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A Fundação de uma Cidade, neste caso Évora, data de tempos
imemoriais, ofuscados pela lenda... Cidade erigida nos tempos míticos
dos heróis e dos deuses... Tempos em que a Cidade era vista como
Pátria... como a terra dos antepassados...

Através da História, percebe-se que Évora foi local de encontro e de
encruzilhada de diferentes civilizações e culturas.
Citada por vários escritores Romanos, de certo modo biógrafos do
Império Romano: Plínio, Pompónio Mela, Antonino Pio, Estrabão...
No ano 700 a. C. teria sofrido uma "invasão" de tribos da Germânia
denominadas por Eburones.
Viriato, no ano 144 a. C. terá derrotado o general romano Caio Plácio
às portas da cidade.
Sertório designou-a como sede do seu governo no ano 81 a. C..
Júlio César, em 30 a. C. chamou-lhe "Liberalitas Julia", criando em
Ebora (assim se denominava nessa altura) o município do antigo direito
latino, considerando os residentes enquanto cidadãos romanos.
Por outro lado, e pouco antes da nossa Era, Évora foi crismada com
"Felicitas Julia", em honra de César. Segundo o historiador Jorge
Alarcão, "Ebora era a cidade da Lusitânia (portuguesa) onde habitava
maior número de famílias de origem romana", existindo no seu termo
numerosas "villas" rústicas.
Em 413 d. C. outras tribos ocuparam Évora, desta feita foram os
Alanos, igualmente provenientes do Norte da Europa.
Por sua vez os Godos conquistaram a Cidade em 612.
Os Árabes tomaram-na em 716 e denominaram-na nas suas Crónicas
por Yabburah. Edrici, um dos maiores geógrafos árabes, situa e
descreve assim Évora: "Desde Alcácer ao mar há 20 milhas e de Alcácer
a Évora duas jornadas. Esta última cidade é grande e povoada.
Rodeada de muros, possui um castelo forte e uma mesquita-catedral.
O território que a rodeia é de uma fertilidade singular; produz trigo e
gado e toda a espécie de frutas e hortaliças. É um lugar excelente,
donde o comércio é vantajoso, quer de exportação, quer de
importação".
Foi pelos Cristãos conquistada aos Mouros em 753 pelo rei de Oviedo,
D. Fruela I, e reconquistada por aqueles em 760 com o auxílio dos
moradores, sob o comando de Abd-el-Ramon, Califa de Córdoba.
Fernando magno, rei de Oviedo e de Leão, tornou a apossar-se de
Yabburah em 1097, para a perder alguns anos depois.
D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, conquistou-a em 1159
(juntamente com Beja), mas foi forçado a abandoná-la por pressão de
forte exército Almôada.
Só em 30 de Novembro de 1165, Geraldo Geraldes a reconquistou
definitivamente para a recém criada Coroa portuguesa.
A Cidade teve foral por D. Afonso Henriques a 28 de Janeiro de 1167,
posteriormente confirmado por D. Sancho I em Santarém, em Janeiro
de 1218.
O Rei D. Manuel I deu-lhe Foral da Leitura Nova em 1501.
O Renascimento em Évora, a capital de um Império por realizar...
A seguir há outras histórias, outras gentes e a Évora de sempre que se
matiza com as cores dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos e assim
por diante até aos dias de hoje.
Foral Afonsino

Foral concedido à cidade de Évora por D. Afonso Henriques.
O primeiro Foral de Évora, datado de 1166, segundo a opinião de
especialistas, embora a sua data cause alguma discussão, destinava-se
a permitir a formação de um núcleo de povoamento cristão, disposto a
estabelecer-se na terra e a valorizá-la após a conquista aos mouros.
A mais antiga cópia que se conhece da tradução em português do
texto, em latim, do primeiro Foral de Évora, é este documento, datado
do século XV.
Foral Manuelino

Foral concedido à cidade de Évora, pelo Rei D. Manuel, em 1 de
Setembro de 1501.
Um dos mais antigos concedidos por D. Manuel, feito depois do de
Lisboa, talvez o mais belo, em que o Rei declara que o “officio do Rey”
não é mais do que reger bem e governar os seus súbditos em justiça e
igualdade sendo, por isso obrigado a remediar as coisas em que sabe
que os seus vassalos recebem agravos. Sabendo que se pagava o que
se não devia e desejando remediar a situação, determinou conceder à
cidade um novo Foral.

Trabalho elaborado por: Ana Maria e Sofia Moita.

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A fundação de uma cidade ana maria e sofia moita

  • 1. A Fundação de uma Cidade, neste caso Évora, data de tempos imemoriais, ofuscados pela lenda... Cidade erigida nos tempos míticos dos heróis e dos deuses... Tempos em que a Cidade era vista como Pátria... como a terra dos antepassados... Através da História, percebe-se que Évora foi local de encontro e de encruzilhada de diferentes civilizações e culturas. Citada por vários escritores Romanos, de certo modo biógrafos do Império Romano: Plínio, Pompónio Mela, Antonino Pio, Estrabão... No ano 700 a. C. teria sofrido uma "invasão" de tribos da Germânia denominadas por Eburones. Viriato, no ano 144 a. C. terá derrotado o general romano Caio Plácio às portas da cidade. Sertório designou-a como sede do seu governo no ano 81 a. C.. Júlio César, em 30 a. C. chamou-lhe "Liberalitas Julia", criando em Ebora (assim se denominava nessa altura) o município do antigo direito latino, considerando os residentes enquanto cidadãos romanos. Por outro lado, e pouco antes da nossa Era, Évora foi crismada com
  • 2. "Felicitas Julia", em honra de César. Segundo o historiador Jorge Alarcão, "Ebora era a cidade da Lusitânia (portuguesa) onde habitava maior número de famílias de origem romana", existindo no seu termo numerosas "villas" rústicas. Em 413 d. C. outras tribos ocuparam Évora, desta feita foram os Alanos, igualmente provenientes do Norte da Europa. Por sua vez os Godos conquistaram a Cidade em 612. Os Árabes tomaram-na em 716 e denominaram-na nas suas Crónicas por Yabburah. Edrici, um dos maiores geógrafos árabes, situa e descreve assim Évora: "Desde Alcácer ao mar há 20 milhas e de Alcácer a Évora duas jornadas. Esta última cidade é grande e povoada. Rodeada de muros, possui um castelo forte e uma mesquita-catedral. O território que a rodeia é de uma fertilidade singular; produz trigo e gado e toda a espécie de frutas e hortaliças. É um lugar excelente, donde o comércio é vantajoso, quer de exportação, quer de importação". Foi pelos Cristãos conquistada aos Mouros em 753 pelo rei de Oviedo, D. Fruela I, e reconquistada por aqueles em 760 com o auxílio dos moradores, sob o comando de Abd-el-Ramon, Califa de Córdoba. Fernando magno, rei de Oviedo e de Leão, tornou a apossar-se de
  • 3. Yabburah em 1097, para a perder alguns anos depois. D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, conquistou-a em 1159 (juntamente com Beja), mas foi forçado a abandoná-la por pressão de forte exército Almôada. Só em 30 de Novembro de 1165, Geraldo Geraldes a reconquistou definitivamente para a recém criada Coroa portuguesa. A Cidade teve foral por D. Afonso Henriques a 28 de Janeiro de 1167, posteriormente confirmado por D. Sancho I em Santarém, em Janeiro de 1218. O Rei D. Manuel I deu-lhe Foral da Leitura Nova em 1501. O Renascimento em Évora, a capital de um Império por realizar... A seguir há outras histórias, outras gentes e a Évora de sempre que se matiza com as cores dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos e assim por diante até aos dias de hoje.
  • 4. Foral Afonsino Foral concedido à cidade de Évora por D. Afonso Henriques. O primeiro Foral de Évora, datado de 1166, segundo a opinião de especialistas, embora a sua data cause alguma discussão, destinava-se a permitir a formação de um núcleo de povoamento cristão, disposto a estabelecer-se na terra e a valorizá-la após a conquista aos mouros. A mais antiga cópia que se conhece da tradução em português do texto, em latim, do primeiro Foral de Évora, é este documento, datado do século XV.
  • 5. Foral Manuelino Foral concedido à cidade de Évora, pelo Rei D. Manuel, em 1 de Setembro de 1501. Um dos mais antigos concedidos por D. Manuel, feito depois do de Lisboa, talvez o mais belo, em que o Rei declara que o “officio do Rey” não é mais do que reger bem e governar os seus súbditos em justiça e igualdade sendo, por isso obrigado a remediar as coisas em que sabe
  • 6. que os seus vassalos recebem agravos. Sabendo que se pagava o que se não devia e desejando remediar a situação, determinou conceder à cidade um novo Foral. Trabalho elaborado por: Ana Maria e Sofia Moita.