grande
porção da cobertura vegetal nativa: 1. converteu-a em áreas edificadas ou dedicadas a atividade
agropastoril extensiva e 2. degradou-a pela ação do fogo e pelo corte indiscriminado da mata. Deste
processo histórico de urbanização decorrem diversos fenômenos:
2. A Floresta Ombrófila recuou para as porções mais centrais dos maciços montanhosos da Tijuca, Pedra
Branca e Gericinó-Mendanha;
3. Nos contrafortes destas grandes elevações pouco restou, dificultando a conectividade da floresta e o
estabelecimento de corredores ecológicos;
4. Os remanescentes da Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas foram em grande parte removidos,
atingidos pela ocupação das baixadas, dos vales e dos sopés das encostas;
5. Na Baixada de Jacarepaguá, notadamente nos bairros da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, a
Restinga foi avidamente destruída a partir da década de 1950, para criação dos seus núcleos urbanos.
Dela, nesta região, resta pouco, especialmente no entorno da Lagoa de Marapendi;
6. Quanto aos manguezais, os bosques que ocupavam grandes trechos da orla da Baía de Guanabara,
entorno das lagoas costeiras e rios contribuintes, têm hoje a melhor expressão nos estuários da Baía de
Sepetiba e na Restinga da Marambaia.
7. A distribuição das áreas de cobertura vegetal de mata atlântica se dá de maneira desigual no território.
Via de regra, os maiores fragmentos estão concentrados nos maciços montanhosos e nas baixadas
sujeitas à influência fluvial e marinha.
5. O Rio de Janeiro e a Floresta
Características atuais
Os remanescentes ainda são essenciais para a manutenção das condições
ambientais necessárias para a existência de uma cidade com grande
concentração populacional.
As florestas remanescentes na cidade são integralmente “secundárias”,
no sentido de que sofreram intervenção humana e regeneração natural
ou incentivada.
Em algumas áreas, contudo, a floresta ganhou características de mata
“primária” em decorrência do seu isolamento e longo tempo de
regeneração, caso das florestas das serras do Gericinó-Mendanha.
O domínio da Mata Atlântica na cidade se estende para as áreas de
baixada, onde se encontram as Formações Pioneiras (IBGE, 1992) de
manguezal, restinga e brejo.
6. O Rio de Janeiro e a Floresta
Características atuais
7. Histórico
(2010- 2011)
Inicia-se em 2010, no contexto do Programa Rio Capital Verde,
Análise coerente e contínua da dinâmica das florestas no nível do
fragmento.
Banco de dados contendo os valores cadastrais de cada fragmento
florestal agrupados num SIG Web.
Todos os dados abertos.
8. Histórico
2014-2015
Utilizadas concomitantemente Imagens Pleiades de 2014 (resolução de
50 cm) e Ortofotos produzidas para o IPP de 2013 (resolução de 10 cm).
A nova classificação atualiza a versão anterior com as alterações
observadas no território nos últimos 4 anos, incorpora novas classes de
Mata Atlântica (Matas paludosas) e subdividiu classes de uso (agricultura
e vegetação arbórea-arbustiva).
9. Histórico
Simultaneamente ao mapeamento, foram realizados dois grandes
levantamentos florísticos que compõem o banco de dados do
monitoramento. O primeiro em 2010, com 160 parcelas, e o segundo em
2014, com novas 200 parcelas (Carbono Rio).
Entre 2014 e 2015 foram observados e coletadas informações de 340
pontos de verificação em campo por equipe multidisciplinar.
11. Metodologia
Classes de mapeamento
Manuais Técnicos da Vegetação Brasileira e de Uso da Terra (IBGE, 1992 e
2006) forneceram as principais definições para as formações mapeadas e
o apoio à modelagem dos dados.
O arcabouço legal utilizado foi a Resolução CONAMA 06/1994, que define
os estágios sucessionais de regeneração da floresta (inicial, médio e
avançado).
Ambos permitem comparar as informações obtidas neste mapeamento
com os subsequentes e com os realizados em outras cidades e regiões.
12. GRUPO Classe Formações Estágio Sucessional Sigla
Cobertura Natural
Floresta Ombrófila Densa
Terras Baixas Inicial, Médio, Avançado V1b, V2b, V3b
Submontana Inicial, Médio, Avançado V1s, V2s, V3s
Montana Inicial, Médio, Avançado V1m, V2m, V3m
Altomontana Inicial, Médio, Avançado V1a, V2a, V3a
Formação Pioneira com influência
marinha (Restingas)
Herbácea - Rh
Arbustiva - Rb
Arbórea - Ra
Formação Pioneira com influência
flúvio-marinha (Manguezal)
Manguezal - Ma
Campo Salino - Mh
Formação Pioneira com influência
flúvio-lacustre (Brejos)
Brejo herbáceo - Bh
Mata Paludosa - Bm
Afloramento Rochoso
Sem vegetação rupestre - Afs
Com vegetação rupestre - Afc
Antropismo
Uso agrícola
Lavoura Permanente Agp
Lavoura Temporária Agt
Agrofloresta Agf
Pecuária Ap
Reflorestamento Rf
Vegetação arbórea não florestal
Parques Urbanos Vap
Bosques Privados Vab
Pomares Vaf
Outras áreas arborizadas Vao
Vegetação gramíneo-lenhosa Vg
Áreas Urbanas Au
Atividades de Extração Mineral Em
Solo exposto Se
Outros
Corpos d’água continentais Con
Corpos d’água costeiros Cos
Praia P
13. Metodologia
O mapeamento foi realizado na escala 1:10.000 com classificação de
imagens de satélite de alta resolução, abrangendo o município numa área
de, aproximadamente, 125.000 hectares;
Área mínima de 1.000 m²
Reúne técnicas:
• do sensoriamento remoto,
• do geoprocessamento e
• da botânica.
16. Resultados
Áreas de Cobertura Vegetal de
Mata Atlântica (Florestas,
Mangues, Restingas e Brejos)
29%
Áreas Urbanas e
Antropizadas
66%
Outras áreas (Cursosd'água,
praias, afloramentos e
reflorestamentos)
5%
Áreas de Vegetação de Mata Atlântica, Urbanas
e Outras classes, Município do Rio de Janeiro –
2014
69 %
3 %
28 %
19. Resultados
Cobertura Natural-Antropismo/Outras Município (ha)
Brejos para Antropismos/Outras 378,97
Floresta Ombrófila para Antropismos/Outras 43,55
Restinga para Antropismos/Outras 13,24
Mangues para Antropismos/Outras 6,24
Total 442,00
Bosques Urbanos diversos para Usos Urbanos 325,10
Agricultura para Uso Urbano 152,51
Novas áreas de Exploração Mineral 52,92
Alteração 2010 - 2014 Área alterada (ha)
1º Gramíneas - Área Urbana 479,75
2º Brejo herbáceo - Solo exposto 146,98
3º Bosques privados para Área Urbana 140,60
4º Gramíneas - Solo exposto 138,48
5º Brejo herbáceo - Área Urbana 117,14
6º Solo exposto - Área Urbana 113,85
7º Bosques para Área Urbana 97,86
8º Brejo herbáceo para Gramíneas 80,68
9º Solo exposto - Gramíneas 64,41
10º Agricultura - Gramíneas 62,96
20. área (ha) participação
Cobertura Natural em 2010 convertida para
Antropismos e outras áreas em 2014 442,00
100,0%
Sendo:
Áreas Urbanas 184,71 41,8%
Solo exposto 157,79 35,7%
Vegetação gramíneo-lenhosa 88,03 19,9%
Vegetação arbórea não florestal (Bosques
Urbanos) 6,34 1,4%
Atividades de Extração Mineral 4,82 1,1%
Corpos d'água continentais 0,30 0,1%
21. POSIÇÃO BAIRRO
variação COBERTURA
NATURAL
% área (m²)
1 Recreio dos Bandeirantes -13,68% -1.597.224,28
2 Guaratiba -1,50% -986.632,35
3 Jacarepaguá -1,70% -830.782,32
4 Camorim -4,55% -312.663,49
5 Vargem Grande -0,83% -227.996,47
6 Barra da Tijuca -2,34% -216.687,50
7 Vargem Pequena -0,75% -56.900,08
8 Jardim Sulacap -1,20% -38.794,50
9 Campo Grande -0,11% -37.594,45
10 Vila Militar -0,91% -19.272,62
22.
23.
24.
25.
26. POSIÇÃO REGIÃO ADMINISTRATIVA
variação COBERTURA
NATURAL
% área (m²)
1BARRA DA TIJUCA -3,13% -2.411.471,81
2GUARATIBA -1,38% -986.632,35
3JACAREPAGUA -1,47% -830.782,32
4REALENGO -0,50% -62.051,95
5CAMPO GRANDE -0,10% -37.594,45
6ILHA DO GOVERNADOR -0,17% -9.472,16
7BANGU -0,05% -9.432,60
8SANTA CRUZ -0,03% -6.529,23
9LAGOA -0,04% -3.449,66
10PORTUARIA -1,84% -1.237,22
28. posição bairro
Variação de área de Bosques Urbanos -
Va (m²)
1 Santa Cruz -445.585,22
2 Guaratiba -432.313,81
3 Campo Grande -359.324,57
4 Barra da Tijuca -353.616,10
5 Jacarepaguá -288.829,50
6 Recreio dos Bandeirantes -130.921,62
7 Cosmos -111.020,90
8 Cordovil -101.934,03
9 Taquara -93.694,72
10 Barros Filho -77.961,26
30. Utilização dos dados do Monitoramento em outras atividades-fim da
Prefeitura
Elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata
Atlântica (2013-2015)
Carbono – Rio – estimativa de carbono estocado nas florestas (2013-)
Definição de áreas prioritárias ao reflorestamento (2014)
Elaboração dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação